<div dir="ltr"><br><div class="gmail_quote"><div class="gmail_quote"><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div dir="ltr"><div><div class="gmail_quote"><div><div style="font-size:10pt;font-family:HelveticaNeue,Helvetica Neue,Helvetica,Arial,Lucida Grande,sans-serif">
<div style="display:block"><div style="font-family:HelveticaNeue,'Helvetica Neue',Helvetica,Arial,'Lucida Grande',sans-serif;font-size:10pt">

<div style="font-family:HelveticaNeue,'Helvetica Neue',Helvetica,Arial,'Lucida Grande',sans-serif;font-size:12pt"><div><div><div dir="ltr"><br><h2 style="margin-top:0cm;line-height:18.75pt;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(153,0,0)">


<span style="font-size:15pt;color:white">Pesquisa revela alto índice de adoecimento mental entre
 docentes da UFPA</span></h2>
<div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit"><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"><img src="https://correio.embrapa.br/service/home/%7E/?auth=co&id=70922&part=3" alt="http://www.adufpa.org.br/bancoimagens/v9qzv28zk8c7rmf82r4zccffg5xf49ha8e2y7jo5qvxztxbmstcfx6fyzq91hpepg12481az2d7vy5i8.jpg" height="337" width="599"></span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">O
 Ex-Coordenador de Saúde do Trabalhador da UFPA, Médico, Professor e 
pesquisador, Jadir Campos, mestre na área médica e em educação e 
doutorando em Saúde do Trabalhador na Universidad Internacional Tres 
Fronteras, de Buenos Aires (Argentina), conversou com a Adufpa sobre a 
correlação entre as políticas para a educação superior pública no Brasil
 e o adoecimento docente. Em sua recente pesquisa de mestrado, 
intitulada “Trabalho Docente e Saúde: Tensões da Educação Superior”, que
 teve como objetivo discutir como as tensões das políticas para a 
Educação Superior pública estariam levando ao sofrimento e, em 
consequência, ao adoecimento docente, foram obtidos dados que sugerem 
que o fomento ao produtivismo e à competitividade, estimulados, 
sobretudo, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
 Tecnológico (CNPq), estão gerando adoecimento mental entre professores 
da UFPA. De acordo com a pesquisa, uma taxa de 14,13% dos pedidos de 
afastamento do trabalho de docentes da universidade, entre 2006 e 2010, 
esteve relacionado a problemas com a saúde mental.<br> </span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Adufpa: De acordo com sua pesquisa, qual o quadro da UFPA quanto à saúde dos docentes?</span></b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"></span></div>
<div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit"><b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Jadir:</span></b><span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"> </span></span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">O
 quadro da UFPA praticamente se repete em todas as IFES brasileiras, 
porque isto é uma característica da própria política que o Ministério da
 Educação (MEC) vem adotando com relação ao trabalho docente. Esta 
pesquisa, iniciada através do mestrado em Educação, enfoca as políticas 
que foram criadas pelo governo federal para a educação superior e como 
elas, de alguma forma, comprometem o trabalho docente, que é 
intensificado e, na maioria das vezes, não é percebido pelo professor. 
Essa precarização do trabalho leva a uma situação de sofrimento, 
inicialmente, e se aquela pessoa que está passando por este sofrimento 
não tiver condições de superá-lo irá adoecer, pois o docente está 
submetido a uma série de exigências por conta da política de educação do
 MEC.</span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">O
 adoecimento que estamos discutindo aqui é o mental, porém existem 
outras doenças inerentes à docência: Lesão por Esforço Repetitivo (LER) /
 Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), lombalgia, 
problemas de pregas vocais com alterações da voz (disfonia), entre 
outros. Porém, neste trabalho, estou me referindo a um problema muito 
sério, que é o problema da saúde mental. Quando passei pela 
coordenadoria de saúde do trabalhador da UFPA, tivemos o trabalho de 
fazer esse levantamento, porque até então não existia absolutamente nada
 em termos de adoecimento do docente da UFPA, o que seria desvelado se o
 Projeto do Perfil Epidemiológico dos servidores da UFPA, elaborado por 
nós, tivesse sido implantado. Nós, modo geral, servidores da UFPA, não 
sabemos do que adoecemos nem do que morremos. Despertou-nos e 
inquietou-nos a quantidade de professores que nos procuravam com 
problemas de saúde mental. E, fizemos um levantamento de 2006 a 2010, 
levando em consideração aquele professor que nos procurava para se 
afastar, de alguma forma, em consequência de adoecimento mental. A 
surpresa – e eu não diria tão surpresa assim – foi a alta incidência de 
doenças mentais em professores da UFPA. O percentual de professores que 
pediram afastamento das atividades acadêmicas devido ao quadro de 
adoecimento mental, neste período, foi de 14,13%. Isto é alto, pois se 
compararmos com a doença que mais afasta os trabalhadores modo geral, na
 sociedade, que é a LER-DORT que é da ordem de 7,2%, chegamos a 
conclusão que no caso da UFPA o adoecimento mental afasta quase que o 
dobro do percentual que a LER – DORT afasta na sociedade em geral. Ou 
seja, o índice é muito alto e, por isso, preocupante.<br> </span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Adufpa: Quais as possíveis causas do adoecimento docente?</span></b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"></span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Jadir:</span></b><span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"> </span></span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">O
 que realmente está ocorrendo com o docente é que ele não está 
percebendo que está sendo “usado” e, digamos assim, imiscuído em um 
contexto político em que pela falta ou pela exiguidade de recursos 
financeiros - já que a universidade não arca com as necessidades 
materiais e de recursos para o desenvolvimento de pesquisas -, os dois 
órgãos mais importantes de fomento à pesquisa, a Capes e o CNPq, fazem 
uma triagem produtivista, tornando os docentes bodes expiatórios de um 
esquema perverso ao professor. Deste modo, o professor vai atrás deste 
fomento para conseguir recursos para sua pesquisa, para ter acesso às 
tecnologias, bolsistas etc. O professor que consegue isto acredita que o
 conseguiu por ser “gênio”, porém, o que não se percebe é que isso o 
coloca refém do produtivismo, da competição, e impõe a exigência de um 
grande número de publicações em revistas com qualis elevados. Contudo, 
eles acreditam que essa realidade faz parte do contexto da universidade 
e, esta situação é pior na Pós-Graduação, não percebem sua lógica real. 
Ele acha que “é gênio” por ter conseguido garantir todas suas 
publicações e aprovação de seus projetos, não percebe que isto na 
verdade é uma banalização, ou seja, em função dos exíguos recursos 
disponibilizados para a universidade, é feito uma triagem, e essa 
triagem é feita assim, dando maior possibilidade de pesquisa àquela 
pessoa que tem o que chamamos de ‘produtivismo consciente’, que publica 
muito, que tem seus artigos aprovados em periódicos qualis A, B. Os 
órgãos de fomento à pesquisa aproveitam-se disto e dizem que os 
professores tem plena consciência, mas não é bem assim. Quando você tem,
 de alguma forma, uma retribuição simbólica e remuneratória por algo que
 você faz, por exemplo: você desenvolve um trabalho, esse trabalho é 
aquilatado para que você receba um prêmio ou conquiste destaque, essa 
possibilidade de ter seu trabalho avaliado como o melhor, naturalmente 
gera no organismo substâncias que dão sensação de bem estar, 
neurotransmissores que provocam sensação de bem estar e nos “agiganta”, 
que nós chamamos de endorfinas. A pessoa que se vê envolvida neste 
contexto, com este “estímulo” à pesquisa e disponibilidade de recursos 
por ser “gênio”, acredita realmente que isto é ótimo, maravilhoso, a 
ponto de intensificar ainda mais seu trabalho. No meio deste bojo até o 
seu lazer é tomado. O professor se vê tão envolvido neste processo, que 
faz isso porque acredita que esta é a única e melhor forma de se 
destacar na carreira e conseguir recursos para pesquisa, expressando sua
 capacidade e adquirindo um status diferenciado em sua categoria. Com o 
tempo, a exaustão emocional e o cansaço, entre outras contradições, vão 
fazendo com que este docente apresente sofrimento e se não possuir 
estrutura emocional adequada adoece sem se perceber. Esse que é o maior 
problema. O docente não tem consciência do seu processo de adoecimento. É
 preciso criar políticas que façam o professor perceber que está dentro 
de uma rede perversa e que isso poderá levá-lo a adquirir doenças 
psicossomáticas, depressão, Síndrome de burnout entre outras.</span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Não
 se iludam, todas essas políticas criadas pelo MEC tem um viés de 
controle. Por exemplo, quando se impõe uma avaliação quatitativista aos 
docentes, com uma série de requisitos e pontuações que devem ser 
preenchidas, isso faz parte de uma política de controle. A Lei de 
Inovação Tecnológica é outra questão perigosíssima, pois ela incentiva o
 professor a ser além de produtivista, empreendedor. Essa Lei direciona a
 pesquisa aos interesses mercantis, sujeitando os docentes a pesquisarem
 de acordo com o retorno que os resultados da pesquisa darão ao mercado,
 às empresas e/ou indústria; além disso, outras áreas que não estão 
ligadas aos interesses industriais e de mercado, são penalizadas, 
dificilmente tem seus projetos aprovados porque não são “rentáveis”. 
Aquilo que existia nas universidades em termos da autonomia não existe 
mais. Tornou-se o que nós chamamos de ‘autonomia consentida’. Você vai 
até onde a instituição acha que é permitido ir. O próprio docente está 
comprometido em sua autonomia intelectual, ou seja, ele não tem mais a 
liberdade de pesquisar o que ele julga e percebe ser importante para a 
sociedade e para a universidade. Ele tem que pesquisar aquilo que é 
considerado valido e que dará retorno, no sentido de recompensar 
monetariamente. Ele acredita que está sendo recompensado 
intelectualmente, mas infelizmente não está.<br> </span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Adufpa: Quais são as características apresentadas pelos docentes quando atacados em sua saúde mental?</span></b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"></span></div>



<div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit"><b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Jadir:</span></b><span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"> </span></span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Existem
 várias doenças mentais, porém duas chamam mais a nossa atenção no que 
tange a saúde do professor, a Síndrome de burnout e a depressão. A 
Síndrome de burnout, que é intimamente relacionada ao exercício docente e
 a depressão, que hoje é a segunda causa que mais afasta do trabalho e, 
em 2020, será a doença que mais afastará do trabalho, de acordo com a 
Organização Mundial de Saúde (OMS). Hoje, a depressão só perde para LER /
 DORT, primeira doença que mais afasta trabalhadores de suas atividades.</span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">A
 pessoa com depressão é aquela pessoa que constantemente se afasta, não 
tem envolvimento com os colegas, com os pares, procura se isolar. É 
aquela pessoa que está comumente irritada e não deixa com que ninguém se
 aproxime ou aborde-a. O cansaço na pessoa que está deprimida é muito 
frequente, a pessoa sempre relata: “estou cansada”, “estou exausta”, 
“não consigo produzir o que eu acho que deveria produzir”. Mas, como tem
 que competir, ela busca de qualquer forma produzir. O docente com 
quadro depressivo apresenta, constantemente, dor de cabeça e pode 
apresentar perda do apetite tanto nutricional como sexual.</span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">A
 Síndrome de burnout tem características especiais. São três as 
principais características desta Síndrome: a exaustão emocional; a falta
 de envolvimento com o trabalho, a pessoa perde o interesse e já não tem
 mais o mesmo entusiasmo de antes; e, finalizando, a despersonalização. A
 despersonalização, eu considero como médico um termo muito forte, isto é
 para a escola inglesa, nós, da escola brasileira, chamamos de 
desumanização. A desumanização se expressa naquele professor que é 
questionado pelo aluno e responde com pedras na mão e não deixa ninguém 
sequer intervir, adotando posturas autoritárias: “Aqui o professor sou 
eu, fique calado”, ou adota posturas similares quando abordado pelas 
demais pessoas.  </span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Existem
 muito mais problemas que comprometem a saúde mental, porém essas duas 
são as mais expressivas no contexto do adoecimento do docente em função 
de todas essas mudanças impostas ao mundo do trabalho do professor 
universitário.</span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Adufpa:
 Como ex-coordenador de saúde do trabalhador da UFPA, qual a sua 
avaliação sobre o papel institucional da universidade para combater esse
 quadro de elevado adoecimento mental do docente?</span></b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"></span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<b><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Jadir:</span></b><span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit"> </span></span><span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Quando
 eu estava na coordenadoria nós fizemos várias discussões sobre o 
problema do adoecimento de docentes na UFPA. Essas discussões envolveram
 a Adufpa e o Sindicato dos Técnicos da UFPA (Sindtifes-PA). É 
lamentável, mas não há realmente um envolvimento Institucional da 
Administração Superior neste sentido. Não há uma política preocupada com
 isso. Nós tivemos algumas vezes oportunidade de levar ao atual reitor 
essas taxas observadas no período de 2006 a 2010. Elaboramos um projeto,
 o qual está na Pro-Reitoria de Gestão de Desenvolvimento de Pessoal 
(Progep), que funcionaria como uma intervenção sobre a qualidade de vida
 do trabalho dos servidores da UFPA. Infelizmente, isso não chegou a ser
 implantado. Não sei como anda esse projeto atualmente. O projeto foi 
criado, à época, por mim e pela professora Elen Carvalho, do Instituto 
de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), e está disponível como parte do 
acervo da Progep. É lamentável que a UFPA não dê a devida importância a 
um tema como este, pois se preocupar com a qualidade do trabalho deveria
 ser um hábito Institucional.</span></div><div style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;text-align:justify;background:none repeat scroll 0% 0% rgb(242,242,242);font-size:inherit;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:inherit;line-height:inherit">



<span style="font-size:13.5pt;font-family:inherit">Christophe
 Dejours, que é um autor que pesquisa sobre a questão do sofrimento e 
adoecimento no trabalho, chama esse processo, vivenciado pelos docentes,
 de psicodinâmica do trabalho, ou seja, você está envolvido no trabalho,
 mas não tem consciência do processo e organização dele. O trabalho está
 posto e você vai realizar. Mas nem sempre consegue. Na maioria das 
vezes você se aproxima do que lhe foi pedido e cria mecanismos para que 
não sofra por aquilo. O problema é que hoje, as avaliações estão ai, 
tudo é avaliado. Não que as avaliações não sejam pertinentes, mas 
depende do tipo de avaliação, de como essa avaliação é conduzida. Isso é
 que deve ser discutido. Mas, infelizmente, a UFPA não tem dado 
importância a este problema, pois eu desconheço, até então, essa 
preocupação institucional.</span></div><font class="Apple-style-span" face="arial"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small"><font class="Apple-style-span" face="HelveticaNeue, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif" size="4"><span class="Apple-style-span" style="font-size:16px"><br>
</span></font></span></font></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></blockquote></div></div></div>