<div dir="ltr">Olá professor Palombini, <div><br></div><div><br></div><div>Muito obrigada por trazer esta discussão também aqui para a lista da ANPPOM, o que faz muito e total sentido, afinal, a imensa e esmagadora maioria de integrantes da ANPPOM está diretamente relacionada à educação pública superior do Brasil de alguma forma (seja por serem ou terem sido alunos/as de graduação e pós-graduação da educação pública, por receberem ou terem recebido, em algum momento de suas trajetórias, bolsas públicas de financiamento de cursos, pesquisas, formação, eventos, seja por serem eles/as mesmos/as docentes da/na educação pública superior brasileira). A própria realização anual dos congressos da Anppom (como de tantos outros) depende diretamente de investimentos e recursos públicos para acontecer.</div><div><br></div>Eu sinceramente me pergunto sobre toda esta gigante e notória (e "estranha") coincidência dos ataques diretos e indiretos que a Educação Brasileira -e em especial a Educação Pública- está sofrendo, sendo tão bombardeada e atacada, com tanta força e descaramento, justo neste momento em que vivemos um Golpe de Estado Parlamentar, ataques às instituições brasileiras, à Democracia e ao Estado de Direitos. Precarização acentuada de condições e salários no ensino Fundamental e Médio (ataques aos fundos de pensão dos/as professores/as, precarização das merendas, superlotação de salas, fim do piso nacional da educação e de seu reajuste, projetos de privatização dos sistemas estaduais de educação pública, criminalização [ilegal] dos movimentos de resistência dos/as estudantes secundaristas, criminalização, perseguição e censura de professores/as e de estudantes [contra os quais até a ONU e a UNESCO já começam a se manifestar]...), ~Escola Sem Partido~(sic!) e, agora, esta campanha midiática e aberta pelo fim do Ensino Superior Público e gratuito. É estranha, e muito estranha, no mínimo, tantas "coincidências". Me pergunto: quem se beneficia com isto? a quem interessa tudo isso?  Uma amiga me escreveu hoje: "<i>A agenda da privatização da educação superior é mais antiga do que o governo do PT. Estejamos atentos, com certeza. Chumbo grosso vindo por aí.</i>" Quem se lembra do estado das universidades públicas em 2002, por exemplo, sabe, e bem.<div><br></div><div><br></div><div>Sobre este editorial privatista que ataca a Educação Superior Pública e gratuita, compartilho dois textos:</div><div><br></div><div>- Caneta Desmanipuladora: </div><div><a href="https://www.facebook.com/canetadesmanipuladora/photos/a.245804172452703.1073741828.245795719120215/279562565743530/?type=3&theater">https://www.facebook.com/canetadesmanipuladora/photos/a.245804172452703.1073741828.245795719120215/279562565743530/?type=3&theater</a></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>-Jean Wyllys: </div><div><a href="https://www.facebook.com/jean.wyllys/posts/1135364183178254:0">https://www.facebook.com/jean.wyllys/posts/1135364183178254:0</a></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>Saudações cordiais, </div><div>Camila.</div><div><br></div></div><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">Em 24 de julho de 2016 15:43, Carlos Palombini <span dir="ltr"><<a href="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><h1>Crise força o fim do injusto ensino superior gratuito</h1>
<h2>Os alunos de renda mais alta conseguem ocupar
 a maior parte das vagas nos estabelecimentos públicos, enquanto aos 
pobres restam as faculdades pagas</h2></div><div><p>por <span>EDITORIAL</span></p>
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<span>24/07/2016 0:00</span>
/
<span>Atualizado 24/07/2016 14:40</span>
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<p>Numa abordagem mais ampla dos efeitos da maior crise fiscal de que se
 tem notícia na história republicana do país, em qualquer discussão 
sobre alternativas a lógica aconselha a que se busquem opções para 
financiar serviços prestados pelo Estado. Considerando-se que a 
principal fórmula usada desde o início da redemocratização, em 1985, 
para irrigar o Tesouro — a criação e aumento de impostos — é uma via 
esgotada.</p>
<p>Mesmo quando a economia vier a se recuperar, será necessário reformar
 o próprio Estado, diante da impossibilidade de se manter uma carga 
tributária nos píncaros de mais de 35% do PIB, o índice mais elevado 
entre economias emergentes, comparável ao de países desenvolvidos, em 
que os serviços públicos são de boa qualidade. Ao contrário dos do 
Brasil.</p>
<p>Para combater uma crise nunca vista, necessita-se de ideias nunca 
aplicadas. Neste sentido, por que não aproveitar para acabar com o 
ensino superior gratuito, também um mecanismo de injustiça social? 
Pagará quem puder, receberá bolsa quem não tiver condições para tal. 
Funciona assim, e bem, no ensino privado. E em países avançados, com 
muito mais centros de excelência universitária que o Brasil.</p>
<p>Tome-se a maior universidade nacional e mais bem colocada em rankings
 internacionais, a de São Paulo, a USP — também um monumento à incúria 
administrativa, nos últimos anos às voltas com crônica falta de 
dinheiro, mesmo recebendo cerca de 5% do ICMS paulista, a maior 
arrecadação estadual do país.</p>
<p>Ao conjunto dos estabelecimentos de ensino superior público do estado
 de São Paulo — além da USP, a Unicamp e a Unifesp — são destinados 9,5%
 do ICMS paulista. Se antes da crise econômica, a USP, por exemplo, já 
tinha dificuldades para pagar as contas, com a retração das receitas 
tributárias o quadro se degradou. A mesma dificuldade se abate sobre a 
Uerj, no Rio de Janeiro, com o aperto no caixa fluminense.</p>
<p>Circula muito dinheiro no setor. Na USP, em que a folha de salários 
ultrapassa todo o orçamento da universidade, há uma reserva, calculada 
no final do ano passado em R$ 1, 3 bilhão. Mas já foi de R$ 3,61 
bilhões. Está em queda, para tapar rombos na instituição. Tende a zero.</p>
<p>O momento é oportuno para se debater a sério o ensino superior 
público pago. Até porque é entre os mecanismos do Estado concentradores 
de renda que está a universidade pública gratuita. Pois ela favorece 
apenas os ricos, de melhor formação educacional, donos das primeiras 
colocações nos vestibulares.</p>

<p>Já o pobre, com formação educacional mais frágil, precisa pagar a 
faculdade privada, onde o ensino, salvo exceções, é de mais baixa 
qualidade. Assim, completa-se uma gritante injustiça social, nunca 
denunciada por sindicatos de servidores e centros acadêmicos.</p>
<p>Levantamento feito pela “Folha de S.Paulo”, há dois anos, constatou 
que 60% dos alunos da USP poderiam pagar mensalidades na faixa das 
cobradas por estabelecimentos privados. Quanto aos estudantes de 
famílias de renda baixa, receberiam bolsas.</p>
<p>Além de corrigir uma distorção social, a medida ajudaria a equilibrar
 os orçamentos deficitários das universidades, e contribuiria para o 
reequilíbrio das contas públicas.</p><a href="http://goo.gl/B7Q0HE" target="_blank">http://goo.gl/B7Q0HE</a><span class="HOEnZb"><font color="#888888"><br><br>-- <br><div data-smartmail="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div>carlos palombini, ph.d. (dunelm)<br>professor de musicologia ufmg<br>professor colaborador ppgm-unirio<br><a href="http://www.proibidao.org" target="_blank">www.proibidao.org</a><br><a href="http://goo.gl/KMV98I" target="_blank">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br></div><div><a href="http://www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2" target="_blank">www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2</a><br><a href="http://scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ" target="_blank">scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ</a><br></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>
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Lista de discussões ANPPOM<br>
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