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<div class=Section1>
<p class=MsoNormal><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";
color:#1F497D'>Caro Prof. Antunes,<o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";
color:#1F497D'>Então quer dizer que Villa-Lobos foi moderno (naquela época se
dizia “futurista”) e já compunha brasilidades antes mesmo da Semana
de 1922, não obstante o neocronologismo suspeitoso?<o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";
color:#1F497D'>Abs, com a admiração de sempre,<o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";
color:#1F497D'>Rubens R. Ricciardi<o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";
color:#1F497D'><o:p> </o:p></span></p>
<div style='border:none;border-top:solid #B5C4DF 1.0pt;padding:3.0pt 0cm 0cm 0cm'>
<p class=MsoNormal><b><span style='font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma","sans-serif"'>De:</span></b><span
style='font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma","sans-serif"'>
anppom-l-bounces@iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br] <b>Em
nome de </b>Jorge Antunes<br>
<b>Enviada em:</b> quarta-feira, 8 de janeiro de 2014 12:11<br>
<b>Para:</b> Carlos Palombini<br>
<b>Cc:</b> anppom-l@iar.unicamp.br<br>
<b>Assunto:</b> Re: [ANPPOM-Lista] o villa-lobos de guérios<o:p></o:p></span></p>
</div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
<div>
<p class=MsoNormal>Oi,<o:p></o:p></p>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>Antes de 1923?<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>Mas é óbvio!<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>A <b><i>Lenda do Caboclo</i></b>, composta em 1920, foi
estreada no ano seguinte (1921), por Iberê Lemos, a quem a peça é dedicada, no
Teatro São Pedro de Porto Alegre: exatamente no dia 13 de junho de 1921.<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>Em 1922 Villa fez uma versão da <b><i>Lenda do
Caboclo </i></b>para orquestra. Infelizmente essa partitura para orquestra
está extraviada.<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>Feliz 2014 para todos e todas colegas da ANPPOM,<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>Jorge Antunes<o:p></o:p></p>
</div>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'><o:p> </o:p></p>
<div>
<p class=MsoNormal>Em 8 de janeiro de 2014 02:34, Carlos Palombini <<a
href="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>>
escreveu:<o:p></o:p></p>
<div>
<p class=MsoNormal>Marcus,<o:p></o:p></p>
<div>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
<div>
<blockquote style='border:none;border-left:solid #CCCCCC 1.0pt;padding:0cm 0cm 0cm 6.0pt;
margin-left:4.8pt;margin-right:0cm'>
<div>
<div>
<div>
<div>
<p class=MsoNormal><span style='font-size:16.0pt;font-family:"Garamond","serif"'>obrigado
por suas colocações. Que bom que o Dil Fonseca nos trouxe esses dados sobre a
"Lenda do Caboclo" que corroboram o que eu havia afirmado
anteriormente sobre a apresentação dessa peça antes de 1923... (ano do contato
com Cocteau em Paris).</span><o:p></o:p></p>
</div>
</div>
</div>
</div>
</blockquote>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>Sim, fico feliz em ter contribuído com uma evidência em
favor de seu argumento, ainda que, no <i>match</i> Guérios vs Wolff, eu torça
pelo primeiro. <o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<blockquote style='border:none;border-left:solid #CCCCCC 1.0pt;padding:0cm 0cm 0cm 6.0pt;
margin-left:4.8pt;margin-right:0cm'>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<p class=MsoNormal><span style='font-size:16.0pt;font-family:"Garamond","serif"'> Fora
a questão da alteração das datas de composição de algumas obras, como indica
Jorge Coli, é bom sair um pouco do âmbito estritamente musical e lembrar que
Villa conhecia Graça Aranha, cuja "Estética da Vida" (1921), já
pregava a integração da cultura ao "solo" da nação. Como vc deve ter
lido, defendo no artigo que apresentei no 2o Simpósio Villa-Lobos que
"</span>O legado de Graça Aranha foi fundamental para essa retomada
da questão da brasilidade e assim, para a reviravolta que o modernismo sofreu a
partir de 1924, quando a descoberta da brasilidade tornou-se seu ponto central,
que assim convergiu para aquilo que passou a ser valorizado pela vanguarda
francesa após a Primeira Guerra". <span style='font-size:16.0pt;
font-family:"Garamond","serif"'> Isso não nega a tal influência da
vanguarda francesa - 2 coisas que convergiram no sentido da construção de
representações da nação através das artes.</span><o:p></o:p></p>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</blockquote>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'>Confesso que uma das coisas de
que mais gostei em seu artigo foi ler os excertos de Graça Aranha. Fui portanto
olhar agora na Wikipedia (<i>will you pardon me?</i>) quem teria sido esse
Graça Aranha, e veja o que encontrei:<o:p></o:p></p>
<p class=MsoNormal>Devido aos cargos que ocupou na diplomacia brasileira em
países europeus, ele esteve a par dos movimentos vanguardistas que surgiam na
Europa, tendo tentado introduzi-los, à sua maneira, na literatura brasileira,
rompendo com a Academia Brasileira de Letras por isso em 1924.<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal><br>
<o:p></o:p></p>
</div>
<blockquote style='border:none;border-left:solid #CCCCCC 1.0pt;padding:0cm 0cm 0cm 6.0pt;
margin-left:4.8pt;margin-right:0cm'>
<div>
<div>
<div>
<div>
<div>
<p class=MsoNormal><span style='font-size:16.0pt;font-family:"Garamond","serif"'>Acho
que muita coisa precisa ser ainda investigada para que com base na análise dos
documentos, possamos reinterpretar o "gênio", vc não acha? </span><o:p></o:p></p>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</blockquote>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>Sem dúvida. Fazemos muitas interpretações (quando não
exibição de opiniões) sem ter antes realizado a "Musicologia
positivista" necessária.<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal> <o:p></o:p></p>
</div>
<blockquote style='border:none;border-left:solid #CCCCCC 1.0pt;padding:0cm 0cm 0cm 6.0pt;
margin-left:4.8pt;margin-right:0cm'>
<div>
<div>
<div>
<div>
<p class=MsoNormal>PS - espero que vc não se importe de eu postar essa minha
resposta (repensada após a contribuição do Dil que trabalha no Museu
Villa-Lobos) na lista de etno na lista da ANPPOM já que agora tem mais gente
entrando no debate.<o:p></o:p></p>
</div>
</div>
</div>
</div>
</blockquote>
<div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'>Claro que não! O Dil fez o que
qualquer um que queira ir além do "não pretendo escrever sobre o assunto,
mas..." deveria ter feito: apresentar os documentos que embasam o
argumento (no caso, alheio).<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'>Abraço,<o:p></o:p></p>
</div>
<div>
<p class=MsoNormal>Carlos<o:p></o:p></p>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<p class=MsoNormal><br>
________________________________________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
<a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>
________________________________________________<o:p></o:p></p>
</div>
<p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p>
</div>
</div>
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</html>