<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><p><strong>Revista Lugar Comum nº45 – Chamada:</strong></p>
<p>A <em>Revista Lugar Comum: Estudos de mídia, cultura e democracia</em> (ISSN/1415-8604) está selecionando artigos para seu próximo número, para a realização da sessão temática <strong><em>Resistências feministas na arte da vida,</em></strong> sob coordenação de Cíntia Guedes e Talita Tibola (<a href="mailto:artesefeminismos@gmail.com" target="_blank">artesefeminismos@gmail.com</a>).</p><p><strong><em>Resistências feministas na arte da vida</em></strong></p>
<p>As lutas minoritárias passam por um momento de rearranjo em meio aos
levantes globais contemporâneos. No Brasil, junho de 2013 se constitui
como uma nova contingência, momento em que as ruas foram ocupadas por
uma diversidade de pautas, e no qual uma série de chamados feministas
ganham evidência em sua pluralidade, apontando novos desafios e
perspectivas.</p>
<p>A expansão das pautas, reinvenção de coletivos e subjetividades criam
um contexto singular brasileiro, que atualiza as questões sobre o modo
de reconhecimento das resistências minoritárias, tal como coloca Judith
Butler em entrevista a Suzana Milevska (2003): afinal, quem pode
reivindicar como sua a(s) luta(s) feminista(s)? Em que situações, na
arte e na vida, os feminismos atualizam suas táticas e termos?</p>
<p>Quando Paul B. Preciado afirma “Nós dizemos revolução”, preenche esse
‘nós’ de uma multiplicidade de femininos e devires que, diante da luta,
precisa inventar para si outros modos de sentir, existir, viver: “Eles
dizem representação. Nós dizemos experimentação. Eles dizem identidade.
Nós dizemos multidão”. Com Preciado, atentamos a que o campo das
práticas feministas, durante a segunda metade do século XIX, passa por
uma ‘primeira ofensiva dos anormais’, ocorrida na França durante a
constituição da Comuna. São os traços do que ele conceitualiza como
“multidões queer”, termo que certamente pode ser reelaborado tomando
outras cartografias como referência e que nos interessa explorar, uma
vez que, felizmente, tais ofensivas não cessaram.</p>
<p>Certamente, encontrar a figura da mulher que resiste às opressões em
representações coerentes, bem como identificar nas artes as temáticas
que denunciam as posições de opressão, consistem em modos de
aproximações críticas que, de forma legítima e necessária, sublinham os
movimentos de resistência no contexto artístico; para este dossiê, nos
interessam também aproximações pelas quais podemos perceber como a arte
pode ser tratada não apenas como exemplo ou ilustração de uma prática
militante que lhe seria anterior ou exterior. Entendemos que os
feminismos não apenas orientam as práticas artísticas, mas transformam
as relações institucionais e cotidianas instaurando assim novos
problemas diante do questionamento das fronteiras entre vida e arte.</p>
<p>É a experiência partilhada no cotidiano das mulheres, nos seus
diversos modos de ser mulher — pessoas não binárias, trans*,
periféricas, negras, lésbicas, pornográficas, prostitutas, e nas
diferenças de classe e raça que atravessam essas subjetividades – que
coloca a questão do reconhecimento mútuo feminista. Os corpos
diferentemente marcados sofrem todos a influência do capitalismo
contemporâneo — na subdivisão do trabalho, na captura afetiva do
trabalho –, e neste contexto, as formulações de um feminismo
interseccional reaparecem, como possibilidade para pensar as
solidariedades entre os distintos grupos de mulheres. Como apostar
nessas solidariedades?</p>
<p>Como avançar o debate pelo campo das subjetividades para que possamos
melhor tratar os agenciamentos micropolíticos? Como ampliar a luta
feminista para além de modos já reconhecidos de exercê-la? A abordagem
de autorxs como Judith Butler e Paul B. Preciado questionam as
categorias de gênero, sexualidade e sujeito de luta a partir da dimensão
das práticas, gestos e discursos que resistem às técnicas de controle e
disciplina dos corpos. A partir dessa dimensão, torna-se possível
desestabilizar as construções majoritárias de gênero/sexualidade/sujeito
normal, implicadas no modelo de organização social atravessado pelo
patriarcado, pela homofobia, pela transfobia e por outras manifestações
de discriminação institucionalizadas. Como problematizar essas
categorias sem cair no campo amorfo de um pós-modernismo sem sujeito? Ao
mesmo tempo, como escapar do paradigma do sujeito, com suas armadilhas e
fechamentos, para o da produção de subjetividade, de maneira a
potenciar os agenciamentos, as interdependências, as
interseccionalidades, e as singularidades?</p>
<p>De modo geral, convidamos à reflexão aquelxs que desejem debruçar-se
sobre corpos, práticas, arranjos, gestos e intensidades que se enunciam
de diversas maneiras, e que trabalham para atualização das lutas
feministas.</p>
<p><em>Para esta edição, a Lugar Comum abre a chamada para artigos
acadêmicos e também outros formatos de texto. São bem-vindos textos
biográficos, ensaísticos, dentre outros. Para submissões, enviar os
textos em formato word no e-mail <a href="mailto:artesefeminismos@gmail.com" target="_blank">artesefeminismos@gmail.com</a> até 10 de setembro, seguindo as normas encontradas em: <a href="http://uninomade.net/encaminhamento-de-artigos/" target="_blank">http://uninomade.net/encaminhamento-de-artigos/</a>. Em caso de envio de imagens: resolução mínima de 300 dpis.</em></p>
<p><strong>Cíntia Guedes</strong> é doutoranda da ECO-Pós (UFRJ).</p>
<p><strong>Talita Tibola</strong>, doutora em psicologia pela UFF, com concentração em <em>Estudos da</em> <em>subjetividade</em>, participa do grupo de pesquisa <em>PesquisarCom</em> e da rede UniNômade.</p><p><a href="http://goo.gl/z7XVRA">http://goo.gl/z7XVRA</a><br></p></div>-- <br><div class="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div>carlos palombini<br><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif">ph.d dunelm</div>professor de musicologia ufmg<br>professor colaborador ppgm-unirio<br><a href="http://goo.gl/KMV98I" target="_blank">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br></div><div><a href="http://www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2" target="_blank">www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2</a><br><a href="http://scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ" target="_blank">scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ</a><br></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div></div></div></div></div></div></div>
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