[SECURITY-L] Noticias-CAIS: Demissão por mau uso do e-mail aquece mercado

Daniela Regina Barbetti Silva daniela em ccuec.unicamp.br
Ter Jun 11 15:04:36 -03 2002


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From: Jacomo Dimmit Boca Piccolini <jacomo em cais.rnp.br>
Subject: [S] Noticias-CAIS: Demissão por mau uso do e-mail aquece mercado
To: <seguranca em pangeia.com.br>
Date: Tue, 11 Jun 2002 13:06:58 -0300 (EST)

Noticias - Centro de Atendimento a Incidentes de Seguranca (CAIS/RNP)
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[fonte:http://www.terra.com.br/informatica/2002/06/10/010.htm]

Demissão por mau uso do e-mail aquece mercado

Segunda, 10 de junho de 2002, 15h20

As demissões na General Motors (GM), que detectou conteúdo pornográfico em
e-mails eviados por seus funcionários, há cerca de duas semanas, e, mais
recentemente na Ford, na semana passada, provocou um aumento considerável
na demanda por soluções de contingência de e-mail e bloqueio de sites não
relacionados ao trabalho.

Os fornecedores desse tipo de solução estão recebendo inúmeras consultas e
vislumbram um faturamento maior para este ano. A Gaia Informática,
representante nacional da alemã Group Technologies, por exemplo, registrou
um aumento de 34% na demanda por soluções na última semana. A Symantec,
uma das maiores fornecedoras de antivírus, contabiliza um crescimento de
25% na procura por soluções de contingência. E a Unisys, que integra
soluções de segurança de rede para grandes corporações, especialmente
bancos, notou um aumento de cerca de 30% no número de clientes preocupados
com a questão, especialmente na esfera governamental.

Estimativas do setor apontam que o mercado é vasto, pois menos de 10% das
empresas tem alguma política de uso de e-mail ou soluções de filtragem. As
que mais utilizam filtros de conteúdo acabam sendo as grandes corporações
nacionais ou internacionais, além das instituições financeiras.

Controle no Baú O departamento de tecnologia da informação (TI) do Baú da
Felicidade, do Grupo Silvio Santos, tomou essa iniciativa quando percebeu
que vinha perdendo performance de seus servidores devido ao tráfego de
grande número de e-mails não relacionados ao trabalho em sua rede.

"A situação se agravou quando o servidor deu pane e perdemos a comunicação
da rede", diz a coordenadora de TI, Lucia Helena Rodrigues. Com a adoção
de dois filtros da Gaia - um para palavras consideradas impróprias e outro
para arquivos atachados -, o retorno do investimento, ocorreu em menos de
três meses. Segundo ela, o volume de mensagens diárias caiu pela metade
após a utilização do filtro por palavra-chave. "Tivemos um aumento de
produtividade e melhoramos a performance de nossas máquinas", afirma.

O Baú recebe, em média, mais de 10 mil mensagens ao dia. Quando um e-mail
é bloqueado por um dos filtros, as mensagens são enviadas tanto para o
emissor como para a administração do correio eletrônico. "Não abrimos
todos os e-mails enviados, apenas quando há casos de bloqueios, e mesmo
assim avisamos antes o funcionário e nunca tivemos casos de demissão por
esse motivo", diz.

A Ford e a GM informaram que a política de uso de e-mail no País é igual à
da matriz. Muitas empresas procuram se defender de todas as formas usando
ferramentas como "disclaimer", mensagem que vai no rodapé do e-mail,
dizendo que a empresa se isenta de conteúdos não relacionados à ela, como
piadas racistas ou pornografia. "A política da empresa tem de ser clara
para o funcionário, pois o uso indevido do e-mail pode comprometer a
imagem da empresa", afirma Francisco Camargo, diretor da fornecedora de
soluções de segurança CLM.

"Existe uma temática filosófica sobre a questão da privacidade do e-mail,
mas que vem sendo derrubada por ser considerado um bem da empresa. Seu uso
deve ser restrito ao trabalho", diz Emiliano Kargieman, vice-presidente da
Core, empresa especializada em segurança.

Algumas empresas não são tão radicais, como a gigante mundial de
tecnologia da informação IBM, dona inclusive de uma das ferramentas mais
usadas de e-mail, o Lotus Notes. "Optamos por não intimidar nossos
funcionários e confiamos no bom senso de cada um", diz o gerente de TI,
Fernando Caseira. Ele diz que a empresa faz treinamentos semestrais
informando a política de uso de e-mail e que não registra problemas de
abusos.




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