<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><div class=""><p>O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, UFRJ, se solidariza e manifesta seu apoio:</p><p>

 NOTA PÚBLICA DE APOIO E SOLIDARIEDADE ÀS 19 PESSOAS PRESAS NO DIA 12 DE
 JULHO E DE REPÚDIO À CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS</p><p> A 
comunidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro e agregados/as vem,
 por meio desta nota, manifestar publicamente o seu apoio e 
solidariedade às 19 pessoas presas - entre elas professores/as, 
militantes e advogados/as - no dia 12 de julho de 2014, além de repudiar
 a escalada de repressão que vem se instalando ao redor de movimentos 
sociais e organizações políticas que visam ampliar e potencializar o 
sistema democrático brasileiro.</p><p> A atual escalada da repressão que
 se encontra em vigência não só no Rio de Janeiro, mas também em outras 
regiões do Brasil, se configura uma afronta direta à liberdade de 
expressão e manifestação que fazem parte dos direitos humanos e 
políticos básicos, direitos estes que devem ser respeitados e garantidos
 pelas autoridades do nosso sistema político.</p><p> Pedimos, assim, a 
soltura imediata de todos/as os/as presos/as políticos/as e o fim de 
todos os processos criminais sofridos por estes/as, dado que a 
manutenção desses processos representa uma grave violação dos princípios
 fundamentais que regem qualquer país que se pretenda democrático. 
Lamentamos que a atual conjuntura política nos remeta a um passado não 
tão remoto, quando estudantes e ativistas que buscavam a abertura 
democrática foram perseguidos/as e presos/as pela ditadura militar que 
durou 21 anos no Brasil. O estudo e disseminação da História nos servem 
para que não repitamos os erros do passado, algo que parece não estar 
sendo observado nos tempos atuais.</p><p> Lembramos que o atual processo
 de repressão aos movimentos sociais e organizações políticas não se 
iniciou no dia 12 de julho, mas vem se instalando já há algum tempo, uma
 vez que essas 19 pessoas presas não foram as primeiras. Pedimos também,
 portanto, a soltura imediata e/ou fim dos processos de todos/as os/as 
que foram incriminados/as com base em acusações forjadas e provas 
infundadas, como Rafael Braga Vieira, preso no Rio de Janeiro no dia 20 
de junho de 2013 e condenado a cinco anos e dez meses de prisão; de 
Rodrigo Brizola, Gilian Vinícius Cidade, Matheus Gomes, Lucas Maróstica,
 Alfeu Neto, José Vicente Mertz e Guilherme Souza, que sofram processo 
criminal no Rio Grande do Sul desde maio de 2014; Cristiano de Oliveira 
Gomes, preso no Rio de Janeiro no dia 22 de junho de 2014; Fábio Hideki 
Harano e Rafael Marques Lusvarghis, presos em São Paulo no dia 23 de 
junho de 2014; e de Heitor Vilela, Ian Caetano e João Marcos, presos em 
Goiânia no dia 23 de maio de 2014..</p><p> As 19 pessoas presas do dia 
12 de julho podem não ter sido as primeiras, mas que sejam as últimas. 
Esperamos que essa onda de criminalização dos movimentos sociais e de 
ativistas se encerre, que todas as pessoas presas sejam imediatamente 
libertadas, que todos  os processos criminais sejam arquivados e que 
todas as autoridades diretamente envolvidas na violação sistemática de 
direitos humanos e políticos básicos sejam responsabilizadas. O não 
cumprimento dessas demandas caracterizará a falência do Estado 
Democrático de Direito, estado pelo qual gerações passadas deram suas 
vidas para que fosse implantado.</p><p> LIBERDADE PARA TODOS/AS OS/AS PRESOS/AS POLÍTICOS/AS!</p></div></div>-- <br><div dir="ltr"><div>carlos palombini<br>professor de musicologia ufmg<br>professor colaborador ppgm-unirio<br>
<a href="http://orcid.org/0000-0002-4365-7673" target="_blank">orcid.org/0000-0002-4365-7673</a><br></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div>
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