<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif">Via Adriana Carvalho Lopes<br></div><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><br>Eu e <a class="" href="https://www.facebook.com/danielnsilva">Daniel Silva</a>
estamos organizando o Simpósio Temático "Diáspora Africana Sonora na
América Latina" no VII Congresso Brasileiro de Pesquisadore/as Negro/as,
que acontecerá no final de julho em Belém. <br></div><div class=""><p> Gostaria de contar com
sua ajuda na divulgação e na participação. Os resumos para o simpósio
podem ser submetidos até o dia 10/abr/2014.</p><p> Site do evento:<br> <a href="http://www.para2014.copene.org/" target="_blank" rel="nofollow">http://www.para2014.copene.org/</a></p><p> "Diáspora Africana Sonora na América Latina"</p>
<p>
Desde a colonização do Novo Mundo e a dispersão de africanos
escravizados, a África tem sido constantemente ressignificada, servindo
de referência para as chamadas culturas negras que se (re)criam pela
diáspora. Embora a África tenha um passado tribal vinculado a seus
ancestrais, ela é um signo que se constitui num campo fértil e criativo
de imaginários afrodescendentes. Para autores dos Estudos Culturais
como Hall (2006), África é uma aporia ou metáfora cultural, espiritual e
política, central à construção de identidades negras, as quais lhe
fornecem um sentido que, até recentemente, não tinha. Assim, não seria
uma origem pura e comum que definiria as culturas negras da diáspora,
mas uma contínua (re)invenção da África elaborada por sujeitos que
compartilham experiências marginais e subalternas. Gilroy (2001) destaca
que o povo da diáspora encontrou na música, na dança e no estilo a
estrutura profunda de sua vida cultural. Disseminada por formas híbridas
em torno do globo, a música negra é um contra-discurso que funciona
como prática de compensação à exclusão da educação e do letramento
formais a que foram submetidos os descendentes de escravos no ocidente. A
partir dos anos 1970, começa a ser desenhado um mercado periférico e
transatlântico para a cultura “pop negra”, que se irradia, mesclando-se
com outras tradições e assumindo identidades locais. Teríamos como
resultado desses movimentos culturas jovens negras, em que a música
ocupa um lugar central: o raggamuffin na Jamaica, o Kuduro em Angola, o
Reggaeton na América Latina e, no Brasil, gêneros como Funk Carioca,
Hip-hop e brega. Neste simpósio, pretendemos reunir pesquisadores que
trabalham com o que se tem chamado de “diáspora africana sonora”
(Rahier, Hintzen & Smith, 2010; Lopes, 2011). Trata-se de práticas
musicais que reinventam África de acordo com culturas locais e se
estabelecem não só como potente forma de constituição de identidades
negras, mas também como letramentos, comunicação e produção cultural de
reexistência (Souza, 2011). Pretendemos debater essas sonoridades num
recorte geopolítico, “América Latina”, que se justifica pelo fato de a
diáspora negra sonora, a despeito de sua centralidade nas músicas
latino-americanas, não ter grande relevância em muitos estudos, sendo
por vezes silenciada.</p><p> <br> GILROY, P. <i>O Atlântico Negro</i>. Rio de Janeiro: Editora 34, 2001.<br> HALL, S. <i>Da diáspora</i>. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2003.<br> LOPES, A.<i> Funk-se quem quiser no batidão negro da cidade carioca</i>. Rio de Janeiro, Bom Texto, 2011.<br>
RAHIER, J., HINTZEN, P. & SMITH, F. <i>Global circuits of blackness:
Interrogating the African diaspora</i>. Chicago: University of Illinois,
2010.<br> SOUZA, A. <i>Letramentos de reexistência</i>. São Paulo, Parábola, 2011.</p></div>-- <br><div dir="ltr"><div>carlos palombini<br>professor de musicologia ufmg<br><a href="http://proibidao.org" target="_blank">proibidao.org</a><br>
</div><a href="http://ufmg.academia.edu/CarlosPalombini" target="_blank">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br><a href="http://scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ" target="_blank"><span style="display:block">scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAA</span></a><span class=""><font color="#888888"><br>
</font></span>"Naturalmente, é próprio à esta ou àquela categoria de inteligências vincular-se sobretudo à mudança de direção e insistir na novidade: música nova ou mesmo já não música --- uma nova arte dos sons<div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;display:inline">
</div>a ser diferentemente nomeada. De modo contrário, outras inteligências, em certo sentido mais ousadas, assimilam o ponto singular e entendem que, enriquecida de elementos novos, e principalmente reconsiderada de outra maneira, ela segue no interior do domínio musical." (Pierre Schaeffer, "Vers une musique expérimentale", 1953)<div>
</div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div></div>
<div style id="__af745f8f43-e961-4b88-8424-80b67790c964__"></div></div>