From palombini em terra.com.br Tue Dec 4 22:04:00 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 04 Dec 2007 21:04:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Australian & New Zealand Postgraduate Music Research Register (theses) Message-ID: <4755EAF0.3010008@terra.com.br> The Musicological Society of Australia is delighted to announce the launch of the Australian & New Zealand Postgraduate Music Research Register. The register is accessible via a link at http://msa.org.au/thesisregister.html The register is a database which contains the details of more than 2000 music-related theses completed since 1917 or in progress at universities in Australia and New Zealand. The database can be browsed in its totality, within its 39 subject classifications, or in any combination of classifications. A keyword search is also available. The register has been compiled from library catalogues and in conjunction with some authors, particularly those whose projects are in progress. It includes some abstracts, and provides links to digital copies of many of the more recent theses. A limited number of dissertations on Australian and New Zealand topics completed at overseas universities are also included, and we would very much like to improve the comprehensivity of this category. ***If you are working on, or have completed a postgraduate dissertation on an Australian or New Zealand topic we would very much appreciate your submitting your project to us for inclusion. The information required is listed on the "Include Your Thesis" page of the register website.*** best wishes to you all Stephanie Rocke Thesis Register Manager, Musicological Society of Australia. http://msa.org.au/thesisregister.html -- carlos palombini (dr p) professor adjunto de musicologia universidade federal de minas gerais "What you are shouts so loud in my ears I cannot hear what you say" (Ralph Waldo Emerson) From contato em anppom.com.br Thu Dec 6 12:35:54 2007 From: contato em anppom.com.br (=?ISO-8859-1?Q?Contato ANPPOM?=) Date: Thu, 6 Dec 2007 12:35:54 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Fwd=3A_divulga=E7=E3o_de_concurso_para_?= =?iso-8859-1?q?professor_de_m=FAsica_PUC-SP?= Message-ID: <20071206143554.737.qmail@hm482.locaweb.com.br> -- Contato ANPPOM contato em anppom.com.br ------------- Segue mensagem encaminhada ------------- Data: 3 Dec 2007 10:42:20 -0000 De: "vera cecilia achatkin" Para: contato em anppom.com.br Assunto: [FaleConosco] divulgação de concurso para professor de música PUC-SP Solicito divulgação. O Edital para seleção de professores está no site da faculdade: www.pucsp.br/comfil (Seleção de Professores). From adrimauricio em uol.com.br Fri Dec 7 09:22:34 2007 From: adrimauricio em uol.com.br (Adriana Lopes Moreira) Date: Fri, 7 Dec 2007 09:22:34 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?Fw=3A_concurso_escola_de_aplica=C3=A7=C3=A3o?= =?utf-8?q?_=28ed_art=C3=ADstica_MUSICA=29_at=C3=A9_13/12?= Message-ID: <001101c838c3$774b2250$04f3fea9@user> Olá a todos, Encaminho abaixo Edital de Processo Seletivo na Faculdade de Educação USP. Adriana Lopes Moreira Profa. Ms. Adriana Lopes Moreira Coordenadora de Comunicação Departamento de Música Escola de Comunicações e Artes Universidade de São Paulo CMU-ECA-USP Tel. 11 3091 4330, r.200 www.cmu.eca.usp.br Edital FEUSP Nº 70 /2007 ABERTURA DE PROCESSO SELETIVO E CONVOCAÇÃO PARA PROVA(S) A Faculdade de Educação da USP torna pública a abertura de processo seletivo para 1 (uma) vaga e outras que forem surgindo para a função de Educador (Disciplina: Educação Artística ? Área: Música), junto a Escola de Aplicação da Faculdade de Educação. As inscrições serão realizadas no período de 07 a 13 de dezembro de 2007, das 09:00 às 12:00 horas, junto ao Serviço de Pessoal da FEUSP, situado na Av. da Universidade, 308, sala 3, Bloco A, Térreo, Cidade Universitária, Campus da Capital. 1. A função será preenchida sob o Regime da CLT, em jornada de trabalho de 30 horas semanais. O horário de trabalho será estabelecido pela Universidade de São Paulo de acordo com suas necessidades, podendo ser diurno, noturno, misto, em regime de plantões ou em escala de revezamento. 2. Superado o período de experiência de 90 dias, o contrato de trabalho passará a viger por tempo indeterminado (§ único art. 445 da CLT). 3. O salário inicial para o mês de novembro de 2007 é de R$ 2.206,94 o que corresponde a Superior I A, proporcional à jornada de 30 horas semanais. 4. São exigências para o desempenho da função: ·Escolaridade: Curso Superior de Graduação Completa em Educação Artística ou Música, com carga horária mínima fixada pelo MEC, com Licenciatura Plena e Habilitação em Música. 5. São atribuições da função descrita no Plano de Classificação de Funções ? P.C.F. da Universidade de São Paulo: Sumária: Orientar a construção do conhecimento, através de projetos pedagógicos. Detalhada: Participar de elaboração e desenvolvimento de plano escolar e programação psico-pedagógica e/ou pedagógica, lecionando disciplinas, preparando material didático, com técnicas pedagógicas. . Desenvolver a ação educativa em Museus através de Projetos voltados para os públicos de pré-escola, ensino fundamental, ensino médio, graduação, profissionais do ensino a comunidade em geral. . Orientar, elaborar e desenvolver pesquisas, cursos e treinamento, na sua área de especialização, participando do processo de avaliação, recuperação e interação do aluno e público com a comunidade. . Planejar e orientar a produção de materiais e brinquedos pedagógicos e materiais didáticos e de apoio. . Publicar experiências realizadas, bem como elaborar e aplicar cursos de formação permanente a profissionais de outras instituições, estagiários, alunos de pós-graduação, mestrado, doutorado em fase de tese e profissionais na educação de pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e divulgar bibliografia específica. . Coordenar e/ou participar de projetos interdisciplinares, bem como desenvolver ações educativas integradas aos projetos institucionais. . Prestar assessoria a projetos ligados à sua área de atuação. Proceder à avaliação do desenvolvimento cognitivo e psico-motor das crianças e apresentar relatórios de avaliação. . Zelar pela guarda, conservação, manutenção e limpeza dos equipamentos, instrumentos e materiais utilizados, bem como do local de trabalho. . Manter-se atualizado em relação às tendências e inovações tecnológicas de sua área de atuação e das necessidades do setor/departamento. . Executar outras tarefas correlatas, conforme necessidade ou a critério de seu superior. 5.1. Específicas: Participar de levantamento de campo e estudos do meio integrados ao projeto pedagógico da unidade e planejados para os diferentes anos de escolaridade. 6. São condições para inscrição no processo seletivo: · Ser brasileiro nato ou naturalizado? · Possuir 18 anos completos até a data do encerramento das inscrições? · Escolaridade: Curso Superior de Graduação Completa em Educação Artística ou Música, com carga horária mínima fixada pelo MEC, com Licenciatura Plena e Habilitação em Música; · Estar em dia com as obrigações resultantes da legislação eleitoral e, se do sexo masculino, do Serviço Militar? · Conhecer e estar de acordo com as exigências contidas no presente Edital, conforme declaração prestada na Ficha de Inscrição, especialmente, em caso de convocação para contratação, com a apresentação da documentação pessoal completa exigida no item 14.1. no prazo de 5(cinco) dias úteis, contados da data da publicação do Edital de Convocação sob pena de ser considerado(a) desistente do processo seletivo. 6.1. Serão aceitas também inscrições de estrangeiros. 7. No ato da inscrição, os candidatos deverão apresentar: · Cédula de Identidade ? R.G. ? · Ficha de Inscrição disponibilizada no site www.fe.usp.br, completamente preenchida de forma correta, legível e sem rasuras, com os dados de identificação do candidato e com declaração de serem verdadeiras as informações prestadas e ciência de que qualquer falsa alegação ou omissão de informações implicará na exclusão do processo seletivo e sujeição às penas da lei, além de conhecer e estar de acordo com as exigências contidas no presente Edital? · Comprovante de pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 32,00 (trinta e dois reais), a ser recolhida no Serviço de Tesouraria da Faculdade de Educação (Sala 4, Bloco A, Térreo). Não haverá devolução da taxa paga. 7.1. Serão aceitas inscrições realizadas por terceiros mediante a apresentação de procuração com a firma do candidato reconhecida em cartório acompanhada da Cédula de Identidade ? R.G. do candidato e do procurador (original ou cópia autenticada). 7.2. De acordo com as disposições das Leis Complementares Estaduais nº. 683, de 18/09/92 (art. 1º), e nº. 932, de 08/11/2002, não serão reservadas vagas para os portadores de deficiência, uma vez que o total de vagas oferecidas não atinge nem o número nem o percentual mínimo estabelecido para a reserva legal. 7.3. Durante o período de inscrição, o candidato portador de deficiência poderá apresentar requerimento na Unidade/Órgão solicitando as providências necessárias à viabilização de sua participação em todas as etapas do processo seletivo. 8. Das Provas 8.1. O processo seletivo constará das seguintes etapas: · 1ª) Prova de Múltipla Escolha (eliminatória) que contará com 30 questões com cinco alternativas cada, sendo que apenas uma delas será a correta. Dessas questões, 20 (vinte), dos números 1 a 20 valerão 0,25 cada e 10 (dez), dos números 21 aos 30, valerão 0,50 cada. · 2ª: Prova Dissertativa (eliminatória): que valerá 10 (dez) pontos; sendo que os candidatos deverão apresentar conhecimentos pertinentes à área de atuação e conhecimentos gerais da área educacional. 8.2. A Prova de Múltipla Escolha versará sobre o conteúdo discriminado no programa abaixo: a) Conhecimentos Gerais da Área Educacional: processo de ensino-aprendizagem? interação professor-aluno, indisciplina, organização de atividades e intervenções pedagógicas; avaliação. b) Conhecimentos relativos ao ensino da Arte na Educação Básica Arte Educação (01.) Importância da Arte Educação no currículo escolar. (02.) Eixos do aprendizado em Arte. (03.) História do Ensino da Arte Educação. (04.) Percurso Criativo (05.) Critérios para a seleção de conteúdos em arte. (06.) Objetivos da Arte Educação. (07.) Universo Cultural (08.) Avaliação em Arte. (09.) Produção e Recepção dos trabalhos realizados. (10.) Conhecimento prévio Música (01.) Desenvolver-se na Linguagem de Música 02.)Trabalho em grupo 03.)Objetivo da Educação Musical 04.)Prática de Conjunto Musical 05.)Novas tecnologias e o Ensino de Música 06.)Gêneros musicais 07.)História da MPB 08.)Postura do professor de música 09.)Percepção Musical 10.)A canção na MPB c) A música na Educação Escolar 8.3. A Prova Dissertativa consistirá na elaboração do planejamento de uma seqüência de aulas, considerando as características de alunos do Ensino Básico, devendo conter necessariamente objetivos, metodologia, justificativa teórica, recursos didáticos e avaliação. A Prova Dissertativa terá por tema um dos seguintes assuntos: Formação da mediação da cultura musical; construção de repertório musical; conjuntos musicais; aquisição da linguagem musical; música popular; música erudita; improvisação musical; mercado da música e cultura jovem na escola; música e novas tecnologias. A escolha do tema será mediante sorteio. 8.3.1. O sorteio do tema da Prova Dissertativa será realizado na presença dos candidatos. O tema será único para todos os candidatos. 8.4. Bibliografia sugerida para as Provas: AQUINO, J. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo, Moderna, 2003. ARSLAN, Luciana Mourão e IAVELBERG, Rosa. Ensino de Arte; São Paulo: Editora Thomson, 2006. Brasil. Ministerio da Educação e do Desporto. Secretaria do Ensino Fundamental; Parâmetros curriculares nacionais / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria do Ensino Fundamental; Brasília : MEC, 1995. Brasil. Ministerio da Educação e do Desporto. Secretaria do Ensino Fundamental; Parâmetros Curriculares Nacionais / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria do Ensino Fundamental; Brasília : MEC, 1995. COLL, C. e outros. Os Conteúdos da Reforma. Porto Alegre, Artes Médicas, 1998. DEL BEM, Luciana E HENTSCHKE Liane. Ensino de Música: propostas para pensar e agir em sala de aula. São Paulo: Ed. Moderna, 2003 Favaretto. Celso F. Educar e Avaliar: uma perspectiva contemporânea. In: Revista Estudos avançados. Col. Documentos São Paulo, dezembro de 1993. FERRAZ & FUSARI. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez Editora, 1992. IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte. São Paulo. Ed Artmed. 2003 JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. Editora Scipione, São Paulo. 1997 MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias Gisa Picosque, M. Terezinha Telles Guerra. Didática do Ensino de Arte: A língua do Mundo: Poetizar, fruir e conhecer. São Paulo: FTD, 1998. MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática do Ensino de Arte: A língua do Mundo: Poetizar,fruir e conhecer arte/ Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque, M. Terezinha Telles Guerra. ? São Paulo: FTD, 1998. Mauri, T. O que faz com que o aluno e a aluna aprendam os conteúdos escolares. In: Coll e outros. O Construtivismo na sala de aula. São Paulo, Ática,2002. PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre, Artmed, 1999. Schafer, R. Murray. O ouvinte pensante. São Paulo, Editora UNESP, 1991. SCHAFER, R. Murray. trad. Marisa trench d O. Fonterrada, Magda R. Gomes da Silva, Maria Lucia Pascoal. O ouvido Pensante. São Paulo. Editora Universidade Estadual Paulista, 1991 SWANWICK, Keith. trad. Alda Oliveira e Cristina Tourinho Ensinando Música Musicalmente. São Paulo. Editora Moderna. 2003 TATIT, Luiz. O século da canção. Cotia. Ateliê Editorial, 2004 9. Da Prestação das Provas 9.1 A Prova de Múltipla Escolha terá a duração de 2 (duas) horas e será realizada no dia 02/01/2008, às 14:00 horas, no Bloco B da Faculdade de Educação, situado na Av. da Universidade, 308, Cidade Universitária, Campus da Capital. 9.2. O gabarito será divulgado no dia seguinte ao da realização da Prova de Múltipla Escolha através do site www.fe.usp.br e no mural do Serviço de Pessoal. 9.3. O gabarito poderá sofrer alteração devido ao provimento de recurso, sendo os pontos relativos às questões objetivas eventualmente anuladas atribuídos a todos os candidatos presentes à Prova de Múltipla Escolha. 9.4. A Prova Dissertativa terá duração de 02 (duas) horas e será realizada em data, horário e local a serem comunicados oportunamente mediante publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo. 9.5. Não será permitida consulta de material didático (livros, computador, etc.) durante a realização das provas. 9.6. Não haverá segunda chamada de provas, seja qual for o motivo alegado. 9.7. A convocação para as provas será feita através de publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, podendo ainda os candidatos serem convocados para as etapas do processo seletivo por outros meios de comunicação (correio, e-mail, telefone, mural ou através da Internet pelo site: www.fe.usp.br). 9.8. O candidato deverá comparecer ao local designado, com 15 minutos de antecedência, munido de caneta esferográfica de tinta azul ou preta, documento de identificação com foto e comprovante de inscrição/comprovante de pagamento da taxa de inscrição. 9.9. A realização das provas só será permitida ao candidato que se apresentar na(s) data(s), no(s) local (is) e no(s) horário(s) constante do presente Edital e/ou dos Editais de Convocação para Provas. 9.10. Não será admitido o ingresso, na sala de prova, do candidato que se apresentar após o horário da(s) prova(s) determinado no presente Edital e/ou nos Editais de Convocação para Provas. 9.11. O início da(s) prova(s) será declarado pelo Fiscal do Processo Seletivo presente em cada sala de prova respeitada a duração estabelecida nos itens 9.1 e 9.4. 9.12. Ao término das provas, os dois últimos candidatos deverão sair da sala no mesmo momento. Em hipótese alguma poderá um único candidato permanecer sozinho em sala de prova com o Fiscal do Processo Seletivo. 9.13. Será excluído do processo seletivo o candidato que, em qualquer uma das provas ou etapas, além das demais hipóteses previstas neste Edital: · apresentar-se após o horário estabelecido no presente Edital e/ou nos Editais de Convocação para a realização das provas, não se admitindo qualquer tolerância; · não comparecer a qualquer uma das provas, seja qual for o motivo? · desistir no decorrer das provas? · não apresentar documento que bem o identifique? · ausentar-se da sala sem o acompanhamento do fiscal? · ausentar-se do local de provas antes de decorridos 30 minutos do seu início? · for surpreendido em comunicação com outras pessoas ou utilizando-se de livros, notas ou impressos? · estiver portando ou fazendo uso de qualquer tipo de equipamento eletrônico de comunicação (agendas eletrônicas, telefones celulares, pagers, laptop e outros equipamentos similares)? · efetuar, no caderno de provas, de modo a possibilitar sua identificação, qualquer sinal, marca, rubrica ou anotação ou, ainda, escrever mensagem ou qualquer tipo de protesto? · não devolver integralmente o material recebido? · perturbar, de qualquer modo, a ordem dos trabalhos. 9.14. Por razões de ordem técnica, de segurança e de direitos autorais adquiridos, não serão fornecidos exemplares da(s) prova(s) aos candidatos, mesmo após o encerramento do processo seletivo. 10. Do julgamento das Provas 10.1. A Prova de Múltipla Escolha e a Prova Dissertativa serão avaliadas cada uma na escala de 0 (zero) a 10 (dez) pontos. 10.2. Na Prova de Múltipla Escolha, não serão computadas as questões objetivas não assinaladas ou que contenham mais de uma resposta, emenda ou rasura, ainda que legível. 10.3. Na Prova Dissertativa será atribuída uma pontuação numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), considerando-se os seguintes aspectos do planejamento: objetivos (máximo de 02 pontos), metodologia (máximo de 02 pontos), justificativa teórica (máximo de 01 ponto), recursos didáticos (máximo de 01 ponto), avaliação (máximo de 01 ponto), adequação à faixa etária (máximo de 02 pontos), coerência e coesão textual e adequação à norma culta (máximo de 01 ponto). 11. Da classificação 11.1. Os candidatos que, em cada prova, obtiverem nota igual ou superior a 7 (sete) pontos serão considerados habilitados, sendo convocados para a próxima etapa do processo seletivo. 11.2. A nota de cada prova será publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo com a indicação do nome dos candidatos em ordem alfabética. 11.3.Considera-se nota final a média aritmética das notas atribuídas à Prova de Múltipla Escolha e à Prova Dissertativa. 11.4. Os candidatos aprovados no processo seletivo serão classificados em ordem decrescente da nota final. 11.5. O Resultado Final/Classificação será publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo com a indicação do nome dos candidatos, do número do Registro Geral ? R.G., da nota final e da classificação. 11.6. No caso de igualdade de nota final, o desempate será feito, sucessivamente, através dos seguintes critérios: 1º com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos até o último dia de inscrição neste processo seletivo, na forma do disposto no parágrafo único do artigo 27 da Lei Federal nº. 10.741, de 1/10/2003 (Estatuto do Idoso)? 2º maior número de dependentes. 3º maior nota na prova dissertativa. 4º maior idade. 12. Dos Recursos 12.1. O candidato terá o prazo de 2 (dois) dias úteis para apresentar recurso contra enunciados e/ou respostas de questões de prova a partir do dia seguinte ao da realização de cada prova do processo seletivo. 12.2. O candidato terá o prazo de 2 (dois) dias úteis para apresentar pedido de revisão de nota a partir do dia seguinte ao da publicação do resultado de cada prova no Diário Oficial do Estado de São Paulo. 12.3. A cada prova do processo seletivo, o candidato poderá apresentar dentro dos prazos estabelecidos nos itens 12.1. e 12.2., um único recurso e/ou um único pedido de revisão de nota. 12.4. Os recursos e os pedidos de revisão de nota que forem apresentados fora dos prazos estabelecidos nos itens 12.1 e 12.2 não serão aceitos sejam quais forem os motivos alegados pelo candidato. 12.5. Não será admitido pedido de revisão de nota após republicação de resultado de prova no Diário Oficial do Estado de São Paulo. 12.6. Não caberá qualquer recurso ou pedido de revisão de nota após a publicação do Resultado Final/Classificação no Diário Oficial do Estado de São Paulo. 12.7. O candidato deverá dirigir o recurso e/ou o pedido de revisão de nota a Diretora da Faculdade de Educação e entregá-lo no Setor de Protocolo da Faculdade de Educação. 13. Da validade: 13.1. O processo seletivo terá validade de 1 (um) ano a contar da data da Publicação do Despacho de Homologação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, podendo, a critério da Universidade de São Paulo, ser prorrogado por igual período. 14. Da admissão 14.1. Para contratação, deverá o candidato comparecer ao Serviço de Pessoal da Unidade/Órgão indicado no Edital de Convocação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados de sua publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, e apresentar a documentação pessoal completa abaixo discriminada, sob pena de ser considerado desistente do processo seletivo: · Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)? · Certidão de Nascimento (para solteiros)? · Certidão de Casamento (para casados)? · Cédula de Identidade ? R.G.? · 2 fotos 3x4 recentes? · Cadastro de Pessoa Física ( C.P.F./C.I.C.)? · Título de Eleitor acompanhado do comprovante de votação ou da justificativa referente à última eleição? · Certificado Militar (para o sexo masculino)? · Certidão de Nascimento dos filhos com até 21 anos de idade ou até 24 anos, se universitários? · Caderneta de Vacinação atualizada dos filhos menores de 14 anos? · Extrato de participação no PIS/PASEP? · Cópia autenticada do comprovante de escolaridade (histórico ou diploma) de conclusão do Curso Superior de Graduação Completa em Educação Artística ou Música, com carga horária mínima fixada pelo MEC, com Licenciatura Plena e Habilitação em Música que, quando for expedido por instituições estrangeiras, deverá estar acompanhado da respectiva tradução e revalidação do título? · Declaração de Acumulação de Cargo? 14.2. Caso o candidato já tenha sido funcionário da Universidade de São Paulo, deverá apresentar declaração da Seção de Pessoal da Unidade/Órgão a qual pertencia com a data e o motivo do desligamento. 14.3. Para contratação, deverá o candidato ser considerado apto em exame médico pré-admissional realizado pelo SESMT/USP. 14.4. Caso o candidato exerça outro cargo, emprego ou função pública (inclusive aposentadoria), a contratação dependerá ainda da autorização de acumulação de cargo. 14.5. Atestada a aptidão em exame médico pré-admissional realizado pelo SESMT/USP, e, quando for o caso, autorizada à acumulação de cargo, o candidato deverá iniciar o exercício da função na data fixada pela Unidade/Órgão, sob pena de ser considerado desistente do processo seletivo. 15. Das Disposições Finais 15.1. A inscrição do candidato implicará o conhecimento e a aceitação tácita das instruções e condições estabelecidas no presente Edital em relação às quais não poderá alegar desconhecimento. 15.2. A inexatidão das informações ou a irregularidade nos documentos, verificada a qualquer tempo, em especial por ocasião da contratação, acarretará a exclusão do candidato do processo seletivo, sem prejuízo das demais medidas de ordem administrativa, civil ou criminal. 15.3. O não atendimento, pelo candidato, das condições estabelecidas no presente Edital implicará em sua exclusão do processo seletivo, a qualquer tempo. 15.4. O candidato deverá manter atualizado seu endereço durante todo o prazo de validade do processo seletivo. 15.5. Os itens deste Edital poderão sofrer eventuais alterações, atualizações ou acréscimos, enquanto não consumada a providência ou o evento que lhes disser respeito ou até a data da homologação do processo seletivo. 15.6. É de inteira responsabilidade do candidato, acompanhar os comunicados e demais publicações referentes a este processo seletivo através do Diário Oficial do Estado de São Paulo. svpesfe em usp.br - av. da Universidade, 308, bloco A, CEP 05508-040, São Paulo-SP -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From iazzetta em usp.br Fri Dec 7 16:35:22 2007 From: iazzetta em usp.br (Fernando Iazzetta) Date: Fri, 07 Dec 2007 16:35:22 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Falecimento de Karlheinz Stockhausen Message-ID: Caros Colegas, Foi anunciada hoje a morte, ocorrida anteontem, do compositor alemão Karlheinz Stockhausen, um dos mais significativos nomes da música atual. Abraços a todos, Fernando Iazzetta From invitation em unyk.com Fri Dec 7 17:33:27 2007 From: invitation em unyk.com (daniel quaranta) Date: Fri, 7 Dec 2007 14:33:27 -0500 Subject: [ANPPOM-L] Convite pessoal de daniel quaranta Message-ID: <20071207143327.-549279624@unyk.com> Convite pessoal de daniel quaranta -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Fri Dec 7 20:33:02 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Fri, 07 Dec 2007 19:33:02 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?centrais_de_livros_usados_no_Brasil_e_n?= =?iso-8859-1?q?a_Fran=E7a?= Message-ID: <4759CA1E.5030805@terra.com.br> Tenho usado, e acho que podem ser úteis para alguns, duas centrais de venda de livros usados, uma na França www.galaxidion.com/home/index.php e outra no Brasil www.estantevirtual.com.br Ambas são portais para um vasto número de livrarias especializadas em livros usados. Na segunda, consegui achar livros que já tinha perdido a esperança de um dia encontrar, como _Noel Rosa_ de João Máximo e Carlos Didier, _História do carnaval carioca_ de Eneida, _Tia Ciata e a pequena África do Rio de Janeiro_ de Roberto Moura, _A jovialidade trágica de José de Assis Valente_ de Francisco Duarte Silva e Dulcinéia Nunes Gomes, _No tempo de Noel Rosa_ de Almirante, _O mundo funk carioca_ de Hermano Vianna, _Carmen Miranda_ de Abel Cardoso Júnior etc. Na primeira, pode-se comprar até uma edição limitada e numerada, do século XIX, da _Histoire d'un voyage fait en la terre du Brésil_, de Jean de Léry (por apenas 750 euros). Carlos -- carlos palombini (dr p) professor adjunto de musicologia universidade federal de minas gerais "What you are shouts so loud in my ears I cannot hear what you say" (Ralph Waldo Emerson) From sandramontreal em hotmail.com Sat Dec 8 01:04:39 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 8 Dec 2007 06:04:39 +0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?_FW=3A_Convite_de_lan=E7amento_-_As_Min?= =?iso-8859-1?q?as_Setecentistas?= In-Reply-To: References: Message-ID: Prezados colegas, tenho o prazer de anunciar-lhes o lançamento de uma importante obra sobre a história em Minas Gerais (ver o convite em anexo). Um grande abraço, Sandra Loureiro de Freitas Reis> Date: Tue, 4 Dec 2007 17:21:30 -0300> Subject: Convite de lançamento - As Minas Setecentistas> From: lagederesende em uol.com.br> To: sandramontreal em hotmail.com; sloureiroreis em yahoo.com.br> > Segue, anexo, convite para o lançamento dos dois volumes As Minas Setecentistas, organizados por Maria Efigênia Lage de Resende e Luiz Carlos Villalta.> > > Instituto Cultural do Tempo Presente> Companhia do Tempo> Rua Alvarenga Peixoto, 295/sl 03> Tels.: 3047-1013, 3297-4237,> 9762-4237, 8865-9146> > > > > _________________________________________________________________ Veja mapas e encontre as melhores rotas para fugir do trânsito com o Live Search Maps! http://www.livemaps.com.br/index.aspx?tr=true -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: As Minas Setecentistas - convite.gif Tipo: image/gif Tamanho: 156747 bytes Descrição: não disponível URL: From rrrr em usp.br Sat Dec 8 03:37:33 2007 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Sat, 8 Dec 2007 03:37:33 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Rigoletto no Theatro Pedro II Message-ID: <01d401c8395c$a3945180$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> caros amigos e colegas, Recomendo a todos as récitas da ópera "Rigoletto", de Verdi, nos próximos dias 20 e 22 de dezembro, às 20h, aqui no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto. A super-produção é da Fundação D. Pedro II e da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. A direção artística, frente à Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, está a cargo de seu regente titular, o maestro Cláudio Cruz. Destaca-se o tenor Fernando Portari - que estará atuando não só como Duque de Mantua, mas também assina a direção cênica. E temos aí grande elenco com Rosana Lamosa, Sebastião Teixeira, José Galizza e Edinéia Oliveira, entre outros... Para nós do Curso de Música pela USP de Ribeirão Preto, em especial, destacamos as participações da Profa. Yuka de Almeida Prado e de sua aluna Renata Ferrari (do 3º ano do curso de Canto e Ópera), que faz seu debut como cantora de ópera nesta montagem! Segue abaixo meu texto sobre esta montagem de grande importância para nossa cidade!... ------------------------------------------------ "Rigoletto" - Ribeirão Preto, 2007 Por Rubens Russomano Ricciardi Compositor e professor titular em Música pela USP I) A cidade, o teatro e a ópera As cidades também têm vocações específicas. Ribeirão Preto se encontra hoje entre as cidades brasileiras com maior potencial de desenvolvimento para a boa música e em especial para a ópera. Desde os primórdios de seus tempos, como por ocasião da inauguração do Theatro Carlos Gomes, em 1897, o gênero ópera consta sempre entre os principais acontecimentos históricos da cidade. Numa cidade espiritualmente construída em especial pelos imigrantes italianos, o mais italiano entre os gêneros musicais sempre impregnou os sonhos de seus filhos mais empreendedores. Assim, em 1930, inaugura-se o Theatro Pedro II. Um teatro projetado para a ópera, uma acústica perfeita para o canto, uma verdadeira jóia arquitetônica de rara beleza e monumentalidade no coração da cidade, cunhando seu semblante cultural e artístico. Hoje, entre os que apreciam o gênero em qualquer parte do país, não há mais quem possa discordar: o Theatro Pedro II de Ribeirão Preto já se estabeleceu definitivamente como um dos melhores palcos para a ópera não só do Brasil, mas de toda a América Latina. Suas reais dimensões transcendem a importância meramente regional, consolidando-se já como insuperável referência nacional. Somam-se ao Theatro Pedro II ainda outras entidades afins e de importância fundamental para a cidade, como a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto - fundada em 1938, a segunda orquestra profissional mais antiga do Brasil! -, e, desde 2004, o Curso de Graduação em Canto e Ópera no Campus da USP de Ribeirão Preto. Outros empreendimentos de igual importância vêm colaborar ainda mais para a consolidação desta vocação operística da cidade. Vivenciamos, portanto, bons tempos para ousar sempre mais em projetos que possam viabilizar com toda competência a execução de obras de arte de uma real singularidade, de uma maior profundidade em meio à criatividade humana e na revelação de suas condições existenciais, as mais reflexivas e derradeiras. A ópera, neste sentido, está entre os mais complexos e significativos gêneros em todas as artes. A Fundação D. Pedro II, capitaneando este belíssimo empreendimento de grande fôlego, numa parceria estreita e com forte apoio da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, desenvolve uma concepção gestora de ampla visão e a mais acertada, justamente com o bom fomento às produções próprias da cidade. Não somos uma província tacanha que, incapaz de produzir ela mesma seus principais eventos, tão-somente importa as iniciativas dos grandes centros... Não! Já somos sim nós mesmos capazes de conceber e produzir aqui o que se realiza de melhor em matéria de produção operística em todo o Brasil! Observando-se numa rápida retrospectiva, as marcantes poéticas musicais do romantismo têm prevalecido nas principais montagens de ópera em Ribeirão Preto desde o final do século XIX. Compositores como Giuseppe Verdi, Giacomo Puccini e Carlos Gomes foram até aqui os preferidos no momento da escolha dos repertórios. A opção por "Rigoletto", de Verdi, nesta temporada 2007, confirma mais uma vez esta vocação inequívoca. Demonstra também o passo seguro e a maneira responsável com a qual se está dando prosseguimento a esta forte tradição. No entanto, estamos prontos também para ousar em projetos de montagens de óperas menos consagradas, tanto em direção aos repertórios do passado, como do barroco e classicismo, como também rumo às obras do século XX e mesmo contemporâneas - incluindo-se sempre, em meio a estas inúmeras possibilidades, óperas de compositores brasileiros. Há ainda muito por se realizar neste sentido. A ópera, gênero musical o mais completo e perfeito, é sempre capaz de transcender o tempo e o espaço delimitado das vivências humanas. Assim, em meio a este processo amplamente favorável de crescimento, abrem-se as portas também para empreendimentos futuros e não menos ousados. O ribeirãopretano, com sua boa sensibilidade - sempre já um apaixonado por ópera! -, exige cada vez mais políticas públicas como alternativas inteligentes, em matéria de arte, às redutivas propostas de consumo fácil praticadas pela Indústria Cultural. Esta deve ser uma entre as maiores tarefas dos empreendimentos artístico-culturais em nossa cidade, portanto sempre num desdobramento positivo de uma de suas principais vocações já historicamente reconhecidas e consolidadas: Aqui é cidade da música! Aqui é a cidade da ópera! II) A orquestra, o maestro e os cantores A OSRP, desde sua fundação, sempre atuou no Theatro Pedro II e em produções operísticas. Por sorte, o momento atual é dos mais favoráveis, pois a juventude dinâmica e a genial competência do maestro Cláudio Cruz, seu regente titular, viabilizam agora saltos qualitativos sem igual em toda a história de nossa orquestra. Todos conhecem a carreira de Arturo Toscanini, por exemplo. De bom violoncelista de orquestra, quase que por acidente passou a atuar como regente entre os mais consagrados de todos os tempos, tanto no repertório operístico como sinfônico. E aqui faço a comparação sem qualquer receio: Cláudio Cruz, violinista principal e spalla dos mais respeitáveis conjuntos paulistas, como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, o Quarteto Amazônia e a Orquestra Villa-Lobos, assim como violinista solista brasileiro entre os melhores de todos os tempos, já desenvolveu carreira muito mais consistente do que aquela de Toscanini enquanto mero instrumentista. As atuações de Cláudio Cruz como regente titular frente à Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (nas temporadas 2004 e 2005) e agora frente à OSRP, num caminho seguro trilhado até aqui desde o excelente músico de orquestra até a regência, provam que lhe estão garantidas todas as condições necessárias para uma carreira cada vez mais brilhante e de plena ascensão neste seu novo ofício. Cláudio Cruz é realmente o intérprete ideal. Quer seja como violinista e, ainda mais agora como regente, analisa profundamente as partituras com as quais trabalha com afinco e respeito exclusivos de quem tem verdadeira paixão pelo que faz. Enquanto estudioso incansável na superação de si próprio, ele busca sempre novos desafios com toda dignidade profissional. E toda grande obra musical vibra intensamente em suas mãos e se expressa genuinamente em plenitude na condição própria da linguagem diferenciada de cada compositor, revelando-se por inteiro não só o estilo como o mundo exposto da obra, desde as concepções estruturais, passando pelo contexto histórico-musicológico, até o menor detalhe da execução. Ribeirão Preto já conhece as atuações de Cláudio Cruz no repertório sinfônico. Agora terá oportunidade de conhecê-lo como regente de ópera, diretor artístico que é desta presente montagem de "Rigoletto". Eu tive a grata oportunidade de vê-lo e ouvi-lo em Campinas, dirigindo "Lo Schiavo" de Carlos Gomes e depois "Don Giovanni" de Mozart. Foram duas montagens inesquecíveis, num vigor musical raramente registrado em palcos brasileiros. Agora, em condições mais favoráveis, já em nosso Theatro Pedro II, ele poderá exercer plenamente sua arte de músico-intérprete, iniciando assim uma nova etapa ainda mais promissora nas produções de óperas significativas não só para a cidade e região de Ribeirão Preto, como para todo o país. Em trabalho conjunto com o maestro Cláudio Cruz, outro gênio da música brasileira está aqui também em ação. Estamos falando do grande tenor carioca Fernando Portari, atuando não só como cantor (Duque de Mântua), como assinando também a direção cênica deste "Rigoletto" (Dino Bernardi, ator e diretor ribeirãopretano, será seu assistente). Portari, que iniciou sua carreira cantando no Campus da USP de Ribeirão Preto, tem relações as mais próximas com nossa cidade - não obstante sua incansável agenda internacional, em especial nos principais palcos europeus. Apresenta-se em Ribeirão Preto em concertos natalinos no HC (Campus da USP), em concertos e master-classes no Curso de Música pela USP desde sua fundação, em 2002, como já atuou inúmeras vezes como solista junto à OSRP, em especial desde a reinauguração do Theatro Pedro II, em 1996. Assume agora também seu novo ofício de "regisseur" com todos os méritos e com o forte respaldo de quem desenvolveu anteriormente toda uma rica experiência como cantor e intérprete cênico. Poucos conhecem tão bem o difícil e enigmático métier deste gênero musical como Fernando Portari. Outra atração de primeira grandeza é o soprano carioca Rosana Lamosa (Gilda, filha de Rigoletto). Tal como Fernando Portari, Rosana Lamosa também desenvolve intensa atividade como professora conferencista pela USP e de solista no Theatro Pedro II desde a reinauguração, com inúmeros concertos já realizados junto à OSRP. Cantores de renome e que também já vieram cantar diversas vezes em Ribeirão Preto, como Sebastião Teixeira (Rigoletto, o bobo da corte), José Galizza (Sparafucile, um bandido assassino), Edinéia Oliveira (Maddalena, irmã de Sparafucile), Sávio Sperandio (Conde de Monterone), Homero Velho (Marullo, um cavalheiro) e Jordi Quelart (Borsa Matteo, homem da corte), entre outros, completam o rol de intérpretes especialmente convidados. Destacam-se ainda as participações de valores residentes em nossa região, como Yuka de Almeida Prado (Giovanna, dama de companhia de Gilda e Pagem), professora de canto pela USP; sua aluna de graduação também pela USP, a jovem de raro talento Renata Ferrari (Condessa de Ceprano) - que aqui faz seu début como cantora de ópera -; e, completando o rol de cantores, Claudinei Alves de Oliveira (Conde de Ceprano), regente coral e professor de canto na vizinha cidade de Bebedouro. III) Victor Hugo, Giuseppe Verdi e "Rigoletto" As origens históricas da ópera "Rigoletto" remontam a personagens reais (que existiram de fato). Triboulet (1479-1536) era o apelido de um famoso bobo da corte nos tempos dos reis da França, Luís XII (1462-1515) e do filho deste, o Conde d'Angoulême (1494-1547), que em 1515 torna-se Francisco I - um monarca representativo da Renascença Francesa, tendo sido um importante mecenas das artes. Francisco I ficou mais conhecido, no entanto, por sua notória infidelidade conjugal. Citando aqui as próprias palavras deste rei numa de suas poucas frases que ficaram para história: "uma corte sem mulheres é como um jardim sem flores". Já o bufão Triboulet com suas anedotas picantes difundidas naqueles tempos, torna-se ainda em vida já um personagem literário através da pena de François Rabelais (1483-1553), especificamente em sua obra "Pantagruel" (publicada em 1532). Três séculos mais tarde, outro grande escritor francês, Victor Hugo (1802-1885), revive ambas figuras históricas, o rei Francisco I e o bobo da corte Triboulet, agora personagens protagonistas de sua peça teatral "Le Roi s'amuse" (O Rei se diverte), estreada em 1832. O drama de Victor Hugo causa escândalo e é imediatamente proibido pela censura, uma vez que "representava a figura do Rei da França como mulherengo devasso e desprovido de pudor". Nesta peça teatral, Francisco I seduz a jovem e bela Blanche (esta personagem porém é criada aqui por Victor Hugo), filha de Triboulet, justamente o já citado bobo da corte. É interessante notar as semelhanças na caracterização de Triboulet, efetuada por Victor Hugo, com outro personagem seu igualmente célebre, o Corcunda de Notre-Dame. Ambas figuras bizarras que carregam sentimentos humanos os mais extremos. Portanto, trata-se de uma proposta literária de Victor Hugo original para seu tempo enquanto configuração de um novo herói trágico e com defeitos físicos evidentes, e, além disso, humano, demasiado humano, já bem distante dos antigos heróis mitológicos ou épicos. Por volta de 1844, Giuseppe Verdi (1813-1901) toma conhecimento do drama francês de Victor Hugo. Desde então, o grande compositor italiano idealiza o projeto de uma nova ópera, tendo em vista uma adaptação fiel de "O Rei se diverte". Poucos anos depois, "Rigoletto", a consagrada ópera italiana, numa parceria com o libretista veneziano Francesco Maria Piave (1810-1867), é finalmente composta em 1850, num único fôlego de um trabalho concentrado e realizado em poucas semanas, mas ainda constando o título provisório de "A Maldição". Tudo de mais essencial que há na concepção dramática de "Rigoletto" remonta a"O Rei se diverte". Do mesmo modo, as dificuldades com a censura ocorreram em ambas as versões. Tal qual a peça de teatro, o libreto da ópera também foi proibido. Para contornar estes problemas e viabilizar sua estréia (a liberação ocorrerá em janeiro e a estréia triunfal em março de 1851, em Veneza), Piave e Verdi tiveram que efetuar algumas pequenas modificações de última hora no libreto da ópera. Foi assim que a Corte do Rei da França, Francisco I, da peça de Victor Hugo, transformou-se na Corte do Duque de Mântua (figura sem qualquer relação com a realidade), no libreto de Piave. Respectivamente, Triboleut passa a se chamar Rigoletto e sua filha Blanche agora é Gilda. Contudo, tanto na peça "O Rei se diverte" como na ópera "Rigoletto" a ação se passa no segundo quartel do século XVI, mantendo-se o mesmo ambiente escuro de uma noite interminável em meio ao contexto das relações verdadeiramente medievais de poder. Nesta belíssima concepção dramatúrgica de Fernando Portari, toda a ação em "Rigoletto" leva à configuração de uma grande tragédia. Qualquer um conhece a famosa ária "La donna è móbile". Melodia alegre de uma canção até levemente irônica, quando aqui o Duque de Mântua fala da inconstância das mulheres, como se toda a culpa das relações amorosas volúveis e superficiais fosse sempre delas, pois "enganam tanto no choro como no riso" e "mudam de idéia a cada momento". Mas, por trás desta suposta leveza aparente, no entanto, revela-se uma essência eminentemente trágica da condição humana. Ou seja, "La donna è mobile" não deixa de ser o canto mais célebre da ópera "Rigoletto", mas é um momento de distanciamento das reais relações da trama no libreto, saindo da condução central dos fatos. Aí há uma quase autonomia absoluta da famosa melodia em meio à ação dramática. Por outro lado, temos sim essencialmente na ópera uma trágica revelação da condição humana, pois o que está sendo narrado de fato, no libreto, é a maneira como um sistema de poder se mantém. Poder este opressor e absoluto do Rei (no caso do libreto da ópera, representado no personagem do Duque de Mântua) e que oprime qualquer opinião diferente, inviabilizando justamente qualquer mudança em meio a estas relações brutais da rígida hierarquia. O mundo aqui é estático, sem solução nem perspectiva. Na ópera não há esperança possível para quem quer que seja. Convertido à perversão, o Rei se corrompe dentro dele mesmo, pois não tem obrigações nem compromissos. Tão-somente confere a si mesmo o direito de se divertir - não obstante os graves constrangimentos que possa causar. Pesado e repugnante, pois já não se identifica com ele a figura simpática do sedutor charmoso, o Duque de Mântua, sem quaisquer escrúpulos, exerce seu poder quando se diverte através do sexo. Assim, sexo e poder se misturam, ambos instrumentos de corrupção. Por fim, o Duque de Mântua passa pelo drama completamente ileso, pois nada acontece com ele. E ele, indiferente, pouco se importa com o que acontece com os outros, sobrevivendo assim em seu poder ilimitado como se a tragédia nada tivesse a ver com ele. Num certo sentido, o Duque de Mântua e Rigoletto também são dois lados de uma mesma moeda, pois ambos corrompem a dignidade humana. Victor Hugo introduz a realidade na trama, realidade esta trágica representada no personagem Rigoletto - o mais humano entre os personagens. Rigoletto sente um ódio mortal, uma inveja mesquinha e vivencia a torpeza enquanto personagem grotesco, quase animalesco. Rigoletto, ele próprio, também é a encarnação do poder. Também vive às custas do escárnio dos outros e não se importa com a desgraça alheia. Daí também originam o ódio e a maldição de Monterone contra Rigoletto, rogando-lhe uma praga aterrorizadora e que perdurará por toda a trama. Desta forma, Rigoletto se eleva à categoria de um herói execrável em suas relações com a infelicidade. Rigoletto e o Duque são também figuras que se confundem, num certo sentido. Daí a relação de amor e ódio de Rigoletto para com o Duque, sentimentos estes fortes e bem diferentes do mero desprezo que Rigoletto sente pelos demais nobres, aduladores e bajuladores medíocres da corte. A única comoção em Rigoletto, ou seja, tudo que o comove, reduz-se ao seu amor à filha Gilda, seu "único tesouro". Mas quem não manifestará solidariedade com Rigoletto? Quem ousaria não inocentar sua atitude ao querer vingar o grave constrangimento de sua filha causado pelo Duque impiedoso? Gilda, por sua vez, é a possibilidade do que resta da dignidade humana, dos valores, da beleza. Mas, neste universo, não sobrevive algo de belo. Quando planeja o assassinato do Duque de Mântua, Rigoletto procura anular também sua própria maldade, ao tentar em vão proteger sua filha do mundo, mesmo que com atitudes neuróticas - o que lhe transforma num dos maiores heróis de todos os tempos. Neste sentido, há em Rigoletto também o sentido de uma grande humanidade... É torpe, assume a torpeza, o auto-escárnio, mas busca o valor eterno da pureza e da castidade. Do ponto de vista de sua importância enquanto obra de arte, a ópera "Rigoletto" de Verdi não apenas exercerá fortes influências apenas por seu sentido filosófico-literário. Basta lembrarmos de uma obra célebre que nasceu inspirada diretamente no "Rigoletto", como o romance "Crime e castigo" (publicado em 1866), do escritor russo Dostoievski - justamente quando o personagem se refere ao Duque e a ele próprio (e mais uma vez numa relação indissociável entre os dois personagens): "Egli è Delitto, Punizion son io" (Ele é o crime, eu sou o castigo). A ópera marca também um ponto de ruptura não só na produção operística de Verdi, mas na história do gênero. Antes mesmo de Richard Wagner, Verdi inventa com seu genial "Rigoletto" a grande ópera romântica - um dos pontos culminantes do romantismo musical! -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From zchuekepiano em ufpr.br Sun Dec 9 08:24:51 2007 From: zchuekepiano em ufpr.br (zchuekepiano em ufpr.br) Date: Sun, 9 Dec 2007 08:24:51 -0200 (BRST) Subject: [ANPPOM-L] [Fwd: chamada para Revista] Message-ID: <61370.189.26.9.179.1197195891.squirrel@webmail.ufpr.br> --------------------------- Mensagem Original ---------------------------- Assunto: chamada para Revista De: Pós Graduação FAP Data: Sex, Dezembro 7, 2007 5:45 pm Para: "Juliana Cavassin" "Perci Klein" "Prof Paulo Camargo" "Rosane Kaminski" "lilianfleurydoria Doria" "Luiz Fernando Pereira" "Walter Lima" "Lydio Silva" "Margarida Rauen Margarida Rauen" "Marila" "Pierangela Nota Simões" "Rosemeire Odahara" "Prof. Dr. Paulo Venturelli Prof. Paulo Venturelli" "Robson Rosseto" "REGINA MELIN UDESC" "Sergio Freitas SergioFreitas" "Sheila Volpi" "Silvia de Lucca" "Simone Cit Simone Cit" "sonia tramujas" "Marcos Santos" "Welington Tavares - articulista Welington Tavares" "Angela Maria Trotta" "Cristina Titi" "Sheila Maluf Sheila Maluf" "Zélia UFPR" -------------------------------------------------------------------------- CHAMADA PARA ARTIGOS CIENTÍFICOS Colegas, Vimos, mais uma vez, prazerosamente, convidá-los a participar do terceiro volume da Revista científica/FAP, cujas edições eletrônicas dos dois primeiros volumes já se encontram no site www.fapr.br. Os trabalhos deverão seguir as "normas de publicação". Lembramos a todos os pesquisadores que estamos aceitando artigos inéditos de professores vinculados a uma instituição de ensino superior, que sejam mestres, doutorandos, doutores, pós-doutores e que tenham uma produção científica voltada para um dos conteúdos das artes - cênicas, visuais, música, cinema - que venham a abrilhantar e a dialogar com os nossos pesquisadores da FAP. Pedimos que os senhores disseminem essa "chamada" para quem pesquise conteúdos em Arte. Informamos que os artigos INÉDITOS serão aceitos também na língua inglesa e na espanhola e que o prazo para a entrega será o dia 14 de março de 2008 na Assessoria de Pesquisa e Pós-Graduação da FAP pelo correio: Para: Assessoria de Pesquisa e Pós-Graduação Faculdade de Artes do Paraná Rua dos Funcionários, 1357 - Cabral 80035-050 - Curitiba/PR Todos os estudos terão avaliação "ad hoc" a fim de que se cumpram as exigências de qualificação do CNPq e ainda se preserve a idoneidade da IES, dos pesquisadores e da organização. À disposição para dúvidas e solicitações, Cordialmente, Professora Margarida Rauen e Professora Mônica Lopes Organizadoras --------------------------------- Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento! -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marciataborda em globo.com Mon Dec 10 22:46:57 2007 From: marciataborda em globo.com (Marcia Taborda) Date: Mon, 10 Dec 2007 22:46:57 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= References: <4759CA1E.5030805@terra.com.br> Message-ID: <003e01c83b8f$5bab3c50$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> Caros Amigos, Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de compartilhar com a lista. 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um momento de desequilíbrio emocional. 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado seja exatamente sobre o choro) Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima instância. Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. Alguma sugestão ? Abraço a todos, Marcia Taborda From psotuyo em ufba.br Tue Dec 11 00:32:21 2007 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Mon, 10 Dec 2007 23:32:21 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?RES=3A__Pl=E1gio?= In-Reply-To: <003e01c83b8f$5bab3c50$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> Message-ID: Cara Márcia, Em 2006 apresentei no XVI Congresso da ANPPOM em Brasília, no âmbito do GT em Musicologia (co-coordenado por André Guerra Cotta, Mary Ângela Biason e eu) uma proposta inicial de código de ética e conduta profissional (de fato um rascunho que iria começar a ser discutido) baseado nos modelos da AMS, da França, de Austrália e África do Sul, que, mesmo estando dirigido para a subárea específica da musicologia, foi levada à assembléia da ANPPOM e, então, foi inicialmente designada uma comissão que iria começar a discutir a tal proposta, agora no âmbito da ANPPOM. As pessoas continuam designadas para tal tarefa, mas a gestão anterior nunca convocou a tal comissão para iniciar os trabalhos... Mais um congresso passou (SP) e a gestão mudou... Talvez fosse a vez de convocar a tal comissão para, em tempo, termos ferramentas próprias que, no amparo da lei, fortaleçam a nossa posição perante tais situações (dentre tantas outras possíveis na prática profissional). Solidário, receba o meu abraço... Pablo. -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Marcia Taborda Enviada em: segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 21:47 Para: ANPPOM; Etnomusicologia br Assunto: [ANPPOM-L] Plágio Caros Amigos, Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de compartilhar com a lista. 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um momento de desequilíbrio emocional. 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado seja exatamente sobre o choro) Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima instância. Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. Alguma sugestão ? Abraço a todos, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From soniaraybrasil em gmail.com Tue Dec 11 08:17:35 2007 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Tue, 11 Dec 2007 08:17:35 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?RES=3A_Pl=E1gio?= In-Reply-To: References: <003e01c83b8f$5bab3c50$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> Message-ID: <172a5e960712110217w5d6882b3qae18a17af0dac20@mail.gmail.com> Caros Pablo, Márcia e demais colegas associados, Levarei o assunto a próxima reunião de diretoria que acontecerá por ocasião do Forum de editores. Um abraço, Sonia -- SONIA RAY Presidente da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música Escola de Música da UFG (Contrabaixo - Editora da Revista Musica Hodie) Tel/Fax: 62-3091.1289 ou 9249.0911 www.soniaray.com Em 11/12/07, Pablo Sotuyo Blanco escreveu: > > Cara Márcia, > Em 2006 apresentei no XVI Congresso da ANPPOM em Brasília, no âmbito do GT > em Musicologia (co-coordenado por André Guerra Cotta, Mary Ângela Biason e > eu) uma proposta inicial de código de ética e conduta profissional (de > fato > um rascunho que iria começar a ser discutido) baseado nos modelos da AMS, > da > França, de Austrália e África do Sul, que, mesmo estando dirigido para a > subárea específica da musicologia, foi levada à assembléia da ANPPOM e, > então, foi inicialmente designada uma comissão que iria começar a discutir > a > tal proposta, agora no âmbito da ANPPOM. As pessoas continuam designadas > para tal tarefa, mas a gestão anterior nunca convocou a tal comissão para > iniciar os trabalhos... Mais um congresso passou (SP) e a gestão mudou... > Talvez fosse a vez de convocar a tal comissão para, em tempo, termos > ferramentas próprias que, no amparo da lei, fortaleçam a nossa posição > perante tais situações (dentre tantas outras possíveis na prática > profissional). > > Solidário, receba o meu abraço... > > Pablo. > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br > [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Marcia Taborda > Enviada em: segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 21:47 > Para: ANPPOM; Etnomusicologia br > Assunto: [ANPPOM-L] Plágio > > > Caros Amigos, > > Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis > Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, > Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e > aprovado > pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. > Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de > compartilhar com a lista. > > 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um > momento de desequilíbrio emocional. > 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas > integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas > 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; > o > autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. > (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). > 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do > trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho > copiado > seja exatamente sobre o choro) > > Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima > instância. > Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais > qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a > roubalheira > ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. > Alguma sugestão ? > Abraço a todos, > > Marcia Taborda > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From monicaleme em inpauta.com.br Tue Dec 11 09:13:14 2007 From: monicaleme em inpauta.com.br (monicaleme em inpauta.com.br) Date: Tue, 11 Dec 2007 09:13:14 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= Message-ID: <20071211111314.B8748477F@web02.alog.com.br> Minha cara amiga Márcia... Acho q vc deve seguir em frente sim. Vc está coberta de razão. Lamentável e vergonhoso esse parecer. Em recente episódio no PPGHistória da UFF, onde obtive meu título de Doutorado, o plagiador da tese do Prof. Dr. André Cardoso teve seu diploma anulado e seu título revogado. Palmas para a PPGH/UFF e seus pareceristas! A sugestão vc já deu, levar para outra instância. Bj, Mônica Caros Amigos, > >Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis >Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, >Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado >pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. >Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de >compartilhar com a lista. > >1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um >momento de desequilíbrio emocional. >2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas >integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas >9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o >autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. >(abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). >3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do >trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado >seja exatamente sobre o choro) > >Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima >instância. >Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais >qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira >? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. >Alguma sugestão ? >Abraço a todos, > >Marcia Taborda > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > From carrasco em iar.unicamp.br Tue Dec 11 10:28:27 2007 From: carrasco em iar.unicamp.br (Claudiney Carrasco) Date: Tue, 11 Dec 2007 10:28:27 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= In-Reply-To: <003e01c83b8f$5bab3c50$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> References: <4759CA1E.5030805@terra.com.br> <003e01c83b8f$5bab3c50$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> Message-ID: <1197376107.475e826b8c2cc@webmail.iar.unicamp.br> Citando Marcia Taborda : > Caros Amigos, > > Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis > Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, > Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado > pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. > Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de > compartilhar com a lista. > > 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um > momento de desequilíbrio emocional. > 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas > integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas > 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o > autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. > (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). > 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do > trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado > seja exatamente sobre o choro) > > Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima > instância. > Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais > qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira > ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. > Alguma sugestão ? > Abraço a todos, > > Marcia Taborda > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > Cara Márcia, É uma grande vergonha para todos nós esse parecer. Qualquer um que tenha algum envolvimento e compromisso com as atividades de pesquisa sabe a gravidade do fato. Não importa se estamos falando de uma, dez, ou cem páginas. Não é admissível que se aceite a atitude. também pouco importa se o tema tem ou não a ver com o trabalho. Fosse uma receita de bolo, ele deveria citar a fonte. Repito: a cópia, pura e simplesmente, não é admissível. Ponto! Caso esse senhor seja realmente absolvido, devemos guardar bem o nome dele, para que não seja aceito em nenhuma instituição de ensino superior desse país. Sugiro que façamos uma ação cooperada, no sentido de divulgar muito bem o seu nome e o seu caráter, para que se torne muito bem conhecido por toda a comunidade acadêmica. Aqui na UNICAMP estamos passando pela primeira vez por algo parecido, um caso de plágio detectado pelo orientador e pela banca examinadora. O processo foi encaminhado com o pedido de expulsão sumária do programa. E olha que o episódio se deu em um exame de qualificação. Não foi nem em defesa de trabalho final. Em todo caso, boa sorte. O que fica de bom para você nisso tudo é o fato de pertencer ao grupo dos que são copiados, e não dos que copiam. Muitas felicidades para você. NEY CARRASCO Depto. de Música - UNICAMP ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. From psotuyo em ufba.br Tue Dec 11 10:34:11 2007 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Tue, 11 Dec 2007 09:34:11 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?RES=3A__RES=3A__Pl=E1gio?= In-Reply-To: Message-ID: Apenas uma errata... Um mea culpa involuntário... A proposta de código de ética foi, de fato, desenvolvida conjuntamente por mim e por André Guerra Cotta. Inclusive, foi o André quem a representou na Assembléia da ANPPOM em 2006. Saibam desculpar o cansaço da noite e o peso dos anos... ;-)) Abraços Pablo. -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Pablo Sotuyo Blanco Enviada em: segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 23:32 Para: Marcia Taborda; ANPPOM; Etnomusicologia br Assunto: [ANPPOM-L] RES: Plágio Cara Márcia, Em 2006 apresentei no XVI Congresso da ANPPOM em Brasília, no âmbito do GT em Musicologia (co-coordenado por André Guerra Cotta, Mary Ângela Biason e eu) uma proposta inicial de código de ética e conduta profissional (de fato um rascunho que iria começar a ser discutido) baseado nos modelos da AMS, da França, de Austrália e África do Sul, que, mesmo estando dirigido para a subárea específica da musicologia, foi levada à assembléia da ANPPOM e, então, foi inicialmente designada uma comissão que iria começar a discutir a tal proposta, agora no âmbito da ANPPOM. As pessoas continuam designadas para tal tarefa, mas a gestão anterior nunca convocou a tal comissão para iniciar os trabalhos... Mais um congresso passou (SP) e a gestão mudou... Talvez fosse a vez de convocar a tal comissão para, em tempo, termos ferramentas próprias que, no amparo da lei, fortaleçam a nossa posição perante tais situações (dentre tantas outras possíveis na prática profissional). Solidário, receba o meu abraço... Pablo. -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Marcia Taborda Enviada em: segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 21:47 Para: ANPPOM; Etnomusicologia br Assunto: [ANPPOM-L] Plágio Caros Amigos, Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de compartilhar com a lista. 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um momento de desequilíbrio emocional. 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado seja exatamente sobre o choro) Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima instância. Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. Alguma sugestão ? Abraço a todos, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From psotuyo em ufba.br Tue Dec 11 10:51:03 2007 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Tue, 11 Dec 2007 09:51:03 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?RES=3A__RES=3A__Pl=E1gio?= In-Reply-To: Message-ID: OOOOOPPPPSSSSSSSSSSSSS.... SORRY AGAIN... O MEA CULPA FOI VOLUNTÁRIO... O ERRO INICIAL (E ESTE ÚLTIMO) FORAM INVOLUNTÁRIAS OBRAS DO CANSAÇO E DA IDADE... ;-))) Abraços... Pablo. P.S.: 1 "preciso de férias e devo ler cuidadosamente os meus e-mails antes de envia-los..." 2 "preciso de férias e devo ler cuidadosamente os meus e-mails antes de envia-los..." 3 "preciso de férias e devo ler cuidadosamente os meus e-mails antes de envia-los..." 4 "preciso de férias e devo ler cuidadosamente os meus e-mails antes de envia-los..." [...] 100 "preciso de férias e devo ler cuidadosamente os meus e-mails antes de envia-los..." ;-)) -----Mensagem original----- De: Pablo Sotuyo Blanco [mailto:psotuyo em ufba.br] Enviada em: terça-feira, 11 de dezembro de 2007 09:34 Para: psotuyo em ufba.br; Marcia Taborda; ANPPOM; Etnomusicologia br Assunto: RES: [ANPPOM-L] RES: Plágio Apenas uma errata... Um mea culpa involuntário... A proposta de código de ética foi, de fato, desenvolvida conjuntamente por mim e por André Guerra Cotta. Inclusive, foi o André quem a representou na Assembléia da ANPPOM em 2006. Saibam desculpar o cansaço da noite e o peso dos anos... ;-)) Abraços Pablo. -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Pablo Sotuyo Blanco Enviada em: segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 23:32 Para: Marcia Taborda; ANPPOM; Etnomusicologia br Assunto: [ANPPOM-L] RES: Plágio Cara Márcia, Em 2006 apresentei no XVI Congresso da ANPPOM em Brasília, no âmbito do GT em Musicologia (co-coordenado por André Guerra Cotta, Mary Ângela Biason e eu) uma proposta inicial de código de ética e conduta profissional (de fato um rascunho que iria começar a ser discutido) baseado nos modelos da AMS, da França, de Austrália e África do Sul, que, mesmo estando dirigido para a subárea específica da musicologia, foi levada à assembléia da ANPPOM e, então, foi inicialmente designada uma comissão que iria começar a discutir a tal proposta, agora no âmbito da ANPPOM. As pessoas continuam designadas para tal tarefa, mas a gestão anterior nunca convocou a tal comissão para iniciar os trabalhos... Mais um congresso passou (SP) e a gestão mudou... Talvez fosse a vez de convocar a tal comissão para, em tempo, termos ferramentas próprias que, no amparo da lei, fortaleçam a nossa posição perante tais situações (dentre tantas outras possíveis na prática profissional). Solidário, receba o meu abraço... Pablo. -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Marcia Taborda Enviada em: segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 21:47 Para: ANPPOM; Etnomusicologia br Assunto: [ANPPOM-L] Plágio Caros Amigos, Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de compartilhar com a lista. 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um momento de desequilíbrio emocional. 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado seja exatamente sobre o choro) Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima instância. Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. Alguma sugestão ? Abraço a todos, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From marciataborda em globo.com Tue Dec 11 11:17:02 2007 From: marciataborda em globo.com (Marcia Taborda) Date: Tue, 11 Dec 2007 11:17:02 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= References: Message-ID: <001401c83bf8$26dcec80$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> Agradeço a todos pelas mensagens. Acho que o mais importante no momento será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de um código de ética, que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude institucional; Abraço, Marcia Taborda From adriano.gado em uol.com.br Tue Dec 11 11:56:20 2007 From: adriano.gado em uol.com.br (Adriano Gado) Date: Tue, 11 Dec 2007 11:56:20 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= In-Reply-To: <001401c83bf8$26dcec80$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> References: <001401c83bf8$26dcec80$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> Message-ID: <6f5e73c0712110556r77a55760y3dcb7a5132235fcc@mail.gmail.com> Olá Marcia e colegas da lista. Tenho acompanhado a discussão. E acho que o plágio realmente é inaceitável! Gostaria de compartilhar um link que esclarece bem a questão do plágio: http://www.indiana.edu/~wts/pamphlets/plagiarism.shtml Abraços a todos, Adriano Gado On 11/12/2007, Marcia Taborda wrote: > Agradeço a todos pelas mensagens. > > Acho que o mais importante no momento > será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de > um código de ética, > que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude > institucional; > Abraço, > > Marcia Taborda > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > From palombini em terra.com.br Tue Dec 11 13:15:20 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 11 Dec 2007 12:15:20 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Philomusica on-line Message-ID: <475EA988.5030709@terra.com.br> The international academic community is invited to submit manuscripts to ?Philomusica on-line? ( http://philomusica.unipv.it), an open access journal created to present the research activity of the Department of Musicology of the University of Pavia, and to offer a space for an exchange of ideas and collaboration amongst scholars. Each issue includes studies, reviews and news; space is moreover set aside for the contributions of young graduates and those about to graduate from the Department. The ?Philomusica on-line? website also offers material for research, news of forthcoming events and Calls for papers. All papers must be previously unpublished and not be under consideration elsewhere. All papers will be subject to peer review. Manuscripts may be submitted in Italian, English, French, German, or Spanish as an email attachment in RTF to philomusica at unipv.it. An informative abstract of no more than 250 words is required. Specific manuscript style and format guidelines may be consulted at http://philomusica.unipv.it/informazioni/norme/intro_norme.html. ?Philomusica on-line? welcomes the use of supplementary materials accompanying submitted manuscripts such as tables, graphics, photographs, audio and/or video. For further information please contact Daniele V. Filippi (dfilippi at unipv.it). Philomusica on-line. E-Journal of the Dipartimento di Scienze musicologiche of the University of Pavia/Cremona (Italy) http://philomusica.unipv.it/ -- carlos palombini (dr p) professor adjunto de musicologia universidade federal de minas gerais "Gran rimedio della maldicenza, appunto come delle afflizioni d'animo, è il tempo." (Giacomo Leopardi, Pensieri XLV, 1845) From antunes em unb.br Tue Dec 11 12:51:52 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 11 Dec 2007 12:51:52 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= References: <001401c83bf8$26dcec80$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> Message-ID: <475EA402.55C6D508@unb.br> Cara Márcia: Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. Abraço, Jorge Antunes PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. Marcia Taborda wrote: > Agradeço a todos pelas mensagens. > > Acho que o mais importante no momento > será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de > um código de ética, > que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude > institucional; > Abraço, > > Marcia Taborda > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From ja.mannis em uol.com.br Tue Dec 11 14:05:11 2007 From: ja.mannis em uol.com.br (ja.mannis uol) Date: Tue, 11 Dec 2007 13:05:11 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?RES=3A__Pl=E1gio?= In-Reply-To: <003e01c83b8f$5bab3c50$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> References: <4759CA1E.5030805@terra.com.br> <003e01c83b8f$5bab3c50$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> Message-ID: <006301c83c0f$9daebe30$d90c3a90$@mannis@uol.com.br> Cara Marcia, Tal parecer pode se tornar mais perigoso ainda num país com o nosso que adota o direito romano com suas jurisprudências que muitas vezes se tornam armadilhas para o que realmente é justo num julgamento. Isso significa que em termos de justiça brasileira, é de suma importância que se controle e se tome MUITO cuidado ANTES DE CRIAR QUALQUER PRECEDENTE. Abraços Mannis -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Marcia Taborda Enviada em: segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 21:47 Para: ANPPOM; Etnomusicologia br Assunto: [ANPPOM-L] Plágio Caros Amigos, Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de compartilhar com a lista. 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um momento de desequilíbrio emocional. 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado seja exatamente sobre o choro) Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima instância. Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. Alguma sugestão ? Abraço a todos, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From cyclophonica em yahoo.com Tue Dec 11 14:12:02 2007 From: cyclophonica em yahoo.com (Leonardo Fuks) Date: Tue, 11 Dec 2007 08:12:02 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?pl=E1gio?= Message-ID: <349459.59161.qm@web62515.mail.re1.yahoo.com> Escreve aqui um que também já foi vítima de plágio, mais de uma vez, e que já constatou outros atos fraudulentos em trabalhos alheios. Fui -vítima- no sentido amplo, tendo sofrido por anos as consequências terríveis de ter sido plagiado. Sou totalmente solidário à querida amiga e colega Márcia Taborda. Plágio é crime e deve ser tratado como tal. Não concordo com o caro colega Claudinei Carrasco que propõe que devamos registrar os nomes dos supostos plagiadores numa lista, que seria usada em futuras situações acadêmicas. Se a pessoa foi hipotéticamente inocentada em uma comissão " superior" , não cabe criarmos cadastros desta natureza. A comissão superior é que deve se comportar conforme a lei do Brasil e a ética do profissional docente/pesquisador. Se existe uma lei no código penal e existe uma lei da propriedade intelectual específica, elas devem ser respeitadas. Vejam a Lei de nº 9.610/98 , disponível por exemplo em http://www.assespro-rj.org.br/publique/media/lei961098.pdf Por outro lado, qualquer um que cometa um ato considerado ilegal terá amplo direito à defesa, e é evidentemente possível que problemas pessoais tenham afetado seus atos. Isto atenua a pena para o crime do indivíduo, altera o tipo de crime, mas não assegura absolutamente a manutenção do seu título obtido, nem autoriza a permanência do texto plagiado na obra questionada. Os piores desdobramentos do plágio são as atitudes das autoridades acadêmicas e da comunidade acadêmica de maneira geral (com evidentes exceções), conforme pude experimentar. Não concordo novamente com o digno professor Ney Carrasco com que "O que fica de bom para você nisso tudo é o fato de pertencer ao grupo dos que são copiados, e não dos que copiam.". Infelizmente, ser plagiado não fica "bom" em nada, ninguém se sente elogiado por ter sido violentado, de qualquer modo que seja. Também não posso concordar com o professor Antunes, que culpa o orientador. Segundo Antunes "Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma.". O professor Antunes não só é do "tempo em que as titulações não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens", como também é do tempo em que professor universitário nem fazia obrigatoriamente concurso público para ingressar na carreira. Realmente outra época. Se o pesquisador é maior de idade, ele é ciente e obedecedor das leis de seu país, e mesmo que não tenha noção de ética alguma, deverá fazer seu trabalho em conformidade com as referidas leis. Responsabilizar o orientador é irresponsável, ilógico e ilegal, não apenas polêmico. O orientador não pode ser considerado de maneira apriorística como cúmplice das irregularidades cometidas por seus orientandos. Quem me plagiou no passado perdeu seu título de mestrado, teve a dissertação anulada e ficou muito exposto na Academia. Este fato não me deu qualquer prazer, apenas a sensação de que as " instâncias superiores" agiram em conformidade com a lei e com os procedimentos acadêmicos corretos. Não posso responsabilizar quem cometeu o ato do plágio por todo o sofrimento que padeci, pois atribuo também responsabilidade à morosidade do processo (durou mais de três anos), ao desinteresse de diversos membros das "instâncias" (inclusive de minha universidade) e à ignorância da maioria dos colegas docentes sobre a ética e lei da propriedade intelectual. Acho cada vez mais importante documentarmos detalhadamente estas histórias de plágio que ocorrem conosco e à nossa volta, deverão servir para algo no futuro. Leonardo Fuks Caros Amigos, > >Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis >Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, >Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado >pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. >Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de >compartilhar com a lista. > >1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um >momento de desequilíbrio emocional. >2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas >integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas >9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o >autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. >(abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). >3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do >trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado >seja exatamente sobre o choro) > >Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima >instância. >Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais >qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira >? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. >Alguma sugestão ? >Abraço a todos, > >Marcia Taborda > ____________________________________________________________________________________ Never miss a thing. Make Yahoo your home page. http://www.yahoo.com/r/hs -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Tue Dec 11 16:58:11 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 11 Dec 2007 15:58:11 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Desenvolvimento e Cidadania Petrobras Message-ID: <475EDDC3.7060309@terra.com.br> Seleção Pública de Projetos 2007 do programa ?Desenvolvimento e Cidadania Petrobras?. O lançamento do programa ?Desenvolvimento & Cidadania Petrobras? ocorreu em Brasília (DF) no dia 21/11. Com vigência até 2012, o programa vai investir, neste período, R$ 1,2 bilhão em projetos que tenham como foco geração de renda, oportunidade de trabalho, educação para a qualificação profissional e garantia dos direitos da criança e do adolescente. O objetivo é contribuir para a redução da pobreza e da desigualdade social. O programa deve atender cerca de 4 milhões de pessoas, diretamente, e 14 milhões de forma indireta, além de alcançar outros 27 milhões de pessoas com ações de comunicação e difusão da cidadania. Serão destinados, nesse ano, R$ 27 milhões a projetos que contribuam para a redução das desigualdades sociais nas comunidades mais excluídas do país. Os projetos inscritos devem solicitar o patrocínio de até R$ 690.000,00 (seiscentos e noventa mil de reais) por ano (12 meses), com a possibilidade de renovação por até dois anos (24 meses). Cabe ressaltar que poderão candidatar-se projetos em andamento ou em fase de planejamento e que a Petrobras irá priorizar a juventude de 15 a 29 anos. Serão aceitos projetos sob responsabilidade de organismos governamentais, não-governamentais e comunitários, legalmente constituídos no País, sem finalidades lucrativas e que atuem no Terceiro Setor brasileiro. As inscrições para o Programa Desenvolvimento e Cidadania Petrobras já estão abertas e acontecem até 11 de janeiro de 2008, pelo site www.petrobras.com.br/desenvolvimentoecidadania, e devem seguir as orientações do Roteiro Para Elaboração de Projetos. A escolha dos projetos beneficiados acontecerá via seleção pública coordenada pelo Instituto Ethos e, obrigatoriamente, pelo menos um projeto de cada estado da federação será aprovado. No caso da região semi-árida, pelo menos dois serão beneficiados. Programa Desenvolvimento e Cidadania Petrobras Inscrições: www.petrobras.com.br/desenvolvimentoecidadania Período: até 11 de janeiro de 2008 Público alvo: Organizações governamentais, não governamentais e comunitárias que atuem no Terceiro Setor Informações: 0800-789001 -- carlos palombini (dr p) professor adjunto de musicologia universidade federal de minas gerais "'That government is best which governs not at all'; and when men are prepared for it, that will be the kind of government which they will have" (Henry David Thoreau, 1849) From palombini em terra.com.br Wed Dec 12 00:52:45 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 11 Dec 2007 23:52:45 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Leonardo Abstracts Service (call for submissions) Message-ID: <475F4CFD.4080601@terra.com.br> Leonardo Abstracts Service (LABS) Next submission deadline: 31 December 2007 Leonardo Abstracts Service (LABS), consisting of the English-language, Spanish-language and Chinese-language databases, is a comprehensive collection of Ph.D., Masters and MFA thesis abstracts on topics in the emerging intersection between art, science and technology. Individuals receiving advanced degrees in the arts (visual, sound, performance, text), computer sciences, the sciences and/or technology that in some way investigate philosophical, historical or critical applications of science or technology to the arts are invited to submit abstracts of their theses for consideration. The English LABS, Spanish LABS and Chinese LABS international peer review panels review abstracts for inclusion in their respective databases. The databases include only approved and filed thesis abstracts. Abstracts of theses filed in prior years may also be submitted for inclusion. In addition to publication in the databases, a selection of abstracts chosen by the panels for their special relevance will be published twice a year in Leonardo Electronic Almanac (LEA), and authors of abstracts most highly ranked by the panel will also be invited to submit an article for publication consideration in the journal /Leonardo/. Thesis Abstract submittal forms for English language abstracts can be found at http://leonardolabs.pomona.edu Thesis Abstract submittal forms for Spanish language abstracts can be found at http://www.uoc.edu/artnodes/leonardolabs Thesis Abstract submittal forms for Chinese language abstracts can be found at http://china-labs.daohaus.org For more information about LABS visit: http://www.leonardo.info/isast/journal/calls/labsprojectcall.html The LABS project is part of the Leonardo Educators and Students program. http://www.leonardo.info/isast/educators.html -- carlos palombini (dr p) professor adjunto de musicologia universidade federal de minas gerais "'That government is best which governs not at all'; and when men are prepared for it, that will be the kind of government which they will have" (Henry David Thoreau, 1849) -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From carlos.sandroni em gmail.com Wed Dec 12 06:09:27 2007 From: carlos.sandroni em gmail.com (Carlos Sandroni) Date: Wed, 12 Dec 2007 05:09:27 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Resenhas Message-ID: Olá a todos, Por ocasião do encontro de editores de periódicos de música, me permito contribuir com uma reflexão que diz respeito a estes, e a todos nós. É sobre a nossa injustificável timidez na produção de resenhas! Nossos periódicos de música ainda publicam um número demasiado pequeno de resenhas, em comparação com periódicos de música internacionais; tb em comparação com periódicos científicos brasieliros de outras áreas; e finalmente, em comparação com o crescimento, nos últimos anos, da produção bibliográfica nacional na área de música. Para não falar do papel das resenhas em nos ajudar a estar atualizados em relação à bibliografia internacional... Salvo engano, nenhum periódico de música brasileiro mantém uma seção de "Bibliografia recente", o que também seria de grande ajuda. E já ia me esquecendo que resenhas são também de discos, DVDs, sites internet... Para reverter este quadro de lacunas, sugiro um esforço conjunto dos periódicos e dos PPGMs, pois os estudantes de pós precisam mesmo escrever resenhas como parte de seu treinamento... Fica a sugestão. Abraços Carlos -- Carlos Sandroni Departamento de Música, UFPE Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB Setembro 2007/Fevereiro 2008: Pesquisador Associado ao Centre de Recherches en Ethnomusicologie CNRS - LESC UMR 7186 - Paris Endereço pessoal na França: Chez Duflo-Moreau 199, rue de Vaugirard 75015 - Paris Telefone profissional no Brasil (81) 2126 8596 (telefone e fax) (Recados com Anita) Endereço pessoal no Brasil: Rua das Pernambucanas, 264/501 Graças - 52011-010 Recife - PE -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Sat Dec 8 22:51:53 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 08 Dec 2007 22:51:53 -0200 Subject: [ANPPOM-L] ANTUNES_ELETRONICO_SIDERAL Message-ID: <475B3C26.56CD07EA@unb.br> Car em s amig em s: Pedimos divulgação. JORGE ANTUNES ELETRÔNICO E SIDERAL Espetáculo de Jorge Antunes com músicos de seu conjunto GeMUnB nos dias 18 e 19 de dezembro de 2007, no Rio de Janeiro, Teatro Nelson Rodrigues, promovido pela CAIXA CULTURAL Quando, em 1961, Jorge Antunes, com 19 anos de idade, compôs sua primeira peça de música eletrônica, ele foi chamado de doido por seus professores na Escola de Música da Rua do Passeio e também por seus colegas estudantes. Antunes, que despontava como precursor do novo gênero musical no Brasil, era apenas um estudante de violino e compositor auto-didata, que se apaixonara pelo som eletrônico, ainda totalmente desconhecido no Brasil. Só em 1969, oito anos depois das inovações de Antunes, é que o homem iria pôr os pés na Lua. Naquela época, graças aos filmes de ficção que usavam e abusavam, em suas trilhas sonoras, do som do theremim, a música maluca de Antunes despertava em todos uma sensação de desconhecido, de mistério, de loucura e de espaço sideral. Foi por isso que em 1962 o então jovem músico compôs a música de 3 minutos, hoje já considerada um clássico, que ele intitulou de VALSA SIDERAL. Hoje, os bebês já nascem mergulhados em ondas sonoras eletronizadas, porque o som eletrônico já não é novidade e está por toda parte. Mesmo assim, os sons siderais e a música revolucionária de Jorge Antunes continuam a assustar, a surpreender e a extasiar, porque o experiente compositor, consagrado internacionalmente, sempre toma novos rumos e novas dimensões. Sua música continua a ser sideral. Só que, agora, tudo está adaptado à informática e à era digital. O espetáculo JORGE ANTUNES ELETRÔNICO E SIDERAL, programado pela CAIXA CULTURAL para os dias 18 e 19 de dezembro no Teatro Nelson Rodrigues, é exatamente uma panorâmica da trilha de Jorge Antunes, em sua permanente busca do Som Novo. O concerto, cujo programa se inicia com a antiga e histórica Valsa Sideral de 1962, percorre a paleta sonora do permanente inovador com outras de suas obras do final do século XX e do início do século XXI. No espetáculo, sob a batuta a raio laser de Antunes, um violino, uma clarineta, um piano, um computador e algumas imagens pintam, com processamentos informáticos em tempo real, novas paisagens para deleite do público carioca que vai, certamente, sonhar e viajar. Obras de Jorge Antunes apresentadas na CAIXA CULTURAL: Valsa Sideral (1962), para fita magnética Chalumia Sideral (2006), para clarineta e computador Miró Escuchó Miró (1998), para piano, imagens e sons eletrônicos Violinia Sideral (2005), para violino e computador Polimaxixenia Sideral (2006), para violino, clarineta, piano e computador Músicos: Jorge Antunes: composição, direção, imagens, computador e difusão eletrônica. Marcus Lisbôa Antunes: violino. Mariuga Lisbôa Antunes: piano. Félix Alonso Morales: clarineta Mauritz Lisbôa Antunes: engenheiro de som e difusão eletrônica. 18 e 19 de dezembro de 2007 19 horas TEATRO NELSON RODRIGUES CAIXA CULTURAL RJ Av. Chile, 230 - Anexo Centro Tel: (21) 2262-8152 INGRESSOS: R$ 10,00 e R$ 5,00 Após esses espetáculos, Jorge Antunes estará se preparando para longa estada na Europa. No dia 3 de janeiro ele viaja para Madri, com uma bolsa financeira da Fundación Carolina, para desenvolver pesquisa e ministrar um curso no LIEM (Laboratorio de Informatica y Electroacustica Musical). No dia 29 de fevereiro ele apresenta um concerto monográfico de suas obras no Auditorio 400 do Museu Reina Sofia. No dia 1º de março ele segue para Paris, para ensaios com a Orchestre de Flûtes Français. No dia 13 de março a OFF apresenta a estréia mundial da nova obra de Antunes: Concert Chiasmatique, para saxofone barítono e orquestra de 24 flautas. O solista será o saxofonista Claude Delangle. O regente do concerto será o filho de Jorge Antunes, o Maestro Jorge Lisbôa Antunes. No programa, além da obra de Jorge Antunes, estarão obras de Jean-Louis Petit, Frederic Maintenant, Charles Koechlin e Darius Milhaud. JORGE ANTUNES / ASSESSORIA DE IMPRENSA: (61) 3368-1794 SISTRUM PRODUÇÕES: sistrum em sistrum.com.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroneder em uol.com.br Wed Dec 12 09:31:52 2007 From: alvaroneder em uol.com.br (Alvaro Neder) Date: Wed, 12 Dec 2007 09:31:52 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?generaliza=E7=F5es_e_transdisciplinarid?= =?iso-8859-1?q?ade_=28era_=22Pl=E1gio=22=29?= Message-ID: <015501c83cb2$98bb34f0$4101a8c0@NOTEBOOK> Prezado Jorge e todos os colegas, Com relação ao seu e-mail, concordo com a idéia geral (exigibilidade de titulação levando à massificação de pós-graduandos, muitos sem preparo, interesse ou vocação para a pesquisa), mas acredito que a excessiva generalização precisa ser apontada, bem como a idéia de que pós-graduações em outras áreas seja motivada apenas pela "busca desesperada de titulação" ("A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas"). Tenho toda a certeza de que vc não tencionava fazer essas duas generalizações indiscriminadamente, mas o fato é que é isso que está legível em seu e-mail, e não posso deixar de apontá-las. Nem todos nos tempos atuais estão apenas em busca de titulação e salário. Fiz meu mestrado em Educação e o meu doutorado em Teoria da Literatura, Linguagem e Literatura Brasileira. Atualmente estou fazendo um segundo doutorado, este em musicologia, não porque eu considere minha formação inadequada ou falha para um docente na área de etnomusicologia (área que estudo há anos e na qual tive treinamento durante dois anos na Brown University, EUA, pelos etnomusicólogos Paul Austerlitz e Jeff Titon), mas porque não quero ser eventualmente deixado de fora em um concurso por um edital que exija títulos na área (problema da disciplinaridade e/ou corporativismo). Escolhi fazer um mestrado em Educação pois o programa que escolhi possuía um enfoque que ao invés de privilegiar técnicas e métodos (treinamento, e não educação) focalizava um estudo aprofundado das Ciências Sociais, além de ter a linha de pesquisa Psicanálise da Educação, na qual fui orientado por um antigo orientando do filósofo Cornelius Castoriadis. Nada tenho a me queixar dessa formação interdisciplinar, pois já tinha tido treinamento em música (Licenciatura em Música pela Unirio) e meu tema foi em música (a educação musical dentro da comunidade jazzista entre os anos 30 e 60). Pelo contrário, foi essencial sair da área estrita da música e ver como os especialistas em educação entendiam e refletiam sobre a educação, o que foi, a meu ver, muito proveitoso, e tem sido muito proveitoso para meus alunos de graduação. Escolhi fazer um doutorado em Teoria Literária, Linguagem e Literatura Brasileira na PUC-Rio (com um tema mais uma vez musical, a MPB dos anos 60) para estudar aprofundadamente teoria contemporânea, estruturalismo, pós-estruturalismo e estudos culturais, e estes estudos estão mais desenvolvidos naquelas áreas. Mais uma vez, meus alunos se beneficiam do rigor com que fui educado em áreas que são tão comumente violentadas por leituras capengas e um pensamento de senso comum que viceja mesmo na academia. O que isto indica é que, ao contrário de associar a transdisciplinaridade com algo negativo, é necessário fazermos um esforço muito maior para ampliar a transdisciplinaridade. Não sou eu quem o diz, está nos Parâmetros Curriculares da Educação (PCN) como "interdiciplinaridade". E está nos PCN porque há nada menos que 40 anos se discute a disciplinaridade como contraproducente em diversos níveis (ver Foucault a respeito, além de muitos outros). A música tem um estatuto especial nessa discussão, a meu ver devido à sua ideologia de autonomia em relação à sociedade. É por isso que não tive treinamento em pesquisa na minha graduação em música, e é por isso que os estudantes de graduação na área de letras, por exemplo, já na graduação apresentam papers rotineiramente e estudam autores que só fui conhecer no meu mestrado e doutorado, nas áreas de Antropologia, Sociologia, História, Filosofia e outras. Em última análise, isso os leva a não serem ingênuos politicamente, ou desconhecedores das implicações ideológicas de suas práticas, o que é a realidade das áreas que ainda tentam impor a disciplinaridade. Abraços Alvaro ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: Marcia Taborda ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Tuesday, December 11, 2007 12:51 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] Plágio Cara Márcia: Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. Abraço, Jorge Antunes PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. Marcia Taborda wrote: Agradeço a todos pelas mensagens. Acho que o mais importante no momento será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de um código de ética, que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude institucional; Abraço, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------------------------------------------------------------------------- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------------------------------------------------------------------------- No virus found in this incoming message. Checked by AVG Free Edition. Version: 7.5.503 / Virus Database: 269.17.0/1180 - Release Date: 10/12/2007 14:51 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Wed Dec 12 10:41:08 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Wed, 12 Dec 2007 09:41:08 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Resenhas In-Reply-To: References: Message-ID: <475FD6E4.5040605@terra.com.br> Olá, Carlos O grupo de publicações Leonardo, da International Society for the Arts, Sciences and Technology, incluindo os periódicos _Leonardo_, _Leonardo Music Journal_ (MIT Press) e o _Leonardo Electronic Almanac_ tem um setor online chamado Leonardo Digital Reviews, do qual participei por alguns anos (de 1998 a 2001). A ISAST recebe, em sua sede em São Francisco, livros, CDs, endereços de sites etc para resenha. Este material fica a disposição de um painel especializado de resenhistas. A lista de material recebido é atualizada todos os meses e repassada aos membros do painel. Cada membro pode solicitar qualquer item da lista, que lhe é então enviado por correio pela ISAST, o solicitante assumindo o compromisso de, em um mês, enviar uma resenha do item solicitado. O colaborador que não enviar pelo menos um trabalho por ano é removido do painel. O endereço do site é . Uma parte substancial de minhas publicações e a quase totalidade de minhas publicações recentes tem sido de resenhas. Se não tenho me dedicado mais a este trabalho é porque sinto uma dificuldade enorme --- e um desejo enorme também --- de apresentar em forma acabada o resultado de uma ruminação mais prolongada sobre um tema original, que se exprime, naturalmente, em formato de muitas páginas. A maioria de nós, no Brasil, sofre este problema de dificuldade de concentração. Somos normalmente solicitados a fazer tantas coisas e vivemos em situações tão instáveis, apesar de nossa "estabilidade no emprego"! Minha predileção por resenhas acaba expressando não só meu gosto pelas formas curtas como também minha dificuldade de concentração. Comecei a ler um trabalho muito interessante, embora não tão recente assim, que resulta de uma tentativa de aproximação da musicologia francesa (que, pelo pouco que conheço, não me parece muito aventurosa) com a história cultural. O livro é de 2001 e se chama _La Vie musicale sous Vichy_ (Paris: Complexe, org. Myriam Chimènes). Ele se insere no contexto de uma revisão crítica da memória da Ocupação, revisão esta iniciada com o _Vichy France_ de Robert Paxton em 1972, e que culmina no _Syndrome de Vichy_, de Henry Rousso (1987), por muitos anos diretor do Institut d'histoire du temps présent, do CNRS. O IHTP é um dos co-editores da obra e, não por coincidência, Rousso assina o prefácio do livro. Ainda estou no começo da leitura, mas minha primeira impressão é que os resultados desta abordagem, por mais estimulantes que sejam, são ainda um pouco decepcionantes se comparados aos de história cultural propriamente dita e mesmo aos de história da cultura. A orientação é mais que uma tendência francesa. A ambiciosa e recente _Oxford History of Western Music_, de Richard Taruskin (Oxford: OUP, 2005), em seis volumes, dois dos quais dedicados ao século XX, também se insere, de acordo com as resenhas no website da Amazon, no contexto de uma história das idéias. A História de Taruskin começa com o surgimento da notação ocidental, cuja propagação ele apresenta como resultante da aliança política entre Roma, representada pelo Papa Estevão II, e os Francos, representados por Pepino, o Breve, contra os Lombardos, e da fundação da dinastia Carolíngea. O prefácio de Taruskin é muito revelador no balanço (conservador) entre os avanços das musicologias mais radicais e o imperativo de escrever o que ele apresenta (sintomaticamente) como talvez a última história da música ocidental. São, ambos, objetos interessantes para resenha, como é interessante também é a recente produção sobre Maysa: depois de um livro na série Grandes Nomes do Espírio Santo, em 2004, surgiram duas biografias em 2007. Não é curioso que duas das vozes mais originais da música popular, a de Mário Reis e a de Maysa Monjardim (com o devido respeito a Clementina de Jesus, Carmen Miranda e Orlando SIlva), sejam de cantores oriundos de famílias tradicionalmente ricas? Um abraço, Carlos Carlos Sandroni escreveu: > Olá a todos, > > Por ocasião do encontro de editores de periódicos de música, me > permito contribuir com uma reflexão que diz respeito a estes, e a > todos nós. > É sobre a nossa injustificável timidez na produção de resenhas! Nossos > periódicos de música ainda publicam um número demasiado pequeno de > resenhas, em comparação com > periódicos de música internacionais; tb em comparação com periódicos > científicos brasieliros de outras áreas; e finalmente, em comparação > com o crescimento, nos últimos anos, da produção bibliográfica > nacional na área de música. Para não falar do papel das resenhas em > nos ajudar a estar atualizados em relação à bibliografia internacional... > Salvo engano, nenhum periódico de música brasileiro mantém uma seção > de "Bibliografia recente", o que também seria de grande ajuda. > E já ia me esquecendo que resenhas são também de discos, DVDs, sites > internet... > Para reverter este quadro de lacunas, sugiro um esforço conjunto dos > periódicos e dos PPGMs, pois os estudantes de pós precisam mesmo > escrever resenhas como parte de seu treinamento... Fica a sugestão. > -- carlos palombini (dr p) professor adjunto de musicologia universidade federal de minas gerais "'That government is best which governs not at all'; and when men are prepared for it, that will be the kind of government which they will have" (Henry David Thoreau, 1849) From vandafreire em yahoo.com.br Wed Dec 12 09:51:28 2007 From: vandafreire em yahoo.com.br (Vanda Freire) Date: Wed, 12 Dec 2007 08:51:28 -0300 (ART) Subject: [ANPPOM-L] Resenhas In-Reply-To: Message-ID: <944410.44192.qm@web58007.mail.re3.yahoo.com> Alô, Sandroni, e demais colegas Considero de grande importância a sugestão do Sandroni, e espero que possamos pô-la em prática em breve. Abraços, Vanda Freire Carlos Sandroni escreveu: Olá a todos, Por ocasião do encontro de editores de periódicos de música, me permito contribuir com uma reflexão que diz respeito a estes, e a todos nós. É sobre a nossa injustificável timidez na produção de resenhas! Nossos periódicos de música ainda publicam um número demasiado pequeno de resenhas, em comparação com periódicos de música internacionais; tb em comparação com periódicos científicos brasieliros de outras áreas; e finalmente, em comparação com o crescimento, nos últimos anos, da produção bibliográfica nacional na área de música. Para não falar do papel das resenhas em nos ajudar a estar atualizados em relação à bibliografia internacional... Salvo engano, nenhum periódico de música brasileiro mantém uma seção de "Bibliografia recente", o que também seria de grande ajuda. E já ia me esquecendo que resenhas são também de discos, DVDs, sites internet... Para reverter este quadro de lacunas, sugiro um esforço conjunto dos periódicos e dos PPGMs, pois os estudantes de pós precisam mesmo escrever resenhas como parte de seu treinamento... Fica a sugestão. Abraços Carlos -- Carlos Sandroni Departamento de Música, UFPE Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB Setembro 2007/Fevereiro 2008: Pesquisador Associado ao Centre de Recherches en Ethnomusicologie CNRS - LESC UMR 7186 - Paris Endereço pessoal na França: Chez Duflo-Moreau 199, rue de Vaugirard 75015 - Paris Telefone profissional no Brasil (81) 2126 8596 (telefone e fax) (Recados com Anita) Endereço pessoal no Brasil: Rua das Pernambucanas, 264/501 Graças - 52011-010 Recife - PE ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ --------------------------------- Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento! -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From whvalent em terra.com.br Wed Dec 12 10:44:59 2007 From: whvalent em terra.com.br (=?iso-8859-1?Q?Helo=EDsa_e_Wagner_Valente?=) Date: Wed, 12 Dec 2007 10:44:59 -0200 Subject: [ANPPOM-L] RES: Resenhas In-Reply-To: Message-ID: <004601c83cbc$cef04470$0400a8c0@heloisa> Caros Sandroni e demais colegas, Disponho-me a colocar no meu blog (originais ou duplicadas) resenhas de textos relativos aos temas que cercam música e mídia. Nada oficial, por enquanto, mas serviria para algum tipo de divulgação. Abraço, Heloísa -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Carlos Sandroni Enviada em: quarta-feira, 12 de dezembro de 2007 06:09 Para: anppom-l Assunto: [ANPPOM-L] Resenhas Olá a todos, Por ocasião do encontro de editores de periódicos de música, me permito contribuir com uma reflexão que diz respeito a estes, e a todos nós. É sobre a nossa injustificável timidez na produção de resenhas! Nossos periódicos de música ainda publicam um número demasiado pequeno de resenhas, em comparação com periódicos de música internacionais; tb em comparação com periódicos científicos brasieliros de outras áreas; e finalmente, em comparação com o crescimento, nos últimos anos, da produção bibliográfica nacional na área de música. Para não falar do papel das resenhas em nos ajudar a estar atualizados em relação à bibliografia internacional... Salvo engano, nenhum periódico de música brasileiro mantém uma seção de "Bibliografia recente", o que também seria de grande ajuda. E já ia me esquecendo que resenhas são também de discos, DVDs, sites internet... Para reverter este quadro de lacunas, sugiro um esforço conjunto dos periódicos e dos PPGMs, pois os estudantes de pós precisam mesmo escrever resenhas como parte de seu treinamento... Fica a sugestão. Abraços Carlos -- Carlos Sandroni Departamento de Música, UFPE Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB Setembro 2007/Fevereiro 2008: Pesquisador Associado ao Centre de Recherches en Ethnomusicologie CNRS - LESC UMR 7186 - Paris Endereço pessoal na França: Chez Duflo-Moreau 199, rue de Vaugirard 75015 - Paris Telefone profissional no Brasil (81) 2126 8596 (telefone e fax) (Recados com Anita) Endereço pessoal no Brasil: Rua das Pernambucanas, 264/501 Graças - 52011-010 Recife - PE _____ E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. Para alterar a categoria classificada, visite o Terra Mail -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Wed Dec 12 13:01:50 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Wed, 12 Dec 2007 13:01:50 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?generaliza=E7=F5es_e_transdisciplinarid?= =?iso-8859-1?q?ade_=28era_=22_Pl=E1gio_=22?= References: <015501c83cb2$98bb34f0$4101a8c0@NOTEBOOK> Message-ID: <475FF7DB.A5DA094A@unb.br> Caro Alvaro: Obrigado por sua mensagem. Evidentemente, em minhas ponderações e opiniões eu não pretendo, nunca, generalizar. Mas, como você sabe, as exceções confirmam a regra. Sua trajetória é exceção. Existem outras exceções. Abraço, Jorge Antunes Alvaro Neder wrote: > Prezado Jorge e todos os colegas, Com relação ao seu e-mail, concordo com a idéia geral (exigibilidade de titulação levando à massificação de pós-graduandos, muitos sem preparo, interesse ou vocação para a pesquisa), mas acredito que a excessiva generalização precisa ser apontada, bem como a idéia de que pós-graduações em outras áreas seja motivada apenas pela "busca desesperada de titulação" ("A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas"). Tenho toda a certeza de que vc não tencionava fazer essas duas generalizações indiscriminadamente, mas o fato é que é isso que está legível em seu e-mail, e não posso deixar de apontá-las. Nem todos nos tempos atuais estão apenas em busca de titulação e salário. Fiz meu mestrado em Educação e o meu doutorado em Teoria da Literatura, Linguagem e Literatura Brasileira. Atualmente estou fazendo um segundo doutorado, este em musicologia, não porque eu considere minha formação inadequada ou falha para um docente na área de etnomusicologia (área que estudo há anos e na qual tive treinamento durante dois anos na Brown University, EUA, pelos etnomusicólogos Paul Austerlitz e Jeff Titon), mas porque não quero ser eventualmente deixado de fora em um concurso por um edital que exija títulos na área (problema da disciplinaridade e/ou corporativismo). Escolhi fazer um mestrado em Educação pois o programa que escolhi possuía um enfoque que ao invés de privilegiar técnicas e métodos (treinamento, e não educação) focalizava um estudo aprofundado das Ciências Sociais, além de ter a linha de pesquisa Psicanálise da Educação, na qual fui orientado por um antigo orientando do filósofo Cornelius Castoriadis. Nada tenho a me queixar dessa formação interdisciplinar, pois já tinha tido treinamento em música (Licenciatura em Música pela Unirio) e meu tema foi em música (a educação musical dentro da comunidade jazzista entre os anos 30 e 60). Pelo contrário, foi essencial sair da área estrita da música e ver como os especialistas em educação entendiam e refletiam sobre a educação, o que foi, a meu ver, muito proveitoso, e tem sido muito proveitoso para meus alunos de graduação. Escolhi fazer um doutorado em Teoria Literária, Linguagem e Literatura Brasileira na PUC-Rio (com um tema mais uma vez musical, a MPB dos anos 60) para estudar aprofundadamente teoria contemporânea, estruturalismo, pós-estruturalismo e estudos culturais, e estes estudos estão mais desenvolvidos naquelas áreas. Mais uma vez, meus alunos se beneficiam do rigor com que fui educado em áreas que são tão comumente violentadas por leituras capengas e um pensamento de senso comum que viceja mesmo na academia. O que isto indica é que, ao contrário de associar a transdisciplinaridade com algo negativo, é necessário fazermos um esforço muito maior para ampliar a transdisciplinaridade. Não sou eu quem o diz, está nos Parâmetros Curriculares da Educação (PCN) como "interdiciplinaridade". E está nos PCN porque há nada menos que 40 anos se discute a disciplinaridade como contraproducente em diversos níveis (ver Foucault a respeito, além de muitos outros). A música tem um estatuto especial nessa discussão, a meu ver devido à sua ideologia de autonomia em relação à sociedade. É por isso que não tive treinamento em pesquisa na minha graduação em música, e é por isso que os estudantes de graduação na área de letras, por exemplo, já na graduação apresentam papers rotineiramente e estudam autores que só fui conhecer no meu mestrado e doutorado, nas áreas de Antropologia, Sociologia, História, Filosofia e outras. Em última análise, isso os leva a não serem ingênuos politicamente, ou desconhecedores das implicações ideológicas de suas práticas, o que é a realidade das áreas que ainda tentam impor a disciplinaridade.Abraços Alvaro > ----- Original Message ----- > From: Jorge Antunes > To: Marcia Taborda ; anppom-l em iar.unicamp.brSent: Tuesday, December 11, 2007 12:51 PMSubject: Re: [ANPPOM-L] Plágio > Cara Márcia: > > Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. > Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! > Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. > Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. > Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. > Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. > Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. > A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. > Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. > Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. > Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. > Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. > Abraço, > Jorge Antunes > > PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. > > > > > > Marcia Taborda wrote: > >> Agradeço a todos pelas mensagens. >> >> Acho que o mais importante no momento >> será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de >> um código de ética, >> que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude >> institucional; >> Abraço, >> >> Marcia Taborda >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > > 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> > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > 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> > No virus found in this incoming message. > Checked by AVG Free Edition. > Version: 7.5.503 / Virus Database: 269.17.0/1180 - Release Date: 10/12/2007 14:51 > > 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> ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Wed Dec 12 14:08:56 2007 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Wed, 12 Dec 2007 14:08:56 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Resenhas In-Reply-To: References: Message-ID: <172a5e960712120808j1f3520caj4b96b7e1fb622c5a@mail.gmail.com> Caro Sandroni e colegas, Todas as sugestões são benvindas e serão consideradas no FORUM. Começamos amanhã! Abraço, Sonia Em 12/12/07, Carlos Sandroni escreveu: > > Olá a todos, > > Por ocasião do encontro de editores de periódicos de música, me permito > contribuir com uma reflexão que diz respeito a estes, e a todos nós. > É sobre a nossa injustificável timidez na produção de resenhas! Nossos > periódicos de música ainda publicam um número demasiado pequeno de resenhas, > em comparação com > periódicos de música internacionais; tb em comparação com periódicos > científicos brasieliros de outras áreas; e finalmente, em comparação com o > crescimento, nos últimos anos, da produção bibliográfica nacional na área de > música. Para não falar do papel das resenhas em nos ajudar a estar > atualizados em relação à bibliografia internacional... > Salvo engano, nenhum periódico de música brasileiro mantém uma seção de > "Bibliografia recente", o que também seria de grande ajuda. > E já ia me esquecendo que resenhas são também de discos, DVDs, sites > internet... > Para reverter este quadro de lacunas, sugiro um esforço conjunto dos > periódicos e dos PPGMs, pois os estudantes de pós precisam mesmo escrever > resenhas como parte de seu treinamento... Fica a sugestão. > Abraços > Carlos > > -- > Carlos Sandroni > Departamento de Música, UFPE > Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB > Setembro 2007/Fevereiro 2008: > Pesquisador Associado ao Centre de Recherches en Ethnomusicologie > CNRS - LESC UMR 7186 - Paris > Endereço pessoal na França: > Chez Duflo-Moreau > 199, rue de Vaugirard > 75015 - Paris > Telefone profissional no Brasil > (81) 2126 8596 (telefone e fax) > (Recados com Anita) > Endereço pessoal no Brasil: > Rua das Pernambucanas, 264/501 > Graças - 52011-010 > Recife - PE > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- SONIA RAY Presidente da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música Escola de Música da UFG (Contrabaixo - Editora da Revista Musica Hodie) Tel/Fax: 62-3091.1289 ou 9249.0911 www.soniaray.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From reduprat em usp.br Wed Dec 12 14:24:49 2007 From: reduprat em usp.br (Regis Duprat) Date: Wed, 12 Dec 2007 14:24:49 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= References: <001401c83bf8$26dcec80$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> <475EA402.55C6D508@unb.br> Message-ID: <002201c83cdb$864348c0$5e5c51c9@administrador> Caros Jorge Antunes e prezada Márcia Taborda Plágios e doutorados Doutorado Meu prezadíssimo amigo, colega e confrade Jorge Antunes. Nutro por você uma imensa admiração e respeito como compositor, acadêmico, docente e pensador. Acompanho com interesse os seus e-mails na lista porque neles sempre se encontra a voz da experiência. Sempre nos demos bem e jamais qualquer estremecimento perturbará nossas sólidas relações de amizade e respeito mútuo. É com essa certeza que me constrange ter que lhe revelar que fui o primeiro brasileiro a receber um título de doutor em música por uma Universidade brasileira... Isso ocorreu em junho de 1966. Na minha carreira acadêmica, que iniciei na Universidade de Brasília, onde lecionei durante quatro anos, até a rebordosa de 1968, utilizei sempre o Diploma de doutorado da UnB, registrado no MEC, e que traz a data de 20 de junho de 1966. Na Universidade de Brasília concebida por Darcy Ribeiro não havia defesa de tese com encenação. Meu orientador foi Sérgio Buarque de Holanda e a Banca Examinadora era composta pelo orientador e mais Gilbert Chase, da Universidade de Tulane, New Orleans, e Cláudio Santoro, então coordenador do Dep de Música da UnB. Possuo em meu arquivo cópia dos pareceres dos três membros da Banca Examinadora. Minha tese foi "A música na matriz e sé de São Paulo colonial". Esse texto foi publicado no Brasil em 1968, 1970 e 1995 e nos Estados Unidos em 1975. O segundo doutorado em música também foi outorgado pela UnB dois anos depois, antes da demolição de 1968, para a Professora Nise Poggi Obino, também do Dep de Música; grande pianista, docente competentíssima e mestra de Nelson Freire, e que depois de Brasília lecionou na Royal University de Londres, e falecida em 1995. Agora vejo que tendo você defendido sua tese em 1976, os títulos outorgados pela UnB em 66 e 68 permaneceram durante dez anos os únicos títulos de doutor em música no Brasil. As vicissitudes por que passou a UnB nos tempos amargos foram responsáveis, também, pela fragmentação das tradições da instituição, com conseqüências no fluxo das informações sobre a história dela. Mas isso tudo não lhe arrebata ser detentor de um dos primeiros títulos de doutor em música, outorgados em nosso país. Meu caro Jorge, você e eu somos, dentre os vivos, os primeiros a receber o título de doutor em música neste país... Eta nós! Como diziam os modernistas de 22... não é? Plágios Mas o principal do meu mail, como para o seu, é a história do plágio contra Márcia Taborda. Vc está muito certo nas considerações gerais que tece quanto à escalada da doentia febre de titulação para o acesso aos empregos nas universidades e as conseqüências disso para a nossa vida acadêmica. É exatamente isso que vc descreveu. E tem razão quando diz que o orientador da tal figura que plagiou é mais responsável que o próprio pivete, porque devia orientar e não o fez. Mas também não falta razão à Márcia quando exige reconhecimento institucional do plágio. No Brasil de hoje não podemos mais conviver com tais canalhices, por mais que reconheçamos a fragilidade da formação da nossa área de música. Urge que os brios sejam incorporados em toda a sua extensão em nossas práticas acadêmicas. Nos Estados Unidos eu soube que um professor titular de Yale teria sido dispensado da sua universidade pelo fato de ter utilizado texto de outro autor sem a devida citação convencional. Naquele país é comum nos cursos de pós- graduação nas universidades, o uso e o estudo de manuais como o de John M Swales & Christine B Feak (Academic Writing for Graduate Students. Ann Arbor. The Univ of Michigan Press, 1994) que analisam com a maior seriedade os problemas do plágio e das transgressões aos direitos intelectuais de autor, já nos bancos da graduação. Mas o plágio não consiste apenas na cópia e reprodução de palavras e frases sem citação de autoria. O plágio é também, principalmente a cópia e apropriação indébita de idéias, a omissão proposital de trabalhos e idéias alheias anteriores devidamente registradas em bibliografia da área; é a falta de ética de toda sorte. Aliás, o plágio se identifica, grosso modo, com a falta de ética, com a desonestidade intelectual e acadêmica. Nos países evoluídos é muito comum que um acadêmico se poupe de enveredar sequer por um tema que esteja sendo estudado por outro colega. Espera-se-lhe a publicação para um revide civilizado. Isso é ética. Nós, brasileiros temos às vezes certa informalidade perniciosa nesse terreno, sobre um assunto que devia fazer parte de nossa cultura acadêmica. Plágio, enfim, como dizem os autores acima citados, é a atitude deliberada e consciente de copiar obra de outro, na parte ou no todo; sua caracterização deve se basear em que idéias e expressões originais são propriedade intelectual de seus criadores, como uma patente nas invenções. Eu sei o que é ser plagiado, pois sofri plágio praticado por duas pessoas diferentes; se é que podemos chamar de pessoas às cobras venenosas. Foi nos tempos em que não havia lista de Anppom pra gente botar a boca no mundo como fez agora Márcia Taborda com toda propriedade. Um dos moleques safados já foi pro beleléu, mas o segundo ainda canta de galo por aí, fantasiado de professor universitário e até de coordenador de "festivais", apesar de não passar de um impostor e falsário que não merece sequer que se gaste 1 tostão furado com advogados para que um juiz lhe mande dar 50 chibatadas nos fundilhos. Mesmo após essas constatações vi muita gente que eu julgava adulta dando a mão à cobra pra reiterar os plágios. O pior é que eu pensava estar formando um discípulo, orientando-o e até lhe arranjando um emprego que mantém até hoje, quando na verdade acoitava uma cobra venenosa... Num país como o nosso, em que a justiça tarda e não se impõe, dada a fragilidade das leis dos direitos autorais, vc está arriscado a gastar uma fortuna para instituir advogado, lutar na justiça por seus direitos autorais e nunca ver os resultados; precisamos cerrar fileiras em nossa área para tornar inviável qualquer deslize que se cometa em nosso meio. Só o nosso próprio controle e vigilância poderão minimizar a ação antiética dessas pessoas sem caráter, despreparadas e sem formação adequada para atuar no nosso meio acadêmico. Um imenso abraço para Jorge Antunes e toda a minha solidariedade para Márcia Taborda. régis duprat ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: Marcia Taborda ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Tuesday, December 11, 2007 12:51 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] Plágio Cara Márcia: Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. Abraço, Jorge Antunes PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. Marcia Taborda wrote: Agradeço a todos pelas mensagens. Acho que o mais importante no momento será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de um código de ética, que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude institucional; Abraço, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Wed Dec 12 15:12:04 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Wed, 12 Dec 2007 15:12:04 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= References: <001401c83bf8$26dcec80$36f5a8c0@casavepgvi8r5v> <475EA402.55C6D508@unb.br> <002201c83cdb$864348c0$5e5c51c9@administrador> Message-ID: <47601661.44229FE5@unb.br> Querido amigo Regis: Obrigado por sua mensagem. Gostei de receber essas informações importantíssimas, com relação aos doutoramentos de 1966 na UnB. Em meu e-mail anterior, quando falei dos doutoramentos de 1976 e 1977, tive o cuidado de iniciar minha frase com a expressão "salvo engano". Assim, sinto-me salvo em meu engano. Foi no final dos anos 70, dez anos depois de seu doutorado, que eu e Zé Maria concluimos o doutorado em Paris. Meu orientador foi Daniel Charles e o orientador do Zé Maria foi o Jacques Chailley. Com relação ao plágio de que foi vítima a Márcia Taborda, creio que essas nossas manifestações estejam dando boas contribuições para a comissão da Anppom que vai discutir e elaborar uma proposta de códígo de ética. O plágio nos artigos científicos, nas teses e nas monografias é questão que está melhor equacionada e discutida, do que o plágio nas obras musicais. Recentemente um jovem compositor me plagiou em uma obra eletroacústica. Ele copiou um semantema (uma cascata vertiginosa de 6 segundos) de minha obra Interlude Nº 1 pour Olga. Usou o trecho como material de base. Divertiu-se com ele com retrogradações, acelerações, filtragens, reverberações e superposições. O jovem compositor, anonimamente, inscreveu a peça em um concurso em que fui membro do júri. Veja só que coincidência e que azar do jovem plagiador! Eu denunciei o fato aos outros membros do júri e ao organizador do concurso. Ao fazer isso, salientei minha dúvidas com relação à questão muito atual em que se pratica muito o chamado "remix", a cópia, o processameto, a citação, a mixagem de obras, tudo isso anunciado como sendo nova vertente estética. Os DJs estão fazendo isso. Abraço fraterno, Jorge Antunes "Regis Duprat" To: Regis Duprat wrote: > Caros Jorge Antunes e prezada Márcia Taborda > > > > Plágios e doutorados > > Doutorado > > Meu prezadíssimo amigo, colega e confrade Jorge Antunes. Nutro por você uma imensa admiração e respeito como compositor, acadêmico, docente e pensador. Acompanho com interesse os seus e-mails na lista porque neles sempre se encontra a voz da experiência. Sempre nos demos bem e jamais qualquer estremecimento perturbará nossas sólidas relações de amizade e respeito mútuo. > > É com essa certeza que me constrange ter que lhe revelar que fui o primeiro brasileiro a receber um título de doutor em música por uma Universidade brasileira...Isso ocorreu em junho de 1966. Na minha carreira acadêmica, que iniciei na Universidade de Brasília, onde lecionei durante quatro anos, até a rebordosa de 1968, utilizei sempre o Diploma de doutorado da UnB, registrado no MEC, e que traz a data de 20 de junho de 1966. Na Universidade de Brasília concebida por Darcy Ribeiro não havia defesa de tese com encenação. Meu orientador foi Sérgio Buarque de Holanda e a Banca Examinadora era composta pelo orientador e mais Gilbert Chase, da Universidade de Tulane, New Orleans, e Cláudio Santoro, então coordenador do Dep de Música da UnB. Possuo em meu arquivo cópia dos pareceres dos três membros da Banca Examinadora. Minha tese foi “A música na matriz e sé de São Paulo colonial”. Esse texto foi publicado no Brasil em 1968, 1970 e 1995 e nos Estados Unidos em 1975. > > O segundo doutorado em música também foi outorgado pela UnB dois anos depois, antes da demolição de 1968, para a Professora Nise Poggi Obino, também do Dep de Música; grande pianista, docente competentíssima e mestra de Nelson Freire, e que depois de Brasília lecionou na Royal University de Londres, e falecida em 1995. > > Agora vejo que tendo você defendido sua tese em 1976, os títulos outorgados pela UnB em 66 e 68 permaneceram durante dez anos os únicos títulos de doutor em música no Brasil. As vicissitudes por que passou a UnB nos tempos amargos foram responsáveis, também, pela fragmentação das tradições da instituição, com conseqüências no fluxo das informações sobre a história dela. Mas isso tudo não lhe arrebata ser detentor de um dos primeiros títulos de doutor em música, outorgados em nosso país. Meu caro Jorge, você e eu somos, dentre os vivos, os primeiros a receber o título de doutor em música neste país... Eta nós! Como diziam os modernistas de 22... não é? > > Plágios > > Mas o principal do meu mail, como para o seu, é a história do plágio contra Márcia Taborda. Vc está muito certo nas considerações gerais que tece quanto à escalada da doentia febre de titulação para o acesso aos empregos nas universidades e as conseqüências disso para a nossa vida acadêmica. É exatamente isso que vc descreveu. E tem razão quando diz que o orientador da tal figura que plagiou é mais responsável que o próprio pivete, porque devia orientar e não o fez. Mas também não falta razão à Márcia quando exige reconhecimento institucional do plágio. No Brasil de hoje não podemos mais conviver com tais canalhices, por mais que reconheçamos a fragilidade da formação da nossa área de música. Urge que os brios sejam incorporados em toda a sua extensão em nossas práticas acadêmicas. > > Nos Estados Unidos eu soube que um professor titular de Yale teria sido dispensado da sua universidade pelo fato de ter utilizado texto de outro autor sem a devida citação convencional. Naquele país é comum nos cursos de pós- graduação nas universidades, o uso e o estudo de manuais como o de John M Swales & Christine B Feak (Academic Writing for Graduate Students. Ann Arbor. The Univ of Michigan Press, 1994) que analisam com a maior seriedade os problemas do plágio e das transgressões aos direitos intelectuais de autor, já nos bancos da graduação. > > Mas o plágio não consiste apenas na cópia e reprodução de palavras e frases sem citação de autoria. O plágio é também, principalmente a cópia e apropriação indébita de idéias, a omissão proposital de trabalhos e idéias alheias anteriores devidamente registradas em bibliografia da área; é a falta de ética de toda sorte. Aliás, o plágio se identifica, grosso modo, com a falta de ética, com a desonestidade intelectual e acadêmica. Nos países evoluídos é muito comum que um acadêmico se poupe de enveredar sequer por um tema que esteja sendo estudado por outro colega. Espera-se-lhe a publicação para um revide civilizado. Isso é ética. Nós, brasileiros temos às vezes certa informalidade perniciosa nesse terreno, sobre um assunto que devia fazer parte de nossa cultura acadêmica. Plágio, enfim, como dizem os autores acima citados, é a atitude deliberada e consciente de copiar obra de outro, na parte ou no todo; sua caracterização deve se basear em que idéias e expressões originais são propriedade intelectual de seus criadores, como uma patente nas invenções. > > Eu sei o que é ser plagiado, pois sofri plágio praticado por duas pessoas diferentes; se é que podemos chamar de pessoas às cobras venenosas. Foi nos tempos em que não havia lista de Anppom pra gente botar a boca no mundo como fez agora Márcia Taborda com toda propriedade. Um dos moleques safados já foi pro beleléu, mas o segundo ainda canta de galo por aí, fantasiado de professor universitário e até de coordenador de “festivais”, apesar de não passar de um impostor e falsário que não merece sequer que se gaste 1 tostão furado com advogados para que um juiz lhe mande dar 50 chibatadas nos fundilhos. Mesmo após essas constatações vi muita gente que eu julgava adulta dando a mão à cobra pra reiterar os plágios. O pior é que eu pensava estar formando um discípulo, orientando-o e até lhe arranjando um emprego que mantém até hoje, quando na verdade acoitava uma cobra venenosa... > > Num país como o nosso, em que a justiça tarda e não se impõe, dada a fragilidade das leis dos direitos autorais, vc está arriscado a gastar uma fortuna para instituir advogado, lutar na justiça por seus direitos autorais e nunca ver os resultados; precisamos cerrar fileiras em nossa área para tornar inviável qualquer deslize que se cometa em nosso meio. Só o nosso próprio controle e vigilância poderão minimizar a ação antiética dessas pessoas sem caráter, despreparadas e sem formação adequada para atuar no nosso meio acadêmico. > > Um imenso abraço para Jorge Antunes e toda a minha solidariedade para Márcia Taborda. > > régis duprat > > ----- Original Message ----- > From: Jorge Antunes > To: Marcia Taborda ; anppom-l em iar.unicamp.br > Sent: Tuesday, December 11, 2007 12:51 PM > Subject: Re: [ANPPOM-L] Plágio > Cara Márcia: > > Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. > Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! > Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. > Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. > Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. > Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. > Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. > A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. > Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. > Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. > Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. > Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. > Abraço, > Jorge Antunes > > PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. > > > > > > Marcia Taborda wrote: > > > Agradeço a todos pelas mensagens. > > > > Acho que o mais importante no momento > > será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de > > um código de ética, > > que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude > > institucional; > > Abraço, > > > > Marcia Taborda > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------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> > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mvirmond em ilsl.br Wed Dec 12 22:43:49 2007 From: mvirmond em ilsl.br (Dr. Marcos Virmond) Date: Wed, 12 Dec 2007 22:43:49 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Resenhas References: Message-ID: <002501c83d21$39c2c520$9401a8c0@residenciadrMarcos> Na mesma linha de contribuir com o Encontro de Editores, sugiro que discutam a adoção do sistema de fluxo contínuo para todas as revistas da área de música. Creio que Ictus e Per Musi já adotam este sistema mais moderno de editoria. Att. Marcos Dep. Música USC - Bauru ----- Original Message ----- From: Carlos Sandroni To: anppom-l Sent: Wednesday, December 12, 2007 6:09 AM Subject: [ANPPOM-L] Resenhas Olá a todos, Por ocasião do encontro de editores de periódicos de música, me permito contribuir com uma reflexão que diz respeito a estes, e a todos nós. É sobre a nossa injustificável timidez na produção de resenhas! Nossos periódicos de música ainda publicam um número demasiado pequeno de resenhas, em comparação com periódicos de música internacionais; tb em comparação com periódicos científicos brasieliros de outras áreas; e finalmente, em comparação com o crescimento, nos últimos anos, da produção bibliográfica nacional na área de música. Para não falar do papel das resenhas em nos ajudar a estar atualizados em relação à bibliografia internacional... Salvo engano, nenhum periódico de música brasileiro mantém uma seção de "Bibliografia recente", o que também seria de grande ajuda. E já ia me esquecendo que resenhas são também de discos, DVDs, sites internet... Para reverter este quadro de lacunas, sugiro um esforço conjunto dos periódicos e dos PPGMs, pois os estudantes de pós precisam mesmo escrever resenhas como parte de seu treinamento... Fica a sugestão. Abraços Carlos -- Carlos Sandroni Departamento de Música, UFPE Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB Setembro 2007/Fevereiro 2008: Pesquisador Associado ao Centre de Recherches en Ethnomusicologie CNRS - LESC UMR 7186 - Paris Endereço pessoal na França: Chez Duflo-Moreau 199, rue de Vaugirard 75015 - Paris Telefone profissional no Brasil (81) 2126 8596 (telefone e fax) (Recados com Anita) Endereço pessoal no Brasil: Rua das Pernambucanas, 264/501 Graças - 52011-010 Recife - PE ------------------------------------------------------------------------------ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fialkow em terra.com.br Wed Dec 12 23:50:58 2007 From: fialkow em terra.com.br (fialkow) Date: Wed, 12 Dec 2007 23:50:58 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= Message-ID: Miriam Dauelsberg doutorou-se em Paris (Sorbonne) em 1961. Saudações sulinas, Ney Fialkow De:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br Para:reduprat em usp.br Cópia:anppom-l em iar.unicamp.br Data:Wed, 12 Dec 2007 15:12:04 -0200 Assunto:[Spam] Re: [ANPPOM-L] Plágio Querido amigo Regis: Obrigado por sua mensagem. Gostei de receber essas informações importantíssimas, com relação aos doutoramentos de 1966 na UnB. Em meu e-mail anterior, quando falei dos doutoramentos de 1976 e 1977, tive o cuidado de iniciar minha frase com a expressão "salvo engano". Assim, sinto-me salvo em meu engano. Foi no final dos anos 70, dez anos depois de seu doutorado, que eu e Zé Maria concluimos o doutorado em Paris. Meu orientador foi Daniel Charles e o orientador do Zé Maria foi o Jacques Chailley. Com relação ao plágio de que foi vítima a Márcia Taborda, creio que essas nossas manifestações estejam dando boas contribuições para a comissão da Anppom que vai discutir e elaborar uma proposta de códígo de ética. O plágio nos artigos científicos, nas teses e nas monografias é questão que está melhor equacionada e discutida, do que o plágio nas obras musicais. Recentemente um jovem compositor me plagiou em uma obra eletroacústica. Ele copiou um semantema (uma cascata vertiginosa de 6 segundos) de minha obra Interlude Nº 1 pour Olga. Usou o trecho como material de base. Divertiu-se com ele com retrogradações, acelerações, filtragens, reverberações e superposições. O jovem compositor, anonimamente, inscreveu a peça em um concurso em que fui membro do júri. Veja só que coincidência e que azar do jovem plagiador! Eu denunciei o fato aos outros membros do júri e ao organizador do concurso. Ao fazer isso, salientei minha dúvidas com relação à questão muito atual em que se pratica muito o chamado "remix", a cópia, o processameto, a citação, a mixagem de obras, tudo isso anunciado como sendo nova vertente estética. Os DJs estão fazendo isso. Abraço fraterno, Jorge Antunes "Regis Duprat" To: Regis Duprat wrote: Caros Jorge Antunes e prezada Márcia Taborda Plágios e doutorados Doutorado Meu prezadíssimo amigo, colega e confrade Jorge Antunes. Nutro por você uma imensa admiração e respeito como compositor, acadêmico, docente e pensador. Acompanho com interesse os seus e-mails na lista porque neles sempre se encontra a voz da experiência. Sempre nos demos bem e jamais qualquer estremecimento perturbará nossas sólidas relações de amizade e respeito mútuo. É com essa certeza que me constrange ter que lhe revelar que fui o primeiro brasileiro a receber um título de doutor em música por uma Universidade brasileira...Isso ocorreu em junho de 1966. Na minha carreira acadêmica, que iniciei na Universidade de Brasília, onde lecionei durante quatro anos, até a rebordosa de 1968, utilizei sempre o Diploma de doutorado da UnB, registrado no MEC, e que traz a data de 20 de junho de 1966. Na Universidade de Brasília concebida por Darcy Ribeiro não havia defesa de tese com encenação. Meu orientador foi Sérgio Buarque de Holanda e a Banca Examinadora era composta pelo orientador e mais Gilbert Chase, da Universidade de Tulane, New Orleans, e Cláudio Santoro, então coordenador do Dep de Música da UnB. Possuo em meu arquivo cópia dos pareceres dos três membros da Banca Examinadora. Minha tese foi “A música na matriz e sé de São Paulo colonial”. Esse texto foi publicado no Brasil em 1968, 1970 e 1995 e nos Estados Unidos em 1975. O segundo doutorado em música também foi outorgado pela UnB dois anos depois, antes da demolição de 1968, para a Professora Nise Poggi Obino, também do Dep de Música; grande pianista, docente competentíssima e mestra de Nelson Freire, e que depois de Brasília lecionou na Royal University de Londres, e falecida em 1995. Agora vejo que tendo você defendido sua tese em 1976, os títulos outorgados pela UnB em 66 e 68 permaneceram durante dez anos os únicos títulos de doutor em música no Brasil. As vicissitudes por que passou a UnB nos tempos amargos foram responsáveis, também, pela fragmentação das tradições da instituição, com conseqüências no fluxo das informações sobre a história dela. Mas isso tudo não lhe arrebata ser detentor de um dos primeiros títulos de doutor em música, outorgados em nosso país. Meu caro Jorge, você e eu somos, dentre os vivos, os primeiros a receber o título de doutor em música neste país... Eta nós! Como diziam os modernistas de 22... não é? Plágios Mas o principal do meu mail, como para o seu, é a história do plágio contra Márcia Taborda. Vc está muito certo nas considerações gerais que tece quanto à escalada da doentia febre de titulação para o acesso aos empregos nas universidades e as conseqüências disso para a nossa vida acadêmica. É exatamente isso que vc descreveu. E tem razão quando diz que o orientador da tal figura que plagiou é mais responsável que o próprio pivete, porque devia orientar e não o fez. Mas também não falta razão à Márcia quando exige reconhecimento institucional do plágio. No Brasil de hoje não podemos mais conviver com tais canalhices, por mais que reconheçamos a fragilidade da formação da nossa área de música. Urge que os brios sejam incorporados em toda a sua extensão em nossas práticas acadêmicas. Nos Estados Unidos eu soube que um professor titular de Yale teria sido dispensado da sua universidade pelo fato de ter utilizado texto de outro autor sem a devida citação convencional. Naquele país é comum nos cursos de pós- graduação nas universidades, o uso e o estudo de manuais como o de John M Swales & Christine B Feak (Academic Writing for Graduate Students. Ann Arbor. The Univ of Michigan Press, 1994) que analisam com a maior seriedade os problemas do plágio e das transgressões aos direitos intelectuais de autor, já nos bancos da graduação. Mas o plágio não consiste apenas na cópia e reprodução de palavras e frases sem citação de autoria. O plágio é também, principalmente a cópia e apropriação indébita de idéias, a omissão proposital de trabalhos e idéias alheias anteriores devidamente registradas em bibliografia da área; é a falta de ética de toda sorte. Aliás, o plágio se identifica, grosso modo, com a falta de ética, com a desonestidade intelectual e acadêmica. Nos países evoluídos é muito comum que um acadêmico se poupe de enveredar sequer por um tema que esteja sendo estudado por outro colega. Espera-se-lhe a publicação para um revide civilizado. Isso é ética. Nós, brasileiros temos às vezes certa informalidade perniciosa nesse terreno, sobre um assunto que devia fazer parte de nossa cultura acadêmica. Plágio, enfim, como dizem os autores acima citados, é a atitude deliberada e consciente de copiar obra de outro, na parte ou no todo; sua caracterização deve se basear em que idéias e expressões originais são propriedade intelectual de seus criadores, como uma patente nas invenções. Eu sei o que é ser plagiado, pois sofri plágio praticado por duas pessoas diferentes; se é que podemos chamar de pessoas às cobras venenosas. Foi nos tempos em que não havia lista de Anppom pra gente botar a boca no mundo como fez agora Márcia Taborda com toda propriedade. Um dos moleques safados já foi pro beleléu, mas o segundo ainda canta de galo por aí, fantasiado de professor universitário e até de coordenador de “festivais”, apesar de não passar de um impostor e falsário que não merece sequer que se gaste 1 tostão furado com advogados para que um juiz lhe mande dar 50 chibatadas nos fundilhos. Mesmo após essas constatações vi muita gente que eu julgava adulta dando a mão à cobra pra reiterar os plágios. O pior é que eu pensava estar formando um discípulo, orientando-o e até lhe arranjando um emprego que mantém até hoje, quando na verdade acoitava uma cobra venenosa... Num país como o nosso, em que a justiça tarda e não se impõe, dada a fragilidade das leis dos direitos autorais, vc está arriscado a gastar uma fortuna para instituir advogado, lutar na justiça por seus direitos autorais e nunca ver os resultados; precisamos cerrar fileiras em nossa área para tornar inviável qualquer deslize que se cometa em nosso meio. Só o nosso próprio controle e vigilância poderão minimizar a ação antiética dessas pessoas sem caráter, despreparadas e sem formação adequada para atuar no nosso meio acadêmico. Um imenso abraço para Jorge Antunes e toda a minha solidariedade para Márcia Taborda. régis duprat ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: Marcia Taborda ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Tuesday, December 11, 2007 12:51 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] Plágio Cara Márcia: Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. Abraço, Jorge Antunes PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. Marcia Taborda wrote: Agradeço a todos pelas mensagens. Acho que o mais importante no momento será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de um código de ética, que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude institucional; Abraço, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. Para alterar a categoria classificada, visite o Terra Mail -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Thu Dec 13 00:51:17 2007 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Thu, 13 Dec 2007 00:51:17 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= References: Message-ID: <008a01c83d33$0908d7a0$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> caro Prof. Fialkow, em relação ainda ao Prof. Régis Duprat, só lembraria aqui ainda que ele foi "o primeiro brasileiro a receber um título de doutor em música por uma Universidade brasileira"... atenciosamente, Prof. Rubens Ricciardi / USP-Ribeirão Preto ----- Original Message ----- From: fialkow To: antunes Cc: anppom-l Sent: Wednesday, December 12, 2007 11:50 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] Plágio Miriam Dauelsberg doutorou-se em Paris (Sorbonne) em 1961. Saudações sulinas, Ney Fialkow De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br Para: reduprat em usp.br Cópia: anppom-l em iar.unicamp.br Data: Wed, 12 Dec 2007 15:12:04 -0200 Assunto: [Spam] Re: [ANPPOM-L] Plágio Querido amigo Regis: Obrigado por sua mensagem. Gostei de receber essas informações importantíssimas, com relação aos doutoramentos de 1966 na UnB. Em meu e-mail anterior, quando falei dos doutoramentos de 1976 e 1977, tive o cuidado de iniciar minha frase com a expressão "salvo engano". Assim, sinto-me salvo em meu engano. Foi no final dos anos 70, dez anos depois de seu doutorado, que eu e Zé Maria concluimos o doutorado em Paris. Meu orientador foi Daniel Charles e o orientador do Zé Maria foi o Jacques Chailley. Com relação ao plágio de que foi vítima a Márcia Taborda, creio que essas nossas manifestações estejam dando boas contribuições para a comissão da Anppom que vai discutir e elaborar uma proposta de códígo de ética. O plágio nos artigos científicos, nas teses e nas monografias é questão que está melhor equacionada e discutida, do que o plágio nas obras musicais. Recentemente um jovem compositor me plagiou em uma obra eletroacústica. Ele copiou um semantema (uma cascata vertiginosa de 6 segundos) de minha obra Interlude Nº 1 pour Olga. Usou o trecho como material de base. Divertiu-se com ele com retrogradações, acelerações, filtragens, reverberações e superposições. O jovem compositor, anonimamente, inscreveu a peça em um concurso em que fui membro do júri. Veja só que coincidência e que azar do jovem plagiador! Eu denunciei o fato aos outros membros do júri e ao organizador do concurso. Ao fazer isso, salientei minha dúvidas com relação à questão muito atual em que se pratica muito o chamado "remix", a cópia, o processameto, a citação, a mixagem de obras, tudo isso anunciado como sendo nova vertente estética. Os DJs estão fazendo isso. Abraço fraterno, Jorge Antunes "Regis Duprat" To: Regis Duprat wrote: Caros Jorge Antunes e prezada Márcia Taborda Plágios e doutorados Doutorado Meu prezadíssimo amigo, colega e confrade Jorge Antunes. Nutro por você uma imensa admiração e respeito como compositor, acadêmico, docente e pensador. Acompanho com interesse os seus e-mails na lista porque neles sempre se encontra a voz da experiência. Sempre nos demos bem e jamais qualquer estremecimento perturbará nossas sólidas relações de amizade e respeito mútuo. É com essa certeza que me constrange ter que lhe revelar que fui o primeiro brasileiro a receber um título de doutor em música por uma Universidade brasileira...Isso ocorreu em junho de 1966. Na minha carreira acadêmica, que iniciei na Universidade de Brasília, onde lecionei durante quatro anos, até a rebordosa de 1968, utilizei sempre o Diploma de doutorado da UnB, registrado no MEC, e que traz a data de 20 de junho de 1966. Na Universidade de Brasília concebida por Darcy Ribeiro não havia defesa de tese com encenação. Meu orientador foi Sérgio Buarque de Holanda e a Banca Examinadora era composta pelo orientador e mais Gilbert Chase, da Universidade de Tulane, New Orleans, e Cláudio Santoro, então coordenador do Dep de Música da UnB. Possuo em meu arquivo cópia dos pareceres dos três membros da Banca Examinadora. Minha tese foi "A música na matriz e sé de São Paulo colonial". Esse texto foi publicado no Brasil em 1968, 1970 e 1995 e nos Estados Unidos em 1975. O segundo doutorado em música também foi outorgado pela UnB dois anos depois, antes da demolição de 1968, para a Professora Nise Poggi Obino, também do Dep de Música; grande pianista, docente competentíssima e mestra de Nelson Freire, e que depois de Brasília lecionou na Royal University de Londres, e falecida em 1995. Agora vejo que tendo você defendido sua tese em 1976, os títulos outorgados pela UnB em 66 e 68 permaneceram durante dez anos os únicos títulos de doutor em música no Brasil. As vicissitudes por que passou a UnB nos tempos amargos foram responsáveis, também, pela fragmentação das tradições da instituição, com conseqüências no fluxo das informações sobre a história dela. Mas isso tudo não lhe arrebata ser detentor de um dos primeiros títulos de doutor em música, outorgados em nosso país. Meu caro Jorge, você e eu somos, dentre os vivos, os primeiros a receber o título de doutor em música neste país... Eta nós! Como diziam os modernistas de 22... não é? Plágios Mas o principal do meu mail, como para o seu, é a história do plágio contra Márcia Taborda. Vc está muito certo nas considerações gerais que tece quanto à escalada da doentia febre de titulação para o acesso aos empregos nas universidades e as conseqüências disso para a nossa vida acadêmica. É exatamente isso que vc descreveu. E tem razão quando diz que o orientador da tal figura que plagiou é mais responsável que o próprio pivete, porque devia orientar e não o fez. Mas também não falta razão à Márcia quando exige reconhecimento institucional do plágio. No Brasil de hoje não podemos mais conviver com tais canalhices, por mais que reconheçamos a fragilidade da formação da nossa área de música. Urge que os brios sejam incorporados em toda a sua extensão em nossas práticas acadêmicas. Nos Estados Unidos eu soube que um professor titular de Yale teria sido dispensado da sua universidade pelo fato de ter utilizado texto de outro autor sem a devida citação convencional. Naquele país é comum nos cursos de pós- graduação nas universidades, o uso e o estudo de manuais como o de John M Swales & Christine B Feak (Academic Writing for Graduate Students. Ann Arbor. The Univ of Michigan Press, 1994) que analisam com a maior seriedade os problemas do plágio e das transgressões aos direitos intelectuais de autor, já nos bancos da graduação. Mas o plágio não consiste apenas na cópia e reprodução de palavras e frases sem citação de autoria. O plágio é também, principalmente a cópia e apropriação indébita de idéias, a omissão proposital de trabalhos e idéias alheias anteriores devidamente registradas em bibliografia da área; é a falta de ética de toda sorte. Aliás, o plágio se identifica, grosso modo, com a falta de ética, com a desonestidade intelectual e acadêmica. Nos países evoluídos é muito comum que um acadêmico se poupe de enveredar sequer por um tema que esteja sendo estudado por outro colega. Espera-se-lhe a publicação para um revide civilizado. Isso é ética. Nós, brasileiros temos às vezes certa informalidade perniciosa nesse terreno, sobre um assunto que devia fazer parte de nossa cultura acadêmica. Plágio, enfim, como dizem os autores acima citados, é a atitude deliberada e consciente de copiar obra de outro, na parte ou no todo; sua caracterização deve se basear em que idéias e expressões originais são propriedade intelectual de seus criadores, como uma patente nas invenções. Eu sei o que é ser plagiado, pois sofri plágio praticado por duas pessoas diferentes; se é que podemos chamar de pessoas às cobras venenosas. Foi nos tempos em que não havia lista de Anppom pra gente botar a boca no mundo como fez agora Márcia Taborda com toda propriedade. Um dos moleques safados já foi pro beleléu, mas o segundo ainda canta de galo por aí, fantasiado de professor universitário e até de coordenador de "festivais", apesar de não passar de um impostor e falsário que não merece sequer que se gaste 1 tostão furado com advogados para que um juiz lhe mande dar 50 chibatadas nos fundilhos. Mesmo após essas constatações vi muita gente que eu julgava adulta dando a mão à cobra pra reiterar os plágios. O pior é que eu pensava estar formando um discípulo, orientando-o e até lhe arranjando um emprego que mantém até hoje, quando na verdade acoitava uma cobra venenosa... Num país como o nosso, em que a justiça tarda e não se impõe, dada a fragilidade das leis dos direitos autorais, vc está arriscado a gastar uma fortuna para instituir advogado, lutar na justiça por seus direitos autorais e nunca ver os resultados; precisamos cerrar fileiras em nossa área para tornar inviável qualquer deslize que se cometa em nosso meio. Só o nosso próprio controle e vigilância poderão minimizar a ação antiética dessas pessoas sem caráter, despreparadas e sem formação adequada para atuar no nosso meio acadêmico. Um imenso abraço para Jorge Antunes e toda a minha solidariedade para Márcia Taborda. régis duprat ----- Original Message ----- From: Jorge Antunes To: Marcia Taborda ; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Tuesday, December 11, 2007 12:51 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] Plágio Cara Márcia: Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. Abraço, Jorge Antunes PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. Marcia Taborda wrote: Agradeço a todos pelas mensagens. Acho que o mais importante no momento será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de um código de ética, que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude institucional; Abraço, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------------------------------------------------------------------- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------ E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. 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URL: From vandafreire em yahoo.com.br Thu Dec 13 10:19:17 2007 From: vandafreire em yahoo.com.br (Vanda Freire) Date: Thu, 13 Dec 2007 09:19:17 -0300 (ART) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= In-Reply-To: <1197376107.475e826b8c2cc@webmail.iar.unicamp.br> Message-ID: <523294.20096.qm@web58012.mail.re3.yahoo.com> Prezada Márcia e demais colegas Venho dar minha contribuição para este tema tão importante, e que tem despertado argumentos tão fortes por parte de todos. Já me solidarizei, anteriormente, com a Márcia, pois considero, obviamente, qualquer plágio como inaceitável. Minha contribuição aqui, é bastante específica. Quero, neste momento, me deter um pouco no papel do orientador, pois fui vítima, anos atrás, do plágio praticado por um orientando meu, que copiou, na íntegra, a revisão de literatura de outro trabalho. Como o trabalho tinha co-orientador da área específica, pois o assunto não era afeto a mim (só foi aceito, sob essa condição, e porque não havia quem o orientasse, na nossa Escola), não percebi o problema, já que não tenho familiaridade com a literatura específica do tema. Por outro lado, o co-orientador também não percebeu a cópia literal (não creio que por disciplicência ou cumplicidade). Resumindo: o caso foi julgado pela UFRJ, o plagiador perdeu o título de Mestre, mas já cursava Doutorado em outra Universidade Brasileira, e nada aconteceu, nessa situação, que o prejudicasse. Quanto a mim, a UFRJ em nenhum momento me responsabilizou ou me atribuiu culpa. Aliás, desde o primeiro momento, eu me solidarizei totlamente com o plagiado, e pedi imediata abertura de processo na UFRJ para julgar o caso. Ou seja, este pequeno relato pessoal é para alertar sobre o cuidado que devemos ter ao responsabilizar "a priori" o orientador. Felizmente, o grande número de trabalhos bem sucedidos, orientados por mim, não permitiram que eu fosse posta em dúvida, mas se adotarmos como pressuposto que a culpa é do orientador, sem separar o joio do trigo, corremos o risco de concretizarmos injustiças. Espero, portanto, que uma reflexão amadurecida sobre tão importante tema possa nos conduzir a uma posição justa sobre o mesmo. Abraços a todos, Vanda Freire Claudiney Carrasco escreveu: Citando Marcia Taborda : > Caros Amigos, > > Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis > Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, > Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado > pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. > Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de > compartilhar com a lista. > > 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um > momento de desequilíbrio emocional. > 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas > integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas > 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o > autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. > (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). > 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do > trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado > seja exatamente sobre o choro) > > Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima > instância. > Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais > qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira > ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. > Alguma sugestão ? > Abraço a todos, > > Marcia Taborda > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > Cara Márcia, É uma grande vergonha para todos nós esse parecer. Qualquer um que tenha algum envolvimento e compromisso com as atividades de pesquisa sabe a gravidade do fato. Não importa se estamos falando de uma, dez, ou cem páginas. Não é admissível que se aceite a atitude. também pouco importa se o tema tem ou não a ver com o trabalho. Fosse uma receita de bolo, ele deveria citar a fonte. Repito: a cópia, pura e simplesmente, não é admissível. Ponto! Caso esse senhor seja realmente absolvido, devemos guardar bem o nome dele, para que não seja aceito em nenhuma instituição de ensino superior desse país. Sugiro que façamos uma ação cooperada, no sentido de divulgar muito bem o seu nome e o seu caráter, para que se torne muito bem conhecido por toda a comunidade acadêmica. Aqui na UNICAMP estamos passando pela primeira vez por algo parecido, um caso de plágio detectado pelo orientador e pela banca examinadora. O processo foi encaminhado com o pedido de expulsão sumária do programa. E olha que o episódio se deu em um exame de qualificação. Não foi nem em defesa de trabalho final. Em todo caso, boa sorte. O que fica de bom para você nisso tudo é o fato de pertencer ao grupo dos que são copiados, e não dos que copiam. Muitas felicidades para você. NEY CARRASCO Depto. de Música - UNICAMP ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ --------------------------------- Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento! -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From whvalent em terra.com.br Thu Dec 13 11:45:14 2007 From: whvalent em terra.com.br (=?iso-8859-1?Q?Helo=EDsa_e_Wagner_Valente?=) Date: Thu, 13 Dec 2007 11:45:14 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?RES=3A__Pl=E1gio?= In-Reply-To: <475EA402.55C6D508@unb.br> Message-ID: <00a401c83d8e$63b97cd0$0400a8c0@heloisa> Caro Professor e Maestro, Gostei de ler sua sábia argumentação, bastante esclarecedora. No entanto, se me permite, gostaria de colocar alguns ‘adendos’ que, espero, não tome como reprovação ou provocação... É que fiquei bastante incomodada com a falta da menção, por sua parte, de algumas exceções que considero importantes. -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Jorge Antunes Enviada em: terça-feira, 11 de dezembro de 2007 12:52 Para: Marcia Taborda; anppom-l em iar.unicamp.br Assunto: Re: [ANPPOM-L] Plágio Cara Márcia: Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. [Heloísa] Primeiramente, lamento muito em lembrar que, em grande medida, muitos profissionais altamente qualificados vêm sendo dispensados no emprego, em estabelecimentos públicos, justamente em virtude da sua titulação, na verdade uma situação “privilegiada”... em termos! Tornam-se ‘onerosos’ financeiramente e acabam sendo substituídos por outros ‘de custo inferior’, de acordo com os critérios empresariais (e não acadêmicos). Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. [Heloísa] Acredito que isso ainda ocorra e, modestamente, incluo-me nesse grupo. Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. [Heloísa] Reitero o que menciono no início e acrescento: cada vez se exigem mais títulos porque a escolarização básica não vem sendo suficiente, assim como a graduação. A má formação profissional exige a contrapartida das pencas de cursos complementares. (Será que, em virtude disso, teremos um dia algo semelhante à prova da OAB, em todos os níveis?) Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. [Heloísa] Somente lhe pediria a bondade de não ser extremo. Essa não é a regra geral. Hoje também há muitas pessoas nessa mesma situação... Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. [Heloísa] Uma grande parte das instituições exige a apresentação de um pré-projeto como condição para candidatar-s a uma vaga. Outra coisa a se acrescentar é que muitas das disciplinas oferecidas não atendem às necessidades do projeto. Não são poucos os pós-graduandos que não têm outra alternativa senão optar pelas disciplinas que têm à disposição. Assim, o estudante tem de cursá-las, apenas para dar conta do programa essencial exigido. Sobretudo no mestrado, que deve ser concluído em dois anos, não há tempo para esperar o oferecimento de uma disciplina que venha contribuir para o desenvolvimento do trabalho final . Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. [Heloísa] Mudar o projeto também pode ser resultado de uma reflexão mais apurada, de um amadurecimento no trabalho, no qual o orientador pode estar colaborando lucidamente. A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. [Heloísa] O fato de buscar outras áreas do conhecimento ou especialidades também pode se dever ao fato de que os cursos de música não contemplem o projeto de pesquisa do pós-graduando. ESTAS SÃO CONSIDERAÇÕES GERAIS –E NÃO SE APLICAM AO PLAGIADOR DO TRABALHO DA MÁRCIA. ***** Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. [Heloísa] Aqui, permito-me outras possibilidades: estar se dedicando a outras atividades, problemas pessoais ou mesmo... preguiça! Se as razões apresentadas pelo comitê são inconsistentes e inaceitáveis isso não significa, objetivamente, que o candidato seja necessariamente uma “vítima do sistema”, não? Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. [Heloísa] Se, a princípio, a possibilidade é aberta, de outra parte, estamos nós, os pares, para avaliar a qualidade do trabalho e, em alguma medida, o caráter do graduado. O diploma pode levá-lo a altas esferas e, circunstancialmente, colocá-lo até como chefe em agências de fomento. De outra parte, existem pessoas que produzem excelentes trabalhos e tiveram uma formação escolar (independentemente do nível) bastante deficiente e conturbada. Muitos dos que elevam seu ‘padrão de qualidade’ são auto-didatas... Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. [Heloísa] Por que a faixa etária deve, necessariamente, estar atada à idéia de responsabilidade e decência? Se maturidade e conhecimento de códigos se adquirem com o tempo, a formação do caráter já vem desde o berço... Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. [Heloísa] Aqui lembro, também, que os orientadores têm, sob sua responsabilidade, um número elevado de pupilos... De todo modo, isso não diminui sua responsabilidade. Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. [Heloísa] Este moço teria outra saída? Alegar problemas mentais minimiza penas, a princípio, mais drásticas, como indenização em dinheiro e impugnação do diploma. Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. [Heloísa] Aqui, concordo. Abraço, Jorge Antunes PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. [Heloísa] Espero ter colocado em pauta outros atenuantes que não foram mencionados na sua reflexão e não pretendo me estender mais a este tema, no momento. Abraço a todos, Heloísa Marcia Taborda wrote: Agradeço a todos pelas mensagens. Acho que o mais importante no momento será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de um código de ética, que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude institucional; Abraço, Marcia Taborda ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ _____ E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. Para alterar a categoria classificada, visite o Terra Mail -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Thu Dec 13 12:00:11 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 13 Dec 2007 12:00:11 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= References: Message-ID: <47613AE9.FBE0C1DB@unb.br> Caro Ney: Ótima informação. Obrigado. Prossigamos nessa interessante pesquisa: Villa-Lobos - doutor h.c. em 1943, pela Universidade de Nova York. Caetano Veloso - doutor h.c. em 1998, pela Universidade da Bahia. Sivuca - doutor h.c. em 1999, pela Universidade da Bahia. Joãozinho Trinta - doutor (...?). Epa! Desculpe! Esse, ainda não! Saudações centrooestianas. Abraço, Jorge Antunes fialkow wrote: > Miriam Dauelsberg doutorou-se em Paris (Sorbonne) em 1961. Saudações sulinas, Ney Fialkow -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Thu Dec 13 12:30:23 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 13 Dec 2007 12:30:23 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Pl=E1gio?= References: <523294.20096.qm@web58012.mail.re3.yahoo.com> Message-ID: <476141F5.D2A5F388@unb.br> Oi, Vanda: Seu relato é ótimo e exemplar. Concordo totalmente com você. Caso a caso, as questões desse tipo devem ser bem averiguadas, no espaço e no tempo: desde o ingresso do pós-graduando no curso. Abraço, Jorge Antunes Vanda Freire wrote: > Prezada Márcia e demais colegas Venho dar minha contribuição para este tema tão importante, e que tem despertado argumentos tão fortes por parte de todos.Já me solidarizei, anteriormente, com a Márcia, pois considero, obviamente, qualquer plágio como inaceitável.Minha contribuição aqui, é bastante específica.Quero, neste momento, me deter um pouco no papel do orientador, pois fui vítima, anos atrás, do plágio praticado por um orientando meu, que copiou, na íntegra, a revisão de literatura de outro trabalho.Como o trabalho tinha co-orientador da área específica, pois o assunto não era afeto a mim (só foi aceito, sob essa condição, e porque não havia quem o orientasse, na nossa Escola), não percebi o problema, já que não tenho familiaridade com a literatura específica do tema. Por outro lado, o co-orientador também não percebeu a cópia literal (não creio que por disciplicência ou cumplicidade).Resumindo: o caso foi julgado pela UFRJ, o plagiador perdeu o título de Mestre, mas já cursava Doutorado em outra Universidade Brasileira, e nada aconteceu, nessa situação, que o prejudicasse.Quanto a mim, a UFRJ em nenhum momento me responsabilizou ou me atribuiu culpa. Aliás, desde o primeiro momento, eu me solidarizei totlamente com o plagiado, e pedi imediata abertura de processo na UFRJ para julgar o caso.Ou seja, este pequeno relato pessoal é para alertar sobre o cuidado que devemos ter ao responsabilizar "a priori" o orientador.Felizmente, o grande número de trabalhos bem sucedidos, orientados por mim, não permitiram que eu fosse posta em dúvida, mas se adotarmos como pressuposto que a culpa é do orientador, sem separar o joio do trigo, corremos o risco de concretizarmos injustiças.Espero, portanto, que uma reflexão amadurecida sobre tão importante tema possa nos conduzir a uma posição justa sobre o mesmo.Abraços a todos,Vanda Freire > > Claudiney Carrasco escreveu: > > Citando Marcia Taborda : > > > Caros Amigos, > > > > Em março enviei à lista mensagem dando conta do plágio cometido por Luis > > Filipe de Lima na tese de doutorado "Comunicação Intercultural: O Choro, > > Expressão Musical Brasileira", trabalho desenvolvido, apresentado e aprovado > > pela ECO/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Muniz Sodré. > > Acabo de receber parecer da comissão avaliadora que gostaria de > > compartilhar com a lista. > > > > 1. Luís Filipe justificou o plágio por estar na época passando por um > > momento de desequilíbrio emocional. > > 2. A comissão julgou que retirando-se anexos do trabalho, as 20 páginas > > integralmente copiadas de minha dissertação de mestrado representam apenas > > 9,9% da tese, e que assim sendo não constitui plágio total, mas parcial; o > > autor poderia apenas realizar modificações e quem sabe me dar o crédito. > > (abrir aspas na página 20 e fechar na 40 ?). > > 3. Os avaliadores entenderam que a parte copiada não consitui o cerne do > > trabalho; mais um atenuante; ( embora seja sobre o choro e o trecho copiado > > seja exatamente sobre o choro) > > > > Não concordei com o parecer e pedi que o caso fosse encaminhado à próxima > > instância. > > Roubo de idéias passa segundo a ECO a ser medido por quilo; não mais > > qualidade, quantidade. Será que irão estabelecer um teto para a roubalheira > > ? Depois reclamamos das pizzas no Congresso. > > Alguma sugestão ? > > Abraço a todos, > > > > Marcia Taborda > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > Cara Márcia, > > É uma grande vergonha para todos nós esse parecer. > Qualquer um que tenha algum envolvimento e compromisso com as atividades de > pesquisa sabe a gravidade do fato. > Não importa se estamos falando de uma, dez, ou cem páginas. Não é admissível que > se aceite a atitude. também pouco importa se o tema tem ou não a ver com o > trabalho. Fosse uma receita de bolo, ele deveria citar a fonte. Repito: a > cópia, pura e simplesmente, não é admissível. Ponto! > Caso esse senhor seja realmente absolvido, devemos guardar bem o nome dele, para > que não seja aceito em nenhuma instituição de ensino superior desse país. Sugiro > que façamos uma ação cooperada, no sentido de divulgar muito bem o seu nome e o > seu caráter, para que se torne muito bem conhecido por toda a comunidade > acadêmica. > Aqui na UNICAMP estamos passando pela primeira vez por algo parecido, um caso de > plágio detectado pelo orientador e pela banca examinadora. O processo foi > encaminhado com o pedido de expulsão sumária do programa. E olha que o episódio > se deu em um exame de qualificação. Não foi nem em defesa de trabalho final. > Em todo caso, boa sorte. O que fica de bom para você nisso tudo é o fato de > pertencer ao grupo dos que são copiados, e não dos que copiam. > Muitas felicidades para você. > > NEY CARRASCO > Depto. de Música - UNICAMP > > ---------------------------------------------------------------- > This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > 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> ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Thu Dec 13 13:30:34 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 13 Dec 2007 13:30:34 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?RES=3A__Pl=E1gio?= References: <00a401c83d8e$63b97cd0$0400a8c0@heloisa> Message-ID: <47614FFC.3C6D0A5E@unb.br> Querida Professora Heloisa: Suas ponderações são ultra-pertinentes e concordo com você. Resumo repetindo aquilo que eu já disse: existem exceções e elas confirmam a regra. Abraço, Jorge Antunes Heloísa e Wagner Valente wrote: > Caro Professor e Maestro, > > Gostei de ler sua sábia argumentação, bastante esclarecedora. No entanto, se me permite, gostaria de colocar alguns ‘adendos’ que, espero, não tome como reprovação ou provocação...  É que fiquei bastante incomodada com a falta da menção, por sua parte, de algumas exceções que considero importantes. > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Jorge Antunes > Enviada em: terça-feira, 11 de dezembro de 2007 12:52 > Para: Marcia Taborda; anppom-l em iar.unicamp.br > Assunto: Re: [ANPPOM-L] Plágio > > Cara Márcia: > > Sou do tempo em que as titulações (mestrado e doutorado) não resultavam em aumentos salariais ou outras vantagens. > > [Heloísa] Primeiramente, lamento muito em lembrar que, em grande medida, muitos profissionais altamente qualificados vêm sendo dispensados no emprego, em estabelecimentos públicos, justamente em virtude da sua titulação, na verdade uma situação “privilegiada”... em termos!  Tornam-se ‘onerosos’ financeiramente e acabam sendo substituídos por outros ‘de custo inferior’, de acordo com os critérios empresariais (e não acadêmicos). > >   > Fiz meu doutorado em 1976. Salvo engano, foi o primeiro doutoramento em música de brasileiro. Logo em seguida o José Maria Neves terminou o dele. Na época nem existiam bolsas do CNPq. Ambos fizemos tudo com bolsas do governo francês. Quando voltei à UnB e mostrei minha tese de 664 páginas (Son nouveau, nouvelle notation) ao chefe do departamento (Moisés Mandel), ele me disse: -Pra que serve isso? Tem gente pra tudo! > > Naquela época os jovens pesquisadores tinham um projeto de pesquisa, uma tese a ser demonstrada, e então buscavam, como saída para a ansiedade de desenvolver o trabalho, o mestrado e o doutorado. > > [Heloísa] Acredito que isso ainda ocorra e, modestamente, incluo-me nesse grupo. > > > Depois que surgiram os aumentos salariais para os que têm titulações, e a obrigatoriedade destas para o ingresso na carreira acadêmica, começou a busca desenfreada, às vezes cega e irresponsável, de se fazer um mestrado e um doutorado a todo custo. > > [Heloísa] Reitero o que menciono no início e acrescento: cada vez se exigem mais títulos porque a escolarização básica não vem sendo suficiente, assim como a graduação. A má formação profissional exige a contrapartida das pencas de cursos complementares. (Será que, em virtude disso, teremos um dia algo semelhante à prova da OAB, em todos os níveis?) > >   > Começou então uma nova fase, bem surrealista. O graduado mete na cabeça que tem que fazer o mestrado e o doutorado de qualquer maneira. Não importa em qual área. Não importa em qual tema. > Resumindo, antigamente tinha-se uma idéia, um tema, um projeto de tese, e buscava-se o curso pós-graduado na área do tema, com o orientador especialista. > > [Heloísa] Somente lhe pediria a bondade de não ser extremo. Essa não é a regra geral. Hoje também há muitas pessoas nessa mesma situação... > > > Hoje, começa-se com a peculiaridade de não se ter idéia alguma, projeto nenhum. Busca-se um orientador. Alinhava-se um projeto, com conteúdo que se encaixe no curso, que se encaixe no perfil do orientador desejado. > > [Heloísa] Uma grande parte das instituições exige a apresentação de um pré-projeto como condição para candidatar-s a uma vaga. Outra coisa a se acrescentar é que muitas das disciplinas oferecidas não atendem às necessidades do projeto. Não são poucos os pós-graduandos que não têm outra alternativa senão optar pelas disciplinas que têm à disposição. Assim, o estudante tem de cursá-las, apenas para dar conta do programa essencial exigido. Sobretudo no mestrado, que deve ser concluído em dois anos, não há tempo para esperar o oferecimento de uma disciplina que venha contribuir para o desenvolvimento do trabalho final . > > Ao se entrar no curso, muda-se o projeto. > > [Heloísa] Mudar o projeto também pode ser resultado de uma reflexão mais apurada, de um amadurecimento no trabalho, no qual o orientador pode estar colaborando lucidamente. > >   > A busca desesperada da titulação faz com que, por exemplo, ao invés de fazerem doutorado em Música, músicos façam doutorado em Sociologia, Antropologia, Arquitetura e outras áreas. > > [Heloísa]  O fato de buscar outras áreas do conhecimento ou especialidades também pode se dever ao fato de que os cursos de música não contemplem o projeto de pesquisa do pós-graduando. > > ESTAS SÃO CONSIDERAÇÕES GERAIS ?E NÃO SE APLICAM AO PLAGIADOR DO TRABALHO DA MÁRCIA. > > ***** > > > Enfim, para mim, esse jovem que te plagiou, e que alega ter vivido, no momento da feitura da tese, uma "instabilidade emocional", é mais uma vítima da conjuntura cruel que promete emprego somente a quem tem titulação. > > [Heloísa] Aqui, permito-me outras possibilidades: estar se dedicando a outras atividades, problemas pessoais ou mesmo... preguiça! Se as razões apresentadas pelo comitê são inconsistentes e inaceitáveis isso não significa, objetivamente, que o candidato seja necessariamente uma “vítima do sistema”, não? > > Pior, abre a possibilidade a carreira acadêmica a qualquer um que tenha a titulação, pouco se importanto sobre como e onde ela foi alcançada. Basta ter o diploma. > > [Heloísa] Se, a princípio, a possibilidade é aberta, de outra parte, estamos nós, os pares, para avaliar a qualidade do trabalho e, em alguma medida, o caráter do graduado. O diploma pode levá-lo a altas esferas e, circunstancialmente, colocá-lo até como chefe em agências de fomento. De outra parte, existem pessoas que produzem excelentes trabalhos e tiveram uma formação escolar (independentemente do nível) bastante deficiente e conturbada. Muitos dos que elevam seu ‘padrão de qualidade’ são auto-didatas... > > > Códigos de ética profissional existem para serem cumpridos pelos profissionais. Muitos jovens mestrandos e doutorandos ainda não são profissionais. > > [Heloísa] Por que a faixa etária deve, necessariamente, estar atada à idéia de responsabilidade e decência? Se maturidade e conhecimento de códigos se adquirem com o tempo, a formação do caráter já vem desde o berço... > > Muitos ainda são apenas estudantes recém-graduados que começam a, desesperadamente, buscar titulação pós-graduada. E aí, vale tudo para o pobre desorientado. > > [Heloísa] Aqui lembro, também, que os orientadores têm, sob sua responsabilidade, um número elevado de pupilos... De todo modo, isso não diminui sua responsabilidade. > > Para ele vale copiar, vale plagiar, vale fazer o já feito com outro discurso, vale repetir idéias já reveladas mas pouco ou nada conhecidas pela comunidade. Para disfarçar essas estratégias, basta fazer um monte de citações de autores famosos. > Enfim, acima eu usei a expressão "pobre desorientado", porque eu penso que o grande culpado do plágio que você relata não é o plagiador. > > [Heloísa] Este moço teria outra saída? Alegar problemas mentais minimiza penas, a princípio, mais drásticas, como indenização em dinheiro e impugnação do diploma. > >  Este já reconheceu o erro, alegou problemas psicológicos, se desculpou e, parece, vai refazer o trabalho, dessa vez citando a fonte do texto surrupiado. > Para mim o grande vilão dessa história é o "Orientador" do rapaz. Este sim é o profissional que deve respeitar, e fazer ser respeitado, o código de ética. É ele quem deveria ser punido. Está evidente que o "orientador" não orientou coisíssima nenhuma. Não quero afirmar que o orientador devesse conhecer o teu texto e, assim, identificar o plágio durante a orientação. Quero apenas dizer que um "orientador" deve acompanhar passo a passo a pesquisa, a bibliografia, e até mesmo a redação de cada parágrafo e capítulo. Quando esse trabalho é desenvolvido criteriosamente pelo orientador, ele é capaz de reconhecer estilos de escrita e, assim, pelo menos, desconfiar de textos escritos por autores diferentes que, é óbvio, terão sempre estilos diferentes. > > [Heloísa] Aqui, concordo. > > > Abraço, > Jorge Antunes > > PS. Talvez essas minhas colocações acima sejam bem polêmicas, podendo encontrar, na Anppom, opositores radicais. Mas abro-me em reflexões próprias, sinceras, de experiência de vida acadêmica, para tentar contribuir com o debate, desde já dizendo que não me considero dono da verdade e que estou aberto a revisões de minhas convicções. > > [Heloísa] Espero ter colocado em pauta outros atenuantes que não foram mencionados na sua reflexão e não pretendo me estender mais a este tema, no momento. > > Abraço a todos, Heloísa > > > > > > Marcia Taborda wrote: > >> Agradeço a todos pelas mensagens. >> Acho que o mais importante no momento >> >> será a revitalização dessa comissão e o desenvolvimento junto à ANPPOM de >> um código de ética, >> que possa nos amparar em casos semelhantes; uma tomada de atitude >> institucional; >> Abraço, >> >> Marcia Taborda >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > > -------------------------------------------------- > E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. > > > Para alterar a categoria classificada, visite o Terra Mail -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Fri Dec 14 19:08:46 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 15 Dec 2007 00:08:46 +0300 Subject: [ANPPOM-L] FW: [Musikeion] estudo sobre as orquestras brasileiras In-Reply-To: <20071214141330.AUG91992@m4500-03.uchicago.edu> References: <20071214141330.AUG91992@m4500-03.uchicago.edu> Message-ID: > From: ibispo em uchicago.edu> To: musikeion em pucsp.br> Date: Fri, 14 Dec 2007 14:13:30 -0600> Subject: [Musikeion] estudo sobre as orquestras brasileiras> > Olá a todos,> > Meu nome é Ieda Bispo, aluna de etnomusicologia da> Universidade de Chicago.> Preciso entrar em contato com a musicóloga Valéria Peixoto,> que conduziu há algum tempo, um estudo sobre as orquestras> brasileiras. Ou talvez você saiba como eu poderia ter acesso a> este estudo. > Será que alguém poderia me ajudar? Agradeço imensamente. > > Grande abraço e excelente fim de semana a todos,> > Ieda> _______________________________________________> Musikeion mailing list - Musikeion em pucsp.br> http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion> --> Supported by NuCC-Internet PUC-SP> http://www.nucc.pucsp.br _________________________________________________________________ Conheça o Windows Live Spaces, a rede de relacionamentos do Messenger! http://www.amigosdomessenger.com.br/ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Sat Dec 15 17:25:10 2007 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Sat, 15 Dec 2007 17:25:10 -0200 Subject: [ANPPOM-L] ANTUNES_SIDERAL Message-ID: <9f62b7710712151125s622afb70jc8383fc0fe86d899@mail.gmail.com> -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: ANTUNES_banner.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 1145784 bytes Descrição: não disponível URL: From stelabrandao em brazilny.org Mon Dec 17 18:56:14 2007 From: stelabrandao em brazilny.org (Stela Brandao) Date: Mon, 17 Dec 2007 15:56:14 -0500 Subject: [ANPPOM-L] FW: Projeto Cultural X Imposto de Renda Message-ID: <010601c840ef$45a96570$38a8a8c0@carol2007> Recebi esta mensagem hoje, e como se trata de assunto da nossa área, repasso-a para eventuais comentários. Stela Brandão, Nova York Subject: Fw: Projeto Cultural X Imposto de Renda Sent: Friday, December 14, 2007 10:39 AM Subject: Projeto Cultural X Imposto de Renda Olá, Você sabia que a contribuição para um projeto cultural equivale a 6,66 recibos médicos na redução do Imposto de Renda a pagar? Nesse sentido, apresento-lhe o projeto “Edição de Manuscritos Musicais” que tem como objetivo restaurar, revisar e editar obras musicais brasileiras dos séculos XVIII, XIX e início do XX. Trata-se do resgate e divulgação de nosso passado musical através de projeto reconhecido e aprovado pelo Ministério da Cultura. São duas as principais vantagens da doação incentivada. Do ponto de vista financeiro, destinando sua contribuição ao projeto “Edição de Manuscritos Musicais” você pode abater 100% do valor doado de seu imposto de renda a pagar, desde que a quantia abatida não ultrapasse os 6% de seu imposto devido no exercício. Por outro lado, você saberá exatamente em que está sendo empregado parte do seu imposto de renda: um projeto cultural que contribuirá para o desenvolvimento social, econômico e cultural brasileiro. Conheça detalhes do projeto e saiba como participar no endereço http://netpage.em.com.br/mpontes Muito obrigado, Márcio Miranda Pontes mpontes em uai.com.br Mensagem enviada para rosa.br em swing.be Clique aqui para não mais receber informações sobre o projeto “Edição de Manuscritos Musicais”. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Tue Dec 18 00:03:19 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Tue, 18 Dec 2007 00:03:19 -0200 Subject: [ANPPOM-L] 2008 Call - Association for Technology in Music Instruction Message-ID: 2008 Call - Association for Technology in Music Instruction To all working on and interested in technology in music education, This from the folks over at ATMI. All the best, Victor A. Vicente University of Maryland The George Washington University ***With apologies for any cross-posting!*** _____________________________________________ ASSOCIATION FOR TECHNOLOGY IN MUSIC INSTRUCTION (ATMI) 2008 CALL FOR PROGRAM PARTICIPATION _____________________________________________ The ATMI 2008 Program Committee invites the submission of proposals for the 2008 Conference. The concurrent national conferences of ATMI and the College Music Society will be held in Atlanta, Georgia, September 25-28, 2008. Proposals dealing with any aspect of technology in music instruction and/or electronic performance are welcome. The Association is particularly interested in presentations that focus on * Music technology curricular and programmatic interests * Online music instruction: local, regional, national, and international * Multimedia: integrating text, graphics, video, audio, etc. * Creative pedagogies/technological tools: music learning, composition, etc. * Performance incorporating music technology * Uses of MIDI, digital audio, etc. in ensembles * Research on the effectiveness of music technology * Student-created projects involving music technology _____________________________________________ AWARDS ATMI will recognize outstanding presentations in two categories. Monetary awards will be given for the best conference-wide presentation ($100) and the best student presentation ($250). In order to qualify for the student award, the presenter must be enrolled as a student at the time of the conference. Faculty members should encourage outstanding students to submit proposals. Additional information on these awards may be found at the ATMI website . _____________________________________________ PROPOSAL SUBMISSION DEADLINE January 21, 2008. A complete Proposal Form is included at the end of this announcement. A downloadable version is available at the ATMI website . _____________________________________________ CONFERENCE SESSIONS The conference will offer a variety of presentation formats, including papers, panels, demonstrations, training sessions/ workshops, electronic poster sessions, and performances involving technology software/hardware. In addition, the intended audience will be identified with regard to prior music technology experiences or comfort level (e.g., general, novice, intermediate, or advanced). Presenters are encouraged to reserve five minutes at the end of their time slots for brief question and answer periods. Presenters are strongly encouraged to propose electronic poster sessions. This venue is particularly appropriate for graduate students engaged in relevant and timely research. These will follow the usual electronic poster session format. A Conference Proceedings Index will be available, which will point to presenter's sites to provide centralized access to conference topics. _____________________________________________ PRESENTATION TOPICS Proposals dealing with any aspect of technology in music instruction and/or electronic performance are welcome. The Association is particularly interested in presentations that focus on: * Music technology curricular and programmatic interests * Online music instruction: local, regional, national, and international * Multimedia: integrating text, graphics, video, audio, etc. * Creative pedagogies/technological tools: music learning, composition, etc. * Performance incorporating music technology * Uses of MIDI, digital audio, etc. in ensembles * Research on the effectiveness of music technology * Student-created projects involving music technology The Association strongly encourages students to present their own projects, though a faculty ATMI member may submit the official proposal. _____________________________________________ PRESENTATION FORMATS ELECTRONIC PERFORMANCE: The Association renews its efforts to present musical performances featuring the use of MIDI, digital audio, or other media technologies. If relevant, the proposal should include specific information regarding the ensemble and its relation to curricular goals. Encouraged are solo, chamber, or ensemble performance proposals, demonstrations of unique electronic instruments, or performance-related compositional activities involving music technology. (If you know of performers, ensembles, or presenters that meet this description, please forward this message to the appropriate person!) NOTE: ATMI cannot provide funding/ compensation for the travel or lodging of any performers. At least one person involved in the presentation (e.g., director, performer, composer) must be an ATMI member. Submitting a proposal indicates the intent to attend the conference and deliver the presentation. PAPERS AND PANELS: Traditional academic papers and panels dealing with music technology in any manner are welcome. DEMONSTRATIONS: Appropriate are demonstrations that focus on newly authored software from all aspects of the music curriculum. We also encourage demonstrations on existing software that are especially useful in instructional and creative purposes. Especially welcomed are applications that take an innovative approach to music teaching and learning. Proposals should include a complete description of the software's design and its use in the teaching environment. TRAINING SESSIONS/WORKSHOPS: People looking for practical ways to expand their skills often attend ATMI sessions. The Program Committee would like to serve this constituency by offering short training sessions tailored to attendees with novice and intermediate skill levels. Submissions in this category should focus on the presenter's level of experience and background. A one-hour limit will be placed on these workshops. Presenters will need to provide the appropriate software, preferably on CD-ROM. NOTE: We will have a lab of Apple computers, each with a MIDI controller, connected via a group education controller available for these sessions. Special consideration may be given to those who take advantage of this lab. ELECTRONIC POSTER SESSION(S): The conference will host at least one computer-based poster session, in which multiple presenters will concurrently show material in a large display area. Especially encouraged are one-on-one or small-group presentations or demonstrations of research, interactive music lab software, work in progress, and examples of student work. Proposals should include a complete description of the material to be presented. If appropriate, graphic images or actual software samples may be included with a proposal submission, but should be clearly described in the text of the proposal. NOTE: Poster session participants must supply all necessary presentation hardware and software. NORMAL CONFERENCE EQUIPMENT: As in the past, the ATMI room will be equipped with a data projector and moderate sound system. At least one synthesizer and a MIDI Interface (USB) will be available. All INTERNET-BASED PRESENTATIONS should be designed to run locally (i.e., without actual connection to the Internet) due to the unpredictability of conference facility telephone/network lines. If an actual connection is *essential* to your proposal, this must be indicated in the Specialized Equipment/Software portion of the proposal form. Details regarding specific hardware configurations and installed software in the lab room will be available immediately prior to the conference. However, you should be prepared to provide whatever non- standard software and/or hardware is required for your presentation. ATMI members who can supply (i.e., bring with them) any of the equipment listed here are highly encouraged to contact the Program Chair. This will help to defer the significant cost of equipment rental. Presenters are expected to supply their own laptop computers, which must be appropriately configured to work with typical data projectors. Consult your local dealer if you are unsure about compatibility issues. _____________________________________________ SUBMISSION GUIDELINES ALL PROPOSALS MUST INCLUDE: * Completed Proposal Form (included at the end of this e-mail) IN ADDITION . . . * PAPER, PRESENTATION, and DEMONSTRATION proposals must be submitted for blind review. Authors must exclude references to individuals or institutions within the body of the proposal that might compromise this process. Proposals for papers should include clear statements of background, methodology, content to be covered, and conclusions. Demonstration proposals may be accompanied by a Training Session/ Workshop proposal. Prior to submission to the Program Committee, these proposals may be edited by the Program Chair as needed to facilitate the blind review process. * TRAINING SESSION/WORKSHOP proposals must be submitted for blind review. Authors must exclude references to individuals or institutions within the body of the proposal that might compromise this process. The presenter may also propose a Demonstration session to precede the Training Session/Workshop. Include a detailed list of software, CPU requirements, and all other equipment required to present the session as proposed. Prior to submission to the Program Committee, these proposals may be edited by the Program Chair as needed to facilitate the blind review process. * PANEL proposals must clearly describe the purpose of the presentation and should list the proposed participants and their qualifications in relation to the presentation topic. Prior to submission to the Program Committee, these proposals may be edited by the Program Chair as needed to facilitate the blind review process. * Electronic PERFORMANCE proposals should include the name of the primary contact person (performer or director), a description of the proposed performance, an excerpt of a recent performance, a statement describing the purpose/mission of the performance medium and its relationship to music education, and any other relevant information. If ATMI is expected to provide any equipment other than that described above, a detailed list must be submitted. It may not be possible for ATMI to supply additional equipment. Prior to submission to the Program Committee, these proposals may be edited by the Program Chair as needed to facilitate the blind review process. _____________________________________________ The ATMI 2008 PROGRAM COMMITTEE Jennifer Sterling Snodgrass, Chair (Appalachian State University) Bruce Frazier (Western Carolina University) Cynthia Gonzales (Texas State University-San Marcos), organizer for ATMI 2009 Gena Greher (University of Massachusetts, Lowell) Dan Hosken (California State University, Northridge), organizer for ATMI 2007 Keith Mason (Belmont University) Ken Smith (Western Michigan University) Kim Walls (Auburn University) _____________________________________________ PROPOSAL SUBMISSION DEADLINE: January 21, 2008. _____________________________________________ SUBMISSION FORMAT All proposals should be e-mailed directly to and must include the words "ATMI proposal" in the subject line. Multiple proposals by the same presenter should be sent in separate e-mail messages. Hard-copies will NOT be accepted unless materials absolutely cannot be submitted/read electronically. Please check with the program chair before submitting any hard copies. Electronic Performance excerpts should be sent as an mp3 (or other compressed format). Maximum total size of excerpts should not exceed 3 MB. If electronic transmission proves unworkable, excerpts may be be sent via snail mail. Please limit excerpts to 3 to 5 minutes. Snail Mail address: Jennifer Sterling Snodgrass ATMI 2008 Program Chair/School of Music Appalachian State University Broyhill Music Center Boone, NC 28608 _____________________________________________ NOTIFICATION Proposal receipt will be acknowledged by return e-mail within three days. NOTE: With the exception of individuals not listed in the program booklet (such as student/professional performers or technical assistants), presenters must be fully paid members of ATMI at least one month prior to the conference. All presenters whose names are included in the program book are expected to register for the conference. _____________________________________________ Complete and e-mail the form below within the body of the email in plain text to: Include the words "ATMI proposal" in the subject line. NOTE: Do *not* quote or include any of the preceding text! _____________________________________________ PROPOSAL FORM -- Must be completed for *each* ATMI 2008 session proposal: Background Information (Numbers 1-8 will not be forwarded to program committee) 1) Proposal Author(s) and Institutional Affiliation(s): 2) Biography of each participant, performer, or ensemble (150 word limit): 3) Brief biography (50 word limit!) that will be used for introduction at the conference: 4) All e-mail addresses that you regularly access: (If multiple presenters are to be included, please provide email addresses for ALL presenters, listing the primary contact first) Preferred: Other(s): 5) All phone numbers at which you can be reached: Office: Home: Other: 6) Mailing address (if necessary for official communication): _____________________________________________ _____________________________________________ 7) Due to *unavoidable* conflict I absolutely *cannot* present on the following date(s): No Conflicts Exist September 25 September 26 September 27 November 28 Explain unavoidable conflict: 8) List all other non-ATMI proposals that you are submitting for the Atlanta 2008 meeting: 9) Proposal Title: 10) Intended Audience (delete all but one): General (little or no experience) Novice (minimal experience) Intermediate (uses many apps., doesn't write code) Advanced (very experienced, may incl. programming) 11) Presentation Topic (delete all but one): Music technology curricular and programmatic interests Online music instruction Multimedia Creative pedagogies/technological tools Performance incorporating music technology Uses of MIDI, digital audio, etc. in ensembles Research on the effectiveness of music technology Student-created projects involving music technology Other (please specify) 12) Internet Connected Is Internet Connection Desired (delete one): Yes No Is Internet Connection Required* (delete one): Yes No *NOTE: All presenters are advised to prepare an offline version of the presentation in case of connection failures during the conference. 13) Presentation Format (delete all but one): ELECTRONIC POSTER SESSION PAPER DEMONSTRATION TRAINING SESSION/WORKSHOP Must be compatible with the Apple lab. PANEL Panel Participants and Institutional Affiliation: ELECTRONIC PERFORMANCE (complete if appropriate/known): Group Name: Performers: Instrumentation: Repertoire: Equipment I cannot provide: Other: OTHER (be specific): 14) Presentation Description (2000 word limit!) [Reminder: this item must be anonymized for blind review]: 15) Single-paragraph ABSTRACT suitable for inclusion in program (150 word limit) [Reminder: this item must be anonymized for blind review]: 16) Requested Presentation Period (delete all but one): 30 minutes 45 minutes 60 minutes Approximate duration for electronic performance: ______ Other (explain): Please note: Attempts will be made to provide presenters with the time requested for their sessions, however, due to the complexities of scheduling, presenters understand that they may be required to adjust for a shorter or longer time slot as assigned. 17) Specialized Equipment/Software that I *cannot* provide: None Internet connection is *essential* to my presentation. Other (be specific): 18) Other information that may be helpful to the Program Committee: * INCOMPLETE PROPOSALS will *not* be reviewed. * SUBMISSION DEADLINE: January 21, 2008. * E-mail to Include the words "ATMI Proposal" in the subject line. From rosanecardoso em ufpr.br Tue Dec 18 15:36:44 2007 From: rosanecardoso em ufpr.br (rosanecardoso em ufpr.br) Date: Tue, 18 Dec 2007 15:36:44 -0200 (BRST) Subject: [ANPPOM-L] Concurso para professor na UFPR Message-ID: <50395.201.67.188.233.1197999404.squirrel@webmail.ufpr.br> Prezados colegas da Anppom Segue dados de concurso para professor adjunto no Departamento de Artes da UFPR: Área do conhecimento: Música - Práticas Instrumentais e Matérias Teóricas Aplicadas Site com informações: www.prhae.ufpr.br Cordialmente, Rosane Cardoso de Araújo From psotuyo em gmail.com Tue Dec 18 15:23:16 2007 From: psotuyo em gmail.com (psotuyo) Date: Tue, 18 Dec 2007 14:23:16 -0300 Subject: [ANPPOM-L] FELIZ NATAL... MERRY X-MAS... FELIZ NAVIDAD... Message-ID: FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO 2008 PARA TODOS... SÃO OS MEUS DESEJOS DESDE ESTE VERÃO BRASILEIRO NORDESTINO QUE, COMO SE OBSERVA, PAPAI NOEL ESTÁ ADORANDO... ;-) MERRY X-MAS AND HAPPY NEW YEAR 2008 FOR EVERYONE.. THOSE ARE MY WISHES FROM THIS BRAZILIAN NORTH-EASTERN SUMMER THAT, AS IT LOOKS, SANTA IS REALLY ENJOYING... ;-)) FELIZ NAVIDAD Y PRÓSPERO AÑO NUEVO 2008 PARA TODOS... SON MIS DESEOS DESDE ESTE VERANO BRASILEÑO Y NORDESTINO QUE, COMO SE VE, PAPÁ NOEL ESTÁ ADORANDO... ;-) ====================================== Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco Programa de Pós-Graduação em Música Escola de Música Universidade Federal da Bahia ====================================== e-mailto: psotuyo em ufba.br homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ ====================================== -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: winmail.dat Tipo: application/ms-tnef Tamanho: 288650 bytes Descrição: não disponível URL: From psotuyo em ufba.br Tue Dec 18 15:27:15 2007 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Tue, 18 Dec 2007 14:27:15 -0300 Subject: [ANPPOM-L] FELIZ NATAL... MERRY X-MAS... FELIZ NAVIDAD... Message-ID: FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO 2008 PARA TODOS... SÃO OS MEUS DESEJOS DESDE ESTE VERÃO BRASILEIRO NORDESTINO QUE, COMO SE OBSERVA, PAPAI NOEL ESTÁ ADORANDO... ;-) MERRY X-MAS AND HAPPY NEW YEAR 2008 FOR EVERYONE.. THOSE ARE MY WISHES FROM THIS BRAZILIAN NORTH-EASTERN SUMMER THAT, AS IT LOOKS, SANTA IS REALLY ENJOYING... ;-)) FELIZ NAVIDAD Y PRÓSPERO AÑO NUEVO 2008 PARA TODOS... SON MIS DESEOS DESDE ESTE VERANO BRASILEÑO Y NORDESTINO QUE, COMO SE VE, PAPÁ NOEL ESTÁ ADORANDO... ;-) ====================================== Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco Programa de Pós-Graduação em Música Escola de Música Universidade Federal da Bahia ====================================== e-mailto: psotuyo em ufba.br homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ ====================================== -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: winmail.dat Tipo: application/ms-tnef Tamanho: 288646 bytes Descrição: não disponível URL: From joselyantonio em gmail.com Wed Dec 19 13:31:24 2007 From: joselyantonio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Josely_Ant=F4nio?=) Date: Wed, 19 Dec 2007 13:31:24 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?mudan=E7a_de_endere=E7o_e_fone?= Message-ID: Pessoal, Segue meu novo endereço e os números de telefone. MInha mudança está agendada para dia 29 de dezembro. Em breve eu divulgarei outros contatos comerciais, etc. (14) 3815 8705 ou 9762 8055 Rua José Serra Neto, 131 - Cohab I - Botucatu Cep 18605-19t Quando passarem por lá, já sabem! E viva o café com bolo de fubá. beijos -- Josely de Moraes Antoniob Professora da Universidade Metodista de São Paulo Presidente da Associação de Música Vocal Telefone: (14) 9762 8055 Joselyantonio em gmail.com via_musica em yahoo.com.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From vandafreire em yahoo.com.br Wed Dec 19 22:45:10 2007 From: vandafreire em yahoo.com.br (Vanda Freire) Date: Wed, 19 Dec 2007 21:45:10 -0300 (ART) Subject: [ANPPOM-L] Fim de Ano Message-ID: <247477.78209.qm@web58001.mail.re3.yahoo.com> Prezados Colegas da ANPPOM É fim de ano e não dá para resistir ... Desejo a vocês tudo de bom para o próximo ano, e que vocês possam também curtir um Natal com muita Paz ( sem muitas discussões musicológicas ou outras). Abraços a todos, Vanda Freire --------------------------------- Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento! -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From criscarvalho em abordo.com.br Fri Dec 21 08:25:22 2007 From: criscarvalho em abordo.com.br (criscarvalho em abordo.com.br) Date: Fri, 21 Dec 2007 08:25:22 -0200 Subject: [ANPPOM-L] FELIZ NATAL Message-ID: <20071221082522.eolsoo9cgc040osk@webmail.abordo.com.br> Prezados colegas da ANPPOM, Obrigada aos colegas Pablo e Vanda pelos votos de boas festas. Aproveito, para também desejar a todos: FELIZ NATAL E QUE 2008 SEJA UM ANO PROMISSOR PARA TODOS NÓS. SUCESSO EM 2008! Maria Cristina de Carvalho C. Azevedo UnB - Educação Musical From criscarvalho em abordo.com.br Fri Dec 21 09:09:28 2007 From: criscarvalho em abordo.com.br (Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo) Date: Fri, 21 Dec 2007 09:09:28 -0200 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?URGENTE=3A_v=EDrus_com_o_meu_nome?= In-Reply-To: <20071221090151.oyixkotl6o048o88@webmail.abordo.com.br> References: <20071221090151.oyixkotl6o048o88@webmail.abordo.com.br> Message-ID: <20071221090928.etchbiy50k4gooc4@webmail.abordo.com.br> Olá amigos! Na mensagem abaixo, tentei alterar o nome que aparece nas minhas mensagens e acabei alteranto o endereço de email. Confimando, o meu endereço de email continua criscarvalho em abordo.com.br . O endereço universidade em abordo.com.br não existe, foi um equívoco. FELIZ NATAL para todos e espero que ninguém tenha sido premiado com esse cavalo de tróia. Beijos para todos, M Cristina Citando Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo : > Prezados colegas e amigos, > > Caso recebam um email no meu nome que diga algo do gênero: esta > vocês precisam ver..., POR FAVOR DELETEM!!! > > Trata-se de um CAVALO DE TRÓIA, que está no meu micro e que se > dissemina por meio da caixa de mensagem. Eu recebi uma mensagem de > uma colega e cai!! > > Me desculpem, mas só verifiquei isso, agora, quando eu mesma recebi > uma mensagem desse gênero no meu nome. > > Mais uma vez me desculpem!!! > > Maria Cristina From invitation em unyk.com Fri Dec 21 09:33:39 2007 From: invitation em unyk.com (daniel quaranta) Date: Fri, 21 Dec 2007 06:33:39 -0500 Subject: [ANPPOM-L] Convite pessoal de daniel quaranta Message-ID: <20071221063339.1350201312@unyk.com> Convite pessoal de daniel quaranta -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From joelbarbosa em yahoo.com Fri Dec 21 13:48:49 2007 From: joelbarbosa em yahoo.com (joel oliviera) Date: Fri, 21 Dec 2007 07:48:49 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-L] Boas festas... Message-ID: <783983.48171.qm@web33603.mail.mud.yahoo.com> Aos colegas da ANPPOM, os votos de um fim de ano com saldo positivo e de um 2008 de conquistas. Abraços, Joel Barbosa (de Brasília) --------------------------------- Looking for last minute shopping deals? Find them fast with Yahoo! Search. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From musicoyargentino em hotmail.com Fri Dec 21 20:36:39 2007 From: musicoyargentino em hotmail.com (Yo Argentino) Date: Fri, 21 Dec 2007 22:36:39 +0000 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?vagas_no_curso_de_m=FAsica_da_UFAC?= Message-ID: Caros colegas, Por favor divulguem. Obrigado e Feliz Ano Novo. Dr. Damián Keller Coordenador, Curso de Música - Chair, Division of Music Universidade Federal do Acre - Federal University of Acre http://ccrma.stanford.edu/~dkeller Curso Superior de Música Universidade Federal do Acre O Curso de Licenciatura em Música objetiva formar profissionais habilitados para exercer a prática musical como instrumentistas, regentes, compositores, etnomusicólogos, técnicos de som, e pesquisadores, além de formar professores de música capazes de atuar no ensino fundamental e médio. A formação desse profissional é voltada para o desenvolvimento da prática, da pesquisa e da produção dentro das áreas específicas do conhecimento musical: interpretação (violão, piano, cordas friccionadas e sopros), regência, composição, tecnologia, e educação musical. Vagas para o primeiro período de 2008: 13 Inscrição: até 11 de janeiro de 2008. Informações: http://www.ufac.br/homepage/editais_2007/088_vagas_residual_2008_1/vagas_residuais_2008_1.doc Processo seletivo: provas de teoria, percepção e história musical e de interpretação instrumental (violão, piano, cordas friccionadas e sopros). _________________________________________________________________ Windows Live Messenger, la nueva generación de tu MSN. http://imagine-msn.com/minisites/messenger/default.aspx?locale=es-ar From lucianocaroso em gmail.com Mon Dec 24 03:03:03 2007 From: lucianocaroso em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Luciano_Car=F4so?=) Date: Mon, 24 Dec 2007 03:03:03 -0200 Subject: [ANPPOM-L] Um feliz natal e um 2008 cheio de possibilidades nesse novo mundo trazido pela banda larga In-Reply-To: References: Message-ID: [image: Boas-Festas] Assista "Gilberto Gil Banda Larga" "Etnomusicologia do ciberespaço". Esta expressão pode definir parte substancial das minhas reflexões acadêmicas em 2007. "Banda Larga" de Gil diz tudo que eu, neste momento, gostaria de dizer sobre o futuro. Um feliz natal e um 2008 cheio de possibilidades nesse novo mundo trazido pela banda larga. P.S.: Ao assistir ao vídeo, concentre-se no que acontecer até o final da música. Pode ter certeza que valerá o tempo dispendido. O resto fica por sua conta e risco. LUCIANO CARÔSO http://caroso.teec.com.br lucianocaroso em gmail.com 55[71]88356015 Salvador-Bahia-Brasil (c)2007 YouTube -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Sat Dec 29 17:42:57 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 29 Dec 2007 17:42:57 -0200 Subject: [ANPPOM-L] artigo Message-ID: <4776A340.ADCF8650@unb.br> Car em s colegas e amigos: Convido vocês a lerem meu artigo intitulado "Fica, Gil!", publicado no Correio Braziliense de 15/11/2007. O artigo foi recuperado em clipping pelo governo federal e, portanto, deve ter abalado as estruturas dos atuais donos do poder. Leiam o texto em: http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=395039 Aproveito para enviar a tod em s meus votos de um 2008 com muita saúde e sucessos. Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Sat Dec 29 17:55:42 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 29 Dec 2007 17:55:42 -0200 Subject: [ANPPOM-L] artigo Message-ID: <4776A63E.CF0B7DA1@unb.br> Car em s colegas e amigos: Convido vocês a lerem meu artigo intitulado "Fica, Gil!", publicado no Correio Braziliense de 15/11/2007. O artigo foi recuperado em clipping pelo governo federal e, portanto, deve ter abalado as estruturas dos atuais donos do poder. Espero que estes, assim, comecem a dar mais atenção aos problemas da música erudita brasileira. Leiam o texto em: http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=395039 Aproveito para enviar a tod em s meus votos de um 2008 com muita saúde e sucessos. Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: