[ANPPOM-L] Notícias 24/2007- Academia Brasileira deMúsica

Jorge Antunes antunes em unb.br
Sáb Maio 26 13:32:34 BRT 2007


À prezada Cida Fernandes e à direção da Academia Brasileira de Música:

O compositor John Corigliano não é "um dos maiores nomes da criação musical nos Estados Unidos".
O texto da notícia que você divulga deveria ser acompanhado dos créditos, ou da fonte, ou do nome do autor do texto, para que seu conteúdo e as opiniões nele incluídas não se confundam como sendo a opinião da ABM e de seus membros.
Abraço,
Jorge Antunes





ABM Notícias wrote:

> Corigliano em São Paulo
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> Chega ao Brasil na próxima semana o compositor John Corigliano, um dos maiores nomes da  criação musical nos Estados Unidos. Novaiorquino de 69 anos, Corigliano é um colecionador de prêmios : já recebeu o Pulitzer, o Grawemeyer e o Oscar, entre muitos outros. Suas obras são tocadas pelas maiores orquestras do mundo e gravadas pelos selos mais importantes. Projetado internacionalmente com a ópera The Ghost of Versailles, apresentada com muito sucesso no Met, Corigliano nasceu numa família de músicos : seu pai foi spalla da New York Philharmonic, na época de Toscanini e Leonard Bernstein. Atualmente,  Corigliano é Professor de Composição da Juilliard School of Music.
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> Corigliano vem ao Brasil para três concertos que a OSESP fará em sua homenagem, sob a regência de John Neschling, na Sala São Paulo, dias  31  de  maio, 1 e 2 de junho. O programa reunirá três obras de sua autoria, representativas de períodos distintos de sua produção : Torneios (1966), Concerto para Clarineta (1977) e Sinfonia nº 1 (1988). Paralelamente aos concertos, o Departamento de Música da ECA-USP reunirá compositores, regentes e musicólogos para dois “Encontros” com o compositor,  com o objetivo de discutir sua linguagem e suas opções musicais, focalizando nos debates o repertório a ser apresentado pela OSESP.
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> Na próxima terça- feira, no auditório da Casa de Rui Barbosa, o conjunto Música Nova, abre a Série Brasiliana da Academia Brasileira de Música. O concerto tem entrada franca e começa dia 18h30m.
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    resultado. Perguntei ao Jamil recentemente se ele havia se arrependido de 
    ter me ouvido na recomendação para fazer a montagem. Ele me disse que não 
    teve um segundo de arrependimento. Aliás lembro que quando conversamos, ao 
    mesmo tempo ele já me adiantava a opinião dele, dizendo que a partitura em 
    si era de muito boa qualidade, portanto, em certo sentido, ele apenas 
    buscava endosso em alguém que ele confiava, para um decisão que já estava 
    sendo tomada.</FONT></FONT> <FONT face=Arial><FONT size=-1>Qualquer obra 
    inovadora suscita resistencias, voce sabe muito bem disso, não preciso 
    ensinar o padre-nosso ao vigário. A montagem de Olga é um momento de 
    importância histórica inquestionável, mesmo por aquele que a desprezaram. 
    Fiz questão de salientar isso para meus alunos: "voces estão vendo a 
    história da música brasileira acontecer embaixo de seus narizes".Entre os 
    alunos houve muitos debates e reações as mais diversas: alguns gostaram 
    muito da ópera, outros nem tanto. Isso é normal e previsível. O Nelson 
    Rodrigues já dizia que a unanimidade é burra. De fato, a consciência crítica 
    só se desenvolve através do exercício. Os mais aferrados à aspectos 
    tradicionais do gênero fizeram restrições ao descompromisso da ópera com o 
    bel-canto. Os mais bem informados sobre a evolução da ópera entenderam seu 
    trabalho como uma nova proposta para o gênero.</FONT></FONT> <FONT 
    face=Arial><FONT size=-1>Certamente eu teria uma resposta à sua pergunta 
    quando ela busca minha opinião sobre Olga. Mas minha opinião não pode ser 
    dada em forma de crítica verbal. Como compositor só posso responder em forma 
    de música. Nunca me senti tão instigado a escrever uma ópera como depois que 
    ouvi seu trabalho. Creio que um colega compositor não poderia fazer maior 
    elogio ao seu trabalho do que este.</FONT></FONT> <FONT face=Arial><FONT 
    size=-1>E, cá entre nós, pare com essa bobagem de que seu prestígio poderia 
    ser destruido por uma crítica de jornal ou revista. Primeiro, o prestígio de 
    sua música antecede e ultrapassa em muito esta montagem de Olga. Em segundo, 
    há muita verdade no ditado: fale mal mas fale de mim. Grandes políticos 
    souberam fazer limonada dos limões atirados contra si. Terceiro, o Jamil me 
    chamou atenção para uma coisa: a crítica não tem mais a menor influência no 
    público. Haveria de se supor que após a publicação de uma crítica negativa, 
    houvesse diminuição de público nas récitas seguintes. Isso não ocorreu de 
    modo algum com Olga, como não acontece com outros espetáculos. As récitas 
    seguintes continuaram a ter a mesma dimensão de recepção. E por outro lado, 
    a história também julga os críticos. Há críticas de recepção que se afirmam 
    válidas após uma avaliação objetiva que só o tempo pode trazer e há críticas 
    que a história vai demonstrar que tinham estreiteza de visão.</FONT></FONT> 
    <FONT face=Arial><FONT size=-1>Por outro lado comigo acontece um fenômeno 
    interessante: eu me abalo muito pouco com a crítica porque não conheço 
    pessoa mais crítica de meu próprio trabalho do que eu mesmo. Há peças que 
    escrevi de que gosto muito num certo dia, mas quando vou reouví-la tempos 
    depois, faço sérias restrições. E vice-versa. Depende muito de que ângulo 
    crítico você está assumindo naquele momento. Isso vale para qualquer música, 
    de qualquer época, de qualquer compositor. Não há absolutos. Somente a 
    necessidade existencial de continuar buscando. A melhor maneira de você 
    provar que Olga é uma boa ópera, é tentar escrever uma ainda melhor. Se 
    conseguir, ela não era tão boa assim e terá tido sucesso em escrever uma 
    ópera ainda melhor, o que é fantástico. Se não conseguir, terá –{å
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