[ANPPOM-L] Informativo Antares Música 15: Sopro Novo e Cordas Brasileiras

Antares Música antares em antaresmusica.com.br
Seg Set 18 19:16:19 BRT 2006


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Informativo

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A gravadora Antares Música orgulha-se de lançar Paradoxos para Todos, primeiro CD 
solo do 
fagotista Adolfo Almeida Jr.. Com exceção de Manequins, de Arthur de Faria, 
orquestrada para 
oito fagotes e um contrafagote, o disco é totalmente improvisado, com Adolfo 
dialogando consigo 
próprio ao fagote e/ou em vários instrumentos de sopro e também com os saxofones de 
Teco 
Cardoso, a percussão de Ventania, o piano de Diogo de Haro e o latofone de Fábio 
Mentz.
 
Sejam quais forem as razões capazes de levar certos músicos a querer interagir com 
si mesmos 
através da superposição de gravações não simultâneas, é certo que improvisadores 
brilhantes 
logram, ao recorrer a este expediente, resultados equiparáveis aos dos melhores 
compositores. 
Talvez as mais célebres gravações desta categoria sejam as dos álbuns Conversations 
with Myself 
(1963) e New Conversations (1978) de Bill Evans, nos quais o genial pianista 
improvisa sobre 
standards de jazz e temas próprios. Ao contrário, em Paradoxos para Todos não há 
qualquer tema 
ou matérial pré-estabelecido. Quem bem dá conta, em seu comentário, da magnitude 
deste projeto 
é o também fagotista Hary Schweizer, que lançou recentemente o CD Com Licença !..:

Se improvisar fosse tocar qualquer coisa, existiriam muitos CDs do gênero. 
Improvisar não é 
para quem quer, mas para quem sabe - e Adolfo é um dos que sabe. Se partirmos da 
idéia de que 
improvisar é compor no ato de tocar, Adolfo nos dá uma fantástica lição de 
composição, 
inclusive a muitos compositores que tiveram muito tempo para compor e mesmo assim 
não tiveram a 
mesma felicidade de inspiração e realização que Adolfo teve em seu CD.
 
Adolfo recomenda "que o CD não seja ouvido na íntegra sob risco de causar forte 
estresse 
musical." Pois eu afirmo o contrário: cada faixa é um quadro, um novo ambiente, uma 
nova 
inspiração, um novo momento, que a curiosidade faz perpassar de imediato todos os 
"quadros da 
exposição do Adolfo" (e não causa stresse musical, não!) e só depois voltar àqueles 
quadros 
que, numa segunda percepção, vão ser percebidos em outra dimensão...
 
Se Você é daqueles que ainda não saiu do limite da música tradicional; acha que 
tudo tem que 
ser bonito e emoldurado; tem aversão ao novo e ousado; não gosta de se arriscar e 
tem medo, não 
ouça este CD. Mas se dentro de Você existe um pouco de música, este CD lhe foi 
dedicado.
 
Muito mais podia eu falar; mas prefiro que cada um tire sozinho suas conclusões e 
sinta-se um 
dos fagotistas naquela música em que o Adolfo faz dueto consigo mesmo, ou naquela 
outra em que 
ele sozinho toca oito fagotes e um contrafagote - coisas de estúdio, mas que 
resultaram 
fantásticas !.
 
De longe sinto uma certa ligação minha com esse CD pois tanto o fagote POLISI como 
o MOOSMAN 
usados na gravação passaram por minhas mãos para reforma... só não sei dizer se 
isso foi antes 
da gravação, para estarem em condições de tocar, ou se foi depois, para recompor o 
que deles 
restou...
 
 
Apresentamos, a seguir, outros excelentes CDs de música instrumental brasileira 
recentemente 
disponibilizados na loja virtual Antares Música.


A viola caipira, por vezes tida como o mais brasileiro dos intrumentos, tem em Zeca 
Collares um 
de seus maiores expoentes. Compositor, instrumentista e arranjador, iniciou sua 
carreira aos 
nove anos de idade em Ternos de Folia de Reis no Norte de Minas Gerais. Muito cedo, 
percorreu 
todo o vale do Jequitinhonha pesquisando o jeito de tocar de sua gente. Tendo já 
dividido o 
palco com músicos como Hermeto Pascoal, Francis Hime e MPB4, entre outros, 
realizou, em 2006, 
apresentações em Roma e em várias cidades da Holanda. Sua trilha para o 
documentário João do 
Vale – Muita Gente Desconhece, de Werinton Kermes Todo (premiado no Festival de 
Cinema de 
Gramado), foi premiada no  Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão.
 
Primavera Mineira (2002) traz impressões da infância do violeiro em meio ao 
cerrado. Vencedor 
do Prêmio Nacional de Excelência da Viola em 2004 como melhor CD instrumental, é um 
dos discos 
instrumentais de viola mais tocados em trilhas e reportagens do gênero.
 
Pés Descalços (2006), no qual Zeca Collares  retrata, através das cores e de 16 
melodias, o ser 
humano descalço dos rótulos e preconceitos, já é considerado um dos melhores discos 
instrumentais de viola caipira dos últimos tempos. Com arranjos do violonista André 
Siqueira  e 
percussão de Carlinhos Ferreira, o trabalho vem sendo muito elogiado na Itália, 
Alemanha e 
Holanda, onde foi lançado recentemente. O álbum também inova no encarte, feito 
artesanalmente 
em lona e dezoito cores diferentes.
 
Síntese de Antonio Conselheiro e Mahatma Gandhi, o abençoado violeiro segue com os 
pés 
descalços. Lá vai o Zeca pisando a terra que é parte branda do solo e também lugar 
de origem, 
torrão, terra natal e pátria. Localidade e lugar, ali soa o Brasil profundo, onde 
pulam e (re)
vivem sacis, curupiras e boitatás. Pés alegres, decididos, simples e resistentes. O 
caminho se 
faz na jornada, no som, na luz e no cheiro de laranjeira. Ruído de água correndo e 
bater de 
asas de beija-flor. Certeza de utopias e reencontros.
 
Vladimir Sacchetta
 
Pés que encontraram identidade na diversidade. Pés que tatearam o mundo na 
delicadeza seca do 
Jequitinhonha. Flor de jambo, manacás, água limpa e beija-flores de laranjeiras. 
Paisagens de 
Iticororó. Sebastião, Zizinha, Maria, vestido de chita, choro de menina. Arrasta-pé 
Barroco no 
SERtão de Yerma.
 ÍNDIOS CAFUSOS, NEGROS MOÇÁRABES, JUDEUS JESUS, BRASIS. Descalços nas Gerais de 
Cristais na 
Festa da América Portuguesa. - Retirada – Travessia – Sorocaba. Da Bahia à Minas 
Serra da 
Canastra – Brazil. Viola Caipira do interior da memória imaginativa. Reencontro do 
tempo da 
tradição que renasceu no Asfalto. 
Pés Descalços 
 
Kiko Carneiro
 

A violonista carioca Maria do Céu graduou-se na classe de Turíbio Santos, tendo se 
apresentado 
com o mestre num Tributo a Villa-Lobos na abertura do Free Jazz Festival de São 
Paulo, e 
começou a tocar choro como integrante do grupo Água de Vintém.
 
O compositor e violonista cearense Francisco Soares de Souza (1907-1986) teve a 
gravação de seu 
recital no Clube do Violão do Ceará, do qual foi fundador, lançada em LP na Europa 
pela 
Phillips. Sua obra, todavia, era virtualmente desconhecida no Brasil antes que a 
violonista 
Maria do Céu gravasse catalogasse e editasse suas 47 partituras para violão solo e 
8 para canto 
e piano, gravando 27 de seus choros e valsas em dois CDs.
 
Maria do Céu graduou-se na classe de Turíbio Santos e começou a tocar choro como 
integrante do 
grupo Água de Vintém. Seu primeiro CD Choros do Ceará, com Rodrigo Sebastian (baixo 
elétrico) e 
Di Lutgardes (percusssão), teve várias de suas faixas incluídas na coletânea do 
projeto Rumos 
Musicais do Instituto Cultural Itaú e no segundo CD Associação de Violão do Rio de 
Janeiro.

Em Ceará de Choro e Valsa, os arranjadores Luiz Otávio Braga (diretor musical), 
Jayme Vignoli, 
Paulo Aragão, Josimar Carneiro e Nicanor Teixeira, que também participam do disco 
como 
instrumentistas, recorreram a instrumentos incomuns nas formações de choro 
tradicionais, 
recriando a maneira de arranjar de Radamés Gnattali. O disco traz ainda André Acker 
(cavaquinho 
e produtor), André Boxexa (bateria), Clarisse Magalhães (pandeiro), Fabiano Salek 
(percussão e 
bateria), Felipe Prazeres (violino), Giovana Melo (flauta), Lipe Portinho (baixo 
acústico), 
Marcelo Caldi (acordeon), Márcio Almeida (cavaquinho), Naomi Kumamoto (flauta), Rui 
Alvim 
(clarinete) e Thiago Trajano (guitarra).

O que faz esse álbum tão cativante não é somente a excelente qualidade das músicas 
de Soares. 
Uma artista do calibre de Maria do Céu transforma esses choros em eternas obras-
primas. Sua 
tranqüilidade, habilidade e té cnica são brilhantes.
 
Egídio Leitão, Luna Kafe Record Review
Guitariste carioca, Maria do Céu s´implique avec conviction dans ces douze Choros 
do Ceará qui 
réhabilitent chaleureusement le compositeur cearense Francisco Soares de Souza 
(1905-1986). Son 
jeu fluide et allègre, sans formalisme érudit, s´accompagne élégamment du bassiste 
Rodrigo 
Sebastian et du percussionniste Di Lutgardes pour finaliser un notable répertoire 
choresque aux 
accents rythmiques nordestins.
Patrick Régnier, Infos Brésil Nº 164, Paris
Maria do Céu prima não só pelas indiscutíveis qualidades de intérprete no confluir 
de sua 
habilidade técnica, qualidade do toque e compreensão do estilo do Choro 
instrumental, mas 
acrescenta ao trabalho artístico a disposição para a pesquisa, colocando o seu 
elaborado e belo 
toque a serviço da música de Francisco Soares de Souza. Ela se faz acompanhar de 
uma base 
instrumental cujo resultado recupera um certo aspecto dançante, outrora bastante 
representativo 
nos choros em seu sentido tradicional.
Luiz Otávio Braga, professor da UNIRIO
 

Natural de Santo Antônio de Jesus (BA), o instrumentista, compositor, arranjador e 
pesquisador  
Almir Côrtes é Bacharel em Violão Erudito pela Faculdade de Música da Universidade 
Federal da 
Bahia e Mestre em Música Popular na área de Práticas Interpretativas da Faculdade 
de Música da 
UNICAMP.

Almir começou sua carreira atuando como guitarrista em bandas de baile da região 
antes de  
freqüentar a UFBA, onde ministrou classes de violão clássico e disciplinas 
teóricas. Foi 
durante o curso de graduação que se interessou pelo choro, passando a dedicar-se 
também ao 
cavaquinho e ao bandolim. Ao entrar em contato com a cultura do interior paulista 
em Campinas, 
iniciou seus estudos de viola caipira, vindo a integrar a Orquestra Filarmônica de 
Violas.
 
Tendo conquistado, em 2005, o prêmio de melhor música instrumental no III Festival 
de Musica 
Educadora FM (BA) com Freveando, Almir acaba de lançar seu primeiro CD solo - 
trabalho 
instrumental que incorpora elementos de choro, baião, frevo, samba e maracatu com 
procedimentos 
da música de concerto européia e do jazz, incluindo uma brasileiríssima versão do 
Prelúdio da 
Partita BWV 1006 de J. S. Bach, com direito a breque e tudo.

Taí mais um talento daqueles ! O Almir está redesenhando a guitarra elétrica 
brasileira, 
colocando-a como protagonista de choros, frevos e baladas, com personalidade e 
virtuosismo, 
buscando novos caminhos, mas sempre pelas estradas do seu país.
 
Ulisses Rocha, violonista, guitarrista, compositor e professor da UNICAMP
 
Ouvindo o primeiro CD de Almir Côrtes me vejo contente e agradecido. Quanta 
musicalidade ! Este 
instrumentista baiano que também trafega pelo mundo acadêmico – é mestrando em 
Música pela 
Unicamp – nos oferece toda a sua verve em belas composições e execução impecável. 
São 
composições que passeiam por gêneros diversos com arranjos criativos.
 
Almir incorpora estilos diversos criando, a partir destes, o seu próprio, que é 
fluente, com 
personalidade e sobretudo, musical, fortemente musical.
 
Ivan Vilela, músico, pesquisador e professor da ECA-USP, Ribeirão Preto
 
A música do Almir combina de forma inteligente o virtuosismo do choro com os sons o 
samba e da 
música nordestina. O resultado é um trabalho alegre e gostoso de se ouvir, cheio de 
surpresas, 
com mudanças súbitas de ritmo e andamento.
 
Rafael dos Santos, compositor, pianista, arranjador, pesquisador e professor da 
UNICAMP
 

Resultado de uma parceria de 15 anos entre o compositor e percussionista Gaudencio 
Thiago de 
Mello e o violonista Daniel Wolff, The Right Seasons – Heart to Heart foi indicado 
para o 
Grammy Awards como Melhor Disco Crossover. A música de Thiago de Mello mistura os 
cantos 
indígenas do Amazonas com elementos rítmicos e harmônicos do jazz, da MPB e da 
música erudita. 
The Right Seasons traz obras de Thiago de Mello arranjadas para violão solo ou em 
diversas 
formações instrumentais, com participações de Carlos Malta (flauta e saxofone), 
Paulo Sérgio 
Santos (clarineta) e do Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Tendo já lançado os CDs Concerto à Brasileira com a Orquestra de Câmara da ULBRA e 
Cantilena 
com o violoncelista Rodrigo Alquati, Daniel também possui obras gravadas nos álbuns 
Kinematic, 
do Musitrio,  e P'al Sur, de Eduardo Castañera.
  
Excelente sonoridade e equilíbrio. Performances e arranjos maravilhosos.

Sharon Isbin, violonista e professora da Juilliard School, Nova Iorque
 
Nesta gravação Thiago de Mello tem a companhia esplêndida do violonista Daniel 
Wolff, que 
também é o arranjador das músicas. O disco todo emana qualidade. Uma adorável 
seleção de 
músicas.

Classical Guitar Magazine, Inglaterra


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Aguardamos sua visita.
Saudações,
Augusto Maurer
professor do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
primeiro clarinetista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
sócio e produtor da Antares Música



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