[SECURITY-L] Protesto indigena para telefone e internet

Security Team - UNICAMP security em unicamp.br
Ter Nov 25 10:35:19 -02 2003


----- Forwarded message from Nelson Murilo <nelson em pangeia.com.br> -----

From: Nelson Murilo <nelson em pangeia.com.br>
Subject: [S] Protesto indígena pára telefone e internet
To: seguranca em pangeia.com.br
Date: Wed, 19 Nov 2003 20:40:13 -0200


[http://www.oliberal.com.br/atualidade/default6.asp]

Protesto indígena pára telefone e internet

Um protesto dos índios Guajajara, da aldeia Areião, no município de Santa Inês, a 300 quilômetros de São Luís (MA), tirou do ar o sistema de transmissão de voz e dados da Embratel e deixou milhares de paraenses sem telefone e Internet. A empresa não informou o total dos prejuízos, mas durante toda a tarde de ontem, foi impossível fazer ligações de longa distância usando o 21. Quem tem link da Embratel para acesso à rede mundial de computadores ficou sem poder enviar e receber e-mails. O problema afetou também usuários de celulares da operadora Tim (que usa o sistema de transmissão da Embratel) nos Estados do Pará, Maranhão, Amapá, Amazonas e Roraima. 

O chefe do posto da Fundação Nacional do Índio (Fundai) na aldeia Areião, Edivan Cardoso Farias, contou que o protesto começou na segunda-feira, com os índios cavando a área onde estão enterrados os cabos de fibra óptica da empresa. Ontem, eles conseguiram quebrar o cabo em dois lugares provocando a pane no sistema. Além disso, durante toda a tarde, os cerca de 700 Guajajara que ocupam a aldeia impediram a entrada de técnicos da Embratel para fazer os reparos.

No final da tarde, a empresa divulgou nota à imprensa onde admite que houve rompimento em .um anel de cabo óptico na rodovia que atravessa a reserva dos índios Guajajara (BR-316).. Não deu, contudo, qualquer informação sobre a causa do problema.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Embratel, a interrupção do sistema só ocorreu porque, além do corte provocado pelos índios, houve, ao mesmo tempo, rompimento de cabos em outros dois lugares fora da reserva. Um deles teria ocorrido às 14h56 e teria sido provocado pelas obras de construção de um posto de combustível, possivelmente no município de Benevides, na Grande Belém. O terceiro ponto de rompimento ficaria entre as cidades de Santa Maria e Ipixuna do Pará, a 200 quilômetros da capital. Neste último, a empresa ainda estaria investigando a causa do rompimento, mas a suspeita seria de que a pane foi provocada por uma enxurrada.

A chefe da administração Funai em São Luís, Elenice Viana Barbosa, informou que, em maio deste ano, representantes da Embratel foram a aldeia Areião para oferecer compensações aos índios pela passagem dos cabos de friba óptica dentro da reserva. Os índios ficaram de fazer uma lista de reivindicações, mas o documento não chegou a ser apresentado. .Nos causou surpresa o protesto porque nós vínhamos cobrando dos caciques a lista de pedidos., contou Elenice informando que até o chefe do posto que fica dentro da aldeia foi supreendido com a reação dos índios. Hoje, de acordo ela, uma representante da empresa vai desembarcar em São Luís e, de lá, seguirá para a reserva, acompanhada de uma equipe da Funai. A ida do grupo foi a condição imposta pelos índios para liberarem a entrada dos técnicos da Embratel para fazerem os reparos na rede. 

À noite, por telefone, Edivan Farias contou a O LIBERAL que já estava com a lista de reivindicações dos índios em mãos, mas ele disse que só divulgaria os pedidos após repassar o documento para a administração do órgão, embora tenha adiantado que, na lista estão, pedido de ajuda financeira e na área de saúde. 

Na nota enviada pela Embratel às redações, a empresa informou que às 19 horas foi fechado o acordo que permitiu os técnicos entrarem na aldeia para fazer o reparo. Às 21h20, hora de Belém, parte do sistema já estava normalizada. A empresa informou que durante a madrugada de hoje seriam feitos os serviços de proteção à rede.



----- End forwarded message -----



Mais detalhes sobre a lista de discussão SECURITY-L