<div dir="ltr">Caro Gabriel Moreira, Fernanda Canaud e colegas:<div><br></div><div>Interesso-me muito pela ciência “Semântica Musical”. Continuo refletindo sobre o uso do Adaggieto de Mahler no final da novela.</div><div>Em comentário anterior, eu disse que aquela música ficou marcada, graças a Lucchino Visconti, com o significado de amor puro, platônico, etc. A TV Globo, no Jornal Nacional, anunciou ontem matéria que sairá hoje no Fastástico, sobre aquele final.</div>
<div>A própria Globo já divulgou que a intenção foi homenagear Visconti, “imitando” Morte em Veneza.</div><div><br></div><div>Mas eu comecei a fazer nova reflexão.</div><div>Acho que a quantidade de brasileiros que assistiram ao filme de Visconti é muito menor que a quantidade de brasileiros que assistiram à novela.</div>
<div>Chuto uma possível percentagem. Talvez os que assistiram ao filme não chegue a 20% dos que assistiram ao capítulo final da novela.</div><div>Considerando essa hipótese percentual, poderíamos prosseguir com o seguinte raciocício.</div>
<div>Apenas 20% do público da novela viveram a experiência de associar Morte em Veneza àquele final da novela.</div><div>Então, 80% não viveram essa experiência.</div><div>Assim, é possível que a ampla maioria do público da novela passe a considerar o Adaggieto com outro “significado” musical.</div>
<div>Será possível, então, que muitos brasileiros, ao ouvirem de novo o Adaggieto, passem a dizer:</div><div>“-Essa é a música do Felix”. Ou então “-Essa é a música do beijo gay”.</div><div><br></div><div>Abraços,</div><div>
Jorge Antunes</div></div>