<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><b>RAQUEL COZER</b><br><p class="">
COLUNISTA DA <b>FOLHA</b>
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                                                <h2 class="">15/06/2015 15h36</h2>
                                        <p>
A Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, decidiu abrir, nesta 
quinta-feira (18), acesso à única carta de Mário de Andrade para Manuel 
Bandeira que, presente em seu acervo desde 1978, ainda não tinha sido 
disponibilizada para o público.
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A decisão foi tomada depois que a Controladoria Geral da União (CGU) deu
 um prazo de dez dias, a partir do último dia 9, para que a instituição 
revelasse o conteúdo da carta. <br></p><p>
O pedido que deu origem à decisão da CGU foi feito via Lei de Acesso à 
Informação em fevereiro pelo jornalista Marcelo Bortoloti, da revista 
"Época".
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A carta é uma das 15 cartas trocadas entre os escritores entre 1928 e 
1935 que fazem parte do acervo de Bandeira na Casa de Rui. Ficava 
separada das outras, numa gaveta à parte.
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Acredita-se que nela Mário de Andrade fale abertamente de sua 
homossexualidade — embora tenha dado pistas sem fim em outras cartas e em
 sua obra, como no caso do conto "Frederico Paciência".
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<p>
Por duas décadas, a existência dessa carta foi comentada entre 
pesquisadores e na imprensa, mas nunca ficou claro o motivo pelo qual 
ela não fora aberta ao público.
</p>

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"Tomei conhecimento dela há mais de 20 anos, mas nunca mais a vi. Parece
 que a família tem pedido para que continue reservada", diz Júlio 
Castañon Guimarães, pesquisador aposentado da Casa de Rui. Em entrevista
 à <b>Folha</b>, em janeiro, Carlos Augusto de Andrade Camargo, sobrinho de Mário, disse que o pedido partiu do próprio Bandeira.
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<b>NEGOCIAÇÃO</b>
</p>Ligada ao MinC, a Casa de Rui tem atividades ligadas à preservação e 
divulgação do legado de Rui Barbosa, mas também é responsável por outros
 acervos, como o de Manuel Bandeira.


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Houve uma longa negociação até a decisão desta segunda-feira (15). Desde
 fevereiro, a Casa de Rui vinha relutando em abrir acesso à carta, com o
 argumento de que a família do modernista não autorizava.
</p>

<p>
A instituição temia que a abertura da carta contra a vontade dos 
herdeiros levasse futuros doadores a hesitarem a doar acervos privados 
com algum pedido de sigilo.
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<p>
No último dia 9, após recurso da Casa de Rui, a CGU reafirmou decisão 
tomada em maio. Caso se recusasse a abrir o conteúdo, a Casa de Rui 
poderia responder por improbidade administrativa.
</p>

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"Não encontramos nenhum fundamento para manter a carta fechada a 
pesquisa até 2015. Acho que foi um zelo, uma interpretação nossa que se 
tentou associar com a questão do domínio público [caso em que a carta 
seria liberada no ano seguinte aos 70 anos da morte do escritor, ou 
seja, em janeiro de 2016", disse Ricardo Calmon, diretor executivo da 
Casa de Rui.</p><p><a href="http://goo.gl/5X5okw">http://goo.gl/5X5okw</a><br>
</p> </div>-- <br><div class="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div>carlos palombini<br>ph.d. dunelm<br>professor de musicologia ufmg<br>professor colaborador ppgm-unirio<br><a href="http://goo.gl/KMV98I" target="_blank">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br></div><div><a href="http://www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2" target="_blank">www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2</a><br><a href="http://scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ" target="_blank">scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ</a><br></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>
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