[ANPPOM-L] novo modelo de ingresso ao ensino superior

Graziela Bortz g_bortz em hotmail.com
Sáb Abr 11 17:52:20 BRT 2009


Caros,

 

Li a notícia nos jornais e achei interessante pelo fato de ser uma chance de não mais atrelar o ensino médio ao vestibular. Seria importante, no entanto, que os departamentos de música mantivessem suas provas de habilidades e conhecimentos específicos. Esse tem sido o procedimento adotado nos EUA. 

 

Abraços,

 

Graziela

 


From: jamannis em uol.com.br
To: anppom-l em iar.unicamp.br
Date: Tue, 7 Apr 2009 19:05:10 -0300
Subject: [ANPPOM-L] novo modelo de ingresso ao ensino superior



 

 
Colegas,
 
Talvez alguns estejam sabendo mas provavelmente outros ainda não (como eu que acabei de saber).
 
Há proposta de rever o processo de ingresso nas universidades grosso modo substituindo o Vestibular individual de cada instituição por provas do processo do ENEM.
 
Não entro na discussão do mérito da proposta, pois precisaria refletir um pouco mais sobre a questão.
 
Mas o que me chama a atenção é o que acontecerá com as provas de aptidão no caso da música, através da qual avalia-se o potencial artístico de candidatos.
 
Acredito que o tema seja de interesse dos Associados da ANPPOM, sobretudo das Escolas e Departamentos de Música e merece uma reflexão e posterior manifestação da classe.
 
Melhores saudações,
 
José Augusto Mannis
 
 
 
 
 
 Colegas, coloco somente  principais EXCERTOS DO BOLETIM relacionados ao assunto (J.A.M.)
 
 
 
Clipping - Comvest     02/04/2009 
 
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Haddad apresenta novo modelo de ingresso ao ensino superior   (Ministério da Educação – Notícias – 01/04/09)
Um novo modelo de ingresso às instituições de ensino superior foi apresentado nesta terça-feira, 31, pelo ministro da educação, Fernando Haddad, em entrevista coletiva em Brasília. A proposta, já encaminhada à Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), pretende substituir os atuais vestibulares por uma avaliação única, a partir da reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a fim de estimular a capacidade crítica dos alunos e a conseqüente reorientação dos currículos do ensino médio. “Hoje o vestibular desorienta mais do que orienta a organização curricular do ensino médio”, disse Haddad. Segundo o ministro, os atuais processos seletivos privilegiam a memorização excessiva de conteúdos e tornam a passagem da educação básica para a superior “estressante e traumática”. Entre as vantagens do novo modelo, segundo o ministro, estão a possibilidade de descentralizar os exames seletivos, democratizar o acesso a todas as universidades; aumentar a mobilidade estudantil; além de reorientar o currículo do ensino médio para que o aluno passe a compreender e analisar mais profundamente o conteúdo estudado. Com a prova única, o candidato poderia usar sua nota para concorrer a vagas em todas as universidades que aderirem ao sistema. A intenção é evitar que apenas os estudantes com mais alto poder aquisitivo possam concorrer a mais vagas e, assim, democratizar o acesso a todas as instituições, além de aumentar a mobilidade acadêmica, permitindo que instituições longe dos grandes centros também recebam alunos com alto grau de proficiência. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam que apenas 0,04% dos estudantes matriculados no primeiro ano do ensino superior vêm de regiões diferentes de onde estudam. “Em países desenvolvidos, esse número é bem mais expressivo”, afirmou Haddad. Nos Estados Unidos, chega a 20%.
A nova prova – A proposta do Inep é reformular o Enem para que o exame possa ser comparável no tempo e abranja todo o currículo do ensino médio. O objetivo é aplicar quatro grupos de provas diferentes em cada processo seletivo, além de redação. O novo exame seria composto por testes de cada área do conhecimento, assim estruturadas: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; matemáticas e suas tecnologias. Cada grupo de testes seria composto por 50 itens de múltipla escolha aplicados em dois dias: cem itens a cada dia.  Os estudantes poderão concorrer com a nota de uma única prova em processos seletivos de instituições diferentes, inclusive em anos diferentes porque o teste poderá ser comparado ao longo do tempo.  O ministro explicou que a adesão de uma universidade ao novo modelo não inibe que a instituição use outros instrumentos de ingresso, como os que levam em conta as políticas afirmativas ou nos moldes do Programa de Avaliação Seriada (PAS) aplicado pela Universidade de Brasília. A proposta também não inviabiliza que as instituições complementem o processo seletivo com provas específicas. “Isso é muito comum em cursos como arquitetura e medicina”, exemplificou Haddad. O ministro adiantou que o Inep tem condições de reformular o Enem ainda este ano. “Vamos atender os reitores sob encomenda”, enfatizou. O cronograma de aplicação do novo processo seletivo dependerá da resposta dos reitores à proposta. Na próxima terça-feira, 7, os dirigentes universitários devem se manifestar sobre o assunto. As instituições de ensino superior privadas e estaduais também podem aderir ao sistema. 
Conheça a proposta.
Assista à entrevista: parte1   parte 2
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MEC quer definir troca do vestibular pelo Enem em duas semanas  (Globo. Com – G1 Vestibular – 01/04/09)
O Ministério da Educação pretende  definir em cerca de duas semanas a substituição do vestibular pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas universidades federais. Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, deve acontecer na próxima segunda-feira (6) uma nova reunião com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Como as universidades têm autonomia, elas podem decidir se adotam ou não o Enem no lugar do vestibular e, em caso positivo, em que momento. O Ministério da Educação anunciou na terça-feira (31) uma nova proposta para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que substituiria o vestibular das 55 universidades federais e de instituições estaduais que adotarem a medida. Segundo o ministro Fernando Haddad, o exame teria 200 questões de múltipla escolha e uma redação e seria aplicado em dois dias. Atualmente, o Enem tem 63 questões e uma redação. No novo formato, as questões seriam divididas em quatro grupos: linguagens (incluindo português, inglês e a redação), matemática, ciências humanas e ciências da natureza. No entanto, como a maior parte das universidades aplica vestibular duas vezes por ano, não se descarta a possibilidade de o Enem ser aplicado mais de uma vez no ano.  "Queremos ter isso definido em algumas semanas para poder comunicar à população se vai haver alguma mudança no Enem ou não", afirmou. De acordo com Fernandes, o Inep já está se preparando para fazer a mudança ainda neste ano. Para Wanda Engel, superintendente executiva do Movimento Todos pela Educação, a substituição do vestibular pelo Enem é importante porque vai permitir a comparação no desempenho de um ano para o outro. "Há uma crítica de que, desta maneira, a autonomia das universidades fica comprometida. Mas, na verdade, o Enem irá dar um norte para o ensino médio, que é uma verdadeira babel." Na avaliação de Carlos Alberto Serpa, presidente da Cesgranrio, o novo Enem, com a cobrança de mais conteúdos, contribuiria para reestruturar os currículos do ensino médio em todo o país.
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Vestibular (Folha de S.Paulo – Painel do Leitor – 02/04/09)
"Em seu artigo sobre o vestibular no Brasil ("Tendências/Debates", 28/ 3), o professor Reynaldo Fernandes propõe tornar o Enem algo próximo ao SAT norte-americano. A ideia parece-me muito boa e, se posta em prática, será um grande progresso para a seleção de estudantes para o ensino superior. No entanto, afirmar que os vestibulares dão ênfase exagerada à memorização é não fazer justiça a iniciativas importantes. Há mais de 20 anos, o vestibular da Unicamp vem aplicando provas voltadas para a leitura, o raciocínio e a capacidade de expressão, influenciando positivamente o ensino médio na região e selecionando estudantes talentosos, independentemente da condição social."
LEANDRO R. TESSLER , coordenador-executivo do Comvest - Unicamp (Campinas, SP)
Unicamp, Unesp e USP estudam unificar 1ª fase do vestibular (Folha de S.Paulo – Cotidiano – 02/04/09)
Mudança será debatida por representantes das universidades, secretarias e conselho de educação em fórum recém-criado
Medida já foi cogitada antes, em 2004; fórum permitirá a secretarias da Educação e do Ensino Superior opinar sobre vestibular das escolas
USP, Unicamp e Unesp irão discutir uma primeira fase do vestibular unificada. Foi o que ficou decidido ontem, em reunião no CEE (Conselho Estadual da Educação). Não é a primeira vez que esse assunto entra na pauta -pelo menos desde 2004 já se discutia o tema. O avanço realizado ontem, de acordo com Maria Inês Fini, que representa a Secretaria Estadual da Educação, foi a criação de um fórum para discutir mudanças. "Esse assunto é antigo. O bom é que agora haverá discussão." Devem participar desse grupo de trabalho, proposto pelo secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt, as três universidades estaduais paulistas, o CEE e a Secretaria Estadual da Educação e a de Ensino Superior. Com isso, o CEE e as secretarias poderão opinar sobre o processo seletivo das escolas, que têm autonomia.
Vogt citou o Enem, que se mostrou como "uma boa forma de avaliação". "O MEC tem uma proposta nesse sentido [de fazer uma primeira fase geral para as universidades federais]. Não estou pregando que seja desse jeito. O que acho é que temos que discutir uma forma." "O vestibular deve seguir o que é dado no ensino médio, e não o contrário", afirmou Arthur Fonseca Filho, presidente do CEE. Ele acredita que, com a prova unificada, as escolas poderão programar melhor o conteúdo do ensino médio. Maria Inês citou também a facilidade para o vestibulando. "Vai ser uma prova, uma data." A proposta sugerida ontem foi que, após a primeira etapa, cada universidade faça a segunda fase como quiser e se quiser. Os representantes das universidades presentes na reunião -Leandro Tessler (Unicamp), Julio Cezar Durigan (Unesp) e Selma Garrido Pimenta (USP)- acharam a criação do fórum "salutar". "É complicado, porque cada universidade busca um perfil diferente. Mas é uma possibilidade", disse Tessler. Para Durignan, da Unesp, "o ideal seria um aproveitamento direto do ensino médio", mas ele acha boa a discussão. Selma, da USP, disse, após a reunião: "Não posso falar pela USP. Mas a Selma vê com bons olhos [a unificação]. É possível e desejável".
 
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Clipping da Comvest - 06-04-09
 
MEC deve antecipar fim do vestibular  (Globo On Line – Vestibular – 05/04/09)
O ministro da Educação, Fernando Haddad, deve anunciar nesta segunda-feira aos reitores de universidades federais que ainda este ano será aplicado o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com esse teste, o Ministério da Educação (MEC) pretende aposentar o vestibular. É o que mostra reportagem de Demetrio Weber, publicada na edição desta segunda-feira do jornal O GLOBO. ( Debata o tema no blog Educação à Brasileira ) . De acordo com a reportagem, o ministério já conta com a adesão de 35 das 55 instituições federais de ensino superior. Os reitores divergem, no entanto, sobre o ritmo de transição para o novo teste. ( Leia mais: Universidades adotam processos seletivos diferentes do vestibular )  .De um lado, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Aloisio Teixeira, disse ao GLOBO que espera ver o sistema em vigor na UFRJ já este ano. De outro, o reitor da Universidade Federal de Uberlândia, Alfredo Júlio Fernandes Neto, defende uma transição de três anos.  O reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo de Sousa Júnior, lembra que os reitores não darão a palavra final. Isso porque esse tipo de decisão cabe aos conselhos internos, com representantes de diferentes departamentos, estudantes e funcionários.  Com o novo Enem, o MEC deseja que qualquer estudante brasileiro faça a prova e, de acordo com sua nota, tenha direito a uma vaga em universidades federais de todos os estados. Hoje, em geral, os vestibulares selecionam candidatos a uma única instituição. O novo modelo é inspirado no SAT (Scholastic Assessment Test), teste realizado nos Estados Unidos.
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MEC planeja unificar vestibular   (Jornal Cruzeiro do Sul – Educação  - 06/04/09)
Por mais que se discuta currículo, práticas de ensino e novas abordagens para o ensino médio, quem define o que os alunos nessa faixa etária vão estudar é o vestibular. A constatação, consenso entre especialistas, deve ganhar novo rumo a partir deste ano, com a iniciativa do Ministério da Educação (MEC) de unificar o processo seletivo das 55 universidades federais e de as universidades paulistas discutirem fazer uma primeira fase única, além de reverem as provas. O objetivo é transmitir um sinal diferente para as escolas básicas.  "A gente sabe que as escolas são influenciadas pelo que é exigido no vestibular e queremos usar a prova para orientar o ensino médio num outro caminho, por isso estamos convidando as universidades para discutirem o tema juntas", afirma Reynaldo Fernandes, presidente do Inep, braço do ministério responsável pelas avaliações. "Não adianta o ministério e as secretarias de educação pensarem currículo se os vestibulares mudam tudo."  O MEC quer usar a experiência adquirida com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com questões que buscam analisar competências mais do que conteúdo, e que já é feito por cerca de quatro milhões de alunos. O novo exame incorporaria perguntas de ciências humanas e biológicas, por exemplo, além de ganhar uma escala mais calibrada, para ter o mesmo nível de dificuldade todos os anos - hoje em dia, em certos anos a prova é mais fácil, e em outros, mais difícil. Nas próximas semanas, após reuniões com os reitores das federais, o Inep deverá decidir se aplica o novo Enem neste ano ou se fica para 2010. Caso aconteça agora, a prova atualmente marcada para agosto seria transferida para outubro. 
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MEC prepara vestibular nos moldes do Enem (Gazeta de Ribeirão – Cidades – 05/04/09)
Tudo indica que os processos seletivos de 2010 das maiores universidades públicas do País será bem diferente daqueles que os estudantes estão habituados a realizar nas últimas duas décadas. O Ministério da Educação (MEC) pretende criar um exame único para as 55 instituições federais —algo equivalente ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)— a ser aplicado a partir de agosto. Entre as universidades estaduais, algumas já anunciaram que também pretendem rever seus vestibulares: a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) —que divulgou oficialmente uma série de mudanças—, e a Universidade de São Paulo (USP) —o Conselho de Graduação da universidade estuda projeto de reformulação que prevê, por exemplo, que a primeira fase do exame deixaria de contar pontos para a nota final e a segunda etapa passaria a incluir questões de todas as disciplinas. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também está em etapa de definições do processo seletivo 2010. Enquanto as mudanças não são oficializadas, os vestibulandos seguem a rotina de se preparar para a maratona de provas que toma praticamente todo o segundo semestre. “O Enem atual não é consistente, por exemplo. Mesmo um aluno regular, mas mal preparado, responde a prova e acerta a maioria das 63 questões. Imagine o que acontecerá numa prova unificada para seleção de universitários que segue esses moldes”, pontua o vestibulando de medicina Murilo Altheman, que está prestes a enfrentar sua quinta bateria de distintas provas.
 
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MEC deve anunciar hoje a extinção do vestibular n (Tribuna da Bahia On Line – Educação – 06/04/09)
O ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), deve anunciar hoje, em reunião com reitores das universidades federais, que o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado já neste ano, independentemente do número de instituições dispostas a substituir o vestibular pelo teste. Ontem, o ministro contabilizava a adesão de pelo menos 35 das 55 universidades federais à proposta de que o novo Enem passe a selecionar candidatos em todo o país.  Com o novo Enem, o Ministério da Educação (MEC) deseja que qualquer estudante brasileiro faça a prova e, de acordo com sua nota, tenha direito a uma vaga em universidades federais de todos os estados. Hoje, em geral, os vestibulares selecionam candidatos a uma única instituição. O novo modelo é inspirado no SAT (Scholastic Assessment Test), teste realizado nos Estados Unidos. A exemplo do que ocorre no vestibular, o sistema valerá para quem concluiu o ensino médio em anos anteriores.
 
 
J A Mannis
 
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