<html><head><meta http-equiv="content-type" content="text/html; charset=utf-8"></head><body dir="auto"><div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> Prof. Jorge, saia da defensiva, todo mundo aqui te respeita até o máximo que é justo respeitar um ser humano...</span></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4390"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Eliana foi clara: "<i id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4134">Infelizmente no nosso triste estágio, em que ainda se valoriza a mulher bela, recatada e do lar, isso pode ser "mal" interpretado como um ato apelativo para atrair público".</i></span></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4389" dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4178"> </i>E<i id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4134"> </i>ela ainda disse que essa possibilidade de interpretação seria uma infelicidade, porque sabe que você não é um defensor da cultura de estupro.</span></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4384" dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4134"> </i>Nossos queridos 11 minutos de espera para haver um novo estupro, e todas as diferenças salariais, de escolha, de acesso a metas de vida entre homens e mulheres, porém, refletem sim uma cultura desigual. E discuti-la não deveria ser lamentado. É interessante que o fato de os sinais dessa cultura na mídia, na comunicação e nas artes estarem sendo melhor compreendidos hoje seja lamentado por você. Se no século XIX começou-se a questionar a escravidão, saudades do século XVI, em que ninguém interpretava a chibatada em negros como crueldade. Nem público, nem críticos, nem elas próprias reclamarem é sinal, pra mim, de um silenciamento mais eficiente. Como o silenciamento do século 16.<br></span></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4770" dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> Sua obra é bela! Mas ainda me lembra o aviso de Marx, que apresentou em "A Ideologia Alemã" o uso que o capitalismo faz da divisão do trabalho em manual, físico (destinado às mulheres crocheteiras, trabalhadoras do lar e das fábricas para trabalhos semi-artesanais) e o trabalho intelectual, superior (destinados aos homens, que leem jornais, escrevem artigos críticos e fazem poemas). O fato da matéria prima, natural em estado bruto de seu poema ser feito com letras trazidos por belas mulheres com sua nudez exposta, enquanto as suas partes pudentas estavam seguras em uma veste poderosa, revela sim uma diferença que não tem a ver com a SUA posição em relação à igualdade de gênero. É só um detalhe? É. Mas é um detalhe relevante do ponto de vista do debate de gênero. Você não é misógino, parece que isso é claro. Mas nossa cultura é. E esse ponto de vista precisa ser debatido.<br></span></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_5034" dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> E essa obra, por melhor que seja, reflete esse problema. Não há mal nenhum em reconhecer isso nem em lidar com isso. O que Eliana falou tá certinho. O seu dedo apontado é que foi feio...</span></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_5115" dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Um abraço, <br></span></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_5584" dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Luciano<br></span></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4383"><i id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4134" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></i></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4135"><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4382" dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4136" clear="none"></span></div></div><div id="yui_3_16_0_ym19_1_1467460904754_4141"></div><div class="qtdSeparateBR"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br><br></span></div><div class="yahoo_quoted"><div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Em Sábado, 2 de Julho de 2016 0:42, Jorge Antunes <<a dir="ltr" href="mailto:antunes@unb.br" x-apple-data-detectors="true" x-apple-data-detectors-type="link" x-apple-data-detectors-result="3">antunes@unb.br</a>> escreveu:<br></span></div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br><br></span><div class="y_msg_container"><div id="yiv7572965968"><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Oi, Eliana:</span><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div><div><div><i style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">"Infelizmente no nosso triste estágio, em que ainda se valoriza a mulher bela, recatada e do lar, isso pode ser "mal" interpretado como um ato apelativo para atrair público, "</i></div></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div><div><font color="#000000"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><a dir="ltr" href="x-apple-data-detectors://4" x-apple-data-detectors="true" x-apple-data-detectors-type="misc" x-apple-data-detectors-result="4">Há 26</a> anos, no século passado, quando apresentei aquele espetáculo, as partners calipígias que me levavam letras para escrever poemas se constituíram em composição cênica que não foi mal interpretada por ninguém: nem por parte do público, nem por parte da crítica, nem por ninguém.</span></font></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Eu, antimisógeno convícto, acho que toda mulher é bela.</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Lamento que você, 26 anos depois daquele espetáculo, esteja dando a impressão de que interpreta aquilo, acontecido no início da última década do século passado, como ato apelativo para atrair público.</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Abraço,</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Jorge Antunes</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div></div><div class="yiv7572965968yqt8525709832" id="yiv7572965968yqt12800"><div class="yiv7572965968gmail_extra"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span><div class="yiv7572965968gmail_quote"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Em 1 de julho de 2016 10:22, <span dir="ltr"><<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:ms.eliana@usp.br" target="_blank" href="mailto:ms.eliana@usp.br">ms.eliana@usp.br</a>></span> escreveu:<br clear="none"></span><blockquote class="yiv7572965968gmail_quote" style="margin: 0px 0px 0px 0.8ex; border-left-width: 1px; border-left-color: rgb(204, 204, 204); border-left-style: solid; padding-left: 1ex;"><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Prezado Prof. Jorge Antunes,</span><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O senhor realmente sempre foi um compositor muito adiante do seu tempo. Ou </span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">a humanidade em geral é que ficou estagnada. Não duvido nem de um nem de outro.</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Acredito que haverá um tempo no qual colocar mulheres nuas num palco em que se apresenta a tão sacralizada música dita erudita - e anunciar isto de antemão, como foi feito aqui na lista - não modifique em nada a reação e o interesse do público</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">em conferir a obra de um compositor ou de uma compositora.</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Infelizmente no nosso triste estágio, em que ainda se valoriza a mulher bela, recatada e do lar, isso pode ser "mal"</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">interpretado como um ato apelativo para atrair público, o que colocaria a mulher numa condição de objeto.</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Oxalá vivamos tempos melhores.</span></div><span class="yiv7572965968" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"></span><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Abraço</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Eliana Monteiro da Silva</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span><hr><blockquote style="border-left-width: 2px; border-left-style: solid; border-left-color: rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><b>De: </b>"Jorge Antunes" <<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:antunes@unb.br" target="_blank" href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a>><br clear="none"><b>Para: </b>"ANPPOM-L" <<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank" href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a>><br clear="none"><b>Enviadas: </b>Quinta-feira, 30 de Junho de 2016 14:23:10<span class="yiv7572965968"><br clear="none"><b>Assunto: </b>Re: [ANPPOM-Lista] VÍDEO RARO RECUPERADO<br clear="none"><br clear="none"></span></span><div><div class="yiv7572965968h5"><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Olá:</span><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Fico lisonjeado e preocupado ao observar colegas usando a expressão "hoje em dia", ao se referirem ao meu espetáculo "Sons e Letras de Jorge Antunes": espetáculo apresentado <a dir="ltr" href="x-apple-data-detectors://13" x-apple-data-detectors="true" x-apple-data-detectors-type="misc" x-apple-data-detectors-result="13">há 26</a> anos e nunca representado posteriormente.</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Parece que as vozes de meus antigos mestres continuam a ecoar: "–Esse menino nasceu muito cedo!"</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ouço de novo, também, a voz de Reginaldo Carvalho: "– Conheça a música de hoje para não ter que conhece-la no futuro como música do passado."</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Obras minhas, feitas, compostas, apresentadas há décadas, soam como atuais a muitos olhos e ouvidos.</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Não estou à frente de meu tempo e nem de ninguém. Eu estou no tempo atual: outros é que estão teimosa e desinformadamente muito lá atrás.</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Abraços,</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Jorge Antunes</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div></div><div class="yiv7572965968gmail_extra"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span><div class="yiv7572965968gmail_quote"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Em 30 de junho de 2016 10:18, luciano cesar <span dir="ltr"><<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:lucianocesar78@yahoo.com.br" target="_blank" href="mailto:lucianocesar78@yahoo.com.br">lucianocesar78@yahoo.com.br</a>></span>escreveu:<br clear="none"></span><blockquote class="yiv7572965968gmail_quote" style="margin: 0px 0px 0px 0.8ex; border-left-width: 1px; border-left-color: rgb(204, 204, 204); border-left-style: solid; padding-left: 1ex;"><div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Isso lá foi resposta? Foi um escracho, isso sim...</span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> Acho um absurdo tergiversarmos questões de gênero dessa forma. Não é por acaso ou por alguma razão metafísica que as mulheres estavam nuas e os homens não. E essa razão não é simplesmente invertível como o prof. Jorge sugere. Isso pode não invalidar a beleza da proposta artística, mas há um pano de fundo aí que tem que ser debatido sim, mesmo que tenha que ser deixado claro que se trata de outro patamar: a objetificação do corpo feminino e a sua exposição, a separação de papeis (a mulher entrega a palavra nua, em estado natural, bruto, ela é uma força da natureza; mas o homem tem o trabalho intelectual, racional, ele é que e-labora, ele é quem TRABALHA e tem sua intimidade resguardada e protegida da exposição íntima, embora não haja mal nenhum em expor a intimidade desse "outro" - a alteridade feminina - visto como "natural")...</span></div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> Enfim, há o que debater. Eliana foi muito cortês e talvez haja mesmo uma dimensão "estética" para além da escolha de quem fica pelado em uma montagem artística. <br clear="none"></span></div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> Essa dimensão me interessa muito pouco. O que me interessa hoje é o processo pelo qual os discursos são naturalizados. Sim, mestre Jorge, parabéns pela sua música...</span></div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">P.S.: cadê a mensagem do Palombini?</span></div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Um abraço, <br clear="none"></span></div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Luciano<br clear="none"></span></div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"><br clear="none"></span></div><div><div><div><div dir="ltr"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Em Quinta-feira, 30 de Junho de 2016 10:06, "<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:ms.eliana@usp.br" target="_blank" href="mailto:ms.eliana@usp.br">ms.eliana@usp.br</a>" <<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:ms.eliana@usp.br" target="_blank" href="mailto:ms.eliana@usp.br">ms.eliana@usp.br</a>> escreveu:<br clear="none"></span></div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"><br clear="none"></span></div><div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Caro Prof Jorge Antunes,<br clear="none">Sempre há o que polemizar, mas por hora<br clear="none">agradeço sua atenção em me responder!<br clear="none">Abraço<br clear="none">Eliana<br clear="none"></span></div><div><div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none">----- Jorge Antunes <<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:antunes@unb.br" target="_blank" href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a>> escreveu:<br clear="none">> Oi, Eliana:<br clear="none">> <br clear="none">> O desnudamento só tem sentido no caminhar das letras: signos, grafemas, que<br clear="none">> chegam a mim no espaço.<br clear="none">> O alfabeto é um sistema nu.<br clear="none">> A etimologia da palavra "alfabeto" procede do grego "alfa+beta". Porém, o<br clear="none">> termo ab ou ib foi usado também pelos hebreus para denominar a divindade<br clear="none">> máxima da religião monoteísta. Segundo a religião egípcia, a parte mais<br clear="none">> importante da alma era o Ab ou Ib (coração). O Ib, coração metafísico, era<br clear="none">> concebido como uma gota do coração da mãe para a criança durante a<br clear="none">> concepção. Dessa forma, os seios e a região pubiana feminina são essenciais<br clear="none">> na comunicação.<br clear="none">> Infelizmente tudo é tão óbvio, que não dá para polemizar.<br clear="none">> Abraço,<br clear="none">> Jorge Antunes<br clear="none">> <br clear="none">> *PS. Acredite: se fosse o contrário, com músicos nus e partners vestidas, e<br clear="none">> se você questionasse isso, eu também teria belas justificativas com apelo à<br clear="none">> metafísica, à semiótica e à mitologia.*<br clear="none">> <br clear="none">> Em 29 de junho de 2016 10:24, <<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:ms.eliana@usp.br" target="_blank" href="mailto:ms.eliana@usp.br">ms.eliana@usp.br</a>> escreveu:<br clear="none">> <br clear="none">> > Muito interessante o vídeo Prof. Jorge Antunes,<br clear="none">> > Somente para polemizar gostaria de perguntar por que os excelentes músicos<br clear="none">> > não aparecem nus também?<br clear="none">> > E qual a relevancia da nudez das mulheres para a mensagem que o senhor<br clear="none">> > quis passar com este espetáculo?<br clear="none">> > Abraço<br clear="none">> ><br clear="none">> > Eliana Monteiro da Silva<br clear="none">> ><br clear="none">> > ----- Jorge Antunes <<a rel="nofollow" shape="rect" ymailto="mailto:antunes@unb.br" target="_blank" href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a>> escreveu:<br clear="none">> > > VÍDEO RARO RECUPERADO.<br clear="none">> > > Acaba de ser recuperada a filmagem raríssima de um espetáculo que<br clear="none">> > realizei<br clear="none">> > > em 1990:<br clear="none">> > > SONS E LETRAS DE JORGE ANTUNES<br clear="none">> > > Assista, curta, divulgue.<br clear="none">> > > .<br clear="none">> > > Nele, enquanto fabulosos músicos interpretam obras minhas, mulheres nuas,<br clear="none">> > > no palco, me oferecem letras para que eu escreva poemas. E eu os escrevo.<br clear="none">> > > Em outros momentos, faço o que sempre fiz: falo para as paredes e dou<br clear="none">> > > murros em pontas de facas.<br clear="none">> > > .<br clear="none">> > > <a rel="nofollow" shape="rect" target="_blank" href="https://www.youtube.com/watch?v=cJjnyCNycuY&feature=youtu.be">https://www.youtube.com/watch?v=cJjnyCNycuY&feature=youtu.be</a><br clear="none">> ><br clear="none">> ><br clear="none"><br clear="none"></span></div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">________________________________________________<br clear="none">Lista de discussões ANPPOM<br clear="none"><a rel="nofollow" shape="rect" target="_blank" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br clear="none">________________________________________________</span></div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"><br clear="none"></span></div></div></div></div></blockquote></div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none">________________________________________________<br clear="none">Lista de discussões ANPPOM<br clear="none"><a rel="nofollow" shape="rect" target="_blank" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br clear="none">________________________________________________</span></div></div></blockquote><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div></div></div></blockquote></div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br clear="none"></span></div></div></div><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span><div class="yqt8525709832" id="yqt97302"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">________________________________________________<br clear="none">Lista de discussões ANPPOM<br clear="none"><a shape="rect" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br clear="none">________________________________________________</span></div><br></div></div></div><br>Abraço!<div>Luciano</div></div><div><br>Em 2 de jul de 2016, às 05:51, <a href="mailto:mcamara@usp.br">mcamara@usp.br</a> escreveu:<br><br></div><blockquote type="cite"><div><span>Acredito que a Eliana se refira não à estreia, mas à divulgação recente da recuperação do vídeo. Sem dúvida, hoje ele tem essa conotação implícita, ainda que na época isso não se aplicava. Posso dizer, por exemplo, que Michel Philippot dava aulas no CNSM-Paris fumando seu toscano (que adoro!) com as janelas vedadas, em 1988-90, algo inconcebível nos dias atuais.</span><br><span>Marcos</span><br><span>----- Jorge Antunes <<a href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a>> escreveu:</span><br><blockquote type="cite"><span>Oi, Eliana:</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>*"Infelizmente no nosso triste estágio, em que ainda se valoriza a mulher</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>bela, recatada e do lar, isso pode ser "mal" interpretado como um ato</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>apelativo para atrair público, "*</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>Há 26 anos, no século passado, quando apresentei aquele espetáculo, as</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>partners calipígias que me levavam letras para escrever poemas se</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>constituíram em composição cênica que não foi mal interpretada por ninguém:</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>nem por parte do público, nem por parte da crítica, nem por ninguém.</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>Eu, antimisógeno convícto, acho que toda mulher é bela.</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>Lamento que você, 26 anos depois daquele espetáculo, esteja dando a</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>impressão de que interpreta aquilo, acontecido no início da última década</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>do século passado, como ato apelativo para atrair público.</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>Abraço,</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>Jorge Antunes</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span>Em 1 de julho de 2016 10:22, <<a href="mailto:ms.eliana@usp.br">ms.eliana@usp.br</a>> escreveu:</span><br></blockquote><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Prezado Prof. Jorge Antunes,</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>O senhor realmente sempre foi um compositor muito adiante do seu tempo. Ou</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>a humanidade em geral é que ficou estagnada. Não duvido nem de um nem de</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>outro.</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Acredito que haverá um tempo no qual colocar mulheres nuas num palco em</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>que se apresenta a tão sacralizada música dita erudita - e anunciar isto de</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>antemão, como foi feito aqui na lista - não modifique em nada a reação e o</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>interesse do público</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>em conferir a obra de um compositor ou de uma compositora.</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Infelizmente no nosso triste estágio, em que ainda se valoriza a mulher</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>bela, recatada e do lar, isso pode ser "mal"</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>interpretado como um ato apelativo para atrair público, o que colocaria a</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>mulher numa condição de objeto.</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Oxalá vivamos tempos melhores.</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Abraço</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Eliana Monteiro da Silva</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>------------------------------</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>*De: *"Jorge Antunes" <<a href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a>></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>*Para: *"ANPPOM-L" <<a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a>></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>*Enviadas: *Quinta-feira, 30 de Junho de 2016 14:23:10</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>*Assunto: *Re: [ANPPOM-Lista] VÍDEO RARO RECUPERADO</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Olá:</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Fico lisonjeado e preocupado ao observar colegas usando a expressão "hoje</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>em dia", ao se referirem ao meu espetáculo "Sons e Letras de Jorge</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Antunes": espetáculo apresentado há 26 anos e nunca representado</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>posteriormente.</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Parece que as vozes de meus antigos mestres continuam a ecoar: "–Esse</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>menino nasceu muito cedo!"</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Ouço de novo, também, a voz de Reginaldo Carvalho: "– Conheça a música de</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>hoje para não ter que conhece-la no futuro como música do passado."</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Obras minhas, feitas, compostas, apresentadas há décadas, soam como atuais</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>a muitos olhos e ouvidos.</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Não estou à frente de meu tempo e nem de ninguém. Eu estou no tempo atual:</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>outros é que estão teimosa e desinformadamente muito lá atrás.</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Abraços,</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Jorge Antunes</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Em 30 de junho de 2016 10:18, luciano cesar <<a href="mailto:lucianocesar78@yahoo.com.br">lucianocesar78@yahoo.com.br</a>></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>escreveu:</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Isso lá foi resposta? Foi um escracho, isso sim...</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Acho um absurdo tergiversarmos questões de gênero dessa forma. Não é</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>por acaso ou por alguma razão metafísica que as mulheres estavam nuas e os</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>homens não. E essa razão não é simplesmente invertível como o prof. Jorge</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>sugere. Isso pode não invalidar a beleza da proposta artística, mas há um</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>pano de fundo aí que tem que ser debatido sim, mesmo que tenha que ser</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>deixado claro que se trata de outro patamar: a objetificação do corpo</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>feminino e a sua exposição, a separação de papeis (a mulher entrega a</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>palavra nua, em estado natural, bruto, ela é uma força da natureza; mas o</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>homem tem o trabalho intelectual, racional, ele é que e-labora, ele é quem</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>TRABALHA e tem sua intimidade resguardada e protegida da exposição íntima,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>embora não haja mal nenhum em expor a intimidade desse "outro" - a</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>alteridade feminina - visto como "natural")...</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Enfim, há o que debater. Eliana foi muito cortês e talvez haja mesmo</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>uma dimensão "estética" para além da escolha de quem fica pelado em uma</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>montagem artística.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Essa dimensão me interessa muito pouco. O que me interessa hoje é o</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>processo pelo qual os discursos são naturalizados. Sim, mestre Jorge,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>parabéns pela sua música...</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>P.S.: cadê a mensagem do Palombini?</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Um abraço,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Luciano</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Em Quinta-feira, 30 de Junho de 2016 10:06, "<a href="mailto:ms.eliana@usp.br">ms.eliana@usp.br</a>" <</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span><a href="mailto:ms.eliana@usp.br">ms.eliana@usp.br</a>> escreveu:</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Caro Prof Jorge Antunes,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Sempre há o que polemizar, mas por hora</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>agradeço sua atenção em me responder!</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Abraço</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Eliana</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>----- Jorge Antunes <<a href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a>> escreveu:</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Oi, Eliana:</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>O desnudamento só tem sentido no caminhar das letras: signos, grafemas,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>que</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>chegam a mim no espaço.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>O alfabeto é um sistema nu.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>A etimologia da palavra "alfabeto" procede do grego "alfa+beta". Porém,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>o</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>termo ab ou ib foi usado também pelos hebreus para denominar a divindade</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>máxima da religião monoteísta. Segundo a religião egípcia, a parte mais</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>importante da alma era o Ab ou Ib (coração). O Ib, coração metafísico,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>era</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>concebido como uma gota do coração da mãe para a criança durante a</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>concepção. Dessa forma, os seios e a região pubiana feminina são</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>essenciais</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>na comunicação.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Infelizmente tudo é tão óbvio, que não dá para polemizar.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Abraço,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Jorge Antunes</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>*PS. Acredite: se fosse o contrário, com músicos nus e partners</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>vestidas, e</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>se você questionasse isso, eu também teria belas justificativas com</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>apelo à</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>metafísica, à semiótica e à mitologia.*</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Em 29 de junho de 2016 10:24, <<a href="mailto:ms.eliana@usp.br">ms.eliana@usp.br</a>> escreveu:</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Muito interessante o vídeo Prof. Jorge Antunes,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Somente para polemizar gostaria de perguntar por que os excelentes</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>músicos</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>não aparecem nus também?</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>E qual a relevancia da nudez das mulheres para a mensagem que o senhor</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>quis passar com este espetáculo?</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Abraço</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Eliana Monteiro da Silva</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>----- Jorge Antunes <<a href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a>> escreveu:</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>VÍDEO RARO RECUPERADO.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Acaba de ser recuperada a filmagem raríssima de um espetáculo que</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>realizei</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>em 1990:</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>SONS E LETRAS DE JORGE ANTUNES</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Assista, curta, divulgue.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Nele, enquanto fabulosos músicos interpretam obras minhas, mulheres</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>nuas,</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>no palco, me oferecem letras para que eu escreva poemas. E eu os</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>escrevo.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Em outros momentos, faço o que sempre fiz: falo para as paredes e</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>dou</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>murros em pontas de facas.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>.</span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=cJjnyCNycuY&feature=youtu.be">https://www.youtube.com/watch?v=cJjnyCNycuY&feature=youtu.be</a></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>________________________________________________</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Lista de discussões ANPPOM</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>________________________________________________</span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>________________________________________________</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>Lista de discussões ANPPOM</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span>________________________________________________</span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><blockquote type="cite"><blockquote type="cite"><span></span><br></blockquote></blockquote><span></span><br><span>-- </span><br><span>Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro</span><br><span>Departamento de MúsicaFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto</span><br><span>Universidade de São Paulo</span><br><span><a href="http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397">http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397</a> </span><br><span><a href="http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro">http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro</a> </span><br><span><a href="http://lattes.cnpq.br/8866596468646798">http://lattes.cnpq.br/8866596468646798</a> </span><br><span><a href="https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&user=GBa82HMAAAAJ&view_op=list_works&sortby=pubdate">https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&user=GBa82HMAAAAJ&view_op=list_works&sortby=pubdate</a></span><br><span>________________________________________________</span><br><span>Lista de discussões ANPPOM</span><br><span><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a></span><br><span>________________________________________________</span></div></blockquote></body></html>