<div dir="ltr">Encaminhando para a lista da ANPPOM...<br clear="all"><div><div class="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div dir="ltr"><p style="margin:0cm 0cm 0.0001pt;background-image:initial;background-repeat:initial"><br></p></div></div></div></div></div></div></div></div><div class="gmail_quote">---------- Mensagem encaminhada ----------<br>De: <b class="gmail_sendername">Andre Cardoso</b> <span dir="ltr"><<a href="mailto:andrecardoso@musica.ufrj.br">andrecardoso@musica.ufrj.br</a>></span><br>Data: 25 de abril de 2015 23:22<br>Assunto: Re: RILM - Academia Brasileira de Música<br>Para: Damián Keller <<a href="mailto:musicoyargentino@gmail.com">musicoyargentino@gmail.com</a>><br>Cc: "<a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a>" <<a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a>>, Diósnio Machado Neto <<a href="mailto:diosnio@gmail.com">diosnio@gmail.com</a>>, Maria Alice volpe <<a href="mailto:volpe@musica.ufrj.br">volpe@musica.ufrj.br</a>><br><br><br><div dir="ltr"><div><div><div><div>Prezado Damián<br><br></div>Obrigado por enviar a mensagem e contribuir com informações importantes. Elas reforçam a necessidade de um debate mais amplo e aprofundado sobre as questões colocadas. Me parece claro que a aceitação passiva das regras impostas por determinados organismos internacionais, o sistema R sendo um deles, nos coloca em posição frágil.<br><br></div><div>Trabalhamos voluntariamente para o RILM e para ter acesso aos resumos precisamos pagar. Não me parece a melhor das situações.<br></div><div><br></div>A Academia Brasileira de Música ao se posicionar claramente sobre a questão, o acesso pago a informações geradas por nós mesmos, abre a possibilidade de debate. A ANPPOM me parece o fórum mais adequado para tal discussão. Como instituição que reúne os pesquisadores brasileiros da área da Música certamente terá mais condições e legitimidade para propor alternativas, levando em consideração inclusive as diferenças regionais, como você pontua.<br><br></div>Atenciosamente<br><br></div>André Cardoso<br></div><div class="HOEnZb"><div class="h5"><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">Em 24 de abril de 2015 14:00, Damián Keller <span dir="ltr"><<a href="mailto:musicoyargentino@gmail.com" target="_blank">musicoyargentino@gmail.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div dir="ltr"><div>Caros André, Maria Alice e colegas,</div><div><br></div><div>Gostaria de sublinhar a colocação do professor Diósnio, trazendo a discussão para o contexto mais amplo da produção e do acesso ao conhecimento.</div><div><br></div><div>> Considero a participação brasileira nos repositórios R importante. Ela integra ao mesmo tempo que divulga. No entanto, não posso deixar de manifestar que não é possível não termos uma contrapartida em forma de livre acesso quando os dados se referem a nossa própria produção.</div><div><br></div><div>A tendência atual é clara. Existe um aumento no acesso livre à produção científica e artística impulsionado pelo baixo custo de publicação na internet. Porém simultaneamente existe a tendência (fortemente induzida pelas editoras) de repassar o custo da publicação dos leitores para os autores. A nível internacional, essa prática já está institucionalizada em dois âmbitos: os eventos científicos (que cobram taxas abusivas sem fazer diferença entre pesquisadores de países centrais e periféricos) e os corpos editoriais dos periódicos de acesso restrito (que usam o trabalho altamente especializado dos pesquisadores, sem retribuição efetiva pelo tempo investido).</div><div><br></div><div>Ao ceder nosso trabalho para repositórios de acesso pago, ajudamos a legitimar mais uma instância do lucro através da produção acadêmica. Essa produção no Brasil é financiada pela verba para as universidades públicas. Porém essa verba não é distribuída de maneira uniforme. Ao concordar com o acesso restrito, ajudamos a legitimar a exclusão efetiva dos pesquisadores que estão trabalhando em universidades periféricas.</div><div><br></div><div>O acesso a verba para pesquisa na região Sudeste, na forma de apoio a participação em eventos, taxas para publicação e subscrição a periódicos e repositórios, pode exigir tempo e dedicação mas não é inviável. Em outras regiões, com destaque para o Norte e Nordeste, o acesso é simplesmente aleatório. O CNPq destina menos de 4% do seu orçamento para o Norte e desde 2012, zero para produtividade em pesquisa em Artes. Só para citar um exemplo próximo, a FAPAC não financia projetos de pesquisa em Artes. Portanto, aqui não temos nenhum programa de apoio a publicações de resultados de pesquisa, nem apoio para acesso a repositórios fechados.</div><div><br></div><div>Resumindo, tanto a nível internacional quanto regional, quem paga o preço da restrição no acesso à produção em pesquisa somos nós, pesquisadores.</div><div><br></div><div>Abraços,</div><div>Damián</div><div class="gmail_extra"><br clear="all"><div><div><br>Dr. Damián Keller | <a href="http://ccrma.stanford.edu/~dkeller" target="_blank">ccrma.stanford.edu/~dkeller</a><br>NAP | <a href="http://sites.google.com/site/napmusica" target="_blank">sites.google.com/site/napmusica</a></div></div><br></div></div>
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