<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif">"Em carta secreta, Mário de Andrade comenta com Manuel Bandeira boatos sobre sua 'tão falada' homossexualidade", Leonardo Cazes e Maurício Meireles, <i>O Globo</i> de ontem:<br></div><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><br>RIO — Como previsto, a carta secreta de Mário de Andrade a Manuel
Bandeira, que foi mantida em sigilo por 40 anos pela Fundação Casa de
Rui Barbosa, traz o modernista comentando com o as fofocas que
circulavam sobre sua 'tão falada' homossexualidade. Manuel Bandeira
chegou a publicar essa carta em seu livro com missivas trocadas com o
amigo, mas omitiu um trecho inteiro sobre o assunto.<br><br><a href="http://goo.gl/iV90qX">http://goo.gl/iV90qX</a><br><br></div><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif">"Homossexualidade e anacronia", Marcus Fabiano, blog <i>Arame Falado</i>, ontem:<br><p>No século XIX, o caráter transgressivo da homossexualidade coroava o
dandismo de artistas e literatos, invocando os ares de mistério e
superioridade espiritual de seletos círculos privados sobre a
rusticidade intolerante da moral religiosa dos espaços públicos
burgueses e aristocráticos. Foi nesse contexto que se desenrolou o drama
de um Oscar Wilde, na Inglaterra, e de um Rimbaud ou de um Verlaine, na
França – estes dois, os autores do famoso <em>Sonnet du Trou du Cul</em>
(Soneto do Olho do Cu). Como se sabe, por sua homossexualidade, Wilde
foi condenado à prisão com trabalhos forçados em 1895, sendo também
proibido de legar o seu sobrenome aos filhos. Desgraça semelhante já se
havia abatido sobre o poeta Paul Verlaine, que vivera um romance
atribuladíssimo com o jovem Arthur Rimbaud. Em razão disso, Verlaine
fora condenado por sodomia, na Bélgica, em 1871, permanecendo
encarcerado até 1875.</p>
<p>Mário de Andrade, nascido em 1893, embora um visionário do século XX,
é, em muitos sentidos, ainda um homem do século XIX em que se passaram
os dramas acima narrados. E, penso eu, não convém agora cometer-se a
anacronia de se imaginar que o sigilo ao redor da sua sexualidade fosse
apenas uma mixaria irrelevante da sua vida privada. Se hoje, sobretudo
depois da AIDS, a liberalidade dos costumes normaliza-se à custa de
escândalos e brados pela criminalização da homofobia, a coisa era
completamente distinta no contexto de um modernismo com os olhos
voltados para as afoitezas do cosmopolitismo de Paris e os pés bem
fincados em uma cultura ibérica de matriz católica e conservadora.</p><p><a href="https://goo.gl/LRggK7">https://goo.gl/LRggK7</a><br></p><br clear="all"></div><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif">(No dia em que o túmulo de Chico Xavier foi violado em Uberaba, um médium foi executado em Jacarepaguá, e, na Band News, Ricardo Boechat mandou Silas Malafaia "procurar uma rola").<br></div><br>-- <br><div class="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div>carlos palombini<br>ph.d. dunelm<br>professor de musicologia ufmg<br>professor colaborador ppgm-unirio<br><a href="http://goo.gl/KMV98I" target="_blank">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br></div><div><a href="http://www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2" target="_blank">www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2</a><br><a href="http://scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ" target="_blank">scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ</a><br></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>
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