[ANPPOM-L] novo modelo de ingresso ao ensino superior

jamannis jamannis em uol.com.br
Ter Abr 7 19:05:10 BRT 2009


 

 

Colegas,

 

Talvez alguns estejam sabendo mas provavelmente outros ainda não (como eu
que acabei de saber).

 

Há proposta de rever o processo de ingresso nas universidades grosso modo
substituindo o Vestibular individual de cada instituição por provas do
processo do ENEM.

 

Não entro na discussão do mérito da proposta, pois precisaria refletir um
pouco mais sobre a questão.

 

Mas o que me chama a atenção é o que acontecerá com as provas de aptidão no
caso da música, através da qual avalia-se o potencial artístico de
candidatos.

 

Acredito que o tema seja de interesse dos Associados da ANPPOM, sobretudo
das Escolas e Departamentos de Música e merece uma reflexão e posterior
manifestação da classe.

 

Melhores saudações,

 

José Augusto Mannis

 

 

 

 

 

 Colegas, coloco somente  principais EXCERTOS DO BOLETIM relacionados ao
assunto (J.A.M.)

 

 

 

Clipping - Comvest     02/04/2009 

 

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Haddad apresenta novo modelo de ingresso ao ensino superior   (Ministério da
Educação – Notícias – 01/04/09)

Um novo modelo de ingresso às instituições de ensino superior foi
apresentado nesta terça-feira, 31, pelo ministro da educação, Fernando
Haddad, em entrevista coletiva em Brasília. A proposta, já encaminhada à
Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes), pretende substituir os atuais vestibulares por uma
avaliação única, a partir da reestruturação do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem), a fim de estimular a capacidade crítica dos alunos e a
conseqüente reorientação dos currículos do ensino médio. “Hoje o vestibular
desorienta mais do que orienta a organização curricular do ensino médio”,
disse Haddad. Segundo o ministro, os atuais processos seletivos privilegiam
a memorização excessiva de conteúdos e tornam a passagem da educação básica
para a superior “estressante e traumática”. Entre as vantagens do novo
modelo, segundo o ministro, estão a possibilidade de descentralizar os
exames seletivos, democratizar o acesso a todas as universidades; aumentar a
mobilidade estudantil; além de reorientar o currículo do ensino médio para
que o aluno passe a compreender e analisar mais profundamente o conteúdo
estudado. Com a prova única, o candidato poderia usar sua nota para
concorrer a vagas em todas as universidades que aderirem ao sistema. A
intenção é evitar que apenas os estudantes com mais alto poder aquisitivo
possam concorrer a mais vagas e, assim, democratizar o acesso a todas as
instituições, além de aumentar a mobilidade acadêmica, permitindo que
instituições longe dos grandes centros também recebam alunos com alto grau
de proficiência. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam que apenas 0,04% dos estudantes
matriculados no primeiro ano do ensino superior vêm de regiões diferentes de
onde estudam. “Em países desenvolvidos, esse número é bem mais expressivo”,
afirmou Haddad. Nos Estados Unidos, chega a 20%.

A nova prova – A proposta do Inep é reformular o Enem para que o exame possa
ser comparável no tempo e abranja todo o currículo do ensino médio. O
objetivo é aplicar quatro grupos de provas diferentes em cada processo
seletivo, além de redação. O novo exame seria composto por testes de cada
área do conhecimento, assim estruturadas: linguagens, códigos e suas
tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias;
ciências da natureza e suas tecnologias; matemáticas e suas tecnologias.
Cada grupo de testes seria composto por 50 itens de múltipla escolha
aplicados em dois dias: cem itens a cada dia.  Os estudantes poderão
concorrer com a nota de uma única prova em processos seletivos de
instituições diferentes, inclusive em anos diferentes porque o teste poderá
ser comparado ao longo do tempo.  O ministro explicou que a adesão de uma
universidade ao novo modelo não inibe que a instituição use outros
instrumentos de ingresso, como os que levam em conta as políticas
afirmativas ou nos moldes do Programa de Avaliação Seriada (PAS) aplicado
pela Universidade de Brasília. A proposta também não inviabiliza que as
instituições complementem o processo seletivo com provas específicas. “Isso
é muito comum em cursos como arquitetura e medicina”, exemplificou Haddad. O
ministro adiantou que o Inep tem condições de reformular o Enem ainda este
ano. “Vamos atender os reitores sob encomenda”, enfatizou. O cronograma de
aplicação do novo processo seletivo dependerá da resposta dos reitores à
proposta. Na próxima terça-feira, 7, os dirigentes universitários devem se
manifestar sobre o assunto. As instituições de ensino superior privadas e
estaduais também podem aderir ao sistema. 

Conheça a proposta.

Assista à entrevista: parte1   parte 2

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MEC quer definir troca do vestibular pelo Enem em duas semanas  (Globo. Com
– G1 Vestibular – 01/04/09)

O Ministério da Educação pretende  definir em cerca de duas semanas a
substituição do vestibular pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas
universidades federais. Segundo o presidente do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes,
deve acontecer na próxima segunda-feira (6) uma nova reunião com a
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes). Como as universidades têm autonomia, elas podem decidir
se adotam ou não o Enem no lugar do vestibular e, em caso positivo, em que
momento. O Ministério da Educação anunciou na terça-feira (31) uma nova
proposta para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que substituiria o
vestibular das 55 universidades federais e de instituições estaduais que
adotarem a medida. Segundo o ministro Fernando Haddad, o exame teria 200
questões de múltipla escolha e uma redação e seria aplicado em dois dias.
Atualmente, o Enem tem 63 questões e uma redação. No novo formato, as
questões seriam divididas em quatro grupos: linguagens (incluindo português,
inglês e a redação), matemática, ciências humanas e ciências da natureza. No
entanto, como a maior parte das universidades aplica vestibular duas vezes
por ano, não se descarta a possibilidade de o Enem ser aplicado mais de uma
vez no ano.  "Queremos ter isso definido em algumas semanas para poder
comunicar à população se vai haver alguma mudança no Enem ou não", afirmou.
De acordo com Fernandes, o Inep já está se preparando para fazer a mudança
ainda neste ano. Para Wanda Engel, superintendente executiva do Movimento
Todos pela Educação, a substituição do vestibular pelo Enem é importante
porque vai permitir a comparação no desempenho de um ano para o outro. "Há
uma crítica de que, desta maneira, a autonomia das universidades fica
comprometida. Mas, na verdade, o Enem irá dar um norte para o ensino médio,
que é uma verdadeira babel." Na avaliação de Carlos Alberto Serpa,
presidente da Cesgranrio, o novo Enem, com a cobrança de mais conteúdos,
contribuiria para reestruturar os currículos do ensino médio em todo o país.

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Vestibular (Folha de S.Paulo – Painel do Leitor – 02/04/09)

"Em seu artigo sobre o vestibular no Brasil ("Tendências/Debates", 28/ 3), o
professor Reynaldo Fernandes propõe tornar o Enem algo próximo ao SAT
norte-americano. A ideia parece-me muito boa e, se posta em prática, será um
grande progresso para a seleção de estudantes para o ensino superior. No
entanto, afirmar que os vestibulares dão ênfase exagerada à memorização é
não fazer justiça a iniciativas importantes. Há mais de 20 anos, o
vestibular da Unicamp vem aplicando provas voltadas para a leitura, o
raciocínio e a capacidade de expressão, influenciando positivamente o ensino
médio na região e selecionando estudantes talentosos, independentemente da
condição social."

LEANDRO R. TESSLER , coordenador-executivo do Comvest - Unicamp (Campinas,
SP)

Unicamp, Unesp e USP estudam unificar 1ª fase do vestibular (Folha de
S.Paulo – Cotidiano – 02/04/09)

Mudança será debatida por representantes das universidades, secretarias e
conselho de educação em fórum recém-criado

Medida já foi cogitada antes, em 2004; fórum permitirá a secretarias da
Educação e do Ensino Superior opinar sobre vestibular das escolas

USP, Unicamp e Unesp irão discutir uma primeira fase do vestibular
unificada. Foi o que ficou decidido ontem, em reunião no CEE (Conselho
Estadual da Educação). Não é a primeira vez que esse assunto entra na pauta
-pelo menos desde 2004 já se discutia o tema. O avanço realizado ontem, de
acordo com Maria Inês Fini, que representa a Secretaria Estadual da
Educação, foi a criação de um fórum para discutir mudanças. "Esse assunto é
antigo. O bom é que agora haverá discussão." Devem participar desse grupo de
trabalho, proposto pelo secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt, as três
universidades estaduais paulistas, o CEE e a Secretaria Estadual da Educação
e a de Ensino Superior. Com isso, o CEE e as secretarias poderão opinar
sobre o processo seletivo das escolas, que têm autonomia.

Vogt citou o Enem, que se mostrou como "uma boa forma de avaliação". "O MEC
tem uma proposta nesse sentido [de fazer uma primeira fase geral para as
universidades federais]. Não estou pregando que seja desse jeito. O que acho
é que temos que discutir uma forma." "O vestibular deve seguir o que é dado
no ensino médio, e não o contrário", afirmou Arthur Fonseca Filho,
presidente do CEE. Ele acredita que, com a prova unificada, as escolas
poderão programar melhor o conteúdo do ensino médio. Maria Inês citou também
a facilidade para o vestibulando. "Vai ser uma prova, uma data." A proposta
sugerida ontem foi que, após a primeira etapa, cada universidade faça a
segunda fase como quiser e se quiser. Os representantes das universidades
presentes na reunião -Leandro Tessler (Unicamp), Julio Cezar Durigan (Unesp)
e Selma Garrido Pimenta (USP)- acharam a criação do fórum "salutar". "É
complicado, porque cada universidade busca um perfil diferente. Mas é uma
possibilidade", disse Tessler. Para Durignan, da Unesp, "o ideal seria um
aproveitamento direto do ensino médio", mas ele acha boa a discussão. Selma,
da USP, disse, após a reunião: "Não posso falar pela USP. Mas a Selma vê com
bons olhos [a unificação]. É possível e desejável".

 

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Clipping da Comvest - 06-04-09

 

MEC deve antecipar fim do vestibular  (Globo On Line – Vestibular –
05/04/09)

O ministro da Educação, Fernando Haddad, deve anunciar nesta segunda-feira
aos reitores de universidades federais que ainda este ano será aplicado o
novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com esse teste, o Ministério da
Educação (MEC) pretende aposentar o vestibular. É o que mostra reportagem de
Demetrio Weber, publicada na edição desta segunda-feira do jornal O GLOBO. (
Debata o tema no blog Educação à Brasileira ) . De acordo com a reportagem,
o ministério já conta com a adesão de 35 das 55 instituições federais de
ensino superior. Os reitores divergem, no entanto, sobre o ritmo de
transição para o novo teste. ( Leia mais: Universidades adotam processos
seletivos diferentes do vestibular )  .De um lado, o reitor da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Aloisio Teixeira, disse ao GLOBO que espera ver o
sistema em vigor na UFRJ já este ano. De outro, o reitor da Universidade
Federal de Uberlândia, Alfredo Júlio Fernandes Neto, defende uma transição
de três anos.  O reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo de
Sousa Júnior, lembra que os reitores não darão a palavra final. Isso porque
esse tipo de decisão cabe aos conselhos internos, com representantes de
diferentes departamentos, estudantes e funcionários.  Com o novo Enem, o MEC
deseja que qualquer estudante brasileiro faça a prova e, de acordo com sua
nota, tenha direito a uma vaga em universidades federais de todos os
estados. Hoje, em geral, os vestibulares selecionam candidatos a uma única
instituição. O novo modelo é inspirado no SAT (Scholastic Assessment Test),
teste realizado nos Estados Unidos.

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MEC planeja unificar vestibular   (Jornal Cruzeiro do Sul – Educação  -
06/04/09)

Por mais que se discuta currículo, práticas de ensino e novas abordagens
para o ensino médio, quem define o que os alunos nessa faixa etária vão
estudar é o vestibular. A constatação, consenso entre especialistas, deve
ganhar novo rumo a partir deste ano, com a iniciativa do Ministério da
Educação (MEC) de unificar o processo seletivo das 55 universidades federais
e de as universidades paulistas discutirem fazer uma primeira fase única,
além de reverem as provas. O objetivo é transmitir um sinal diferente para
as escolas básicas.  "A gente sabe que as escolas são influenciadas pelo que
é exigido no vestibular e queremos usar a prova para orientar o ensino médio
num outro caminho, por isso estamos convidando as universidades para
discutirem o tema juntas", afirma Reynaldo Fernandes, presidente do Inep,
braço do ministério responsável pelas avaliações. "Não adianta o ministério
e as secretarias de educação pensarem currículo se os vestibulares mudam
tudo."  O MEC quer usar a experiência adquirida com o Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem), com questões que buscam analisar competências mais do
que conteúdo, e que já é feito por cerca de quatro milhões de alunos. O novo
exame incorporaria perguntas de ciências humanas e biológicas, por exemplo,
além de ganhar uma escala mais calibrada, para ter o mesmo nível de
dificuldade todos os anos - hoje em dia, em certos anos a prova é mais
fácil, e em outros, mais difícil. Nas próximas semanas, após reuniões com os
reitores das federais, o Inep deverá decidir se aplica o novo Enem neste ano
ou se fica para 2010. Caso aconteça agora, a prova atualmente marcada para
agosto seria transferida para outubro. 

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MEC prepara vestibular nos moldes do Enem (Gazeta de Ribeirão – Cidades –
05/04/09)

Tudo indica que os processos seletivos de 2010 das maiores universidades
públicas do País será bem diferente daqueles que os estudantes estão
habituados a realizar nas últimas duas décadas. O Ministério da Educação
(MEC) pretende criar um exame único para as 55 instituições federais —algo
equivalente ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)— a ser aplicado a
partir de agosto. Entre as universidades estaduais, algumas já anunciaram
que também pretendem rever seus vestibulares: a Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) —que divulgou oficialmente uma
série de mudanças—, e a Universidade de São Paulo (USP) —o Conselho de
Graduação da universidade estuda projeto de reformulação que prevê, por
exemplo, que a primeira fase do exame deixaria de contar pontos para a nota
final e a segunda etapa passaria a incluir questões de todas as disciplinas.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também está em etapa de
definições do processo seletivo 2010. Enquanto as mudanças não são
oficializadas, os vestibulandos seguem a rotina de se preparar para a
maratona de provas que toma praticamente todo o segundo semestre. “O Enem
atual não é consistente, por exemplo. Mesmo um aluno regular, mas mal
preparado, responde a prova e acerta a maioria das 63 questões. Imagine o
que acontecerá numa prova unificada para seleção de universitários que segue
esses moldes”, pontua o vestibulando de medicina Murilo Altheman, que está
prestes a enfrentar sua quinta bateria de distintas provas.

 

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MEC deve anunciar hoje a extinção do vestibular n (Tribuna da Bahia On Line
– Educação – 06/04/09)

O ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), deve anunciar hoje, em reunião
com reitores das universidades federais, que o novo Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) será aplicado já neste ano, independentemente do número de
instituições dispostas a substituir o vestibular pelo teste. Ontem, o
ministro contabilizava a adesão de pelo menos 35 das 55 universidades
federais à proposta de que o novo Enem passe a selecionar candidatos em todo
o país.  Com o novo Enem, o Ministério da Educação (MEC) deseja que qualquer
estudante brasileiro faça a prova e, de acordo com sua nota, tenha direito a
uma vaga em universidades federais de todos os estados. Hoje, em geral, os
vestibulares selecionam candidatos a uma única instituição. O novo modelo é
inspirado no SAT (Scholastic Assessment Test), teste realizado nos Estados
Unidos. A exemplo do que ocorre no vestibular, o sistema valerá para quem
concluiu o ensino médio em anos anteriores.

 

 

J A Mannis

 

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