[ANPPOM-L] Edino Krieger -80 anos | Concertos comemorativos

Cida Fernandes cidaclf em gmail.com
Sex Fev 15 08:13:05 BRST 2008


 Prefeitura do Rio | Culturas

Nos próximos dias 28 e 29 de março, sexta e sábado, O Centro de Referência
da Música Carioca, homenageará um dois mais importantes nomes da música
brasileira o compositor EDINO KRIEGER que completa 80 anos.
Diversos intérpretes passarão pelo palco apresentando ao público um pouco da
sua trajetória musical que começou em Brusque, Santa Catarina, aos 14 anos.
Edino Krieger não se limitou apenas a compor, criou a Bienal de Música
Brasileira Contemporânea, dirigiu a Funarte - criando projetos fundamentais
para o desenvolvimento e difusão da música brasileira – presidiu a Academia
Brasileira de Música por quatro anos e muito mais.
Edino Krieger, o catarinense-carioca, representou a Julliard (NY) em
simpósios internacionais. Sua obra vem é tocada por orquestras e grupos de
todo o mundo.




Edino Krieger  nasceu em 17 de março de 1928 na cidade de Brusque, Santa
Catarina.

Aos sete anos seu pai começou presenteou-o com um  em violino, em com 14
anos deu um concerto em Florianópolis que lhe valeu uma bolsa de estudos do
governo do estado, transferindo-se para o Rio de Janeiro. Ali ingressou no
Conservatório Brasileiro de Música, tendo aulas de contraponto, harmonia e
composição com Hans-Joachim Koellreutter, ao mesmo tempo em que se
aperfeiçoava no violino com Edith Reis, na Escola Lambert Ribeiro.

Com pouco mais de um ano de estudos já fazia progressos tão brilhantes que
recebeu em 1945 o Prêmio Música Viva por um Trio de Sopros, e a partir desta
data passou a aprofundar seu envolvimento com o dodecafonismo e integrar o
Grupo Música Viva de compositores de vanguarda, ao lado de Koellreutter,
Claudio Santoro, Guerra-Peixe e Eunice Catunda. Em 1948 foi selecionado para
estudar no Berkshire Music Center, de Massachussets, tendo na banca
examinadora Aaron Copland, Henry Cowell, Gilbert Chase e Carleton Sprague
Smith, e onde foi aluno de Darius Milhaud. Em seguida estagiou por um ano na
Juilliard School of Music de Nova Iorque, na classe de composição de Peter
Mennin. Estudou também violino com William Nowinsky, assistente de Ivan
Galamian, na Henry Street Settlement School of Music. Representou a
Juilliard no Simpósio de Compositores dos Estados Unidos e Canadá realizado
em Boston, tendo executada sua obra Música de Câmara para flauta, trompete,
violino e tímpanos, e atuou como violinista da Mozart Orchestra de Nova
Iorque. Sua temporada nos Estados Unidos fez com que progressivamente se
afastasse do dodecafonismo.

Voltou ao Brasil em 1949, passando a procurar uma ocupação estável. De
início trabalhou com terapia musical no Hospital do Engenho de Dentro, e
depois ingressou nos quadros da Rádio MEC. Também nesta época colaborou com
a Rádio Roquette Pinto e o jornal Tribuna da Imprensa, como crítico. Em 1952
teve aulas com Ernest Krenek, e logo mudou-se para Londres para continuar
seus estudos de composição com Lennox Berkeley. Em 1955 obteve o Prêmio
Internacional da Paz do Festival de Varsóvia e o Prêmio da Fundação
Rottelini de Roma. Retornando ao Brasil, reassumiu seu posto na Rádio MEC,
onde foi indicado Diretor Musical e regente assistente da orquestra da
rádio.

Em 1959 conquistou o prêmio maior do I Concurso Nacional de Composição do
Ministério da Educação, com o Divertimento para Cordas, e foi agraciado com
a Medalha de Honra do Cinqüentenário do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1961 seu Quarteto de Cordas nº 1 obteve o Prêmio Nacional do Disco. Em
1968 recebeu o Troféu Golfinho de Ouro pelo conjunto de sua obra, o que se
repetiu em 1988. Em 1976 foi indicado Diretor Artístico da FUNTERJ -
Fundação de Teatros do Rio de Janeiro, organizando a temporada de reabertura
do Teatro Municipal e o Centro de Produções Teatrais de Inhaúma. Em 1979
criou o Projeto Memória Musical Brasileira junto ao Instituto Nacional de
Arte.

Na década de 80 recebeu vários prêmios e honrarias, como o título de Cidadão
Emérito do estado do Rio de Janeiro (1982), uma condecoração do governo da
Polônia em 1984, a Medalha Anita Garibaldi de Santa Catarina (1986), o
Prêmio Shell de Música (1987) e foi patrono de um concurso de piano em sua
cidade natal. Entre 1981 e 1989 dirigiu o Instituto Nacional de Música da
FUNARTE, fundação também presidida por ele de 1989 até 1990, data de sua
extinção, e de 2003 a 2006 exerceu a Presidência da Fundação Museu da Imagem
e do Som do Rio de Janeiro. É Presidente da Academia Brasileira de Música,
tendo sido eleito por unanimidade.

 Obras e estilo

Edino Krieger desenvolve uma trajetória polimorfa. Sua primeira obra, de
1944, é uma Sonata para violino em estilo barroco que relembra Corelli. Do
mesmo ano é seu Improviso, já seguindo o impressionismo musical. A
influência de Koellreutter se faz notar logo no ano seguinte, com o Trio
1945, o Quarteto de cordas e a canção Tem piedade de mim.

Nos Estados Unidos começou seu desligamento da escola dodecafonista e suas
explorações com novas técnicas de harmonia e orquestração, como fruto de seu
contato com Milhaud e Copland. Desta fase são sua Melopéia, para grupo de
câmara, e Fantasia, para grande orquestra. Reincidências no dodecafonismo
aconteceram sob o estímulo de Krenek, gerando o Sururu nos doze (1951), a
Música para piano e a Balada para três vozes femininas, flauta e violão,
onde já se nota um hibridismo estilístico, com exóticas explorações de
modalismos em atmosferas dodecafônicas.

A década de 50 começa com trabalhos de índole neoclássica como o Rondò
fantasia e a grande Abertura sinfônica, inspirados na escola de Hindemith, e
envereda pelo universo dos regionalismos, compondo canções como Tu e o
vento, Balada do desesperado e Desafio.

A fase londrina é caracterizada por um certo retraimento, preocupando-se
mais com o maior acabamento formal e com uma busca de novos horizontes.
Disto surgem obras de alta qualidade e de caráter nacionalista, como o 1º
Quarteto de Cordas (sua primeira tentativa anterior foi renegada pelo
autor), o Concerto para piano e orquestra, a Sonatina para piano solo e a
suíte Brasiliana, uma de suas composições mais conhecidas e apreciadas pelo
grande público.

As décadas de 60 e 70 foram marcadas pelo surgimento de algumas de suas
peças mais significativas: o Ludus Symphonicus (1965), escrito para o 3º
Festival de Música de Caracas e estreada pela Orquestra Filarmônica da
Filadélfia, o bailado Convergências (1968); o Canticum Naturale (1972), para
soprano e orquestra, baseada em cantos de pássaros e ruídos ambientais da
Amazônia; Ritmata (1974), para violão solo, de grande sucesso, e o notável
Estro Armonico, de 1975, uma de suas obras-primas, organizada em um sistema
de serialismo vertical de grande coesão estrutural.

Os anos 80 também testemunharam a aparição de composições bem sucedidas,
como Sonâncias I para violino e dois pianos (1981) e o Romance de Santa
Cecília (1989), para narrador, soprano, coro infantil e orquestra, em três
movimentos, onde empregou motivos de antigas danças e cantos plagais para
criar uma atmosfera de alegria, despojamento e devoção.

Sua produção mais recente é assinalada pelo Concerto para dois violões e
cordas (1994), o Te Deum puerorum Brasiliae (1997), composto para a visita
do Papa ao Rio de Janeiro, onde fundiu vários sistemas modais: cantos
gregorianos, regionalistas e indígenas, e Terra Brasilis, escrita por
encomenda do Ministério da Cultura para celebrar os 500 anos do
descobrimento do Brasil.

Fonte: Wikipédia

Concerto :  Edino Krieger | 80  anos?
Dias: 28 e 29 de março.  Sexta e sábado
Horário: dia 28: 18h30; dia 29: 17horas
Local: Centro de  Referência da Música Carioca - Rua Conde de Bonfim, nº
824.Tijuca. Tel :  32383880
Ingressos: R$ 20,00 e  R$10,00
Lotação: 200 pessoas
Censura  Livre
Acesso a deficientes
Não aceita cartões
Ingressos antecipados:  diariamente das 15  às 17horas

*Programa dia 28 de março,  sexta-feira


TODAS AS COMPOSIÇÕES SÃO DE EDINO  KRIGER
*
01. - Passacalha para Fred Schneiter - violonista Luiz  Carlos Barbieri

02. - Ritmata (4  minutos)
        Romanceiro (3  minutos) - violonista Maria Haro

03. Quatro Danças Concertantes  (arr. do QCV) 12 minutos ˆ Quarteto Carioca
de Violões*
Dança  Concertante II. Ronda Breve III. Homenagem a Bartok  IV.
Marcha-Rancho -  Quarteto Carioca de Violões



* Quarteto Carioca de  Violões
Nicolas de Souza Barros e Marco Lima e Vinicius Freitas Perez:  violões de
oito cordas / Felipe
Rodrigues: violão de 6 cordas
Edino  Krieger (1928) - Quatro Danças Concertantes (arr. do  QCV)



*Programa dia 29 de março,  sábado
*
Edu Krieger e grupo ˆcomposições de Aldo e Edino  Krieger



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