[ANPPOM-L] RES: RES: URGENTE - TOMPLAY substitui professor de música na escola

Roberto Bittar rbittar em uai.com.br
Sex Nov 28 14:32:56 BRST 2008


Oi Isabel. 

Tudo bem?

Grato por dizer que " falou pouco sobre isso, não houve tempo para mais explicações."

Realmente o tempo foi curto.

Também acho que seria bom estarmos pessoalmente, mas devido aos comentários, estou respondendo tudo para não ficar a impressão que não tenho o que falar.

A história.

Aos 45 anos, eu me separei, depois de 21 anos de casamento.
Ai, veio a depressão normal destas mudanças bruscas.
Nunca havia estudado música.

Fui ajudar um senhor a carregar duas caixas (eram dois saxofones tenor).
Encurtando... apaixonei-me pelo sax e busquei um professor no dia seguinte.
Isto mudou minha vida, para melhor.

Minhas dificuldades:
Não sabia nada, nem nomes. Bemóis, Sustenidos, fusas, nunca passaram pelo meu vocabulário.
Meus ouvidos só estavam habituados a palestras de Informática, finanças, planejamento, futebol, política, etc.
Achei que se, ao menos tivesse algumas informações e um treinamento de ouvido, teria sido mais fácil.

Como Profissional de Informática (premiado em outras criações), comecei a criar "objetos", "programas", etc, para ajudar.
Criei um, que ao assobiar, ele me dizia a nota que eu havia assobiado, etc.
Bom... a história acabou juntando tudo.
Tornando o processo de PEDAÇOS numa sequência divertida para crianças.

Como sou Vice-Presidente de uma ONG, estudei em colégio interno de Padres, tenho o lado SOCIAL mais apurado. 
Como sou Inovador e Empreendedor na área de informática, resolvi criar o que está hoje no site, na Quinta versão.
Estamos lançando a SEXTA Versão semana que vem.

Os resultados:
O reconhecimento e agradecimento de vários públicos, principalmente das crianças e mães, levam-me a ter certeza que devo continuar.

O futuro:
Espero que com apoio, possamos melhorar este PROCESSO DE INCIAÇÃO, de INCLUSÃO.

O Termo ALFABETIZAÇÃO:
A POLÊMICA da utilização deste termo é relativa.
Alfabetizar socialmente, ecologicamente, etc, não pode ser exclusividade de uma profissão.
Administrar uma empresa ou uma Escola de Música não é exclusividade dos Administradores (eu sou administrador de empresas, formado).
Mas não quero discussão, o termo não dá PODER ao produto real.
Podemos mudar o termo, o nome, mas o produto é o mesmo.
O produto é de INCLUSÃO MUSICAL, SOCIAL, DIGITAL.
 

Lamento esta confusão, principalmente porque não houve o tempo necessário para debate.
E lembre-se, estou a disposição.


Grato

Roberto Bittar





-----Mensagem original-----
De: maria isabel montandon [mailto:misabel em unb.br] 
Enviada em: sexta-feira, 28 de novembro de 2008 10:57
Para: Jorge Antunes
Cc: Roberto Bittar; anppom-l em iar.unicamp.br; farlley em pianobrasileiro.com; abemcentro-oeste em grupos.com.br; beatriz em unb.br; criscarvalho em abordo.com.br; mariobr em terra.com.br; mestrandos_e_doutorandos_ufrgs_musica em yahoogrupos.com.br; secretaria_abem em yahoo.com.br; muscoord em unb.br; antunes em unb.br; Abel Camargo CAMUS; alciomar; Beatriz Magalhães-Castro; Bohumil Med; Bojin Nedialkov; Carlos Mello; Conrado Marco; Cristina Grossi; Daniel Tarquinio; David Junker; departamento de musica; Ebnezer Nogueira; Edson; Eustaquio Grilo; Flavia Narita; Glesse Collet; Glesse Collet; Irene Bentley; Jaci Toffano; luizmar souza; Maria Volpe; Mario Brasil; Patricia Vanzella; Programa de Pós-Graduação; Renato Vasconcellos; Ricardo Dourado Freire; Sergio Nogueira; Vadim
Assunto: Re: [ANPPOM-L] RES: URGENTE - TOMPLAY substitui professor de música na escola


Prezado Roberto,

acho que seria importante você esclarecer as bases de seu material. Na  
reunião, você falou um pouco sobre isso, mas não houve tempo para mais  
explicações. Você disse que a intenção era fazer um material que  
preparasse o aluno (daí a idéia de alfabetização musical) antes dele  
começar a tocar o instrumento, para ajudá-lo nessa empreitada.  
Considero importante você descrever um pouco como o construiu, como  
ele deve ser usado, qual o objetivo, etc.

M. Isabel Montandon






Citando Jorge Antunes <antunes em jorgeantunes.com.br>:

> Prezado Senhor Roberto Bittar:
>
> Parabéns e obrigado pela resposta pública que o senhor nos envia.
> Ela tenta esclarecer alguns pontos.
> Não conheço o Tomplay. Assim, não posso emitir opiniões a respeito.
> Por enquanto, a única opinião que posso emitir é a de que o nome "Tomplay" é
> péssimo.
> Eu diria que, por aí, tudo já começa mal. Sei que essa minha opinião será
> tratada como a opinião de um "Jerryplay".
> Mas, é pena que não tenham batizado o dito cujo de, por exemplo, "Jogo de
> Sons". Poderia, enfim, ter sido usado qualquer outro nome na língua
> portuguesa. O processo de Educação, a tão almejada, já começaria por aí.
> Gostaria, entretanto, de dizer que não concordo com aqueles que dizem ser a
> presença do professor insubstituível.
> Em outras palavras, sou contra a idéia de que um software é sempre pior que
> um professor real ao vivo in loco.
> Penso assim, porque são muito conhecidos os casos de professores de educação
> musical que, ao invés de educarem, deseducam, ou alimentam a deseducação.
> Existe um vício de uso de métodos Dalcroze, Montessori, Orff, Kodali, etc,
> que simplesmente manipulam a cabeça das crianças no sentido de moldá-las
> unicamente para a música tonal. O professor, nessa linha filosófica, dá
> pulos de alegria quando a pobre criancinha consegue cantar afinadinha as
> conhecidas sete notas do sistema temperado. Dali para a frentte o que vemos
> é o surgimento de público que tem pavor de música erudita contemporânea e
> que considera música eletroacústica coisa de doido.
> A pretendida educação de qualidade, nesses casos, passa em geral a ser mera
> deseducação porque são formados pequenos futuros consumidores de
> "músicas-que-tocam-no-rádio", "músicas-que-tocam-no-faustão" e
> "músicas-que-tocam-no-gugu".
>
> Espero que o Tomplay, que não conheço, não adote esse mesmo método de
> educação musical a que chamo de "educação-lesa-pátria".
>
> Enfim, espero que o Tomplay possa realmente substituir aqueles maus
> professores, e que inclua, na programação, uma etapa de introdução às
> linguagens da música contemporânea: atonal, dodecafônica, estocástica,
> eletroacústica, ...
> Enfim, lembremos que o grande objetivo nosso não é aprender Música através
> da Educação. Ao contrário, o objetivo é Educar através da Música.
> E, educar é formar novos cidadãos de mentes abertas, fraternos, solidários,
> conscientes, que não discriminem qualquer corrente de pensamento. Por isso,
> fazer conhecer *apenas* as sete notas, as cirandas e a música tonal é
> deseducar.
>
> Pior, existe corrente de educação musical que pretende partir e usar
> unicamente a prática estética conhecida pelo grupo de deseducandos. Nesse
> método, o grupinho que só conhece funk é trabalhado pelo professor a partir
> do funk. Tudo começa no funk e termina no funk, não sendo introduzidas
> outras corrrentes e linguagens musicais.
>
> Com relação aos seus argumentos, em seu e-mail, tenho algumas observações.
> O senhor menciona nomes reconhecidos do nosso meio, e instituições, de uma
> maneira vã e anti-ética. O senhor afirma: "No Rio de Janeiro, estive com o
> Maestro André Cardoso  UFRJ e na ABM com o Maestro Ricardo Tacuchian, e com
> o Dr. Turíbio Santos do Museu Villa-Lobos, todos em agosto/2007."
> E dai? Não creio que o senhor esteve apenas com essas pessoas. O senhor deve
> ter estado também com pessoas do governo Lula. Não? Por exemplo, com gente
> do MEC. Com o Ministro. Por que não mencionou também os outros nomes, na
> lista de pessoas com quem o senhor esteve. O senhor esteve com o governador
> do Acre? O senhor esteve com o reitor da Universidade do Acre?
> Sua menção aos três nomes parece pretender passar a impressão de que o
> senhor insinua que eles gostaram do Tomplay. Mas nada é afirmado nesse
> sentido. Apenas envolve-se os nomes, comprometendo-os.
>
> Outra sua afirmação é surpreendente:
> "Deverá haver algum tipo de LICITAÇÃO ou de CHAMADA PÚBLICA para outras
> soluções equivalentes."
> Afinal, deverá haver? Ou haverá?
>
> Um outro esclarecimento é amedrontador:
> "Os R$ 500.000,00 (o projeto é de responsabilidade da Universidade) são para
> analise, discussão, avaliação e a maior parte destes recursos, vão para
> custear os trabalhos, que serão feitos pela Universidade E SERIA OPORTUNO, a
> participação dos Professores de Música, até para criticar com mais
> consistência técnica."
>
> Se a maior parte desses recursos vão para custeio dos trabalhos,
> subentende-se que a menor parte vai para pagamento de "analise, discussão,
> avaliação". Como é isso? O MEC vai subornar os professores? Os professores
> costumam fazer, de graça, em seus horários normais de trabalho, análises,
> discussões e avaliações. O senhor está providenciando pagamento aos
> professores para que eles discutam?
> Esse método é bem inteligente, embora imoral! Muitos professores, no
> desespero salarial, gostarão muito de serem pagos para avaliar e discutir.
>
> Por enquanto é só. Espero ter contribuído um pouco com a discussão.
>
> Cordialmente,
> Jorge Antunes
>
>
>
>
>
>
>
> 2008/11/26 Roberto Bittar <rbittar em uai.com.br>
>
>>  *Caro Farlley.*
>>
>> * *
>>
>> *Quanto ao Ministério Público ser acionado, não vejo nenhum problema. *
>>
>> *Estamos numa DEMOCRACIA e lutar por direitos legítimos é uma obrigação.*
>>
>> * *
>>
>> Nota:
>>
>> As informações da Prof. Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo não
>> estão corretas.
>>
>> Ela deve ter recebido alguma informação errada.
>>
>> Não estão sendo discutidos a venda de 2000 kits.
>>
>> Os R$ 500.000,00 (o projeto é de responsabilidade da Universidade) são para
>> analise, discussão, avaliação e a maior parte destes recursos,  vão para
>> custear os trabalhos, que serão feitos pela Universidade E SERIA OPORTUNO, a
>> participação dos Professores de Música, até para criticar com mais
>> consistência técnica.
>>
>> A demanda, vem dos Pontos de Cultura que, em alguns casos, já estão
>> utilizando o projeto.
>>
>> *Deverá haver algum tipo de LICITAÇÃO ou de CHAMADA PÚBLICA para outras
>> soluções equivalentes***
>>
>> *Tive uma apresentação e debate na UNB com vários Professores de diversos
>> departamentos e a Prof. Maria Cristina não estava presente.*
>>
>> *Todos, inclusive a representante dos Educadores Musicais, fizeram elogios
>> ao Projeto.*
>>
>> *Claro que todos tem sempre algo a acrescentar, sugerir a até criticar.*
>>
>> *Neste projeto, a PPV se compromete, formalmente,  a acatar as mudanças
>> solicitadas (dentro de limites possíveis) e SE aprovadas no CAMPO DE TESTE,
>> torná-las padrão do site.*
>>
>> * *
>>
>> * *
>>
>> * *
>>
>> *Há um engano em suas conclusões, parece-me que induzidas por informações
>> equivocadas, que é fundamental eliminar para termos um debate equilibrado.
>> *
>>
>> * *
>>
>> *Jamais** dissemos ou defendemos que o Professor de Música seja
>> DISPENSÁVEL.*
>>
>> *                Informamos que se não houver um Professor de Música, o
>> Monitor dos Laboratórios (são capacitados para isto) podem aplicar o Projeto
>> de Inclusão Musical, Aventuras Musicais aos alunos.*
>>
>> *                Se isto NÃO FOI ENTENDIDO CORRETAMENTE, deverei ser mais
>> explícito, farei a verificação do site.*
>>
>> *                Para a PPV, o Professor de Música é tão importante quanto
>> MÉDICO, pois acreditamos na MÚSICA como REMÉDIO NATURAL para os problemas
>> sociais.*
>>
>> *                Quanto aos dados estatísticos, a resposta é sim, temos.*
>>
>> *                Todo e qualquer acesso ao site é registrado em Banco de
>> Dados, detalhadamente.*
>>
>> * *
>>
>> *Defesa da Educação Musical.*
>>
>> *                Não vejo em seus argumentos NADA que defenda a Educação
>> Musical, assim, se puder, envie-me estes argumentos.*
>>
>> *                Também não vejo como podemos prejudicar os Professores de
>> Música, acho que podemos ALAVANCAR o mercado.*
>>
>> * *
>>
>> *A PPV.*
>>
>> *Empresa pequena, ética e competente:*
>>
>> ·         *tem consciência que não tem uma solução MÁGICA, apenas
>> INOVADORA;*
>>
>> ·         *tem consciência que a participação dos Educadores Musicais é
>> importante no desenvolvimento do PROJETO;*
>>
>> ·         *não mudará seus objetivos de INCLUIR MUSICALMENTE as crianças,
>> principalmente as mais podres.*
>>
>> *Por isto, já fez inúmeras tentativas em buscar junto aos Educadores
>> Musicais, apoio na participação, discussão e até mesmo críticas quanto ao
>> Projeto.*
>>
>> *Nosso objetivo é desenvolver uma ferramenta de Inclusão Musical e
>> esperamos que ela possa ser utilizada pelos Educadores Musicais.*
>>
>> *No Rio de Janeiro, estive com o Maestro André Cardoso  UFRJ e na ABM com
>> o Maestro Ricardo Tacuchian, e com o Dr. Turíbio Santos do Museu
>> Villa-Lobos, todos em agosto/2007.*
>>
>> * *
>>
>> *Soluções Tecnológicas:*
>>
>> *Mais cedo ou mais tarde, algum grande PLAYER irá lançar alguma solução
>> nesta direção.*
>>
>> *Seria melhor ser uma empresa nacional, com apoio e participação dos
>> Professores de Música do Brasil.*
>>
>> * *
>>
>> *Computadores:*
>>
>> *Acho desnecessária a discussão sobre os computadores.*
>>
>> *Eles existem aos milhões e a taxa de aumento é superior a 25% ao ano.*
>>
>> *Existem mais de 90 mil Lan-Houses no Brasil, a maioria em Favelas.*
>>
>> * *
>>
>> *Debate importante:*
>>
>> *Despertar, através da internet,  milhões de crianças, jovens e adultos a
>> APRENDER MÚSICA, deveria ser um INCENTIVO ao crescimento e desenvolvimento
>> do mercado para os Professores de Música.*
>>
>> *Acho que seria mais proveitoso, se pudermos ter um debate NESTA DIMENSÃO.
>> *
>>
>> *Estamos abertos ao DEBATE, a MUDANÇAS, a INCLUSÃO DE OUTROS PRODUTOS.*
>>
>> *Desde que não seja um DEBATE DE SURDOS.*
>>
>> * *
>>
>> *Gêmeos:*
>>
>> *Favor informar-me a idade deles.*
>>
>> *Enviarei em outro e-mail, três senhas, uma para você e duas para os
>> gêmeos.*
>>
>> *Com o acesso ao site,  enviarei os relatórios sobre cada um deles para
>> sua analise.*
>>
>> * *
>>
>>
>>
>>
>>
>> Roberto Bittar
>>
>> 31-3421-2223
>>
>> 31-9976-5262
>>
>>
>>
>> *De:* anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:
>> anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] *Em nome de *Farlley
>> *Enviada em:* segunda-feira, 24 de novembro de 2008 18:10
>> *Para:* Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo
>> *Cc:* Secretaria da ABEM; riz Magalhães-Castro; "=?ISO-8859-1?Q?Beat?="@
>> iar.unicamp.br; anppom-l em iar.unicamp.br;
>> mestrandos_e_doutorandos_ufrgs_musica em yahoogrupos.com.br;
>> abemcentro-oeste em grupos.com.br
>> *Assunto:* Re: [ANPPOM-L] URGENTE - TOMPLAY substitui professor de música
>> na escola
>>
>>
>>
>> Eu vou manipular o software, mas me antecipei para solicitar junto ao site
>> do fabricante alguns esclarecimentos, conforme texto abaixo.
>>
>> Boa tarde. Meu nome é Farlley Derze, sou professor de música, com
>> Licenciatura Plena na Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-graduação
>> e mestrado em Música, na Universidade de Brasília. Tendo em vista a
>> propaganda sobre o software de que não se faz necessário o acompanhamento de
>> um professor de música, creio que tal afirmação encontra-se embasada em
>> dados estatísticos colhidos ao longo de vários anos em que o software vem
>> sendo utilizado. Como vocês afirmam participar "da luta" para a inserção da
>> educação musical nas escolas brasileiras (que se deu por meio de um aditivo
>> à Lei de Diretrizes e Bases de 9394 de 1998), e atestam que o software
>> cumpre com os objetivos relacionados à Educação Musical nas escolas,
>> acredito que é oportuno levar ao conhecimento do Ministério Público Federal,
>> aqui em Brasília, as afirmações que acompanham a propaganda do software que
>> vocês estão vendendo. Especialmente a afirmação de que o professor de música
>> é dispensável para a educação musical da criança. A idéia é contar com a
>> participação do Ministério Público na defesa da Educação Musical no Brasil.
>> Se o professor de música é dispensável, como vocês afirmam, será possível
>> verificar a partir de resultados estatísticos sobre o rendimento de crianças
>> em contato com o referido software. Vocês já descobriram como solucionar os
>> milhões de estudantes do ensino fundamental e médio que não dispõem de um
>> computador? A consequência é não ter aula de música, já que se dependeria de
>> um computador para instalação do referido software.
>> Tenho 45 anos de idade. Tenho 2 filhos gêmeos. Vocês aceitariam enviar o
>> software para que meus filhos manipulassem o mesmo? Vocês poderiam enviar a
>> estatística com os dados quantitativos de quantas crianças usaram o software
>> e os dados qualitativos, elucidando quantas das crianças aprenderam a tocar
>> algum instrumento?
>> Atenciosamente,
>>
>> Farlley Derze
>>
>>
>> Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo escreveu:
>>
>> Prezados colegas,
>>
>> Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o software TOMPLAY que está
>> sendo comercializado na internet. Visitem os sites:
>>
>> http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/
>>
>> http://www.tomplay.com.br
>> http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/
>>
>> http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai-na-agencia-de-noticias-do-acre/
>>
>> O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua empresa
>> PPV Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da
>> nossa área  para legitimar seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC
>> para a compra de mais de 2000 Kits para os pólos de cultura. Para avaliar o
>> programa esperam gastar cerca de    R$ 500 000,00 do dinheiro público.
>>
>> A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais para
>> introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento comercial
>> da PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
>> compatível com linux e windows e dispensa *a presença de um professor com
>> formação acadêmica *para ministrar aula de música, a ferramenta o
>> substitui. Com esse argumento, a empresa defende o baixo custo do produto.
>> Vejam como a empresa justifica seu argumento comercial:
>>
>> *O artigo que previa a formação específica de professores na área musical
>> para ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social
>> e, no Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou
>> oficial na área e que são reconhecidos por seu talento. In  
>> *http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2
>>
>> No site www.ppvinformática.com.br  
>> <http://www.ppvinform%C3%A1tica.com.br>vocês podem ver que a  
>> empresa oferece treinamento para qualquer pessoa
>> implantar o software nas escolas: produção em série de tutores ou monitores
>> - uma visão tecnicista de ensino e aprendizagem.
>>
>> Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista da ANPPOM do ano
>> passado:
>>
>> *o software é realmente um brinquedo bacana e vou até indicá-lo para meus
>> sobrinhos. mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido em o governo
>> adotar software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim como
>> muitas aulas de música são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não
>> ensina (nem nunca terá como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí
>> q mora a diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical:
>> ensinar a pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor
>> técnico (seja sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da minúcia).
>> realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente no Brasil a
>> partir da prática completa da música e não do brinquedos musicais. Silvio*
>>
>> *Dei uma olhada no material e considero-o pedagogicamente profundamente
>> discutível.Acho, também, que o ensino, e a educação em geral, têm como base
>> profissionais bem formados e bem remunerados. Não vejo sentido em o governo
>> gastar com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento
>> real e consistente na formação de professores,  na melhoria dos salários
>> deles, na melhoria das condições materiais em sala de aula, etc. Material de
>> apoio, como o software pretende ser, deve ser um complemento à ação
>> competente de um educador musical.Não acredito que qualquer software, mesmo
>> que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para trazer de volta a
>> música às escolas. Na verdade, considero quetal iniciativa seria uma total
>> inversão de valores e um desperdício de dinheiro público. Vanda Freire *
>>
>> *Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar de não ser
>> a
>> minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito
>> retrógrado se limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma
>> mais ampla a percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é
>> adestrada desde os 7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas
>> (das relações tonais), estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça
>> para um universo muito mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a
>> mais de 50 anos e que chega com força hj até na música comercial, vide
>> música eletronica, suas raves e quantidade de público que gosta e produz
>> esse tipo de música. Ou seja, adotando um programa ( = um sistema de ensino)
>> voce atropela a discussão sobre como fazer acoisa, como educar musicalmente
>> os jovens nas escolas. Alexandre.*
>>
>> Eu concordo com os colegas acima. Acho que o software apresenta potencial
>> como ferramenta digital complementar à aula de música,  o que exige a
>> presença de um *professor de música *e sua  reflexão sobre como usar,
>> quando, por quanto tempo, associado a que atividades. Além disso, o software
>> apresenta pontos discutíveis relativo a concepção de ensino de música,
>> construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos musicais e
>> seleção musical. Uma outra questão é o governo adquirir um produto
>> específico que está nas mãos de um único produtor sem analisar outros
>> produtos do mercado de livre acesso.
>>
>> Aguardo a avaliação de vocês, pois a UnB e outras instituições estão sendo
>> contactadas de forma não muito precisa para legitimar esse produto. Penso
>> que precisamos urgentemente nos unirmos para defendermos* o professor de
>> música como o único profissional competente para ministrar a aula de música
>> nas escolas. *Repassem este email para outros educadores musicais. A
>> secretaria da ABEM pode repassá-lo para todos os sócios? Obrigada.
>>
>> Um abraço para todos,
>> Maria Cristina de Carvalho C. de Azevedo
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>> ----------------------------------------------------------------
>> This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.
>>
>>
>>
>> ----- Final da mensagem encaminhada -----
>>
>>
>>
>> ----------------------------------------------------------------
>> This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.
>>  ------------------------------
>>
>>
>>
>>
>>
>> Prezados colegas,
>>
>> Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o programa TOMPLAY que está
>> sendo comercializado na internet.
>>
>> O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua empresa
>> PPV Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da
>> área (educação musical, músicos, informática, programação visual, etc) para
>> legitimar seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC para a compra de
>> mais de 2000 Kits para os pólos de cultura.
>>
>> A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais para
>> introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento comercial
>> da PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
>> compatível com linux e windows e despensa a presença de um professor com
>> formação acadêmica para mediar a ferramenta. Com esse argumento, a empresa
>> defende o baixo custo do produto. Além disso, vejam como a empresa justifica
>> seu argumento comercial:
>>
>> *O artigo que previa a formação específica de professores na área musical
>> para ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social
>> e, no Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou
>> oficial na área e que são reconhecidos por seu talento. In  
>> *http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2
>>
>> O software apresenta potencial como ferramenta digital complementar à aula
>> de música,  o que exige a presença de um *professor *e sua  reflexão sobre
>> como usar, quando, por quanto tempo, associado a que atividades. Além disso,
>> o software apresenta problemas com relação a concepção de ensino de música,
>> construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos e seleção
>> musical. Uma outra questão é o governo adquirir um produto específico que
>> está nas mãos de um único produtor sem analisar outros produtos do mercado
>> de livre acesso.
>> Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista da ANPPOM do ano
>> passado:
>>
>> *o software é realmente um brinquedo bacana e vou até indicá-lo para meus
>> sobrinhos.*
>>
>> *mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido em o governo adotar
>> software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim como muitas
>> aulas de música são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não ensina
>> (nem nunca terá como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí q mora
>> a diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical: ensinar a
>> pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor técnico (seja
>> sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da minúcia).*
>>
>> *realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente no Brasil a
>> partir da prática completa da música e não do brinquedos musicais. silvio*
>>
>> *Dei uma olhada no material e considero-o pedagogicamente profundamente
>> discutível.Acho, também, que o ensino, e a educação em geral, têm como base
>> profissionais bem formados e bem remunerados. Não vejo sentido em o governo
>> gastar com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento
>> real e consistente na formação de professores,  na melhoria dos salários
>> deles, na melhoria das condições materiais em sala de aula, etc. Material de
>> apoio, como o software pretende ser, deve ser um complemento à ação
>> competente de um educador musical.Não acredito que qualquer software, mesmo
>> que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para trazer de volta a
>> música às escolas. Na verdade, considero quetal iniciativa seria uma total
>> inversão de valores e um desperdício de dinheiro público. Vanda Freire *
>>
>> *Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar de não ser
>> a
>> minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito
>> retrógrado se limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma
>> mais ampla a percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é
>> adestrada desde os 7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas
>> (das relações tonais), estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça
>> para um universo muito mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a
>> mais de 50 anos e que chega com força hj até na música comercial, vide
>> música eletronica, suas raves e quantidade de público que gosta e produz
>> esse tipo de música. Ou seja, adotando um programa ( = um sistema de ensino)
>> voce atropela a discussão sobre como fazer acoisa, como educar musicalmente
>> os jovens nas escolas. Alexandre.*
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>> Estive visitando a internet para conhecer o software. É um produto
>> comercial,
>> vejam os sites abaixo.
>> http://www.tomplay.com.br
>> http://www.tomplay.com.br/site/
>> http://www.tomplay.com.br/versoes/v5b/download/musicas
>> http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/
>>
>>
>> http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai-na-agencia-de-noticias-do-acre/
>>
>> Fuçando eu me deparei com a notícia abaixo onde escrevi  um comentário
>> (não resisiti);
>>
>> http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2
>>
>> Acho que devemos iniciar uma campanha contra esse tipo de iniciativa e
>> processo, que querem eliminar o professor de música. Estou disposta a
>> enviar para toda ABEM e colegas o site do TOMPLAY e a reportagem que
>> li para façam uma avaliação do software e se manifestem. De repente eu
>> estou com implicância. O que acham? E o pessoal de Minas? Será que
>> estão apoiando? Puxa vida é duro tanto trabalho para privilegiar uma
>> iniciativa privada.
>>
>> Se o software tem potencial, ótimo, mas quais as suas intenções e
>> conseqüências? Depois é duro ouvir o Mário querer ensinar o pai nosso
>> ao vigário, tipo a  "lógica dos pólos é diferente da academia". Então
>> porque precisam da academia?
>>
>> O que acham de encaminharmos esse email para a Beatriz MC?
>>
>> Beijos,
>>
>> M Cristina
>>
>>
>>
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