<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><p>CORTE DE BOLSAS CAPES: Prejuízo à Pós Graduação brasileira.</p><p> Produção de conhecimento científico sofre efeitos do ajuste fiscal. Na tarde de quarta-feira (10) re<span class="">cebemos
 a denúncia de que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior – CAPES, fundação do Ministério da Educação e a principal 
agência de fomento à pesquisa brasileira, não está concedendo novas 
bolsas do Programa Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE). Segundo a 
Associação Nacional de Pós Graduandos, a suspensão tem ocorrido desde o 
dia primeiro de abril do corrente ano, porém não foi formalizada pela 
CAPES/MEC nenhuma informação a respeito.</span></p><div class=""><p>
 Dezenas de doutorandos tem sido prejudicados por esta situação em que 
as propostas para participação no Programa continuam a ser recebidas 
pela agência, porém não são analisadas. Destaca-se que para entrar com o
 a solicitação da bolsa, os estudantes precisam apresentar um plano de 
pesquisa no exterior, com o aval de um orientador no país estrangeiro, 
bem como definir o período de intercâmbio. Assim, os contatos com os 
docentes de diversas universidades pelo mundo tem sido feitos, planos de
 estudos e pesquisas delimitados em conjunto com este orientador e 
impossibilitados de se concretizar por falta de retorno da agência, que 
aparentemente tem mantido os processos parados com a justificativa de 
que estão aguardando o repasse orçamentário.</p><p> Há, nessa situação, 
diversos problemas a serem destacados. Primeiramente, os de ordem 
acadêmica, que são óbvios já que parte da pesquisa é prevista para ser 
realizada no exterior, mas também pessoal e financeira de cada 
estudante, que considerando a avaliação da sua unidade e o aval do 
orientador externo, programa sua vida para o período da bolsa, comprando
 antecipadamente as passagens com preços mais acessíveis, saindo de seus
 empregos e organizando uma mudança muitas vezes com a família toda. Um 
segundo aspecto igualmente grave é a imagem e a reputação das 
universidades e programas de pós graduação brasileiros, que contatam 
orientadores e universidades estrangeiras e não lhes dão qualquer 
retorno, pairando a dúvida sobre o apoio financeiro e viabilização da 
viagem dos estudantes. Por fim, o corte em um Programa como este pode 
significar um gigante retrocesso para a produção de conhecimento 
científico no Brasil. </p><p> O Programa Doutorado Sanduíche no Exterior
 trata-se do principal programa para melhoria e internacionalização da 
pós-graduação/pesquisa no país, pois permite ao estudante cursar parte 
do doutorado fora do país, promovendo o acesso a infraestrutura e 
conhecimentos de ponta disponíveis no exterior. Tem como objetivo 
qualificar recursos humanos de alto nível, valorizando Instituições de 
Ensino Superior brasileiras que possuam reconhecidos e recomendados 
cursos de doutorado. Portanto, o prejuízo caso se confirme a suspensão 
de tais bolsas será irreparável para a pesquisa brasileira. </p><p> 
Informamos que estamos protocolando um ofício, destinado ao Ministro da 
Educação, pedindo esclarecimentos com urgência. Se há atrasos, cortes ou
 suspensão de parte ou de todo o Programa, as informações precisam ser 
divulgadas com transparência e respeito aos estudantes e às instituições
 de ensino superior, tanto brasileiras quanto estrangeiras. </p><p> É 
sabido que o atual governo federal, aplicando uma política de ajuste 
fiscal, retirou do Ministério da Educação R$ 9,42 bilhões do orçamento 
deste ano. Assim, imagina-se que o fato da CAPES estar “aguardando o 
repasse financeiro” significa que ele pode ter sofrido com os cortes da 
pasta e que estes repassem nunca cheguem. Situação que a sociedade 
brasileira não poderá aceitar passivamente. Esse é mais um exemplo das 
implicações dos cortes de recursos da área da educação, ocasionando 
danos para a produção científica brasileira. É fato que o 
desenvolvimento cultural, científico, social e tecnológico de um país 
perpassam pelas instâncias de produção de conhecimentos e nossos 
programas de pós graduação strictu sensu, que realizam esforços pela 
internacionalização, não podem admitir tal retrocesso.</p><p> Exigimos 
transparência na organização e planejamento do Programa, começando por 
respostas claras e efetivas sobre a data de retorno das implementações 
das bolsas . Os estudantes, a Ciência e a Pesquisa brasileiras não podem
 estar submetidas a situações como esta.</p><p> Ivan Valente<br> Dep. Federal - PSOL/SP</p><p><a href="https://goo.gl/J6ffmE">https://goo.gl/J6ffmE</a><br></p></div></div>-- <br><div class="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div>carlos palombini<br>ph.d. dunelm<br>professor de musicologia ufmg<br>professor colaborador ppgm-unirio<br><a href="http://goo.gl/KMV98I" target="_blank">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br></div><div><a href="http://www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2" target="_blank">www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2</a><br><a href="http://scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ" target="_blank">scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ</a><br></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>
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