From sandramontreal em hotmail.com Fri Dec 1 11:40:47 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Fri, 01 Dec 2006 11:40:47 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_probl?= =?iso-8859-1?q?=E8mes_de_terminologie=3A_performance=2C_ex=E9cution=2C_in?= =?iso-8859-1?q?terpr=E9tation_=3F?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em yahoo.com.br Sat Dec 2 20:23:44 2006 From: soniaraybrasil em yahoo.com.br (Sonia Ray) Date: Sat, 2 Dec 2006 19:23:44 -0300 (ART) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?VI_SEMPEM_-_Programa=E7=E3o_Art=EDstic?= =?iso-8859-1?q?a?= Message-ID: <208378.12245.qm@web54403.mail.yahoo.com> Participe! Divulgue! VI SEMPEM - Seminário Nacional de Pesquisa em Música Programa de Pós-Graduação-Mestrado em Música Escola de Música e Artes Cênicas da UFG Goiânia – Campus 2 - Bairro Samambaia Informações: 62-3521.1125 ou mestrado em musica.ufg.br 4 a 8 de dezembro de 2006 PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA SEGUNDA, 4 Auditório 9h10 Abertura Duo Pianístico Consuelo Quirese, piano Maria Lúcia Roriz, piano Mini-auditório 14h00 Paulo Cesar Rabelo, violoncelo Gunter Bauer, piano TERÇA, 5 Auditório 9h10 Duo Marray Sonia Ray, contrabaixo Marina Machado, piano Mini-auditório 14h00 A BARCA - Turista Aprendiz (DVD de Lançamento da Revista Música Hodie Vol.6–no1) QUARTA, 6 Auditório 9h10 Antonio Eduardo, piano Mini-auditório 13h00 Fabiano Chagas, violão Vivian Deotti, piano Robervaldo Linhares, piano QUINTA, 7 Auditório 9h10 Grupo de Música Eletroacústica da EMAC-UFG Anselmo Guerra, coordenador Mini-auditório 14h00 Valdir Claudino, contrabaixo Marina Machado, piano (participação dos alunos do mini-curso de contrabaixo) SEXTA, 8 Mini-auditório 9h10 Malú Mestrinho, voz Larena Franco, flauta Elenice Maranesi, piano Francisco Orru, cello Anderson Santos, baixo Mini-auditório 10h30 DVD Gilberto Mendes (Lançamento) --------------------------------- Yahoo! Search Música para ver e ouvir: You're Beautiful, do James Blunt -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Fri Dec 1 18:17:54 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Fri, 01 Dec 2006 18:17:54 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Concerto_de_C=E9sar_Busc=E1cio_e_Isabe?= =?iso-8859-1?q?la_Montesanto_=28RJ=29?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Recital-MúsicanoMeseu[2].doc Tipo: application/msword Tamanho: 58368 bytes Descrição: não disponível URL: From sandramontreal em hotmail.com Sat Dec 2 00:53:50 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 02 Dec 2006 00:53:50 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Recital_C=E9sar_Busc=E1cio_e_Izabella_?= =?iso-8859-1?q?Montesanto?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Recital-MúsicanoMeseu[2].doc Tipo: application/msword Tamanho: 58368 bytes Descrição: não disponível URL: From palombini em terra.com.br Sun Dec 3 10:13:24 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Sun, 03 Dec 2006 10:13:24 -0200 Subject: [ANPPOM-L] MUTEbeta: culture and politics after the web Message-ID: <4572BF64.60809@terra.com.br> "Rather than functioning as instruments to an authoritarian agenda of 'social inclusion' (or, in Europe's less conspicuously Blairite realms, the maintenance of an elite critical culture), at this juncture it seems imperative for us intermediaries to invite structural redefinition through public participation." Mute is an online magazine dedicated to exploring culture and politics after the net. Mute combines quarterly issues dedicated to specific topics (Precarious Labour, The Knowledge Commons, etc) with regularly updated articles and reviews. The site also features ongoing coverage of relevant news and events contributed by ourselves and our readers. As well as the online magazine, Mute also publishes a quarterly book (aka Mute Vol. 2) which features selections from current issues together with other online content, specially commissioned and co-published projects, and relevant historical material. Finally, Mute is also an online multi-media resource, with a Public Library where readers can contribute reviews as well as upload media files which flesh out and diversify media history and other of Mute's perennial concerns. www.metamute.org/ -- cp From palombini em terra.com.br Sun Dec 3 12:08:41 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Sun, 03 Dec 2006 12:08:41 -0200 Subject: [ANPPOM-L] help save the theatre museum Message-ID: <4572DA69.5020607@terra.com.br> The Theatre Museum in London, a branch of the Victoria and Albert Museum, is threatened with closure. The museum, which contains an extensive collection of all sorts of materials on all types of theatre, including many items of interest to musicologists, dealing with, for example, opera, Covent Garden, Handel, Gilbert and Sullivan, and so on. For more on the Theatre Museum, go to their website: http://www.theatremuseum.org.uk/default.php. The reasons behind the closure are supposedly financial, but it seems like there is more to the story than just that. Now, a group called "Guardians of the Theatre Museum" has been formed to help keep it open. They are looking to get the names of at least 100,000 people who object to its closing by the end of the month. Their goals are stated below, and I would encourage all serious researchers of music and theatre to participate in their attempt to keep the museum open. Jeff Dailey DrJSDailey em aol.com The V & A will CLOSE the Theatre Museum on January 7th. A campaign has now been launched to prevent this happening, to allow time for proper consultation about its future and to ensure the continuation of this vital resource. Please add your name in support. We are not asking you to give money or effort. People are signing up every minute. We want to get 100,000 names by Christmas - with your help we may get many more. Just follow these three simple steps: Log on to our website http://www.theatremuseumguardians.org.uk/ Which will also give you more background Fill in your name Tick a couple of boxes THAT?S ALL. Please do it NOW. Thanks Apologies if you receive this from more than one source. We are block e-mailing to as many people as possible and would be grateful if you would pass the message on to your contacts. Tell your colleagues, friends, students, lovers - even your enemies if you think they'd care! -- cp From palombini em terra.com.br Tue Dec 5 02:30:17 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 05 Dec 2006 02:30:17 -0200 Subject: [ANPPOM-L] psicodelia brasileira na web Message-ID: <4574F5D9.2030801@terra.com.br> Brazilian Nuggets Esse é um blog dedicado à pouco conhecida psicodelia brasileira, postando com freqüência alguns álbuns relevantes e raros dos anos 60 e 70, bem como resenhas, históricos e curiosidades. http://brnuggets.blogspot.com/ -- cp From palombini em terra.com.br Tue Dec 5 08:53:13 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 05 Dec 2006 08:53:13 -0200 Subject: [ANPPOM-L] CFP: Estetica da Comunicacao/XVI Compos Message-ID: <45754F99.4050305@terra.com.br> Car em s Colegas, Gostaríamos de convidá-l em s a enviar propostas para o GT Estéticas da Comunicação, atividade do XVI Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação em Comunicação que acontecera entre 13 e 16 de junho de 20007 na Universidade Tuiuti do Paraná, em Curitiba, Brasil. A ementa do GT segue abaixo e os textos integrais deverão ser enviados ao site htttp://www.compos.org.br onde também podem ser encontrados as normas e regulamentos do encontro. O prazo final para a entrega dos papers para a seleção é no dia 15 de janeiro de 2007. Solicitamos o envio para colegas que estejam interessados no tema. Atenciosamente, Prof. Denilson Lopes ? Coordenador (Universidade de Brasília) Prof. César Guimarães ? Vice-Coordenador (Universidade Federal de Minas Gerais) Dear Colleagues, This a call for paper for the working group (GT) Aeshtetics of Communication AT the XVI Meeting of the Brazilian Association of Graduate Communication Programs that is going to take place from June 13^th to 16^th 2007 at the Tuiuti University of Paraná in Curitiba, Brazil. For the selection the final papers should be sent till January 15^th 20007 to the site http://www.compos.org.br where you can find all kind of information related to the meeting. Please resend this call for papers for those who might be interested. Best, Prof. Denilson Lopes ? Chair (University of Brasília) Prof. César Guimarães ? Vice-Chair (Federal University of Minas Gerais) GT Estéticas da Comunicação Este GT busca apontar caminhos na interseção entre as teorias estéticas e a experiência da comunicação na cultura contemporânea,contribuindo para a reflexão de uma crítica do universo de manifestações expressivas no campo da comunicação, tanto em trabalhos teóricos quanto analíticos. Busca-se compreender questões como a dimensão estética dos processos comunicacionais (aqui compreendida como o caráter ativo da sensibilidade e da compreensão), os estudos dos fenômenos estéticos da cultura contemporânea (na medida em que possam implicar o problema da ativação sensível da experiência destes objetos) e aspectos teórico-metodológicos de apreensão da experiência estética. -- cp From musicoyargentino em hotmail.com Tue Dec 5 13:22:11 2006 From: musicoyargentino em hotmail.com (Yo Argentino) Date: Tue, 05 Dec 2006 15:22:11 +0000 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?prova_espec=EDfica?= In-Reply-To: <200612030142.kB31gR97014782@iar.unicamp.br> Message-ID: Caro Alexandre, Concordo plenamente com a tua colocação. Aqui no Acre estamos implementando uma nova licenciatura em música que inclui as seguintes linhas: performance (regência, instrumento) e criação musical (tecnologia musical, composição). O aluno que escolhe tecnologia musical, além da formação básica em música (harmonia, contraponto, instrumentação, etc.) trabalha no desenvolvimento de projetos de software e composição assistida por computador. No entanto, estamos enfrentando alguns problemas graves: 1. A carga horária nas disciplinas pedagógicas é absurdamente alta. 2. A implementação da prova prática específica para a área de música foi recusada na base do “direito a igualdade de oportunidades, eqüidade, conclusão do ensino médio” [sic] (???) (Parecer CP/ING no. 98/99). Se alguém da lista conhece a legislação que permite a inclusão da prova prática no vestibular, por favor, dê uma luz para nós. Sds, Damián Dr. Damián Keller Curso de Música Universidade Federal do Acre http://ccrma.stanford.edu/~dkeller >From: anppom-l-request em iar.unicamp.br >Reply-To: anppom-l em iar.unicamp.br >To: anppom-l em iar.unicamp.br >Subject: Digest Anppom-l, volume 20, assunto 2 >Date: Sat, 2 Dec 2006 23:42:27 -0200 (BRST) > >enviar inscrições da lista de discussão Send Anppom-l para > anppom-l em iar.unicamp.br > >Para se cadastrar ou descadastrar via WWW, visite o endereço > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >ou, via email, envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou >corpo da mensagem para > anppom-l-request em iar.unicamp.br > >Você poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista pelo >endereço > anppom-l-owner em iar.unicamp.br > >Quando responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será >mais específica que "Re: Contents of Anppom-l digest..." > > >Tópicos de Hoje: > > 1. Re: resultado da audiência - ensinodemúsica nas escolas > (Alexandre Bräutigam) > 2. John Rink sexta e sabado (zchuekepiano em ufpr.br) > > >---------------------------------------------------------------------- > >Message: 1 >Date: Wed, 29 Nov 2006 15:50:28 -0200 >From: "Alexandre Bräutigam" >Subject: Re: [ANPPOM-L] resultado da audiência - ensinodemúsica nas > escolas >To: caesar em acd.ufrj.br >Cc: forumnacionaldemusica em yahoogrupos.com.br, > contemporaneidadeprazere_arte em yahoogrupos.com.br, > musicaparacriancas em yahoogrupos.com.br, i_1 em yahoogrupos.com.br, > cidaclf em globo.com, mobilizacaomusical em grupos.com.br, > abmusica em abmusica.org.br, anppom-l em iar.unicamp.br, > assom em yahoogrupos.com.br >Message-ID: >Content-Type: text/plain; format=flowed > >Todo cuidado é pouco com esse Eterno Retorno. > >A música mudou muito dos anos 40 pra cá. Um ensino de música sério não pode >se restringir a apenas um modelo, apenas um sistema, como o tonal, por >exemplo. Ainda mais quando se tem tempo para trabalhar. Em um currículo >escolar que propicia anos de continuidade, um programa mais abrangente pode >ser desenvolvido e aplicado. Não se limitar às notas musicais, por exemplo. >Desenvolver nas crianças/adolescentes a escuta. A percepção. Trabalhar uma >área que é importante na música e aonde ela está inscrita, que é a >sonologia. E aproveitar a estrutura que cada escola possui para já em sala >de aula introduzir brincadeiras lúdicas de percepção e manipulação do som, >com os computadores e softwares livres. Abrir a cabeça dos jovens para a >quantidade infinita de possibilidades de se brincar com o som e >organizá-lo. >Compor. > >O problema é que isso deveria ser mostrado na faculdade de educação >musical. >No currículo deste curso superior, qual é a porcentagem de tempo/aulas >gasta >em novas tecnologias de manipulação sonora? Em aculogia (área de estudo dos >diferentes tipos de escuta)? O que sabem os graduados em educação musical >sobre música eletroacústica, estocástica, Cage, Xenakis ou Stockhausen? >Isso >só pra falar de alguns já "clássicos" (claro q não no sentido de >pertencerem >ao classissismo europeu) e "antigos" compositores do século passado. O >currículo que forma os educadores musicais que darão aulas nas escolas >abordam de maneira satisfatória esses temas? > >Senão corremos o risco de reformatar (sim, na pior das leituras q a palavra >pode oferecer) pessoas do século XXI como músicos enraizados com a teoria >do >século XIX, mesmo depois de todos os berros de teóricos da educação no >século XX sobre o ensino tradicional (como o nosso Paulo Freire) e até >bandas de rock (é só ver o filme "The Wall", de 1982, do Pink Floyd, >discutindo a formatação educacional via música, um de seus grandes hits). > >Discutir é preciso. > >abraços, > >Alexandre Bräutigam. _________________________________________________________________ MSN Amor: busca tu ½ naranja http://latam.msn.com/amor/ From alexandrebrautigam em hotmail.com Tue Dec 5 13:45:53 2006 From: alexandrebrautigam em hotmail.com (Alexandre Bräutigam) Date: Tue, 05 Dec 2006 13:45:53 -0200 Subject: [ANPPOM-L] prova específica In-Reply-To: Message-ID: Caro Damián, Bacana vocês abrirem uma linha de licenciatura com uma preocupação em desenvolver projetos com softwares e composição assistida por computador. Como vocês elaboraram o currículo desta área? Sobre a prova prática, como vocês estruturariam ela? Unificariam a mesma para toda a licenciatura, independente da área? abraços, Alexandre. >From: "Yo Argentino" >To: anppom-l em iar.unicamp.br >Subject: [ANPPOM-L] prova específica >Date: Tue, 05 Dec 2006 15:22:11 +0000 > > >Caro Alexandre, > >Concordo plenamente com a tua colocação. Aqui no Acre estamos implementando >uma nova licenciatura em música que inclui as seguintes linhas: performance >(regência, instrumento) e criação musical (tecnologia musical, composição). >O aluno que escolhe tecnologia musical, além da formação básica em música >(harmonia, contraponto, instrumentação, etc.) trabalha no desenvolvimento >de projetos de software e composição assistida por computador. > >No entanto, estamos enfrentando alguns problemas graves: >1. A carga horária nas disciplinas pedagógicas é absurdamente alta. >2. A implementação da prova prática específica para a área de música foi >recusada na base do “direito a igualdade de oportunidades, eqüidade, >conclusão do ensino médio” [sic] (???) (Parecer CP/ING no. 98/99). > >Se alguém da lista conhece a legislação que permite a inclusão da prova >prática no vestibular, por favor, dê uma luz para nós. > >Sds, >Damián > > >Dr. Damián Keller >Curso de Música >Universidade Federal do Acre >http://ccrma.stanford.edu/~dkeller > > >>From: anppom-l-request em iar.unicamp.br >>Reply-To: anppom-l em iar.unicamp.br >>To: anppom-l em iar.unicamp.br >>Subject: Digest Anppom-l, volume 20, assunto 2 >>Date: Sat, 2 Dec 2006 23:42:27 -0200 (BRST) >> >>enviar inscrições da lista de discussão Send Anppom-l para >> anppom-l em iar.unicamp.br >> >>Para se cadastrar ou descadastrar via WWW, visite o endereço >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>ou, via email, envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou >>corpo da mensagem para >> anppom-l-request em iar.unicamp.br >> >>Você poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista pelo >>endereço >> anppom-l-owner em iar.unicamp.br >> >>Quando responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será >>mais específica que "Re: Contents of Anppom-l digest..." >> >> >>Tópicos de Hoje: >> >> 1. Re: resultado da audiência - ensinodemúsica nas escolas >> (Alexandre Bräutigam) >> 2. John Rink sexta e sabado (zchuekepiano em ufpr.br) >> >> >>---------------------------------------------------------------------- >> >>Message: 1 >>Date: Wed, 29 Nov 2006 15:50:28 -0200 >>From: "Alexandre Bräutigam" >>Subject: Re: [ANPPOM-L] resultado da audiência - ensinodemúsica nas >> escolas >>To: caesar em acd.ufrj.br >>Cc: forumnacionaldemusica em yahoogrupos.com.br, >> contemporaneidadeprazere_arte em yahoogrupos.com.br, >> musicaparacriancas em yahoogrupos.com.br, i_1 em yahoogrupos.com.br, >> cidaclf em globo.com, mobilizacaomusical em grupos.com.br, >> abmusica em abmusica.org.br, anppom-l em iar.unicamp.br, >> assom em yahoogrupos.com.br >>Message-ID: >>Content-Type: text/plain; format=flowed >> >>Todo cuidado é pouco com esse Eterno Retorno. >> >>A música mudou muito dos anos 40 pra cá. Um ensino de música sério não >>pode >>se restringir a apenas um modelo, apenas um sistema, como o tonal, por >>exemplo. Ainda mais quando se tem tempo para trabalhar. Em um currículo >>escolar que propicia anos de continuidade, um programa mais abrangente >>pode >>ser desenvolvido e aplicado. Não se limitar às notas musicais, por >>exemplo. >>Desenvolver nas crianças/adolescentes a escuta. A percepção. Trabalhar uma >>área que é importante na música e aonde ela está inscrita, que é a >>sonologia. E aproveitar a estrutura que cada escola possui para já em sala >>de aula introduzir brincadeiras lúdicas de percepção e manipulação do som, >>com os computadores e softwares livres. Abrir a cabeça dos jovens para a >>quantidade infinita de possibilidades de se brincar com o som e >>organizá-lo. >>Compor. >> >>O problema é que isso deveria ser mostrado na faculdade de educação >>musical. >>No currículo deste curso superior, qual é a porcentagem de tempo/aulas >>gasta >>em novas tecnologias de manipulação sonora? Em aculogia (área de estudo >>dos >>diferentes tipos de escuta)? O que sabem os graduados em educação musical >>sobre música eletroacústica, estocástica, Cage, Xenakis ou Stockhausen? >>Isso >>só pra falar de alguns já "clássicos" (claro q não no sentido de >>pertencerem >>ao classissismo europeu) e "antigos" compositores do século passado. O >>currículo que forma os educadores musicais que darão aulas nas escolas >>abordam de maneira satisfatória esses temas? >> >>Senão corremos o risco de reformatar (sim, na pior das leituras q a >>palavra >>pode oferecer) pessoas do século XXI como músicos enraizados com a teoria >>do >>século XIX, mesmo depois de todos os berros de teóricos da educação no >>século XX sobre o ensino tradicional (como o nosso Paulo Freire) e até >>bandas de rock (é só ver o filme "The Wall", de 1982, do Pink Floyd, >>discutindo a formatação educacional via música, um de seus grandes hits). >> >>Discutir é preciso. >> >>abraços, >> >>Alexandre Bräutigam. > >_________________________________________________________________ >MSN Amor: busca tu ½ naranja http://latam.msn.com/amor/ > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ _________________________________________________________________ MSN Messenger: instale grátis e converse com seus amigos. http://messenger.msn.com.br From palombini em terra.com.br Tue Dec 5 18:52:57 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 05 Dec 2006 18:52:57 -0200 Subject: [ANPPOM-L] CFP: Music and Crisis Message-ID: <4575DC29.5050109@terra.com.br> Music and Crisis 10 March 2007 A day-long graduate student conference to be held at Harvard University. Keynote Speaker Christoph Wolff, Adams University Professor at Harvard University, Curator of the Isham Memorial Library, Director of the Bach-Archiv Leipzig, President of the Commission mixte of RISM, Board member of the Packard Humanities Institute, winner of the Otto Kinkeldey Award for his Johann Sebastian Bach: The Learned Musician (2000). Call for Papers The conference theme should be interpreted broadly, and proposals of an interdisciplinary nature are especially welcome. Potential topics might include, but are by no means limited to, the following: music in times of crisis, crises in music theory, polemics in music criticism, musical works resulting from a crisis (personal or otherwise), music in times of war, musicology in times of war, crisis in music's disciplines. Proposals are welcome from students engaged in all areas of musical scholarship (including musicologists, ethnomusicologists, theorists, performers, and composers), as well as from those in anthropology, history, cultural studies, sociology, philosophy, and related fields. Papers should last 20 minutes. Please submit the following materials: (1) paper title; (2) abstract of approximately 250 words; (3) institutional affiliation and contact information; (4) audio-visual requirements. All abstracts will be reviewed anonymously. In order to offset costs to participants, accommodation in Cambridge will be made by graduate students of the Harvard music department. Email proposals to Jonathan Kregor, kregor at fas.harvard.edu, or mail them to: Jonathan Kregor Department of Music Harvard University Cambridge, MA 02138 -- cp The deadline for submissions is Friday, 15 December 2006. From sandramontreal em hotmail.com Wed Dec 6 14:04:21 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 06 Dec 2006 14:04:21 -0200 Subject: [ANPPOM-L] FW: [cercledemusicologie] Rappel: Colloque-lancement Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Wed Dec 6 17:12:16 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 06 Dec 2006 17:12:16 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_Re=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_?= =?iso-8859-1?q?Groupe_courriel=3A_probl=E8me_de_fonctionnement?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Thu Dec 7 09:59:19 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 07 Dec 2006 09:59:19 -0200 Subject: [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From whvalent em terra.com.br Thu Dec 7 01:12:00 2006 From: whvalent em terra.com.br (=?iso-8859-1?Q?Helo=EDsa_e_Wagner_Valente?=) Date: Thu, 7 Dec 2006 01:12:00 -0200 Subject: RES: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) In-Reply-To: Message-ID: <001801c719ad$76ac04d0$6600a8c0@heloisa> Olá, Sandra e demais leitores, Estou acompanhando a discussão canadense, até por interesse direto na terminologia. Será que essas pessoas não conheceram Paul Zumthor, que passou seus últimos dias no país? Ele tratou muito seriamente a questão. No Brasil, temos algumas publicações dele, algumas esgotadas. Dentre as recentes e ‘encontráveis’: Performance, recepção, leitura (Educ) e Escritura e nomadismo (Ateliê), com tradução da Profª Jerusa P. Ferreira. Certamente uma boa referência para os estudos em música, ainda que a música não tenha sido o ponto de partida do autor... Abraço, Heloísa -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Sandra Reis Enviada em: quinta-feira, 7 de dezembro de 2006 09:59 Para: anppom-l em iar.unicamp.br Assunto: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) _____ From: Bruno Deschênes Reply-To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca Subject: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) Date: Wed, 06 Dec 2006 11:01:56 -0500 Madame Traube, Votre question est effectivement fort intéressante. A prime abord, mon impression est que l'utilisation du mot 'performance' est beaucoup plus liée à l'utilisation d'un anglicisme pur et simple qu'à une utilisation vraiment particulière et bien définie, bien qu'il sera facile de justifier une telle utilisation et que le mot soit passer dans le langage courant. Toutefois, fort souvent 'performance' rime plus avec 'show' et 'spectacle' qui attire 'l'oeil' et nos autres sens qu'une interprétation proprement dite, dans le sens bien français du terme. On dira d'un musicien, disons la 9e de Nagano en septembre, qu'il a donné une bonne performance, non pas parce qu'il a bien dirigé l'orchestre et que l'interprétation était de qualité, mais plutôt que lui en tant que nouvelle star de l'OSM a donné une bonne performance: sa prestation a été bien au-delà de la simple interprétation. Il y a eu un petit plus qui a attiré l'attention de tous (positivement ou non... si on se fie à la discussion que nous avons eu à cet effet en septembre dernier). Bien cordialement! Bruno -------------------------------- Bruno Deschênes Musique japonaise / Japanese Music Tél.: (514) 277-4665 HYPERLINK "mailto:bruno em musis.ca"bruno em musis.-ca www.musis.ca Le 06-12-06 à 10:02, Evan Ware a écrit : Bonjour Caroline (et membres du groupe), Bien que je ne pourrai me prononcer avec autorité, je crois que "performance" est un anglicisme. En français le mot "interprétation" peut bien avoir la même dénotation que "performance" (en anglais) alors je préfère utiliser le mot français. Je peux dire avec plus de certitude, par contre, que traduire "performance practice" par "pratiques de performance" n'est pas entièrement exact. Le mot anglais "practice" utilisé dans le contexte de "performance practice" désigne une culture générale qui contient des traits communs mais qui peut aussi admettre des variations considérables. Le terme se traduit directement en français: "la pratique de l'exécution de la musique". Dire "les pratiques" désigne plusieurs cultures (ou sous-cultures) et, à moins que le but du mémoire soit de mettre ceux-ci de l'avant (et non la scène globale), il est mieux de dire "la pratique" (au singulier). D'un côté plus personnel, je trouve le terme "exécution de la musique" très froid et directif. Je subsiturais à sa place "la pratique de l'interprétation du répertoire de violon en Italie au XVIIe". On exécute des ordres, on interprète la musique. Le premier enlève l'art de l'interprète et assujeti celui-ci aux commandements de l'oeuvre. Je ne crois pas que cela reflète la réalité (à moins que les violonistes italiens du XVIIe aient eu une préférence prononcée pour l'interprétation mécanistique de la musique, en ce cas plein vapeur!) J'espère que cela vous aide! Bien à vous, Evan Ware Compositeur __._,_.___ HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/message/1843;_ylc=X3o DMTM0Y3F0NWVtBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BG 1zZ0lkAzE4NDgEc2VjA2Z0cgRzbGsDdnRwYwRzdGltZQMxMTY1NDY4ODg1BHRwY0lkAzE4NDM-" Messages pour ce thème (2) HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/post;_ylc=X3oDMTJwYXR ucHFvBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BG1zZ0lkAz E4NDgEc2VjA2Z0cgRzbGsDcnBseQRzdGltZQMxMTY1NDY4ODg1?act=reply&messageNum=184 8"Répondre (par envoi Web) | HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/post;_ylc=X3oDMTJlYjE yYWZxBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYwNmdH IEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTE2NTQ2ODg4NQ--"Commencer un nouveau thème HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/messages;_ylc=X3oDMTJ lbTNka20wBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYw NmdHIEc2xrA21zZ3MEc3RpbWUDMTE2NTQ2ODg4NQ--"Messages | HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/files;_ylc=X3oDMTJmcz RzNzZ1BF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYwNmd HIEc2xrA2ZpbGVzBHN0aW1lAzExNjU0Njg4ODU-"Fichiers | HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/photos;_ylc=X3oDMTJld m9qcDgxBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYwNm dHIEc2xrA3Bob3QEc3RpbWUDMTE2NTQ2ODg4NQ--"Photos | HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/links;_ylc=X3oDMTJmbW M2czBkBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYwNmd HIEc2xrA2xpbmtzBHN0aW1lAzExNjU0Njg4ODU-"Liens | HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/database;_ylc=X3oDMTJ jbWYwNzE3BF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYw NmdHIEc2xrA2RiBHN0aW1lAzExNjU0Njg4ODU-"Base de données | HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/polls;_ylc=X3oDMTJmdn Q4anRmBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYwNmd HIEc2xrA3BvbGxzBHN0aW1lAzExNjU0Njg4ODU-"Sondages | HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/members;_ylc=X3oDMTJl cWdsc2tkBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYwN mdHIEc2xrA21icnMEc3RpbWUDMTE2NTQ2ODg4NQ--"Membres | HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/group/cercledemusicologie/calendar;_ylc=X3oDMTJ kOWF2MHBvBF9TAzk3NDkwNDQ3BGdycElkAzkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYw NmdHIEc2xrA2NhbARzdGltZQMxMTY1NDY4ODg1"Agenda www.cercledemusicologie.com ---Pour vous retirer de ce groupe, envoyez un courrier électronique à : cercledemusicologie-unsubscribe em groupesyahoo.ca HYPERLINK "http://cf.groups.yahoo.com/;_ylc=X3oDMTJkY2c5YzkzBF9TAzk3NDkwNDQ1BGdycElkA zkzMjIzMzQEZ3Jwc3BJZAMyMDk0MDEyNjc1BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxMTY1NDY4 ODg1"Yahoo! 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URL: From antunes em unb.br Thu Dec 7 12:27:59 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 07 Dec 2006 12:27:59 -0200 Subject: RES: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2eessai!) References: <001801c719ad$76ac04d0$6600a8c0@heloisa> Message-ID: <457824EC.4295E437@unb.br> Caras amigas Sandra e Heloísa: Com relação à discussão sobre a palavra "performance", de que não gosto, gostaria de informar o seguinte. A Academia Brasileira de Música está convocando Assembléia Geral para o próximo dia 11, para discussão e aprovação de seus novos estatutos e regimento. A reforma desses dois documentos visa atender às novas exigências da lei 9790. No novo estatuto e no novo regimento seguirá sendo usada, tal como nos documentos antigos, a palavra "interpretação" onde caberia a palavra "performance". Em todos os artigos referentes a prêmios, categorização de músicos, publicações, etc, lá estão as palavras: compositor, intérprete, musicólogo, composição, interpretação e musicologia. Isso é ótimo, em meu entender, porque a ABM é orgão técnico consultivo do governo federal pelo decreto 23.160. Abraço, Jorge Antunes Heloísa e Wagner Valente wrote: > Olá, Sandra e demais leitores, > > Estou acompanhando a discussão canadense, até por interesse direto na terminologia. Será que essas pessoas não conheceram Paul Zumthor, que passou seus últimos dias no país? Ele tratou muito seriamente a questão. No Brasil, temos algumas publicações dele, algumas esgotadas. Dentre as recentes e ‘encontráveis’: Performance, recepção, leitura (Educ) e Escritura e nomadismo (Ateliê), com tradução da Profª Jerusa P. Ferreira. > > Certamente uma boa referência para os estudos em música, ainda que a música não tenha sido o ponto de partida do autor... > > Abraço, Heloísa > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Sandra Reis > Enviada em: quinta-feira, 7 de dezembro de 2006 09:59 > Para: anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) > > 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> From:Bruno Deschênes > > > Reply-To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca > To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca > Subject: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) > Date: Wed, 06 Dec 2006 11:01:56 -0500 > Madame Traube, > Votre question est effectivement fort intéressante. > A prime abord, mon impression est que l'utilisation du mot 'performance' est beaucoup plus liée à l'utilisation d'un anglicisme pur et simple qu'à une utilisation vraiment particulière et bien définie, bien qu'il sera facile de justifier une telle utilisation et que le mot soit passer dans le langage courant. > Toutefois, fort souvent 'performance' rime plus avec 'show' et 'spectacle' qui attire 'l'oeil' et nos autres sens qu'une interprétation proprement dite, dans le sens bien français du terme. On dira d'un musicien, disons la 9e de Nagano en septembre, qu'il a donné une bonne performance, non pas parce qu'il a bien dirigé l'orchestre et que l'interprétation était de qualité, mais plutôt que lui en tant que nouvelle star de l'OSM a donné une bonne performance: sa prestation a été bien au-delà de la simple interprétation. Il y a eu un petit plus qui a attiré l'attention de tous (positivement ou non... si on se fie à la discussion que nous avons eu à cet effet en septembre dernier). > Bien cordialement! > Bruno > ------------------------------ > Bruno Deschênes > Musique japonaise / Japanese Music > Tél.: (514) 277-4665 > bruno em musis.ca > www.musis.ca > Le 06-12-06 à 10:02, Evan Ware a écrit : > > Bonjour Caroline (et membres du groupe), > Bien que je ne pourrai me prononcer avec autorité, je crois que "performance" est un anglicisme. En français le mot "interprétation" peut bien avoir la même dénotation que "performance" (en anglais) alors je préfère utiliser le mot français. > > Je peux dire avec plus de certitude, par contre, que traduire "performance practice" par "pratiques de performance" n'est pas entièrement exact. Le mot anglais "practice" utilisé dans le contexte de "performance practice" désigne une culture générale qui contient des traits communs mais qui peut aussi admettre des variations considérables. Le terme se traduit directement en français: "la pratique de l'exécution de la musique". Dire "les pratiques" désigne plusieurs cultures (ou sous-cultures) et, à moins que le but du mémoire soit de mettre ceux-ci de l'avant (et non la scène globale), il est mieux de dire "la pratique" (au singulier). > > D'un côté plus personnel, je trouve le terme "exécution de la musique" très froid et directif. Je subsiturais à sa place "la pratique de l'interprétation du répertoire de violon en Italie au XVIIe". On exécute des ordres, on interprète la musique. Le premier enlève l'art de l'interprète et assujeti celui-ci aux commandements de l'oeuvre. Je ne crois pas que cela reflète la réalité (à moins que les violonistes italiens du XVIIe aient eu une préférence prononcée pour l'interprétation mécanistique de la musique, en ce cas plein vapeur!) > > J'espère que cela vous aide! > > Bien à vous, > > Evan Ware > > Compositeur________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Thu Dec 7 13:01:00 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Thu, 7 Dec 2006 13:01:00 -0200 Subject: [Spam] Re: RES: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2eessai!) In-Reply-To: <457824EC.4295E437@unb.br> References: <001801c719ad$76ac04d0$6600a8c0@heloisa> <457824EC.4295E437@unb.br> Message-ID: Estou com sensação de ter voltado no tempo Lembro do mesmo debate um ano ou mais ou menos atrás É isso mesmo? Performance ou Interpretação tanto um qto o outro são termos incompletos e vagos. por isto, tanto faz um ou outro....vamos com a maioria e com aquilo que tá aí...pq não muda muito. talvez....instrumentista, como nos vestilbulares: composição, instrumento/canto, regência, musicologia e pedagogia compositor, instrumentista, regente, musicólogo e pedagogo ou fazer uma versão mais etno: criador, tocador, maestro, estudado e professor silvio >Caras amigas Sandra e Heloísa: > >Com relação à discussão sobre a palavra >"performance", de que não gosto, gostaria de >informar o seguinte. >A Academia Brasileira de Música está convocando >Assembléia Geral para o próximo dia 11, para >discussão e aprovação de seus novos estatutos e >regimento. >A reforma desses dois documentos visa atender às novas exigências da lei 9790. >No novo estatuto e no novo regimento seguirá >sendo usada, tal como nos documentos antigos, a >palavra "interpretação" onde caberia a palavra >"performance". >Em todos os artigos referentes a prêmios, >categorização de músicos, publicações, etc, lá >estão as palavras: compositor, intérprete, >musicólogo, composição, interpretação e >musicologia. >Isso é ótimo, em meu entender, porque a ABM é >orgão técnico consultivo do governo federal pelo >decreto 23.160. >Abraço, >Jorge Antunes > > > > > > > >Heloísa e Wagner Valente wrote: > >>Olá, Sandra e demais leitores, >> >>Estou acompanhando a discussão canadense, até >>por interesse direto na terminologia. Será que >>essas pessoas não conheceram Paul Zumthor, que >>passou seus últimos dias no país? Ele tratou >>muito seriamente a questão. No Brasil, temos >>algumas publicações dele, algumas esgotadas. >>Dentre as recentes e ‘encontráveis’: >>Performance, recepção, leitura (Educ) e >>Escritura e nomadismo (Ateliê), com tradução da >>Profª Jerusa P. Ferreira. >> >>Certamente uma boa referência para os estudos >>em música, ainda que a música não tenha sido o >>ponto de partida do autor... >> >>Abraço, Heloísa >> >>-----Mensagem original----- >>De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br >>[mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em >>nome de Sandra Reis >>Enviada em: quinta-feira, 7 de dezembro de 2006 09:59 >>Para: anppom-l em iar.unicamp.br >>Assunto: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: >>[cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) >> >> >>From:Bruno Deschênes >> >> >>Reply-To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca >>To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca >>Subject: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) >>Date: Wed, 06 Dec 2006 11:01:56 -0500 >>Madame Traube, >>Votre question est effectivement fort intéressante. >>A prime abord, mon impression est que >>l'utilisation du mot 'performance' est beaucoup >>plus liée à l'utilisation d'un anglicisme pur >>et simple qu'à une utilisation vraiment >>particulière et bien définie, bien qu'il sera >>facile de justifier une telle utilisation et >>que le mot soit passer dans le langage courant. >>Toutefois, fort souvent 'performance' rime plus >>avec 'show' et 'spectacle' qui attire 'l'oeil' >>et nos autres sens qu'une interprétation >>proprement dite, dans le sens bien français du >>terme. On dira d'un musicien, disons la 9e de >>Nagano en septembre, qu'il a donné une bonne >>performance, non pas parce qu'il a bien dirigé >>l'orchestre et que l'interprétation était de >>qualité, mais plutôt que lui en tant que >>nouvelle star de l'OSM a donné une bonne >>performance: sa prestation a été bien au-delà >>de la simple interprétation. Il y a eu un petit >>plus qui a attiré l'attention de tous >>(positivement ou non... si on se fie à la >>discussion que nous avons eu à cet effet en >>septembre dernier). >>Bien cordialement! >>Bruno >>------------------------------ >>Bruno Deschênes >>Musique japonaise / Japanese Music >>Tél.: (514) 277-4665 >>bruno em musis.ca >>www.musis.ca >>Le 06-12-06 à 10:02, Evan Ware a écrit : >> >>Bonjour Caroline (et membres du groupe), >>Bien que je ne pourrai me prononcer avec >>autorité, je crois que "performance" est un >>anglicisme. En français le mot "interprétation" >>peut bien avoir la même dénotation que >>"performance" (en anglais) alors je préfère >>utiliser le mot français. >> >>Je peux dire avec plus de certitude, par >>contre, que traduire "performance practice" par >>"pratiques de performance" n'est pas >>entièrement exact. Le mot anglais "practice" >>utilisé dans le contexte de "performance >>practice" désigne une culture générale qui >>contient des traits communs mais qui peut aussi >>admettre des variations considérables. Le terme >>se traduit directement en français: "la >>pratique de l'exécution de la musique". Dire >>"les pratiques" désigne plusieurs cultures (ou >>sous-cultures) et, à moins que le but du >>mémoire soit de mettre ceux-ci de l'avant (et >>non la scène globale), il est mieux de dire "la >>pratique" (au singulier). >> >>D'un côté plus personnel, je trouve le terme >>"exécution de la musique" très froid et >>directif. Je subsiturais à sa place "la >>pratique de l'interprétation du répertoire de >>violon en Italie au XVIIe". On exécute des >>ordres, on interprète la musique. Le premier >>enlève l'art de l'interprète et assujeti >>celui-ci aux commandements de l'oeuvre. Je ne >>crois pas que cela reflète la réalité (à moins >>que les violonistes italiens du XVIIe aient eu >>une préférence prononcée pour l'interprétation >>mécanistique de la musique, en ce cas plein >>vapeur!) >> >>J'espère que cela vous aide! >> >>Bien à vous, >> >>Evan Ware >>Compositeur________________________________________________ >> > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. >Para alterar a categoria classificada, visite o >Terra >Mail > > >Esta mensagem foi verificada pelo >E-mail Protegido >Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 06/12/2006 / Versão: 4.4.00/4912 >Proteja o seu e-mail Terra: >http://mail.terra.com.br/ > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Thu Dec 7 15:17:40 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 07 Dec 2006 15:17:40 -0200 Subject: [ANPPOM-L] performance: =?iso-8859-1?q?viol=EAncia_e_etimologia?= In-Reply-To: References: <001801c719ad$76ac04d0$6600a8c0@heloisa> <457824EC.4295E437@unb.br> Message-ID: <45784CB4.1030502@terra.com.br> Se a performance vai chamar-se performance ou interpretação ou execução é uma discussão que deve ser travada por performers, intérpretes ou executantes. Que qualquer outro grupo se reúna para deliberar por que rótulo as criaturas em questão serão designadas é um ato de violência. O argumento etimológico não se sustenta. A linguagem -- como a inteligência -- é por natureza metafórica. Tanto assim que "denegrir" não é "tornar negro" e "judiar" não é "transformar em judeu". -- cp From palombini em terra.com.br Thu Dec 7 15:23:13 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 07 Dec 2006 15:23:13 -0200 Subject: [ANPPOM-L] carta de apoio a Gilberto Gil Message-ID: <45784E01.9030901@terra.com.br> http://www.canalcontemporaneo.art.br/brasa/archives/001032.html -- cp From musicoyargentino em hotmail.com Thu Dec 7 15:27:58 2006 From: musicoyargentino em hotmail.com (Yo Argentino) Date: Thu, 07 Dec 2006 17:27:58 +0000 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?prova_pr=E1tica?= In-Reply-To: <200612061605.kB6G5FvV064370@iar.unicamp.br> Message-ID: >Date: Tue, 05 Dec 2006 13:45:53 -0200 From: "Alexandre Bräutigam" >Bacana vocês abrirem uma linha de licenciatura com uma preocupação em desenvolver projetos com softwares e composição assistida por computador. Como vocês elaboraram o currículo desta área? O currículo é aberto e ainda está em elaboração. As diretrizes são: - Desenvolvimento de pesquisa na área. - Aplicação em projetos multidisciplinares. Com esse objetivo temos dois grupos de pesquisa: o NAP (Núcleo Amazônico de Pesquisa Musical) e o Acreão (Arte, Cultura e Realidade da Amazônia Ocidental). O primeiro atua na área de tecnologia musical e o segundo na interface entre música e outras disciplinas. >Sobre a prova prática, como vocês estruturariam ela? Unificariam a mesma para toda a licenciatura, independente da área? A UFAC não tem estrutura para implementar várias provas, portanto tem que ser uma prova para todas as áreas. O problema está sendo incluir a prova prática. Peço mais uma vez ajuda aos membros da lista: qual é a lei que ampara a Unicamp, a UFMG, a UFRGS, etc, na aplicação da prova prática??? Obrigado, Damián >From: "Yo Argentino" >To: anppom-l em iar.unicamp.br >Subject: [ANPPOM-L] prova específica >Date: Tue, 05 Dec 2006 15:22:11 +0000 > > >Caro Alexandre, > >Concordo plenamente com a tua colocação. Aqui no Acre estamos implementando >uma nova licenciatura em música que inclui as seguintes linhas: performance >(regência, instrumento) e criação musical (tecnologia musical, composição). >O aluno que escolhe tecnologia musical, além da formação básica em música >(harmonia, contraponto, instrumentação, etc.) trabalha no desenvolvimento >de projetos de software e composição assistida por computador. > >No entanto, estamos enfrentando alguns problemas graves: >1. A carga horária nas disciplinas pedagógicas é absurdamente alta. >2. A implementação da prova prática específica para a área de música foi >recusada na base do “direito a igualdade de oportunidades, eqüidade, >conclusão do ensino médio” [sic] (???) (Parecer CP/ING no. 98/99). > >Se alguém da lista conhece a legislação que permite a inclusão da prova >prática no vestibular, por favor, dê uma luz para nós. > >Sds, >Damián Dr. Damián Keller Curso de Música Universidade Federal do Acre http://ccrma.stanford.edu/~dkeller _________________________________________________________________ Sé uno de los primeros a testar el Windows Live Messenger beta. http://imagine-msn.com/minisites/messenger/default.aspx?locale=es-ar From sandramontreal em hotmail.com Thu Dec 7 15:46:50 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 07 Dec 2006 15:46:50 -0200 Subject: [Spam] Re: RES: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie]Terminologie (2eessai!) In-Reply-To: Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Thu Dec 7 16:38:47 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 07 Dec 2006 16:38:47 -0200 Subject: [ANPPOM-L] interpretacao References: <001801c719ad$76ac04d0$6600a8c0@heloisa> <457824EC.4295E437@unb.br> <45784CB4.1030502@terra.com.br> Message-ID: <45785FAE.8744966E@unb.br> Caros Palombini e Silvio: É ótimo voltar no tempo. Sempre! Em todos os sentidos. Revisões conceituais e terminológicas são sempre benvindas, principalmente quando colegas de outra língua neolatina, o francês, também mostram preocupação com o assunto. Os termos em foco não são os únicos incompletos e vagos. Também são incompletos e vagos os termos: concerto, filarmônica, sinfônico, instrumento, altura, nota, imitação, etc, etc. Um viva à vagueza e à incompletude das palavras!!!! "Interpretação" é satisfatória, boa e bela palavra, para traduzir aquilo que os anglofones chamam "performance". Infelizmente os intérpretes ainda não se deram conta de que todos os compositores e musicólogos, hoje, são ou já foram também intérpretes. Compositores regem suas obras e as de outros. Compositores interpretam suas obras, e de outros, frente às mesas de difusão e espacialização. Frente a computadores e sintetizadores, compositores criam e interpretam música eletrônica ao vivo. Assim, compositores e musicólogos não estão praticando violência ou se metendo em seara alheia ao opinarem e discutirem o tema interpretação. Abraço, Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Thu Dec 7 16:47:39 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 07 Dec 2006 16:47:39 -0200 Subject: [Spam] Re: RES: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re:[cercledemusicologie]Terminologie (2eessai!) References: Message-ID: <457861C2.336DD0F8@unb.br> Querida Sandra: Parabéns pela reintrodução do tema em nosso meio. Gostaria de lembrar que os brasileiros que adotarem a expressão "performance", para ser usada no lugar de "interpretação", deveriam, por uma questão de coerência, abandonar o uso da palávra "intérprete" e, no lugar desta, usar a expressão "performer". Abraço, Jorge Antunes Sandra Reis wrote: > Queridos amigos, enviei estas mensagens porque achei interessante a coincidência: a mesma discussão na ANNPOM e no Cercle de Musicologie, sendo que a nossa veio bem antes. Fica uma fermata sobre o assunto e vamos esperar a reverberação. > > Um grande abraço para todos, > > Sandra Loureiro de Freitas Reis. > > From: silvio > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [Spam] Re: RES: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie]Terminologie (2eessai!) > Date: Thu, 7 Dec 2006 13:01:00 -0200 > > Estou com sensação de ter voltado no tempoLembro do mesmo debate um ano ou mais ou menos atrásÉ isso mesmo?Performance ou Interpretação tanto um qto o outro são termos incompletos e vagos.por isto, tanto faz um ou outro....vamos com a maioria e com aquilo que tá aí...pq não muda muito.talvez....instrumentista, como nos vestilbulares:composição, instrumento/canto, regência, musicologia e pedagogiacompositor, instrumentista, regente, musicólogo e pedagogo ou fazer uma versão mais etno:criador, tocador, maestro, estudado e professor silvio > > Caras amigas Sandra e Heloísa: > > Com relação à discussão sobre a palavra "performance", de que não gosto, gostaria de informar o seguinte. > A Academia Brasileira de Música está convocando Assembléia Geral para o próximo dia 11, para discussão e aprovação de seus novos estatutos e regimento. > A reforma desses dois documentos visa atender às novas exigências da lei 9790. > No novo estatuto e no novo regimento seguirá sendo usada, tal como nos documentos antigos, a palavra "interpretação" onde caberia a palavra "performance". > Em todos os artigos referentes a prêmios, categorização de músicos, publicações, etc, lá estão as palavras: compositor, intérprete, musicólogo, composição, interpretação e musicologia. > Isso é ótimo, em meu entender, porque a ABM é orgão técnico consultivo do governo federal pelo decreto 23.160. > Abraço, > Jorge Antunes > > > > > > > > Heloísa e Wagner Valente wrote: > > Olá, Sandra e demais leitores, > > Estou acompanhando a discussão canadense, até por interesse direto na terminologia. Será que essas pessoas não conheceram Paul Zumthor, que passou seus últimos dias no país? Ele tratou muito seriamente a questão. No Brasil, temos algumas publicações dele, algumas esgotadas. Dentre as recentes e ‘encontráveis’: Performance, recepção, leitura (Educ) e Escritura e nomadismo (Ateliê), com tradução da Profª Jerusa P. Ferreira. > > Certamente uma boa referência para os estudos em música, ainda que a música não tenha sido o ponto de partida do autor... > > Abraço, Heloísa > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Sandra Reis > Enviada em: quinta-feira, 7 de dezembro de 2006 09:59 > > Para: anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: [Spam] [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) > > 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> > From:Bruno Deschênes > > > Reply-To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca > To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca > Subject: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) > Date: Wed, 06 Dec 2006 11:01:56 -0500 > > Madame Traube, > > Votre question est effectivement fort intéressante. > > A prime abord, mon impression est que l'utilisation du mot 'performance' est beaucoup plus liée à l'utilisation d'un anglicisme pur et simple qu'à une utilisation vraiment particulière et bien définie, bien qu'il sera facile de justifier une telle utilisation et que le mot soit passer dans le langage courant. > > Toutefois, fort souvent 'performance' rime plus avec 'show' et 'spectacle' qui attire 'l'oeil' et nos autres sens qu'une interprétation proprement dite, dans le sens bien français du terme. On dira d'un musicien, disons la 9e de Nagano en septembre, qu'il a donné une bonne performance, non pas parce qu'il a bien dirigé l'orchestre et que l'interprétation était de qualité, mais plutôt que lui en tant que nouvelle star de l'OSM a donné une bonne performance: sa prestation a été bien au-delà de la simple interprétation. Il y a eu un petit plus qui a attiré l'attention de tous (positivement ou non... si on se fie à la discussion que nous avons eu à cet effet en septembre dernier). > > Bien cordialement! > > Bruno > > ------------------------------ > > Bruno Deschênes > > Musique japonaise / Japanese Music > > Tél.: (514) 277-4665 > > bruno em musis.ca > > www.musis.ca > > Le 06-12-06 à 10:02, Evan Ware a écrit : > > Bonjour Caroline (et membres du groupe), > > Bien que je ne pourrai me prononcer avec autorité, je crois que "performance" est un anglicisme. En français le mot "interprétation" peut bien avoir la même dénotation que "performance" (en anglais) alors je préfère utiliser le mot français. > > Je peux dire avec plus de certitude, par contre, que traduire "performance practice" par "pratiques de performance" n'est pas entièrement exact. Le mot anglais "practice" utilisé dans le contexte de "performance practice" désigne une culture générale qui contient des traits communs mais qui peut aussi admettre des variations considérables. Le terme se traduit directement en français: "la pratique de l'exécution de la musique". Dire "les pratiques" désigne plusieurs cultures (ou sous-cultures) et, à moins que le but du mémoire soit de mettre ceux-ci de l'avant (et non la scène globale), il est mieux de dire "la pratique" (au singulier). > > D'un côté plus personnel, je trouve le terme "exécution de la musique" très froid et directif. Je subsiturais à sa place "la pratique de l'interprétation du répertoire de violon en Italie au XVIIe". On exécute des ordres, on interprète la musique. Le premier enlève l'art de l'interprète et assujeti celui-ci aux commandements de l'oeuvre. Je ne crois pas que cela reflète la réalité (à moins que les violonistes italiens du XVIIe aient eu une préférence prononcée pour l'interprétation mécanistique de la musique, en ce cas plein vapeur!) > > J'espère que cela vous aide! > > Bien à vous, > > Evan Ware > > Compositeur________________________________________________ > > -------------------------------------------------- > > E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. > Para alterar a categoria classificada, visite oTerra Mail > > -------------------------------------------------- > > Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. > Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 06/12/2006 / Versão: 4.4.00/4912 > Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > >________________________________________________ > >Lista de discussões ANPPOM > >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > >________________________________________________ > > > > > 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> ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From caesar em acd.ufrj.br Thu Dec 7 17:15:15 2006 From: caesar em acd.ufrj.br (Rodolfo Caesar) Date: Thu, 07 Dec 2006 17:15:15 -0200 Subject: [ANPPOM-L] performance: =?ISO-8859-1?Q?viol=EAncia_e_eti?= =?ISO-8859-1?Q?mologia?= In-Reply-To: <45784CB4.1030502@terra.com.br> References: <001801c719ad$76ac04d0$6600a8c0@heloisa> <457824EC.4295E437@unb.br> <45784CB4.1030502@terra.com.br> Message-ID: <45786843.3020204@acd.ufrj.br> Acho 'violência' talvez forte demais. Só porque alguns - em nome de não sei que música - marcam encontro para legislar sobre matéria tão dinâmica como o vernáculo? Isso não lembra o timbre daquela preocupação daquele compositor que ranhetou contra o uso 'indevido' de 'eletroacústica'? Quis o erudito que só fosse usada para denotar o gênero que professa, e nada mais! Violência não chega a ser, mas é sem dúvida arrogância. Enquanto 'intérprete' e/ou 'performer', não tenho preferências, mas se em um remoto dia a atividade tiver que ter só uma palavra, única e totalmente adequada e dedicada, vou preferir saber que a escolha resultou de um processo dinâmico social, e não de uma decisão 'democraticamente' votada em reuniões. abs, Rodolfo carlos palombini wrote: > > Se a performance vai chamar-se performance ou interpretação ou > execução é uma discussão que deve ser travada por performers, > intérpretes ou executantes. Que qualquer outro grupo se reúna para > deliberar por que rótulo as criaturas em questão serão designadas é um > ato de violência. O argumento etimológico não se sustenta. A linguagem > -- como a inteligência -- é por natureza metafórica. Tanto assim que > "denegrir" não é "tornar negro" e "judiar" não é "transformar em judeu". > > -- > cp > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > From rudrasena em uol.com.br Fri Dec 8 10:27:28 2006 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Fri, 08 Dec 2006 10:27:28 -0200 Subject: [ANPPOM-L] FW: P =?iso-8859-1?q?=F3?= s- gradua =?iso-8859-1?q?=E7=E3?= o Lato Sensu em M =?iso-8859-1?q?=FA?= sica vocal In-Reply-To: Message-ID: ------ Forwarded Message > From: Josely Antônio > Date: Thu, 7 Dec 2006 19:31:10 -0200 > To: José Luiz Martinez > Subject: curso na Metodista > > José Luiz, > > Agradeço se puder divulgar. > > Pós- graduação Lato Sensu em Música vocal: Técnicas e tendências do canto > contemporâneo. Acesse a página da Universidade Metodista de São Paulo] > www.metodista.br pós-graduação lato sensu humanidades > > um abraço > -- > Josely de Moraes Antonio > Professora da Universidade Metodista de São Paulo > Presidente da Associação de Música Vocal > Telefone: (11) 9621 7789 > Joseyantonio em gmail.com > josely em levecanto.art.br ------ End of Forwarded Message From sandramontreal em hotmail.com Sat Dec 9 15:22:59 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 09 Dec 2006 15:22:59 -0200 Subject: [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Terminologie (2e essai!) Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Sat Dec 9 15:23:48 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 09 Dec 2006 15:23:48 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=5BFwd=3A_Re=3A_=5Bcercledemusic?= =?iso-8859-1?q?ologie=5D_probl=E8mes_de_terminologie=3A_performance=2C_ex?= =?iso-8859-1?q?=E9cution=2C_interpr=E9tation_=3F=5D=5D?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Sun Dec 10 09:37:14 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sun, 10 Dec 2006 09:37:14 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_RE=3A_?= =?iso-8859-1?q?Probl=E8me_de_terminologie=3A_performance?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From claudiaz em musica.ufg.br Sun Dec 10 11:03:38 2006 From: claudiaz em musica.ufg.br (Claudiaz) Date: Sun, 10 Dec 2006 11:03:38 -0200 Subject: =?iso-8859-1?Q?=5BANPPOM-L=5D=3A_Inaugura=E7=E3o_do_novo_Laborat=F3rio_de_Musicoterapia_da_EMAC=2FUFG?= Message-ID: <83b3e00daf84fa9c15a6e11441c70db5@201.14.75.33> Aos pesquisadores da ANPPOM, Gostaria de comunicar a inauguração do novo Laboratório de Musicoterapia da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, dia 11 de dezembro às 14:30 h. Trata-se de um momento especial para implantação de novos projetos de extensão e pesquisa, aliados ao ensino, tripé fundamental para a formação integral dos alunos do Curso de Musicoterapia da UFG, o que implementará maior acesso a atendimentos e estudos, tanto para a comunidade interna como a externa à universidade. Além disso, por termos o único curso de graduação em uma universidade federal do país, podemos atuar como referência e nossa trajetória pode motivar a implantação de outros cursos públicos em nossa área. Os fones para acesso ao Laboratório de Musicoterapia são os da EMAC - (62) 3521-1125 e 3521-1818. O email da coordenadora do laboratório: mtclaudiazanini em gmail.com ou claudiaz em musica.ufg.br Atenciosamente, Profª Ms. Claudia Regina de Oliveira Zanini Coordenadora do Curso e do Laboratório de Musicoterapia Universidade Federal de Goiás From marlychagas em alternex.com.br Sun Dec 10 11:37:09 2006 From: marlychagas em alternex.com.br (Marly) Date: Sun, 10 Dec 2006 11:37:09 -0200 Subject: =?iso-8859-1?Q?Re:_=5BANPPOM-L=5D:_Inaugura=E7=E3o_do_novo_Laborat=F3?= =?iso-8859-1?Q?rio_de_Musicoterapia_da_EMAC/UFG?= References: <83b3e00daf84fa9c15a6e11441c70db5@201.14.75.33> Message-ID: <002501c71c60$4ac1c700$0201a8c0@home7d75cbcf6b> Claudia Zanine e demais amigos da UFG Parabéns pela conquista que tanto nos orgulha Marly Chagas ----- Original Message ----- From: "Claudiaz" To: Sent: Sunday, December 10, 2006 11:03 AM Subject: [ANPPOM-L]: Inauguração do novo Laboratório de Musicoterapia da EMAC/UFG > Aos pesquisadores da ANPPOM, > > Gostaria de comunicar a inauguração do novo Laboratório de Musicoterapia > da > Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, dia 11 > de > dezembro às 14:30 h. > Trata-se de um momento especial para implantação de novos projetos de > extensão e pesquisa, aliados ao ensino, tripé fundamental para a formação > integral dos alunos do Curso de Musicoterapia da UFG, o que implementará > maior acesso a atendimentos e estudos, tanto para a comunidade interna > como > a externa à universidade. > Além disso, por termos o único curso de graduação em uma universidade > federal do país, podemos atuar como referência e nossa trajetória pode > motivar a implantação de outros cursos públicos em nossa área. > Os fones para acesso ao Laboratório de Musicoterapia são os da EMAC - (62) > 3521-1125 e 3521-1818. O email da coordenadora do laboratório: > mtclaudiazanini em gmail.com ou claudiaz em musica.ufg.br > > Atenciosamente, > > Profª Ms. Claudia Regina de Oliveira Zanini > Coordenadora do Curso e do Laboratório de Musicoterapia > Universidade Federal de Goiás > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > __________ Informação do NOD32 IMON 1913 (20061209) __________ > > Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus > http://www.eset.com.br > > > > > -- > No virus found in this incoming message. > Checked by AVG Free Edition. > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.15/581 - Release Date: 9/12/2006 > > > __________ Informação do NOD32 IMON 1913 (20061209) __________ > > Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus > http://www.eset.com.br > > From sandramontreal em hotmail.com Sun Dec 10 11:50:11 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sun, 10 Dec 2006 11:50:11 -0200 Subject: =?iso-8859-1?B?UmU6IFtBTlBQT00tTF06IEluYXVndXJh5+NvIGRvIG5vdm8gTGFib3Jh?= =?iso-8859-1?B?dPNyaW8gZGUgTXVzaWNvdGVyYXBpYSBkYSBFTUFDL1VGRw==?= In-Reply-To: <002501c71c60$4ac1c700$0201a8c0@home7d75cbcf6b> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Mon Dec 11 08:28:56 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Mon, 11 Dec 2006 08:28:56 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_Re=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_?= =?iso-8859-1?q?Groupe_courriel=3A_probl=E8me_de_fonctionnement?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Sun Dec 10 11:42:56 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Sun, 10 Dec 2006 11:42:56 -0200 Subject: [ANPPOM-L] para curtir Message-ID: Enqto discutimos feito tontos se somos performers ou interpretes Outras áreas dão o passo q vai simplesmente nos massacrar abraços e condolências silvio ATENÇÃO - PROCESSO SELETIVO EM 16/12 - Inscriçoes abertas CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA - CURTA DURAÇÃO - PRODUÇÃO MUSICAL Se você não deseja mais receber os comunicados da Anhembi Morumbi, clique aqui. Copyright © 2003. Portal Anhembi Morumbi. Todos os Direitos Reservados. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001 14.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 18964 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image002 2.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 22414 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image003 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 29211 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image004 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 26541 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image005 2.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 40979 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image006 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 12460 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image007 1.gif Tipo: image/gif Tamanho: 143 bytes Descrição: não disponível URL: From antunes em unb.br Sun Dec 10 11:54:54 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sun, 10 Dec 2006 11:54:54 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Frente Nacional Message-ID: <457C11A8.9F9C27DE@unb.br> A tod em s @s profissionais da música: O governo que está se formando, que vem sendo chamado de coalizão, e que eu prefiro chamar de coalixão, se caracterizará pela predominância do fisiologismo e do oportunismo, com negociatas por cargos em troca de apoio. O futuro ministro da cultura será uma pessoa que acatará e aceitará essa nojenta prática. No momento em que um pequeno grupo de músicos e letristas de música assinam um manifesto pedindo a permanência do ministro da cultura, faz-se necessário estarmos atentos às lutas que nos esperam nos próximos quatro anos. Foi criada recentemente a Frente Nacional Contra as Reformas Neoliberais e em Defesa da Aposentadoria e dos Direitos Sociais, Sindicais e Trabalhistas. Divulgo, através desta mensagem, o manifesto dessa Frente Nacional. Abraço, Jorge Antunes Tirem as mãos da aposentadoria e dos nossos direitos Todos os dias o trabalhador brasileiro assiste, estarrecido, os ataques à Previdência Social e aos seus direitos. O poder da mídia escrita, falada e televisiva, bombardeia aos menos informados, cria uma falsa imagem de estarmos vivendo o caos, por culpa exclusiva da aposentadoria e dos direitos trabalhistas. O grande argumento usado pelo Governo e empresários é que o alegado déficit da Previdência Social impossibilita o país de investir para o crescimento da economia e geração de empregos. Esses argumentos, repetidos à exaustão pela mídia, tornam-se verdades absolutas, quando não passam de mentiras articuladas para defender as Reformas da Previdência, Sindical e Trabalhista. A Constituição de 1988 estabeleceu o princípio da Seguridade Social, englobando a Previdência, a Saúde e a Assistência Social como direitos do povo brasileiro. Definiu, também, as contribuições para financiá-la, além daquela que é recolhida sobre a folha de pagamento. Estudos realizados pela ANFIP - Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência, a partir de dados do próprio Governo, dão conta que a Seguridade Social é superavitária, ao contrário do que se afirma nos órgãos de comunicação. Concluem que, na verdade, os recursos são desviados da Previdência para pagamento da Dívida Pública. O próprio Governo, oriundo da classe trabalhadora, esquece a sua origem e propõe como solução, ampliar a idade mínima para a aposentadoria; desvinculação do piso previdenciário do salário mínimo; diminuição do valor dos benefícios pagos aos aposentados, e, o término do pagamento dos benefícios aos idosos criados pela Constituição de 1988. Mas esse mesmo Governo, na previsão orçamentária para 2007 que enviou ao Congresso Nacional, apresenta destinação de 165 bilhões de reais para o pagamento dos juros da Dívida Pública e 77 bilhões de reais para a sua amortização. A quem interessa esse desmando? Para quem governa esse Governo? Os títulos da Dívida Pública são adquiridos pelos Bancos e pelas Empresas de grande porte, que dessa forma obtêm lucros espetaculares anunciados cotidianamente na mídia. Por que, então, retirar dinheiro da Previdência Social, que pertence aos trabalhadores, sob o argumento da necessidade de investimento, e deixar que o sistema financeiro e as grandes empresas se beneficiem com lucros abusivos conseguidos graças aos recursos do orçamento do país? Flexibilização gera desemprego Outra falácia é a flexibilização das leis trabalhistas e da organização sindical. Em nome de uma "modernidade", prega-se "mudanças" na CLT e na Constituição Federal, sempre no sentido de retirar direitos dos trabalhadores. Propõe-se o fim da multa de 40% sobre o saldo do FGTS, por ocasião da demissão sem justa causa; perda de direitos como o 13º salário, licença maternidade, férias, entre outros. Esclareça-se que essas experiências de flexibilização foram aplicadas na Espanha na década de 80/90 e o desemprego saltou de 10% para 22%. Na Argentina, na década de 80 o desemprego de 6%, passou a 20% após as mudanças nas leis trabalhistas iniciadas em 1991. No Chile, que teve sua Reforma Trabalhista implantada em 1978/79 o desemprego chegou a 20%. Na Colômbia, em 1985 o desemprego que rondava entre 5% e 6%, após as reformas impostas por pressão dos EUA, chegou a 20%. Além do desemprego, o que estas reformas aumentaram é o lucro das empresas. E é exatamente este objetivo que se tem com estas propostas aqui no Brasil. Com as Reformas da Previdência Social, Sindical e Trabalhista pretende-se aumentar ainda mais os privilégios dos Bancos e grandes empresas, sacrificando e empobrecendo ainda mais os trabalhadores. Elas têm o mesmo sentido da Reforma Tributária, que prorroga e aumenta a alíquota da DRU (Desvinculação das Receitas da União), muda a Emenda Constitucional da Saúde, etc. Isto diminui ainda mais as verbas aplicadas nas políticas públicas, para aumentar o volume de recursos para pagar a Dívida aos banqueiros. E da Reforma Universitária, que privatiza a universidade pública; entrega ainda mais recursos públicos para as empresas privadas de ensino. Além disso, compromete o futuro do país, pois transfere para o capital privado o controle da produção de conhecimento científico e tecnológico, que hoje se realiza dentro das universidades públicas. Os trabalhadores não podem ser sacrificados apenas para que os Bancos e grandes empresas possam anunciar seus recordes de lucratividade. Não aceitamos Reforma da Previdência que ataque a nossa aposentadoria e que retire mais direitos dos trabalhadores e aposentados. Queremos o fim do Fator Previdenciário; o fim da Alta Programada; a recuperação do valor que as aposentadorias tinham - em salários mínimos ? no momento da sua concessão, entre outros. Não aceitamos Reforma Sindical e Trabalhista que retire direitos. Lutaremos, sim, por mais conquistas, tais como: regulamentação da proteção contra a demissão imotivada; redução da jornada de trabalho sem redução do salário; salário mínimo calculado pelo DIEESE; direito de organização no local de trabalho; soberania das Assembléias de base para decidir sobre o que deve ser negociado em nome dos trabalhadores; entre outros. Constituímos a partir de hoje, Frente Nacional para lutar contra estas Reformas Neoliberais e em defesa dos direitos previdenciários, sociais, sindicais e trabalhistas. Conclamamos a classe trabalhadora e a sociedade a levantarem-se contra a injustiça que pretende retirar dos trabalhadores direitos e conquistas. Com a nossa luta e mobilização da sociedade, prevalecerão os interesses do povo brasileiro. Frente Nacional Contra as Reformas Neoliberais e em Defesa da Aposentadoria e dos Direitos Sociais, Sindicais e Trabalhistas -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Mon Dec 11 12:23:24 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Mon, 11 Dec 2006 12:23:24 -0200 Subject: [ANPPOM-L] FW: Re: [cercledemusicologie] Groupe courriel: =?iso-8859-1?Q?probl=E8me?= de fonctionnement References: Message-ID: <457D69D9.4BBA9C27@unb.br> Chère Sandra: Je trouve très interessantes les réflexions de M. Evan Ware. Je te demande de lui transmettre ce message, avec mes cordiales salutations à lui. L'intervention de M. Sévigny a été très pertinente. Je voudrais dire, avec tout mon respect aux opinions du Prof. Ware, que même si on n'est contre le patriotisme linguistique quelle que soit sa forme, je crois qu'il est très important le travail de protection des cultures en général, en incluant ici les langues, contre les adesions lèse-langue et des invasions linguistique-imperialistes. Je ne connais pas la réalité québecquoise, mais je peux parler un peu sur le problème dans le domaine du portugais au Brésil. Ici, à vrai dire, les terminologies du spectacle sont fort influencées par la terminologie anglophone des practiques qui viennent du domaine de la musique populaire. Ce phénomène, en général, a lieu plutôt dans la practique musicale que dans les études de musique. Au Brésil, la terminologie du spectacle du domaine de la musique populaire n'a pas encore, heureusemente, influencé de façon importante la terminologie de la musique de concert. Je liste, ensuite, quelques mots anglophones utilisés au Brésil par les musiciens brésiliens du domaine populaire: rider, performance, staff, back vocal, set, backstage. Performance a été, jusqu'à maintenant, le seul mot qui a été adopté par des chercheurs et musiciens de la musique "sérieuse" au Brésil. La langue portuguaise est très riche dans le domaine du spectacle. Je liste une collection de mots, de notre langue, qui sont très répandus et utilisés par les artistes de la musique "sérieuse", mais qui ne sont de la connaissance des musiciens populaires qui préférent utiliser des équivalents anglais: interpretação, intérprete, execução, bastidores, urdimento, boca de cena, cenário, conjunto, efetivo, anexo, ficha técnica, palco, mapa de palco, concerto, fundo de palco, coxia, bambolina, boca de cena, pano de boca, pódio, cena, caixa de teatro, caixa de cena, camarim, platéia, proscênio, ... Avec mes amitiés, Jorge Antunes Sandra Reis wrote: > from: "Evan Ware" > Reply-To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca > To: > Subject: Re: [cercledemusicologie] Groupe courriel: problème de fonctionnement > Date: Fri, 8 Dec 2006 09:51:57 -0500 > > Cher membres du groupe courriel, > > Bien que j'ai moi-même décrit le mot "performance" comme étant un anglicisme - un fait supporté par mon Larousse 1991 - dans ma première intervention, je dois fortement questionner l'intervention de M. Sévigny qui semble vouloir critiquer les études de la musique populaire anglophones pour avoir propagé cet anglicisme. > > "Je crains que toute cette notion de "performance" nous vient du domaine > des études de musique populaire chez dans nos amis les intellectuels et chercheurs anglo-saxons. > Je pense ici notamment à l' IASPM." > > Si l'intention de M. Sévigny était de critiquer, je trouve cette critique fort mal placée puisqu'elle se base sur la prémisse que ce sont les chercheurs anglophones qui importent au français l'anglicisme "performance." Franchement je n'arrive pas à comprendre comment un groupe peut être tenu responsable du changement d'une langue dans laquelle il ne participe que peu ou pas du tout. N'est-ce pas les intellectuels francophones, ceux qui participent à la construction et à la sémiose du français, qui propagent cet anglicisme en l'utilisant, peu importe d'où vient le terme? (et sur ceci je dois aussi protester que la notion de performance - mot anglais - n'est pas du tout unique aux études de musiques populaires tel que témoigné, entre autre, par le terme performance practice). > > Je crois cependant que "performance" est un anglicisme qui se transmet culturellement et non par simple voie d'IASPM. Le fait est que la majeure partie de la recherche musicologique est anglophone et que même les pays francophones en Europe ne peuvent se soustraire l'influence globale actuelle de la langue anglaise, moins encore le Québec qui se trouve géographiquement entouré de cette langue. Je ne veux pas vanter la position globale de l'anglais ici, ceux qui me connaissent savent à quel point je suis contre le patriotisme linguistique quelle que soit sa forme, mais je veux souligner le fait que la langue anglaise est partout et que des emprunts faits par des autres langues, surtout dans un domaine où l'anglais est la prima lingua, sont inévitables tout comme l'anglais a emprunté voracement du français lorsqu'elle était à son apogé d'influence, du XIe au XVIIIe (notamment le mot "stop", à l'origine un mot français). > > Dans un autre ordre d'idées, pouvons-nous cesser d'utiliser le terme "anglo-saxon"? Il est ridicule: c'est un terme qui se réfère au groupe culturel en Angleterre entre les Ve et XIVe siècles, et ceci est tiré un peu par les cheveux; on pourrait même dire qu'un anglo-saxon a cessé d'être autour du XIIIe. Le terme "Anglo-saxon" ni la diversité culturelle des régions qu'elle suppose désigner - soit la Grande-bretagne, les États-Unis, le Canada et les autres groupes du Commonwealth. Quand on pense qu'il y a des musicologues anglophones d'ethnicité asiatique, africaine, hispanique, afro-américaine, amérindienne, etc. il ne convient pas de les grouper tous sous l'égide d' "anglo-saxons" puisque que ces groupes n'ont rien à faire avec l'invasion saxonne de l'angleterre au Ve. Le terme "anglophone" suffit; anglo-brittanique, anglo-américain, anglo-canadien si vous avez de besoin de plus de spécificité. > > Bien à vous tous et toutes, > > Evan Ware > Compositeur > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Mon Dec 11 12:38:55 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Mon, 11 Dec 2006 12:38:55 -0200 Subject: [ANPPOM-L] para curtir References: Message-ID: <457D6D78.25332249@unb.br> Querido Silvio: Quê que é isso? Não confunda "passo massacrante" com "picaretagem"!!! Lamento você estar ajudando a divulgar essa coisa, dessa tal "universidade anhembi-morumbi". O texto fala em um curso 'superior' de CURTA DURAÇÃO, que promete: "você será capaz de conjugar o domínio do instrumental tecnológico com o conhecimento musical necessário para essa atividade, sabendo ler música, com uma perpepção auditiva consciente para cumprir suas funções adequadamente." O mais engraçado, na propaganda desse curso superior de curta duração, é que eles destacam com negrito as expressões: "ler música" e percepção auditiva". Abraço, Jorge Antunes silvio wrote: > Enqto discutimos feito tontos se somos performers ou interpretesOutras áreas dão o passo q vai simplesmente nos massacrarabraços e condolênciassilvio ATENÇÃO - PROCESSO SELETIVO EM 16/12 - Inscriçoes abertas CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA - CURTA DURAÇÃO - PRODUÇÃO MUSICAL > rt=1.1.2 > rt=1.1.3 > rt=1.1.4 > rt=1.1.5 > rt=1.1.6 > rt=1.1.7 > > > > ppom-l ________________________________________________ --===============0162646361==-- r4+tRGOZ ZdR17T46Unmr4G14nznA8ojlOOe9s8IBmrTANkaD4O6Egj5CousmG1oepYtTE8m+OE7z lXO+PcZawZGZzrMg3R1YRvlLfDdpqAB7SUtsmTW9Sw6b352zwje1nHu7fE81dZSa6WnZ lO2FtlrWte4+DQ5rnDU+1TOOYa2l65gzXcu22Z8Lb8q5lh+MQ15sn5uyy5zI/KYHnVoB OupHrUW2zLb1vUMemiJvrt8DQDvLxN+Vjx9dlmwZZGwsnjjbsLnHaNAXBxGvsVvpTRof 8gwTkiyOaazStG9q82wtnk83G4xL+8YNxfqwCP3Whx0dr6j6lXlmlW7Z1HHdnnDFeeP8 F/lHKcXxrHsvZHzPIklELfKbvduc1zh0JHTRpUW21ZNZrbNPZzX1pWmxiZrnuCw+HoZa 2JvsuRDXV9jAXaOZvG4EjTopiyZmjFqOp4sWO3JdXlv3elorfe3h0FvyGNs2IxoHWImN 2fNuc1x0+RWjFLRyfkWntupHNPjoy8v3e4bj4oHsnfedYYJGx1mhxa0/n7i0NP8AV8VE Y5llz9d0+OImJ5q+D1tjxLn2A5R5jMe98dmEbpK0wDX7ddNw0LgRr6iousmGxoep4tTW LN8cJQXupYgrdxuNWbDxHBCIJJZHeDWNskuJ+QLJj92XE61fFusxTOyIp8zejvfw37b5 G215O7b9q8sbP0tu7fp/ZVfpS3v+R6fmp7VPDTtKcCSjkMcZGubYpWoidzTq18b2+gj1 grHudqtuSyu+26P0QjtXX4QHZGXjbbRkBayxJb01DTqWsZp006fKsmSvFxei26b2pw83 j5nQFjd4QEBAQEBAQEBAQEBAQEBAQeqUuJ9xfvnkPofqGLzjr3fL/h+WHI1X3J7cEbXH a6mT4VMC2rAg+livXJd94oQICAgICAgICAgICAgICAgIPnv+ajt/NZq1ua4+MvfTaKuV YwdfJLiYpjp+Y520/KFMS0Nbir7TnPaDnfFeOwTjKWRFbtOHmPLHu0Y34WgtB6elXq0c ccszsdYHePtoGbnZdmoGu0RTan2D3EZ/qWuE8g5razWVt3XEtFmQuaz81ngxnzN0WSJh yMsXXXTMs/A8ofHVFaV+vl/syfzfV8yTFS3LyRSWHnMzJkZ2t1Pkw6hg9ZPiVa2KMeXJ NyUdqeZ0uPZWeDJSeVi7rP1kmhcGSx9WO0aCeo1aVF0M2jzxZNJ3S6fY7q8AbGdmTa4+ j9VL/wDQsdJdGdTj8Li/MZMfn+VCfBHzpb7g0xNa4ay+G/QgejqVeNjn5aX3+zxfVvbX h8XE+I0sUB/mA3zbbvSZX9Xa/J4LBdNZfRaXD9OyI4of3/8A9Hhv8Sf+6xZcPF87+Ue7 Z5Z9SU57iPH4uBXKcdKJrK1F8kUgY3eJIoy8P3aa7i4dSqRdNXT1OhxRpbrYtjZZ6IRj sbg8XNhL2QnrRz2XWDAHyND9rGsa7Qa66al3VXyztc38b01k47r5iJu5qfoxMPVgxHfG anRYIaszX6xM6NAkriUgAejeNdEnbYxaeyMXU5tt2Wz67a+lRxChV5T3Ozd/KsFmOk6Q wQSDcz3JPKiBaehDWjw9am6aWxRGgxW6nW5Lsm2La0jz0hte8/FsSzj7MzVrx1rtWVjH SRNDN8bzt0O3TUh2hBVcV01o2vyDRY4xfUtiIutmNzQdy8jPkuBcUu2DunmaTK4/lOEY aXfORqrWRSZaHWMs5NLhunfP9HUsJxHjtHGUYosfXL67Y3smMbTJ5jQD5m8jdu3dVim6 X02n0OGyy2ItjZTbTbXwuf4H/nPJ/oy/VtWSfccHTf7nf5/RDb99vuhW/wB9H9VKq4t7 b/Je7x/OPRKO9zv+OeKfoQ/9OFfH70tDrHc8Pm+VOZuH8fZwN9AUodraJcJdjd/miLd5 m7Tdu3dVj5pq7V2gxRpeTlj3P1pvRHsXg8ZYx+RyNmvHPYEzYI3SND9rAwOO3XXTcXdV fLLk/jemsusuvmIma0W4qVfEd8ooKDGwV7DS50LBtYPMrkuAA9G4bkrWxWMcYupxFmyJ 9dr3uxTgu9w+OU7Dd1ewIIpWg6asfZLXDUewpjn2ZT1uyL9XitndNI/9k05jxDj8/EL9 aOjBB9lrSS1Xxxta6N8TC5uhA19Gh9apbdNXZ1+gxXae62LYjltmY2bqNR2XvS2OESQy EkVLEsUevoYWtk0/C8qcsbWp+PZJu00xP7ZmPW1XYb9nm/8AFi/E5WzcGr+M7snlh1hY X1IgICAgICAgICAgICAgICAg9UpcT7i/fPIfQ/UMXnHXu+X/AA/LDkar7k9uCNrjtdTJ 8KmBbVgQfSxXrku+8UIEBAQEBAQEBAQEBAQEBAQEFm7Sq3qc9O3E2erZY6KeF41a9jxt c0j1EFCYrFJfFfezstkuE5V9ukx9jjlp5dUtAE+SSdfJl016j0H8rx9YFt7l5Mc45/7X LYrD4nbZB09BSqt2OJ2w2VaZrtNrvmVolp32TDYwPkBBB6+tXiWrfEMuMnTqdFeGG5W6 eNo8dSlVYsmVpnnWp2RQsdJI86MjYNXOPsUTLLbZR9K9jezz8Q2PkedjH7wkaDTruH7N p6h3X/t6fUsV9ztaHR09u7zO1rG6rk3f/wD0eF/xJ/7rFmwvlfyj3bPLPqdB5H90Mp// AD5/qHLFbvd/V93v/hPoQ/sR91Lf+9f9VGsmXe5H419i7+Xqhqh/z6f0f/01P7Gt/wDV 7f8AQxsucn2857azbarrOEyheXlvQfrXb3M3eDXtf1GviFMe1FGLPz6DVTlpXHf6/XVj ct5pe7gPq8f49QmbC6RskzpdNSR0BftLmsY3UkklLbeXbLHruoXa+mLDbNK7a9tkMzvF i4sVxXjmNjO5lQuiDvzi2NoLvnPVRjmsyzdfwxiwYrI/bs/R16p/pYf0G/iCwvrLPdhx 7lst7hnc7+JXVnT426NS5vQHdGGSMDvAPBG4ArPb7VtHyOuuu0et+tStl39KT52r7k9w 4+VY2Cvjqc8OOrzB89iYAaylrgxnulzR7u4+PVTZZRrdX6rGpsiLLZiyJ2zPh4Nl3O/4 54n/AIcP/TBRZ70tnrHc8Pkj5XU7P3Wl/wBi76lYeL6e/wCxP8PUg3YT7u5H/ef+0xZM u9xPxn7N38vVDDyf/PFH9Bn/AE7lMe4w5v8AdLe37ZYneKzZq86wNmrH51qCOKSCHQne 9lhxa3QdTqRopx7pYuv33W6rHdbFboiKf+S9n+81fJYKxi6ONsR5a5G6s9jtpawvG1+3 T33HTUD3QojFSV9V+QRkxTZbbd9S7YmHbXjdnAcPZXtt8u5YL7NiM+LC8ANafaGtGvtV L7qy63SNJdg09LvenbKLdhf2ea/xYvxOV8vBzPxndk8sOsLC+pEBAQEBAQEBAQEBAQEB AQEHqlLifcX755D6H6hi84693y/4flhyNV9ye3BG1x2upk+FTAtqwIPpZeuO+KAQEBAQ EBAQEBAQEBAQEBAQEGNkMdRyVKajfgZap2Glk0ErQ5jmn0EFFbrYmKTufOncf+VLzJJb /DJm7HEuOKsO009kUh6H5HafKVasS5+TS3W7bNseD/P+rg+d7e8w4/YMOTxdmq8HpuY7 Q+1p06j5FPK1rslNl0U8rWsjyEZ0dHI35WuH4wm1ju5Z8DPrU8rOQI680mvqa4/iCttY LotTviXZbnfInNcym6tVd4zy9G6fh0/pStF8envv92H0T267Hcc4oGWrIF/KaDWV41Y0 +wEdfwAexUm51NPobbNt22XS1VviCl8c ·*Ï ·ù‰ > Copyright © 2003. 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> ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001 14.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 18964 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image002 2.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 22414 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image003 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 29211 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image004 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 26541 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image005 2.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 40979 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image006 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 12460 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image007 1.gif Tipo: image/gif Tamanho: 143 bytes Descrição: não disponível URL: From antunes em unb.br Mon Dec 11 17:42:16 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Mon, 11 Dec 2006 17:42:16 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Rememorando um MUSICO no dia da morte de Pinochet Message-ID: <457DB496.B2F358B1@unb.br> Colegas musicistas: Morreu o General Augusto Pinochet. O fim dessa figura merece, sobretudo para as novas gerações, a evocação do contra-exemplo que deu, pautada que foi sua vida pela violência autoritária e pela corrupção. Há uma coincidência histórica: no dia em que a humanidade celebra o 58º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, seu maior violador vivo deixa de existir. A História reservará ao ditador Pinochet algo mais que o esquecimento: o lugar desonroso que cabe aos truculentos, aos torturadores, aos traidores, num plano oposto aos que seu regime fascista destruiu, entre os quais o músico VICTOR JARA. Pinochet deu o golpe truculento em 11 de setembro de 1973. Nesse dia o estádio de futebol de Santiago foi usado como campo de concentração para a prisão de milhares de chilenos. Entre eles estava um jovem compositor de música popular, líder do movimento chamado Nueva-Canción. Esse é o mesmo movimento que em Cuba recebeu o nome de Nueva-Trova e que no Brasil foi chamado Música de Protesto. Na América Latina, participando daquele movimento estético e político, se destacavam jovens músicos na faixa dos 20 anos de idade: Silvio Rodriguez, Pablo Milanez, Chico Buarque, Carlos Varella, Benjamin Acevedo e aquele jovem prisioneiro de Pinochet: Victor Jara. No estádio de futebol, Victor estava com seu violão. Para confortar os compatriotas prisioneiros no campo-de-futebol-concentração, ele começou a tocar seu instrumento. Os militares mandaram ele parar de tocar. Ele não parava. Agarraram-no e o arrastaram para um canto. Executaram cruelmente o único recurso que não mais lhe permitiria tocar violão: com um facão cortaram as duas mãos de Victor. Seus gritos ecoaram no estádio. Mas, teimosa e bravamente, Victor misturava seus gritos a cantos melancólicos com alguns versos fortes e de protesto de suas canções. Aqueles trechos musicais lancinantes de conhecidas melodias da Nueva-Canción, que haviam embalado a campanha presidencial de Salvador Allende, precisavam ser calados pelos milicos. Um tiro na cabeça do Victor Jara sem mãos, sangue aos borbotões saindo de pulsos dilacerados, acabou com uma das maiores promessas da música latinoamericana. Pela memória do músico Victor Jara, assassinado em 11 de setembro de 1973. Abraço a tod em s, Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Tue Dec 12 12:04:44 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 12 Dec 2006 12:04:44 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Re: DEFASAGEM References: <457D6D78.25332249@unb.br> <01f101c71de9$e4984b80$0501a8c0@farlleyjorgeder> Message-ID: <457EB6FA.79974142@unb.br> Caro Farlley: Acho importante que nós, esclarecidos, não caiamos na tentação de olhar apenas as superfícies, sem uso da perspicácia e sensibilidade política. Está em curso, no mundo, carregado pela ideologia do neoliberalismo, um processo de dominação capitaneado pelos USA, pelo Banco Mundial, pelo BIRD e pelo FMI. O objetivo é o seguinte: as grandes potências terão o monopólio da pesquisa, produzindo saberes, para que países subdesenvolvidos ou "em desenvolvimento" sejam apenas mercado, com cidadãos consumidores. O sucateamento das Universidades públicas faz parte dessa estratégia. A escassez cada vez maior de verbas para pesquisa, também. A banalização do processo cultural, também. A mediocrização generalizada, também. O astronauta brasileiro, que fez turismo espacial, fez parte desse processo: não existe verba para a pesquisa espacial brasileira, mas houve dinheiro para o passeio sideral. Onde você vê arrogância existe, no âmago, a visão crítica desse processo, que deve ser denunciado e combatido. O governo ao invés de injetar verbas nas Universidade Federais, prefere isentar, de impostos, os empresários da educação, em troca de bolsas de estudo. A educação como mercadoria é a meta. Esse é o Prouni. Isso faz parte da estratégia dos donos do planeta Terra, de que falei acima, com objetivos claros: precarizar o ensino, formar robôs-humanos consumidores, lavar cérebros jovens que têm tendência à inquietação, à busca e ao questionamento, desenvolver na juventude habilidades específicas. Para essa gente, é importante formar gente capaz de "fazer" e "operar". Intelectos questionadores são perigosos. Para os donos do poder é perigoso inventar, perguntar, questionar, criar, pesquisar, inovar, ... A iniciativa privada inventa, no mesmo processo, cursos de curta duração para construir operários das novas tecnologias importadas das grandes potências. Abraço, Jorge Antunes Farlley wrote: > Bom dia a todos, gostaria de oferecer uma visão ao que se vem falando nesta plenária sobre "performance", "performer", "intérprete", "interpretação". Meu nome é Farlley Derze. Derze é sobre nome de família, meu avô era mulçumano, libanês, eu não tenho vínculo algum com nenhuma ideologia "religiosa salvadora"; o nome Farlley é apenas porque minha mãe tinha como fã o ator Farlley Granger, ela tinha 19 anos na época, nasceu e cresceu em Xapuri-AC. Nomes são heranças ou invenções, quando os inventamos para outras finalidades. Mas tudo isso para informar aos amigos que não se trata de um estrangeiro falando, sou brasileiro, como seria libanês, iraniano, grego, argelino, embora ter nascido em determinado lugar parece ser o critério sumário para aplicar um valor, melhor ou pior, a outro povo, suas tradições, suas crenças. Toco piano desde os 7, tenho 44. Quando eu comecei a tocar piano (desculpem a falta de rigor acadêmico ao tentar me comunicar) lembro apenas de no início perceber uma coincidência que aos poucos foi se cristalizando: cada vez que eu apertava na mesma tecla, saía o mesmo som, e aquele som tinha na partitura o mesmo desenho. Já não se pode dizer o mesmo com a evolução dos sintetizadores (instrumentos que abracei nos anos 80, sem abandonar o piano), pois há certos timbres que quando se aperta a mesma tecla, digamos, 12 vezes, cada ocorrência produz uma alteração do timbre, e fica aqui a minha dúvida como é que se poderia grafar aqueles sons. Se se estiver considerando os sintetizadores como "tecnologia de audio", de qual tipo o "ler música" se estaria falando? Vou correr o risco de acreditar que as palavras de Jorge Antunes "picaretagem" se refira a um exemplo similar ao que tentei expor relacionado ao "ler música". E enquanto eu crescia tocando piano, lidando com tantas coincidências entre gestos, teclas e símbolos, sequer imaginava que poderia estar atuando como "intérprete" ou fazendo uma performance. Eu apenas acreditava no que meus pais diziam, "o Farlley já está tocando a Valsinha da vovó". Meus pais não são acadêmicos, sequer possuem curso superior, seja de longa ou curta duração, eram apenas pais orgulhosos por ter um filho fazendo algo diferente do que faziam em Xapuri na década de 50, ou simplesmente, porque se podia chamar de música aquilo que ouviam. Mais tarde fui parar dentro da Faculdade de Música e lá dentro conhecer inúmeras terminologias. Na época eu já tinha composto algumas músicas, mas ao me deparar com o CURSO BACHARELADO, CURSO DE COMPOSIÇÃO, fiquei até com medo de mostrar minhas composições pois eu não havia feito um Curso Superior, de COMPOSIÇÃO. Eu tinha 23 anos.Hoje percebi que não há correspondência entre MÚSICA ou SONS e as palavras que pretendem "dizer" sobre tais eventos. Há, a meu ver, uma arrogância. A arrogância das palavras ou a arrogância dos "saberes" ou a arrogância dos "diplomas" para validar uma ação que em sua infância era apenas "som" ou "música". Entendi que as palavras do Silvio "Enqto discutimos feito tontos se somos performers ou interpretes" possa ser um resultado da defasagem entre "o fato" e "o que se diz sobre o fato" , cuja incomprrensão não justificaria invalidar ou ridicularizar a discussão daqueles que tentam chegar a um entendimento sobre os nomes que herdaram de seus avós. A prole linguística, e suas variações "morfogenéticosemânticas" já batizaram o "apertar de algumas teclas", fazendo circular terminologias como "percepção auditiva", "ler música", etc. Ou ainda, fazendo circular saberes de uns na contramão de saberes de outros. Parece que se lida com a prática alheia como se o outro fizesse parte do "ranking" de onde se está situado. Seria então outra defasagem, a meu ver: validar o trabalho do outro a partir dos valores cultivados no âmbito do seu. Possivelmente o Curso de Curta Duração esteja adequado às exatas teclas que pretendem apertar no teclado do mercado, diferentemente de um Curso Superior de Longa Duração que pretendem apertar outras teclas, ou até as mesmas, mas em outra tonalidade e com outra finalidade. Estou tentando ser prudente e não cair na armadilha de julgar um Curso do qual não faço parte, onde se lida, possivelmente, com outros saberes, embora se façam circular as terminologias batizadas e outorgadas pelo meio acadêmico como "percepção auditiva" (talvez meus pais não tivessem a percepção auditiva quando ouviam a Valsinha da vovó) e outras terminologias herdadas de um "mundo sabido anterior e superior pós-atlântico", de modo que o Silvio parece ter detectado a dificuldade do nosso meio acadêmico em lidar com a transição dos significados dos termos, tanto quanto Jorge Antunes parece haver detectado a dificuldade em se aceitar uma tal "universidade anhembi-morumbi", como talvez seja difícil a Sorbonne aceitar uma tal "universidade federal brasileira", tanto quanto os sacerdotes cristãos da Idade Média em aceitar uns tais Galileus e Galileis quando se inventou algo diferente do "saber hegemônico". Enfim, de defasagem em defasagem, de arrogância em arrogância, uns querem validar outros a partir de "seus" próprios valores (aposto que herdaram dos avós), instituições pretendem validar instituições à distância. Assim, entre a interpretação e a performance, entre os altares das tradições e os tombos da modernidade, paira a Santa Virgem da Defasagem Semântica entre o mundo que se escolheu e o mundo que se estica fora de si, entre a tecla do piano e a tecla do sintetizador, entre o nome que você escolhe para o seu filho ou aquele que precisa perpetuar por causa do avô. Nomes são heranças ou invenções, quando os inventamos para outras finalidades. O mesmo deve valer para as idéias. Farlley Derze ----- Original Message ----- > > From: Jorge Antunes > To: silvio ; anppom-l em iar.unicamp.br > Sent: Monday, December 11, 2006 12:38 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] para curtir > Querido Silvio: > > Quê que é isso? > Não confunda "passo massacrante" com "picaretagem"!!! > Lamento você estar ajudando a divulgar essa coisa, dessa tal "universidade anhembi-morumbi". > O texto fala em um curso 'superior' de CURTA DURAÇÃO, que promete: > "você será capaz de conjugar o domínio do instrumental tecnológico com o conhecimento musical necessário para essa atividade, sabendo ler música, com uma perpepção auditiva consciente para cumprir suas funções adequadamente." > O mais engraçado, na propaganda desse curso superior de curta duração, é que eles destacam com negrito as expressões: "ler música" e percepção auditiva". > Abraço, > Jorge Antunes > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From liliarosa em iar.unicamp.br Tue Dec 12 12:08:15 2006 From: liliarosa em iar.unicamp.br (Lilia de Oliveira Rosa) Date: Tue, 12 Dec 2006 12:08:15 -0200 Subject: [ANPPOM-L] para curtir In-Reply-To: <457D6D78.25332249@unb.br> References: <457D6D78.25332249@unb.br> Message-ID: <1165932495.457eb7cf71687@webmail.iar.unicamp.br> Caros Sílvio e Antunes, desculpem-me entrar aí no meio do assunto...na verdade, o curso é de tecnólogo...como se fosse de extensão, não tem validade como "superior", caso se queira fazer um mestrado por exemplo...bom, seja lá como for, 2 anos realmente não dá p "ler música" e ter "percepção auditiva" (e tudo isto: "consciente"), enfim, é mais uma tentativa no mercado (pode vingar ou não, vai depender dos profissionais e dos alunos). penso que a questão do performer/intérprete, é outra diferente. abraços, Lilia Rosa Citando Jorge Antunes : > Querido Silvio: > > Quê que é isso? > Não confunda "passo massacrante" com "picaretagem"!!! > Lamento você estar ajudando a divulgar essa coisa, dessa tal "universidade > anhembi-morumbi". > O texto fala em um curso 'superior' de CURTA DURAÇÃO, que promete: > "você será capaz de conjugar o domínio do instrumental tecnológico com o > conhecimento musical necessário para essa atividade, sabendo ler música, com > uma perpepção auditiva consciente para cumprir suas funções adequadamente." > O mais engraçado, na propaganda desse curso superior de curta duração, é que > eles destacam com negrito as expressões: "ler música" e percepção auditiva". > Abraço, > Jorge Antunes > > > > silvio wrote: > > > Enqto discutimos feito tontos se somos performers ou interpretesOutras > áreas dão o passo q vai simplesmente nos massacrarabraços e > condolênciassilvio ATENÇÃO - PROCESSO SELETIVO EM 16/12 - Inscriçoes > abertas CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA - CURTA DURAÇÃO - PRODUÇÃO MUSICAL > > > > rt=1.1.2 > > > > rt=1.1.3 > > > > rt=1.1.4 > > > > rt=1.1.5 > > > > rt=1.1.6 > > > > rt=1.1.7 > > > > > > > > > > ppom-l > ________________________________________________ > --===============0162646361==-- > r4+tRGOZ > ZdR17T46Unmr4G14nznA8ojlOOe9s8IBmrTANkaD4O6Egj5CousmG1oepYtTE8m+OE7z > lXO+PcZawZGZzrMg3R1YRvlLfDdpqAB7SUtsmTW9Sw6b352zwje1nHu7fE81dZSa6WnZ > lO2FtlrWte4+DQ5rnDU+1TOOYa2l65gzXcu22Z8Lb8q5lh+MQ15sn5uyy5zI/KYHnVoB > OupHrUW2zLb1vUMemiJvrt8DQDvLxN+Vjx9dlmwZZGwsnjjbsLnHaNAXBxGvsVvpTRof > 8gwTkiyOaazStG9q82wtnk83G4xL+8YNxfqwCP3Whx0dr6j6lXlmlW7Z1HHdnnDFeeP8 > F/lHKcXxrHsvZHzPIklELfKbvduc1zh0JHTRpUW21ZNZrbNPZzX1pWmxiZrnuCw+HoZa > 2JvsuRDXV9jAXaOZvG4EjTopiyZmjFqOp4sWO3JdXlv3elorfe3h0FvyGNs2IxoHWImN > 2fNuc1x0+RWjFLRyfkWntupHNPjoy8v3e4bj4oHsnfedYYJGx1mhxa0/n7i0NP8AV8VE > Y5llz9d0+OImJ5q+D1tjxLn2A5R5jMe98dmEbpK0wDX7ddNw0LgRr6iousmGxoep4tTW > LN8cJQXupYgrdxuNWbDxHBCIJJZHeDWNskuJ+QLJj92XE61fFusxTOyIp8zejvfw37b5 > G215O7b9q8sbP0tu7fp/ZVfpS3v+R6fmp7VPDTtKcCSjkMcZGubYpWoidzTq18b2+gj1 > grHudqtuSyu+26P0QjtXX4QHZGXjbbRkBayxJb01DTqWsZp006fKsmSvFxei26b2pw83 > j5nQFjd4QEBAQEBAQEBAQEBAQEBAQeqUuJ9xfvnkPofqGLzjr3fL/h+WHI1X3J7cEbXH > a6mT4VMC2rAg+livXJd94oQICAgICAgICAgICAgICAgIPnv+ajt/NZq1ua4+MvfTaKuV > YwdfJLiYpjp+Y520/KFMS0Nbir7TnPaDnfFeOwTjKWRFbtOHmPLHu0Y34WgtB6elXq0c > ccszsdYHePtoGbnZdmoGu0RTan2D3EZ/qWuE8g5razWVt3XEtFmQuaz81ngxnzN0WSJh > yMsXXXTMs/A8ofHVFaV+vl/syfzfV8yTFS3LyRSWHnMzJkZ2t1Pkw6hg9ZPiVa2KMeXJ > NyUdqeZ0uPZWeDJSeVi7rP1kmhcGSx9WO0aCeo1aVF0M2jzxZNJ3S6fY7q8AbGdmTa4+ > j9VL/wDQsdJdGdTj8Li/MZMfn+VCfBHzpb7g0xNa4ay+G/QgejqVeNjn5aX3+zxfVvbX > h8XE+I0sUB/mA3zbbvSZX9Xa/J4LBdNZfRaXD9OyI4of3/8A9Hhv8Sf+6xZcPF87+Ue7 > Z5Z9SU57iPH4uBXKcdKJrK1F8kUgY3eJIoy8P3aa7i4dSqRdNXT1OhxRpbrYtjZZ6IRj > sbg8XNhL2QnrRz2XWDAHyND9rGsa7Qa66al3VXyztc38b01k47r5iJu5qfoxMPVgxHfG > anRYIaszX6xM6NAkriUgAejeNdEnbYxaeyMXU5tt2Wz67a+lRxChV5T3Ozd/KsFmOk6Q > wQSDcz3JPKiBaehDWjw9am6aWxRGgxW6nW5Lsm2La0jz0hte8/FsSzj7MzVrx1rtWVjH > SRNDN8bzt0O3TUh2hBVcV01o2vyDRY4xfUtiIutmNzQdy8jPkuBcUu2DunmaTK4/lOEY > aXfORqrWRSZaHWMs5NLhunfP9HUsJxHjtHGUYosfXL67Y3smMbTJ5jQD5m8jdu3dVim6 > X02n0OGyy2ItjZTbTbXwuf4H/nPJ/oy/VtWSfccHTf7nf5/RDb99vuhW/wB9H9VKq4t7 > b/Je7x/OPRKO9zv+OeKfoQ/9OFfH70tDrHc8Pm+VOZuH8fZwN9AUodraJcJdjd/miLd5 > m7Tdu3dVj5pq7V2gxRpeTlj3P1pvRHsXg8ZYx+RyNmvHPYEzYI3SND9rAwOO3XXTcXdV > fLLk/jemsusuvmIma0W4qVfEd8ooKDGwV7DS50LBtYPMrkuAA9G4bkrWxWMcYupxFmyJ > 9dr3uxTgu9w+OU7Dd1ewIIpWg6asfZLXDUewpjn2ZT1uyL9XitndNI/9k05jxDj8/EL9 > aOjBB9lrSS1Xxxta6N8TC5uhA19Gh9apbdNXZ1+gxXae62LYjltmY2bqNR2XvS2OESQy > EkVLEsUevoYWtk0/C8qcsbWp+PZJu00xP7ZmPW1XYb9nm/8AFi/E5WzcGr+M7snlh1hY > X1IgICAgICAgICAgICAgICAg9UpcT7i/fPIfQ/UMXnHXu+X/AA/LDkar7k9uCNrjtdTJ > 8KmBbVgQfSxXrku+8UIEBAQEBAQEBAQEBAQEBAQEFm7Sq3qc9O3E2erZY6KeF41a9jxt > c0j1EFCYrFJfFfezstkuE5V9ukx9jjlp5dUtAE+SSdfJl016j0H8rx9YFt7l5Mc45/7X > LYrD4nbZB09BSqt2OJ2w2VaZrtNrvmVolp32TDYwPkBBB6+tXiWrfEMuMnTqdFeGG5W6 > eNo8dSlVYsmVpnnWp2RQsdJI86MjYNXOPsUTLLbZR9K9jezz8Q2PkedjH7wkaDTruH7N > p6h3X/t6fUsV9ztaHR09u7zO1rG6rk3f/wD0eF/xJ/7rFmwvlfyj3bPLPqdB5H90Mp// > AD5/qHLFbvd/V93v/hPoQ/sR91Lf+9f9VGsmXe5H419i7+Xqhqh/z6f0f/01P7Gt/wDV > 7f8AQxsucn2857azbarrOEyheXlvQfrXb3M3eDXtf1GviFMe1FGLPz6DVTlpXHf6/XVj > ct5pe7gPq8f49QmbC6RskzpdNSR0BftLmsY3UkklLbeXbLHruoXa+mLDbNK7a9tkMzvF > i4sVxXjmNjO5lQuiDvzi2NoLvnPVRjmsyzdfwxiwYrI/bs/R16p/pYf0G/iCwvrLPdhx > 7lst7hnc7+JXVnT426NS5vQHdGGSMDvAPBG4ArPb7VtHyOuuu0et+tStl39KT52r7k9w > 4+VY2Cvjqc8OOrzB89iYAaylrgxnulzR7u4+PVTZZRrdX6rGpsiLLZiyJ2zPh4Nl3O/4 > 54n/AIcP/TBRZ70tnrHc8Pkj5XU7P3Wl/wBi76lYeL6e/wCxP8PUg3YT7u5H/ef+0xZM > u9xPxn7N38vVDDyf/PFH9Bn/AE7lMe4w5v8AdLe37ZYneKzZq86wNmrH51qCOKSCHQne > 9lhxa3QdTqRopx7pYuv33W6rHdbFboiKf+S9n+81fJYKxi6ONsR5a5G6s9jtpawvG1+3 > T33HTUD3QojFSV9V+QRkxTZbbd9S7YmHbXjdnAcPZXtt8u5YL7NiM+LC8ANafaGtGvtV > L7qy63SNJdg09LvenbKLdhf2ea/xYvxOV8vBzPxndk8sOsLC+pEBAQEBAQEBAQEBAQEB > AQEHqlLifcX755D6H6hi84693y/4flhyNV9ye3BG1x2upk+FTAtqwIPpZeuO+KAQEBAQ > EBAQEBAQEBAQEBAQEGNkMdRyVKajfgZap2Glk0ErQ5jmn0EFFbrYmKTufOncf+VLzJJb > /DJm7HEuOKsO009kUh6H5HafKVasS5+TS3W7bNseD/P+rg+d7e8w4/YMOTxdmq8HpuY7 > Q+1p06j5FPK1rslNl0U8rWsjyEZ0dHI35WuH4wm1ju5Z8DPrU8rOQI680mvqa4/iCttY > LotTviXZbnfInNcym6tVd4zy9G6fh0/pStF8envv92H0T267Hcc4oGWrIF/KaDWV41Y0 > +wEdfwAexUm51NPobbNt22XS1VviCl8c ·*Ï ·ù‰ > > Copyright © 2003. 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From farlley em pianobrasileiro.com Tue Dec 12 10:34:37 2006 From: farlley em pianobrasileiro.com (Farlley) Date: Tue, 12 Dec 2006 10:34:37 -0200 Subject: [ANPPOM-L] DEFASAGEM References: <457D6D78.25332249@unb.br> Message-ID: <01f101c71de9$e4984b80$0501a8c0@farlleyjorgeder> Bom dia a todos, gostaria de oferecer uma visão ao que se vem falando nesta plenária sobre "performance", "performer", "intérprete", "interpretação". Meu nome é Farlley Derze. Derze é sobre nome de família, meu avô era mulçumano, libanês, eu não tenho vínculo algum com nenhuma ideologia "religiosa salvadora"; o nome Farlley é apenas porque minha mãe tinha como fã o ator Farlley Granger, ela tinha 19 anos na época, nasceu e cresceu em Xapuri-AC. Nomes são heranças ou invenções, quando os inventamos para outras finalidades. Mas tudo isso para informar aos amigos que não se trata de um estrangeiro falando, sou brasileiro, como seria libanês, iraniano, grego, argelino, embora ter nascido em determinado lugar parece ser o critério sumário para aplicar um valor, melhor ou pior, a outro povo, suas tradições, suas crenças. Toco piano desde os 7, tenho 44. Quando eu comecei a tocar piano (desculpem a falta de rigor acadêmico ao tentar me comunicar) lembro apenas de no início perceber uma coincidência que aos poucos foi se cristalizando: cada vez que eu apertava na mesma tecla, saía o mesmo som, e aquele som tinha na partitura o mesmo desenho. Já não se pode dizer o mesmo com a evolução dos sintetizadores (instrumentos que abracei nos anos 80, sem abandonar o piano), pois há certos timbres que quando se aperta a mesma tecla, digamos, 12 vezes, cada ocorrência produz uma alteração do timbre, e fica aqui a minha dúvida como é que se poderia grafar aqueles sons. Se se estiver considerando os sintetizadores como "tecnologia de audio", de qual tipo o "ler música" se estaria falando? Vou correr o risco de acreditar que as palavras de Jorge Antunes "picaretagem" se refira a um exemplo similar ao que tentei expor relacionado ao "ler música". E enquanto eu crescia tocando piano, lidando com tantas coincidências entre gestos, teclas e símbolos, sequer imaginava que poderia estar atuando como "intérprete" ou fazendo uma performance. Eu apenas acreditava no que meus pais diziam, "o Farlley já está tocando a Valsinha da vovó". Meus pais não são acadêmicos, sequer possuem curso superior, seja de longa ou curta duração, eram apenas pais orgulhosos por ter um filho fazendo algo diferente do que faziam em Xapuri na década de 50, ou simplesmente, porque se podia chamar de música aquilo que ouviam. Mais tarde fui parar dentro da Faculdade de Música e lá dentro conhecer inúmeras terminologias. Na época eu já tinha composto algumas músicas, mas ao me deparar com o CURSO BACHARELADO, CURSO DE COMPOSIÇÃO, fiquei até com medo de mostrar minhas composições pois eu não havia feito um Curso Superior, de COMPOSIÇÃO. Eu tinha 23 anos. Hoje percebi que não há correspondência entre MÚSICA ou SONS e as palavras que pretendem "dizer" sobre tais eventos. Há, a meu ver, uma arrogância. A arrogância das palavras ou a arrogância dos "saberes" ou a arrogância dos "diplomas" para validar uma ação que em sua infância era apenas "som" ou "música". Entendi que as palavras do Silvio "Enqto discutimos feito tontos se somos performers ou interpretes" possa ser um resultado da defasagem entre "o fato" e "o que se diz sobre o fato" , cuja incomprrensão não justificaria invalidar ou ridicularizar a discussão daqueles que tentam chegar a um entendimento sobre os nomes que herdaram de seus avós. A prole linguística, e suas variações "morfogenéticosemânticas" já batizaram o "apertar de algumas teclas", fazendo circular terminologias como "percepção auditiva", "ler música", etc. Ou ainda, fazendo circular saberes de uns na contramão de saberes de outros. Parece que se lida com a prática alheia como se o outro fizesse parte do "ranking" de onde se está situado. Seria então outra defasagem, a meu ver: validar o trabalho do outro a partir dos valores cultivados no âmbito do seu. Possivelmente o Curso de Curta Duração esteja adequado às exatas teclas que pretendem apertar no teclado do mercado, diferentemente de um Curso Superior de Longa Duração que pretendem apertar outras teclas, ou até as mesmas, mas em outra tonalidade e com outra finalidade. Estou tentando ser prudente e não cair na armadilha de julgar um Curso do qual não faço parte, onde se lida, possivelmente, com outros saberes, embora se façam circular as terminologias batizadas e outorgadas pelo meio acadêmico como "percepção auditiva" (talvez meus pais não tivessem a percepção auditiva quando ouviam a Valsinha da vovó) e outras terminologias herdadas de um "mundo sabido anterior e superior pós-atlântico", de modo que o Silvio parece ter detectado a dificuldade do nosso meio acadêmico em lidar com a transição dos significados dos termos, tanto quanto Jorge Antunes parece haver detectado a dificuldade em se aceitar uma tal "universidade anhembi-morumbi", como talvez seja difícil a Sorbonne aceitar uma tal "universidade federal brasileira", tanto quanto os sacerdotes cristãos da Idade Média em aceitar uns tais Galileus e Galileis quando se inventou algo diferente do "saber hegemônico". Enfim, de defasagem em defasagem, de arrogância em arrogância, uns querem validar outros a partir de "seus" próprios valores (aposto que herdaram dos avós), instituições pretendem validar instituições à distância. Assim, entre a interpretação e a performance, entre os altares das tradições e os tombos da modernidade, paira a Santa Virgem da Defasagem Semântica entre o mundo que se escolheu e o mundo que se estica fora de si, entre a tecla do piano e a tecla do sintetizador, entre o nome que você escolhe para o seu filho ou aquele que precisa perpetuar por causa do avô. Nomes são heranças ou invenções, quando os inventamos para outras finalidades. O mesmo deve valer para as idéias. Farlley Derze ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: silvio ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Monday, December 11, 2006 12:38 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] para curtir Querido Silvio: Quê que é isso? Não confunda "passo massacrante" com "picaretagem"!!! Lamento você estar ajudando a divulgar essa coisa, dessa tal "universidade anhembi-morumbi". O texto fala em um curso 'superior' de CURTA DURAÇÃO, que promete: "você será capaz de conjugar o domínio do instrumental tecnológico com o conhecimento musical necessário para essa atividade, sabendo ler música, com uma perpepção auditiva consciente para cumprir suas funções adequadamente." O mais engraçado, na propaganda desse curso superior de curta duração, é que eles destacam com negrito as expressões: "ler música" e percepção auditiva". Abraço, Jorge Antunes silvio wrote: Enqto discutimos feito tontos se somos performers ou interpretesOutras áreas dão o passo q vai simplesmente nos massacrarabraços e condolênciassilvio ATENÇÃO - PROCESSO SELETIVO EM 16/12 - Inscriçoes abertas CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA - CURTA DURAÇÃO - PRODUÇÃO MUSICAL Se você não deseja mais receber os comunicados da Anhembi Morumbi, clique aqui. Copyright © 2003. Portal Anhembi Morumbi. 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Nome: image002 2.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 22414 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image003 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 29211 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image004 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 26541 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image005 2.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 40979 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image006 1.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 12460 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image007 1.gif Tipo: image/gif Tamanho: 143 bytes Descrição: não disponível URL: From mvermes em uol.com.br Tue Dec 12 17:09:52 2006 From: mvermes em uol.com.br (Monica Vermes) Date: Tue, 12 Dec 2006 17:09:52 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?consulta_-_E-mail_Beatriz_Magalh=E3es_?= =?iso-8859-1?q?Castro?= In-Reply-To: References: <200612061605.kB6G5FvV064370@iar.unicamp.br> Message-ID: <7.0.1.0.0.20061212170829.01cd51d8@uol.com.br> Olá a todos! Alguém poderia me passar o endereço de e-mail de Beatriz Magalhães Castro? Obrigada! Mónica Vermes mvermes em uol.com.br From sandramontreal em hotmail.com Tue Dec 12 18:23:55 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Tue, 12 Dec 2006 18:23:55 -0200 Subject: [ANPPOM-L] FW: RE: [cercledemusicologie] Groupe courriel:(Citando Jorge Antuines) Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Tue Dec 12 20:42:32 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Tue, 12 Dec 2006 20:42:32 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Re: DEFASAGEM In-Reply-To: <01f101c71de9$e4984b80$0501a8c0@farlleyjorgeder> References: <457D6D78.25332249@unb.br> <01f101c71de9$e4984b80$0501a8c0@farlleyjorgeder> Message-ID: caro farley concordo com vc qual minha preocupação? é simples nossas salas, de música, são mal equipadas, muitas vezes acumulamos muitas horas aulas, bem mais do que nossos colegas da comunicação ou da letras. por que isto? porque somos poucos, temos poucos alunos e aparecemos pouco na universidade. não sou contra o curso de produção sonora, sou contra sim a área de música achar que isto é picaretagem. pois este é o mercado, e seremos irresponsáveis se não notarmo que as coisas se mexem e que a música é uma base interessante e importante para o designer sonoro, para o trilheiro, para toda esta gente que quer cursar universidade, que tem vontade de lidar com música, e que acaba encontrando o que quer longe da música. resultado: os cursos de comuniicaçao crescem, os de música...deverão minguar se continuarem nesta espécie de reacionarismo. aliás, tenho ótimos amigos na anhembi morumbi, e eles tem um espaço gigante na tv cultura em são paulo...apresentado por diversos ex-profs. da usp e da unicamp. silvio >Bom dia a todos, gostaria de oferecer uma visão >ao que se vem falando nesta plenária sobre >"performance", "performer", "intérprete", >"interpretação". Meu nome é Farlley Derze. Derze >é sobre nome de família, meu avô era mulçumano, >libanês, eu não tenho vínculo algum com nenhuma >ideologia "religiosa salvadora"; o nome Farlley >é apenas porque minha mãe tinha como fã o ator >Farlley Granger, ela tinha 19 anos na época, >nasceu e cresceu em Xapuri-AC. Nomes são >heranças ou invenções, quando os inventamos para >outras finalidades. Mas tudo isso para informar >aos amigos que não se trata de um estrangeiro >falando, sou brasileiro, como seria libanês, >iraniano, grego, argelino, embora ter nascido em >determinado lugar parece ser o critério sumário >para aplicar um valor, melhor ou pior, a >outro povo, suas tradições, suas crenças. Toco >piano desde os 7, tenho 44. Quando eu comecei a >tocar piano (desculpem a falta de rigor >acadêmico ao tentar me comunicar) lembro apenas >de no início perceber uma coincidência que aos >poucos foi se cristalizando: cada vez que eu >apertava na mesma tecla, saía o mesmo som, e >aquele som tinha na partitura o mesmo desenho. >Já não se pode dizer o mesmo com a evolução dos >sintetizadores (instrumentos que abracei nos >anos 80, sem abandonar o piano), pois há certos >timbres que quando se aperta a mesma tecla, >digamos, 12 vezes, cada ocorrência produz uma >alteração do timbre, e fica aqui a minha dúvida >como é que se poderia grafar aqueles sons. Se se >estiver considerando os sintetizadores como >"tecnologia de audio", de qual tipo o "ler >música" se estaria falando? Vou correr o risco >de acreditar que as palavras de Jorge Antunes >"picaretagem" se refira a um exemplo similar ao >que tentei expor relacionado ao "ler música". E >enquanto eu crescia tocando piano, lidando com >tantas coincidências entre gestos, teclas e >símbolos, sequer imaginava que poderia estar >atuando como "intérprete" ou fazendo uma >performance. Eu apenas acreditava no que meus >pais diziam, "o Farlley já está tocando a >Valsinha da vovó". Meus pais não são acadêmicos, >sequer possuem curso superior, seja de longa ou >curta duração, eram apenas pais orgulhosos por >ter um filho fazendo algo diferente do que >faziam em Xapuri na década de 50, ou >simplesmente, porque se podia chamar de música >aquilo que ouviam. Mais tarde fui parar dentro >da Faculdade de Música e lá dentro conhecer >inúmeras terminologias. Na época eu já tinha >composto algumas músicas, mas ao me deparar com >o CURSO BACHARELADO, CURSO DE COMPOSIÇÃO, fiquei >até com medo de mostrar minhas composições pois >eu não havia feito um Curso Superior, de >COMPOSIÇÃO. Eu tinha 23 anos. >Hoje percebi que não há correspondência entre >MÚSICA ou SONS e as palavras que pretendem >"dizer" sobre tais eventos. Há, a meu ver, uma >arrogância. A arrogância das palavras ou a >arrogância dos "saberes" ou a arrogância dos >"diplomas" para validar uma ação que em sua >infância era apenas "som" ou "música". Entendi >que as palavras do Silvio "Enqto discutimos >feito tontos se somos performers ou >interpretes" possa ser um resultado da >defasagem entre "o fato" e "o que se diz sobre o >fato" , cuja incomprrensão não justificaria >invalidar ou ridicularizar a discussão daqueles >que tentam chegar a um entendimento sobre os >nomes que herdaram de seus avós. A prole >linguística, e suas variações >"morfogenéticosemânticas" já batizaram >o "apertar de algumas teclas", fazendo circular >terminologias como "percepção auditiva", "ler >música", etc. Ou ainda, fazendo circular saberes >de uns na contramão de saberes de outros. Parece >que se lida com a prática alheia como se o >outro fizesse parte do "ranking" de onde se está >situado. Seria então outra defasagem, a meu ver: >validar o trabalho do outro a partir dos >valores cultivados no âmbito do seu. >Possivelmente o Curso de Curta Duração esteja >adequado às exatas teclas que pretendem apertar >no teclado do mercado, diferentemente de um >Curso Superior de Longa Duração que pretendem >apertar outras teclas, ou até as mesmas, mas em >outra tonalidade e com outra finalidade. Estou >tentando ser prudente e não cair na armadilha de >julgar um Curso do qual não faço parte, onde se >lida, possivelmente, com outros saberes, embora >se façam circular as terminologias batizadas e >outorgadas pelo meio acadêmico como "percepção >auditiva" (talvez meus pais não tivessem a >percepção auditiva quando ouviam a Valsinha da >vovó) e outras terminologias herdadas de um >"mundo sabido anterior e superior >pós-atlântico", de modo que o Silvio parece ter >detectado a dificuldade do nosso meio acadêmico >em lidar com a transição dos significados dos >termos, tanto quanto Jorge Antunes parece haver >detectado a dificuldade em se aceitar uma tal >"universidade anhembi-morumbi", como talvez seja >difícil a Sorbonne aceitar uma tal "universidade >federal brasileira", tanto quanto os sacerdotes >cristãos da Idade Média em aceitar uns tais >Galileus e Galileis quando se inventou algo >diferente do "saber hegemônico". Enfim, de >defasagem em defasagem, de arrogância em >arrogância, uns querem validar outros a partir >de "seus" próprios valores (aposto que herdaram >dos avós), instituições pretendem validar >instituições à distância. Assim, entre a >interpretação e a performance, entre os altares >das tradições e os tombos da modernidade, paira >a Santa Virgem da Defasagem Semântica entre o >mundo que se escolheu e o mundo que se estica >fora de si, entre a tecla do piano e a tecla do >sintetizador, entre o nome que você escolhe para >o seu filho ou aquele que precisa perpetuar por >causa do avô. > >Nomes são heranças ou invenções, quando os >inventamos para outras finalidades. O mesmo deve >valer para as idéias. > >Farlley Derze > > >----- Original Message ----- > >From: Jorge Antunes >To: silvio ; >anppom-l em iar.unicamp.br >Sent: Monday, December 11, 2006 12:38 PM >Subject: Re: [ANPPOM-L] para curtir > >Querido Silvio: > >Quê que é isso? >Não confunda "passo massacrante" com "picaretagem"!!! >Lamento você estar ajudando a divulgar essa >coisa, dessa tal "universidade anhembi-morumbi". >O texto fala em um curso 'superior' de CURTA DURAÇÃO, que promete: >"você será capaz de conjugar o domínio do >instrumental tecnológico com o conhecimento >musical necessário para essa atividade, sabendo >ler música, com uma perpepção auditiva >consciente para cumprir suas funções >adequadamente." >O mais engraçado, na propaganda desse curso >superior de curta duração, é que eles destacam >com negrito as expressões: "ler música" e >percepção auditiva". >Abraço, >Jorge Antunes > > > >silvio wrote: > >>BLOCKQUOTE { PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: >>0px } DL { PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: >>0px } UL { PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: >>0px } OL { PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: >>0px } LI { PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: >>0px } Enqto discutimos feito tontos se somos >>performers ou interpretesOutras áreas dão o >>passo q vai simplesmente nos massacrarabraços e >>condolênciassilvio ATENÇÃO - PROCESSO >>SELETIVO EM 16/12 - Inscriçoes abertas CURSO >>SUPERIOR DE TECNOLOGIA - CURTA DURAÇÃO - >>PRODUÇÃO MUSICAL > > > > > > > > >Se você não deseja mais receber os comunicados >da Anhembi Morumbi, >clique >aqui. > >Copyright © 2003. Portal >Anhembi Morumbi. Todos os Direitos Reservados. > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. >Para alterar a categoria classificada, visite o >Terra >Mail > > >Esta mensagem foi verificada pelo >E-mail Protegido >Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 11/12/2006 / Versão: 4.4.00/4916 >Proteja o seu e-mail Terra: >http://mail.terra.com.br/ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001 14 3.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 18964 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image002 2 3.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 22414 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image003 1 3.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 29211 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image004 1 3.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 26541 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image005 2 3.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 40979 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image006 1 3.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 12460 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image007 1 3.gif Tipo: image/gif Tamanho: 143 bytes Descrição: não disponível URL: From disant em ufba.br Tue Dec 12 23:03:27 2006 From: disant em ufba.br (disant em ufba.br) Date: Tue, 12 Dec 2006 22:03:27 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?simp=F3sio?= 2007 na Bahia Message-ID: <1165971807.457f515f5ef19@www.webmail.ufba.br> Caros colegas, A página do III Simpósio de Cognição e Artes Musicais (Internacional) está na web há três semanas, em www.simcam.ufba.br Agradeço a divulgação e espero recebê-los na Bahia em 2007. Cordiais saudações, Diana Santiago *********************** disant em ufba.br simcam2007 em yahoo.com.br ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. From brsp em uol.com.br Wed Dec 13 09:00:17 2006 From: brsp em uol.com.br (Paulo Castagna) Date: Wed, 13 Dec 2006 09:00:17 -0200 Subject: [ANPPOM-L] (sem assunto) Message-ID: <001301c71ea5$f681fe60$e92662c8@castagna> Colegas, Não consigo contato com a Ângela Lühning. Alguém poderia me transmitir seu e-mail atual? Abraço, Paulo Castagna brsp em uol.com.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Wed Dec 13 11:56:58 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Wed, 13 Dec 2006 11:56:58 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Music and Disability interest group Message-ID: <458006AA.5050902@terra.com.br> A new Interest Group has been formed on Music and Disability. This group seeks both to foster scholarship on disability and to advocate for practical solutions to problems that confront scholars and students with disabilities. Please join us by subscribing to our listserv--simply send a message to: DISMUS-L-request at GC.LISTSERV.CUNY.EDU We are undertaking projects that deal with accessibility of our conferences and society publications, accommodation of students with disabilities in the classroom, and musical scholarship that engages issues of disability. If would would like to assist with any of these projects, or if you would like more information, please contact Joe Straus or Neil Lerner . -- cp From sandramontreal em hotmail.com Wed Dec 13 14:05:02 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 13 Dec 2006 14:05:02 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_Re=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_?= =?iso-8859-1?q?Groupe_courriel=3A_probl=E8me_de_fonctionnement?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Wed Dec 13 11:26:11 2006 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Wed, 13 Dec 2006 11:26:11 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Concerto de Natal no HC Message-ID: <00aa01c71eba$c815f120$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> Recital de Natal árias e canções, solos e duos... com Rosana Lamosa (soprano) Fernando Portari (tenor) Denizard Gomes (tenor - participação especial) Robson Fonseca (violoncelo) Rubens Ricciardi (piano) segunda-feira, 18 de dezembro, às 12h, entrada gratuita, no Balcão Azul do HC (Campus da USP de Ribeirão Preto), uma realização: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo apoio: Curso de Música de Ribeirão Preto da ECA-USP -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Wed Dec 13 14:02:37 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 13 Dec 2006 14:02:37 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Concertos de Primavera da OAP-UFMG (Concerts du Printemps) Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: cartaz.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 138576 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: encarte.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 71307 bytes Descrição: não disponível URL: From sandramontreal em hotmail.com Wed Dec 13 18:21:28 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 13 Dec 2006 18:21:28 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?_C=E2nticos_de_minha_hist=F3ria_=28Pr?= =?iso-8859-1?q?=E9-lan=E7amento_de_=E1lbum_de_partituras_musicais=29?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: CARTAO.png Tipo: image/x-png Tamanho: 112011 bytes Descrição: não disponível URL: From sbme em sbme.com.br Fri Dec 15 12:31:29 2006 From: sbme em sbme.com.br (sbme em sbme.com.br) Date: Fri, 15 Dec 2006 12:31:29 -0200 (BRST) Subject: [ANPPOM-L] adeus a Sivuca Message-ID: <1230.200.163.22.26.1166193089.squirrel@webmail.painel.org> Sivuca faleceu esta madrugada, aos 76 anos de idade, vítima de cancer, na cidade de Souza, na Paraíba. Será enterrado às 17h em sua cidade natal, Itabaiana. Severino Dias de Oliveira era seu nome de batismo. Sanfoneiro desde criança, Sivuca iniciou sua carreira profissional no Recife na Rádio Guararapes. Transferiu-se para a Rádio Jornal do Comércio, onde aprendeu em 1954 teoria musical com os músicos da orquestra da rádio. Foi então selecionado por Guerra Peixe para a classe de harmonia do maestro. A partir daí realizou bela carreira pelo Brasil e pelo mundo, destacando-se as turnês com Carmen Costa, Harry Belafonte, Rosinha de Valença e com Baden Powell em Paris. Gravou inúmeros discos. À família do grande músico a SBME deixa sinceras condolências. Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica From palombini em terra.com.br Fri Dec 15 19:20:48 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Fri, 15 Dec 2006 19:20:48 -0200 Subject: [ANPPOM-L] bolsas CAPES-CNPq-DAAD de doutorado na Alemanha Message-ID: <458311B0.7070804@terra.com.br> Doutorado na Alemanha abre inscrições Estão abertas, até o dia 23 de fevereiro, as inscrições para bolsas de doutorado em instituições de ensino superior na Alemanha. As bolsas são oferecidas pela Capes, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia (CNPq/MCT) e o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD). Há vagas para doutorado pleno e doutorado-sanduíche. http://www.capes.gov.br/capes/portal/conteudo/10/N01_15122006S.htm -- cp From palombini em terra.com.br Sat Dec 16 11:37:52 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Sat, 16 Dec 2006 11:37:52 -0200 Subject: [ANPPOM-L] curso superior de rock na Unisinos Message-ID: <4583F6B0.3030805@terra.com.br> O curso de Formação de Produtores e Músicos de Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na universidade no sábado de vestibular (2/12) e fez gravações externas com o coordenador, o músico Frank Jorge. O papel do músico na sociedade e as opções de inserção no mundo profissional mudaram muito. E para melhor. Através de novos recursos de mídia, ampliação do mercado de trabalho e novas estratégias de marketing, o músico pode e deve ser visto como um profissional completo. Um misto da imagem já conhecida de instrumentista, compositor e arranjador, com habilidades até então ignoradas pelo universo acadêmico, como operador de softwares de áudio, produtor de discos e crítico musical. Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está lançando o curso de Formação de Músicos e Produtores de Rock. A intenção é formar um profissional para a área da música que tenha capacidade de gerenciar sua própria carreira, que saiba discorrer sobre a história do rock com apurado senso estético, relacionar-se fluentemente com os meios de comunicação e utilizar adequadamente as ferramentas tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja capaz de incutir nas pessoas um novo entendimento do papel do músico hoje em dia. As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração de dois anos e meio (1.660 horas-aula). http://www.unisinos.br/vivadorock/ -- cp From sandramontreal em hotmail.com Sat Dec 16 13:01:16 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 16 Dec 2006 13:01:16 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?No_firmamento_h=E1_lugar_para_todas_as?= =?iso-8859-1?q?_estrelas!?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Sat Dec 16 14:04:16 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Sat, 16 Dec 2006 14:04:16 -0200 Subject: [ANPPOM-L] curso superior de rock na Unisinos In-Reply-To: <4583F6B0.3030805@terra.com.br> References: <4583F6B0.3030805@terra.com.br> Message-ID: agora é q a porca torce o rabo. pq não um curso de produtor de samba? pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? produtor de música caipira e sertaneja? concordo com curso de produtor, mas pq definir a música específica...pra atrair público??? pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? cheira a ocasião. o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso estético"...? da estética de hegel ou kant ou estética marxista????? silvio >O curso de Formação de Produtores e Músicos de >Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe >do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na >universidade no sábado de vestibular (2/12) e >fez gravações externas com o coordenador, o >músico Frank Jorge. > >O papel do músico na sociedade e as opções de >inserção no mundo profissional mudaram muito. E >para melhor. Através de novos recursos de mídia, >ampliação do mercado de trabalho e novas >estratégias de marketing, o músico pode e deve >ser visto como um profissional completo. Um >misto da imagem já conhecida de instrumentista, >compositor e arranjador, com habilidades até >então ignoradas pelo universo acadêmico, como >operador de softwares de áudio, produtor de >discos e crítico musical. > >Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está >lançando o curso de Formação de Músicos e >Produtores de Rock. A intenção é formar um >profissional para a área da música que tenha >capacidade de gerenciar sua própria carreira, >que saiba discorrer sobre a história do rock com >apurado senso estético, relacionar-se >fluentemente com os meios de comunicação e >utilizar adequadamente as ferramentas >tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja >capaz de incutir nas pessoas um novo >entendimento do papel do músico hoje em dia. > >As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h >às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas >ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração >de dois anos e meio (1.660 horas-aula). > >http://www.unisinos.br/vivadorock/ > >-- >cp > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. >Para alterar a categoria classificada, visite >http://mail.terra.com.br/protected_email/imail/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1166276915.444888.15336.alcala.hst.terra.com.br,4108,Des15,Des15 > >Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 15/12/2006 / Versão: 4.4.00/4920 >Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/ From antunes em unb.br Sat Dec 16 15:22:54 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 16 Dec 2006 15:22:54 -0200 Subject: [ANPPOM-L] curso superior de rock na Unisinos References: <4583F6B0.3030805@terra.com.br> Message-ID: <45842B66.5E5FA98F@unb.br> Calma Silvio: A coisa é séria. Ouvi dizer que na Unisinos a harmonia será ensinada a doze vozes com dobramentos: é lá que usinos dobram. Além disso, um pós-graduado em rock daqui da UnB me disse que na Unisinos sempre ensinam como no meio do caminho das vozes tem uma pedra (rock), e que logo no primeiro semestre são estudados os três estados Hintergrund, Mittlegrund e Vordergrund, de modo a bem se entender os princípios básicos schenkerianos do primeiro-quinto-primeiro da rockmiose do tipo Ursatz. No terceiro semestre o futuro roqueiro ou produtor começa a tratar os arpejos do tipo Bassbrechung, levando em consideração os princípios da termodinâmica e também o viés conceitual dos novos paradigmas da semiótica peirciana voltados ao aprimoramento da linguagem e da língua performática. Por essa razão, só no final desse terceiro semestre é que é permitido, aos futuros roqueiros, usarem peircings na língua. Ou seja, você está enganado quando diz que a porca torce o rabo. Em verdade vos digo, dessa vez a porca vai dar o rabo. Abraço, Jorge Antunes silvio wrote: > agora é q a porca torce o rabo. > pq não um curso de produtor de samba? > pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? > produtor de música caipira e sertaneja? > concordo com curso de produtor, mas pq definir a > música específica...pra atrair público??? > pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? > cheira a ocasião. > o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto > espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso > estético"...? da estética de hegel ou kant ou > estética marxista????? > > silvio > > >O curso de Formação de Produtores e Músicos de > >Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe > >do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na > >universidade no sábado de vestibular (2/12) e > >fez gravações externas com o coordenador, o > >músico Frank Jorge. > > > >O papel do músico na sociedade e as opções de > >inserção no mundo profissional mudaram muito. E > >para melhor. Através de novos recursos de mídia, > >ampliação do mercado de trabalho e novas > >estratégias de marketing, o músico pode e deve > >ser visto como um profissional completo. Um > >misto da imagem já conhecida de instrumentista, > >compositor e arranjador, com habilidades até > >então ignoradas pelo universo acadêmico, como > >operador de softwares de áudio, produtor de > >discos e crítico musical. > > > >Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está > >lançando o curso de Formação de Músicos e > >Produtores de Rock. A intenção é formar um > >profissional para a área da música que tenha > >capacidade de gerenciar sua própria carreira, > >que saiba discorrer sobre a história do rock com > >apurado senso estético, relacionar-se > >fluentemente com os meios de comunicação e > >utilizar adequadamente as ferramentas > >tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja > >capaz de incutir nas pessoas um novo > >entendimento do papel do músico hoje em dia. > > > >As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h > >às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas > >ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração > >de dois anos e meio (1.660 horas-aula). > > > >http://www.unisinos.br/vivadorock/ > > > >-- > >cp > > > > > >________________________________________________ > >Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > >________________________________________________ > > > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. > >Para alterar a categoria classificada, visite > >http://mail.terra.com.br/protected_email/imail/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1166276915.444888.15336.alcala.hst.terra.com.br,4108,Des15,Des15 > > > >Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. > >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 15/12/2006 / Versão: 4.4.00/4920 > >Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Sun Dec 17 12:16:50 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sun, 17 Dec 2006 12:16:50 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Re: [cercledemusicologie] Groupe courriel: =?iso-8859-1?q?probl?= =?iso-8859-1?q?=E8me?= de fonctionnement References: Message-ID: <45855149.A92779C3@unb.br> Cara Sandra: Por favor, envie esta mensagem ao Cercle de Musicologie. Grato, abraço, Jorge Antunes Cher Evan Ware: Merci beaucoup par votre réponse et la lucidité de vos réflexions. Cependant, je voudrais bien commenter trois de vos affirmations. 1) Ce que je veux souligner, par contre, c'est que ce n'est pas aux non-utilisateurs d'une langue ou non-participateurs d'une culture de protéger ceux-ci du point de vue de leurs fonctionnement interne car les non-utilisateurs n'ont pas le pouvoir ni la responsabilité de le faire (au délà de s'abstenir d'un effort concerté de destruction). J'ai déjà donné des classes et conférences à Lisbone et Aveiro, Portugal, sur la musique contemporaine. Au Brésil et au Portugal on parle la même langue, mais ... Dans ces momments là, j'étais toujours soigneux en utilisant des nomenclatures portugaises, au lieu de la nomenclature brésiliènne, pour quelques spécifités techniques. Par exemple, au Brésil nous utilisons le mot anglais "cluster" pour designer l'agglomérat harmonique de sons distants entre eux d'un ton ou d'un demi-ton. Au Portugal on utilise, dans une attitude clairement nationaliste, le mot "cacho" (du latin vulgaire "cacculu", latin "caccabu"). Le respect culturel et la volonté de protection de la langue portugaise ont été toujours les motivations pour mon choix de mots pendant lesdites conférences. 2) En d'autres mots, tant que la culture qui a le plus d'influence n'est pas en train d'essayer consciemment de détruire une autre culture, ce n'est pas de la faute de la première si les membre de la seconde lui empruntent des éléments culturels ou linguistiques. Voilà une question qui mérite une recherche aprofondie dans les domaines politique, économique et sociologique, en face de l'action internationale très connues des États Unis et de l'Angleterre. Je suis presque sûr que, prochainemente, les nouvelles génerations de l'Irac commenceront à inclure le Halloween dans la liste des fêtes populaires iracquiennes. Au Brésil ce triste fenomène est déjà une réalité. 3) Je ne crois pas les musicologues anglophones essaient de manière concertée d'assaillir et d'assujettir les musicologues d'autres cultures et langues. Oui, mais il faut reconnaître qu'on trouve plusieurs musicologues et scientifiques qui sont, involontaire et insconsciemment, des innocents utiles de la politique imperialiste de domination yankee. Amicalement, Jorge Antunes Sandra Reis wrote: > Prezados colegas, > > Esta é uma mensagem do compositor Evan Ware, que me solicita expressamente seja a mesma enviada a Jorge Antunes. > > Um abração, > > Sandra. > > > 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> From: "Evan Ware" > Reply-To: cercledemusicologie em groupesyahoo.ca > To: > Subject: Re: [cercledemusicologie] Groupe courriel: problème de fonctionnement > Date: Tue, 12 Dec 2006 11:26:15 -0500 > > Cher membres du groupe et cher M. Antunes (Sandra, si tu pouvais lui envoyer cette intervention j'en serais reconnaissant, merci!), > > Premièrement je dois vous remercier de votre intervention, M. Antunes, je l'ai trouvé fort intéressante. En Amérique du nord on a l'habitude de voir l'effet qu'a l'ubiquité de l'anglais sur la culture québécoise alors il m'a été fascinant de voir q'une problématique similaire se déploie actuellement au Brésil. Ayant voyagé plusieurs mois en Amérique du sud (malheureusement pas au Brésil), ayant vécu dix ans au Québec et venant d'une famille bilingue je suis sensible aux enjeux des cultures non-américaines envers l'hégémonie américaine et anglophone présente actuellement dans le monde. Je veux alors clarifier ma position pour éviter tout malentendu. > > Quand j'ai écrit dans ma dernière intervention que j'étais contre le nationalisme linguistique (et enfin nationalisme tout court!) ce que je voulais établir c'est que je n'étais pas en train de trompetter la suprémacie de l'anglais sur le plan global. Je suis absolument d'accord avec vous qu'il est nécéssaire - d'un point de vue culturel et démocratique - de protéger les langues et en conséquence les cultures qui ne sont pas majoritaires ou dominantes. Ce que je veux souligner, par contre, c'est que ce n'est pas aux non-utilisateurs d'une langue ou non-participateurs d'une culture de protéger ceux-ci du point de vue de leurs fonctionnement interne car les non-utilisateurs n'ont pas le pouvoir ni la responsabilité de le faire (au délà de s'abstenir d'un effort concerté de destruction). En d'autres mots, tant que la culture qui a le plus d'influence n'est pas en train d'essayer consciemment de détruire une autre culture, ce n'est pas de la faute de la première si les membre de la seconde lui empruntent des éléments culturels ou linguistiques. Je ne crois pas les musicologues anglophones essaient de manière concertée d'assaillir et d'assujettir les musicologues d'autres cultures et langues. Je suis bien conscient que la musicologie anglophone a une grande influence et, comme je l'ai dit, je crois que cette influence est inévitable vue son ubiquité. La musicologie anglophone peut, bien sûr, se sensibiliser envers les enjeux des autres cultures et essayer le plus possible de les respecter, peut-être y a-t-il du chemin à faire ici? Mais je suis ferme sur le point qu'une langue évolue par l'utilisation et c'est alors ses utilisateurs qui ont la responsabilité de sa sémiose. D'ailleurs, le contact entre cultures est l'une des raisons premières de l'évolution des langages, dominants ou non. (de quelles manières différentes se seraient développées les langues européennes sans l'influence culturelle indienne de l'Antiquité?) > > Ceci dit, j'avais une question sur l'intervention de Georges: si l'Académie française préfère "exécution" pour la musique et "interprétation" pour le théâtre mais mon Larousse (1991) privilégie "interprétation" pour la musique (ainsi que théatre et danse) et relègue le concept d' "exécution musicale" comme dernière définition d' "exécution," lequel doit-on croire? Si je ne m'abuse l'Académie se prononce sur comment le français devrait être utilisé tandis que les dictionnaires définissent les mots en fonction de leurs utilisations actuelles. Est-ce qu'on peut prendre au sérieux la volonté de l'Académie en face d'une utilisation différente au large de la culture francophone mondiale? Ou pourrions-nous négocier une position qui comprend à la fois la volonté de l'académie et à la fois l'utilisation populaire? > > Bien à vous tous et toutes, > > Evan Ware > Compositeur > __._,_.___ > Messages pour ce thème (3) Répondre (par envoi Web) | Commencer un nouveau thème > Messages | Fichiers | Photos | Liens | Base de données | Sondages | Membres | Agenda > www.cercledemusicologie.com > ---Pour vous retirer de ce groupe, envoyez un courrier électronique à : > cercledemusicologie-unsubscribe em groupesyahoo.ca > > [Yahoo! Groupes] > Modifier vos options par le Web ((Compte Yahoo! requis) > Modifier vos options par mail : Activer l’envoi groupé | Activer le format Traditionnel > Aller sur votre groupe | Conditions d’utilisation de Yahoo! Groupes | Désinscription > Aller sur votre groupe > Yahoo! Groupes > Debutez un nouveau groupe > > en 3 etapes faciles. > > Restez branches a votre reseau. > Yahoo! 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> Mande Torpedos do seu messsenger para o celular da galera! Clique aqui e descubra como! -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: /Macintosh%20HD/Temporary%20Items/nsmail24.gif Tipo: image/gif Tamanho: 1717 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: /Macintosh%20HD/Temporary%20Items/nsmail25.gif Tipo: image/gif Tamanho: 43 bytes Descrição: não disponível URL: From sandramontreal em hotmail.com Sun Dec 17 12:53:40 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sun, 17 Dec 2006 12:53:40 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_Re=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_?= =?iso-8859-1?q?Groupe_courriel=3A_probl=E8me_de_fonctionnement?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From farlley em pianobrasileiro.com Sun Dec 17 23:49:17 2006 From: farlley em pianobrasileiro.com (Farlley Jorge Derze) Date: Sun, 17 Dec 2006 23:49:17 -0200 Subject: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS Message-ID: <20061218014917.E1474164F@web02.alog.com.br> Prezado Silvio, permita-me compartilhar de sua crítica. Eu não veria com tanto espanto a expressão "produtor de rock", se formos capazes de admitir que a expressão "Cursos de Música" nos Editais de Vestibulares de nossas universidades brasileiras é bastante inapropriado, porque os jovens que se interessam por um "Curso de Música" não sabem que se trata de uma formação em música centro-européia, a começar pelo critério de avaliação dos candidatos (provas de habilidades específicas), em que se exige o conhecimento da teoria musical (quinta justa, solfejo, etc.). Vejo mais propriedade na expressão "Produtor de Rock" caso o curso não esteja voltado a aplicar "delays", "flangers", "chorurs", "drop-ecos", "cross delay", "randerização de PAN", naqueles instrumentos de pele típicos do universo do samba, pagode, forró e Cia. Imagino que o Curso esteja se predispondo a lidar com o aparato de tecnologia e de nomenlcatura da qual se valem aqueles que navegam nos acordes do Rock. Diferentemente da nomenclatura inapropriada que jaz nos Editais de nossas universidades que prometem um "Curso de Música". Seria mais justo, academicamente falando, que os editais se restringissem à formacao que efetivamente nossas universidades oferecem "Faculdade de Música Erudita e Européia". Há anos vejo currículos produzindo pianistas "românticos, clássicos e impressionistas", assim como os "cantores", e tantos outros instrumentistas. Se eles vão por brincos a partir do terceiro trimestre (como mencionado pelo professor Jorge Antunes), não nos caberia tanto espanto: cada música parece ter seu ritual e sua idumentária, bastando dar uma olhada ao redor: vejamos como se veste um maestro brasileiro e sus orquestra. Nada contra, ok ! Mesmo sob 42 graus de Rio de Janeiro; vejamos como se vestiam os patriarcas do Canto Gregoriano ! Nada contra. Falar sobre como se portam ou como se vestem músicos é no mínimo imprudente. Daqui a pouco será possível criticar os longos cabelos do professor Jorge Antunes como não condizentes com a música que ele aprendeu a gostar. Deixemos os piercings, brincos, lantejolas e batinas para celebrar cada qual sua ocasião, não importa se hoje ou a partir do terceiro semestre da Novo Curso de Produtor de Rock. Ou a idéia é continuar iludindo os jovens brasileiros de que nas universidades brasileiras se dá um Curso de Longa Duração de Música? O fato inconteste e objetivo é: quem desejar ingressar na "Faculdade de Música" já precisa ser Músico (vide teste de habilidade específica). Ou seja, a rigor, nao é um Curso de Formação, mas de Controle do status quo ! Felizmente o Curso de Medicina não exige que seus candidatos dê um talho no couro de um bode, por exemplo, para saber se possui habilidades específicas para no futuro cortar com precisao um músculo, transplantar um rim, suturar veias e outras microparafernálias do tecido anatômico dos mamíferos. Tais habilidades sao FORMADAS durante o Curso e durante a prática ao longo da vida profissional, mas nada que exija uma habilidade manual anterior e repetitiva como uma escala diatonica, um solfejo tonal, condições para ingressar no "Curso de Música" (entre aspas mesmo). Eu gostaria imensamente que inúmeros cursos de produtores e outras FORMAÇÕES, que abdiquem do conforto de receber cérebros pré- selecionados pela "habilidade específica", se multiplicassem no Brasil e vencessem a resistência que alguns acadêmicos oferecem a tudo que escape ao latifúndio intelectual que se buscar preservar e perpetuar, confortavelmente, já que o desafio de FORMAR um músico parece ser maior que o de formar um cirurgião. Claro que são matérias de natureza diferentes: formar um médico é bem mais simples, sequer necessita de habilidades específicas, pois toda anatomia do "homo sapiens" é igual; diferente é a anatomia do "homo academicus". Farlley Derze agora é q a porca torce o rabo. >pq não um curso de produtor de samba? >pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? >produtor de música caipira e sertaneja? >concordo com curso de produtor, mas pq definir a >música específica...pra atrair público??? >pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? >cheira a ocasião. >o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto >espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso >estético"...? da estética de hegel ou kant ou >estética marxista????? > >silvio > > >>O curso de Formação de Produtores e Músicos de >>Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe >>do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na >>universidade no sábado de vestibular (2/12) e >>fez gravações externas com o coordenador, o >>músico Frank Jorge. >> >>O papel do músico na sociedade e as opções de >>inserção no mundo profissional mudaram muito. E >>para melhor. Através de novos recursos de mídia, >>ampliação do mercado de trabalho e novas >>estratégias de marketing, o músico pode e deve >>ser visto como um profissional completo. Um >>misto da imagem já conhecida de instrumentista, >>compositor e arranjador, com habilidades até >>então ignoradas pelo universo acadêmico, como >>operador de softwares de áudio, produtor de >>discos e crítico musical. >> >>Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está >>lançando o curso de Formação de Músicos e >>Produtores de Rock. A intenção é formar um >>profissional para a área da música que tenha >>capacidade de gerenciar sua própria carreira, >>que saiba discorrer sobre a história do rock com >>apurado senso estético, relacionar-se >>fluentemente com os meios de comunicação e >>utilizar adequadamente as ferramentas >>tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja >>capaz de incutir nas pessoas um novo >>entendimento do papel do músico hoje em dia. >> >>As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h >>às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas >>ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração >>de dois anos e meio (1.660 horas-aula). From mlsekeff em giro.com.br Mon Dec 18 07:28:36 2006 From: mlsekeff em giro.com.br (SEKEFF) Date: Mon, 18 Dec 2006 07:28:36 -0200 Subject: [ANPPOM-L] votos Sekeff Message-ID: <003201c72286$e5eb3eb0$9fc39bc8@edsonf5f66380e> Desejo a todos os colegas da ANPPOM um felizNatal e um 2007 de muitas realizações. Sekeff -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From loureiro.mauricio em oi.com.br Mon Dec 18 10:37:29 2006 From: loureiro.mauricio em oi.com.br (Mauricio Alves Loureiro) Date: Mon, 18 Dec 2006 10:37:29 -0200 Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS In-Reply-To: <20061218014917.E1474164F@web02.alog.com.br> Message-ID: <20061218123730.B989E8021ADA@smtp1.oi.com.br> Pessoal, Mesmo tendo sido grande fã do rock dos tempos do woodstock, não tenho prestado muita atenção no rock dos últimos anos. Portanto, me desculpem a ingenuidade quanto ao rock de hoje, mas não é a quinta justa o intervalo mais usado neste tipo de musica? (às vezes o único que a gente ouve no baixo...). Não é meio complicado prometer a um cara que não sabe o que é uma quinta justa, que ele poderá se tornar um roqueiro em 2 anos? Abraços Mauricio -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Farlley Jorge Derze Enviada em: domingo, 17 de dezembro de 2006 23:49 Para: anppom-l em iar.unicamp.br Assunto: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS Prezado Silvio, permita-me compartilhar de sua crítica. Eu não veria com tanto espanto a expressão "produtor de rock", se formos capazes de admitir que a expressão "Cursos de Música" nos Editais de Vestibulares de nossas universidades brasileiras é bastante inapropriado, porque os jovens que se interessam por um "Curso de Música" não sabem que se trata de uma formação em música centro-européia, a começar pelo critério de avaliação dos candidatos (provas de habilidades específicas), em que se exige o conhecimento da teoria musical (quinta justa, solfejo, etc.). Vejo mais propriedade na expressão "Produtor de Rock" caso o curso não esteja voltado a aplicar "delays", "flangers", "chorurs", "drop-ecos", "cross delay", "randerização de PAN", naqueles instrumentos de pele típicos do universo do samba, pagode, forró e Cia. Imagino que o Curso esteja se predispondo a lidar com o aparato de tecnologia e de nomenlcatura da qual se valem aqueles que navegam nos acordes do Rock. Diferentemente da nomenclatura inapropriada que jaz nos Editais de nossas universidades que prometem um "Curso de Música". Seria mais justo, academicamente falando, que os editais se restringissem à formacao que efetivamente nossas universidades oferecem "Faculdade de Música Erudita e Européia". Há anos vejo currículos produzindo pianistas "românticos, clássicos e impressionistas", assim como os "cantores", e tantos outros instrumentistas. Se eles vão por brincos a partir do terceiro trimestre (como mencionado pelo professor Jorge Antunes), não nos caberia tanto espanto: cada música parece ter seu ritual e sua idumentária, bastando dar uma olhada ao redor: vejamos como se veste um maestro brasileiro e sus orquestra. Nada contra, ok ! Mesmo sob 42 graus de Rio de Janeiro; vejamos como se vestiam os patriarcas do Canto Gregoriano ! Nada contra. Falar sobre como se portam ou como se vestem músicos é no mínimo imprudente. Daqui a pouco será possível criticar os longos cabelos do professor Jorge Antunes como não condizentes com a música que ele aprendeu a gostar. Deixemos os piercings, brincos, lantejolas e batinas para celebrar cada qual sua ocasião, não importa se hoje ou a partir do terceiro semestre da Novo Curso de Produtor de Rock. Ou a idéia é continuar iludindo os jovens brasileiros de que nas universidades brasileiras se dá um Curso de Longa Duração de Música? O fato inconteste e objetivo é: quem desejar ingressar na "Faculdade de Música" já precisa ser Músico (vide teste de habilidade específica). Ou seja, a rigor, nao é um Curso de Formação, mas de Controle do status quo ! Felizmente o Curso de Medicina não exige que seus candidatos dê um talho no couro de um bode, por exemplo, para saber se possui habilidades específicas para no futuro cortar com precisao um músculo, transplantar um rim, suturar veias e outras microparafernálias do tecido anatômico dos mamíferos. Tais habilidades sao FORMADAS durante o Curso e durante a prática ao longo da vida profissional, mas nada que exija uma habilidade manual anterior e repetitiva como uma escala diatonica, um solfejo tonal, condições para ingressar no "Curso de Música" (entre aspas mesmo). Eu gostaria imensamente que inúmeros cursos de produtores e outras FORMAÇÕES, que abdiquem do conforto de receber cérebros pré- selecionados pela "habilidade específica", se multiplicassem no Brasil e vencessem a resistência que alguns acadêmicos oferecem a tudo que escape ao latifúndio intelectual que se buscar preservar e perpetuar, confortavelmente, já que o desafio de FORMAR um músico parece ser maior que o de formar um cirurgião. Claro que são matérias de natureza diferentes: formar um médico é bem mais simples, sequer necessita de habilidades específicas, pois toda anatomia do "homo sapiens" é igual; diferente é a anatomia do "homo academicus". Farlley Derze agora é q a porca torce o rabo. >pq não um curso de produtor de samba? >pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? >produtor de música caipira e sertaneja? >concordo com curso de produtor, mas pq definir a >música específica...pra atrair público??? >pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? >cheira a ocasião. >o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto >espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso >estético"...? da estética de hegel ou kant ou >estética marxista????? > >silvio > > >>O curso de Formação de Produtores e Músicos de >>Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe >>do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na >>universidade no sábado de vestibular (2/12) e >>fez gravações externas com o coordenador, o >>músico Frank Jorge. >> >>O papel do músico na sociedade e as opções de >>inserção no mundo profissional mudaram muito. E >>para melhor. Através de novos recursos de mídia, >>ampliação do mercado de trabalho e novas >>estratégias de marketing, o músico pode e deve >>ser visto como um profissional completo. Um >>misto da imagem já conhecida de instrumentista, >>compositor e arranjador, com habilidades até >>então ignoradas pelo universo acadêmico, como >>operador de softwares de áudio, produtor de >>discos e crítico musical. >> >>Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está >>lançando o curso de Formação de Músicos e >>Produtores de Rock. A intenção é formar um >>profissional para a área da música que tenha >>capacidade de gerenciar sua própria carreira, >>que saiba discorrer sobre a história do rock com >>apurado senso estético, relacionar-se >>fluentemente com os meios de comunicação e >>utilizar adequadamente as ferramentas >>tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja >>capaz de incutir nas pessoas um novo >>entendimento do papel do músico hoje em dia. >> >>As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h >>às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas >>ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração >>de dois anos e meio (1.660 horas-aula). ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From jamannis em uol.com.br Mon Dec 18 11:35:52 2006 From: jamannis em uol.com.br (JAMANNIS) Date: Mon, 18 Dec 2006 11:35:52 -0200 Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS Message-ID: <000401c722a9$73212d40$6501a8c0@DJL03S51> Colegas, Reforço a colocação do Mauricio esclarecendo que o principal foco de critica do Silvio não é quanto ao gênero ou estilo, de música ou de vida, mas quanto a letargia dos meios acadêmicos que se mexem com muita dificuldade face às tendências da atualidade e à realidade dos fatos. De fato, continuar ensinando composição 'pura' (desculpe mas não achei nada melhor no momento...) unicamente num curso de composição me parece extemporâneo face à realidade da ação efetiva dos músicos de hoje. Também me permito falar tendo sido baixista de rock, tocando as quintas (e mais alguns intervalos), e por ter sido produtor de concertos de rock. Desde cedo senti necessidade de ter uma abordagem musical mais ampla que o rock, ou seja, pela música. A diversidade na formação de um músico é essencial para seu desenvolvimento pleno e efetivo. Tanto é que os eventuais alunos de composição que saem escrevendo pseudo-bach, pseudo-chopin, pseudo-qq, acabam não contribuindo em nada à efetiva participação da música na vida das pessoas, a não ser a função lúdica de jogar e brincar sem pretensão. O que não é ruim, mas também não é necessário. Pode ser descartado sem prejuízos. A imagem da formação médica é uma metáfora muito boa. Para formar um médico pleno, do zero, sem saber nada de medicina é preciso pelo menos 10 anos. Mas 10 anos depois de saber biologia, citologia, química, química orgânica, mecânica - física (para quem vai ser ortopedista é necessário...), botânica no colegial(útil para farmacologia), genética... Acho que para formar um músico essas condições são necessárias: Antes de entrar para a faculdade de música ele precisa saber ler. Ler e ouvir música, como o médico sabe ler seus textos e sabe ler também nas coisas e nos fenômenos o que eles significam o que eles são. Antes de entrar da faculdade, o médico já sabe ler em seu idioma, e já sabe entender que aquilo que está acontecendo com uma célula é, por exemplo, uma fagocitose. Ele consegue ler nos seres vivos. O músico precisa então ler nos sons e ler na música. Não somente partituras, mas saber 'como ouvir as coisas'. A diferença entre uma escuta técnica e uma escuta estética. Precisa saber os rudimentos equivalentes à biologia, que seriam os elementos básicos da teoria musical, e não somente a européia, mas igualmente os rudimentos de diversas culturas, numa formação básica de fato revista e efetiva. Um músico, não se faz em menos de 10 anos. Alguém que não sabe nem ler música, precisa, depois de passar por essa fase de 'aprender a ler', mais uns 10 anos, como o médico. Portanto, todos estão de acordo, porque a verdade é uma e única: Ninguém, que seja normal, aprende tudo em tão pouco tempo. É uma ilusão e uma falta de honestidade, assumir um compromisso de formar um profissional sem que domine os elementos mínimos. Ou seja, até quando as universidades vão ficar paradas olhando essa enorme demanda ser atendida por oportunistas que enxergaram brechas no mercado? O que o Silvio defende, o que o Mauricio defende, o que eu defendo e estou certo que o que o Sr. Farlley Derze defende, é uma formação honesta e de fato com conteúdo pertinente, coerente e suficiente. É impossível defender uma proposta enganosa só porque ela é inovadora. Mesmo sendo, talvez, a única, ela, mesmo assim, continua sendo enganosa. José Augusto Mannis -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Mauricio Alves Loureiro Enviada em: segunda-feira, 18 de dezembro de 2006 10:37 Para: 'Farlley Jorge Derze'; anppom-l em iar.unicamp.br Assunto: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS Pessoal, Mesmo tendo sido grande fã do rock dos tempos do woodstock, não tenho prestado muita atenção no rock dos últimos anos. Portanto, me desculpem a ingenuidade quanto ao rock de hoje, mas não é a quinta justa o intervalo mais usado neste tipo de musica? (às vezes o único que a gente ouve no baixo...). Não é meio complicado prometer a um cara que não sabe o que é uma quinta justa, que ele poderá se tornar um roqueiro em 2 anos? Abraços Mauricio -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Farlley Jorge Derze Enviada em: domingo, 17 de dezembro de 2006 23:49 Para: anppom-l em iar.unicamp.br Assunto: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS Prezado Silvio, permita-me compartilhar de sua crítica. Eu não veria com tanto espanto a expressão "produtor de rock", se formos capazes de admitir que a expressão "Cursos de Música" nos Editais de Vestibulares de nossas universidades brasileiras é bastante inapropriado, porque os jovens que se interessam por um "Curso de Música" não sabem que se trata de uma formação em música centro-européia, a começar pelo critério de avaliação dos candidatos (provas de habilidades específicas), em que se exige o conhecimento da teoria musical (quinta justa, solfejo, etc.). Vejo mais propriedade na expressão "Produtor de Rock" caso o curso não esteja voltado a aplicar "delays", "flangers", "chorurs", "drop-ecos", "cross delay", "randerização de PAN", naqueles instrumentos de pele típicos do universo do samba, pagode, forró e Cia. Imagino que o Curso esteja se predispondo a lidar com o aparato de tecnologia e de nomenlcatura da qual se valem aqueles que navegam nos acordes do Rock. Diferentemente da nomenclatura inapropriada que jaz nos Editais de nossas universidades que prometem um "Curso de Música". Seria mais justo, academicamente falando, que os editais se restringissem à formacao que efetivamente nossas universidades oferecem "Faculdade de Música Erudita e Européia". Há anos vejo currículos produzindo pianistas "românticos, clássicos e impressionistas", assim como os "cantores", e tantos outros instrumentistas. Se eles vão por brincos a partir do terceiro trimestre (como mencionado pelo professor Jorge Antunes), não nos caberia tanto espanto: cada música parece ter seu ritual e sua idumentária, bastando dar uma olhada ao redor: vejamos como se veste um maestro brasileiro e sus orquestra. Nada contra, ok ! Mesmo sob 42 graus de Rio de Janeiro; vejamos como se vestiam os patriarcas do Canto Gregoriano ! Nada contra. Falar sobre como se portam ou como se vestem músicos é no mínimo imprudente. Daqui a pouco será possível criticar os longos cabelos do professor Jorge Antunes como não condizentes com a música que ele aprendeu a gostar. Deixemos os piercings, brincos, lantejolas e batinas para celebrar cada qual sua ocasião, não importa se hoje ou a partir do terceiro semestre da Novo Curso de Produtor de Rock. Ou a idéia é continuar iludindo os jovens brasileiros de que nas universidades brasileiras se dá um Curso de Longa Duração de Música? O fato inconteste e objetivo é: quem desejar ingressar na "Faculdade de Música" já precisa ser Músico (vide teste de habilidade específica). Ou seja, a rigor, nao é um Curso de Formação, mas de Controle do status quo ! Felizmente o Curso de Medicina não exige que seus candidatos dê um talho no couro de um bode, por exemplo, para saber se possui habilidades específicas para no futuro cortar com precisao um músculo, transplantar um rim, suturar veias e outras microparafernálias do tecido anatômico dos mamíferos. Tais habilidades sao FORMADAS durante o Curso e durante a prática ao longo da vida profissional, mas nada que exija uma habilidade manual anterior e repetitiva como uma escala diatonica, um solfejo tonal, condições para ingressar no "Curso de Música" (entre aspas mesmo). Eu gostaria imensamente que inúmeros cursos de produtores e outras FORMAÇÕES, que abdiquem do conforto de receber cérebros pré- selecionados pela "habilidade específica", se multiplicassem no Brasil e vencessem a resistência que alguns acadêmicos oferecem a tudo que escape ao latifúndio intelectual que se buscar preservar e perpetuar, confortavelmente, já que o desafio de FORMAR um músico parece ser maior que o de formar um cirurgião. Claro que são matérias de natureza diferentes: formar um médico é bem mais simples, sequer necessita de habilidades específicas, pois toda anatomia do "homo sapiens" é igual; diferente é a anatomia do "homo academicus". Farlley Derze agora é q a porca torce o rabo. >pq não um curso de produtor de samba? >pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? >produtor de música caipira e sertaneja? >concordo com curso de produtor, mas pq definir a >música específica...pra atrair público??? >pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? >cheira a ocasião. >o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto >espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso >estético"...? da estética de hegel ou kant ou >estética marxista????? > >silvio > > >>O curso de Formação de Produtores e Músicos de >>Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe >>do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na >>universidade no sábado de vestibular (2/12) e >>fez gravações externas com o coordenador, o >>músico Frank Jorge. >> >>O papel do músico na sociedade e as opções de >>inserção no mundo profissional mudaram muito. E >>para melhor. Através de novos recursos de mídia, >>ampliação do mercado de trabalho e novas >>estratégias de marketing, o músico pode e deve >>ser visto como um profissional completo. Um >>misto da imagem já conhecida de instrumentista, >>compositor e arranjador, com habilidades até >>então ignoradas pelo universo acadêmico, como >>operador de softwares de áudio, produtor de >>discos e crítico musical. >> >>Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está >>lançando o curso de Formação de Músicos e >>Produtores de Rock. A intenção é formar um >>profissional para a área da música que tenha >>capacidade de gerenciar sua própria carreira, >>que saiba discorrer sobre a história do rock com >>apurado senso estético, relacionar-se >>fluentemente com os meios de comunicação e >>utilizar adequadamente as ferramentas >>tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja >>capaz de incutir nas pessoas um novo >>entendimento do papel do músico hoje em dia. >> >>As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h >>às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas >>ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração >>de dois anos e meio (1.660 horas-aula). ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From sandramontreal em hotmail.com Mon Dec 18 12:13:08 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Mon, 18 Dec 2006 12:13:08 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_Un_tou?= =?iso-8859-1?q?rnant_norminaliste_=3F_Retour_sur_le_d=E9bat_lanc=E9_par_C?= =?iso-8859-1?q?aroline_Traube?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Mon Dec 18 16:56:34 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Mon, 18 Dec 2006 16:56:34 -0200 Subject: [ANPPOM-L] new online music-theory journal Message-ID: <4586E462.2060800@terra.com.br> It is my pleasure to announce the launch of a new online music-theory journal, Gamut, of the Music Theory Society of the Mid-Atlantic. Please click on the following link for more information. http://newfoundpress.utk.edu/gamut Sincerely, Philip Ewell, Ph.D. Editor, Gamut Assistant Professor University of Tennessee School of Music 1741 Volunteer Blvd Knoxville TN 37996 www.philipewell.com -- cp From antunes em unb.br Mon Dec 18 18:43:15 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Mon, 18 Dec 2006 18:43:15 -0200 Subject: [ANPPOM-L] quartasjustsas quintasjustas saiasjustas Message-ID: <4586FD60.B69A2628@unb.br> Caro Farlley: Eu não farlei em "piercing". Eu falei em "peircing". Você sente a diferença? Tampouco falei em "brinco". Falei em "peircing" na língua. Minhas ironias são sempre um brinco, algumas vezes muito eruditas e difíceis. A palavra peircing, permita-me esclarecer a graça, é um derivado de Peirce (1839-1894). É moda encher-se a boca com o nome desse filósofo norte-americano, para dar a impressão de erudição e de profundidade e de inovação no pensamento acadêmico. Insinuei que o curso superior de rock poderia usar esse artifício, muito comum nos cursos superiores ditos sérios, para atrair clientes. Minhas menções aos conceitos de Hintergrund, Mittlegrund, Vordergrund, Ursatz e Bassbrechung, também eram outra piada difícil, insinuando que o curso superior de rock seria um shenker sem fundo. Esse dito cujo shenker sem fundo é outra moda, ressuscitada do início do século vinte, da época em que reacionários quasi-fascistas espiritualistas se rebelavam contra o serialismo para indicar pseudonovos caminhos para a análise e que, assim, também poderia ser abordado no curso superior de rock para atrair clientes. Agradeço os elogios aos meus cabelos. Você fez lembrar de que ainda os tem atrás, esse seu amigo que só se vê de frente no espelho. Muito obrigado pela lembrança. Abraço, Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From edgberg em terra.com.br Mon Dec 18 19:47:42 2006 From: edgberg em terra.com.br (Guilherme Goldberg) Date: Mon, 18 Dec 2006 19:47:42 -0200 Subject: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS References: <000401c722a9$73212d40$6501a8c0@DJL03S51> Message-ID: <001101c722ee$267b8ae0$0301010a@LGG> Caros, Tenho acompanhado o debate sobre o novo curso de curtíssima duração Formação de Músicos e Produtores de Rock. O paralelo feito pelo prof. Mannis, entre músicos e médicos, é muito apropriado e poderia ser feito também em relação a qualquer outra profissão. Entretanto, parece-me que algumas opiniões manifestadas anteriormente refletem um sentimento anti-americano, já que o rock tem lá sua origem, ou mesmo algum preconceito quanto a possível validade acadêmica de alguns conteúdos, embora eu também não veja com bons olhos cursos de tão pouca duração. Mais lógico, talvez, como curso técnico, mas isto certamente estará na contra-mão do grandioso projeto de nosso Presidente da República em "espraiar" os cursos superiores pelo Brasil. Mesmo assim, fiquei curioso e acessei o site de tal curso para pesquisar seus módulos e currículos e ter a exata noção do que se trata. Infelizmente constatei que algumas opiniões emitidas pelos ilustres colegas mostram o não conhecimento ao que se propõem este curso. Para começar, é um curso para músicos e não simplesmente um curso de música. Me pareceu interessante a inclusão de disciplinas que tratam da produção de gravações, do direito autoral ou da administração da carreira, o que não faz parte dos nossos cursos tradicionais. Enfim, abaixo transcrevo a sua estrutura para melhor qualificar as futuras opiniões. Abraços a todos Luiz Guilherme Goldberg Fonte: http://www.unisinos.br/rock/ "A estrutura do curso de Formação de Músicos e Produtores de Rock, dividida em quatro módulos articulados entre si: Módulo I - Construção de referências musicais (330 horas-aula) Introduz e ambienta o aluno na trajetória teórico-prática do curso. Nesse módulo, o aluno cria sua versão para uma música do gênero rock pré-existente. O objetivo é consolidar e sistematizar o conjunto de suas referências musicais. No processo de criação e produção musical do gênero, é fundamental que o músico ou produtor saiba construir as fundações de seu estilo ou identidade musical. Atividade Horas-aula Interpretação e produção de textos 60 Produção musical 1 30 Historia do rock 1 60 Laboratório de rock 1 60 Projeto 1 - Cover 60 Produção de gravação 1 60 -------------------------------------------------------------------------------- Módulo II - Identidade musical e elaboração de repertório (630 horas-aula) É nesse momento que você desenvolve suas composições próprias, baseado na trajetória construída pela consolidação de suas referências musicais no módulo I. A construção da identidade própria do aluno enquanto músico e produtor requer atenção, disciplina e respeito ao processo de aprendizagem de cada pessoa. Atividade Horas-aula Comunicação e Marketing 60 Música e Legislação 60 Produção musical 2 60 Historia do rock 2 60 Criação musical 90 Laboratório de rock 2 60 Laboratório de rock 3 60 Produção de gravação 2 60 Projeto 2 - Demonstração 60 Desenvolvimento da carreira musical 30 Direito autoral 30 -------------------------------------------------------------------------------- Módulo III - Produção musical (360 horas-aula) De forma prática, você será qualificado para atuar de maneira colaborativa e coletiva no desenvolvimento das competências de reflexão, produção e composição aliado a conhecimentos de Comunicação e Direito. Através do Projeto 3 - Produção de Coletânea, o aluno desenvolve trabalhos de gravação, produção e divulgação. A atividade completa mais uma produção de prática que será inserida no portfólio do músico ou produtor em formação. Atividade Horas-aula Criação e gestão da marca 60 Produção musical 3 60 Criação musical 2 60 Laboratório de rock 4 60 Produção de gravação 3 60 Projeto 3 - Produção coletânea 60 -------------------------------------------------------------------------------- Módulo IV - Preparação da carreira (340 horas-aula) Prepara o aluno para o início de sua carreira como produtor ou músico de rock. Através do Projeto 4 - Festival , você será preparado para produção de um evento configurado como um festival de música, ou seja, uma reunião de bandas e músicos que servirá como o ápice da trajetória do aluno dentro do curso. É nesse momento que o aluno percebe a evolução do conjunto de suas competências desenvolvidas ao longo dos quatro módulos do curso e que servirá de plataforma para a exposição do formando na sua inserção no mercado de trabalho. Atividade Horas-aula Administração da carreira 60 Redes de relacionamento pessoal/profissional 60 Antropologia e ética 60 Desenvolvimento de produto web 20 Oficina de produto web 20 Negociação 30 Projeto 4 - Festival 60 Produção musical 4 20 -------------------------------------------------------------------------------- ----- Original Message ----- From: "JAMANNIS" To: "'ja.mannis'" ; "'Mauricio Alves Loureiro'" ; "'Farlley Jorge Derze'" ; Sent: Monday, December 18, 2006 11:35 AM Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Colegas, > > Reforço a colocação do Mauricio esclarecendo que o principal foco de critica > do Silvio não é quanto ao gênero ou estilo, de música ou de vida, mas quanto > a letargia dos meios acadêmicos que se mexem com muita dificuldade face às > tendências da atualidade e à realidade dos fatos. > > De fato, continuar ensinando composição 'pura' (desculpe mas não achei nada > melhor no momento...) unicamente num curso de composição me parece > extemporâneo face à realidade da ação efetiva dos músicos de hoje. > > Também me permito falar tendo sido baixista de rock, tocando as quintas (e > mais alguns intervalos), e por ter sido produtor de concertos de rock. > > Desde cedo senti necessidade de ter uma abordagem musical mais ampla que o > rock, ou seja, pela música. A diversidade na formação de um músico é > essencial para seu desenvolvimento pleno e efetivo. > > Tanto é que os eventuais alunos de composição que saem escrevendo > pseudo-bach, pseudo-chopin, pseudo-qq, acabam não contribuindo em nada à > efetiva participação da música na vida das pessoas, a não ser a função > lúdica de jogar e brincar sem pretensão. O que não é ruim, mas também não é > necessário. Pode ser descartado sem prejuízos. > > A imagem da formação médica é uma metáfora muito boa. > > Para formar um médico pleno, do zero, sem saber nada de medicina é preciso > pelo menos 10 anos. Mas 10 anos depois de saber biologia, citologia, > química, química orgânica, mecânica - física (para quem vai ser ortopedista > é necessário...), botânica no colegial(útil para farmacologia), genética... > > Acho que para formar um músico essas condições são necessárias: > > Antes de entrar para a faculdade de música ele precisa saber ler. Ler e > ouvir música, como o médico sabe ler seus textos e sabe ler também nas > coisas e nos fenômenos o que eles significam o que eles são. Antes de entrar > da faculdade, o médico já sabe ler em seu idioma, e já sabe entender que > aquilo que está acontecendo com uma célula é, por exemplo, uma fagocitose. > Ele consegue ler nos seres vivos. O músico precisa então ler nos sons e ler > na música. Não somente partituras, mas saber 'como ouvir as coisas'. A > diferença entre uma escuta técnica e uma escuta estética. > > Precisa saber os rudimentos equivalentes à biologia, que seriam os elementos > básicos da teoria musical, e não somente a européia, mas igualmente os > rudimentos de diversas culturas, numa formação básica de fato revista e > efetiva. > > Um músico, não se faz em menos de 10 anos. Alguém que não sabe nem ler > música, precisa, depois de passar por essa fase de 'aprender a ler', mais > uns 10 anos, como o médico. > > Portanto, todos estão de acordo, porque a verdade é uma e única: > > Ninguém, que seja normal, aprende tudo em tão pouco tempo. É uma ilusão e > uma falta de honestidade, assumir um compromisso de formar um profissional > sem que domine os elementos mínimos. > > Ou seja, até quando as universidades vão ficar paradas olhando essa enorme > demanda ser atendida por oportunistas que enxergaram brechas no mercado? > > O que o Silvio defende, o que o Mauricio defende, o que eu defendo e estou > certo que o que o Sr. Farlley Derze defende, é uma formação honesta e de > fato com conteúdo pertinente, coerente e suficiente. > > É impossível defender uma proposta enganosa só porque ela é inovadora. > > Mesmo sendo, talvez, a única, ela, mesmo assim, continua sendo enganosa. > > José Augusto Mannis > > > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] > Em nome de Mauricio Alves Loureiro > Enviada em: segunda-feira, 18 de dezembro de 2006 10:37 > Para: 'Farlley Jorge Derze'; anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Pessoal, > > Mesmo tendo sido grande fã do rock dos tempos do woodstock, não tenho > prestado muita atenção no rock dos últimos anos. Portanto, me desculpem a > ingenuidade quanto ao rock de hoje, mas não é a quinta justa o intervalo > mais usado neste tipo de musica? (às vezes o único que a gente ouve no > baixo...). Não é meio complicado prometer a um cara que não sabe o que é uma > quinta justa, que ele poderá se tornar um roqueiro em 2 anos? > > Abraços > > Mauricio > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] > Em nome de Farlley Jorge Derze > Enviada em: domingo, 17 de dezembro de 2006 23:49 > Para: anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Prezado Silvio, permita-me compartilhar de sua crítica. Eu não veria com > tanto > espanto a expressão "produtor de rock", se formos capazes de admitir que a > expressão "Cursos de Música" nos Editais de Vestibulares de nossas > universidades brasileiras é bastante inapropriado, porque os jovens que se > interessam por um "Curso de Música" não sabem que se trata de uma formação > em > música centro-européia, a começar pelo critério de avaliação dos candidatos > (provas de habilidades específicas), em que se exige o conhecimento da > teoria > musical (quinta justa, solfejo, etc.). Vejo mais propriedade na > expressão "Produtor de Rock" caso o curso não esteja voltado a > aplicar "delays", "flangers", "chorurs", "drop-ecos", "cross > delay", "randerização de PAN", naqueles instrumentos de pele típicos do > universo do samba, pagode, forró e Cia. Imagino que o Curso esteja se > predispondo a lidar com o aparato de tecnologia e de nomenlcatura da qual se > > valem aqueles que navegam nos acordes do Rock. Diferentemente da > nomenclatura > inapropriada que jaz nos Editais de nossas universidades que prometem um > "Curso > de Música". Seria mais justo, academicamente falando, que os editais se > restringissem à formacao que efetivamente nossas universidades > oferecem "Faculdade de Música Erudita e Européia". Há anos vejo currículos > produzindo pianistas "românticos, clássicos e impressionistas", assim como > os "cantores", e tantos outros instrumentistas. Se eles vão por brincos a > partir do terceiro trimestre (como mencionado pelo professor Jorge Antunes), > > não nos caberia tanto espanto: cada música parece ter seu ritual e sua > idumentária, bastando dar uma olhada ao redor: vejamos como se veste um > maestro > brasileiro e sus orquestra. Nada contra, ok ! Mesmo sob 42 graus de Rio de > Janeiro; vejamos como se vestiam os patriarcas do Canto Gregoriano ! Nada > contra. Falar sobre como se portam ou como se vestem músicos é no mínimo > imprudente. Daqui a pouco será possível criticar os longos cabelos do > professor > Jorge Antunes como não condizentes com a música que ele aprendeu a gostar. > Deixemos os piercings, brincos, lantejolas e batinas para celebrar cada qual > > sua ocasião, não importa se hoje ou a partir do terceiro semestre da Novo > Curso > de Produtor de Rock. Ou a idéia é continuar iludindo os jovens brasileiros > de > que nas universidades brasileiras se dá um Curso de Longa Duração de Música? > O > fato inconteste e objetivo é: quem desejar ingressar na "Faculdade de > Música" > já precisa ser Músico (vide teste de habilidade específica). Ou seja, a > rigor, > nao é um Curso de Formação, mas de Controle do status quo ! Felizmente o > Curso > de Medicina não exige que seus candidatos dê um talho no couro de um bode, > por > exemplo, para saber se possui habilidades específicas para no futuro cortar > com > precisao um músculo, transplantar um rim, suturar veias e outras > microparafernálias do tecido anatômico dos mamíferos. Tais habilidades sao > FORMADAS durante o Curso e durante a prática ao longo da vida profissional, > mas > nada que exija uma habilidade manual anterior e repetitiva como uma escala > diatonica, um solfejo tonal, condições para ingressar no "Curso de Música" > (entre aspas mesmo). Eu gostaria imensamente que inúmeros cursos de > produtores > e outras FORMAÇÕES, que abdiquem do conforto de receber cérebros pré- > selecionados pela "habilidade específica", se multiplicassem no Brasil e > vencessem a resistência que alguns acadêmicos oferecem a tudo que escape ao > latifúndio intelectual que se buscar preservar e perpetuar, > confortavelmente, > já que o desafio de FORMAR um músico parece ser maior que o de formar um > cirurgião. Claro que são matérias de natureza diferentes: formar um médico é > > bem mais simples, sequer necessita de habilidades específicas, pois toda > anatomia do "homo sapiens" é igual; diferente é a anatomia do "homo > academicus". > > Farlley Derze > > > > > agora é q a porca torce o rabo. >>pq não um curso de produtor de samba? >>pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? >>produtor de música caipira e sertaneja? >>concordo com curso de produtor, mas pq definir a >>música específica...pra atrair público??? >>pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? >>cheira a ocasião. >>o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto >>espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso >>estético"...? da estética de hegel ou kant ou >>estética marxista????? >> >>silvio >> >> >>>O curso de Formação de Produtores e Músicos de >>>Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe >>>do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na >>>universidade no sábado de vestibular (2/12) e >>>fez gravações externas com o coordenador, o >>>músico Frank Jorge. >>> >>>O papel do músico na sociedade e as opções de >>>inserção no mundo profissional mudaram muito. E >>>para melhor. Através de novos recursos de mídia, >>>ampliação do mercado de trabalho e novas >>>estratégias de marketing, o músico pode e deve >>>ser visto como um profissional completo. Um >>>misto da imagem já conhecida de instrumentista, >>>compositor e arranjador, com habilidades até >>>então ignoradas pelo universo acadêmico, como >>>operador de softwares de áudio, produtor de >>>discos e crítico musical. >>> >>>Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está >>>lançando o curso de Formação de Músicos e >>>Produtores de Rock. A intenção é formar um >>>profissional para a área da música que tenha >>>capacidade de gerenciar sua própria carreira, >>>que saiba discorrer sobre a história do rock com >>>apurado senso estético, relacionar-se >>>fluentemente com os meios de comunicação e >>>utilizar adequadamente as ferramentas >>>tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja >>>capaz de incutir nas pessoas um novo >>>entendimento do papel do músico hoje em dia. >>> >>>As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h >>>às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas >>>ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração >>>de dois anos e meio (1.660 horas-aula). > > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. > Para alterar a categoria classificada, visite > http://mail.terra.com.br/protected_email/imail/imail.cgi?+_u=edgberg&_l=1,1166449395.398735.15011.mindelo.hst.terra.com.br,13553,Des15,Des15 > > Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. > Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 15/12/2006 / Versão: 4.4.00/4920 > Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/ > > > __________ Informação do NOD32 IMON 1926 (20061218) __________ > > Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus > http://www.eset.com.br > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Fri Dec 15 12:58:23 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Fri, 15 Dec 2006 12:58:23 -0200 Subject: [ANPPOM-L] adeus a Sivuca Message-ID: <4582B80F.9314349E@unb.br> SIVUCA faleceu hoje, dia 15/12/2006, aos 76 anos de idade, vítima de cancer, na cidade de Souza, na Paraíba. Será enterrado às 17h em sua cidade natal, Itabaiana. Severino Dias de Oliveira era seu nome de batismo. Sanfoneiro desde criança, Sivuca iniciou sua carreira profissional no Recife na Rádio Guararapes. Transferiu-se para a Rádio Jornal do Comércio, onde aprendeu em 1954 teoria musical com os músicos da orquestra da rádio. Foi então selecionado por Guerra Peixe para a classe de harmonia do maestro. A partir de 1956 realizou bela carreira pelo Brasil e pelo mundo, destacando-se as turnês com Carmen Costa, Harry Belafonte, Rosinha de Valença e com Baden Powell em Paris. Gravou inúmeros discos. À família do grande músico, a Assom envia sinceras condolências. Associação dos Músicos do Distrito Federal e Entorno -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Sun Dec 17 12:47:32 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Sun, 17 Dec 2006 12:47:32 -0200 Subject: [ANPPOM-L] p amigos - abaixo assinado contra o aumento abusivo de =?iso-8859-1?q?sal=E1rios_do_poder_p=FAblico?= Message-ID: mesmo q seja mandar eu nome para uma simples lista ao menos é tentar fazer alguma coisa ante situações das quais nos envergonhamos silvio > >Caros amigos, > >Recebi essa indicação de um abaixo assinado >contra os aumentos abusivos dos salários do >Judiciário e do resto do Poder Público, em >cascata... achei interesssante e resolvi assinar >e divulgar, uma vez que o assunto ainda será >votado no Congresso. > >Abraços > >http://www.petitiononline.com/oeleitor/petition.html -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mauricioloureiro em ufmg.br Mon Dec 18 20:39:08 2006 From: mauricioloureiro em ufmg.br (Mauricio Alves Loureiro ) Date: Mon, 18 Dec 2006 20:39:08 -0200 Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS In-Reply-To: <001101c722ee$267b8ae0$0301010a@LGG> Message-ID: Caro Guilherme, Eu não tinha percebido esse reflexo de sentimento anti-americano nessas nossas discussões. Pensei que estávamos discutindo mais sobre que tipo de música poderia ser produzida por profissionais formados por este ou aquele programa de ensino. O papo da quinta justa foi apenas para ironizar a pobreza de muitas músicas de mercado que se fazem hoje por aí, entre elas, o rock de má qualidade (existe muito rock bom assim como muita quinta justa boa, como aquelas de Leonin e Perotin de mil anos atrás, por exemplo). No entanto, vejo agora que os eventuais reflexos de sentimento anti-americano podem ter sido legítimos sim, tendo em vista a estrutura curricular deste cursinho, que eu desconhecia. E agora, depois que você me lembrou disso, eu também não vou conseguir evitar de me juntar às vítimas destes respingos de anti-americanismo, e ainda mais com a realidade política diariamente nos suplicando por este sentimento. Abraços Mauricio _____ De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Guilherme Goldberg Enviada em: segunda-feira, 18 de dezembro de 2006 19:48 Para: JAMANNIS; loureiro.mauricio em oi.com.br; farlley em pianobrasileiro.com; anppom-l em iar.unicamp.br Assunto: Re: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS Caros, Tenho acompanhado o debate sobre o novo curso de curtíssima duração Formação de Músicos e Produtores de Rock. O paralelo feito pelo prof. Mannis, entre músicos e médicos, é muito apropriado e poderia ser feito também em relação a qualquer outra profissão. Entretanto, parece-me que algumas opiniões manifestadas anteriormente refletem um sentimento anti-americano, já que o rock tem lá sua origem, ou mesmo algum preconceito quanto a possível validade acadêmica de alguns conteúdos, embora eu também não veja com bons olhos cursos de tão pouca duração. Mais lógico, talvez, como curso técnico, mas isto certamente estará na contra-mão do grandioso projeto de nosso Presidente da República em "espraiar" os cursos superiores pelo Brasil. Mesmo assim, fiquei curioso e acessei o site de tal curso para pesquisar seus módulos e currículos e ter a exata noção do que se trata. Infelizmente constatei que algumas opiniões emitidas pelos ilustres colegas mostram o não conhecimento ao que se propõem este curso. Para começar, é um curso para músicos e não simplesmente um curso de música. Me pareceu interessante a inclusão de disciplinas que tratam da produção de gravações, do direito autoral ou da administração da carreira, o que não faz parte dos nossos cursos tradicionais. Enfim, abaixo transcrevo a sua estrutura para melhor qualificar as futuras opiniões. Abraços a todos Luiz Guilherme Goldberg Fonte: http://www.unisinos.br/rock/ "A estrutura do curso de Formação de Músicos e Produtores de Rock, dividida em quatro módulos articulados entre si: Módulo I - Construção de referências musicais (330 horas-aula) Introduz e ambienta o aluno na trajetória teórico-prática do curso. Nesse módulo, o aluno cria sua versão para uma música do gênero rock pré-existente. O objetivo é consolidar e sistematizar o conjunto de suas referências musicais. No processo de criação e produção musical do gênero, é fundamental que o músico ou produtor saiba construir as fundações de seu estilo ou identidade musical. Atividade Horas-aula Interpretação e produção de textos 60 Produção musical 1 30 Historia do rock 1 60 Laboratório de rock 1 60 Projeto 1 - Cover 60 Produção de gravação 1 60 _____ Módulo II - Identidade musical e elaboração de repertório (630 horas-aula) É nesse momento que você desenvolve suas composições próprias, baseado na trajetória construída pela consolidação de suas referências musicais no módulo I. A construção da identidade própria do aluno enquanto músico e produtor requer atenção, disciplina e respeito ao processo de aprendizagem de cada pessoa. Atividade Horas-aula Comunicação e Marketing 60 Música e Legislação 60 Produção musical 2 60 Historia do rock 2 60 Criação musical 90 Laboratório de rock 2 60 Laboratório de rock 3 60 Produção de gravação 2 60 Projeto 2 - Demonstração 60 Desenvolvimento da carreira musical 30 Direito autoral 30 _____ Módulo III - Produção musical (360 horas-aula) De forma prática, você será qualificado para atuar de maneira colaborativa e coletiva no desenvolvimento das competências de reflexão, produção e composição aliado a conhecimentos de Comunicação e Direito. Através do Projeto 3 – Produção de Coletânea, o aluno desenvolve trabalhos de gravação, produção e divulgação. A atividade completa mais uma produção de prática que será inserida no portfólio do músico ou produtor em formação. Atividade Horas-aula Criação e gestão da marca 60 Produção musical 3 60 Criação musical 2 60 Laboratório de rock 4 60 Produção de gravação 3 60 Projeto 3 - Produção coletânea 60 _____ Módulo IV - Preparação da carreira (340 horas-aula) Prepara o aluno para o início de sua carreira como produtor ou músico de rock. Através do Projeto 4 – Festival , você será preparado para produção de um evento configurado como um festival de música, ou seja, uma reunião de bandas e músicos que servirá como o ápice da trajetória do aluno dentro do curso. É nesse momento que o aluno percebe a evolução do conjunto de suas competências desenvolvidas ao longo dos quatro módulos do curso e que servirá de plataforma para a exposição do formando na sua inserção no mercado de trabalho. Atividade Horas-aula Administração da carreira 60 Redes de relacionamento pessoal/profissional 60 Antropologia e ética 60 Desenvolvimento de produto web 20 Oficina de produto web 20 Negociação 30 Projeto 4 - Festival 60 Produção musical 4 20 _____ ----- Original Message ----- From: "JAMANNIS" < jamannis em uol.com.br> To: "'ja.mannis'" < ja.mannis em uol.com.br>; "'Mauricio Alves Loureiro'" < loureiro.mauricio em oi.com.br>; "'Farlley Jorge Derze'" < farlley em pianobrasileiro.com>; < anppom-l em iar.unicamp.br> Sent: Monday, December 18, 2006 11:35 AM Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Colegas, > > Reforço a colocação do Mauricio esclarecendo que o principal foco de critica > do Silvio não é quanto ao gênero ou estilo, de música ou de vida, mas quanto > a letargia dos meios acadêmicos que se mexem com muita dificuldade face às > tendências da atualidade e à realidade dos fatos. > > De fato, continuar ensinando composição 'pura' (desculpe mas não achei nada > melhor no momento...) unicamente num curso de composição me parece > extemporâneo face à realidade da ação efetiva dos músicos de hoje. > > Também me permito falar tendo sido baixista de rock, tocando as quintas (e > mais alguns intervalos), e por ter sido produtor de concertos de rock. > > Desde cedo senti necessidade de ter uma abordagem musical mais ampla que o > rock, ou seja, pela música. A diversidade na formação de um músico é > essencial para seu desenvolvimento pleno e efetivo. > > Tanto é que os eventuais alunos de composição que saem escrevendo > pseudo-bach, pseudo-chopin, pseudo-qq, acabam não contribuindo em nada à > efetiva participação da música na vida das pessoas, a não ser a função > lúdica de jogar e brincar sem pretensão. O que não é ruim, mas também não é > necessário. Pode ser descartado sem prejuízos. > > A imagem da formação médica é uma metáfora muito boa. > > Para formar um médico pleno, do zero, sem saber nada de medicina é preciso > pelo menos 10 anos. Mas 10 anos depois de saber biologia, citologia, > química, química orgânica, mecânica - física (para quem vai ser ortopedista > é necessário...), botânica no colegial(útil para farmacologia), genética... > > Acho que para formar um músico essas condições são necessárias: > > Antes de entrar para a faculdade de música ele precisa saber ler. Ler e > ouvir música, como o médico sabe ler seus textos e sabe ler também nas > coisas e nos fenômenos o que eles significam o que eles são. Antes de entrar > da faculdade, o médico já sabe ler em seu idioma, e já sabe entender que > aquilo que está acontecendo com uma célula é, por exemplo, uma fagocitose. > Ele consegue ler nos seres vivos. O músico precisa então ler nos sons e ler > na música. Não somente partituras, mas saber 'como ouvir as coisas'. A > diferença entre uma escuta técnica e uma escuta estética. > > Precisa saber os rudimentos equivalentes à biologia, que seriam os elementos > básicos da teoria musical, e não somente a européia, mas igualmente os > rudimentos de diversas culturas, numa formação básica de fato revista e > efetiva. > > Um músico, não se faz em menos de 10 anos. Alguém que não sabe nem ler > música, precisa, depois de passar por essa fase de 'aprender a ler', mais > uns 10 anos, como o médico. > > Portanto, todos estão de acordo, porque a verdade é uma e única: > > Ninguém, que seja normal, aprende tudo em tão pouco tempo. É uma ilusão e > uma falta de honestidade, assumir um compromisso de formar um profissional > sem que domine os elementos mínimos. > > Ou seja, até quando as universidades vão ficar paradas olhando essa enorme > demanda ser atendida por oportunistas que enxergaram brechas no mercado? > > O que o Silvio defende, o que o Mauricio defende, o que eu defendo e estou > certo que o que o Sr. Farlley Derze defende, é uma formação honesta e de > fato com conteúdo pertinente, coerente e suficiente. > > É impossível defender uma proposta enganosa só porque ela é inovadora. > > Mesmo sendo, talvez, a única, ela, mesmo assim, continua sendo enganosa. > > José Augusto Mannis > > > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] > Em nome de Mauricio Alves Loureiro > Enviada em: segunda-feira, 18 de dezembro de 2006 10:37 > Para: 'Farlley Jorge Derze'; anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Pessoal, > > Mesmo tendo sido grande fã do rock dos tempos do woodstock, não tenho > prestado muita atenção no rock dos últimos anos. Portanto, me desculpem a > ingenuidade quanto ao rock de hoje, mas não é a quinta justa o intervalo > mais usado neste tipo de musica? (às vezes o único que a gente ouve no > baixo...). Não é meio complicado prometer a um cara que não sabe o que é uma > quinta justa, que ele poderá se tornar um roqueiro em 2 anos? > > Abraços > > Mauricio > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] > Em nome de Farlley Jorge Derze > Enviada em: domingo, 17 de dezembro de 2006 23:49 > Para: anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Prezado Silvio, permita-me compartilhar de sua crítica. Eu não veria com > tanto > espanto a expressão "produtor de rock", se formos capazes de admitir que a > expressão "Cursos de Música" nos Editais de Vestibulares de nossas > universidades brasileiras é bastante inapropriado, porque os jovens que se > interessam por um "Curso de Música" não sabem que se trata de uma formação > em > música centro-européia, a começar pelo critério de avaliação dos candidatos > (provas de habilidades específicas), em que se exige o conhecimento da > teoria > musical (quinta justa, solfejo, etc.). Vejo mais propriedade na > expressão "Produtor de Rock" caso o curso não esteja voltado a > aplicar "delays", "flangers", "chorurs", "drop-ecos", "cross > delay", "randerização de PAN", naqueles instrumentos de pele típicos do > universo do samba, pagode, forró e Cia. Imagino que o Curso esteja se > predispondo a lidar com o aparato de tecnologia e de nomenlcatura da qual se > > valem aqueles que navegam nos acordes do Rock. Diferentemente da > nomenclatura > inapropriada que jaz nos Editais de nossas universidades que prometem um > "Curso > de Música". Seria mais justo, academicamente falando, que os editais se > restringissem à formacao que efetivamente nossas universidades > oferecem "Faculdade de Música Erudita e Européia". Há anos vejo currículos > produzindo pianistas "românticos, clássicos e impressionistas", assim como > os "cantores", e tantos outros instrumentistas. Se eles vão por brincos a > partir do terceiro trimestre (como mencionado pelo professor Jorge Antunes), > > não nos caberia tanto espanto: cada música parece ter seu ritual e sua > idumentária, bastando dar uma olhada ao redor: vejamos como se veste um > maestro > brasileiro e sus orquestra. Nada contra, ok ! Mesmo sob 42 graus de Rio de > Janeiro; vejamos como se vestiam os patriarcas do Canto Gregoriano ! Nada > contra. Falar sobre como se portam ou como se vestem músicos é no mínimo > imprudente. Daqui a pouco será possível criticar os longos cabelos do > professor > Jorge Antunes como não condizentes com a música que ele aprendeu a gostar. > Deixemos os piercings, brincos, lantejolas e batinas para celebrar cada qual > > sua ocasião, não importa se hoje ou a partir do terceiro semestre da Novo > Curso > de Produtor de Rock. Ou a idéia é continuar iludindo os jovens brasileiros > de > que nas universidades brasileiras se dá um Curso de Longa Duração de Música? > O > fato inconteste e objetivo é: quem desejar ingressar na "Faculdade de > Música" > já precisa ser Músico (vide teste de habilidade específica). Ou seja, a > rigor, > nao é um Curso de Formação, mas de Controle do status quo ! Felizmente o > Curso > de Medicina não exige que seus candidatos dê um talho no couro de um bode, > por > exemplo, para saber se possui habilidades específicas para no futuro cortar > com > precisao um músculo, transplantar um rim, suturar veias e outras > microparafernálias do tecido anatômico dos mamíferos. Tais habilidades sao > FORMADAS durante o Curso e durante a prática ao longo da vida profissional, > mas > nada que exija uma habilidade manual anterior e repetitiva como uma escala > diatonica, um solfejo tonal, condições para ingressar no "Curso de Música" > (entre aspas mesmo). Eu gostaria imensamente que inúmeros cursos de > produtores > e outras FORMAÇÕES, que abdiquem do conforto de receber cérebros pré- > selecionados pela "habilidade específica", se multiplicassem no Brasil e > vencessem a resistência que alguns acadêmicos oferecem a tudo que escape ao > latifúndio intelectual que se buscar preservar e perpetuar, > confortavelmente, > já que o desafio de FORMAR um músico parece ser maior que o de formar um > cirurgião. Claro que são matérias de natureza diferentes: formar um médico é > > bem mais simples, sequer necessita de habilidades específicas, pois toda > anatomia do "homo sapiens" é igual; diferente é a anatomia do "homo > academicus". > > Farlley Derze > > > > > agora é q a porca torce o rabo. >>pq não um curso de produtor de samba? >>pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? >>produtor de música caipira e sertaneja? >>concordo com curso de produtor, mas pq definir a >>música específica...pra atrair público??? >>pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? >>cheira a ocasião. >>o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto >>espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso >>estético"...? da estética de hegel ou kant ou >>estética marxista????? >> >>silvio >> >> >>>O curso de Formação de Produtores e Músicos de >>>Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe >>>do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na >>>universidade no sábado de vestibular (2/12) e >>>fez gravações externas com o coordenador, o >>>músico Frank Jorge. >>> >>>O papel do músico na sociedade e as opções de >>>inserção no mundo profissional mudaram muito. E >>>para melhor. Através de novos recursos de mídia, >>>ampliação do mercado de trabalho e novas >>>estratégias de marketing, o músico pode e deve >>>ser visto como um profissional completo. Um >>>misto da imagem já conhecida de instrumentista, >>>compositor e arranjador, com habilidades até >>>então ignoradas pelo universo acadêmico, como >>>operador de softwares de áudio, produtor de >>>discos e crítico musical. >>> >>>Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está >>>lançando o curso de Formação de Músicos e >>>Produtores de Rock. A intenção é formar um >>>profissional para a área da música que tenha >>>capacidade de gerenciar sua própria carreira, >>>que saiba discorrer sobre a história do rock com >>>apurado senso estético, relacionar-se >>>fluentemente com os meios de comunicação e >>>utilizar adequadamente as ferramentas >>>tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja >>>capaz de incutir nas pessoas um novo >>>entendimento do papel do músico hoje em dia. >>> >>>As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h >>>às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas >>>ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração >>>de dois anos e meio (1.660 horas-aula). > > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. > Para alterar a categoria classificada, visite > http://mail.terra.com.br/protected_email/imail/imail.cgi?+_u=edgberg&_l=1,11 66449395.398735.15011.mindelo.hst.terra.com.br,13553,Des15,Des15 > > Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. > Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 15/12/2006 / Versão: 4.4.00/4920 > Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/ > > > __________ Informação do NOD32 IMON 1926 (20061218) __________ > > Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus > http://www.eset.com.br > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From farlley em pianobrasileiro.com Mon Dec 18 21:37:45 2006 From: farlley em pianobrasileiro.com (Farlley Jorge Derze) Date: Mon, 18 Dec 2006 21:37:45 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Re: quartasjustsas quintasjustas saiasjustas Message-ID: <20061218233745.68D131685@web02.alog.com.br> "Minhas ironias são sempre um brinco, algumas vezes muito eruditas e difíceis." Prezado Antunes, concordo com sua frase acima. Em decorência, aproveito para pedir que desculpe o meu despreparo para lidar com sua sutileza e erudição. Chernoff já dizia da dificuldade que existe na experiência humana quando um tenta comunicar ao outro sua experiência. Abraços, Farlley Derze. Aproveito para desejar a todos um excelente 2007. Foi bastate saudável usufruir do diálogo que esta plenária proporciona. Sucesso a todos. Farlley Derze Caro Farlley: > >Eu não farlei em "piercing". Eu falei em "peircing". >Você sente a diferença? >Tampouco falei em "brinco". Falei em "peircing" na língua. >Minhas ironias são sempre um brinco, algumas vezes muito eruditas e difíceis. >A palavra peircing, permita-me esclarecer a graça, é um derivado de Peirce (1839-1894). É moda encher-se a boca com o nome desse filósofo >norte-americano, para dar a impressão de erudição e de profundidade e de inovação no pensamento acadêmico. Insinuei que o curso superior de rock >poderia usar esse artifício, muito comum nos cursos superiores ditos sérios, para atrair clientes. >Minhas menções aos conceitos de Hintergrund, Mittlegrund, Vordergrund, Ursatz e Bassbrechung, também eram outra piada difícil, insinuando que o >curso superior de rock seria um shenker sem fundo. Esse dito cujo shenker sem fundo é outra moda, ressuscitada do início do século vinte, da época em >que reacionários quasi-fascistas espiritualistas se rebelavam contra o serialismo para indicar pseudonovos caminhos para a análise e que, assim, também >poderia ser abordado no curso superior de rock para atrair clientes. >Agradeço os elogios aos meus cabelos. Você fez lembrar de que ainda os tem atrás, esse seu amigo que só se vê de frente no espelho. Muito obrigado >pela lembrança. >Abraço, >Jorge Antunes > > > From silvio.ferraz em terra.com.br Tue Dec 19 10:10:32 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Tue, 19 Dec 2006 10:10:32 -0200 Subject: [Spam] RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS In-Reply-To: References: Message-ID: Caro guilherme nada contra o programa apenas me referia a restrição a apenas um gênero musical e duração do curso e foi isto q o mannis retomou no mais o que preocupa são os cursos moldados sobre modismos Se vc ler a ementa, é muito engraçada....coisas como "chegar ao ápice", "construção da identidade própria"; no módulo III "produção" promete-se um diálogo com a comunicação e o direito, mas não constam disciplnas q falem disto. Ora estas duas áreas são extensas, cheias de posições específicas, com pequenas sutilezas... de fato o que fica claro é a falta de sutileza no curso...talvez seja isto o novo grundmodele para as universidades. no mais...nada de anti-americanismo, sobretudo nos dias de hoje em que deveríamos ser tão gratos aos nossos bross do norte e venerarmos com gratidão aos novos modos de paul bunyan. abs silvio >Caro Guilherme, > >Eu não tinha percebido esse reflexo de >sentimento anti-americano nessas nossas >discussões. Pensei que estávamos discutindo mais >sobre que tipo de música poderia ser produzida >por profissionais formados por este ou aquele >programa de ensino. O papo da quinta justa foi >apenas para ironizar a pobreza de muitas músicas >de mercado que se fazem hoje por aí, entre elas, >o rock de má qualidade (existe muito rock bom >assim como muita quinta justa boa, como aquelas >de Leonin e Perotin de mil anos atrás, por >exemplo). > >No entanto, vejo agora que os eventuais reflexos >de sentimento anti-americano podem ter sido >legítimos sim, tendo em vista a estrutura >curricular deste cursinho, que eu desconhecia. E >agora, depois que você me lembrou disso, eu >também não vou conseguir evitar de me juntar às >vítimas destes respingos de anti-americanismo, e >ainda mais com a realidade política diariamente >nos suplicando por este sentimento. > >Abraços > >Mauricio > > >De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br >[mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome >de Guilherme Goldberg >Enviada em: segunda-feira, 18 de dezembro de 2006 19:48 >Para: JAMANNIS; loureiro.mauricio em oi.com.br; >farlley em pianobrasileiro.com; >anppom-l em iar.unicamp.br >Assunto: Re: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > >Caros, > >Tenho acompanhado o debate sobre o novo curso de >curtíssima duração Formação de Músicos e >Produtores de Rock. O paralelo feito pelo prof. >Mannis, entre músicos e médicos, é muito >apropriado e poderia ser feito também em relação >a qualquer outra profissão. > >Entretanto, parece-me que algumas opiniões >manifestadas anteriormente refletem um >sentimento anti-americano, já que o rock tem lá >sua origem, ou mesmo algum preconceito quanto a >possível validade acadêmica de alguns conteúdos, >embora eu também não veja com bons olhos cursos >de tão pouca duração. Mais lógico, talvez, como >curso técnico, mas isto certamente estará na >contra-mão do grandioso projeto de nosso >Presidente da República em "espraiar" os cursos >superiores pelo Brasil. > >Mesmo assim, fiquei curioso e acessei o site de >tal curso para pesquisar seus módulos e >currículos e ter a exata noção do que se trata. >Infelizmente constatei que algumas opiniões >emitidas pelos ilustres colegas mostram o não >conhecimento ao que se propõem este curso. Para >começar, é um curso para músicos e não >simplesmente um curso de música. Me pareceu >interessante a inclusão de disciplinas que >tratam da produção de gravações, do direito >autoral ou da administração da carreira, o que >não faz parte dos nossos cursos tradicionais. > >Enfim, abaixo transcrevo a sua estrutura para >melhor qualificar as futuras opiniões. > >Abraços a todos > >Luiz Guilherme Goldberg > >Fonte: http://www.unisinos.br/rock/ > >"A estrutura do curso de Formação de Músicos e >Produtores de Rock, dividida em quatro módulos >articulados entre si: > >Módulo I - Construção de referências musicais >(330 horas-aula) >Introduz e ambienta o aluno na trajetória >teórico-prática do curso. Nesse módulo, o aluno >cria sua versão para uma música do gênero rock >pré-existente. O objetivo é consolidar e >sistematizar o conjunto de suas referências >musicais. No processo de criação e produção >musical do gênero, é fundamental que o músico ou >produtor saiba construir as fundações de seu >estilo ou identidade musical. >Atividade > Horas-aula > Interpretação e produção de textos > 60 > Produção musical 1 > 30 > Historia do rock 1 > 60 > Laboratório de rock 1 > 60 > Projeto 1 - Cover > 60 > Produção de gravação 1 > 60 > > >Módulo II - Identidade musical e elaboração de repertório >(630 horas-aula) >É nesse momento que você desenvolve suas >composições próprias, baseado na trajetória >construída pela consolidação de suas referências >musicais no módulo I. A construção da identidade >própria do aluno enquanto músico e produtor >requer atenção, disciplina e respeito ao >processo de aprendizagem de cada pessoa. >Atividade > Horas-aula > Comunicação e Marketing > 60 > Música e Legislação > 60 > Produção musical 2 > 60 > Historia do rock 2 > 60 > Criação musical > 90 > Laboratório de rock 2 > 60 > Laboratório de rock 3 > 60 > Produção de gravação 2 > 60 > Projeto 2 - Demonstração > 60 > Desenvolvimento da carreira musical > 30 > Direito autoral > 30 > > >Módulo III - Produção musical >(360 horas-aula) >De forma prática, você será qualificado para >atuar de maneira colaborativa e coletiva no >desenvolvimento das competências de reflexão, >produção e composição aliado a conhecimentos de >Comunicação e Direito. Através do Projeto 3 - >Produção de Coletânea, o aluno desenvolve >trabalhos de gravação, produção e divulgação. A >atividade completa mais uma produção de prática >que será inserida no portfólio do músico ou >produtor em formação. >Atividade > Horas-aula > Criação e gestão da marca >60 > Produção musical 3 >60 > Criação musical 2 >60 > Laboratório de rock 4 >60 > Produção de gravação 3 >60 > Projeto 3 - Produção coletânea >60 > > >Módulo IV - Preparação da carreira >(340 horas-aula) >Prepara o aluno para o início de sua carreira >como produtor ou músico de rock. Através do >Projeto 4 - Festival , você será preparado para >produção de um evento configurado como um >festival de música, ou seja, uma reunião de >bandas e músicos que servirá como o ápice da >trajetória do aluno dentro do curso. É nesse >momento que o aluno percebe a evolução do >conjunto de suas competências desenvolvidas ao >longo dos quatro módulos do curso e que servirá >de plataforma para a exposição do formando na >sua inserção no mercado de trabalho. >Atividade > Horas-aula > Administração da carreira > 60 > Redes de relacionamento pessoal/profissional > 60 > Antropologia e ética > 60 > Desenvolvimento de produto web > 20 > Oficina de produto web > 20 > Negociação > 30 > Projeto 4 - Festival > 60 > Produção musical 4 > 20 > > > > > >----- Original Message ----- >From: "JAMANNIS" <jamannis em uol.com.br> >To: "'ja.mannis'" ><ja.mannis em uol.com.br>; >"'Mauricio Alves Loureiro'" ><loureiro.mauricio em oi.com.br>; >"'Farlley Jorge Derze'" ><farlley em pianobrasileiro.com>; ><anppom-l em iar.unicamp.br> >Sent: Monday, December 18, 2006 11:35 AM >Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > > >> Colegas, >> >> Reforço a colocação do Mauricio esclarecendo que o principal foco de critica >> do Silvio não é quanto ao gênero ou estilo, de música ou de vida, mas quanto >> a letargia dos meios acadêmicos que se mexem com muita dificuldade face às >> tendências da atualidade e à realidade dos fatos. >> >> De fato, continuar ensinando composição 'pura' (desculpe mas não achei nada >> melhor no momento...) unicamente num curso de composição me parece >> extemporâneo face à realidade da ação efetiva dos músicos de hoje. >> >> Também me permito falar tendo sido baixista de rock, tocando as quintas (e >> mais alguns intervalos), e por ter sido produtor de concertos de rock. >> >> Desde cedo senti necessidade de ter uma abordagem musical mais ampla que o >> rock, ou seja, pela música. A diversidade na formação de um músico é >> essencial para seu desenvolvimento pleno e efetivo. >> >> Tanto é que os eventuais alunos de composição que saem escrevendo >> pseudo-bach, pseudo-chopin, pseudo-qq, acabam não contribuindo em nada à >> efetiva participação da música na vida das pessoas, a não ser a função >> lúdica de jogar e brincar sem pretensão. O que não é ruim, mas também não é >> necessário. Pode ser descartado sem prejuízos. > > >> A imagem da formação médica é uma metáfora muito boa. >> >> Para formar um médico pleno, do zero, sem saber nada de medicina é preciso >> pelo menos 10 anos. Mas 10 anos depois de saber biologia, citologia, >> química, química orgânica, mecânica - física (para quem vai ser ortopedista >> é necessário...), botânica no colegial(útil para farmacologia), genética... >> >> Acho que para formar um músico essas condições são necessárias: >> >> Antes de entrar para a faculdade de música ele precisa saber ler. Ler e >> ouvir música, como o médico sabe ler seus textos e sabe ler também nas >> coisas e nos fenômenos o que eles significam o que eles são. Antes de entrar >> da faculdade, o médico já sabe ler em seu idioma, e já sabe entender que >> aquilo que está acontecendo com uma célula é, por exemplo, uma fagocitose. >> Ele consegue ler nos seres vivos. O músico precisa então ler nos sons e ler >> na música. Não somente partituras, mas saber 'como ouvir as coisas'. A >> diferença entre uma escuta técnica e uma escuta estética. >> >> Precisa saber os rudimentos equivalentes à biologia, que seriam os elementos >> básicos da teoria musical, e não somente a européia, mas igualmente os >> rudimentos de diversas culturas, numa formação básica de fato revista e >> efetiva. >> >> Um músico, não se faz em menos de 10 anos. Alguém que não sabe nem ler >> música, precisa, depois de passar por essa fase de 'aprender a ler', mais >> uns 10 anos, como o médico. >> >> Portanto, todos estão de acordo, porque a verdade é uma e única: >> >> Ninguém, que seja normal, aprende tudo em tão pouco tempo. É uma ilusão e >> uma falta de honestidade, assumir um compromisso de formar um profissional >> sem que domine os elementos mínimos. >> >> Ou seja, até quando as universidades vão ficar paradas olhando essa enorme >> demanda ser atendida por oportunistas que enxergaram brechas no mercado? >> >> O que o Silvio defende, o que o Mauricio defende, o que eu defendo e estou >> certo que o que o Sr. Farlley Derze defende, é uma formação honesta e de >> fato com conteúdo pertinente, coerente e suficiente. >> >> É impossível defender uma proposta enganosa só porque ela é inovadora. >> >> Mesmo sendo, talvez, a única, ela, mesmo assim, continua sendo enganosa. >> >> José Augusto Mannis >> >> >> >> -----Mensagem original----- >> De: >>anppom-l-bounces em iar.unicamp.br >>[mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] >> Em nome de Mauricio Alves Loureiro >> Enviada em: segunda-feira, 18 de dezembro de 2006 10:37 >> Para: 'Farlley Jorge Derze'; >>anppom-l em iar.unicamp.br >> Assunto: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS >> >> Pessoal, >> >> Mesmo tendo sido grande fã do rock dos tempos do woodstock, não tenho >> prestado muita atenção no rock dos últimos anos. Portanto, me desculpem a >> ingenuidade quanto ao rock de hoje, mas não é a quinta justa o intervalo >> mais usado neste tipo de musica? (às vezes o único que a gente ouve no >> baixo...). Não é meio complicado prometer a um cara que não sabe o que é uma >> quinta justa, que ele poderá se tornar um roqueiro em 2 anos? >> >> Abraços >> >> Mauricio >> >> -----Mensagem original----- >> De: >>anppom-l-bounces em iar.unicamp.br >>[mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] >> Em nome de Farlley Jorge Derze >> Enviada em: domingo, 17 de dezembro de 2006 23:49 >> Para: anppom-l em iar.unicamp.br >> Assunto: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS >> >> Prezado Silvio, permita-me compartilhar de sua crítica. Eu não veria com >> tanto >> espanto a expressão "produtor de rock", se formos capazes de admitir que a >> expressão "Cursos de Música" nos Editais de Vestibulares de nossas >> universidades brasileiras é bastante inapropriado, porque os jovens que se >> interessam por um "Curso de Música" não sabem que se trata de uma formação >> em >> música centro-européia, a começar pelo critério de avaliação dos candidatos >> (provas de habilidades específicas), em que se exige o conhecimento da >> teoria >> musical (quinta justa, solfejo, etc.). Vejo mais propriedade na >> expressão "Produtor de Rock" caso o curso não esteja voltado a > > aplicar "delays", "flangers", "chorurs", "drop-ecos", "cross >> delay", "randerização de PAN", naqueles instrumentos de pele típicos do >> universo do samba, pagode, forró e Cia. Imagino que o Curso esteja se >> predispondo a lidar com o aparato de tecnologia e de nomenlcatura da qual se >> >> valem aqueles que navegam nos acordes do Rock. Diferentemente da >> nomenclatura >> inapropriada que jaz nos Editais de nossas universidades que prometem um >> "Curso >> de Música". Seria mais justo, academicamente falando, que os editais se >> restringissem à formacao que efetivamente nossas universidades >> oferecem "Faculdade de Música Erudita e Européia". Há anos vejo currículos >> produzindo pianistas "românticos, clássicos e impressionistas", assim como >> os "cantores", e tantos outros instrumentistas. Se eles vão por brincos a >> partir do terceiro trimestre (como mencionado pelo professor Jorge Antunes), >> >> não nos caberia tanto espanto: cada música parece ter seu ritual e sua >> idumentária, bastando dar uma olhada ao redor: vejamos como se veste um >> maestro >> brasileiro e sus orquestra. Nada contra, ok ! Mesmo sob 42 graus de Rio de >> Janeiro; vejamos como se vestiam os patriarcas do Canto Gregoriano ! Nada >> contra. Falar sobre como se portam ou como se vestem músicos é no mínimo >> imprudente. Daqui a pouco será possível criticar os longos cabelos do >> professor >> Jorge Antunes como não condizentes com a música que ele aprendeu a gostar. >> Deixemos os piercings, brincos, lantejolas e batinas para celebrar cada qual >> >> sua ocasião, não importa se hoje ou a partir do terceiro semestre da Novo >> Curso >> de Produtor de Rock. Ou a idéia é continuar iludindo os jovens brasileiros >> de >> que nas universidades brasileiras se dá um Curso de Longa Duração de Música? >> O >> fato inconteste e objetivo é: quem desejar ingressar na "Faculdade de >> Música" >> já precisa ser Músico (vide teste de habilidade específica). Ou seja, a >> rigor, >> nao é um Curso de Formação, mas de Controle do status quo ! Felizmente o >> Curso >> de Medicina não exige que seus candidatos dê um talho no couro de um bode, >> por >> exemplo, para saber se possui habilidades específicas para no futuro cortar >> com >> precisao um músculo, transplantar um rim, suturar veias e outras >> microparafernálias do tecido anatômico dos mamíferos. Tais habilidades sao >> FORMADAS durante o Curso e durante a prática ao longo da vida profissional, >> mas >> nada que exija uma habilidade manual anterior e repetitiva como uma escala >> diatonica, um solfejo tonal, condições para ingressar no "Curso de Música" >> (entre aspas mesmo). Eu gostaria imensamente que inúmeros cursos de >> produtores >> e outras FORMAÇÕES, que abdiquem do conforto de receber cérebros pré- >> selecionados pela "habilidade específica", se multiplicassem no Brasil e >> vencessem a resistência que alguns acadêmicos oferecem a tudo que escape ao >> latifúndio intelectual que se buscar preservar e perpetuar, >> confortavelmente, >> já que o desafio de FORMAR um músico parece ser maior que o de formar um >> cirurgião. Claro que são matérias de natureza diferentes: formar um médico é >> >> bem mais simples, sequer necessita de habilidades específicas, pois toda >> anatomia do "homo sapiens" é igual; diferente é a anatomia do "homo >> academicus". >> >> Farlley Derze >> >> >> >> >> agora é q a porca torce o rabo. >>>pq não um curso de produtor de samba? >>>pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? >>>produtor de música caipira e sertaneja? >>>concordo com curso de produtor, mas pq definir a >>>música específica...pra atrair público??? >>>pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? >>>cheira a ocasião. >>>o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto >>>espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso >>>estético"...? da estética de hegel ou kant ou >>>estética marxista????? >>> >>>silvio >>> >>> >>>>O curso de Formação de Produtores e Músicos de >>>>Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe >>>>do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na >>>>universidade no sábado de vestibular (2/12) e >>>>fez gravações externas com o coordenador, o > >>>músico Frank Jorge. >>>> >>>>O papel do músico na sociedade e as opções de >>>>inserção no mundo profissional mudaram muito. E >>>>para melhor. Através de novos recursos de mídia, >>>>ampliação do mercado de trabalho e novas >>>>estratégias de marketing, o músico pode e deve >>>>ser visto como um profissional completo. Um >>>>misto da imagem já conhecida de instrumentista, >>>>compositor e arranjador, com habilidades até >>>>então ignoradas pelo universo acadêmico, como >>>>operador de softwares de áudio, produtor de >>>>discos e crítico musical. >>>> >>>>Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está >>>>lançando o curso de Formação de Músicos e >>>>Produtores de Rock. A intenção é formar um >>>>profissional para a área da música que tenha >>>>capacidade de gerenciar sua própria carreira, >>>>que saiba discorrer sobre a história do rock com >>>>apurado senso estético, relacionar-se >>>>fluentemente com os meios de comunicação e >>>>utilizar adequadamente as ferramentas >>>>tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja >>>>capaz de incutir nas pessoas um novo >>>>entendimento do papel do músico hoje em dia. >>>> >>>>As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h >>>>às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas >>>>ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração >>>>de dois anos e meio (1.660 horas-aula). >> >> >> >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> >>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> >>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> >>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. >> Para alterar a categoria classificada, visite >> >>http://mail.terra.com.br/protected_email/imail/imail.cgi?+_u=edgberg&_l=1,1166449395.398735.15011.mindelo.hst.terra.com.br,13553,Des15,Des15 >> >> Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. >> Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em >>15/12/2006 / Versão: 4.4.00/4920 >> Proteja o seu e-mail Terra: >>http://mail.terra.com.br/ >> >> >> __________ Informação do NOD32 IMON 1926 (20061218) __________ >> >> Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus >> http://www.eset.com.br >> >> > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. >Para alterar a categoria classificada, visite o >Terra >Mail > >Esta mensagem foi verificada pelo >E-mail Protegido >Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 18/12/2006 / Versão: 4.4.00/4921 >Proteja o seu e-mail Terra: >http://mail.terra.com.br/ > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dguigue em cchla.ufpb.br Tue Dec 19 10:12:28 2006 From: dguigue em cchla.ufpb.br (Didier Guigue) Date: Tue, 19 Dec 2006 09:12:28 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] saiasjustas no anhembi In-Reply-To: <20061218233745.68D131685@web02.alog.com.br> References: <20061218233745.68D131685@web02.alog.com.br> Message-ID: <39388.200.209.174.179.1166530348.squirrel@webmail.cchla.ufpb.br> Prezados Nesta discussão, se focalizou toda a culpa em cima da omissão de um suposto acadêmico enrustido , trancafiado num determinado tipo de saber e com temor ao que acontece na vida real, na música “real” (leia–se o “rock”). Discordo por várias razões, duas delas aqui expostas: 1. Estou prestes a apostar que uma significativa proporção de “acadêmicos” assinantes desta lista não se enquadram neste perfil, e mais: que já tomaram, ou tentaram tomar, iniciativas no sentido de adequar os currículos e conteúdos dos cursos ou disciplinas pelas quais são ou foram responsáveis, ao contexto socio-cultural atual, tentando inclusive oferecer uma base teórica e prática, que forme músicos ativamente e criticamente implicados na maneira com que se insere a sua atividade dentro da sociedade, e não, apenas, técnicos alienados . Mas… 2. Um curso como este, proposto pela Anhembi-Morumbi, necessita grande agilidade na adquisição, manutenção e renovação do equipamento, de um Coordenador que tenha acesso permanente a verba, e um Corpo docente que tenha plena autonomia para decidir o que fazer com isto. Precisa de assistentes técnicos e funcionários estimulados a trabalhar em prol do curso, e não contra, como os nossos. Infelizmente, nenhuma dessas condições está reunida nas instituicões públicas, não preciso entrar em detalhes neste ponto: burocracia, licitaçãoões públicas, ausência de autonomia , administração cartorial, morosidade ou até impedimento de contratações, salários desestimulantes… No meu entender, é _esta_ esclerose, e não a de alguns eventuais professores “reacionários”, se houver, a principal responsável pelo desajusto observado nesta discussão, pelo não atendimento da demanda. P.S. Em tempo: ao associar, mais uma vez, musica “erudita” a música “européia”, o nosso “pianista brasileiro” esqueça, ou então não sabia, e aí estou trazendo para ele uma informação em primeira mão, que 90% dos elementos melódicos e harmônicos de qualquer tipo de gênero dito “não-erudito”, feito no Brasil e na maior parte dos continentes, como rock, jazz, chorinho, samba, pagode, MPB, e o que mais quiser, encontra sua fonte na prática européia “erudita” dos dois/três últimos séculos (ou mais, visto que o rock tem base modal, geralmente). Sem falar do instrumental, visto que até agora o toré não conseguiu se impor no rock nacional. Negar essas evidências, e se negar a saber mais sobre isto, traduz, no mínimo, um curioso conceito de formação musical. Didier Guigue (UFPB) From kroegerlistas em pedrokroeger.net Tue Dec 19 10:18:03 2006 From: kroegerlistas em pedrokroeger.net (Pedro =?iso-8859-1?Q?Kr=F6ger?=) Date: Tue, 19 Dec 2006 09:18:03 -0300 Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS In-Reply-To: <000401c722a9$73212d40$6501a8c0@DJL03S51> (jamannis@uol.com.br's message of "Mon\, 18 Dec 2006 11\:35\:52 -0200") References: <000401c722a9$73212d40$6501a8c0@DJL03S51> Message-ID: <87wt4o3wqs.fsf@pedrokroeger.net> "JAMANNIS" writes: > Um músico, não se faz em menos de 10 anos. Alguém que não sabe nem ler > música, precisa, depois de passar por essa fase de 'aprender a ler', mais > uns 10 anos, como o médico. E de fato, pesquisas [1] e [2] mostram que são necessários 10 anos para se tornar um expert em deversas áreas, incluindo composição musical. Um artigo _muito_ interessante é o "Teach Yourself Programming in Ten Years" [3] do Guru de inteligência artificial Peter Norvig. Ele comenta sobre essa pressa em aprender as coisas correndo. No caso dele ele cita os livros do tipo "aprenda X em Y dias", onde Y é um número pequeno. Abraços, Pedro Kröger Footnotes: [1] http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0805803092 [2] http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/034531509X/ [3] http://norvig.com/21-days.html From mauricio.alves.loureiro em gmail.com Tue Dec 19 10:39:04 2006 From: mauricio.alves.loureiro em gmail.com (Mauricio Alves Loureiro) Date: Tue, 19 Dec 2006 10:39:04 -0200 Subject: RES: [ANPPOM-L] saiasjustas no anhembi In-Reply-To: <39388.200.209.174.179.1166530348.squirrel@webmail.cchla.ufpb.br> Message-ID: <4587dd6a.34420398.1b80.30ef@mx.google.com> Uma perguntinha: Quanto custa o curso? Mauricio -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Didier Guigue Enviada em: terça-feira, 19 de dezembro de 2006 10:12 Para: Farlley Jorge Derze Cc: anppom-l em iar.unicamp.br Assunto: [ANPPOM-L] saiasjustas no anhembi Prezados Nesta discussão, se focalizou toda a culpa em cima da omissão de um suposto acadêmico enrustido , trancafiado num determinado tipo de saber e com temor ao que acontece na vida real, na música “real” (leia–se o “rock”). Discordo por várias razões, duas delas aqui expostas: 1. Estou prestes a apostar que uma significativa proporção de “acadêmicos” assinantes desta lista não se enquadram neste perfil, e mais: que já tomaram, ou tentaram tomar, iniciativas no sentido de adequar os currículos e conteúdos dos cursos ou disciplinas pelas quais são ou foram responsáveis, ao contexto socio-cultural atual, tentando inclusive oferecer uma base teórica e prática, que forme músicos ativamente e criticamente implicados na maneira com que se insere a sua atividade dentro da sociedade, e não, apenas, técnicos alienados . Mas… 2. Um curso como este, proposto pela Anhembi-Morumbi, necessita grande agilidade na adquisição, manutenção e renovação do equipamento, de um Coordenador que tenha acesso permanente a verba, e um Corpo docente que tenha plena autonomia para decidir o que fazer com isto. Precisa de assistentes técnicos e funcionários estimulados a trabalhar em prol do curso, e não contra, como os nossos. Infelizmente, nenhuma dessas condições está reunida nas instituicões públicas, não preciso entrar em detalhes neste ponto: burocracia, licitaçãoões públicas, ausência de autonomia , administração cartorial, morosidade ou até impedimento de contratações, salários desestimulantes… No meu entender, é _esta_ esclerose, e não a de alguns eventuais professores “reacionários”, se houver, a principal responsável pelo desajusto observado nesta discussão, pelo não atendimento da demanda. P.S. Em tempo: ao associar, mais uma vez, musica “erudita” a música “européia”, o nosso “pianista brasileiro” esqueça, ou então não sabia, e aí estou trazendo para ele uma informação em primeira mão, que 90% dos elementos melódicos e harmônicos de qualquer tipo de gênero dito “não-erudito”, feito no Brasil e na maior parte dos continentes, como rock, jazz, chorinho, samba, pagode, MPB, e o que mais quiser, encontra sua fonte na prática européia “erudita” dos dois/três últimos séculos (ou mais, visto que o rock tem base modal, geralmente). Sem falar do instrumental, visto que até agora o toré não conseguiu se impor no rock nacional. Negar essas evidências, e se negar a saber mais sobre isto, traduz, no mínimo, um curioso conceito de formação musical. Didier Guigue (UFPB) ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From antunes em unb.br Tue Dec 19 14:20:18 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 19 Dec 2006 14:20:18 -0200 Subject: [ANPPOM-L] no meio do caminho tinha um rock Message-ID: <4588113D.EC2EDC5C@unb.br> Car em s colegas: Gostaria de lhes apresentar algumas considerações referentes às últimas mensagens sobre o "curso de rock". Em primeiro lugar quero manifestar meu contentamento com o fato de que o assunto despertou a lista de discussão da Anppom. Infelizmente ela andou totalmente apagada, sem mensagens, sem conversas, sem troca de idéias, sem debate, sem discussão e, portanto, alimentando nosso tão triste e habitual distanciamento. A lista existe para isto: nossa troca de idéias, contatos e debates. Então, o anunciado curso de rock acaba de dar sua primeira grande contribuição. Em segundo lugar, gostaria de comentar aquelas mensagens opinativas, que diziam estar a Universidade sem sintonia com a realidade. Existem colegas que defendem a idéia de que a Universidade deve estar atenta às demandas do mercado. Eu, como socialista convicto, que sonho com uma sociedade futura de direitos e oportunidades iguais para todos, uma sociedade fraterna, solidária, penso justamente o contrário. Acho que a Universidade deve, sim, estar atenta às demandas do mercado, mas de modo crítico, para não correr o risco de trazer o inimigo para dentro da barricada. Entendo que a Universidade deve ser uma trincheira de luta contra a má realidade externa, forjada na ganância do capitalismo e de empresários que fabricam demandas de modo a aumentar a competição, a disputa fratricida e a exploração do homem pelo homem, aumentando cada vez mais as desigualdades, à custa do embrutecimento do povo e da repressão de sua capacidade criativa. A banalização cultural e as "musicas" comerciais de rápido e fácil consumo fazem parte desse processo. Digo que a Universidade não deve ser um supermercado. No Carrefour, quando existe uma forte demanda de yoghurt pelo público consumidor, seus proprietários enchem as prateleiras de yoghurt. A Universidade não pode ser assim. Nossas prateleiras não devem se encher de rap, hip hop, rock, samba, funk, techno, só porque o mercado apresenta grande demanda desses gêneros. Devo esclarecer que nada tenho contra essas manifestações culturais. Pelo contrário, adoro samba, rap, hip hop, rock, funk, techno, quando eles são bem feitos. Mas a "academização" desses gêneros certamente mataria suas espontaneidades e belezas. A totalidade dos rocks e roqueiros que conheço, e que fizeram e fazem bom rock, não estudou rock na Universidade. Pelo contrário, muitos deles estudaram música erudita na Universidade, ou outras áreas do conhecimento na Universidade, desembocando seus saberes, adquiridos na academia, na linguagem pop. É preciso se convencer de que não é qualquer atividade que pode ou deve ou precisa ser aprendida na Universidade. Muitas delas podem e devem ser estudadas em outros lugares. Por exemplo, o corte e costura não precisa, ou não deve, ser estudado na Universidade. O bumba-meu-boi também não. Ao trabalhar com meu queridíssimo amigo Seu Teodoro, de 80 anos idade, no projeto Speculum Brasilis, aprendi mil saberes novos. Seu Teodoro é o maranhense criador e diretor do famoso bumba-meu-boi de Brasília. Para economizar grana, o boi que eu queria usar adotaria o tambor-onça, dois pandeiros, o puxador e apenas uma matraca. Seu Teodoro rebelou-se: "- Com uma matraca só, não dá a tonalidade!" Depois, experimentando, vi que ele tinha razão. Conclusão: a poliritmia e o politimbrismo do boi do Seu Teodoro, com duas matracas, com sua "tonalidade" perfeita, casou maravilhosamente com a atonalidade de meus sons eletrônicos. Existem saberes que não podem correr o risco de serem contaminados pelos virus acadêmicos, porque correriam o risco de se transmutarem, se deformarem. Abraços para tod em s, com votos de boas festas. Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mvirmond em ilsl.br Tue Dec 19 10:16:30 2006 From: mvirmond em ilsl.br (mvimond@ilsl.br) Date: Tue, 19 Dec 2006 10:16:30 -0200 Subject: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS References: Message-ID: <011e01c72367$8670ede0$2c01a8c0@MarcosVirmond> Prezados, falando em cursos de curtissima duração, quero trazer à disussão um assunto que vem me perturbando: - Primeiro foi o "contrabaixo acústico", que custei a entender a que se referiam; depois vieram os "shows acústicos", idem. Agora, em um desses cursos de música em uma dessas universidades, aparece uma tal de "viola erudita". Bem, sempre pensei que contrabaixo fosse aquele instrumento do Botesini e que qualquer show com música utilizasse os princípios da acústica, e que viola era viola, isto é, bratsche, alto! Se acharem que é diversificação semântica, soy contra! Entretanto, não há mais salvação, visto que as redes de TV. agora, estão tentanto converncer o resto do Brasil que os Jogos do Pan 2007 são de iteresse Nacional, e não de um pequeno grupo do Rio de Janeiro! A conta, claro, será paga por todos... Marcos ----- Original Message ----- From: Mauricio Alves Loureiro To: 'Guilherme Goldberg' ; 'JAMANNIS' ; loureiro.mauricio em oi.com.br ; farlley em pianobrasileiro.com ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Monday, December 18, 2006 8:39 PM Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS Caro Guilherme, Eu não tinha percebido esse reflexo de sentimento anti-americano nessas nossas discussões. Pensei que estávamos discutindo mais sobre que tipo de música poderia ser produzida por profissionais formados por este ou aquele programa de ensino. O papo da quinta justa foi apenas para ironizar a pobreza de muitas músicas de mercado que se fazem hoje por aí, entre elas, o rock de má qualidade (existe muito rock bom assim como muita quinta justa boa, como aquelas de Leonin e Perotin de mil anos atrás, por exemplo). No entanto, vejo agora que os eventuais reflexos de sentimento anti-americano podem ter sido legítimos sim, tendo em vista a estrutura curricular deste cursinho, que eu desconhecia. E agora, depois que você me lembrou disso, eu também não vou conseguir evitar de me juntar às vítimas destes respingos de anti-americanismo, e ainda mais com a realidade política diariamente nos suplicando por este sentimento. Abraços Mauricio ------------------------------------------------------------------------------ De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Guilherme Goldberg Enviada em: segunda-feira, 18 de dezembro de 2006 19:48 Para: JAMANNIS; loureiro.mauricio em oi.com.br; farlley em pianobrasileiro.com; anppom-l em iar.unicamp.br Assunto: Re: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS Caros, Tenho acompanhado o debate sobre o novo curso de curtíssima duração Formação de Músicos e Produtores de Rock. O paralelo feito pelo prof. Mannis, entre músicos e médicos, é muito apropriado e poderia ser feito também em relação a qualquer outra profissão. Entretanto, parece-me que algumas opiniões manifestadas anteriormente refletem um sentimento anti-americano, já que o rock tem lá sua origem, ou mesmo algum preconceito quanto a possível validade acadêmica de alguns conteúdos, embora eu também não veja com bons olhos cursos de tão pouca duração. Mais lógico, talvez, como curso técnico, mas isto certamente estará na contra-mão do grandioso projeto de nosso Presidente da República em "espraiar" os cursos superiores pelo Brasil. Mesmo assim, fiquei curioso e acessei o site de tal curso para pesquisar seus módulos e currículos e ter a exata noção do que se trata. Infelizmente constatei que algumas opiniões emitidas pelos ilustres colegas mostram o não conhecimento ao que se propõem este curso. Para começar, é um curso para músicos e não simplesmente um curso de música. Me pareceu interessante a inclusão de disciplinas que tratam da produção de gravações, do direito autoral ou da administração da carreira, o que não faz parte dos nossos cursos tradicionais. Enfim, abaixo transcrevo a sua estrutura para melhor qualificar as futuras opiniões. Abraços a todos Luiz Guilherme Goldberg Fonte: http://www.unisinos.br/rock/ "A estrutura do curso de Formação de Músicos e Produtores de Rock, dividida em quatro módulos articulados entre si: Módulo I - Construção de referências musicais (330 horas-aula) Introduz e ambienta o aluno na trajetória teórico-prática do curso. Nesse módulo, o aluno cria sua versão para uma música do gênero rock pré-existente. O objetivo é consolidar e sistematizar o conjunto de suas referências musicais. No processo de criação e produção musical do gênero, é fundamental que o músico ou produtor saiba construir as fundações de seu estilo ou identidade musical. Atividade Horas-aula Interpretação e produção de textos 60 Produção musical 1 30 Historia do rock 1 60 Laboratório de rock 1 60 Projeto 1 - Cover 60 Produção de gravação 1 60 ------------------------------------------------------------------------------ Módulo II - Identidade musical e elaboração de repertório (630 horas-aula) É nesse momento que você desenvolve suas composições próprias, baseado na trajetória construída pela consolidação de suas referências musicais no módulo I. A construção da identidade própria do aluno enquanto músico e produtor requer atenção, disciplina e respeito ao processo de aprendizagem de cada pessoa. Atividade Horas-aula Comunicação e Marketing 60 Música e Legislação 60 Produção musical 2 60 Historia do rock 2 60 Criação musical 90 Laboratório de rock 2 60 Laboratório de rock 3 60 Produção de gravação 2 60 Projeto 2 - Demonstração 60 Desenvolvimento da carreira musical 30 Direito autoral 30 ------------------------------------------------------------------------------ Módulo III - Produção musical (360 horas-aula) De forma prática, você será qualificado para atuar de maneira colaborativa e coletiva no desenvolvimento das competências de reflexão, produção e composição aliado a conhecimentos de Comunicação e Direito. Através do Projeto 3 - Produção de Coletânea, o aluno desenvolve trabalhos de gravação, produção e divulgação. A atividade completa mais uma produção de prática que será inserida no portfólio do músico ou produtor em formação. Atividade Horas-aula Criação e gestão da marca 60 Produção musical 3 60 Criação musical 2 60 Laboratório de rock 4 60 Produção de gravação 3 60 Projeto 3 - Produção coletânea 60 ------------------------------------------------------------------------------ Módulo IV - Preparação da carreira (340 horas-aula) Prepara o aluno para o início de sua carreira como produtor ou músico de rock. Através do Projeto 4 - Festival , você será preparado para produção de um evento configurado como um festival de música, ou seja, uma reunião de bandas e músicos que servirá como o ápice da trajetória do aluno dentro do curso. É nesse momento que o aluno percebe a evolução do conjunto de suas competências desenvolvidas ao longo dos quatro módulos do curso e que servirá de plataforma para a exposição do formando na sua inserção no mercado de trabalho. Atividade Horas-aula Administração da carreira 60 Redes de relacionamento pessoal/profissional 60 Antropologia e ética 60 Desenvolvimento de produto web 20 Oficina de produto web 20 Negociação 30 Projeto 4 - Festival 60 Produção musical 4 20 ------------------------------------------------------------------------------ ----- Original Message ----- From: "JAMANNIS" To: "'ja.mannis'" ; "'Mauricio Alves Loureiro'" ; "'Farlley Jorge Derze'" ; Sent: Monday, December 18, 2006 11:35 AM Subject: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Colegas, > > Reforço a colocação do Mauricio esclarecendo que o principal foco de critica > do Silvio não é quanto ao gênero ou estilo, de música ou de vida, mas quanto > a letargia dos meios acadêmicos que se mexem com muita dificuldade face às > tendências da atualidade e à realidade dos fatos. > > De fato, continuar ensinando composição 'pura' (desculpe mas não achei nada > melhor no momento...) unicamente num curso de composição me parece > extemporâneo face à realidade da ação efetiva dos músicos de hoje. > > Também me permito falar tendo sido baixista de rock, tocando as quintas (e > mais alguns intervalos), e por ter sido produtor de concertos de rock. > > Desde cedo senti necessidade de ter uma abordagem musical mais ampla que o > rock, ou seja, pela música. A diversidade na formação de um músico é > essencial para seu desenvolvimento pleno e efetivo. > > Tanto é que os eventuais alunos de composição que saem escrevendo > pseudo-bach, pseudo-chopin, pseudo-qq, acabam não contribuindo em nada à > efetiva participação da música na vida das pessoas, a não ser a função > lúdica de jogar e brincar sem pretensão. O que não é ruim, mas também não é > necessário. Pode ser descartado sem prejuízos. > > A imagem da formação médica é uma metáfora muito boa. > > Para formar um médico pleno, do zero, sem saber nada de medicina é preciso > pelo menos 10 anos. Mas 10 anos depois de saber biologia, citologia, > química, química orgânica, mecânica - física (para quem vai ser ortopedista > é necessário...), botânica no colegial(útil para farmacologia), genética... > > Acho que para formar um músico essas condições são necessárias: > > Antes de entrar para a faculdade de música ele precisa saber ler. Ler e > ouvir música, como o médico sabe ler seus textos e sabe ler também nas > coisas e nos fenômenos o que eles significam o que eles são. Antes de entrar > da faculdade, o médico já sabe ler em seu idioma, e já sabe entender que > aquilo que está acontecendo com uma célula é, por exemplo, uma fagocitose. > Ele consegue ler nos seres vivos. O músico precisa então ler nos sons e ler > na música. Não somente partituras, mas saber 'como ouvir as coisas'. A > diferença entre uma escuta técnica e uma escuta estética. > > Precisa saber os rudimentos equivalentes à biologia, que seriam os elementos > básicos da teoria musical, e não somente a européia, mas igualmente os > rudimentos de diversas culturas, numa formação básica de fato revista e > efetiva. > > Um músico, não se faz em menos de 10 anos. Alguém que não sabe nem ler > música, precisa, depois de passar por essa fase de 'aprender a ler', mais > uns 10 anos, como o médico. > > Portanto, todos estão de acordo, porque a verdade é uma e única: > > Ninguém, que seja normal, aprende tudo em tão pouco tempo. É uma ilusão e > uma falta de honestidade, assumir um compromisso de formar um profissional > sem que domine os elementos mínimos. > > Ou seja, até quando as universidades vão ficar paradas olhando essa enorme > demanda ser atendida por oportunistas que enxergaram brechas no mercado? > > O que o Silvio defende, o que o Mauricio defende, o que eu defendo e estou > certo que o que o Sr. Farlley Derze defende, é uma formação honesta e de > fato com conteúdo pertinente, coerente e suficiente. > > É impossível defender uma proposta enganosa só porque ela é inovadora. > > Mesmo sendo, talvez, a única, ela, mesmo assim, continua sendo enganosa. > > José Augusto Mannis > > > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] > Em nome de Mauricio Alves Loureiro > Enviada em: segunda-feira, 18 de dezembro de 2006 10:37 > Para: 'Farlley Jorge Derze'; anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: RES: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Pessoal, > > Mesmo tendo sido grande fã do rock dos tempos do woodstock, não tenho > prestado muita atenção no rock dos últimos anos. Portanto, me desculpem a > ingenuidade quanto ao rock de hoje, mas não é a quinta justa o intervalo > mais usado neste tipo de musica? (às vezes o único que a gente ouve no > baixo...). Não é meio complicado prometer a um cara que não sabe o que é uma > quinta justa, que ele poderá se tornar um roqueiro em 2 anos? > > Abraços > > Mauricio > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] > Em nome de Farlley Jorge Derze > Enviada em: domingo, 17 de dezembro de 2006 23:49 > Para: anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: [ANPPOM-L] PIERCINGS versus BATINAS > > Prezado Silvio, permita-me compartilhar de sua crítica. Eu não veria com > tanto > espanto a expressão "produtor de rock", se formos capazes de admitir que a > expressão "Cursos de Música" nos Editais de Vestibulares de nossas > universidades brasileiras é bastante inapropriado, porque os jovens que se > interessam por um "Curso de Música" não sabem que se trata de uma formação > em > música centro-européia, a começar pelo critério de avaliação dos candidatos > (provas de habilidades específicas), em que se exige o conhecimento da > teoria > musical (quinta justa, solfejo, etc.). Vejo mais propriedade na > expressão "Produtor de Rock" caso o curso não esteja voltado a > aplicar "delays", "flangers", "chorurs", "drop-ecos", "cross > delay", "randerização de PAN", naqueles instrumentos de pele típicos do > universo do samba, pagode, forró e Cia. Imagino que o Curso esteja se > predispondo a lidar com o aparato de tecnologia e de nomenlcatura da qual se > > valem aqueles que navegam nos acordes do Rock. Diferentemente da > nomenclatura > inapropriada que jaz nos Editais de nossas universidades que prometem um > "Curso > de Música". Seria mais justo, academicamente falando, que os editais se > restringissem à formacao que efetivamente nossas universidades > oferecem "Faculdade de Música Erudita e Européia". Há anos vejo currículos > produzindo pianistas "românticos, clássicos e impressionistas", assim como > os "cantores", e tantos outros instrumentistas. Se eles vão por brincos a > partir do terceiro trimestre (como mencionado pelo professor Jorge Antunes), > > não nos caberia tanto espanto: cada música parece ter seu ritual e sua > idumentária, bastando dar uma olhada ao redor: vejamos como se veste um > maestro > brasileiro e sus orquestra. Nada contra, ok ! Mesmo sob 42 graus de Rio de > Janeiro; vejamos como se vestiam os patriarcas do Canto Gregoriano ! Nada > contra. Falar sobre como se portam ou como se vestem músicos é no mínimo > imprudente. Daqui a pouco será possível criticar os longos cabelos do > professor > Jorge Antunes como não condizentes com a música que ele aprendeu a gostar. > Deixemos os piercings, brincos, lantejolas e batinas para celebrar cada qual > > sua ocasião, não importa se hoje ou a partir do terceiro semestre da Novo > Curso > de Produtor de Rock. Ou a idéia é continuar iludindo os jovens brasileiros > de > que nas universidades brasileiras se dá um Curso de Longa Duração de Música? > O > fato inconteste e objetivo é: quem desejar ingressar na "Faculdade de > Música" > já precisa ser Músico (vide teste de habilidade específica). Ou seja, a > rigor, > nao é um Curso de Formação, mas de Controle do status quo ! Felizmente o > Curso > de Medicina não exige que seus candidatos dê um talho no couro de um bode, > por > exemplo, para saber se possui habilidades específicas para no futuro cortar > com > precisao um músculo, transplantar um rim, suturar veias e outras > microparafernálias do tecido anatômico dos mamíferos. Tais habilidades sao > FORMADAS durante o Curso e durante a prática ao longo da vida profissional, > mas > nada que exija uma habilidade manual anterior e repetitiva como uma escala > diatonica, um solfejo tonal, condições para ingressar no "Curso de Música" > (entre aspas mesmo). Eu gostaria imensamente que inúmeros cursos de > produtores > e outras FORMAÇÕES, que abdiquem do conforto de receber cérebros pré- > selecionados pela "habilidade específica", se multiplicassem no Brasil e > vencessem a resistência que alguns acadêmicos oferecem a tudo que escape ao > latifúndio intelectual que se buscar preservar e perpetuar, > confortavelmente, > já que o desafio de FORMAR um músico parece ser maior que o de formar um > cirurgião. Claro que são matérias de natureza diferentes: formar um médico é > > bem mais simples, sequer necessita de habilidades específicas, pois toda > anatomia do "homo sapiens" é igual; diferente é a anatomia do "homo > academicus". > > Farlley Derze > > > > > agora é q a porca torce o rabo. >>pq não um curso de produtor de samba? >>pq não um curso de produtor de pagode, ou de forró, ou de xaxado? >>produtor de música caipira e sertaneja? >>concordo com curso de produtor, mas pq definir a >>música específica...pra atrair público??? >>pq um profissional em rock e não em outro tipo de música qualquer? >>cheira a ocasião. >>o curso é rapidinho né...dois anos, e com isto >>espera-se o q mesmo? "ouvidos apurado com senso >>estético"...? da estética de hegel ou kant ou >>estética marxista????? >> >>silvio >> >> >>>O curso de Formação de Produtores e Músicos de >>>Rock caiu nas graças do Brasil inteiro. A equipe >>>do Jornal Hoje, da Rede Globo, esteve na >>>universidade no sábado de vestibular (2/12) e >>>fez gravações externas com o coordenador, o >>>músico Frank Jorge. >>> >>>O papel do músico na sociedade e as opções de >>>inserção no mundo profissional mudaram muito. E >>>para melhor. Através de novos recursos de mídia, >>>ampliação do mercado de trabalho e novas >>>estratégias de marketing, o músico pode e deve >>>ser visto como um profissional completo. Um >>>misto da imagem já conhecida de instrumentista, >>>compositor e arranjador, com habilidades até >>>então ignoradas pelo universo acadêmico, como >>>operador de softwares de áudio, produtor de >>>discos e crítico musical. >>> >>>Entendendo essa nova realidade, a Unisinos está >>>lançando o curso de Formação de Músicos e >>>Produtores de Rock. A intenção é formar um >>>profissional para a área da música que tenha >>>capacidade de gerenciar sua própria carreira, >>>que saiba discorrer sobre a história do rock com >>>apurado senso estético, relacionar-se >>>fluentemente com os meios de comunicação e >>>utilizar adequadamente as ferramentas >>>tecnológicas e a internet. Enfim, que ele seja >>>capaz de incutir nas pessoas um novo >>>entendimento do papel do músico hoje em dia. >>> >>>As aulas acontecem de segunda à quarta, das 14h >>>às 16h45. Porém, nas segundas e terças, as aulas >>>ocorrem das 17h30 às 20h30. O curso tem duração >>>de dois anos e meio (1.660 horas-aula). > > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. > Para alterar a categoria classificada, visite > http://mail.terra.com.br/protected_email/imail/imail.cgi?+_u=edgberg&_l=1,1166449395.398735.15011.mindelo.hst.terra.com.br,13553,Des15,Des15 > > Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. > Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 15/12/2006 / Versão: 4.4.00/4920 > Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/ > > > __________ Informação do NOD32 IMON 1926 (20061218) __________ > > Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus > http://www.eset.com.br > > ------------------------------------------------------------------------------ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Wed Dec 20 09:54:03 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Wed, 20 Dec 2006 09:54:03 -0200 Subject: RES: [ANPPOM-L] no meio do caminho tinha um rock References: Message-ID: <45892453.34B5566F@unb.br> Querida Salomea: Obrigado. Retribuo, com votos de boas festas e um 2007 cheio de saúde e realizações. Abraço, Jorge Antunes Salomea Gandelman wrote: > Concordo com voce em gênero, número e gráu. Faço minhas as suas palavras! Um abraço e boas festas . Salomea Gandelman > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Jorge Antunes > Enviada em: terça-feira, 19 de dezembro de 2006 13:20 > Para: anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: [ANPPOM-L] no meio do caminho tinha um rock > > Car em s colegas: > > Gostaria de lhes apresentar algumas considerações referentes às últimas mensagens sobre o "curso de rock". > > Em primeiro lugar quero manifestar meu contentamento com o fato de que o assunto despertou a lista de discussão da Anppom. > Infelizmente ela andou totalmente apagada, sem mensagens, sem conversas, sem troca de idéias, sem debate, sem discussão e, portanto, alimentando nosso tão triste e habitual distanciamento. > A lista existe para isto: nossa troca de idéias, contatos e debates. Então, o anunciado curso de rock acaba de dar sua primeira grande contribuição. > > Em segundo lugar, gostaria de comentar aquelas mensagens opinativas, que diziam estar a Universidade sem sintonia com a realidade. Existem colegas que defendem a idéia de que a Universidade deve estar atenta às demandas do mercado. Eu, como socialista convicto, que sonho com uma sociedade futura de direitos e oportunidades iguais para todos, uma sociedade fraterna, solidária, penso justamente o contrário. Acho que a Universidade deve, sim, estar atenta às demandas do mercado, mas de modo crítico, para não correr o risco de trazer o inimigo para dentro da barricada. Entendo que a Universidade deve ser uma trincheira de luta contra a má realidade externa, forjada na ganância do capitalismo e de empresários que fabricam demandas de modo a aumentar a competição, a disputa fratricida e a exploração do homem pelo homem, aumentando cada vez mais as desigualdades, à custa do embrutecimento do povo e da repressão de sua capacidade criativa. A banalização cultural e as "musicas" comerciais de rápido e fácil consumo fazem parte desse processo. > Digo que a Universidade não deve ser um supermercado. No Carrefour, quando existe uma forte demanda de yoghurt pelo público consumidor, seus proprietários enchem as prateleiras de yoghurt. A Universidade não pode ser assim. Nossas prateleiras não devem se encher de rap, hip hop, rock, samba, funk, techno, só porque o mercado apresenta grande demanda desses gêneros. > Devo esclarecer que nada tenho contra essas manifestações culturais. Pelo contrário, adoro samba, rap, hip hop, rock, funk, techno, quando eles são bem feitos. Mas a "academização" desses gêneros certamente mataria suas espontaneidades e belezas. > A totalidade dos rocks e roqueiros que conheço, e que fizeram e fazem bom rock, não estudou rock na Universidade. Pelo contrário, muitos deles estudaram música erudita na Universidade, ou outras áreas do conhecimento na Universidade, desembocando seus saberes, adquiridos na academia, na linguagem pop. > É preciso se convencer de que não é qualquer atividade que pode ou deve ou precisa ser aprendida na Universidade. Muitas delas podem e devem ser estudadas em outros lugares. Por exemplo, o corte e costura não precisa, ou não deve, ser estudado na Universidade. O bumba-meu-boi também não. Ao trabalhar com meu queridíssimo amigo Seu Teodoro, de 80 anos idade, no projeto Speculum Brasilis, aprendi mil saberes novos. Seu Teodoro é o maranhense criador e diretor do famoso bumba-meu-boi de Brasília. Para economizar grana, o boi que eu queria usar adotaria o tambor-onça, dois pandeiros, o puxador e apenas uma matraca. Seu Teodoro rebelou-se: "- Com uma matraca só, não dá a tonalidade!" Depois, experimentando, vi que ele tinha razão. Conclusão: a poliritmia e o politimbrismo do boi do Seu Teodoro, com duas matracas, com sua "tonalidade" perfeita, casou maravilhosamente com a atonalidade de meus sons eletrônicos. > Existem saberes que não podem correr o risco de serem contaminados pelos virus acadêmicos, porque correriam o risco de se transmutarem, se deformarem. > Abraços para tod em s, com votos de boas festas. > Jorge Antunes > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Wed Dec 20 10:19:46 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Wed, 20 Dec 2006 10:19:46 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Re: Alda elogia References: <000e01c7241f$c35f7e70$da00a8c0@Colina1> Message-ID: <45892A55.9C2FE9CF@unb.br> Querida Alda: Você, como sempre, amiga e generosa. Envio um beijo, extensivo ao Jamary, com votos de boas festas e muita saúde e sucessos em 2007. Jorge Antunes olival em ufba.br wrote: > Jorge, Você arrasou nas suas respostas!!A Educação Musical brasileira agradece!! Aquela do Bumba meu Boi foi ótima. Eu também já constatei estas coisas nos processos pedagógicos usados pelos Mestres da cultura. Durante a criação da Escola Pracatum, via coisas desse tipo no Candeal, incríveis. Temos de ter na Universidade todo um cuidado pedagógico para trabalhar com aspectos culturais. Não podemos ser supermercado universitário. Alda -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mlsekeff em giro.com.br Wed Dec 20 11:50:18 2006 From: mlsekeff em giro.com.br (SEKEFF) Date: Wed, 20 Dec 2006 11:50:18 -0200 Subject: [ANPPOM-L] no meio do caminho tinha um rock References: <4588113D.EC2EDC5C@unb.br> Message-ID: <008601c7243d$deb0eb50$cbc39bc8@edsonf5f66380e> Parabéns Jorge, venho acompanhando suas reflexões. São super pertinentes. Um abraço, Sekeff ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Tuesday, December 19, 2006 2:20 PM Subject: [ANPPOM-L] no meio do caminho tinha um rock Car em s colegas: Gostaria de lhes apresentar algumas considerações referentes às últimas mensagens sobre o "curso de rock". Em primeiro lugar quero manifestar meu contentamento com o fato de que o assunto despertou a lista de discussão da Anppom. Infelizmente ela andou totalmente apagada, sem mensagens, sem conversas, sem troca de idéias, sem debate, sem discussão e, portanto, alimentando nosso tão triste e habitual distanciamento. A lista existe para isto: nossa troca de idéias, contatos e debates. Então, o anunciado curso de rock acaba de dar sua primeira grande contribuição. Em segundo lugar, gostaria de comentar aquelas mensagens opinativas, que diziam estar a Universidade sem sintonia com a realidade. Existem colegas que defendem a idéia de que a Universidade deve estar atenta às demandas do mercado. Eu, como socialista convicto, que sonho com uma sociedade futura de direitos e oportunidades iguais para todos, uma sociedade fraterna, solidária, penso justamente o contrário. Acho que a Universidade deve, sim, estar atenta às demandas do mercado, mas de modo crítico, para não correr o risco de trazer o inimigo para dentro da barricada. Entendo que a Universidade deve ser uma trincheira de luta contra a má realidade externa, forjada na ganância do capitalismo e de empresários que fabricam demandas de modo a aumentar a competição, a disputa fratricida e a exploração do homem pelo homem, aumentando cada vez mais as desigualdades, à custa do embrutecimento do povo e da repressão de sua capacidade criativa. A banalização cultural e as "musicas" comerciais de rápido e fácil consumo fazem parte desse processo. Digo que a Universidade não deve ser um supermercado. No Carrefour, quando existe uma forte demanda de yoghurt pelo público consumidor, seus proprietários enchem as prateleiras de yoghurt. A Universidade não pode ser assim. Nossas prateleiras não devem se encher de rap, hip hop, rock, samba, funk, techno, só porque o mercado apresenta grande demanda desses gêneros. Devo esclarecer que nada tenho contra essas manifestações culturais. Pelo contrário, adoro samba, rap, hip hop, rock, funk, techno, quando eles são bem feitos. Mas a "academização" desses gêneros certamente mataria suas espontaneidades e belezas. A totalidade dos rocks e roqueiros que conheço, e que fizeram e fazem bom rock, não estudou rock na Universidade. Pelo contrário, muitos deles estudaram música erudita na Universidade, ou outras áreas do conhecimento na Universidade, desembocando seus saberes, adquiridos na academia, na linguagem pop. É preciso se convencer de que não é qualquer atividade que pode ou deve ou precisa ser aprendida na Universidade. Muitas delas podem e devem ser estudadas em outros lugares. Por exemplo, o corte e costura não precisa, ou não deve, ser estudado na Universidade. O bumba-meu-boi também não. Ao trabalhar com meu queridíssimo amigo Seu Teodoro, de 80 anos idade, no projeto Speculum Brasilis, aprendi mil saberes novos. Seu Teodoro é o maranhense criador e diretor do famoso bumba-meu-boi de Brasília. Para economizar grana, o boi que eu queria usar adotaria o tambor-onça, dois pandeiros, o puxador e apenas uma matraca. Seu Teodoro rebelou-se: "- Com uma matraca só, não dá a tonalidade!" Depois, experimentando, vi que ele tinha razão. Conclusão: a poliritmia e o politimbrismo do boi do Seu Teodoro, com duas matracas, com sua "tonalidade" perfeita, casou maravilhosamente com a atonalidade de meus sons eletrônicos. Existem saberes que não podem correr o risco de serem contaminados pelos virus acadêmicos, porque correriam o risco de se transmutarem, se deformarem. Abraços para tod em s, com votos de boas festas. Jorge Antunes ------------------------------------------------------------------------------ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------ No virus found in this incoming message. Checked by AVG Free Edition. Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.24/592 - Release Date: 18/12/2006 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From m_swolff em hotmail.com Wed Dec 20 13:10:31 2006 From: m_swolff em hotmail.com (Marcus S. WOLFF) Date: Wed, 20 Dec 2006 15:10:31 +0000 Subject: =?iso-8859-1?B?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gZSBhIGluY2x1c+NvIHVuaXZlcnNpdOFyaWE/?= =?iso-8859-1?B?IQ==?= In-Reply-To: <008601c7243d$deb0eb50$cbc39bc8@edsonf5f66380e> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Wed Dec 20 13:14:30 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Wed, 20 Dec 2006 13:14:30 -0200 Subject: [ANPPOM-L] rockgraduation Message-ID: caros tem saido diversos artigos nos jornais por aqui sobre este curso eu não sabia, pq não assino jornais mas parece q as entrevistas com o coordenador do curso são tipo organizações tabajara abs silvio From silvio.ferraz em terra.com.br Wed Dec 20 15:14:41 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Wed, 20 Dec 2006 15:14:41 -0200 Subject: [ANPPOM-L] rock na folha de sp Message-ID: link pra entrevista com o coord. do curso de róqui http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u65940.shtml silvio -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From farlley em pianobrasileiro.com Wed Dec 20 18:25:56 2006 From: farlley em pianobrasileiro.com (Farlley Jorge Derze) Date: Wed, 20 Dec 2006 18:25:56 -0200 Subject: [ANPPOM-L] e a =?ISO-8859-1?Q?inclus=E3o?= =?ISO-8859-1?Q?universit=E1ria?=? Message-ID: <20061220202556.CA3EA16BB@web02.alog.com.br> Prezado colegas, na garupa de Wolff e Antunes, complementaria sobre o foi colocado: "Portanto, se quisermos continuar fiéis ao ideário socialista, é preciso refletir sobre os motivos pelos quais alguns saberes têm estado na universidade, ocupando uma posição privilegiada e outros ainda "não podem estar"... por que não o rock? ou a música sertaneja ou o jazz/ blues? ou a música de outros povos (africanos. japoneses, indianos, balineses)? e por que não os saberes do seu Teodoro e de outros tantos mestres?" ... conforme a preocupação trazida, o desafio talvez resida em ter que se lidar com a raiz histórica de como os currículos foram construídos e consolidados na grade universitária, isto é, no que tange às razões de estarem lá estes ou aqueles conteúdos. Entretanto, o processo de consolidação parece ter se resultado no que poderiamos considerar como "uma sistematização" da prática ensino/aprendizagem universitária, e o que isso abarca: avaliação, menções, resultados, critérios "x", "y", "z"... assim, que saberes/conhecimentos/critérios poderiam ser considerados em um "processo de sistematização do conhecimento" sobre rock,jazz, música de outros povos, para que tais conhecimentos transitem ou se figurem na prática docente/discente universitária? Não pergunto como se estivesse questionando o valor da inserção de tais saberes na "grade" universitária. Longe disso ! Pergunto com o tom de preocupação de quem não conseguiu localizar uma referência anterior que pudesse oferecer um caminho para que o ideário socialista que Antunes coloca, se desenvolvesse, se consolidasse. Salvo falha em minha interpretação, uma Universidade aberta a todos (pessoas/gêneros musicais) sem abdicar de sua função crítica ! Percebo, neste espaço de discussões, que estamos tentando remover os obstáculos que limitam, provisoriamente, o alcance de um consenso em favor da inserção do patrimônio musical acumulado, na Universidade. As argumentações que estamos negociando, Wolff, Antunes, Silvio, Sekeff, Mannis, Mauricio, Palombini, Marcos Filhos, Lilia Rosa, onde ora a nota (o som) vem em uníssono, ora vem em “cluster”, é o azeite da maquinaria crítica e questionadora, que promove o crescimento individual pela mútua participação de todos. Eu tenho crescido muito com a oportunidade de negociar/trocar/tocar com todos vocês. Farlley Derze ________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > From antunes em unb.br Wed Dec 20 22:11:57 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Wed, 20 Dec 2006 22:11:57 -0200 Subject: [ANPPOM-L] e a =?iso-8859-1?Q?inclus=E3o=20universit=E1ria=3F?= References: <20061220202556.CA3EA16BB@web02.alog.com.br> Message-ID: <4589D147.579C50FD@unb.br> Caros Farlley e Wolff: Gostaria de esclarecer alguns pontos de meu pensamento. O Wollf diz: "Portanto, se quisermos continuar fiéis ao ideário socialista, é preciso refletir sobre os motivos pelos quais alguns saberes têm estado na universidade, ocupando uma posição privilegiada e outros ainda "não podem estar"... por que não o rock? ou a música sertaneja ou o jazz/ blues? ou a música de outros povos (africanos. japoneses, indianos, balineses)? e por que não os saberes do seu Teodoro e de outros tantos mestres?" Não acho que ocupa posição privilegiada o saber que está na Universidade. A música eletroacústica está na Universidade e não tem qualquer privilégio. O mesmo acontece com o piano, o violino, a composição musical, etc. Estes cursos não têm qualquer privilério na sociedade. O quê é privilégio? O teclado Yamaha tem mais privilégios que o piano de cauda. O compositor de música popular tem mais privilégios que o de música erudita. Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" comercial que, graças ao jabá pago por multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas de disco, no Domingão do Faustão, nas novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. Quando me digo socialista, não estou dizendo que sonho com um futuro em que todos os saberes estarão na Universidade. É infantilidade pretender formar brincantes ou compositores de maracatu na Universidade. O máximo que se deve fazer, e isso já se faz, é estudar o maracatu em disciplinas tais como etnomusicologia, folclore, dança, sociologia, culturas de tradição oral, etc. O lema socialista que adoto é: "De cada um conforme suas capacidades, para cada um conforme suas necessidades". Sonho com um futuro em que todos os trabalhadores, sejam eles compositores, camponeses, cientistas, repentistas, brincantes, artistas circenses, comerciários, lixeiros, poetas, economistas, sociólogos, pianistas, etc, façam seus trabalhos com prazer, qualidade e amor, sendo igualmente remunerados de modo a terem, todos, vidas dignas. É só isso. Não dá para formar roqueiros na Universidade. Dá, sim, para oferecer ao jovem que se interessa pelo rock, ou pelo samba, ou pelo chorinho, ou pela música eletrônica pop, um bom período de vida acadêmica na Universidade, para que ele, ao final, faça a arte de que gosta, munido de um lastro de conhecimentos vasto para produzir arte de qualidade. Tenho exemplos paradigmais dessa experiência. Cito um: Hamilton de Holanda. Este gênio do bandolim e do chorinho foi meu aluno na UnB. Formou-se em composição musical. Fez comigo os três semestres de contraponto. No total trabalhou seriamente as cinco espécies a quatro vozes, o misto, o contraponto a dois coros (oito vozes) e a fuga. Ele concluiu a fuga com magnífico trabalho: uma fuga-choro. Outro exemplo: Roberto Corrêa. Este fez Física e, em seguida, composição musical. Hoje é compositor virtuose da viola caipira e pesquisador importante de nosso folclore. É preciso que os saberes de tradição oral, continuem com tradição oral. Nos anos 40 e 50 alguns folcloristas equivocados e, por isso, criminosos, chegaram ao ponto de passar para o papel pautado, com notinhas do sistema tonal, "melodias" dos pregões de rua, de aboios, etc. Essa conta de chegar acadêmica e erudita foi criminosa, porque a escrita mata os melismas, os quartos de tom, os sextos de tom, que aqueles cantos têm. Por enquanto basta. Continuemos com nossas reflexões e troca de idéias. Nada é definitivo em minha cabeça. Não sou dono da verdade. Abraço, Jorge Antunes Farlley Jorge Derze wrote: > Prezado colegas, na garupa de Wolff e Antunes, complementaria sobre o foi > colocado: > > "Portanto, se quisermos continuar fiéis ao ideário socialista, é preciso > refletir sobre os motivos pelos quais alguns saberes têm estado na > universidade, ocupando uma posição privilegiada e outros ainda "não podem > estar"... por que não o rock? ou a música sertaneja ou o jazz/ blues? ou a > música de outros povos (africanos. japoneses, indianos, balineses)? e por que > não os saberes do seu Teodoro e de outros tantos mestres?" > > ... conforme a preocupação trazida, o desafio talvez resida em ter que se lidar > com a raiz histórica de como os currículos foram construídos e consolidados na > grade universitária, isto é, no que tange às razões de estarem lá estes ou > aqueles conteúdos. Entretanto, o processo de consolidação parece ter se > resultado no que poderiamos considerar como "uma sistematização" da prática > ensino/aprendizagem universitária, e o que isso abarca: avaliação, menções, > resultados, critérios "x", "y", "z"... assim, que > saberes/conhecimentos/critérios poderiam ser considerados em um "processo de > sistematização do conhecimento" sobre rock,jazz, música de outros povos, para > que tais conhecimentos transitem ou se figurem na prática docente/discente > universitária? Não pergunto como se estivesse questionando o valor da inserção > de tais saberes na "grade" universitária. Longe disso ! Pergunto com o tom de > preocupação de quem não conseguiu localizar uma referência anterior que pudesse > oferecer um caminho para que o ideário socialista que Antunes coloca, se > desenvolvesse, se consolidasse. Salvo falha em minha interpretação, uma > Universidade aberta a todos (pessoas/gêneros musicais) sem abdicar de sua > função crítica ! > > Percebo, neste espaço de discussões, que estamos tentando remover os obstáculos > que limitam, provisoriamente, o alcance de um consenso em favor da inserção do > patrimônio musical acumulado, na Universidade. > > As argumentações que estamos negociando, Wolff, Antunes, Silvio, Sekeff, > Mannis, Mauricio, Palombini, Marcos Filhos, Lilia Rosa, onde ora a nota (o som) > vem em uníssono, ora vem em “cluster”, é o azeite da maquinaria crítica e > questionadora, que promove o crescimento individual pela mútua participação de > todos. Eu tenho crescido muito com a oportunidade de negociar/trocar/tocar com > todos vocês. > > Farlley Derze -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Wed Dec 20 15:09:47 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Wed, 20 Dec 2006 15:09:47 -0200 Subject: [ANPPOM-L] processo seletivo unicamp Message-ID: caros envio esta mensagem q deve de interessar a muitos abs silvio -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Edital.doc Tipo: application/msword Tamanho: 80384 bytes Descrição: não disponível URL: From akayama em iar.unicamp.br Thu Dec 21 05:37:23 2006 From: akayama em iar.unicamp.br (Adriana Giarola Kayama) Date: Thu, 21 Dec 2006 05:37:23 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Processo Seletivo - =?iso-8859-1?q?Percuss=E3o?= e =?iso-8859-1?q?R=EDtmica?= Message-ID: <1166686643.458a39b3515bb@webmail.iar.unicamp.br> Prezados associados, Segue em anexo edital de processo seletivo na UNICAMP nas áreas de percussão e ritmica. Cordialmente, ADRIANA ----- Mensagem encaminhada de Departamento de Música ----- Data: Wed, 20 Dec 2006 13:25:40 -0200 De: Departamento de Música Reponder para: Departamento de Música Assunto: Processo Seletivo Para: usuarios em iar.unicamp.br Prezados Professores e colegas, Favor ajudar a divulgar. Obrigada, ********************** Luiza Dept. de Música IA - UNICAMP 3521-7485 ********************** ----- Finalizar mensagem encaminhada ----- ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. -------------- Próxima Parte ---------- Um texto embutido e sem conjunto de caracteres especificado foi limpo... Nome: unnamed Url: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Departamento de Música.vcf Tipo: text/x-vcard Tamanho: 153 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Edital.doc Tipo: application/msword Tamanho: 80384 bytes Descrição: não disponível URL: From antunes em unb.br Thu Dec 21 12:26:35 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 21 Dec 2006 12:26:35 -0200 Subject: [ANPPOM-L] e a =?iso-8859-1?Q?inclus=E3o=20universit=E1ria=3F?= References: <20061220202556.CA3EA16BB@web02.alog.com.br> <4589D147.579C50FD@unb.br> <005101c724e2$5d669040$0201a8c0@win98> Message-ID: <458A9999.DA29F0E@unb.br> Caro Luiz Otávio: Obrigado. Retribuo votos de boas festas e um 2007 cheio de alegrias e sucessos. Abraço, Jorge Antunes Luiz Otávio wrote: > Concordo amplamente com a tua posição!Prof. Luiz Otávio BragaInstituto Villa-Lobos/UNIRIOE FELIZ NATAL; FELIZ 2007 > > ----- Original Message ----- > From: Jorge Antunes > To: Farlley Jorge Derze > Cc: anppom-l em iar.unicamp.br ; etravas em alternex.com.br ; nanazeh em gmx.de ; nana em rio-production.de ; araujo.samuel em gmail.com ; mariafuturo em terra.com.br > Sent: Wednesday, December 20, 2006 10:11 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > Caros Farlley e Wolff: > > Gostaria de esclarecer alguns pontos de meu pensamento. > O Wollf diz: > "Portanto, se quisermos continuar fiéis ao ideário socialista, é preciso refletir sobre os motivos pelos quais alguns saberes têm estado na universidade, ocupando uma posição privilegiada e outros ainda "não podem estar"... por que não o rock? ou a música sertaneja ou o jazz/ blues? ou a música de outros povos (africanos. japoneses, indianos, balineses)? e por que não os saberes do seu Teodoro e de outros tantos mestres?" > > Não acho que ocupa posição privilegiada o saber que está na Universidade. > A música eletroacústica está na Universidade e não tem qualquer privilégio. O mesmo acontece com o piano, o violino, a composição musical, etc. Estes cursos não têm qualquer privilério na sociedade. > O quê é privilégio? > O teclado Yamaha tem mais privilégios que o piano de cauda. > O compositor de música popular tem mais privilégios que o de música erudita. > Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" comercial que, graças ao jabá pago por multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas de disco, no Domingão do Faustão, nas novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > Quando me digo socialista, não estou dizendo que sonho com um futuro em que todos os saberes estarão na Universidade. > É infantilidade pretender formar brincantes ou compositores de maracatu na Universidade. O máximo que se deve fazer, e isso já se faz, é estudar o maracatu em disciplinas tais como etnomusicologia, folclore, dança, sociologia, culturas de tradição oral, etc. > O lema socialista que adoto é: "De cada um conforme suas capacidades, para cada um conforme suas necessidades". > Sonho com um futuro em que todos os trabalhadores, sejam eles compositores, camponeses, cientistas, repentistas, brincantes, artistas circenses, comerciários, lixeiros, poetas, economistas, sociólogos, pianistas, etc, façam seus trabalhos com prazer, qualidade e amor, sendo igualmente remunerados de modo a terem, todos, vidas dignas. > É só isso. > Não dá para formar roqueiros na Universidade. Dá, sim, para oferecer ao jovem que se interessa pelo rock, ou pelo samba, ou pelo chorinho, ou pela música eletrônica pop, um bom período de vida acadêmica na Universidade, para que ele, ao final, faça a arte de que gosta, munido de um lastro de conhecimentos vasto para produzir arte de qualidade. > Tenho exemplos paradigmais dessa experiência. Cito um: Hamilton de Holanda. Este gênio do bandolim e do chorinho foi meu aluno na UnB. Formou-se em composição musical. Fez comigo os três semestres de contraponto. No total trabalhou seriamente as cinco espécies a quatro vozes, o misto, o contraponto a dois coros (oito vozes) e a fuga. Ele concluiu a fuga com magnífico trabalho: uma fuga-choro. Outro exemplo: Roberto Corrêa. Este fez Física e, em seguida, composição musical. Hoje é compositor virtuose da viola caipira e pesquisador importante de nosso folclore. > É preciso que os saberes de tradição oral, continuem com tradição oral. > Nos anos 40 e 50 alguns folcloristas equivocados e, por isso, criminosos, chegaram ao ponto de passar para o papel pautado, com notinhas do sistema tonal, "melodias" dos pregões de rua, de aboios, etc. Essa conta de chegar acadêmica e erudita foi criminosa, porque a escrita mata os melismas, os quartos de tom, os sextos de tom, que aqueles cantos têm. > Por enquanto basta. > Continuemos com nossas reflexões e troca de idéias. Nada é definitivo em minha cabeça. Não sou dono da verdade. > Abraço, > Jorge Antunes > > > > > > > > Farlley Jorge Derze wrote: > > > Prezado colegas, na garupa de Wolff e Antunes, complementaria sobre o foi > > colocado: > > > > "Portanto, se quisermos continuar fiéis ao ideário socialista, é preciso > > refletir sobre os motivos pelos quais alguns saberes têm estado na > > universidade, ocupando uma posição privilegiada e outros ainda "não podem > > estar"... por que não o rock? ou a música sertaneja ou o jazz/ blues? ou a > > música de outros povos (africanos. japoneses, indianos, balineses)? e por que > > não os saberes do seu Teodoro e de outros tantos mestres?" > > > > ... conforme a preocupação trazida, o desafio talvez resida em ter que se lidar > > com a raiz histórica de como os currículos foram construídos e consolidados na > > grade universitária, isto é, no que tange às razões de estarem lá estes ou > > aqueles conteúdos. Entretanto, o processo de consolidação parece ter se > > resultado no que poderiamos considerar como "uma sistematização" da prática > > ensino/aprendizagem universitária, e o que isso abarca: avaliação, menções, > > resultados, critérios "x", "y", "z"... assim, que > > saberes/conhecimentos/critérios poderiam ser considerados em um "processo de > > sistematização do conhecimento" sobre rock,jazz, música de outros povos, para > > que tais conhecimentos transitem ou se figurem na prática docente/discente > > universitária? Não pergunto como se estivesse questionando o valor da inserção > > de tais saberes na "grade" universitária. Longe disso ! Pergunto com o tom de > > preocupação de quem não conseguiu localizar uma referência anterior que pudesse > > oferecer um caminho para que o ideário socialista que Antunes coloca, se > > desenvolvesse, se consolidasse. Salvo falha em minha interpretação, uma > > Universidade aberta a todos (pessoas/gêneros musicais) sem abdicar de sua > > função crítica ! > > > > Percebo, neste espaço de discussões, que estamos tentando remover os obstáculos > > que limitam, provisoriamente, o alcance de um consenso em favor da inserção do > > patrimônio musical acumulado, na Universidade. > > > > As argumentações que estamos negociando, Wolff, Antunes, Silvio, Sekeff, > > Mannis, Mauricio, Palombini, Marcos Filhos, Lilia Rosa, onde ora a nota (o som) > > vem em uníssono, ora vem em “cluster”, é o azeite da maquinaria crítica e > > questionadora, que promove o crescimento individual pela mútua participação de > > todos. Eu tenho crescido muito com a oportunidade de negociar/trocar/tocar com > > todos vocês. > > > > Farlley Derze > > 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> > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Thu Dec 21 14:14:21 2006 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Thu, 21 Dec 2006 14:14:21 -0200 Subject: =?iso-8859-1?Q?Re:_=5BANPPOM-L=5D_e_a_inclus=E3o_universit=E1ria=3F?= References: <20061220202556.CA3EA16BB@web02.alog.com.br><4589D147.579C50FD@unb.br> <005101c724e2$5d669040$0201a8c0@win98> <458A9999.DA29F0E@unb.br> Message-ID: <007301c7251b$131a1690$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> meus caros colegas da ANPPOM, segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta de Ribeirão há alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o que os alemães já há muito tempo chamam de "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já morreu há mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora, ainda não lidamos bem com a situação), abraços a todos e feliz 2007! Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão Preto Os dois filhos de Francisco e o filho de Francisco Prof. Rubens Ricciardi (ECA-USP) Recordemos dois fatos musicais de 2005: o filme Os dois filhos de Francisco e o concerto do violinista Luiz Filipe Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como Luiz Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama Chico Coelho). E as afinidades param por aí. O filme foi divulgado pelos meios de comunicação, obtendo platéias repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil. Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe - ele interpretou magistralmente o Concerto para violino de Brahms - restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro Pedro II naquela bela noite. Mas será que o abismo entre os níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz Filipe e da dupla (sei lá o que, "sertaneja"?) retrata de fato a relevância artística de ambos? Digamos que há uma distorção evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção por excelência - é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma entre as mais agressivas ideologias: a indústria cultural e sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim chamado "universo musical de entretenimento". Não é a criatividade deste ou daquele "artista" - eis o engodo do filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing, calculando-se previamente as vendas e a renovação dos "produtos". Daí a condição de efemeridade ser também essencial ao sucesso comercial desta indústria. Hanns Eisler (1898-1962), compositor alemão, afirmava que "a indústria de entretenimento faz de povos de todos os continentes verdadeiros analfabetos musicais". Há muita verdade nisso. No Brasil, a distorção se torna ainda maior, pois se confunde ainda "entretenimento" com "popular". A essência da nossa já há muito moribunda música popular era outra. Lembremos do frevo, maracatu, samba, samba-canção, samba-enredo de carnaval, ponteio, chorinho, bossa-nova, moda de viola, das velhas duplas caipiras etc. Ao contrário de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a destes filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do México à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais simulacros locais - basta lembrarmos das paisagens de Goiás com cenas rurais típicas no filme. Aliás, faz parte deste marketing difundir gêneros como o rock, funk, hip-hop ou rap, impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos os países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por "artistas" locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a homogeneidade do entretenimento irracional nas rádios: uma verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: "a inteligência não tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter - é ela, e não a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo que suas credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis". É por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para o Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se tivessem nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia, quase passou desapercebido, não obstante sua superior virtuosidade e competência, intérprete de uma grande arte que fundamenta a história. ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Thursday, December 21, 2006 12:26 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Caro Luiz Otávio: Obrigado. Retribuo votos de boas festas e um 2007 cheio de alegrias e sucessos. Abraço, Jorge Antunes Luiz Otávio wrote: Concordo amplamente com a tua posição!Prof. Luiz Otávio BragaInstituto Villa-Lobos/UNIRIOE FELIZ NATAL; FELIZ 2007 ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: Farlley Jorge Derze Cc: anppom-l em iar.unicamp.br ; etravas em alternex.com.br ; nanazeh em gmx.de ; nana em rio-production.de ; araujo.samuel em gmail.com ; mariafuturo em terra.com.br Sent: Wednesday, December 20, 2006 10:11 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Caros Farlley e Wolff: Gostaria de esclarecer alguns pontos de meu pensamento. O Wollf diz: "Portanto, se quisermos continuar fiéis ao ideário socialista, é preciso refletir sobre os motivos pelos quais alguns saberes têm estado na universidade, ocupando uma posição privilegiada e outros ainda "não podem estar"... por que não o rock? ou a música sertaneja ou o jazz/ blues? ou a música de outros povos (africanos. japoneses, indianos, balineses)? e por que não os saberes do seu Teodoro e de outros tantos mestres?" Não acho que ocupa posição privilegiada o saber que está na Universidade. A música eletroacústica está na Universidade e não tem qualquer privilégio. O mesmo acontece com o piano, o violino, a composição musical, etc. Estes cursos não têm qualquer privilério na sociedade. O quê é privilégio? O teclado Yamaha tem mais privilégios que o piano de cauda. O compositor de música popular tem mais privilégios que o de música erudita. Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" comercial que, graças ao jabá pago por multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas de disco, no Domingão do Faustão, nas novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. Quando me digo socialista, não estou dizendo que sonho com um futuro em que todos os saberes estarão na Universidade. É infantilidade pretender formar brincantes ou compositores de maracatu na Universidade. O máximo que se deve fazer, e isso já se faz, é estudar o maracatu em disciplinas tais como etnomusicologia, folclore, dança, sociologia, culturas de tradição oral, etc. O lema socialista que adoto é: "De cada um conforme suas capacidades, para cada um conforme suas necessidades". Sonho com um futuro em que todos os trabalhadores, sejam eles compositores, camponeses, cientistas, repentistas, brincantes, artistas circenses, comerciários, lixeiros, poetas, economistas, sociólogos, pianistas, etc, façam seus trabalhos com prazer, qualidade e amor, sendo igualmente remunerados de modo a terem, todos, vidas dignas. É só isso. Não dá para formar roqueiros na Universidade. Dá, sim, para oferecer ao jovem que se interessa pelo rock, ou pelo samba, ou pelo chorinho, ou pela música eletrônica pop, um bom período de vida acadêmica na Universidade, para que ele, ao final, faça a arte de que gosta, munido de um lastro de conhecimentos vasto para produzir arte de qualidade. Tenho exemplos paradigmais dessa experiência. Cito um: Hamilton de Holanda. Este gênio do bandolim e do chorinho foi meu aluno na UnB. Formou-se em composição musical. Fez comigo os três semestres de contraponto. No total trabalhou seriamente as cinco espécies a quatro vozes, o misto, o contraponto a dois coros (oito vozes) e a fuga. Ele concluiu a fuga com magnífico trabalho: uma fuga-choro. Outro exemplo: Roberto Corrêa. Este fez Física e, em seguida, composição musical. Hoje é compositor virtuose da viola caipira e pesquisador importante de nosso folclore. É preciso que os saberes de tradição oral, continuem com tradição oral. Nos anos 40 e 50 alguns folcloristas equivocados e, por isso, criminosos, chegaram ao ponto de passar para o papel pautado, com notinhas do sistema tonal, "melodias" dos pregões de rua, de aboios, etc. Essa conta de chegar acadêmica e erudita foi criminosa, porque a escrita mata os melismas, os quartos de tom, os sextos de tom, que aqueles cantos têm. Por enquanto basta. Continuemos com nossas reflexões e troca de idéias. Nada é definitivo em minha cabeça. Não sou dono da verdade. Abraço, Jorge Antunes Farlley Jorge Derze wrote: Prezado colegas, na garupa de Wolff e Antunes, complementaria sobre o foi colocado: "Portanto, se quisermos continuar fiéis ao ideário socialista, é preciso refletir sobre os motivos pelos quais alguns saberes têm estado na universidade, ocupando uma posição privilegiada e outros ainda "não podem estar"... por que não o rock? ou a música sertaneja ou o jazz/ blues? ou a música de outros povos (africanos. japoneses, indianos, balineses)? e por que não os saberes do seu Teodoro e de outros tantos mestres?" ... conforme a preocupação trazida, o desafio talvez resida em ter que se lidar com a raiz histórica de como os currículos foram construídos e consolidados na grade universitária, isto é, no que tange às razões de estarem lá estes ou aqueles conteúdos. Entretanto, o processo de consolidação parece ter se resultado no que poderiamos considerar como "uma sistematização" da prática ensino/aprendizagem universitária, e o que isso abarca: avaliação, menções, resultados, critérios "x", "y", "z"... assim, que saberes/conhecimentos/critérios poderiam ser considerados em um "processo de sistematização do conhecimento" sobre rock,jazz, música de outros povos, para que tais conhecimentos transitem ou se figurem na prática docente/discente universitária? Não pergunto como se estivesse questionando o valor da inserção de tais saberes na "grade" universitária. Longe disso ! Pergunto com o tom de preocupação de quem não conseguiu localizar uma referência anterior que pudesse oferecer um caminho para que o ideário socialista que Antunes coloca, se desenvolvesse, se consolidasse. Salvo falha em minha interpretação, uma Universidade aberta a todos (pessoas/gêneros musicais) sem abdicar de sua função crítica ! Percebo, neste espaço de discussões, que estamos tentando remover os obstáculos que limitam, provisoriamente, o alcance de um consenso em favor da inserção do patrimônio musical acumulado, na Universidade. As argumentações que estamos negociando, Wolff, Antunes, Silvio, Sekeff, Mannis, Mauricio, Palombini, Marcos Filhos, Lilia Rosa, onde ora a nota (o som) vem em uníssono, ora vem em "cluster", é o azeite da maquinaria crítica e questionadora, que promove o crescimento individual pela mútua participação de todos. Eu tenho crescido muito com a oportunidade de negociar/trocar/tocar com todos vocês. Farlley Derze -------------------------------------------------------------------------- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------ No virus found in this incoming message. Checked by AVG Free Edition. Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: 20/12/2006 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Thu Dec 21 15:01:00 2006 From: palombini em terra.com.br (carlo palombini) Date: Thu, 21 Dec 2006 14:01:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Giorgio Cini Foundation grants Message-ID: Fondazione Giorgio Cini Study grants to participate in the seminars in early music of the Giorgio Cini Foundation: Codex Faenza 117 and alternatim practice in Italy at the end of the medieval era (1390 to 1430) 14-20 May 2007 San Giorgio Maggiore, Venice Pedro Memelsdorff, director Deadline: 1 Feb 2007 Full details: http://www.cini.it/italiano/01fondazione/bandi/musicantica07.html?ideventi=1501 -- cp From palombini em terra.com.br Thu Dec 21 15:03:49 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 21 Dec 2006 14:03:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: 2007 Echo Conference: Music and the Self Message-ID: Call For Papers 2007 Echo Conference: Music and the Self June 1-2, 2007 University of California, Los Angeles Over the past two decades, music scholarship has become increasingly interested in issues of gender, class, race, sexuality and other aspects of identity. These new scholastic directions have created exciting new avenues for scholars to examine the ways in which music plays a role in both the formation and expression of personal subjectivity. With this framework in mind, Echo: A Music-Centered Journal is pleased to announce its second annual conference, "Music and the Self", to be held at UCLA on June 1-2, 2007. Scholars from all areas of music research are invited to submit proposals for papers on this theme; proposals for pre-arranged panels are also welcome. Papers will each be twenty minutes long (~2400 words) followed by ten minutes for discussion. Individual presenters should submit an abstract of 300 words or less, and should also include: 1) the paper title; 2) the author's name and a brief biography (50-100 words); 3) institutional affiliation and contact information; 4) audio-visual requirements. Panel chairs should include all of the above for each member of the panel, as well as a separate, more general description of the panel's overall theme (200-250 words). Submissions may be sent electronically to echoconf at ucla.edu (please put "Echo Conference Submission" in the subject line). Alternately, print submissions may be sent to: Echo: A Music-Centered Journal Attn: Kelsey Cowger Department of Musicology University of California, Los Angeles Box 951623 Los Angeles, CA 90095-1623 Submissions are due March 1st, 2007. Echo: A Music-Centered Journal is an interdisciplinary, peer- reviewed journal created and edited by graduate students in the Department of Musicology at the University of California, Los Angeles. Since our first issue in fall of 1999, we have published biannually and welcome submissions and project proposals throughout the year. Echo is an entirely web-based journal, and can be accessed free of charge by any online visitor. All issues can be found at http://www.echo.ucla.edu. -- cp From palombini em terra.com.br Thu Dec 21 15:12:50 2006 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 21 Dec 2006 14:12:50 -0300 Subject: =?iso-8859-1?b?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gZSBhIGluY2x1c+NvIHVuaXZlcg==?= =?iso-8859-1?b?c2l04XJpYT8=?= Message-ID: > Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" comercial que, graças ao jabá pago por multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas de disco, no Domingão do Faustão, nas novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras das lojas de disco? Tenho a impressão de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e divulgação da música popular. -- cp From rrrr em usp.br Thu Dec 21 16:04:56 2006 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 Subject: =?iso-8859-1?Q?Re:_=5BANPPOM-L=5D_e_a_inclus=E3o_universit=E1ria=3F?= References: Message-ID: <003b01c7252a$8615d3a0$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> meus caros, chamo a atenção para a insistente confusão que se faz entre "música popular" (identificada com tradições de um determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter efêmero dos fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer produção articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de fundo de quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma moeda), Rubens Ricciardi ----- Original Message ----- From: "carlos palombini" To: "anppom-l" Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" >> comercial que, graças ao jabá pago por > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas > de disco, no Domingão do Faustão, nas > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras > das lojas de disco? Tenho a impressão > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e > divulgação da música popular. > > -- > cp > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -- > No virus found in this incoming message. > Checked by AVG Free Edition. > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: > 20/12/2006 > > From antunes em unb.br Thu Dec 21 19:12:49 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 21 Dec 2006 19:12:49 -0200 Subject: [ANPPOM-L] e a =?iso-8859-1?Q?inclus=E3o=20universit=E1ria=3F?= References: Message-ID: <458AF8D0.26E62C90@unb.br> Meu simpático Carlinhos: Eu falo "funk" e você fala "funk carioca". Eu não falei em "funk carioca". Para tentar se mostrar, você foi capaz de distorcer minhas palavras e atacar a distorção feita por você que sente necessidade de dizer alguma coisa sobre os conhecimentos inclusos no âmbito de seu domínio. Eu me referia a Paul Murphy, Breakestra, Fatboy Slim, Bootsy Collins, Gilles Peterson, Quantic e Beatonic, ..., ou seja, ao FUNK. Funck you. Jorge Antunes carlos palombini wrote: > > Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" comercial que, graças ao jabá pago por > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas de disco, no Domingão do Faustão, nas > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras das lojas de disco? Tenho a impressão > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e divulgação da música popular. > > -- > cp -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Thu Dec 21 22:40:33 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 21 Dec 2006 22:40:33 -0200 Subject: =?iso-8859-1?B?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gZSBhIGluY2x1c+NvIHVuaXZlcnNpdOFyaWE/?= In-Reply-To: <458AF8D0.26E62C90@unb.br> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Fri Dec 22 19:45:49 2006 From: palombini em terra.com.br (palombini) Date: Fri, 22 Dec 2006 18:45:49 -0300 Subject: =?iso-8859-1?b?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gZSBhIGluY2x1c+NvIHVuaXZlcg==?= =?iso-8859-1?b?c2l04XJpYT8=?= Message-ID: Não sabia que Fatboy Slim era funk, mas agradeço a informação. Desculpe se o ofendi: é evidente q vc conhece os procedimentos de produção de música popular. Na primeira metade dos anos 70, Simonal lançou uma série de álbuns, mais precisamente 4, chamados Alegria, Alegria. Ali, para endossar o clima de alegria reinante, ele incluía gritos de aprovação e ovações de uma platéia fictícia, que não estava entre os ouvintes do disco, mas no estúdio. Um procedimento similar aos dos programas humorísticos com gargalhadas gravadas que explodem nas piadas geralmente fracas. No final dos anos 80, um grupo chamada KLF (Kopyright Liberation Front) lançou a chamada stadium house, uma house music à qual se juntavam os gritos de aprovação gravados de um estádio inteiro. De modo análogo, você nos tem prodigalizado samples de apoio de fora da lista a afirmações suas que não ressoam bem como gargalhadas de library para piadas de gosto mais q duvidoso. E é realmente um sintoma de colonização cultural que vc guarde toda a compostura de sua prosa para um idioma que não é o seu, guardando para seus compatriotas o escracho de suas piadas de mau gosto. Do seu, Carlinhos De:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br Para:anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data:Thu, 21 Dec 2006 19:12:49 -0200 Assunto:Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Meu simpático Carlinhos: Eu falo "funk" e você fala "funk carioca". Eu não falei em "funk carioca". Para tentar se mostrar, você foi capaz de distorcer minhas palavras e atacar a distorção feita por você que sente necessidade de dizer alguma coisa sobre os conhecimentos inclusos no âmbito de seu domínio. Eu me referia a Paul Murphy, Breakestra, Fatboy Slim, Bootsy Collins, Gilles Peterson, Quantic e Beatonic, ..., ou seja, ao FUNK. Funck you. Jorge Antunes carlos palombini wrote: > Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" comercial que, graças ao jabá pago por multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas de disco, no Domingão do Faustão, nas novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras das lojas de disco? Tenho a impressão de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e divulgação da música popular. -- cp -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Fri Dec 22 19:48:37 2006 From: palombini em terra.com.br (palombini) Date: Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300 Subject: =?iso-8859-1?b?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gZSBhIGluY2x1c+NvIHVuaXZlcg==?= =?iso-8859-1?b?c2l04XJpYT8=?= Message-ID: Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente). De:"Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br Para:"carlos palombini" palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data:Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 Assunto:Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > meus caros, > chamo a atenção para a insistente > confusão que se faz entre "música popular" (identificada com tradições de um > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter efêmero dos > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer produção > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de fundo de > quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma moeda), > Rubens Ricciardi > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "anppom-l" > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" > >> comercial que, graças ao jabá pago por > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas > > de disco, no Domingão do Faustão, nas > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras > > das lojas de disco? Tenho a impressão > > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e > > divulgação da música popular. > > > > -- > > cp > > > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > > > > -- > > No virus found in this incoming message. > > Checked by AVG Free Edition. > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: > > 20/12/2006 > > > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From m_swolff em hotmail.com Fri Dec 22 23:41:55 2006 From: m_swolff em hotmail.com (Marcus S. WOLFF) Date: Sat, 23 Dec 2006 01:41:55 +0000 Subject: =?iso-8859-1?B?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gbfpzaWNhIHBvcHVsYXIgZSBt+nNpY2EgZm9s?= =?iso-8859-1?B?Y2zzcmljYQ==?= In-Reply-To: Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Sat Dec 23 09:32:57 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 23 Dec 2006 09:32:57 -0200 Subject: =?iso-8859-1?B?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gbfpzaWNhIHBvcHVsYXIgZSBt+nNpY2EgZm9s?= =?iso-8859-1?B?Y2zzcmljYQ==?= In-Reply-To: Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Sat Dec 23 13:39:12 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 23 Dec 2006 13:39:12 -0200 Subject: [ANPPOM-L] e a =?iso-8859-1?Q?inclus=E3o=20universit=E1ria=3F?= References: Message-ID: <458D4D9F.2847A9D0@unb.br> Caro Carlão: As mensagens que socializei, apoiavam minhas colocações sobre ideologia, socialismo e universidade. Elas não se referiam a eventuais piadas. Voltando ao Funk, é sempre interessante lembrar sua diferença com o chamado Funk carioca, que os anglofones agora chamam "Rio Funk". Embora a difusão dessa manifestação cultural da periferia carioca busque e encontre meios alternativos, é bom lembrar que o clássico "Egüinha Pocotó", do MC Serginho, de imediato encontrou espaços generosos no Faustão e no Gugu. Uma novela da Globo também, recentemente, incorporou a dita corrente no seu enredo, contagiando patricinhas da classe média e média alta. Interessado em entender o povo brasileiro em sua plenitude, tenho estudado esses fenômenos pelos quais acadêmicos e intelectuais temos, em geral, preconceito. Assim, tenho acompanhado e estudado tanto o funk, quanto a música eletrônica pop em geral. Reproduzo, a seguir, trecho de artigo meu que publiquei em jornal de grande circulação há algum tempo atrás. Ao lê-lo, você entenderá porque não tenho mais preconceitos com nenhuma manifestação cultural por mais aparentemente banal e/ou comercial que ela pareça. Segue o trecho. Se você se interessar, poderei depois enviar o artigo na íntegra. " Esse tipo de história, em que intelectualóides condenam a arte comercial de mau gosto, viria a se repetir com a Geração Paissandu, no Rio. Os jovens intelectualizados dos anos 60, freqüentadores do Cine Paissandu, passaram a se apaixonar pelas musas de Godard depois de muito torcerem o nariz para as chanchadas da Atlântida. Enquanto Anna Karina e Anne Wyazenski eram cultuadas no Paissandu da Rua Senador Vergueiro, astros como Eliana, Oscarito, Cyl Farney e Adelaide Chioso, na tela do Poeira da Rua Larga, eram repudiados pelos intelectuais. Hoje a Chanchada é matéria de estudo na Universidade, cultuada de modo científico, e é assunto de inúmeras teses acadêmicas nas áreas de Cinema e Comunicação. Por essas e outras eu não condeno os tchans, as bundas televisivas, as danças da garrafa e nem as egüinhas pocotós. Estou certo de que dentro de uns 30 anos, teses e mais teses serão defendidas na Academia, estudando o comportamento e a semiologia das egüinhas rapidinhas dos bailes funks, e a estética e estilística de poucos tons dos pocotós. Já vislumbro defesa de tese na UnB, em 2040: "A interdisciplinaridade como forma de hibridismo na egüinha pocotó, sob um olhar fenomenológico e calipigista". " Abraço, Jorge Antunes palombini wrote: > Não sabia que Fatboy Slim era funk, mas agradeço a informação. Desculpe se o ofendi: é evidente q vc conhece os procedimentos de produção de música popular. Na primeira metade dos anos 70, Simonal lançou uma série de álbuns, mais precisamente 4, chamados Alegria, Alegria. Ali, para endossar o clima de alegria reinante, ele incluía gritos de aprovação e ovações de uma platéia fictícia, que não estava entre os ouvintes do disco, mas no estúdio. Um procedimento similar aos dos programas humorísticos com gargalhadas gravadas que explodem nas piadas geralmente fracas. No final dos anos 80, um grupo chamada KLF (Kopyright Liberation Front) lançou a chamada stadium house, uma house music à qual se juntavam os gritos de aprovação gravados de um estádio inteiro. De modo análogo, você nos tem prodigalizado samples de apoio de fora da lista a afirmações suas que não ressoam bem como gargalhadas de library para piadas de gosto mais q duvidoso. E é realmente um sintoma de colonização cultural que vc guarde toda a compostura de sua prosa para um idioma que não é o seu, guardando para seus compatriotas o escracho de suas piadas de mau gosto. Do seu,Carlinhos > De: cedil;as da garrafa e nem as egüinhas pocotós. Estou certo de que dentro de uns 30 anos, teses e mais teses serão defendidas na Academia, estudando o comportamento e a semiologia das egüinhas rapidinhas dos bailes funks, e a estética e estilística de poucos tons dos pocotós. Já vislumbro defesa de tese na UnB, em 2040: "A interdisciplinaridade como forma de hibridismo na egüinha pocotó, sob um olhar fenomenológico e calipigista". "

Abraço,
Jorge Antunes
 
 
 
 
 

palombini wrote:

 Não sabia que Fatboy Slim era funk, mas agradeço a informação. Desculpe se o ofendi: é evidente q vc conhece os procedimentos de produção de música popular. Na primeira metade dos anos 70, Simonal lançou uma série de álbuns, mais precisamente 4, chamados Alegria, Alegria. Ali, para endossar o clima de alegria reinante, ele incluía gritos de aprovação e ovações de uma platéia fictícia, que não estava entre os ouvintes do disco, mas no estúdio. Um procedimento similar aos dos programas humorísticos com gargalhadas gravadas que explodem nas piadas geralmente fracas. No final dos anos 80, um grupo chamada KLF (Kopyright Liberation Front) lançou a chamada stadium house, uma house music à qual se juntavam os gritos de aprovação gravados de um estádio inteiro. De modo análogo, você nos tem prodigalizado samples de apoio de fora da lista a afirmações suas que não ressoam bem como gargalhadas de library para piadas de gosto mais q duvidoso. E é realmente um sintoma de colonização cultural que vc guarde toda a compostura de sua prosa para um idioma que não é o seu, guardando para seus compatriotas o escracho de suas piadas de mau gosto. Do seu,Carlinhos Para: H ¶ d > Cópia: > Data: Aò*xÅv > Assunto: ebuchet MS'">anppom-l-bounces em iar.unicamp.br

Para: anppom-l em iar.unicamp.br

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Data: Thu, 21 Dec 2006 19:12:49 -0200

Assunto: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária?
Meu simpático Carlinhos:

Eu falo "funk" e você fala "funk carioca".
Eu não falei em "funk carioca".
Para tentar se mostrar, você foi capaz de disRe: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > Meu simpático Carlinhos: > > Eu falo "funk" e você fala "funk carioca". > Eu não falei em "funk carioca". > Para tentar se mostrar, você foi capaz de distorcer minhas palavras e atacar a distorção feita por você que sente necessidade de dizer alguma coisa sobre os conhecimentos inclusos no âmbito de seu domínio. > Eu me referia a Paul Murphy, Breakestra, Fatboy Slim, Bootsy Collins, Gilles Peterson, Quantic e Beatonic, ..., ou seja, ao FUNK. > Funck you. > Jorge Antunes > > > > > carlos palombini wrote: > >> > Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" comercial que, graças ao jabá pago por >> multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas de disco, no Domingão do Faustão, nas >> novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. >> >> O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras das lojas de disco? Tenho a impressão >> de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e divulgação da música popular. >> >> -- >> cp > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Sat Dec 23 14:33:39 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 23 Dec 2006 14:33:39 -0200 Subject: [ANPPOM-L] e a =?iso-8859-1?Q?inclus=E3o=20universit=E1ria=3F?= References: <458D4D9F.2847A9D0@unb.br> Message-ID: <458D5A5F.D8EDB2E1@unb.br> Caro Carlinhos: Você não interpretou corretamente meu comportamento quando afirmou que: "é realmente um sintoma de colonização cultural que vc guarde toda a compostura de sua prosa para um idioma que não é o seu, guardando para seus compatriotas o escracho de suas piadas de mau gosto." Eu me adapto facilmente aos contextos, aos costumes e ao nível das intervenções que me chegam, buscando, no limite, a tolerância. A seriedade e a compostura me correm soltas e espontâneas quando as comunicações são sérias, coerentes, consistentes e pertinentes. Quando a falta de profundidade ou a singeleza de conteúdo prevalecem eu não agüento e parto para a ironia. Mas nunca faço piadas de mau gosto. Pelo contrário. Abraço, Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From hugolribeiro em yahoo.com.br Sat Dec 23 14:01:12 2006 From: hugolribeiro em yahoo.com.br (Hugo Ribeiro) Date: Sat, 23 Dec 2006 14:01:12 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?ISO-8859-1?Q?m=FAsica_popular_e_m=FAsica_?= =?ISO-8859-1?Q?folcl=F3rica?= In-Reply-To: References: Message-ID: <458D52C8.8040704@yahoo.com.br> Prezada Sandra, desculpe-me, mas não pude me conter. Apesar de afirmar que a Universidade é um território neutro, você não parece ser nem um pouco neutra. E na bem da verdade, não somos nem podemos ser neutros. Classificar músicas como de "valor autêntico" e outras de "péssima qualidade" é muito perigoso, e por mais controversa que essa discussão tenha chegado, ninguém ainda tinha se atrevido a afirmar tão categoricamente uma visão tão preconceituosa. Sua visão de música folclórica e popular já não mais reflete a realidade que as recentes pesquisas etnomusicológicas brasileiras (ou no Brasil, se assim preferirem) refletem. Na minha dissertação de mestrado sobre as Taieiras de Sergipe (disponível em http://www.hugoribeiro.com.br/downloads_textos_hugo_01.html), por exemplo, eu demonstro a fragilidade dessa noção de anonimidade, bem coletivo, e preservação ingênua. Atualmente, os grupos tradicionais já estão "calejados" com os folcloristas das décadas de cinquenta e sessenta, assim como com os festejos culturais, de interesses puramente turísticos, que se utilizam de uma dita tradição para credibilizar sua festa, e deturpam toda a ideologia que havia nas práticas culturais locais. Aceitar que as tradições mudem é uma coisa, aceitar que agentes inescrupulosos interfiram nas práticas populares para terem benefícios próprios é outra. Voltando à neutralidade da Universidade, cito um dos mais interessantes e provocadores filósofos da educação no Brasil. Em seu breve "Conversas com quem gosta de ensinar", Rubem Alves diz: "Todo pensamento sai do nosso ventre, como o fio da teia. Cada teoria é um acessório da biografia, cada ciência um braço do interesse. Pelo menos tenho em Gunnar Myrdal um companheiro: 'ciência social desinteressada nunca existiu, e por razões lógicas, nunca pode existir" (Objectivity in social research, Nova York, Pantheon books, 1969, p. 55). E também Alvin Gouldner, que diz candidamente que "Cada teoria social é também uma teoria que expressa e coordena as experiências pessoais dos indivíduos que a propõem. Muito do esforço do homem para conhecer o mundo ao seu redor resulta de um desejo de conhecer coisas que lhe são pessoalmente importantes (Alvin Gouldner, The coming crisis of western sociology, Nova York, Avon Books, 1971)." (Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar, Campinas, São Paulo, Papirus, 2000, p. 42) E segue mais adiante: "Se cada teoria social é uma teoria pessoal, falar no impessoal, sem sujeito, não passa de uma consumada mentira, um passe de mágica que procura fazer o perplexo leitor acreditar que não foi alguém muito concreto que escreveu o texto, mas antes um sujeito universal, que contempla a realidade de fora dela. (...) Este assunto exigiria uma outra conversa. Por ora, para os meus propósitos, basta reconhecer que, empiracamente, o tal sujeito portador de uma subjetividade livre de valores nunca foi encontrado". Assumindo minha posição pós-moderna, não acredito em verdades desinteressadas, nem de posicionamentos neutros. Muito menos de uma universidade neutra. E olhe que, minha ideologia etnomusicológica pede que eu seja neutro. Mas sei que é impossível. Minhas impressões pessoais transpiram nos meus textos, nas minhas aulas, assim como toda impureza sai pelos poros da minha pele, sem que eu nada possa fazer a respeito. A universidade pode sim, ajudar a transpor nossos preconceitos e nossas visões estreitas sobre o que música seja, e porque ela existe. Merriam há muito já havia identificado diversos usos e funções da música. Dessa forma, comparar um funk carioca com um Tom Jobim é um absurdo. Cada qual tem seus usos e funções específicos. E não cabe a mim dizer que tal música deva ser cultivada, enquanto que outra deseduca e embrutece o ser humano. Platão já morreu faz milênios, e infelizmente sua teoria sobre a influência da música no ethos ainda persiste. Viva a pluralidade. Hugo Ribeiro www.hugoribeiro.com.br Doutorando em Etnomusicologia no Programa de Pós-Graduação em Música UFBA Sandra Reis escreveu: > > Prezados colegas, deixo aqui a minha modesta opinião, para colaborar > com este debate que considero muito importante. > > A *música folclórica *é aquela *música popular anônima *que foi > incorporada à tradição, espontaneamente, como um *bem coletivo*. O > povo se identificou com ela e a sua propagação passa de geração para > geração num processo natural e prazeroso. > > A *música popular simplesmente dita *é aquela que, por sua > acessibilidade, cai no agrado do povo, graças à difusão comercial > e tem autor conhecido, com direitos respeitados. Se ela está fazendo > sucesso em virtude de um *valor musical autêntico *(como é o caso dos > grandes mestres da música popuilar brasileira como Tom Jobim, Chico, > Caetano, Dorival Caimi, Ary Barroso, etc), podemos vê-la como um > processo natural e extremamente salutar que deve ser estudado, > respeitado e cultivado. > > *Se é de péssima qualidade*, se deseduca e embrutece o ser humano e > mesmo assim, está tendo uma divulgação em massa, condicionando, > negativamente, a infância e a juventude, também deve ser estudada e > criticada cientificamente, ou seja, através da discussão : /por que > ela está fazendo tanto sucesso e atingindo o povo apesar de sua > péssima qualidade? O que está acontecendo e o que deve ser feito? / > > O lugar certo para este debate e esta crítica é a Universidade que é > um território neutro, onde há pessoas esclarecidas e > estudiosas, dedicadas à causa da Educação no seu sentido mais elevado. > > Esta é minha opinião. > > Um abraço, > > Sandra Loureiro de Freitas Reis > > ------------------------------------------------------------------------ > _______________________________________________________ Yahoo! Mail - Sempre a melhor opção para você! Experimente já e veja as novidades. http://br.yahoo.com/mailbeta/tudonovo/ From sandramontreal em hotmail.com Sat Dec 23 20:09:54 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 23 Dec 2006 20:09:54 -0200 Subject: =?iso-8859-1?B?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gbfpzaWNhIHBvcHVsYXIgZSBt+nNpY2EgZm9s?= =?iso-8859-1?B?Y2zzcmljYQ==?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Sat Dec 23 20:16:54 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 23 Dec 2006 20:16:54 -0200 Subject: =?iso-8859-1?B?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gbfpzaWNhIHBvcHVsYXIgZSBt+nNpY2EgZm9s?= =?iso-8859-1?B?Y2zzcmljYShDb3JyZefjbyk=?= In-Reply-To: Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Sat Dec 23 20:48:25 2006 From: palombini em terra.com.br (palombini) Date: Sat, 23 Dec 2006 19:48:25 -0300 Subject: =?iso-8859-1?b?UmU6IFtBTlBQT00tTF0gbfpzaWNhIHBvcHVsYXIgZSBt?= =?iso-8859-1?b?+nNpY2EgZm9sIGNs83JpY2E=?= Message-ID: No maravilhoso _Race Musics: Black Cultures from Bebop to Hip-Hop_, Guthrie Ramsey explicita muito bem uma série de pressupostos que parecem nortear uma parte da discussão em curso (que eu chamei de metanarrativas). Ele está citando Charles Hamm, resumido por David Brackett: * A música de "arte" gira em torno de fornecer uma experiência transcendente; mas só aqueles com o treino certo podem experimentar o real sentido da "grande" música. * Os valores da música "popular" são criados pela e organizados em torno da indústria musical --- valor musical e valor monetário são portanto equacionados, e as paradas de sucesso se tornam a medida da "boa" música popular. * A música "folclórica" gira em torno do fornecimento de uma expeiência autêntica da comunidade. Estas categorias, evidentemente, não se adecuam à proposta de Ramsey, que é, no que diz respeito à música negra, "to forward a poetics of the music that explains some of the circumstances and consequences of its power and its relevance for specific historically situated listeners". Ele propõe, ainda, uma definição de modernismo tomada de Marshall Berman que achei fantástica: "toda a tentativa de homens e mulheres modernos de se tornarem sujeitos e objetos de modernização, de se inteirarem do mundo moderno e se sentirem em casa nele." Com os votos de um Natal modernista, Carlos De:"Marcus S. WOLFF" m_swolff em hotmail.com Para:palombini em terra.com.br, anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data:Sat, 23 Dec 2006 01:41:55 +0000 Assunto:Re: [ANPPOM-L] música popular e música fol clórica Prezados(as) colegas, Apenas gostaria de lembrar que para Peter Manuel, por ex. (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford, Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o folclórico e o popular (que o próprio Bruno Nettl procurou estabelecer seguindo uima longa tradição de etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas nao são fechadas, sendo em alguma medida também arbitrárias" (Manuel 1988:4). Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o colega R. Riccardi está colocando...muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa...afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! abraços, Marcus Wolff. > > From: "palombini" To: "anppom-l" Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Date: Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300 > > > > Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente). > > > > > > > > > De:> "Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br > > > > > > Para:> "carlos palombini" palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br > > > > > > Cópia:> > > > > > > Data:> Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 > > > > > > Assunto:> Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > meus caros, > > > chamo a atenção para a insistente > > > confusão que se faz entre "música popular" (identificada com tradições de um > > > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter efêmero dos > > > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer produção > > > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de fundo de > > > quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma moeda), > > > Rubens Ricciardi > > > > > > ----- Original Message ----- > > > From: "carlos palombini" > > > To: "anppom-l" > > > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM > > > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > > > > > > > > > > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" > > > >> comercial que, graças ao jabá pago por > > > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas > > > > de disco, no Domingão do Faustão, nas > > > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > > > > > > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras > > > > das lojas de disco? Tenho a impressão > > > > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e > > > > divulgação da música popular. > > > > > > > > -- > > > > cp > > > > > > > > > > > > ________________________________________________ > > > > Lista de discussões ANPPOM > > > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > > > ________________________________________________ > > > > > > > > > > > > > > > > -- > > > > No virus found in this incoming message. > > > > Checked by AVG Free Edition. > > > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: > > > > 20/12/2006 > > > > > > > > > > > > > > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que você quiser. Clique aqui. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dguigue em cchla.ufpb.br Mon Dec 25 12:11:12 2006 From: dguigue em cchla.ufpb.br (Didier Guigue) Date: Mon, 25 Dec 2006 11:11:12 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] fontes sobre H. Lachenmann Message-ID: <40530.200.209.174.179.1167055872.squirrel@webmail.cchla.ufpb.br> Prezados Dentro do meu trabalho de pesquisa em análise, estaria precisando acessar os volumes 23 n. 3-4 et 24 n. 1 da CONTEMPORARY MUSIC REVIEW , que são especiais sobre o compositor alemão Helmut Lachenmann. Acontece que esta revista não consta no acervo da CAPES, muito infelizmente, e que por outro lado cada exemplar e' vendido no site da própria por singelos USD 192,00, sendo que comprar cada artigo no varejo on line, sai ainda mais caro. http://www.tandf.co.uk/journals/titles/07494467.html Assim, pergunto se por acaso ninguém teria esses exemplares disponíveis na sua biblioteca pessoal ou setorial, e, neste caso, se pudesse xerocar para mim e me mandar, em sedex a cobrar, tudo por minha conta, claro, inclusive o custo do xerox, eu agradeceria muito. De antemão muito obrigado. -- Didier Guigue UFPB--Departamento de Música GMT--http://www.cchla.ufpb.br/gmt ------http://www.compomus.mus.br From abet2006 em gmail.com Thu Dec 21 11:37:32 2006 From: abet2006 em gmail.com (ABET 2006) Date: Thu, 21 Dec 2006 11:37:32 -0200 Subject: [ANPPOM-L] textos on line III ABET Message-ID: <7aec56450612210537x2d6f2091see07d96077123111@mail.gmail.com> Caros colegas Desde o dia 15 de dezembro, 98 dos 130 textos completos apresentados no III Encontro Internacional da ABET (Associacao Brasileira de Etnomusicologia), realizado entre 21 e 24 de novembro, em Sao Paulo, estao publicados no site www.abetmusica.org A coordenacao do III ABET agradeceria a visita, atencao e interesse. Alice Lumi O ano Javali - fogo 2007 promete criatividade. Feliz criatividade (privilegiando o coletivo)! From mlaboissiere em hotmail.com Thu Dec 21 14:49:16 2006 From: mlaboissiere em hotmail.com (Marilia Laboissiere) Date: Thu, 21 Dec 2006 14:49:16 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Cart=E3o_de_Natal?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Uma mensagem embutida foi limpa... De: "Marilia Laboissiere" Assunto: Fw: Cartão de Natal Data: Mon, 18 Dec 2006 20:41:21 -0200 Tamanho: 1029203 URL: From antunes em unb.br Sun Dec 24 15:31:27 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sun, 24 Dec 2006 15:31:27 -0200 Subject: [ANPPOM-L] O autor de Chiquita Bacana Message-ID: <458EB96D.D04C1643@unb.br> Músico Braguinha morre, aos 99 anos, no Rio Morreu neste domingo, 24 de dezembro de 2006, ao meio-dia, o compositor Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, aos 99 anos, de infecção generalizada. Segundo a assessoria de imprensa do hospital Pró-Cardíaco, zona sul do Rio, o músico foi internado no sábado à noite, após passar mal com alta taxa de glicose. O hospital irá divulgar um boletim médico nesta tarde com mais detalhes sobre a morte de Braguinha. Braguinha deixa uma filha, três netos e pelo menos seis bisnetos. Nascido no Rio de Janeiro em 29 de março de 1907, Braguinha compôs sucessos como Carinhoso (1937, com Pixinguinha), Sonhos Azuis (1936, com Alberto Ribeiro), Chiquita Bacana, Balancê, Touradas de Madrid e Pastorinhas, entre outros. Um de seus maiores sucessos internacionais foi Copacabana, composto em 1944 e gravado por Dick Farney, em 1946, com orquestração de Radamés Gnattali. Na gravadora continental, ex-Colúmbia, durante muitos anos foi diretor-artístico, contribuindo para a projeção de inúmeros artistas, época em que também lançou, no selo Disquinho, uma coleção de mais de 70 histórias infantis, que adaptava, criava e musicava. Em 1984, na inauguração do Sambódromo, foi homenageado no desfile da Mangueira, com o enredo Yes, nós temos Braguinha, dando o tíulo à escola verde e rosa. Sua musicografia completa, inclusive com versões e músicas infantis, passa dos 420 títulos, uma das maiores e de mais sucessos de nossa música popular. Seu parceiro mais constante foi Alberto Ribeiro (1902-1971). Braguinha participou como roteirista e assistente de direção em filmes da Cinédia. Juntamente com Alberto Ribeiro, escreveu composições para a trilha sonora de filmes como Alô, Alô, Brasil e Estudantes, cuja personagem principal foi estrelada por Carmem Miranda. Em 1938, foi um dos responsáveis pela dublagem brasileira de Branca de Neve e os Sete Anões, da Walt Disney. Também participou das versões brasileiras de Pinóquio (1940), Dumbo (1941) e Bambi (1942), entre outros. Confira a seguir a discografia do músico: * Pra vancê/Coisas da roça (1929) * Desengano/Assombração (1929) * Salada (1929) * Não quero amor nem carinho (1930) * Dona Antonha (1930) * Minha cabrocha/A mulher e a carroça (1930) * Quebranto (1930) * Mulata (1931) * Cor de prata/Nega (1931) * Tu juraste¿ eu jurei/Vou à Penha rasgado (1931) * Samba da boa vontade/Picilone (1931) * O amor é um bichinho/Lua cheia (1932) * João de Barro (1972) * Viva Braguinha (1985) * João de Barro e Coisas Nossas (1983) * Yes, nós temos Braguinha (1998) * João de Barro (Braguinha)? ¿ Nasce um compositor (1999) * João de Barro - A música do século, por seus autores e intérpretes (2000) Veja a seguir as marchinhas de Carnaval do músico: * Uma andorinha não faz verão (1931) * Moreninha da praia (1933) * Linda lourinha (1934) * Deixa a lua sossegada (1935) * Linda Mimi (1935) * Pirata (1936) * Cadê Mimi (1936) * Cantores do rádio (1936) * Balancê (1937) * Touradas em Madri (1938) * Pastorinhas (1938) * Yes, nós temos bananas (1938) * Pirulito (1939) * Pirata da perna de pau (1947) * Anda Luzia (1947) * A mulata é a tal (1948) * Tem gato na tuba (1948) * Chiquita bacana (1949) * Tem marujo no samba (1949) * Lancha nova (1950) * Vai com jeito (1957) * Corre, corre, lambretinha (1958) -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Tue Dec 26 00:15:47 2006 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Tue, 26 Dec 2006 00:15:47 -0200 Subject: =?iso-8859-1?Q?Re:_=5BANPPOM-L=5D_m=FAsica_popular_e_m=FAsica_folcl=F3rica?= References: Message-ID: <00fe01c72893$c275ebc0$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> caros colegas da ANPPOM, caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com meu e-mail e retribuo aqui a gentileza... no lugar de aceitarmos passivamente a velha metafísica positivista do "non-western world" (expressão que talvez até contenha algum preconceito em relação ao "outro inferior"), talvez seja melhor pensarmos que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... não entendi bem o que o professor Wolff pretendia em relação ao xadrez, pois se trata de um jogo inteligente, onde as peças podem ser movidas com uma dinâmica surpreendente... jamais me referi ao conceito de universo musical (erudito, popular, entretenimento etc.) como estanco categorial, muito pelo contrário, qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos... mas temos aí sim ofícios diversos (e essencialmente diversos!) na profissão do músico, vamos dar exemplos: Gilberto Mendes é um compositor erudito, Chico Buarque é um cancionista popular (talvez o último sobrevivente do gênero em nosso país) e o MC Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só se viabiliza como fonograma descartável da indústria cultural... pra música erudita esta discussão pouco importa, pois o processo criativo deste universo é centrado na grafia musical e não no fonograma, e, graças hoje à universidade pública, sua sobrevivência como ofício independe do agressivo marketing da indústria cultural - mas as manifestações de música popular no Brasil, por certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando confundidas com atividades de grupos brasileiros que fazem rock, funk, pop-music, techno-music, hip-hop, rap, djs em festas rave, disco-music etc, pois todos estes gêneros, por mais diversos que sejam, estão inseridos num mesmo universo que pouco tem a ver com a música popular - lembrando que universo musical é um conceito maior que gênero, forma, estilo ou escola), o prof. Wolff afirma que muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa... é claro que sim, principalmente se nos referimos às comunidades dos países proprietários dos satélites e da indústria cultural multinacional (como os EUA)... até as comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais justamente a gestualidade musical própria, e sem esta imprescindível essência de singularidade musical (pois os exemplares são semelhantes em todo o mundo) nos interessa talvez menos como estudo de criação artística, e quem sabe mais como assunto de sociologia (as letras até podem expressar algum anseio comunitário local, mas a estética como um todo sempre já se consumiu como processo de colonização cultural)... e em relação à última frase do Prof. Wolff: afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! eu pergunto: quem afirmou que concepções pós-modernas nos processos de criação artística correspondem a uma situação político-econômica não colonialista? perdão, mas tal redução categorial está à altura da Abertura do Bispo!... feliz natal a todos, Rubens Ricciardi __________________ meus caros colegas da ANPPOM, segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta de Ribeirão há alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o que os alemães já há muito tempo chamam de "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já morreu há mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora, ainda não lidamos bem com a situação), abraços a todos e feliz 2007! Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão Preto Os dois filhos de Francisco e o filho de Francisco Prof. Rubens Ricciardi (ECA-USP) Recordemos dois fatos musicais de 2005: o filme Os dois filhos de Francisco e o concerto do violinista Luiz Filipe Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como Luiz Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama Chico Coelho). E as afinidades param por aí. O filme foi divulgado pelos meios de comunicação, obtendo platéias repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil. Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe - ele interpretou magistralmente o Concerto para violino de Brahms - restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro Pedro II naquela bela noite. Mas será que o abismo entre os níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz Filipe e da dupla (sei lá o que, "sertaneja"?) retrata de fato a relevância artística de ambos? Digamos que há uma distorção evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção por excelência - é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma entre as mais agressivas ideologias: a indústria cultural e sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim chamado "universo musical de entretenimento". Não é a criatividade deste ou daquele "artista" - eis o engodo do filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing, calculando-se previamente as vendas e a renovação dos "produtos". Daí a condição de efemeridade ser também essencial ao sucesso comercial desta indústria. Hanns Eisler (1898-1962), compositor alemão, afirmava que "a indústria de entretenimento faz de povos de todos os continentes verdadeiros analfabetos musicais". Há muita verdade nisso. No Brasil, a distorção se torna ainda maior, pois se confunde ainda "entretenimento" com "popular". A essência da nossa já há muito moribunda música popular era outra. Lembremos do frevo, maracatu, samba, samba-canção, samba-enredo de carnaval, ponteio, chorinho, bossa-nova, moda de viola, das velhas duplas caipiras etc. Ao contrário de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a destes filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do México à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais simulacros locais - basta lembrarmos das paisagens de Goiás com cenas rurais típicas no filme. Aliás, faz parte deste marketing difundir gêneros como o rock, funk, hip-hop ou rap, impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos os países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por "artistas" locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a homogeneidade do entretenimento irracional nas rádios: uma verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: "a inteligência não tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter - é ela, e não a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo que suas credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis". É por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para o Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se tivessem nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia, quase passou desapercebido, não obstante sua superior virtuosidade e competência, intérprete de uma grande arte que fundamenta a história. ____________________________ ----- Original Message ----- From: Marcus S. WOLFF To: palombini em terra.com.br ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Friday, December 22, 2006 11:41 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] música popular e música folclórica Prezados(as) colegas, Apenas gostaria de lembrar que para Peter Manuel, por ex. (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford, Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o folclórico e o popular (que o próprio Bruno Nettl procurou estabelecer seguindo uima longa tradição de etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas nao são fechadas, sendo em alguma medida também arbitrárias" (Manuel 1988:4). Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o colega R. Riccardi está colocando...muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa...afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! abraços, Marcus Wolff. ---------------------------------------------------------------------------- From: "palombini" To: "anppom-l" Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Date: Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300 Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente). De: "Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br Para: "carlos palombini" palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data: Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 Assunto: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > meus caros, > chamo a atenção para a insistente > confusão que se faz entre "música popular" (identificada com tradições de um > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter efêmero dos > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer produção > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de fundo de > quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma moeda), > Rubens Ricciardi > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "anppom-l" > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" > >> comercial que, graças ao jabá pago por > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas > > de disco, no Domingão do Faustão, nas > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras > > das lojas de disco? Tenho a impressão > > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e > > divulgação da música popular. > > > > -- > > cp > > > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > > > > -- > > No virus found in this incoming message. > > Checked by AVG Free Edition. > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: > > 20/12/2006 > > > > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------ MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que você quiser. 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URL: From disant em ufba.br Tue Dec 26 12:41:36 2006 From: disant em ufba.br (disant em ufba.br) Date: Tue, 26 Dec 2006 11:41:36 -0300 Subject: [ANPPOM-L] SIMCAM e =?iso-8859-1?q?sa=FAde?= dos =?iso-8859-1?q?m=FAsicos?= Message-ID: <1167144096.459134a01cbdf@www.webmail.ufba.br> Caros colegas, Informo que o prazo para inscrição de trabalhos para o III Simpósio Internacional de Cognição e Artes Musicais foi ampliado para 04 de fevereiro de 2007, atendendo a várias solicitações. O novo prazo já se encontra no site do evento, www.simcam.ufba.br Aproveito para solicitar o envio de nome de pessoas e instituições que lidem com a área de saúde dos músicos (para meu e-mail pessoal). Com votos de um 2007 pleno de realizações, Diana Santiago disant em ufba.br ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. From palombini em terra.com.br Tue Dec 26 15:54:34 2006 From: palombini em terra.com.br (carlo palombini) Date: Tue, 26 Dec 2006 14:54:34 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: Music of the Americas: A Transcontinental Conference Message-ID: Final Call for Submissions Music of the Americas: A Transcontinental Conference February 24, 2007 University of North Texas, Denton, TX J. Peter Burkholder, Keynote Speaker The Graduate Association of Musicologists und Theorists (GAMuT) of the University of North Texas College of Music invites submissions for "Music of the Americas: A Transcontinental Conference," a forum for graduate students, which will be held on February 24, 2007 in Denton, Texas. J. Peter Burkholder of Indiana University will be the keynote speaker. Graduate students in the areas of music theory, music history, and ethnomusicology are encouraged to submit proposals for papers that address music within the context of one or both American continents. While all submissions are welcome, special consideration will be given to those papers that explore historiography, the role of music in national projects, and/or the musical construction or projection of self-image in the Americas. Paper presentations will be twenty minutes long followed by ten minutes of discussion. Proposals for other kinds of sessions are welcome. Please submit a proposal abstract of 300 words or less, along with the paper title, author's name, school affiliation, degree program, and contact information (phone and e-mail required), to one of the following addresses: UNT College of Music attn: Jackson Ross Best, Jr. PO Box 311367 Denton, TX 76203-1367 E-mail: Gamut at music.unt.edu All submissions must be received by no later than January 7, 2007. No materials will be returned. Proposals need to represent the thesis and content of the paper as clearly and thoroughly as possible. Please e-mail Randy Kinnett, Program Coordinator, at with any questions. For more information about GAMuT, please visit our website (https://web3.unt.edu/the/gamut.php?gamut=index). -- cp -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Tue Dec 26 16:02:53 2006 From: palombini em terra.com.br (carlo palombini) Date: Tue, 26 Dec 2006 15:02:53 -0300 Subject: [ANPPOM-L] James Brown 1933-2006 Message-ID: James Brown, criador de "Say It Loud (I'm Black and I'm Proud)", a canção que inaugurou uma era no movimento negro, faleceu ontem. Um pequeno tributo pode ser lido no endereço: http://abcnews.go.com/US/wireStory?id=2751384 -- cp -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From caesar em acd.ufrj.br Tue Dec 26 16:30:45 2006 From: caesar em acd.ufrj.br (Rodolfo Caesar) Date: Tue, 26 Dec 2006 16:30:45 -0200 Subject: [ANPPOM-L] James Brown 1933-2006 In-Reply-To: References: Message-ID: <45916A55.3070109@acd.ufrj.br> Descansem juntos em Paz Braguinha e James Brown. Foram muito importantes para mim, diria até que com comparável intensidade. Espero que resistam a alguns esforços teológico-territoriais na passada discussão, segundo os quais estariam em diferentes regiões do pós-vida: um no céu, o outro no inferno. abs, Rodolfo carlo palombini wrote: > James Brown, criador de "Say It Loud (I'm Black and I'm Proud)", a > canção que inaugurou uma era no movimento negro, faleceu ontem. Um > pequeno tributo pode ser lido no endereço: > > http://abcnews.go.com/US/wireStory?id=2751384 > > -- > cp > ------------------------------------------------------------------------ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Tue Dec 26 21:59:20 2006 From: rrrr em usp.br (rrrr em usp.br) Date: Tue, 26 Dec 2006 21:59:20 -0200 Subject: [ANPPOM-L] James Brown 1933-2006 In-Reply-To: <45916A55.3070109@acd.ufrj.br> References: <45916A55.3070109@acd.ufrj.br> Message-ID: <1167177560.4591b758f0b69@webmail.usp.br> meus caros colegas da ANPPOM, caro Rodolfo Caesar, o "céu" foi inventado para "aqueles que dizem sim" e o "inferno" foi inventado "para aqueles que dizem não"... não se preocupe com o destino de alguns dos teus ídolos e heróis, pois, com certeza, estarão tão bem no "pós-vida" como estiveram em vida também, fique tranquilo! abraços do Rubens Ricciardi Citando Rodolfo Caesar : > Descansem juntos em Paz Braguinha e James Brown. > Foram muito importantes para mim, diria até que com comparável intensidade. > Espero que resistam a alguns esforços teológico-territoriais na passada > discussão, segundo os quais estariam em diferentes regiões do pós-vida: > um no céu, o outro no inferno. > > abs, > > > Rodolfo > > > > carlo palombini wrote: > > James Brown, criador de "Say It Loud (I'm Black and I'm Proud)", a > > canção que inaugurou uma era no movimento negro, faleceu ontem. Um > > pequeno tributo pode ser lido no endereço: > > > > http://abcnews.go.com/US/wireStory?id=2751384 > > > > -- > > cp > > ------------------------------------------------------------------------ > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > From m_swolff em hotmail.com Wed Dec 27 21:44:19 2006 From: m_swolff em hotmail.com (Marcus S. WOLFF) Date: Wed, 27 Dec 2006 23:44:19 +0000 Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Wed Dec 27 23:45:04 2006 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Wed, 27 Dec 2006 23:45:04 -0200 Subject: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos References: Message-ID: <001801c72a21$d2dd8a10$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> caro Prof. Wolff, agradeço a sua atenção, enfim, não obstante naturais e construtivas divergências acadêmicas, é através de diálogos reflexivos assim, de respeito e reverência àqueles que são diferentes e que pensam diferente - e eis a liberdade: "a liberdade dos que pensam diferente" (Rosa Luxemburg) - que obtemos a boa pluralidade pós-moderna, mas os tempos são sombrios, e haverá nestes tempos sombrios inclusive alguns que pretendem dizer não à barbárie da indústria cultural... briga de David com Golias??? - talvez não, o adversário é forte demais, está mesmo mais para a missão de um Sísifo... mas tudo bem, a perspectiva utópica da resistência ainda é mais instigante para o processo criativo de alguns do que a resignação ou enquadramento, temos que respeitar... por fim, em relação à "metafísica positivista", vc tem razão, ficou confuso mesmo, eu pretendia afirmar antes "uma incompreensão empirista e positivista da teoria do conhecimento" (Heidegger), melhor assim, pelo menos em relação, hoje, a expressões como "cultura negra", "cultura branca", "culturas extra-européias", "cultura gay", "mundo ocidental", "mundo não ocidental" etc... abraços do Rubens a vc e ao bom Caesar e bom 2007 a todos!... ----- Original Message ----- From: Marcus S. WOLFF To: anppom-l em iar.unicamp.br ; palombini em terra.com.br Cc: rrr em usp.br Sent: Wednesday, December 27, 2006 9:44 PM Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos Prezados colegas da ANPPOM, caro prof Ricciardi, Em primeiro lugar gostaria de lembrar aqui uma lição do meu velho mestre Koellreutter: a necessidade de esclarecermos os conceitos utilizados, especialmente quando partimos de pressupostos distintos...Sendo assim devo esclarecer que minhas colocações não partem de uma matriz de pensamento iluminista, com sua crença em universais (tais como o Homem, a Razão, a Civilização). Para mim (assim como para diversos historiadores, cientistas sociais e musicólogos) o homem só existe no singular, contextualizado. Não há uma única razão, nem uma única Civilização. Por isso, não sei de que ser humano o prof. Ricciardi está falando quando afirma que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... Aliás, estou certo que meus colegas indianos e também os africanos se surpreenderiam com essa afirmação eurocêntrica!!! Também o termo "metafísica positivista", (que aliás custo a entender já que a metafísica não pode ser jamais positivista) utilizado pelo prof. Ricciardi não se aplica às teodicéias orientais, já que não situam o divino como separado do mundo ou além dele. Em tais teodicéias, como observa Campbell, "presume-se que o divino é imanente em todas as coisas e parte do mundo desde a eternidade" ( ver em Colin Campbell. "A Orientalização do Ocidente" 1997:7). Mas é bom ver que concordamos quanto ao fato de que "qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...", como colocou o prof. Ricciardi. Sendo assim, não vejo necessidade em discriminar-se o eudito do popular ou da música de entretenimento, de modo a rotular algumas como boas e outras como más ou descartáveis (para quem?! Não teriam uma função social?) como já foi feito nessa lista! Esse discussão já foi superada tanto na área da musicologia histórica quanto na etnomusicologia, como aliás lembrou o colega Hugo Adrião(?) em sua resposta a prof. Sandra. Desde os trabalhos de Merriam e Blacking que compreendemos que "a música não pode ser definida como um fenômeno sonoro separado, pois envolve o comportamento dos indivíduos e grupos de indivíduos (...)" (Alan Merriam. The Anthropology of Music. 1964:27). E devemos a Blacking a compreensão da importância do estudo da música na cultura (ou como cultura, como ele mesmo formulou posteriormente). Portanto separar valores estéticos das funções sociais da música e dos músicos significa, no mínimo, ignorar completamente toda a contribuição desses pesquisadores, respeitadíssimos nas mais prestigiadas universidades européias e norte-americanas. Outro ponto que devo esclarecer é que não fui eu quem demonstrou a relação entre a música popular e os meios de comunicação de massa, pois esse assunto foi tratado por vários pesquisadores importantes, dentre os quais citei Peter Manuel, sem os preconceitos das gerações precedentes dos anos 40 e 50. Peter Manuel, inclusive, chegou a demonstrar como a tecnologia das fitas cassete, nos anos 60 e 70, possibilitou uma diversificação dos meios de produção musical e das formas musicais, citando o exemplo das estilizações populares de canções folclóricas regionais. Graças à nova tecnologia, que rompeu com o monopólio das grandes gravadoras, foi possível produzir uma música local, sob controle local, para um público mais diverso e fragmentado. Aqui está uma "dinâmica surpreendente" !!! O multiculturalismo parece ser, então, uma tendência que se contrapõe à igualmente forte tendência à homogeneização promovida pela indústria cultural, tal como apontou o prof. Ricciardi. Mas vejo que não fui compreendido quando afirmei que estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! Pois o mundo pós-moderno, tal como analisaram vários cientistas sociais, implica um tipo de mudança estrutural que afeta a produção cultural e "fragmenta paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade" (Stuart Hall. A Identidade cultural na Pós-Modernidade 2003:9). Portanto, Hall afirmou que a situação pós-moderna afeta as identidades pessoais e a produção cultural provocando a fragmentação das identidades e a criação de processos de identificação que transpõem as fronteiras dos Estados nacionais. Longe de mim propor algum tipo de estética normativa para a criação musical contemporânea!!! Apenas quis dizer que se torna difícil sustentar determinadas posições elitistas e/ou nacionalistas num mundo que se tornou uma aldeia global, num mundo em que nem a noção de sujeito sociológico (do indivíduo formado na interação com seus pares) consegue se sustentar. Quanto ao pós-colonial, não se trata apenas de uma situação político-econômica. O tema da pós-colonialidade vem ocupando um enorme espaço na área da teoria literária e dos estudos culturais desde os anos 80....mas parece que alguns músicos ainda não o conhecem...Para não tornar essa minha mensagem muito extensa e cansativa gostaria de sugerir a leitura de "Western Music and its Others" da autoria de Georgina Born e D. Hesmondhalgh (University of Califórnia Press, 2000), onde o tema é conectado à musicologia crítica de modo a demonstrar como se estabelece uma relação dialética entre os atos de comunicação musical e as relações políticas, econômicas e culturais. Quer queiramos, quer não, estamos vivendo num tempo em que o projeto colonial que estabeleceu tantas relações assimétricas de poder e de produção cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma ação civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual razão?! De qual interesse de Estado?!) . saudações reflexivas a todos! Marcus Wolff. (Laboratório de Etnomusicologia, UFRJ) ---------------------------------------------------------------------------- From: "Rubens Ricciardi" To: ,,"Marcus S. WOLFF" CC caros colegas da ANPPOM, caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com meu e-mail e retribuo aqui a gentileza... no lugar de aceitarmos passivamente a velha metafísica positivista do "non-western world" (expressão que talvez até contenha algum preconceito em relação ao "outro inferior"), talvez seja melhor pensarmos que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... não entendi bem o que o professor Wolff pretendia em relação ao xadrez, pois se trata de um jogo inteligente, onde as peças podem ser movidas com uma dinâmica surpreendente... jamais me referi ao conceito de universo musical (erudito, popular, entretenimento etc.) como estanco categorial, muito pelo contrário, qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos... mas temos aí sim ofícios diversos (e essencialmente diversos!) na profissão do músico, vamos dar exemplos: Gilberto Mendes é um compositor erudito, Chico Buarque é um cancionista popular (talvez o último sobrevivente do gênero em nosso país) e o MC Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só se viabiliza como fonograma descartável da indústria cultural... pra música erudita esta discussão pouco importa, pois o processo criativo deste universo é centrado na grafia musical e não no fonograma, e, graças hoje à universidade pública, sua sobrevivência como ofício independe do agressivo marketing da indústria cultural - mas as manifestações de música popular no Brasil, por certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando confundidas com atividades de grupos brasileiros que fazem rock, funk, pop-music, techno-music, hip-hop, rap, djs em festas rave, disco-music etc, pois todos estes gêneros, por mais diversos que sejam, estão inseridos num mesmo universo que pouco tem a ver com a música popular - lembrando que universo musical é um conceito maior que gênero, forma, estilo ou escola), o prof. Wolff afirma que muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa... é claro que sim, principalmente se nos referimos às comunidades dos países proprietários dos satélites e da indústria cultural multinacional (como os EUA)... até as comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais justamente a gestualidade musical própria, e sem esta imprescindível essência de singularidade musical (pois os exemplares são semelhantes em todo o mundo) nos interessa talvez menos como estudo de criação artística, e quem sabe mais como assunto de sociologia (as letras até podem expressar algum anseio comunitário local, mas a estética como um todo sempre já se consumiu como processo de colonização cultural)... e em relação à última frase do Prof. Wolff: afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! eu pergunto: quem afirmou que concepções pós-modernas nos processos de criação artística correspondem a uma situação político-econômica não colonialista? perdão, mas tal redução categorial está à altura da Abertura do Bispo!... feliz natal a todos, Rubens Ricciardi __________________ meus caros colegas da ANPPOM, segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta de Ribeirão há alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o que os alemães já há muito tempo chamam de "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já morreu há mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora, ainda não lidamos bem com a situação), abraços a todos e feliz 2007! Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão Preto Os dois filhos de Francisco e o filho de Francisco Prof. Rubens Ricciardi (ECA-USP) Recordemos dois fatos musicais de 2005: o filme Os dois filhos de Francisco e o concerto do violinista Luiz Filipe Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como Luiz Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama Chico Coelho). E as afinidades param por aí. O filme foi divulgado pelos meios de comunicação, obtendo platéias repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil. Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe - ele interpretou magistralmente o Concerto para violino de Brahms - restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro Pedro II naquela bela noite. Mas será que o abismo entre os níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz Filipe e da dupla (sei lá o que, "sertaneja"?) retrata de fato a relevância artística de ambos? Digamos que há uma distorção evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção por excelência - é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma entre as mais agressivas ideologias: a indústria cultural e sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim chamado "universo musical de entretenimento". Não é a criatividade deste ou daquele "artista" - eis o engodo do filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing, calculando-se previamente as vendas e a renovação dos "produtos". Daí a condição de efemeridade ser também essencial ao sucesso comercial desta indústria. Hanns Eisler (1898-1962), compositor alemão, afirmava que "a indústria de entretenimento faz de povos de todos os continentes verdadeiros analfabetos musicais". Há muita verdade nisso. No Brasil, a distorção se torna ainda maior, pois se confunde ainda "entretenimento" com "popular". A essência da nossa já há muito moribunda música popular era outra. Lembremos do frevo, maracatu, samba, samba-canção, samba-enredo de carnaval, ponteio, chorinho, bossa-nova, moda de viola, das velhas duplas caipiras etc. Ao contrário de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a destes filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do México à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais simulacros locais - basta lembrarmos das paisagens de Goiás com cenas rurais típicas no filme. Aliás, faz parte deste marketing difundir gêneros como o rock, funk, hip-hop ou rap, impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos os países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por "artistas" locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a homogeneidade do entretenimento irracional nas rádios: uma verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: "a inteligência não tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter - é ela, e não a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo que suas credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis". É por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para o Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se tivessem nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia, quase passou desapercebido, não obstante sua superior virtuosidade e competência, intérprete de uma grande arte que fundamenta a história. ____________________________ ----- Original Message ----- From: Marcus S. WOLFF To: palombini em terra.com.br ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Friday, December 22, 2006 11:41 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] música popular e música folclórica Prezados(as) colegas, Apenas gostaria de lembrar que para Peter Manuel, por ex. (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford, Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o folclórico e o popular (que o próprio Bruno Nettl procurou estabelecer seguindo uima longa tradição de etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas nao são fechadas, sendo em alguma medida também arbitrárias" (Manuel 1988:4). Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o colega R. Riccardi está colocando...muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa...afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! abraços, Marcus Wolff. ------------------------------------------------------------------------ From: "palombini" To: "anppom-l" Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Date: Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300 Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente). De: "Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br Para: "carlos palombini" palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data: Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 Assunto: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > meus caros, > chamo a atenção para a insistente > confusão que se faz entre "música popular" (identificada com tradições de um > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter efêmero dos > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer produção > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de fundo de > quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma moeda), > Rubens Ricciardi > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "anppom-l" > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" > >> comercial que, graças ao jabá pago por > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas > > de disco, no Domingão do Faustão, nas > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras > > das lojas de disco? Tenho a impressão > > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e > > divulgação da música popular. > > > > -- > > cp > > > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > > > > -- > > No virus found in this incoming message. > > Checked by AVG Free Edition. > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: > > 20/12/2006 > > > > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ -------------------------------------------------------------------------- MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que você quiser. 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URL: From rrrr em usp.br Thu Dec 28 01:13:45 2006 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Thu, 28 Dec 2006 01:13:45 -0200 Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos References: Message-ID: <003301c72a2e$2ff3fd90$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> caríssima Profa. Sandra Loureiro de Freitas Reis, e não é por menos, a leitura cuidadosa da Dialética do Esclarecimento (Adorno e Horkheimer) e os estudos sobre ela devem ser recomendados a todo estudante de música - as teses estão atualíssimas, não obstante terem sido escritas há 60 anos! atenciosamente, Rubens Ricciardi ----- Original Message ----- From: Sandra Reis To: m_swolff em hotmail.com ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Wednesday, December 27, 2006 11:59 PM Subject: RE: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos Prezado Marcus, para esclarecer rapidamente alguns pontos, também gostaria de acrescentar: 1. Quando falamos em universais, não estamos nos referindo ao "pensamento iluminista" do século XVIII, mas à Lógica, como um ramo da filosofia que está na base de todas as ciências, inclusive, é evidente, da Lingüistica e da Matemática. Dentro do conceito homem, por exemplo, reside a dialética do uno e do múltiplo, isto é, ao conceito universal de homem (que suprassume a idéia de essência humana) corresponde uma infinidade de homens diferentes, singulares na sua contextualidade. 2. A metafísica positivista está contida no Positivismo Lógico que tem o seu lugar na História da Filosofia, em contraponto ou imbricado com outras correntes . 3. A discussão sobre a função social de cada tipo de música está longe de ser superada. Diria mesmo que estamos no inicio dela pois as coisas ainda estão sendo tratadas com bastante superficialidade e de modo bastante restrito. A idéia da música " como fato social, ou seja, como fato antropológico total" , conforme a definiu Jean Molino, harmonizando-se com as ênfases que tanto Merriam quanto Blaking deram a este pensamento, exige também um estudo aprofundado do que chamamos a ética da estética, ou se preferirem, a ética do fato musical, o que poderia explicar melhor o que sejam boas e más obras de arte, ou boas ou más formas de música, o que transcende o ponto de vista meramente estético, chegando às questões educacionais e mesmo àquelas ligadas às noções de saúde( física, emocional, social), o que, até certo ponto, vai também variar de contexto para contexto, de cultura para cultura (visto que essa classificação depende do nível estésico, das condições e do contexto psicológico e sócio-político da recepção). Mas até mesmo dentro da medida simples do que chamamos "senso comum", não é difícil discernir o que é adequado ou não num dado contexto. Este princípio se aplica à realidade singular de qualquer cultura, seja ocidental ou oriental. Na Pós-Modernidade, assistimos à superposição de todas as tendências de modo livre, permitindo, em tese, que cada um siga o seu próprio caminho, conforme suas convicções e tendências. Diante disto, acredito que estamos tendo uma visão do que chamamos, em nossa dissertação sobre Adorno, de metodologia paratática (constelação de possibilidades justapostas, diferentes e independentes, de opções), o que, de certa forma, apresenta a tendência de fugir à síntese e abre-se num leque infinito de caminhos possíveis. A meu ver, isto é saudável, desde que se mantenha o senso crítico e a sinceridade para se discutir claramente as divergências e lacunas como estamos fazendo no presente momento, para manter o equilíbrio de qualquer campo de forças. Um abraço, Sandra Loureiro de Freitas Reis ---------------------------------------------------------------------------- From: "Marcus S. WOLFF" To: anppom-l em iar.unicamp.br, palombini em terra.com.br CC: rrr em usp.br Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos Date: Wed, 27 Dec 2006 23:44:19 +0000 Prezados colegas da ANPPOM, caro prof Ricciardi, Em primeiro lugar gostaria de lembrar aqui uma lição do meu velho mestre Koellreutter: a necessidade de esclarecermos os conceitos utilizados, especialmente quando partimos de pressupostos distintos...Sendo assim devo esclarecer que minhas colocações não partem de uma matriz de pensamento iluminista, com sua crença em universais (tais como o Homem, a Razão, a Civilização). Para mim (assim como para diversos historiadores, cientistas sociais e musicólogos) o homem só existe no singular, contextualizado. Não há uma única razão, nem uma única Civilização. Por isso, não sei de que ser humano o prof. Ricciardi está falando quando afirma que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... Aliás, estou certo que meus colegas indianos e também os africanos se surpreenderiam com essa afirmação eurocêntrica!!! Também o termo "metafísica positivista", (que aliás custo a entender já que a metafísica não pode ser jamais positivista) utilizado pelo prof. Ricciardi não se aplica às teodicéias orientais, já que não situam o divino como separado do mundo ou além dele. Em tais teodicéias, como observa Campbell, "presume-se que o divino é imanente em todas as coisas e parte do mundo desde a eternidade" ( ver em Colin Campbell. "A Orientalização do Ocidente" 1997:7). Mas é bom ver que concordamos quanto ao fato de que "qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...", como colocou o prof. Ricciardi. Sendo assim, não vejo necessidade em discriminar-se o eudito do popular ou da música de entretenimento, de modo a rotular algumas como boas e outras como más ou descartáveis (para quem?! Não teriam uma função social?) como já foi feito nessa lista! Esse discussão já foi superada tanto na área da musicologia histórica quanto na etnomusicologia, como aliás lembrou o colega Hugo Adrião(?) em sua resposta a prof. Sandra. Desde os trabalhos de Merriam e Blacking que compreendemos que "a música não pode ser definida como um fenômeno sonoro separado, pois envolve o comportamento dos indivíduos e grupos de indivíduos (...)" (Alan Merriam. The Anthropology of Music. 1964:27). E devemos a Blacking a compreensão da importância do estudo da música na cultura (ou como cultura, como ele mesmo formulou posteriormente). Portanto separar valores estéticos das funções sociais da música e dos músicos significa, no mínimo, ignorar completamente toda a contribuição desses pesquisadores, respeitadíssimos nas mais prestigiadas universidades européias e norte-americanas. Outro ponto que devo esclarecer é que não fui eu quem demonstrou a relação entre a música popular e os meios de comunicação de massa, pois esse assunto foi tratado por vários pesquisadores importantes, dentre os quais citei Peter Manuel, sem os preconceitos das gerações precedentes dos anos 40 e 50. Peter Manuel, inclusive, chegou a demonstrar como a tecnologia das fitas cassete, nos anos 60 e 70, possibilitou uma diversificação dos meios de produção musical e das formas musicais, citando o exemplo das estilizações populares de canções folclóricas regionais. Graças à nova tecnologia, que rompeu com o monopólio das grandes gravadoras, foi possível produzir uma música local, sob controle local, para um público mais diverso e fragmentado. Aqui está uma "dinâmica surpreendente" !!! O multiculturalismo parece ser, então, uma tendência que se contrapõe à igualmente forte tendência à homogeneização promovida pela indústria cultural, tal como apontou o prof. Ricciardi. Mas vejo que não fui compreendido quando afirmei que estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! Pois o mundo pós-moderno, tal como analisaram vários cientistas sociais, implica um tipo de mudança estrutural que afeta a produção cultural e "fragmenta paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade" (Stuart Hall. A Identidade cultural na Pós-Modernidade 2003:9). Portanto, Hall afirmou que a situação pós-moderna afeta as identidades pessoais e a produção cultural provocando a fragmentação das identidades e a criação de processos de identificação que transpõem as fronteiras dos Estados nacionais. Longe de mim propor algum tipo de estética normativa para a criação musical contemporânea!!! Apenas quis dizer que se torna difícil sustentar determinadas posições elitistas e/ou nacionalistas num mundo que se tornou uma aldeia global, num mundo em que nem a noção de sujeito sociológico (do indivíduo formado na interação com seus pares) consegue se sustentar. Quanto ao pós-colonial, não se trata apenas de uma situação político-econômica. O tema da pós-colonialidade vem ocupando um enorme espaço na área da teoria literária e dos estudos culturais desde os anos 80....mas parece que alguns músicos ainda não o conhecem...Para não tornar essa minha mensagem muito extensa e cansativa gostaria de sugerir a leitura de "Western Music and its Others" da autoria de Georgina Born e D. Hesmondhalgh (University of Califórnia Press, 2000), onde o tema é conectado à musicologia crítica de modo a demonstrar como se estabelece uma relação dialética entre os atos de comunicação musical e as relações políticas, econômicas e culturais. Quer queiramos, quer não, estamos vivendo num tempo em que o projeto colonial que estabeleceu tantas relações assimétricas de poder e de produção cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma ação civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual razão?! De qual interesse de Estado?!) . saudações reflexivas a todos! Marcus Wolff. (Laboratório de Etnomusicologia, UFRJ) -------------------------------------------------------------------------- From: "Rubens Ricciardi" To: ,,"Marcus S. WOLFF" CC caros colegas da ANPPOM, caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com meu e-mail e retribuo aqui a gentileza... no lugar de aceitarmos passivamente a velha metafísica positivista do "non-western world" (expressão que talvez até contenha algum preconceito em relação ao "outro inferior"), talvez seja melhor pensarmos que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... não entendi bem o que o professor Wolff pretendia em relação ao xadrez, pois se trata de um jogo inteligente, onde as peças podem ser movidas com uma dinâmica surpreendente... jamais me referi ao conceito de universo musical (erudito, popular, entretenimento etc.) como estanco categorial, muito pelo contrário, qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos... mas temos aí sim ofícios diversos (e essencialmente diversos!) na profissão do músico, vamos dar exemplos: Gilberto Mendes é um compositor erudito, Chico Buarque é um cancionista popular (talvez o último sobrevivente do gênero em nosso país) e o MC Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só se viabiliza como fonograma descartável da indústria cultural... pra música erudita esta discussão pouco importa, pois o processo criativo deste universo é centrado na grafia musical e não no fonograma, e, graças hoje à universidade pública, sua sobrevivência como ofício independe do agressivo marketing da indústria cultural - mas as manifestações de música popular no Brasil, por certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando confundidas com atividades de grupos brasileiros que fazem rock, funk, pop-music, techno-music, hip-hop, rap, djs em festas rave, disco-music etc, pois todos estes gêneros, por mais diversos que sejam, estão inseridos num mesmo universo que pouco tem a ver com a música popular - lembrando que universo musical é um conceito maior que gênero, forma, estilo ou escola), o prof. Wolff afirma que muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa... é claro que sim, principalmente se nos referimos às comunidades dos países proprietários dos satélites e da indústria cultural multinacional (como os EUA)... até as comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais justamente a gestualidade musical própria, e sem esta imprescindível essência de singularidade musical (pois os exemplares são semelhantes em todo o mundo) nos interessa talvez menos como estudo de criação artística, e quem sabe mais como assunto de sociologia (as letras até podem expressar algum anseio comunitário local, mas a estética como um todo sempre já se consumiu como processo de colonização cultural)... e em relação à última frase do Prof. Wolff: afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! eu pergunto: quem afirmou que concepções pós-modernas nos processos de criação artística correspondem a uma situação político-econômica não colonialista? perdão, mas tal redução categorial está à altura da Abertura do Bispo!... feliz natal a todos, Rubens Ricciardi __________________ meus caros colegas da ANPPOM, segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta de Ribeirão há alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o que os alemães já há muito tempo chamam de "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já morreu há mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora, ainda não lidamos bem com a situação), abraços a todos e feliz 2007! Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão Preto Os dois filhos de Francisco e o filho de Francisco Prof. Rubens Ricciardi (ECA-USP) Recordemos dois fatos musicais de 2005: o filme Os dois filhos de Francisco e o concerto do violinista Luiz Filipe Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como Luiz Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama Chico Coelho). E as afinidades param por aí. O filme foi divulgado pelos meios de comunicação, obtendo platéias repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil. Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe - ele interpretou magistralmente o Concerto para violino de Brahms - restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro Pedro II naquela bela noite. Mas será que o abismo entre os níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz Filipe e da dupla (sei lá o que, "sertaneja"?) retrata de fato a relevância artística de ambos? Digamos que há uma distorção evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção por excelência - é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma entre as mais agressivas ideologias: a indústria cultural e sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim chamado "universo musical de entretenimento". Não é a criatividade deste ou daquele "artista" - eis o engodo do filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing, calculando-se previamente as vendas e a renovação dos "produtos". Daí a condição de efemeridade ser também essencial ao sucesso comercial desta indústria. Hanns Eisler (1898-1962), compositor alemão, afirmava que "a indústria de entretenimento faz de povos de todos os continentes verdadeiros analfabetos musicais". Há muita verdade nisso. No Brasil, a distorção se torna ainda maior, pois se confunde ainda "entretenimento" com "popular". A essência da nossa já há muito moribunda música popular era outra. Lembremos do frevo, maracatu, samba, samba-canção, samba-enredo de carnaval, ponteio, chorinho, bossa-nova, moda de viola, das velhas duplas caipiras etc. Ao contrário de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a destes filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do México à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais simulacros locais - basta lembrarmos das paisagens de Goiás com cenas rurais típicas no filme. Aliás, faz parte deste marketing difundir gêneros como o rock, funk, hip-hop ou rap, impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos os países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por "artistas" locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a homogeneidade do entretenimento irracional nas rádios: uma verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: "a inteligência não tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter - é ela, e não a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo que suas credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis". É por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para o Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se tivessem nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia, quase passou desapercebido, não obstante sua superior virtuosidade e competência, intérprete de uma grande arte que fundamenta a história. ____________________________ ----- Original Message ----- From: Marcus S. WOLFF To: palombini em terra.com.br ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Friday, December 22, 2006 11:41 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] música popular e música folclórica Prezados(as) colegas, Apenas gostaria de lembrar que para Peter Manuel, por ex. (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford, Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o folclórico e o popular (que o próprio Bruno Nettl procurou estabelecer seguindo uima longa tradição de etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas nao são fechadas, sendo em alguma medida também arbitrárias" (Manuel 1988:4). Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o colega R. Riccardi está colocando...muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa...afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! abraços, Marcus Wolff. ---------------------------------------------------------------------- From: "palombini" To: "anppom-l" Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Date: Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300 Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente). De: "Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br Para: "carlos palombini" palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data: Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 Assunto: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > meus caros, > chamo a atenção para a insistente > confusão que se faz entre "música popular" (identificada com tradições de um > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter efêmero dos > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer produção > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de fundo de > quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma moeda), > Rubens Ricciardi > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "anppom-l" > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" > >> comercial que, graças ao jabá pago por > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas > > de disco, no Domingão do Faustão, nas > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras > > das lojas de disco? Tenho a impressão > > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e > > divulgação da música popular. > > > > -- > > cp > > > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > > > > -- > > No virus found in this incoming message. > > Checked by AVG Free Edition. > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: > > 20/12/2006 > > > > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------ MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que você quiser. 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URL: From sandramontreal em hotmail.com Thu Dec 28 09:28:08 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 28 Dec 2006 09:28:08 -0200 Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos In-Reply-To: <003301c72a2e$2ff3fd90$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Thu Dec 28 11:11:05 2006 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Thu, 28 Dec 2006 11:11:05 -0200 Subject: [ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos In-Reply-To: References: Message-ID: caros está sendo um fantástico tour de force. legal mesmo, vale a pena ler... no mais, fico feliz por já possuir todos os livros por ora citados nas mensagens. se tivesse de comprá-los as crianças ficariam sem presente de natal. mas, gostaria de rebobinar a fita: lembram? o assunto era o seguinte: nosso cursos de música estão defasadooooooos. e isto significa q na universidade, por ser pública e com dindin del pueblo, muitas vezes é chamada a ter um bom número de alunos, a atualizar seus cursos e a ser responsável dando aos alunos um pouco (q seja) daquilo q lhes possa incluir no mercado de trabalho. e dizia também q nessas nossos cursos de música perdem a deixa de abarcarem uma nova área (da tecnologia musical e de seu vínculo com a produção musical) e de capitanearem as pesquisas nacionais neste terreno. dizendo ainda mais q a área de comunicação, formada de blablablas abarcou este domínio mesmo não tendo domínio do domínio pq nos atravancamos com debates e debates onde o termo internacional "sonologia" foi confundido por alguns como "estudos do sono". lembraram? abraços silvio From caesar em acd.ufrj.br Thu Dec 28 12:15:12 2006 From: caesar em acd.ufrj.br (Rodolfo Caesar) Date: Thu, 28 Dec 2006 12:15:12 -0200 Subject: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos In-Reply-To: <001801c72a21$d2dd8a10$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> References: <001801c72a21$d2dd8a10$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> Message-ID: <4593D170.7070807@acd.ufrj.br> Bom 07 pra vc tambem, Rubens!, e para toda a lista! So' queria teminar o ano dizendo que de ontem pra hoje sai pra comprar e li a Dialetica Negativa e a Aesthaetische Theorie do Adorno so' pra ficar sabendo que o Braguinha tambem... E esse, coitado... vai ainda mais depressa pro Infe-rrr-no! abs, Rodolfo Rubens Ricciardi wrote: > caro Prof. Wolff, > agradeço a sua atenção, > enfim, não obstante naturais e construtivas divergências acadêmicas, é > através de diálogos reflexivos assim, de respeito e reverência àqueles > que são diferentes e que pensam diferente - e eis a liberdade: "a > liberdade dos que pensam diferente" (Rosa Luxemburg) - que obtemos a > boa pluralidade pós-moderna, > mas os tempos são sombrios, > e haverá nestes tempos sombrios inclusive alguns que pretendem dizer > não à barbárie da indústria cultural... > briga de David com Golias??? - talvez não, o adversário é forte > demais, está mesmo mais para a missão de um Sísifo... > mas tudo bem, a perspectiva utópica da resistência ainda é mais > instigante para o processo criativo de alguns do que a resignação ou > enquadramento, temos que respeitar... > por fim, em relação à "metafísica positivista", vc tem razão, ficou > confuso mesmo, eu pretendia afirmar antes "uma incompreensão empirista > e positivista da teoria do conhecimento" (Heidegger), melhor assim, > pelo menos em relação, hoje, a expressões como "cultura negra", > "cultura branca", "culturas extra-européias", "cultura gay", "mundo > ocidental", "mundo não ocidental" etc... > abraços do Rubens a vc e ao bom Caesar e bom 2007 a todos!... > > ----- Original Message ----- > *From:* Marcus S. WOLFF > *To:* anppom-l em iar.unicamp.br ; > palombini em terra.com.br > *Cc:* rrr em usp.br > *Sent:* Wednesday, December 27, 2006 9:44 PM > *Subject:* FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos > > > Prezados colegas da ANPPOM, caro prof Ricciardi, > > Em primeiro lugar gostaria de lembrar aqui uma lição do meu velho > mestre Koellreutter: a necessidade de esclarecermos os conceitos > utilizados, especialmente quando partimos de pressupostos > distintos...Sendo assim devo esclarecer que minhas colocações não > partem de uma matriz de pensamento iluminista, com sua crença em > universais (tais como o Homem, a Razão, a Civilização). Para mim > (assim como para diversos historiadores, cientistas sociais e > musicólogos) o homem só existe no singular, contextualizado. Não > há uma única razão, nem uma única Civilização. Por isso, não sei > de que ser humano o prof. Ricciardi está falando quando afirma que > > "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da > tragédia grega"... > > Aliás, estou certo que meus colegas indianos e também os africanos > se surpreenderiam com essa afirmação eurocêntrica!!! > > Também o termo ?metafísica positivista?, (que aliás custo a > entender já que a metafísica não pode ser jamais positivista) > utilizado pelo prof. Ricciardi não se aplica às teodicéias > orientais, já que não situam o divino como separado do mundo ou > além dele. Em tais teodicéias, como observa Campbell, ?presume-se > que o divino é imanente em todas as coisas e parte do mundo desde > a eternidade? ( ver em Colin Campbell. ?A Orientalização do > Ocidente? 1997:7). > > Mas é bom ver que concordamos quanto ao fato de que ?qualquer > atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de > fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de > gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...?, > como colocou o prof. Ricciardi. Sendo assim, não vejo necessidade > em discriminar-se o eudito do popular ou da música de > entretenimento, de modo a rotular algumas como boas e outras como > más ou descartáveis (para quem?! Não teriam uma função social?) > como já foi feito nessa lista! Esse discussão já foi superada > tanto na área da musicologia histórica quanto na etnomusicologia, > como aliás lembrou o colega Hugo Adrião(?) em sua resposta a prof. > Sandra. Desde os trabalhos de Merriam e Blacking que compreendemos > que ?a música não pode ser definida como um fenômeno sonoro > separado, pois envolve o comportamento dos indivíduos e grupos de > indivíduos (...)? (Alan Merriam. The Anthropology of Music. > 1964:27). E devemos a Blacking a compreensão da importância do > estudo da música na cultura (ou como cultura, como ele mesmo > formulou posteriormente). Portanto separar valores estéticos das > funções sociais da música e dos músicos significa, no mínimo, > ignorar completamente toda a contribuição desses pesquisadores, > respeitadíssimos nas mais prestigiadas universidades européias e > norte-americanas. > > Outro ponto que devo esclarecer é que não fui eu quem demonstrou a > relação entre a música popular e os meios de comunicação de massa, > pois esse assunto foi tratado por vários pesquisadores > importantes, dentre os quais citei Peter Manuel, sem os > preconceitos das gerações precedentes dos anos 40 e 50. Peter > Manuel, inclusive, chegou a demonstrar como a tecnologia das fitas > cassete, nos anos 60 e 70, possibilitou uma diversificação dos > meios de produção musical e das formas musicais, citando o exemplo > das estilizações populares de canções folclóricas regionais. > Graças à nova tecnologia, que rompeu com o monopólio das grandes > gravadoras, foi possível produzir uma música local, sob controle > local, para um público mais diverso e fragmentado. Aqui está uma > ?dinâmica surpreendente? !!! O multiculturalismo parece ser, > então, uma tendência que se contrapõe à igualmente forte tendência > à homogeneização promovida pela indústria cultural, tal como > apontou o prof. Ricciardi. > > Mas vejo que não fui compreendido quando afirmei que estamos num > mundo pós-moderno e pós-colonial! Pois o mundo pós-moderno, tal > como analisaram vários cientistas sociais, implica um tipo de > mudança estrutural que afeta a produção cultural e ?fragmenta > paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e > nacionalidade? (Stuart Hall. A Identidade cultural na > Pós-Modernidade 2003:9). Portanto, Hall afirmou que a situação > pós-moderna afeta as identidades pessoais e a produção cultural > provocando a fragmentação das identidades e a criação de processos > de identificação que transpõem as fronteiras dos Estados > nacionais. Longe de mim propor algum tipo de estética normativa > para a criação musical contemporânea!!! Apenas quis dizer que se > torna difícil sustentar determinadas posições elitistas e/ou > nacionalistas num mundo que se tornou uma aldeia global, num mundo > em que nem a noção de sujeito sociológico (do indivíduo formado na > interação com seus pares) consegue se sustentar. > > Quanto ao pós-colonial, não se trata apenas de uma situação > político-econômica. O tema da pós-colonialidade vem ocupando um > enorme espaço na área da teoria literária e dos estudos culturais > desde os anos 80....mas parece que alguns músicos ainda não o > conhecem...Para não tornar essa minha mensagem muito extensa e > cansativa gostaria de sugerir a leitura de ?Western Music and its > Others? da autoria de Georgina Born e D. Hesmondhalgh (University > of Califórnia Press, 2000), onde o tema é conectado à musicologia > crítica de modo a demonstrar como se estabelece uma relação > dialética entre os atos de comunicação musical e as relações > políticas, econômicas e culturais. Quer queiramos, quer não, > estamos vivendo num tempo em que o projeto colonial que > estabeleceu tantas relações assimétricas de poder e de produção > cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma > ação civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual > razão?! De qual interesse de Estado?!) . > > saudações reflexivas a todos! > > Marcus Wolff. > > (Laboratório de Etnomusicologia, UFRJ) > > ------------------------------------------------------------------------ > From: /"Rubens Ricciardi" / > To: > /,,"Marcus S. > WOLFF" / > CC > caros colegas da ANPPOM, > caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com meu e-mail e > retribuo aqui a gentileza... > no lugar de aceitarmos passivamente a velha metafísica > positivista do "non-western world" (expressão que talvez até > contenha algum preconceito em relação ao "outro inferior"), > talvez seja melhor pensarmos que "todo ser humano tem o > direito de se considerar descendente da tragédia grega"... > não entendi bem o que o professor Wolff pretendia em relação > ao xadrez, pois se trata de um jogo inteligente, onde as peças > podem ser movidas com uma dinâmica surpreendente... > jamais me referi ao conceito de universo musical (erudito, > popular, entretenimento etc.) como estanco categorial, muito > pelo contrário, qualquer atividade humana sempre contempla > delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a > dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, > interfaces, caminhos os mais diversos... > mas temos aí sim ofícios diversos (e essencialmente diversos!) > na profissão do músico, vamos dar exemplos: Gilberto Mendes é > um compositor erudito, Chico Buarque é um cancionista popular > (talvez o último sobrevivente do gênero em nosso país) e o MC > Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só se viabiliza > como fonograma descartável da indústria cultural... > pra música erudita esta discussão pouco importa, pois o > processo criativo deste universo é centrado na grafia musical > e não no fonograma, e, graças hoje à universidade pública, sua > sobrevivência como ofício independe do agressivo marketing da > indústria cultural - mas as manifestações de música popular no > Brasil, por certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando > confundidas com atividades de grupos brasileiros que fazem > rock, funk, pop-music, techno-music, hip-hop, rap, djs em > festas rave, disco-music etc, pois todos estes gêneros, por > mais diversos que sejam, estão inseridos num mesmo universo > que pouco tem a ver com a música popular - lembrando que > universo musical é um conceito maior que gênero, forma, estilo > ou escola), > o prof. Wolff afirma que muitas músicas identificadas com > tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido > disseminadas por meio de comunicação de massa... > é claro que sim, principalmente se nos referimos às > comunidades dos países proprietários dos satélites e da > indústria cultural multinacional (como os EUA)... até as > comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a > mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como > manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais > justamente a gestualidade musical própria, e sem esta > imprescindível essência de singularidade musical (pois os > exemplares são semelhantes em todo o mundo) nos interessa > talvez menos como estudo de criação artística, e quem sabe > mais como assunto de sociologia (as letras até podem expressar > algum anseio comunitário local, mas a estética como um todo > sempre já se consumiu como processo de colonização cultural)... > e em relação à última frase do Prof. Wolff: > afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! > eu pergunto: quem afirmou que concepções pós-modernas nos > processos de criação artística correspondem a uma situação > político-econômica não colonialista? > perdão, mas tal redução categorial está à altura da Abertura > do Bispo!... > feliz natal a todos, > Rubens Ricciardi > __________________ > meus caros colegas da ANPPOM, > segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta de Ribeirão há > alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que > se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos > talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o > que os alemães já há muito tempo chamam de > "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já morreu há > mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora, > ainda não lidamos bem com a situação), > abraços a todos e feliz 2007! > Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão Preto > > *Os dois filhos de Francisco e o filho de Francisco* > > Prof. Rubens Ricciardi (ECA-USP) > > Recordemos dois fatos musicais de 2005: o filme /Os dois > filhos de Francisco/ e o concerto do violinista Luiz Filipe > Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O > que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como > Luiz Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama > Chico Coelho). E as afinidades param por aí. O filme foi > divulgado pelos meios de comunicação, obtendo platéias > repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil. > Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe ? ele interpretou > magistralmente o /Concerto para violino/ de Brahms - > restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro > Pedro II naquela bela noite. Mas será que o abismo entre os > níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz Filipe > e da dupla (sei lá o que, ?sertaneja??) retrata de fato a > relevância artística de ambos? Digamos que há uma distorção > evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção por > excelência ? é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma > entre as mais agressivas ideologias: a indústria cultural e > sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim > chamado ?universo musical de entretenimento?. Não é a > criatividade deste ou daquele ?artista? ? eis o engodo do > filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing, > calculando-se previamente as vendas e a renovação dos > ?produtos?. Daí a condição de efemeridade ser também essencial > ao sucesso comercial desta indústria. Hanns Eisler > (1898-1962), compositor alemão, afirmava que ?a indústria de > entretenimento faz de povos de todos os continentes > verdadeiros analfabetos musicais?. Há muita verdade nisso. No > Brasil, a distorção se torna ainda maior, pois se confunde > ainda ?entretenimento? com ?popular?. A essência da nossa já > há muito moribunda música popular era outra. Lembremos do > frevo, maracatu, samba, samba-canção, samba-enredo de > carnaval, ponteio, chorinho, bossa-nova, moda de viola, das > velhas duplas caipiras etc. Ao contrário de Pixinguinha, Noel > Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a destes > filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do > México à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais > simulacros locais ? basta lembrarmos das paisagens de Goiás > com cenas rurais típicas no filme. Aliás, faz parte deste > marketing difundir gêneros como o rock, funk, hip-hop ou rap, > impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que > aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos > os países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por > ?artistas? locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a > homogeneidade do entretenimento irracional nas rádios: uma > verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por > baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: ?a inteligência não > tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter ? é ela, e não > a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo > que suas credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis?. É > por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para o > Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de > Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se tivessem > nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco > (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que > fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz > Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia, > quase passou desapercebido, não obstante sua superior > virtuosidade e competência, intérprete de uma grande arte que > fundamenta a história. > > ____________________________ > > ----- Original Message ----- > *From:* Marcus S. WOLFF > *To:* palombini em terra.com.br > ; anppom-l em iar.unicamp.br > > *Sent:* Friday, December 22, 2006 11:41 PM > *Subject:* Re: [ANPPOM-L] música popular e música folclórica > > > Prezados(as) colegas, > > Apenas gostaria de lembrar que para Peter Manuel, por ex. > (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford, > Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o > folclórico e o popular (que o próprio Bruno Nettl procurou > estabelecer seguindo uima longa tradição de > etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades > que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas > nao são fechadas, sendo em alguma medida também > arbitrárias" (Manuel 1988:4). > > Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser > pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o > colega R. Riccardi está colocando...muitas músicas > identificadas com tradições musicais de um grupo / > comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de > comunicação de massa...afinal estamos num mundo > pós-moderno e pós-colonial! > > abraços, > > Marcus Wolff. > > ------------------------------------------------------------------------ > From: /"palombini" / > To: /"anppom-l" / > Subject: /Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária?/ > Date: /Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300/ > > Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, > mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente). > *De:* "Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br > > *Para:* "carlos palombini" > palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br > > *Cópia:* > > *Data:* Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 > > *Assunto:* Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > meus caros, > > chamo a atenção para a insistente > > confusão que se faz entre "música popular" > (identificada com tradições de um > > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" > (caráter efêmero dos > > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de > qualquer produção > > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer > produção de fundo de > > quintal - e produto multinacional são dois lados de > uma mesma moeda), > > Rubens Ricciardi > > > > ----- Original Message ----- > > From: "carlos palombini" > > To: "anppom-l" > > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM > > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > > > > > > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a > música "sertaneja" > > >> comercial que, graças ao jabá pago por > > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, > nas prateleiras das lojas > > > de disco, no Domingão do Faustão, nas > > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > > > > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do > disco? Nas prateleiras > > > das lojas de disco? Tenho a impressão > > > de que vc não está muito bem informado sobre os > processos de produção e > > > divulgação da música popular. > > > > > > -- > > > cp > > > > > > > > > ________________________________________________ > > > Lista de discussões ANPPOM > > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > > ________________________________________________ > > > > > > > > > > > > -- > > > No virus found in this incoming message. > > > Checked by AVG Free Edition. > > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - > Release Date: > > > 20/12/2006 > > > > > > > > > > > > >________________________________________________ > >Lista de discussões ANPPOM > >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > >________________________________________________ > > > ------------------------------------------------------------------------ > MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que > você quiser. 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Para McCann, é interessante q os fãs não tenham escolhido nem "Aquarela do Brasil" (à qual ele dedica 9 páginas) nem o hino nacional. Segundo ele "A própria canção [Touradas], tanto letra quanto música, encapsulava a tensão produtiva entre o nacional e o transnacional. -- cp De:"Rodolfo Caesar" caesar em acd.ufrj.br Para:"carlo palombini" palombini em terra.com.br Cópia:"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br Data:Tue, 26 Dec 2006 16:30:45 -0200 Assunto:Re: [ANPPOM-L] James Brown 1933-2006 Descansem juntos em Paz Braguinha e James Brown. Foram muito importantes para mim, diria até que com comparável intensidade. Espero que resistam a alguns esforços teológico-territoriais na passada discussão, segundo os quais estariam em diferentes regiões do pós-vida: um no céu, o outro no inferno. abs, Rodolfo carlo palombini wrote: > James Brown, criador de "Say It Loud (I'm Black and I'm Proud)", a canção que inaugurou uma era no movimento negro, faleceu ontem. Um pequeno tributo pode ser lido no endereço: > > http://abcnews.go.com/US/wireStory?id=2751384 > > -- > cp ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Thu Dec 28 19:30:32 2006 From: palombini em terra.com.br (palombini) Date: Thu, 28 Dec 2006 18:30:32 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Musicological Research Partners and Composers Needed for Book Project Message-ID: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Thu Dec 28 19:43:27 2006 From: palombini em terra.com.br (palombini) Date: Thu, 28 Dec 2006 18:43:27 -0300 Subject: [ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos Message-ID: Olá, Silvio Então, voltando ao assunto e sem muita enrolação. Acho ótima a proposta da UNISINOS, embora reconheça os problemas que vc já identificou. A própria idéia de construir um roqueiro na escola seria quixotesca se não fosse uma grande jogada de mercado. Seja como for, fiquei muito contente em saber que aparecemos _Estado de Minas_ , no rastro da publicidade inaudita e merecida conferida ao curso de São Leopoldo, em função da implantação de um curso de música popular aqui e da música eletrônica dançante e funk (não o Fatboy Slim, que não é carioca nem chinês) em particular. Mas a idéia não é formar funkeiros (ainda). http://www.universiabrasil.net/noticia/materia_clipping.jsp?not=34880 Abraços, Carlinhos De:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br Para:anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data:Thu, 28 Dec 2006 11:11:05 -0200 Assunto:[ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos > caros > > está sendo um fantástico tour de force. > legal mesmo, vale a pena ler... > no mais, > fico feliz por já possuir todos os livros por ora citados nas mensagens. > se tivesse de comprá-los as crianças ficariam sem presente de natal. > mas, gostaria de rebobinar a fita: > lembram? > o assunto era o seguinte: > nosso cursos de música estão defasadooooooos. > e isto significa q na universidade, por ser > pública e com dindin del pueblo, muitas vezes é > chamada a ter um bom número de alunos, a > atualizar seus cursos e a ser responsável dando > aos alunos um pouco (q seja) daquilo q lhes possa > incluir no mercado de trabalho. > e dizia também q nessas nossos cursos de música > perdem a deixa de abarcarem uma nova área (da > tecnologia musical e de seu vínculo com a > produção musical) e de capitanearem as pesquisas > nacionais neste terreno. > dizendo ainda mais q a área de comunicação, > formada de blablablas abarcou este domínio mesmo > não tendo domínio do domínio pq nos atravancamos > com debates e debates onde o termo internacional > "sonologia" foi confundido por alguns como > "estudos do sono". > > lembraram? > > abraços > silvio > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Thu Dec 28 23:30:35 2006 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 28 Dec 2006 23:30:35 -0200 Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos In-Reply-To: <00bc01c72ad3$f0296820$0201a8c0@win98> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From m_swolff em hotmail.com Fri Dec 29 01:15:41 2006 From: m_swolff em hotmail.com (Marcus S. WOLFF) Date: Fri, 29 Dec 2006 03:15:41 +0000 Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos II In-Reply-To: <00bc01c72ad3$f0296820$0201a8c0@win98> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From gubernik em terra.com.br Fri Dec 29 01:43:18 2006 From: gubernik em terra.com.br (Carole Gubernikoff) Date: Fri, 29 Dec 2006 01:43:18 -0200 Subject: Fw: [ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos Message-ID: <005301c72afb$7ab74ee0$3700a8c0@LAPTOP> ----- Original Message ----- From: "Carole Gubernikoff" To: "silvio" Sent: Thursday, December 28, 2006 12:05 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos > Concordo com Silvio. Temos de "aggiornare" nossos cursos sob o risco de > inutilidade, sem debates sobre mercado e obsolescência e etc.. Afinal, o > "mercado" tem sido o único responsável pela sobrevivência da "grande > música", tipo coletâneas de sinfonias de beethoven e brahms e outros. > > > > ----- Original Message ----- > From: "silvio" > To: > Sent: Thursday, December 28, 2006 11:11 AM > Subject: [ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos > > >> caros >> >> está sendo um fantástico tour de force. >> legal mesmo, vale a pena ler... >> no mais, >> fico feliz por já possuir todos os livros por ora citados nas mensagens. >> se tivesse de comprá-los as crianças ficariam sem presente de natal. >> mas, gostaria de rebobinar a fita: >> lembram? >> o assunto era o seguinte: >> nosso cursos de música estão defasadooooooos. >> e isto significa q na universidade, por ser pública e com dindin del >> pueblo, muitas vezes é chamada a ter um bom número de alunos, a atualizar >> seus cursos e a ser responsável dando aos alunos um pouco (q seja) >> daquilo q lhes possa incluir no mercado de trabalho. >> e dizia também q nessas nossos cursos de música perdem a deixa de >> abarcarem uma nova área (da tecnologia musical e de seu vínculo com a >> produção musical) e de capitanearem as pesquisas nacionais neste terreno. >> dizendo ainda mais q a área de comunicação, formada de blablablas abarcou >> este domínio mesmo não tendo domínio do domínio pq nos atravancamos com >> debates e debates onde o termo internacional "sonologia" foi confundido >> por alguns como "estudos do sono". >> >> lembraram? >> >> abraços >> silvio >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> -- >> No virus found in this incoming message. >> Checked by AVG Free Edition. >> Version: 7.5.432 / Virus Database: 268.15.27/602 - Release Date: >> 25/12/2006 10:19 >> >> > From gubernik em terra.com.br Fri Dec 29 01:43:49 2006 From: gubernik em terra.com.br (Carole Gubernikoff) Date: Fri, 29 Dec 2006 01:43:49 -0200 Subject: Fw: [ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos Message-ID: <005401c72afb$8d2ccd70$3700a8c0@LAPTOP> ----- Original Message ----- From: "Carole Gubernikoff" To: "silvio" Sent: Thursday, December 28, 2006 12:05 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos > Concordo com Silvio. Temos de "aggiornare" nossos cursos sob o risco de > inutilidade, sem debates sobre mercado e obsolescência e etc.. Afinal, o > "mercado" tem sido o único responsável pela sobrevivência da "grande > música", tipo coletâneas de sinfonias de beethoven e brahms e outros. > > > > ----- Original Message ----- > From: "silvio" > To: > Sent: Thursday, December 28, 2006 11:11 AM > Subject: [ANPPOM-L] retomando o debate de antes dos conceitos > > >> caros >> >> está sendo um fantástico tour de force. >> legal mesmo, vale a pena ler... >> no mais, >> fico feliz por já possuir todos os livros por ora citados nas mensagens. >> se tivesse de comprá-los as crianças ficariam sem presente de natal. >> mas, gostaria de rebobinar a fita: >> lembram? >> o assunto era o seguinte: >> nosso cursos de música estão defasadooooooos. >> e isto significa q na universidade, por ser pública e com dindin del >> pueblo, muitas vezes é chamada a ter um bom número de alunos, a atualizar >> seus cursos e a ser responsável dando aos alunos um pouco (q seja) >> daquilo q lhes possa incluir no mercado de trabalho. >> e dizia também q nessas nossos cursos de música perdem a deixa de >> abarcarem uma nova área (da tecnologia musical e de seu vínculo com a >> produção musical) e de capitanearem as pesquisas nacionais neste terreno. >> dizendo ainda mais q a área de comunicação, formada de blablablas abarcou >> este domínio mesmo não tendo domínio do domínio pq nos atravancamos com >> debates e debates onde o termo internacional "sonologia" foi confundido >> por alguns como "estudos do sono". >> >> lembraram? >> >> abraços >> silvio >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> -- >> No virus found in this incoming message. >> Checked by AVG Free Edition. >> Version: 7.5.432 / Virus Database: 268.15.27/602 - Release Date: >> 25/12/2006 10:19 >> >> > From antunes em unb.br Wed Dec 27 12:05:03 2006 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Wed, 27 Dec 2006 12:05:03 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Alerta Message-ID: <45927D84.96D9DB77@unb.br> Car em s colegas: Durante quatro anos o Ministério da Cultura, tendo à frente Gilberto Gil, engambelou os meios culturais com encontros, seminários, documentos, fóruns, com a justificativa de futuramente poder criar um Plano Nacional de Cultura. Foram 4 anos! Durante os mesmos quatro anos Gil cozinhou a classe musical da área popular com promessas, audiências, aparentando abertura ao diálogo, e facilitando criação de Fórum Nacional, teleconferências, discussão, promessas de pactuação, com a justificativa de pretender colaborar na resolução de problemas da classe com novas leis voltadas à aposentadoria, ao direito autoral, à difusão, propriedade intelectual, OMB, etc. Enquanto esse processo se arrastou no âmbito da música, a classe cinematográfica, sem muita e longa teorização, está anos-luz à frente com dezenas de leis ótimas, muita verba, muito dinheiro do poder público, com apoios totais em todas as etapas da cadeia produtiva. Durante os quatro anos, Gil "diologou" com os colegas da área de música popular, virando as costas e fechando os ouvidos aos colegas da área de música erudita. Recentemente, em encontro nacional de Orquestras, o ministro, que vai ser reconduzido ao cargo a partir de janeiro, pronunciou discurso anunciando que durante os próximos quatro anos vai dialogar com a classe de músicos eruditos. Ao fazer isso, anunciando o início de um diálogo, confessava tacitamente que o dito diálogo não aconteceu nos últimos quatro anos. Se o Ministro pretender organizar mais encontros, desta vez com a área erudita, certamente vai adotar a mesma estratégia adotada com a área popular entre 2003 e 2006: seminários, encontros, diálogos, promessas. Tudo resultará na redação de muitos documentos, entre 2007 e 2010, para nenhum resultado prático. Os problemas da música de concerto no Brasil, e suas soluções, já estão equacionados há mais de meio século. Não é com as criações de Câmara Setorial e de recentes Fóruns, que o problema começaria a ser discutido. Quando digo que a questão da Música Erudita brasileira está exaustivamente discutida e equacionada, estou me referindo aos documentos produzidos desde 1957, e que estão disponíveis em bibliotecas, arquivos da Funarte, biblioteca da Escola de Música da UFRJ, livros, teses, atas e arquivos das associações promotoras, etc. A seguir listo alguns desses eventos: Encontros e debates que resultaram na criação da UMB em 1957 (Siqueira, Villa-Lobos, Eleazar, Hélio Bloch, ...); Encontros e debates de 1959 e 1960 que resultaram na criação da OMB; Reuniões clandestinas de artistas no apartamento da Esther Scliar, na Rua Toneleros, em 1964 e 1965; Reuniões e debates no IVL, no Prédio da UNE (Praia do Flamengo, 132), em 1966 e 1967 (Edino, Airton Barbosa, Antunes, Reginaldo, Marlos, etc); I Festival de Música da Guanabara, 1968; II Festival de Música da Guanabara, 1969; Encontros Nacionais de Compositores em 1973 e 1974 (cujos documentos e manifestos deram como resultado a criação da Funarte); Assembléias Gerais da SBMC entre 1969 e 2004; Série de debates do Festival Cantares de Brasília, I Candangão, em 1982 (palestrantes e debatedores Aylton Escobar, Rogério Duprat, Zé Rodrix, Jorge Antunes e Antonio Adolfo), promovido pela OMB-DF; Assembléias Gerais e mesas redondas da ABEM entre 1973 e 2005; Bienais de Música Contemporânea Brasileira entre 1975 e 2005; Assembléias Gerais e debates da SBM entre 1981 e 2004; Simpósio Nacional Sinapem, 1987; Congressos da Anppom entre 1988 e 2006; Encontros de Música Eletroacústica entre 1997 e 2003; Assembléias Gerais da SBME entre 1997 e 2003. Não nos deixemos cair em tentação de falsos diálogos com o governo e com falsa, farsante e pretensa troca de idéias com o MinC. Quando a comunidade cultural fala com o ministro Gil, este fica silente, com sorrisos e balanços de cabeça fingindo concordar, mas o ouvido esquerdo do ministro sinistro recebe tudo para, depois, vomitar tudo pelo ouvido direito. Pouquíssima gente sabe da existência de seríssimo compromisso futuro do MinC, que revelo a seguir. O governo tem escondido o assunto. Conhece-o bem quem viveu na França, quem habitualmente viaja para lá e conhece os meandros da Direction de la Musique, de la Danse, du Théatre et des Spectacles do Ministtério da Cultura da França. A França acolheu, em 2005, o Ano do Brasil na França, com a garantia de uma contrapartida: que o governo brasileiro organize no Brasil, em 2009, o Ano da França no Brasil. O MinC não deu, à música erudita brasileira, no Ano do Brasil na França, o espaço que a França esperava fosse dado. O Brasil priorizou a música popular brasileira. A França tem muito a oferecer no domínio da música de concerto, e da música moderna erudita, para o Ano da França no Brasil. O ministro Gilberto Gil está num mato sem cachorro, porque atraiu o ódio da classe musical erudita brasileira no período 2003-2006 e, em especial, em 2005. Para acolhimento dos eventos franceses em 2009, no Brasil, o MinC precisará do apoio dos músicos eruditos brasileiros e, especialmente, das Universidades em que eles estão lotados. Assim, em seu recente discurso o dito-cujo falou que vai começar a dialogar com o meio erudito. Quando a classe musical erudita se der conta da estratégia oportunista, de enrolação, de promessas falsas, para se amaciar terreno para o 2009 francês no Brasil, a coisa vai esquentar. Quem viver verá. Abraço, com votos de organização independente da classe musical, de baixo para cima, para a luta em 2007. Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From liliarosa em iar.unicamp.br Thu Dec 28 19:48:10 2006 From: liliarosa em iar.unicamp.br (Lilia de Oliveira Rosa) Date: Thu, 28 Dec 2006 19:48:10 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Re: (rrrr)...esclarecendo alguns conceitos Message-ID: <1167342490.45943b9a83a81@webmail.iar.unicamp.br> Prezado colega Rubens Riciardi, e colegas da Anppom, muito bem anotada a questão das diferenças, do respeito às diferenças e à luta eterna pela liberdade, senão sufocaremô-nos a todos... abraços e boas festas, boa entrada de ano 2007! PS: com mais rosas ... (alusão à Rosa Luxemburg) e na paz! Lilia Rosa ----- Mensagem encaminhada de Rubens Ricciardi ----- Data: Wed, 27 Dec 2006 23:45:04 -0200 De: Rubens Ricciardi Reponder para: Rubens Ricciardi Assunto: Re: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos Para: "Marcus S. WOLFF" , anppom-l em iar.unicamp.br, palombini em terra.com.br caro Prof. Wolff, agradeço a sua atenção, enfim, não obstante naturais e construtivas divergências acadêmicas, é através de diálogos reflexivos assim, de respeito e reverência àqueles que são diferentes e que pensam diferente - e eis a liberdade: "a liberdade dos que pensam diferente" (Rosa Luxemburg) - que obtemos a boa pluralidade pós-moderna, mas os tempos são sombrios, e haverá nestes tempos sombrios inclusive alguns que pretendem dizer não à barbárie da indústria cultural... briga de David com Golias??? - talvez não, o adversário é forte demais, está mesmo mais para a missão de um Sísifo... mas tudo bem, a perspectiva utópica da resistência ainda é mais instigante para o processo criativo de alguns do que a resignação ou enquadramento, temos que respeitar... por fim, em relação à "metafísica positivista", vc tem razão, ficou confuso mesmo, eu pretendia afirmar antes "uma incompreensão empirista e positivista da teoria do conhecimento" (Heidegger), melhor assim, pelo menos em relação, hoje, a expressões como "cultura negra", "cultura branca", "culturas extra-européias", "cultura gay", "mundo ocidental", "mundo não ocidental" etc... abraços do Rubens a vc e ao bom Caesar e bom 2007 a todos!... ----- Original Message ----- From: Marcus S. WOLFF To: anppom-l em iar.unicamp.br ; palombini em terra.com.br Cc: rrr em usp.br Sent: Wednesday, December 27, 2006 9:44 PM Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos Prezados colegas da ANPPOM, caro prof Ricciardi, Em primeiro lugar gostaria de lembrar aqui uma lição do meu velho mestre Koellreutter: a necessidade de esclarecermos os conceitos utilizados, especialmente quando partimos de pressupostos distintos...Sendo assim devo esclarecer que minhas colocações não partem de uma matriz de pensamento iluminista, com sua crença em universais (tais como o Homem, a Razão, a Civilização). Para mim (assim como para diversos historiadores, cientistas sociais e musicólogos) o homem só existe no singular, contextualizado. Não há uma única razão, nem uma única Civilização. Por isso, não sei de que ser humano o prof. Ricciardi está falando quando afirma que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... Aliás, estou certo que meus colegas indianos e também os africanos se surpreenderiam com essa afirmação eurocêntrica!!! Também o termo "metafísica positivista", (que aliás custo a entender já que a metafísica não pode ser jamais positivista) utilizado pelo prof. Ricciardi não se aplica às teodicéias orientais, já que não situam o divino como separado do mundo ou além dele. Em tais teodicéias, como observa Campbell, "presume-se que o divino é imanente em todas as coisas e parte do mundo desde a eternidade" ( ver em Colin Campbell. "A Orientalização do Ocidente" 1997:7). Mas é bom ver que concordamos quanto ao fato de que "qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...", como colocou o prof. Ricciardi. Sendo assim, não vejo necessidade em discriminar-se o eudito do popular ou da música de entretenimento, de modo a rotular algumas como boas e outras como más ou descartáveis (para quem?! Não teriam uma função social?) como já foi feito nessa lista! Esse discussão já foi superada tanto na área da musicologia histórica quanto na etnomusicologia, como aliás lembrou o colega Hugo Adrião(?) em sua resposta a prof. Sandra. Desde os trabalhos de Merriam e Blacking que compreendemos que "a música não pode ser definida como um fenômeno sonoro separado, pois envolve o comportamento dos indivíduos e grupos de indivíduos (...)" (Alan Merriam. The Anthropology of Music. 1964:27). E devemos a Blacking a compreensão da importância do estudo da música na cultura (ou como cultura, como ele mesmo formulou posteriormente). Portanto separar valores estéticos das funções sociais da música e dos músicos significa, no mínimo, ignorar completamente toda a contribuição desses pesquisadores, respeitadíssimos nas mais prestigiadas universidades européias e norte-americanas. Outro ponto que devo esclarecer é que não fui eu quem demonstrou a relação entre a música popular e os meios de comunicação de massa, pois esse assunto foi tratado por vários pesquisadores importantes, dentre os quais citei Peter Manuel, sem os preconceitos das gerações precedentes dos anos 40 e 50. Peter Manuel, inclusive, chegou a demonstrar como a tecnologia das fitas cassete, nos anos 60 e 70, possibilitou uma diversificação dos meios de produção musical e das formas musicais, citando o exemplo das estilizações populares de canções folclóricas regionais. Graças à nova tecnologia, que rompeu com o monopólio das grandes gravadoras, foi possível produzir uma música local, sob controle local, para um público mais diverso e fragmentado. Aqui está uma "dinâmica surpreendente" !!! O multiculturalismo parece ser, então, uma tendência que se contrapõe à igualmente forte tendência à homogeneização promovida pela indústria cultural, tal como apontou o prof. Ricciardi. Mas vejo que não fui compreendido quando afirmei que estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! Pois o mundo pós-moderno, tal como analisaram vários cientistas sociais, implica um tipo de mudança estrutural que afeta a produção cultural e "fragmenta paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade" (Stuart Hall. A Identidade cultural na Pós-Modernidade 2003:9). Portanto, Hall afirmou que a situação pós-moderna afeta as identidades pessoais e a produção cultural provocando a fragmentação das identidades e a criação de processos de identificação que transpõem as fronteiras dos Estados nacionais. Longe de mim propor algum tipo de estética normativa para a criação musical contemporânea!!! Apenas quis dizer que se torna difícil sustentar determinadas posições elitistas e/ou nacionalistas num mundo que se tornou uma aldeia global, num mundo em que nem a noção de sujeito sociológico (do indivíduo formado na interação com seus pares) consegue se sustentar. Quanto ao pós-colonial, não se trata apenas de uma situação político-econômica. O tema da pós-colonialidade vem ocupando um enorme espaço na área da teoria literária e dos estudos culturais desde os anos 80....mas parece que alguns músicos ainda não o conhecem...Para não tornar essa minha mensagem muito extensa e cansativa gostaria de sugerir a leitura de "Western Music and its Others" da autoria de Georgina Born e D. Hesmondhalgh (University of Califórnia Press, 2000), onde o tema é conectado à musicologia crítica de modo a demonstrar como se estabelece uma relação dialética entre os atos de comunicação musical e as relações políticas, econômicas e culturais. Quer queiramos, quer não, estamos vivendo num tempo em que o projeto colonial que estabeleceu tantas relações assimétricas de poder e de produção cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma ação civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual razão?! De qual interesse de Estado?!) . saudações reflexivas a todos! Marcus Wolff. (Laboratório de Etnomusicologia, UFRJ) ---------------------------------------------------------------------------- From: "Rubens Ricciardi" To: ,,"Marcus S. WOLFF" CC caros colegas da ANPPOM, caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com meu e-mail e retribuo aqui a gentileza... no lugar de aceitarmos passivamente a velha metafísica positivista do "non-western world" (expressão que talvez até contenha algum preconceito em relação ao "outro inferior"), talvez seja melhor pensarmos que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... não entendi bem o que o professor Wolff pretendia em relação ao xadrez, pois se trata de um jogo inteligente, onde as peças podem ser movidas com uma dinâmica surpreendente... jamais me referi ao conceito de universo musical (erudito, popular, entretenimento etc.) como estanco categorial, muito pelo contrário, qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos... mas temos aí sim ofícios diversos (e essencialmente diversos!) na profissão do músico, vamos dar exemplos: Gilberto Mendes é um compositor erudito, Chico Buarque é um cancionista popular (talvez o último sobrevivente do gênero em nosso país) e o MC Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só se viabiliza como fonograma descartável da indústria cultural... pra música erudita esta discussão pouco importa, pois o processo criativo deste universo é centrado na grafia musical e não no fonograma, e, graças hoje à universidade pública, sua sobrevivência como ofício independe do agressivo marketing da indústria cultural - mas as manifestações de música popular no Brasil, por certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando confundidas com atividades de grupos brasileiros que fazem rock, funk, pop-music, techno-music, hip-hop, rap, djs em festas rave, disco-music etc, pois todos estes gêneros, por mais diversos que sejam, estão inseridos num mesmo universo que pouco tem a ver com a música popular - lembrando que universo musical é um conceito maior que gênero, forma, estilo ou escola), o prof. Wolff afirma que muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa... é claro que sim, principalmente se nos referimos às comunidades dos países proprietários dos satélites e da indústria cultural multinacional (como os EUA)... até as comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais justamente a gestualidade musical própria, e sem esta imprescindível essência de singularidade musical (pois os exemplares são semelhantes em todo o mundo) nos interessa talvez menos como estudo de criação artística, e quem sabe mais como assunto de sociologia (as letras até podem expressar algum anseio comunitário local, mas a estética como um todo sempre já se consumiu como processo de colonização cultural)... e em relação à última frase do Prof. Wolff: afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! eu pergunto: quem afirmou que concepções pós-modernas nos processos de criação artística correspondem a uma situação político-econômica não colonialista? perdão, mas tal redução categorial está à altura da Abertura do Bispo!... feliz natal a todos, Rubens Ricciardi __________________ meus caros colegas da ANPPOM, segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta de Ribeirão há alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o que os alemães já há muito tempo chamam de "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já morreu há mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora, ainda não lidamos bem com a situação), abraços a todos e feliz 2007! Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão Preto Os dois filhos de Francisco e o filho de Francisco Prof. Rubens Ricciardi (ECA-USP) Recordemos dois fatos musicais de 2005: o filme Os dois filhos de Francisco e o concerto do violinista Luiz Filipe Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como Luiz Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama Chico Coelho). E as afinidades param por aí. O filme foi divulgado pelos meios de comunicação, obtendo platéias repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil. Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe - ele interpretou magistralmente o Concerto para violino de Brahms - restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro Pedro II naquela bela noite. Mas será que o abismo entre os níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz Filipe e da dupla (sei lá o que, "sertaneja"?) retrata de fato a relevância artística de ambos? Digamos que há uma distorção evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção por excelência - é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma entre as mais agressivas ideologias: a indústria cultural e sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim chamado "universo musical de entretenimento". Não é a criatividade deste ou daquele "artista" - eis o engodo do filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing, calculando-se previamente as vendas e a renovação dos "produtos". Daí a condição de efemeridade ser também essencial ao sucesso comercial desta indústria. Hanns Eisler (1898-1962), compositor alemão, afirmava que "a indústria de entretenimento faz de povos de todos os continentes verdadeiros analfabetos musicais". Há muita verdade nisso. No Brasil, a distorção se torna ainda maior, pois se confunde ainda "entretenimento" com "popular". A essência da nossa já há muito moribunda música popular era outra. Lembremos do frevo, maracatu, samba, samba-canção, samba-enredo de carnaval, ponteio, chorinho, bossa-nova, moda de viola, das velhas duplas caipiras etc. Ao contrário de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a destes filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do México à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais simulacros locais - basta lembrarmos das paisagens de Goiás com cenas rurais típicas no filme. Aliás, faz parte deste marketing difundir gêneros como o rock, funk, hip-hop ou rap, impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos os países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por "artistas" locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a homogeneidade do entretenimento irracional nas rádios: uma verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: "a inteligência não tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter - é ela, e não a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo que suas credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis". É por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para o Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se tivessem nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia, quase passou desapercebido, não obstante sua superior virtuosidade e competência, intérprete de uma grande arte que fundamenta a história. ____________________________ ----- Original Message ----- From: Marcus S. WOLFF To: palombini em terra.com.br ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Friday, December 22, 2006 11:41 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] música popular e música folclórica Prezados(as) colegas, Apenas gostaria de lembrar que para Peter Manuel, por ex. (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford, Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o folclórico e o popular (que o próprio Bruno Nettl procurou estabelecer seguindo uima longa tradição de etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas nao são fechadas, sendo em alguma medida também arbitrárias" (Manuel 1988:4). Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o colega R. Riccardi está colocando...muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa...afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! abraços, Marcus Wolff. ------------------------------------------------------------------------ From: "palombini" To: "anppom-l" Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Date: Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300 Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente). De: "Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br Para: "carlos palombini" palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data: Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 Assunto: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > meus caros, > chamo a atenção para a insistente > confusão que se faz entre "música popular" (identificada com tradições de um > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter efêmero dos > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer produção > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de fundo de > quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma moeda), > Rubens Ricciardi > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "anppom-l" > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" > >> comercial que, graças ao jabá pago por > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas > > de disco, no Domingão do Faustão, nas > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras > > das lojas de disco? Tenho a impressão > > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e > > divulgação da música popular. > > > > -- > > cp > > > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > > > > -- > > No virus found in this incoming message. > > Checked by AVG Free Edition. > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: > > 20/12/2006 > > > > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ -------------------------------------------------------------------------- MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que você quiser. 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Nome: unnamed Url: From luizorcb em centroin.com.br Thu Dec 28 21:00:11 2006 From: luizorcb em centroin.com.br (=?iso-8859-1?Q?Luiz_Ot=E1vio?=) Date: Thu, 28 Dec 2006 21:00:11 -0200 Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos References: Message-ID: <00bc01c72ad3$f0296820$0201a8c0@win98> "Quer queiramos, quer não, estamos vivendo num tempo em que o projeto colonial que estabeleceu tantas relações assimétricas de poder e de produção cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma ação civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual razão?! De qual interesse de Estado?!)". Quanta coisa (boa e não muito boa) se pode inferir desta afirmação.Como faz falta a presença física, o olho-no-olho que ameniza a "dureza" pressuposta no texto a ser lido. Quero dizer que é bom que não deixemos de perceber que cada texto, um leitor; cada leitor, um texto.O tom com o qual falo aqui neste momento é muito brando e terno. Juro! Assim, confesso que me assusta uma crença (?) como a declinada acima. Estamos, aliás, sempre com medo da teoria e ao mesmo tempo correndo atrás dela - talvez escravos do paradigma técnico-científico que procuramos, nós, das ciências humanas (?), copiar. Porque as assimetrias parecem-me cada vez mais assustadoras, idem, as relações de poder. A "civilização" nós a conhecemos bem - é esta, sim, com Bush, sem ONU, Hiroshima potencialmente revivida, sem nada...E a miséria e a desesperança grassam. A razão em vigor é a mesmíssima do capital e sem a esperança do socialismo, soçobrada na subversão dos melhores princípios do marxismo. Do ponto de vista de um homem bem preocupado com o Brasil - com perdão do localismo - todos sabemos diante de quais interesses de Estado (está bem, aceito o G-7, ou 8) peleja o nosso futuro. Navegar (ainda) é preciso? Eis a questão. Estamos mais safos "depois da teoria" e muito mais cegos no perceber das práticas. "A luz negra de um destino cruel Ilumina um teatro sem cor Onde estou desempenhando o papel De palhaço Do amor" Perdão pela licença ao quebrar o último verso. Samba de Nelson Cavaquinho e letra de Guilherme de Brito, músicos brasileiros. Viva a sabedoria! A propósito, a melodia é de uma beleza ímpar! Aproveito o ensejo para desejar a todos os colegas um FELIZ 2007 com muita conversa entre nós. Luiz Otávio Braga Diretor do Instituto Villa-lobo/ CLA/UNIRIO ----- Original Message ----- From: Sandra Reis To: m_swolff em hotmail.com ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Wednesday, December 27, 2006 11:59 PM Subject: RE: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos Prezado Marcus, para esclarecer rapidamente alguns pontos, também gostaria de acrescentar: 1. Quando falamos em universais, não estamos nos referindo ao "pensamento iluminista" do século XVIII, mas à Lógica, como um ramo da filosofia que está na base de todas as ciências, inclusive, é evidente, da Lingüistica e da Matemática. Dentro do conceito homem, por exemplo, reside a dialética do uno e do múltiplo, isto é, ao conceito universal de homem (que suprassume a idéia de essência humana) corresponde uma infinidade de homens diferentes, singulares na sua contextualidade. 2. A metafísica positivista está contida no Positivismo Lógico que tem o seu lugar na História da Filosofia, em contraponto ou imbricado com outras correntes . 3. A discussão sobre a função social de cada tipo de música está longe de ser superada. Diria mesmo que estamos no inicio dela pois as coisas ainda estão sendo tratadas com bastante superficialidade e de modo bastante restrito. A idéia da música " como fato social, ou seja, como fato antropológico total" , conforme a definiu Jean Molino, harmonizando-se com as ênfases que tanto Merriam quanto Blaking deram a este pensamento, exige também um estudo aprofundado do que chamamos a ética da estética, ou se preferirem, a ética do fato musical, o que poderia explicar melhor o que sejam boas e más obras de arte, ou boas ou más formas de música, o que transcende o ponto de vista meramente estético, chegando às questões educacionais e mesmo àquelas ligadas às noções de saúde( física, emocional, social), o que, até certo ponto, vai também variar de contexto para contexto, de cultura para cultura (visto que essa classificação depende do nível estésico, das condições e do contexto psicológico e sócio-político da recepção). Mas até mesmo dentro da medida simples do que chamamos "senso comum", não é difícil discernir o que é adequado ou não num dado contexto. Este princípio se aplica à realidade singular de qualquer cultura, seja ocidental ou oriental. Na Pós-Modernidade, assistimos à superposição de todas as tendências de modo livre, permitindo, em tese, que cada um siga o seu próprio caminho, conforme suas convicções e tendências. Diante disto, acredito que estamos tendo uma visão do que chamamos, em nossa dissertação sobre Adorno, de metodologia paratática (constelação de possibilidades justapostas, diferentes e independentes, de opções), o que, de certa forma, apresenta a tendência de fugir à síntese e abre-se num leque infinito de caminhos possíveis. A meu ver, isto é saudável, desde que se mantenha o senso crítico e a sinceridade para se discutir claramente as divergências e lacunas como estamos fazendo no presente momento, para manter o equilíbrio de qualquer campo de forças. Um abraço, Sandra Loureiro de Freitas Reis ---------------------------------------------------------------------------- From: "Marcus S. WOLFF" To: anppom-l em iar.unicamp.br, palombini em terra.com.br CC: rrr em usp.br Subject: FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos Date: Wed, 27 Dec 2006 23:44:19 +0000 Prezados colegas da ANPPOM, caro prof Ricciardi, Em primeiro lugar gostaria de lembrar aqui uma lição do meu velho mestre Koellreutter: a necessidade de esclarecermos os conceitos utilizados, especialmente quando partimos de pressupostos distintos...Sendo assim devo esclarecer que minhas colocações não partem de uma matriz de pensamento iluminista, com sua crença em universais (tais como o Homem, a Razão, a Civilização). Para mim (assim como para diversos historiadores, cientistas sociais e musicólogos) o homem só existe no singular, contextualizado. Não há uma única razão, nem uma única Civilização. Por isso, não sei de que ser humano o prof. Ricciardi está falando quando afirma que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... Aliás, estou certo que meus colegas indianos e também os africanos se surpreenderiam com essa afirmação eurocêntrica!!! Também o termo "metafísica positivista", (que aliás custo a entender já que a metafísica não pode ser jamais positivista) utilizado pelo prof. Ricciardi não se aplica às teodicéias orientais, já que não situam o divino como separado do mundo ou além dele. Em tais teodicéias, como observa Campbell, "presume-se que o divino é imanente em todas as coisas e parte do mundo desde a eternidade" ( ver em Colin Campbell. "A Orientalização do Ocidente" 1997:7). Mas é bom ver que concordamos quanto ao fato de que "qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...", como colocou o prof. Ricciardi. Sendo assim, não vejo necessidade em discriminar-se o eudito do popular ou da música de entretenimento, de modo a rotular algumas como boas e outras como más ou descartáveis (para quem?! Não teriam uma função social?) como já foi feito nessa lista! Esse discussão já foi superada tanto na área da musicologia histórica quanto na etnomusicologia, como aliás lembrou o colega Hugo Adrião(?) em sua resposta a prof. Sandra. Desde os trabalhos de Merriam e Blacking que compreendemos que "a música não pode ser definida como um fenômeno sonoro separado, pois envolve o comportamento dos indivíduos e grupos de indivíduos (...)" (Alan Merriam. The Anthropology of Music. 1964:27). E devemos a Blacking a compreensão da importância do estudo da música na cultura (ou como cultura, como ele mesmo formulou posteriormente). Portanto separar valores estéticos das funções sociais da música e dos músicos significa, no mínimo, ignorar completamente toda a contribuição desses pesquisadores, respeitadíssimos nas mais prestigiadas universidades européias e norte-americanas. Outro ponto que devo esclarecer é que não fui eu quem demonstrou a relação entre a música popular e os meios de comunicação de massa, pois esse assunto foi tratado por vários pesquisadores importantes, dentre os quais citei Peter Manuel, sem os preconceitos das gerações precedentes dos anos 40 e 50. Peter Manuel, inclusive, chegou a demonstrar como a tecnologia das fitas cassete, nos anos 60 e 70, possibilitou uma diversificação dos meios de produção musical e das formas musicais, citando o exemplo das estilizações populares de canções folclóricas regionais. Graças à nova tecnologia, que rompeu com o monopólio das grandes gravadoras, foi possível produzir uma música local, sob controle local, para um público mais diverso e fragmentado. Aqui está uma "dinâmica surpreendente" !!! O multiculturalismo parece ser, então, uma tendência que se contrapõe à igualmente forte tendência à homogeneização promovida pela indústria cultural, tal como apontou o prof. Ricciardi. Mas vejo que não fui compreendido quando afirmei que estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! Pois o mundo pós-moderno, tal como analisaram vários cientistas sociais, implica um tipo de mudança estrutural que afeta a produção cultural e "fragmenta paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade" (Stuart Hall. A Identidade cultural na Pós-Modernidade 2003:9). Portanto, Hall afirmou que a situação pós-moderna afeta as identidades pessoais e a produção cultural provocando a fragmentação das identidades e a criação de processos de identificação que transpõem as fronteiras dos Estados nacionais. Longe de mim propor algum tipo de estética normativa para a criação musical contemporânea!!! Apenas quis dizer que se torna difícil sustentar determinadas posições elitistas e/ou nacionalistas num mundo que se tornou uma aldeia global, num mundo em que nem a noção de sujeito sociológico (do indivíduo formado na interação com seus pares) consegue se sustentar. Quanto ao pós-colonial, não se trata apenas de uma situação político-econômica. O tema da pós-colonialidade vem ocupando um enorme espaço na área da teoria literária e dos estudos culturais desde os anos 80....mas parece que alguns músicos ainda não o conhecem...Para não tornar essa minha mensagem muito extensa e cansativa gostaria de sugerir a leitura de "Western Music and its Others" da autoria de Georgina Born e D. Hesmondhalgh (University of Califórnia Press, 2000), onde o tema é conectado à musicologia crítica de modo a demonstrar como se estabelece uma relação dialética entre os atos de comunicação musical e as relações políticas, econômicas e culturais. Quer queiramos, quer não, estamos vivendo num tempo em que o projeto colonial que estabeleceu tantas relações assimétricas de poder e de produção cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma ação civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual razão?! De qual interesse de Estado?!) . saudações reflexivas a todos! Marcus Wolff. (Laboratório de Etnomusicologia, UFRJ) -------------------------------------------------------------------------- From: "Rubens Ricciardi" To: ,,"Marcus S. WOLFF" CC caros colegas da ANPPOM, caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com meu e-mail e retribuo aqui a gentileza... no lugar de aceitarmos passivamente a velha metafísica positivista do "non-western world" (expressão que talvez até contenha algum preconceito em relação ao "outro inferior"), talvez seja melhor pensarmos que "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia grega"... não entendi bem o que o professor Wolff pretendia em relação ao xadrez, pois se trata de um jogo inteligente, onde as peças podem ser movidas com uma dinâmica surpreendente... jamais me referi ao conceito de universo musical (erudito, popular, entretenimento etc.) como estanco categorial, muito pelo contrário, qualquer atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos... mas temos aí sim ofícios diversos (e essencialmente diversos!) na profissão do músico, vamos dar exemplos: Gilberto Mendes é um compositor erudito, Chico Buarque é um cancionista popular (talvez o último sobrevivente do gênero em nosso país) e o MC Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só se viabiliza como fonograma descartável da indústria cultural... pra música erudita esta discussão pouco importa, pois o processo criativo deste universo é centrado na grafia musical e não no fonograma, e, graças hoje à universidade pública, sua sobrevivência como ofício independe do agressivo marketing da indústria cultural - mas as manifestações de música popular no Brasil, por certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando confundidas com atividades de grupos brasileiros que fazem rock, funk, pop-music, techno-music, hip-hop, rap, djs em festas rave, disco-music etc, pois todos estes gêneros, por mais diversos que sejam, estão inseridos num mesmo universo que pouco tem a ver com a música popular - lembrando que universo musical é um conceito maior que gênero, forma, estilo ou escola), o prof. Wolff afirma que muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa... é claro que sim, principalmente se nos referimos às comunidades dos países proprietários dos satélites e da indústria cultural multinacional (como os EUA)... até as comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais justamente a gestualidade musical própria, e sem esta imprescindível essência de singularidade musical (pois os exemplares são semelhantes em todo o mundo) nos interessa talvez menos como estudo de criação artística, e quem sabe mais como assunto de sociologia (as letras até podem expressar algum anseio comunitário local, mas a estética como um todo sempre já se consumiu como processo de colonização cultural)... e em relação à última frase do Prof. Wolff: afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! eu pergunto: quem afirmou que concepções pós-modernas nos processos de criação artística correspondem a uma situação político-econômica não colonialista? perdão, mas tal redução categorial está à altura da Abertura do Bispo!... feliz natal a todos, Rubens Ricciardi __________________ meus caros colegas da ANPPOM, segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta de Ribeirão há alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o que os alemães já há muito tempo chamam de "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já morreu há mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora, ainda não lidamos bem com a situação), abraços a todos e feliz 2007! Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão Preto Os dois filhos de Francisco e o filho de Francisco Prof. Rubens Ricciardi (ECA-USP) Recordemos dois fatos musicais de 2005: o filme Os dois filhos de Francisco e o concerto do violinista Luiz Filipe Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como Luiz Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama Chico Coelho). E as afinidades param por aí. O filme foi divulgado pelos meios de comunicação, obtendo platéias repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil. Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe - ele interpretou magistralmente o Concerto para violino de Brahms - restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro Pedro II naquela bela noite. Mas será que o abismo entre os níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz Filipe e da dupla (sei lá o que, "sertaneja"?) retrata de fato a relevância artística de ambos? Digamos que há uma distorção evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção por excelência - é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma entre as mais agressivas ideologias: a indústria cultural e sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim chamado "universo musical de entretenimento". Não é a criatividade deste ou daquele "artista" - eis o engodo do filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing, calculando-se previamente as vendas e a renovação dos "produtos". Daí a condição de efemeridade ser também essencial ao sucesso comercial desta indústria. Hanns Eisler (1898-1962), compositor alemão, afirmava que "a indústria de entretenimento faz de povos de todos os continentes verdadeiros analfabetos musicais". Há muita verdade nisso. No Brasil, a distorção se torna ainda maior, pois se confunde ainda "entretenimento" com "popular". A essência da nossa já há muito moribunda música popular era outra. Lembremos do frevo, maracatu, samba, samba-canção, samba-enredo de carnaval, ponteio, chorinho, bossa-nova, moda de viola, das velhas duplas caipiras etc. Ao contrário de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a destes filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do México à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais simulacros locais - basta lembrarmos das paisagens de Goiás com cenas rurais típicas no filme. Aliás, faz parte deste marketing difundir gêneros como o rock, funk, hip-hop ou rap, impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos os países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por "artistas" locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a homogeneidade do entretenimento irracional nas rádios: uma verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: "a inteligência não tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter - é ela, e não a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo que suas credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis". É por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para o Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se tivessem nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia, quase passou desapercebido, não obstante sua superior virtuosidade e competência, intérprete de uma grande arte que fundamenta a história. ____________________________ ----- Original Message ----- From: Marcus S. WOLFF To: palombini em terra.com.br ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Friday, December 22, 2006 11:41 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] música popular e música folclórica Prezados(as) colegas, Apenas gostaria de lembrar que para Peter Manuel, por ex. (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford, Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o folclórico e o popular (que o próprio Bruno Nettl procurou estabelecer seguindo uima longa tradição de etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas nao são fechadas, sendo em alguma medida também arbitrárias" (Manuel 1988:4). Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o colega R. Riccardi está colocando...muitas músicas identificadas com tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de massa...afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial! abraços, Marcus Wolff. ---------------------------------------------------------------------- From: "palombini" To: "anppom-l" Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? Date: Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300 Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente). De: "Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br Para: "carlos palombini" palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br Cópia: Data: Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200 Assunto: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > meus caros, > chamo a atenção para a insistente > confusão que se faz entre "música popular" (identificada com tradições de um > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter efêmero dos > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer produção > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de fundo de > quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma moeda), > Rubens Ricciardi > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "anppom-l" > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária? > > > > > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música "sertaneja" > >> comercial que, graças ao jabá pago por > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas prateleiras das lojas > > de disco, no Domingão do Faustão, nas > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc. > > > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco? Nas prateleiras > > das lojas de disco? Tenho a impressão > > de que vc não está muito bem informado sobre os processos de produção e > > divulgação da música popular. > > > > -- > > cp > > > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > > > > -- > > No virus found in this incoming message. > > Checked by AVG Free Edition. > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 - Release Date: > > 20/12/2006 > > > > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------ MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que você quiser. 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URL: From mulhoa em unirio.br Fri Dec 29 18:16:54 2006 From: mulhoa em unirio.br (mulhoa em unirio.br) Date: Fri, 29 Dec 2006 18:16:54 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pr=EAmio_IASPM_2007_para_livro_sobre_m?= =?iso-8859-1?q?=FAsica_popular_em_ingl=EAs_e_espanhol_ou_portugu=EAs?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From luizorcb em centroin.com.br Fri Dec 29 13:00:01 2006 From: luizorcb em centroin.com.br (=?iso-8859-1?Q?Luiz_Ot=E1vio?=) Date: Fri, 29 Dec 2006 13:00:01 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Alerta References: <45927D84.96D9DB77@unb.br> Message-ID: <002a01c72b5a$0763a3d0$0201a8c0@win98> Concordo com absolutamente tudo o que o Jorge declina na mensagem. Aliás, essa engabelação (palavra ótima lá do meu Pará bem português) que significa "seduzir; engordar habilmente, engrampar.' é típica dos discursos tropicalistas; essa inclinação para o "ou não", o "por assim dizer', os "veja bem", enfim o relativismo que tão se parece com o palavrório pós-modernista. Chumbo nele! FELIZ ANO NOVO! Prof. Luiz Otávio Braga IVL/UNIRIO ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: abmusica em abmusica.org.br ; adunbss em unb.br ; alternativa-unb em yahoogrupos.com.br ; anppom-l em iar.unicamp.br ; associacaosocialista em yahoogrupos.com.br ; assom em yahoogrupos.com.br ; cdmusica em unicamp.br ; cidaclf em globo.com ; contemporaneidadeprazere_arte em yahoogrupos.com.br ; forumnacionaldemusica em yahoogrupos.com.br ; i_1 em yahoogrupos.com.br ; musicaparacriancas em yahoogrupos.com.br ; rev-espacoacademico em yahoogrupos.com.br ; psol-df em grupos.com.br Sent: Wednesday, December 27, 2006 12:05 PM Subject: [ANPPOM-L] Alerta Car em s colegas: Durante quatro anos o Ministério da Cultura, tendo à frente Gilberto Gil, engambelou os meios culturais com encontros, seminários, documentos, fóruns, com a justificativa de futuramente poder criar um Plano Nacional de Cultura. Foram 4 anos! Durante os mesmos quatro anos Gil cozinhou a classe musical da área popular com promessas, audiências, aparentando abertura ao diálogo, e facilitando criação de Fórum Nacional, teleconferências, discussão, promessas de pactuação, com a justificativa de pretender colaborar na resolução de problemas da classe com novas leis voltadas à aposentadoria, ao direito autoral, à difusão, propriedade intelectual, OMB, etc. Enquanto esse processo se arrastou no âmbito da música, a classe cinematográfica, sem muita e longa teorização, está anos-luz à frente com dezenas de leis ótimas, muita verba, muito dinheiro do poder público, com apoios totais em todas as etapas da cadeia produtiva. Durante os quatro anos, Gil "diologou" com os colegas da área de música popular, virando as costas e fechando os ouvidos aos colegas da área de música erudita. Recentemente, em encontro nacional de Orquestras, o ministro, que vai ser reconduzido ao cargo a partir de janeiro, pronunciou discurso anunciando que durante os próximos quatro anos vai dialogar com a classe de músicos eruditos. Ao fazer isso, anunciando o início de um diálogo, confessava tacitamente que o dito diálogo não aconteceu nos últimos quatro anos. Se o Ministro pretender organizar mais encontros, desta vez com a área erudita, certamente vai adotar a mesma estratégia adotada com a área popular entre 2003 e 2006: seminários, encontros, diálogos, promessas. Tudo resultará na redação de muitos documentos, entre 2007 e 2010, para nenhum resultado prático. Os problemas da música de concerto no Brasil, e suas soluções, já estão equacionados há mais de meio século. Não é com as criações de Câmara Setorial e de recentes Fóruns, que o problema começaria a ser discutido. Quando digo que a questão da Música Erudita brasileira está exaustivamente discutida e equacionada, estou me referindo aos documentos produzidos desde 1957, e que estão disponíveis em bibliotecas, arquivos da Funarte, biblioteca da Escola de Música da UFRJ, livros, teses, atas e arquivos das associações promotoras, etc. A seguir listo alguns desses eventos: Encontros e debates que resultaram na criação da UMB em 1957 (Siqueira, Villa-Lobos, Eleazar, Hélio Bloch, ...); Encontros e debates de 1959 e 1960 que resultaram na criação da OMB; Reuniões clandestinas de artistas no apartamento da Esther Scliar, na Rua Toneleros, em 1964 e 1965; Reuniões e debates no IVL, no Prédio da UNE (Praia do Flamengo, 132), em 1966 e 1967 (Edino, Airton Barbosa, Antunes, Reginaldo, Marlos, etc); I Festival de Música da Guanabara, 1968; II Festival de Música da Guanabara, 1969; Encontros Nacionais de Compositores em 1973 e 1974 (cujos documentos e manifestos deram como resultado a criação da Funarte); Assembléias Gerais da SBMC entre 1969 e 2004; Série de debates do Festival Cantares de Brasília, I Candangão, em 1982 (palestrantes e debatedores Aylton Escobar, Rogério Duprat, Zé Rodrix, Jorge Antunes e Antonio Adolfo), promovido pela OMB-DF; Assembléias Gerais e mesas redondas da ABEM entre 1973 e 2005; Bienais de Música Contemporânea Brasileira entre 1975 e 2005; Assembléias Gerais e debates da SBM entre 1981 e 2004; Simpósio Nacional Sinapem, 1987; Congressos da Anppom entre 1988 e 2006; Encontros de Música Eletroacústica entre 1997 e 2003; Assembléias Gerais da SBME entre 1997 e 2003. Não nos deixemos cair em tentação de falsos diálogos com o governo e com falsa, farsante e pretensa troca de idéias com o MinC. Quando a comunidade cultural fala com o ministro Gil, este fica silente, com sorrisos e balanços de cabeça fingindo concordar, mas o ouvido esquerdo do ministro sinistro recebe tudo para, depois, vomitar tudo pelo ouvido direito. Pouquíssima gente sabe da existência de seríssimo compromisso futuro do MinC, que revelo a seguir. O governo tem escondido o assunto. Conhece-o bem quem viveu na França, quem habitualmente viaja para lá e conhece os meandros da Direction de la Musique, de la Danse, du Théatre et des Spectacles do Ministtério da Cultura da França. A França acolheu, em 2005, o Ano do Brasil na França, com a garantia de uma contrapartida: que o governo brasileiro organize no Brasil, em 2009, o Ano da França no Brasil. O MinC não deu, à música erudita brasileira, no Ano do Brasil na França, o espaço que a França esperava fosse dado. O Brasil priorizou a música popular brasileira. A França tem muito a oferecer no domínio da música de concerto, e da música moderna erudita, para o Ano da França no Brasil. O ministro Gilberto Gil está num mato sem cachorro, porque atraiu o ódio da classe musical erudita brasileira no período 2003-2006 e, em especial, em 2005. Para acolhimento dos eventos franceses em 2009, no Brasil, o MinC precisará do apoio dos músicos eruditos brasileiros e, especialmente, das Universidades em que eles estão lotados. Assim, em seu recente discurso o dito-cujo falou que vai começar a dialogar com o meio erudito. Quando a classe musical erudita se der conta da estratégia oportunista, de enrolação, de promessas falsas, para se amaciar terreno para o 2009 francês no Brasil, a coisa vai esquentar. Quem viver verá. Abraço, com votos de organização independente da classe musical, de baixo para cima, para a luta em 2007. Jorge Antunes ------------------------------------------------------------------------------ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mario em unb.br Sat Dec 30 13:53:57 2006 From: mario em unb.br (mario em unb.br) Date: Sat, 30 Dec 2006 13:53:57 -0200 Subject: [ANPPOM-L] resultado da =?iso-8859-1?b?YXVkaepuY2lh?= - =?iso-8859-1?b?ZW5zaW5vZGVt+nNpY2E=?= nas escolas In-Reply-To: References: Message-ID: <20061230135357.pthimwtqio80kgwg@webmail.unb.br> Sem dúvida é uma discussão importante e por isso gostaria de colocar mais um parâmtro para ser pensado. O Brasil é muito diverso culturalmente. Que tipo de música vamos ensinar para as crianças do Acre, onde a chamada música erudita, seja ela clássica ou contemporânea agora que está engantinhando e ao redor de nossas cidades temos etnias indígenas cujas tradições são bem mais antigas que o nosso própio País? Mário Brasil Quoting Alexandre Bräutigam : > Todo cuidado é pouco com esse Eterno Retorno. > > A música mudou muito dos anos 40 pra cá. Um ensino de música sério > não pode se restringir a apenas um modelo, apenas um sistema, como o > tonal, por exemplo. Ainda mais quando se tem tempo para trabalhar. Em > um currículo escolar que propicia anos de continuidade, um programa > mais abrangente pode ser desenvolvido e aplicado. Não se limitar às > notas musicais, por exemplo. Desenvolver nas crianças/adolescentes a > escuta. A percepção. Trabalhar uma área que é importante na música e > aonde ela está inscrita, que é a sonologia. E aproveitar a estrutura > que cada escola possui para já em sala de aula introduzir > brincadeiras lúdicas de percepção e manipulação do som, com os > computadores e softwares livres. Abrir a cabeça dos jovens para a > quantidade infinita de possibilidades de se brincar com o som e > organizá-lo. Compor. > > O problema é que isso deveria ser mostrado na faculdade de educação > musical. No currículo deste curso superior, qual é a porcentagem de > tempo/aulas gasta em novas tecnologias de manipulação sonora? Em > aculogia (área de estudo dos diferentes tipos de escuta)? O que sabem > os graduados em educação musical sobre música eletroacústica, > estocástica, Cage, Xenakis ou Stockhausen? Isso só pra falar de > alguns já "clássicos" (claro q não no sentido de pertencerem ao > classissismo europeu) e "antigos" compositores do século passado. O > currículo que forma os educadores musicais que darão aulas nas > escolas abordam de maneira satisfatória esses temas? > > Senão corremos o risco de reformatar (sim, na pior das leituras q a > palavra pode oferecer) pessoas do século XXI como músicos enraizados > com a teoria do século XIX, mesmo depois de todos os berros de > teóricos da educação no século XX sobre o ensino tradicional (como o > nosso Paulo Freire) e até bandas de rock (é só ver o filme "The > Wall", de 1982, do Pink Floyd, discutindo a formatação educacional > via música, um de seus grandes hits). > > Discutir é preciso. > > abraços, > > Alexandre Bräutigam. > > >> From: jcsnfo em unb.br >> To: "antunes em unb.brAdriana Giarola Kayama" , >> anppom-l em iar.unicamp.br, assom em yahoogrupos.com.br, >> cdmusica em unicamp.br, cidaclf em globo.com, >> contemporaneidadeprazere_arte em yahoogrupos.com.br, >> forumnacionaldemusica em yahoogrupos.com.br, i_1 em yahoogrupos.com.br, >> mobilizacaomusical em grupos.com.br, >> musicaparacriancas em yahoogrupos.com.br, abmusica em abmusica.org.br >> Subject: Re: [ANPPOM-L] resultado da audiência - ensinodemúsica nas escolas >> Date: Thu, 23 Nov 2006 21:06:47 -0200 >> >> Agora eu comecei a gostar! >> É verdade, fico apático, sequer consigo reagir quando alguns verbos >> são utilizados. >> Precisamos mesmo começar a pensar sobre música nas escolas, educação >> e cultura realmente são idissolúveis, concordo plenamente com isso >> que o Antunes escreveu, acho mesmo que precisamos pensar alguns >> valores e, se for mesmo o caso de repensar, é repensar para melhorar >> e não para reutilizar. >> Jonas Correia >> >> Quoting Jorge Antunes : >> >>> Colegas: >>> >>> Gosto quando vejo, nos documentos de nossa luta, frases e >>> expressões como estas: >>> >>> *Introdução da Música na grade curricular >>> *incluir a Música no currículo escolar >>> *implantação do ensino de música nas escolas >>> >>> Acho muito bom o uso destes verbos: introduzir, incluir, implantar. >>> >>> Fico preocupado quando vejo colegas falarem em "volta da música às >>> escolas" ou usarem os verbos: reintroduzir, reincluir, reimplantar. >>> >>> A educação musical e o ensino da música nas escolas não podem >>> voltar a ser como eram nos anos 40-50-60, quando ministrados pelos >>> egressos do C.N.C.O. de Villa-Lobos. Formação de orfeões nas >>> escolas devem, sim, voltar a acontecer. >>> Mas, naquela época acontecia uma total deseducação musical, com >>> aulas chatíssimas de "Canto Orfeônico" em que apenas hinos cívicos >>> eram trabalhados. As turmas eram divididas em primeira voz, segunda >>> voz e ouvintes. >>> Também não podemos deixar margem para que o ensino da música nas >>> escolas se atenha a métodos Dalcroze, Orff, Kodaly, Martenot e >>> Montessori, em que tudo se encaminha para o sistema tonal, com >>> alienação total com relação às estéticas pós anos 20. >>> Também não devemos dar margem a que tudo se resuma a reuniões de >>> porralouquice em oficinas básica de música, com sessões de catárse >>> coletiva. >>> Discutamos. >>> >>> Abraço, >>> Jorge Antunes >>> >>> >>> >>> >>> >> >> >> >> ---------------------------------------------------------------- >> This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > > _________________________________________________________________ > MSN Messenger: instale grátis e converse com seus amigos. > http://messenger.msn.com.br > > ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.