<html><head><style type='text/css'>p { margin: 0; }</style></head><body><div style='font-family: times new roman,new york,times,serif; font-size: 12pt; color: #000000'><font face="times new roman, new york, times, serif">Minha sugestão ao ministro é que haja isonomia salarial para todo professor doutor, seja dando aulas na universidade, na educação infantil, no fundamental ou no médio.</font><br><br><div style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; font-size: 12pt;"><span name="x"></span>=================================<br>Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro<br>Compositor e Professor de Canto Coral, Etnomusicologia e Educação Musical do Departamento de Música da FFCLRP-USP<br>Membro do NAP-CIPEM Núcleo de Apoio à Pesquisa em Ciências da Performance em Música<br>Líder do Grupo de Pesquisa EsTraMuSE - Estudos Transdisciplinares em Música, Sociedade, Educação<br>http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397<br>Universidade de São Paulo<br>Campus de Ribeirão Preto (SP), BRASIL<br>http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro<br>http://lattes.cnpq.br/8866596468646798<span name="x"></span><br></div><br><hr id="zwchr" style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; font-size: 12pt;"><blockquote style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12pt; border-left-width: 2px; border-left-style: solid; border-left-color: rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px; padding-left: 5px; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none;"><b>De: </b>"Carlos Palombini" <cpalombini@gmail.com><br><b>Para: </b>anppom-l@iar.unicamp.br, "etnomusicologiabr" <etnomusicologiabr@yahoogrupos.com.br><br><b>Enviadas: </b>Domingo, 29 de Março de 2015 9:28:45<br><b>Assunto: </b>[ANPPOM-Lista] Janine defende educação sem currículos rígidos<br><br><div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><p>Escolhido por Dilma Rousseff para comandar o Ministério da Educação, o
filósofo Renato Janine Ribeiro tem ideias avançadas para o setor. Ele
discorreu sobre elas num <span style="color:"><a style="color:" href="http://www.valor.com.br/politica/3798846/os-principais-ministerios-cultura" target="_blank">artigo</a></span> veiculado há quatro meses na coluna semanal que mantém no jornal ‘<em>Valor Econômico</em>’.
Defendeu, por exemplo, a tese segunda a qual a educação deveria deixar
de seguir currículos rígidos, tornando-se mais prazerosa e criativa.</p><p>Para
o novo ministro, não se pode entender o mundo moderno sem levar em
conta o seguinte: “a educação não termina no último dia do ensino
profissional ou do curso superior —nem nunca.” Janine avalia que certos
diplomas, como o de médico, poderiam ser “concedidos com exigência de
atualização” em prazos pré-determinados. Ministradas em “cursos
avaliados”, essas atualizações seriam “obrigatórias, previstas em lei”.</p><p>Janine
defende também a criação de “um crescente leque de cursos abertos, sem
definição profissional, que aumentarão incrivelmente a qualidade da vida
dos alunos.” Ele explicou: “Para cada curso de atualização em genoma
para profissionais de saúde, haverá dezenas sobre filmes de conflitos
entre pais e filhos, de aprendizado com religiões distantes, de arte em
videogames, destinados a cidadãos em geral, de qualquer profissão —e a
lista não acaba.”</p><p>O escolhido de Dilma deu exemplos do que pode
suceder num sistema educacional que inclua os cursos abertos: “Quem
cresceu num meio limitado pode descobrir que o sentido de sua vida é a
fotografia (como o jovem favelado que é o narrador do filme ‘Cidade de
Deus’): um artista se revela. Ou um menino sensível, alvo de ‘bullying’
na escola, descobre que é homossexual e que não está sozinho no mundo:
um ser humano se liberta da ignorância que o prendia. Assim, a cultura
aumenta seu próprio contingente – com a descoberta de novos artistas –
mas, acima de tudo, amplia a liberdade humana.”</p><p>Noutros tempos,
anotou Janine, a identificação da vocação das pessoas seguia padrões
engessados. “Cada pessoa vivia num pacote identitário: por exemplo,
homem branco abonado, casado, filhos, advogado ou médico ou engenheiro.
Tudo isso vinha junto.” Hoje, avalia o novo titular da Educação, os
horizontes alargaram-se.</p><p>“Há milhares de profissões”, escreveu
Janine. “No limite, cada um cria a sua. Profissão, emprego, orientação
sexual, estado civil, crenças políticas e religiosas, tudo isso se
combina como um arco-íris felizmente enlouquecido. Ninguém é mais
obrigado a se moldar a um pacote. Mas isso não é fácil, exige uma
interminável descoberta de si e, por que não dizer, coragem pessoal.”</p><p>Janine
esgrimiu no artigo um ponto de vista ousado sobre quais seriam os
principais ministérios da Esplanada. Começou brincando com as palavras:
“Qualquer um sabe responder quais são os principais ministérios do
governo federal —aliás, de qualquer governo no mundo atual. São os da
área econômica. Só que não”.</p><p>Depois, foi ao ponto: “Os ministérios
que definem o futuro de um país, que deverão ser decisivos nos próximos
anos, e em poucas décadas serão reconhecidos como os principais, são
três: Cultura, Atividade Física (como eu chamaria a atual pasta dos
Esportes) e Meio Ambiente.”</p><p>Tomado pelas palavras, Janine talvez
preferisse que Dilma o tivesse convidado para chefiar a pasta da
Cultura. No artigo, ele falou de educação como um complemento da
cultura. Traçou um paralelo: “A cultura tem a ver com a educação. As
duas pressupõem que o ser humano não nasce pronto, mas é continuamente
construído pela descoberta dos segredos do mundo e pela invenção do
novo.”</p><p>Prosseguiu: “Na educação como na cultura, não há limite:
sempre se pode descobrir ou inventar mais. Nada é tão crucial quanto
elas para uma sociedade em mudança rápida, como a nossa. A educação e a
cultura, nas suas várias formas, fazem crescer a liberdade das pessoas.”</p><p>Janine
recordou que, em artigo anterior, afirmara que “a cultura é a educação
fora de ordem, livre e bagunçada.” Comparou: “Para cursos, há
currículos. Para a cultura, não. Um curso sobre a abolição da
escravatura é educação, o filme ‘Lincoln’ é cultura.”</p><p>Foi nesse
ponto que o novo ministro revelou o que seria para ele o modelo ideal de
educação: “Cada vez mais, a educação deverá se culturalizar: um,
deixando de seguir currículos rígidos; dois, tornando-se prazerosa;
três, criativa.” Na opinião de Janine, deve-se conservar apenas “um
currículo norteador, que leve da infância à idade adulta.” Sem perder de
vista que a educação jamais termina.</p><p>Vai abaixo a íntegra do artigo de Renato Janine Ribeiro, datado de 1º de dezembro de 2014:</p><p><a href="http://imguol.com/blogs/58/files/2015/03/estrelinha2.gif" target="_blank"><img class="" alt="" height="12" width="12" src="http://imguol.com/blogs/58/files/2015/03/estrelinha2.gif" src="http://imguol.com/blogs/58/files/2015/03/estrelinha2.gif"></a></p><p style="text-align:center">Os principais ministérios: Cultura</p><p><a href="http://imguol.com/blogs/58/files/2015/03/AspasPequenas1.jpg" target="_blank"><img class="" alt="" height="48" width="48" src="http://imguol.com/blogs/58/files/2015/03/AspasPequenas1.jpg" src="http://imguol.com/blogs/58/files/2015/03/AspasPequenas1.jpg"></a><strong>Q</strong>ualquer
um sabe responder quais são os principais ministérios do governo
federal —aliás, de qualquer governo no mundo atual. São os da área
econômica.</p><p>Só que não.</p><p>Os ministérios que definem o futuro
de um país, que deverão ser decisivos nos próximos anos, e em poucas
décadas serão reconhecidos como os principais, são três: Cultura,
Atividade Física (como eu chamaria a atual pasta dos Esportes) e Meio
Ambiente.</p><p>Essa tese parece tão insensata que precisa ser
justificada. Começo pela Cultura; nas próximas colunas falarei das
outras duas áreas. Mas um artigo de Antonio Callado pode ilustrar esta
questão inteira: em abril de 1994, quando Rubens Ricupero deixou o
Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal para assumir a Fazenda,
Callado lamentou o que ele, só ele, chamou de rebaixamento: Ricupero
deixava uma pasta que portava o futuro do mundo, para cuidar de algo sem
a mesma relevância estratégica. É nesta linha que vamos argumentar.</p><p>É
claro que a economia é decisiva para um país, um governo. Mas ela
geralmente trata de meios, mais que de fins. O próprio nome de
‘infraestrutura’, usado para agrupar algumas de suas pastas, já indica
isso: infra, não super. O solo que pisamos, não o espaço entre zero e
dois metros de altura em que nos movemos. Temos também ministérios para
lidar com nossos déficits sociais, como saúde, direitos humanos,
igualdade das mulheres e dos negros. Um dia que não deve demorar muito, a
igualdade de direitos estará alcançada. Mas, desde já, há setores da
administração que devem apontar fins – não de forma autoritária,
vertical, mas fazendo a riqueza criativa da sociedade impactar a
administração.</p><p>A cultura tem a ver com a educação. As duas
pressupõem que o ser humano não nasce pronto, mas é continuamente
construído pela descoberta dos segredos do mundo e pela invenção do
novo. Na educação como na cultura, não há limite: sempre se pode
descobrir ou inventar mais. Nada é tão crucial quanto elas para uma
sociedade em mudança rápida, como a nossa.</p><p>A educação e a cultura,
nas suas várias formas, fazem crescer a liberdade das pessoas. A
cultura, já afirmei aqui, é a educação fora de ordem, livre e bagunçada.
Para cursos, há currículos. Para a cultura, não. Um curso sobre a
abolição da escravatura é educação, o filme “Lincoln'' é cultura. Cada
vez mais, a educação deverá se culturalizar: um, deixando de seguir
currículos rígidos; dois, tornando-se prazerosa; três, criativa.</p><p>A
Cultura deixará de ser o sobrinho menor da Educação. O próprio caráter
imprevisível da ação cultural e a dificuldade de planejá-la fazem dela
um dos modelos para o que deve ser a educação numa sociedade criativa.
Deve-se conservar na educação um currículo norteador, que leve da
infância à idade adulta. Mas para entender o mundo que hoje desponta é
bom ter claro o seguinte: a educação não termina no último dia do ensino
profissional ou do curso superior – nem nunca.</p><p>Alguns diplomas,
como o de médico, até poderão ser concedidos com exigência de
atualização, a cada tantos anos. Essa atualização será dada por cursos
avaliados e fará parte da área da Educação. Mas além das atualizações
obrigatórias, previstas em lei, será necessário – e demandado – um
crescente leque de cursos abertos, sem definição profissional, que
aumentarão incrivelmente a qualidade da vida dos alunos. Já temos
iniciativas neste sentido, inclusive uma empresarial (a Casa do Saber),
que têm dado certo. Enfatizo: esses cursos serão mais culturais, não
estritamente educacionais. Para cada curso de atualização em genoma para
profissionais de saúde, haverá dezenas sobre filmes de conflitos entre
pais e filhos, de aprendizado com religiões distantes, de arte em
videogames, destinados a cidadãos em geral, de qualquer profissão – e a
lista não acaba.</p><p>A cultura é indutora de liberdade. Romances,
filmes e mesmo novelas nos abrem para experiências com as quais, no
mundinho em que cada um nasceu e cresce, nunca pudemos sonhar. (É
inquietante como estamos voltando a viver em guetos; a própria
dificuldade de tantos aceitarem que houve gente que votou diferente
deles, na recente eleição, é sinal desse fechamento de cada grupo sobre
si – o que pode limitar a capacidade de cada um se enriquecer com a
compreensão do outro, do diferente).</p><p>Quem cresceu num meio
limitado pode descobrir que o sentido de sua vida é a fotografia (como o
jovem favelado que é o narrador do filme “Cidade de Deus''): um artista
se revela. Ou um menino sensível, alvo de “bullying'' na escola,
descobre que é homossexual e que não está sozinho no mundo: um ser
humano se liberta da ignorância que o prendia. Assim, a cultura aumenta
seu próprio contingente – com a descoberta de novos artistas – mas,
acima de tudo, amplia a liberdade humana.</p><p>Hoje, pela primeira vez
na história mundial, cada um de nós pode efetuar a sintonia mais fina
possível de sua vocação. Antigamente, cada pessoa vivia num pacote
identitário: por exemplo, homem branco abonado, casado, filhos, advogado
ou médico ou engenheiro. Tudo isso vinha junto. Hoje, as possibilidades
se ampliaram muitíssimo. Há milhares de profissões. No limite, cada um
cria a sua. Profissão, emprego, orientação sexual, estado civil, crenças
políticas e religiosas, tudo isso se combina como um arco-íris
felizmente enlouquecido. Ninguém é mais obrigado a se moldar a um
pacote. Mas isso não é fácil, exige uma interminável descoberta de si e,
por que não dizer, coragem pessoal. A cultura ajuda aqui, porque nenhum
setor da aventura humana nos capacita tanto para, cada um de nós,
descobrir sua diversidade única.<strong>“</strong></p><a href="http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2015/03/28/janine-defende-educacao-sem-curriculos-rigidos" target="_blank">http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2015/03/28/janine-defende-educacao-sem-curriculos-rigidos</a><br><br></div>-- <br><div class="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div>carlos palombini<br>professor de musicologia ufmg<br>professor colaborador ppgm-unirio<br><a href="http://goo.gl/KMV98I" target="_blank">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br></div><div><a href="http://www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2" target="_blank">www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2</a><br></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div></div></div></div></div>
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<br>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>________________________________________________</blockquote><br></div></body></html>