From soniaraybrasil em gmail.com Mon Aug 1 14:43:03 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Mon, 1 Aug 2011 14:43:03 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Nota de Falecimento In-Reply-To: References: Message-ID: Cara Lúcia, Obrigada pelo aviso do falecimento da colega, o qual recebo e repasso para os associados da ANPPOM com tristeza. Não conheci a professora Neyde Thomas pessoalmente mas muitos de seus alunos passaram por mim como colegas de graduação, alunos ou como profissionais. Sua atuação séria e competente com a formação de cantores continuará sendo reconhecida na comunidade musical brasileira. Em nome da Diretoria da ANPPOM expresso meus sentimentos e desejo paz para a familia e amigos próximos. Forte abraço, Sonia -- SONIA RAY Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) Tel: +5562-9249.0911 Em 1 de agosto de 2011 10:22, Lúcia de Vasconcellos escreveu: > Prezada Sônia, > É com pesar que comunico o falecimento da professora e cantora Neyde > Thomaz, nessa madrugada de 1 de Agosto. > Neyde estava hospitalizada há alguns dias em Curitiba. > Meus amigos, alunos dela me deram essa notícia hoje pela manhã. > Um abraço. > > Lúcia de Vasconcellos > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From carlos.sandroni em gmail.com Mon Aug 1 14:53:19 2011 From: carlos.sandroni em gmail.com (Carlos Sandroni) Date: Mon, 1 Aug 2011 14:53:19 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Consulta sobre Moodle Message-ID: Olá, Gostaria de saber se alguém está usando a plataforma Moodle para trabalhar com Educação à Distância... imagino que sim! Neste caso, a consulta é se saberia indicar ferramentas específicas desta plataforma para trabalhar com Música. Pode responder para o meu email pessoal se considerar mais apropriado. Mas como é um assunto que pode interessar a outros colegas, também podemos conversar aqui pela lista. Atenciosamente, Carlos -- Carlos Sandroni Departamento de Música, UFPE Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFPE Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB Telefones: (81) 2126 8596 / 8597 (UFPE) (81) 9811 1473 (Celular) Endereço: Rua César Loureiro, 75/103 Casa Forte - 52060-350 Recife - PE -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rogeriobudasz em yahoo.com Mon Aug 1 19:49:10 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Mon, 1 Aug 2011 15:49:10 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: Message-ID: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From bholmesd em yahoo.com Mon Aug 1 20:07:12 2011 From: bholmesd em yahoo.com (Bryan Holmes) Date: Mon, 1 Aug 2011 16:07:12 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] Recurso da OMB rejeitado por unanimidade no STF Message-ID: <1312240032.58570.YahooMailNeo@web38002.mail.mud.yahoo.com> Excelente notícia e precedente para os músicos no Brasil: http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/08/supremo-tribunal-federal-dispensa-musico-de-registro-profissional.html 01/08/2011 17h49 - Atualizado em 01/08/2011 19h34 Supremo Tribunal Federal dispensa músico de registro profissional Ministros da Corte negaram recurso da Ordem dos Músicos do Brasil. Entidade queria manter a exigência de filiação para trabalhar. Débora Santos Do G1, em Brasília O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (1º) que um músico de Santa Catarina não precisa ser filiado à entidade de classe para ter o direito de exercer a profissão. A decisão desta segunda vale só para este caso, mas cria precedente para que outros músicos consigam na Justiça a dispensa da exigência da carteira de músico. No julgamento, os ministros rejeitaram, por unanimidade, recurso da Ordem dos Músicos que pretendia reverter decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O TRF liberou o músico de Santa Catarina da obrigação de se filiar à entidade e pagar anuidade para ter o direito de trabalhar. Atualmente, a Ordem dos Músicos do Brasil concede a carteira de músico mediante aprovação em provas escrita e prática. Por lei, a carteira é exigida para que o músico possa atuar. A Ordem dos Músicos foi criada por legislação de 1960 com a finalidade de ?exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a fiscalização do exercício da profissão do músico?. A lei é contestada em outra ação que tramita no Supremo. Segundo a entidade, a Constituição condiciona a atuação dos profissionais a qualificações específicas e de cada profissão. No julgamento, os ministros citaram a decisão do Supremo que derrubou, em 2009, a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Para a relatora do caso, ministra Ellen Gracie, para restringir a atuação dos músicos seria preciso identificar risco à sociedade. ?A liberdade de exercício profissional é quase absoluta. Qualquer restrição só se justifica se tiver interesse público. Não há qualquer risco de dano social na música?, afirmou a relatora do caso, ministra Ellen Gracie.   Bryan Holmes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From somba.guilherme em gmail.com Tue Aug 2 10:05:58 2011 From: somba.guilherme em gmail.com (Guilherme Castro) Date: Tue, 2 Aug 2011 10:05:58 -0300 Subject: [ANPPOM-L] OMB Message-ID: Olá tod em s, repassando: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml abs Guilherme Castro Coordenador - Música Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix - BH -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From danielquaranta em gmail.com Tue Aug 2 17:50:41 2011 From: danielquaranta em gmail.com (daniel quaranta) Date: Tue, 2 Aug 2011 17:50:41 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?ordem_dos_m=FAsicos-decide_STF?= Message-ID: Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml -- ?????????????????????????????????????????????? Dr. Daniel Quaranta Universidade Federal de Juiz de Fora - MG http://www.ufjf.br/anais_eimas/ ISSN: 2236-8353 www.rem.ufpr.br ISSN 1415-953 www.eimas.net http://ouvindonopatio.podomatic.com http://soundcloud.com/danielquaranta/ http://www.bienalmercosul.art.br/7bienalmercosul/pt-br/ao-redor-de-433 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From zchuekepiano em ufpr.br Tue Aug 2 19:47:47 2011 From: zchuekepiano em ufpr.br (=?iso-8859-1?Q?Z=E9lia_Chueke?=) Date: Tue, 2 Aug 2011 19:47:47 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?=22Brazilian_piano=3A_1972-2007=22_=2C_?= =?iso-8859-1?q?Z=E9lia_Chueke_piano=2E_Selo_ABM_digital?= Message-ID: <30e73f848e7f76620a58f6db8658a541.squirrel@webmail.ufpr.br> "A Academia Brasileira de Música convida V.S. para a Homenagem aos nossos mestres, evento que incluirá os seguintes lançamentos: do selo ABM digital os cds "Coloratus", de Jorge Antunes, e "Brazilian piano: 1972-2007", de Zélia Chueke; do selo ABM Editorial os livros "Vida Musical IV" e "Catálogo de obras, 2ª edição", de Vasco Mariz e a Coleção Almeida Prado, com partituras digitalizadas." Academia Brasileira de Musica Terça feira, 23 de agosto, 16hs Rua da Lapa, 120/12º andar - Lapa - 20021-180 Rio de Janeiro - RJ / Brasil Zélia Chueke, DMA Pianist - researcher Professor of Music- DeArtes, UFPR Permanent Researcher - Observatoire Musical Français/Sorbonne,Paris 4 www.zeliachueke.com From cpalombini em gmail.com Wed Aug 3 12:43:28 2011 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 3 Aug 2011 12:43:28 -0300 Subject: [ANPPOM-L] concurso professor visitante reuni musicologia ufmg Message-ID: EDITAL Nº 413 , DE 1º DE AGOSTO DE 2011 PROCESSO SELETIVO PARA PREENCHIMENTO DE VAGAS DE PROFESSOR VISITANTE O Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais torna público que, consoante os prazos abaixo especificados, contados a partir da publicação deste Edital, serão recebidas as inscrições de candidatos ao processo seletivo para preenchimento de vagas de professor visitante, a serem lotados nesta Universidade, de acordo com a seguinte distribuição: UNIDADE: Escola de Música. Departamento de Teoria Geral da Música: 01 (uma) vaga. Área de conhecimento: Musicologia. Titulação: Graduação em Música e com Doutorado em áreas afins. Forma de seleção: análise de curriculum vitae e entrevista. Data da seleção: do 1º ao 3º dia útil após o término das inscrições. Prazo de inscrição: 10 (dez) dias úteis a partir da data de publicação deste Edital. Prazo de validade do concurso: 06 (seis) meses prorrogável uma única vez por igual período. 1.0. As inscrições serão feitas na Secretaria do Departamento a que se destina a vaga, de segunda a sexta-feira, no horário de 09:00 às 12:30, sala 1008. 1.1. No ato da inscrição, o candidato deverá apresentar os seguintes documentos: I) Carteira de Identidade ou outro documento que comprove ser brasileiro nato ou naturalizado; se, estrangeiro deverá comprovar ser portador do visto pertinente; II) declaração de que possui: a) prova de quitação com a justiça eleitoral e prova de quitação com o serviço militar, quando couber; III) declaração de que está apto a comprovar a titulação exigida no ato da assinatura do contrato; IV) três exemplares da relação de títulos ou "Curriculum Vitae", abrangendo: a) graus, diplomas universitários e certificados de cursos de especialização e de aperfeiçoamento; b) experiência docente; c) experiência científica, técnica ou artística; d) experiência em administração acadêmica; e) publicações; f) distinção obtida em reconhecimento de atividade intelectual relevante; V) comprovação de títulos em uma só via; VI) declaração de não possui participação em gerência ou administração de empresa privada ou de sociedade civil, ou, ainda, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, segundo o inciso X do art. 117 da Lei nº 8.112/ 1990. 1.2. O candidato estrangeiro poderá inscrever-se no concurso público, com cédula de identidade com visto temporário, entretanto, por ocasião da contratação, será exigida a cédula de identidade, com visto permanente, ou, no mínimo, o visto temporário, "item V", com prazo de validade compatível. Neste caso, deverá ser exigida do docente, no prazo de 30 dias, a partir da contratação do candidato, a apresentação do protocolo do pedido de transformação do visto temporário em permanente, sob pena de ser declarada a insubsistência da inscrição e de todos os atos decorrentes do concurso público, bem como fica dispensado da exigência contida no subitem 1.1.a. A permanência do estrangeiro no quadro docente da Universidade fica condicionada à apresentação de Cédula de Identidade com visto permanente. 2.0. Cada processo seletivo compreenderá o julgamento de títulos e a realização de provas, conforme acima especificado. 3.0. Na hipótese de ocorrer empate de notas, como critérios de desempate, terá preferência, sucessivamente, o candidato que: 3.1.Tiver idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, conforme estabelece a Lei 10.741/03 (Lei do Idoso), sendo considerado para esse fim, a data de realização das provas; 3.2. Tiver a maior média aritmética simples das notas finais atribuídas pelos Examinadores; 3.3. Tiver a maior média aritmética das notas atribuídas pelos Examinadores em cada prova, observando o disposto no artigo 45 da Resolução nº 02/2010. 3.4. Tiver a maior idade; 3.5. Permanecendo, ainda, o empate, o desempate ocorrerá por sorteio, a ser realizado publicamente durante a sessão de apuração final do resultado do Concurso; 3.6. Após a promulgação do resultado, será elaborado o Parecer Final da Comissão Examinadora. 4.0. Conforme dispõe a medida provisória nº 1554-12/97, que alterou a Lei nº 8745/93, poderão ser contratados servidores da administração direta ou indireta da União, Estados, Distrito Federal e Município, desde que o contratado não ocupe cargo de magistério de que trata a lei 7596/87 (PUCRCE), observada a compatibilidade de horários e de cargos. 4.1. Os candidatos que já firmaram contrato administrativo com base na Lei 8745/93 poderão ser novamente contratados, desde que já tenha decorrido 24 (vinte e quatro) meses do encerramento do contrato anterior. 5.0. A admissão far-se-á no limite das vagas de cada processo seletivo constante deste edital, em regime de 20 horas semanais e segundo a Lei N° 8745 de 09.12.93 e Portaria 018, de 18 de março de 2009. 6.0. A remuneração mensal bruta do professor visitante será de R$ 2.518,30 (dois mil e quinhentos e dezoito reais e trinta centavos). 7.0. No ato da inscrição, o candidato receberá cópia deste edital, da Resolução 15/91 do Conselho Universitário, naquilo que couber, do artigo do Regimento Geral da UFMG que dispõe sobre o corpo docente da UFMG, da Lei 8.745/93 e da Portaria 018, de 18 de março de 2009. A inscrição implica o compromisso tácito por parte do candidato de aceitar as condições estabelecidas para a realização do processo seletivo, fixadas nos aludidos atos, dos quais não poderá ser alegado desconhecimento. CLÉLIO CAMPOLINA DINIZ -- Carlos Palombini cpalombini em gmail.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From zchuekepiano em ufpr.br Fri Aug 5 17:39:04 2011 From: zchuekepiano em ufpr.br (=?iso-8859-1?Q?Z=E9lia_Chueke?=) Date: Fri, 5 Aug 2011 17:39:04 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?=22Brazilian_piano=3A_1972-2007=22_=2C_?= =?iso-8859-1?q?Z=E9lia_Chueke_piano=2E_Selo_ABM_digital?= Message-ID: Peço divulgação. A lista ainda nao publicou esta mensagem. Obrigada, Zélia Chueke "A Academia Brasileira de Música convida V.S. para a Homenagem aos nossos mestres, evento que incluirá os seguintes lançamentos: do selo ABM digital os cds "Coloratus", de Jorge Antunes, e "Brazilian piano: 1972-2007", de Zélia Chueke; do selo ABM Editorial os livros "Vida Musical IV" e "Catálogo de obras, 2ª edição", de Vasco Mariz e a Coleção Almeida Prado, com partituras digitalizadas." Academia Brasileira de Musica Terça feira, 23 de agosto, 16hs Rua da Lapa, 120/12º andar - Lapa - 20021-180 Rio de Janeiro - RJ / Brasil Zélia Chueke, DMA Pianist - researcher Professor of Music- DeArtes, UFPR Permanent Researcher - Observatoire Musical Français/Sorbonne,Paris 4 www.zeliachueke.com Zélia Chueke, DMA Pianist - researcher Professor of Music- DeArtes, UFPR Permanent Researcher - Observatoire Musical Français/Sorbonne,Paris 4 www.zeliachueke.com From antunes em unb.br Sat Aug 6 08:54:07 2011 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 6 Aug 2011 08:54:07 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Fwd=3A_MAESTRO_JORGE_ANTUNES=3A_POL=CAM?= =?iso-8859-1?q?ICA_E_MODERNIDADE?= In-Reply-To: <65EF59E44B80D145896827BDAB49850713322247@IU-MSSG-MBX109.ads.iu.edu> References: <65EF59E44B80D145896827BDAB49850713322247@IU-MSSG-MBX109.ads.iu.edu> Message-ID: ---------- Mensagem encaminhada ---------- De: LAMC Data: 6 de agosto de 2011 08:20 Assunto: MAESTRO JORGE ANTUNES: POLÊMICA E MODERNIDADE Para: LAMC-L em listserv.indiana.edu *MAESTRO JORGE ANTUNES: POLÊMICA E MODERNIDADE* Esse é o título do documentário do cineasta Carlos Del Pino, feito para o DocTV, que vai ao ar na TV CULTURA na próxima semana. Exibições: quinta-feira, 11 de agosto, às 23h45, e sábado, 13 de agosto, às 19h00 O filme, que tem 54 minutos de duração, é de 2005 e narra a saga do compositor brasileiro Jorge Antunes, que foi o precursor da música eletrônica no Brasil em 1961 e que é considerado um dos principais nomes da música erudita moderna do país. Durante o regime militar, enquanto titular do Curso de Composição Musical da UnB, Jorge Antunes desenvolveu intensa atividade cultural e política em Brasília junto a movimentos populares e intelectuais pela redemocratização. Foi com a Sinfonia das Buzinas e o polêmico Hino Nacional Alternativo que ele pôde levar sua arte às ruas. É nesse contexto de criação, arte e política que o documentário se desenvolve. O filme conta a história deste grande músico através de narrações próprias, onde Antunes fala de seu passado, de suas reações, do ativismo político, memórias e esquecimentos. A dimensão de sua obra poderá ser compreendida de forma mais abrangente, uma vez que o documentário apresenta, junto aos fatos, os posicionamentos, os conceitos e as idéias que norteiam o artista. A consagração internacional do maestro é ilustrada com trechos de seus concertos na França, na Polônia e em Israel, regendo as orquestras locais, e é atestada por depoimentos de algumas personalidades do mundo artístico tais como: Iannis Xenakis, Edino Krieger, Vicente Salles, Reynaldo Jardim, TT Catalão, Gerson Valle, Ricardo Tacuchian, Henrique Morelembaum. * TV CULTURA São Paulo Quinta-feira, 11 de agosto, às 23h45 Sábado, 13 de agosto, às 19h00 Direção: Carlos Del Pino Ano: 2005 País: Brasil Duração: 54 min.* -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Aug 7 01:45:51 2011 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 7 Aug 2011 01:45:51 -0300 Subject: [ANPPOM-L] funk da gema (e-book) Message-ID: Lançado anteontem em BH http://funkdagema.blogspot.com/ Funk da gema: de apropriação a invenção, por uma estética popular brasileira. Christina Fornaciari. 2011. 111 p. ISBN: 978-85-912356-0-5 1. Antropologia. 2. Cultura Popular. 3. Performance. I. Christina Fornaciari. II. Titulo. Distribuição gratuita. projeto gráfico: Martuse Fornaciari http://martuse.com revisão: Virgínia Junqueira textos © respectivos autores (Christina fornaciari, prefácio de Mylene Mizrahi), 2011. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From magali.kleber em gmail.com Mon Aug 1 12:30:10 2011 From: magali.kleber em gmail.com (magali kleber) Date: Mon, 1 Aug 2011 12:30:10 -0300 Subject: [ANPPOM-L] nota de falecimento - Neyde Thomas In-Reply-To: <003b01cc505c$96bbb8c0$c4332a40$@com> References: <003b01cc505c$96bbb8c0$c4332a40$@com> Message-ID: Car em s membros da lista, em nome da Associação Brasileira de Educação Musical quero expressar nosso profundo pesar pelo falecimento da grande artista e professora Neyde Thomas, sempre destacando o Paraná no cenário nacional. Os nossos sentimentos aos amigos e familiares nesse momento de dor pela perda da Neyde! Cordialmente, Magali Kleber Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical Em 1 de agosto de 2011 12:06, Elisabeth Prosser escreveu: > Caríssimos**** > > Perdemos uma grande dama da música. Neyde Thomas foi uma professora de mão > cheia, generosa, guerreira, que sorria sempre, mesmo em meio às > adversidades. Ela fez história. Transformou o mundo do canto lírico de > Curitiba e do Brasil, trazendo a sua garra e sua experiência construída por > décadas nos mais importantes teatros e companhias operísticas dos EUA e da > Europa.**** > > Sua lembrança e seu legado certamente estarão presentes conosco sempre, > inspirando, encorajando, servindo de exemplo.**** > > Choramos nós, chora a música!!!**** > > Betty**** > > ** ** > > ** ** > > *De:* Paulo José da Costa [mailto:paulodafigaro em hotmail.com] > *Enviada em:* segunda-feira, 1 de agosto de 2011 10:08 > *Assunto:* nota de falecimento - Neyde Thomas**** > > ** ** > > Com tristeza aviso a todos sobre o falecimento de nossa querida Neyde > Thomas.**** > > O corpo estará sendo velado na Igreja Batista do Bacacheri.**** > > O sepultamento será amanhã, terça-feira, às 13 horas, cfe notícia dada pela > família.**** > > Paulo. **** > > -- > Fórum Permanente de Música do Paraná > Fundado em 2005, e desde então membro do Fórum Nacional da Música. Espaço > para discussão e proposições de políticas públicas para a música do estado e > dos seus municípios, além de constituir uma importante interlocução da > música com o poder público e com os demais segmentos da sociedade. > -- Magali Kleber Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2009-2011 Universidade Estadual de Londrina Fone 55 43 9994 6219 Londrina - Paraná Brasil -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Tue Aug 9 10:08:00 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Tue, 9 Aug 2011 10:08:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Sobre envio dos Boletos da anuidade 2011-2012 Message-ID: Caros associados, Como anteriormente avisado, neste mês de agosto vencem as anuidades dos sócios com cadastro anterior a 2011. A partir de hoje, 09 ago 11, enviaremos para o e-mail cadastrado pelo sócio os Boletos com a anuidade a ser paga no valor equivalente ao status de cada sócio (estudante de graduação, estudante de pós-graduação, pesquisador/docente ou instituição). A secretaria, através do e-mail anppomcadstro em gmail.com, está solicitando CPF e estatus de alguns sócios cujos csadstros estão incompletos. Solicito a todos que receberem e-mail pedindo complemento de dados, que o façam com rapidez. *Todos os boletos devem ser enviados até dia 15/08, data do vencimento.* Após esta data, se você por ventura não receber seu boleto, escreva para o e-mail . Todos os sócios que se cadstraram na ANPPOM em funçao do Congresso 2011 (e não eram sócios anteriormente), estão OK com a anuidde 2011-2012. Aqueles, cujo boleto de ajuste de anuidade já foi enviado, também não precisam se preocupar. Estão regularizados desde que tenham efetuado o pagamento do boleto. Se restou alguma dúvida sobre este procedimento, podem escrever diretamente pra mim. Abraços! Sonia -- SONIA RAY Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) Tel: +5562-9249.0911 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Wed Aug 10 13:02:12 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Wed, 10 Aug 2011 13:02:12 -0300 Subject: [ANPPOM-L] SIM_UFRJ 2001 - Livro de Resumos / Book of Abstracts In-Reply-To: References: Message-ID: ---------- Mensagem encaminhada ---------- De: II Simpósio Internacional de Musicologia UFRJ Data: 10 de agosto de 2011 12:27 Assunto: SIM_UFRJ 2001 - Livro de Resumos / Book of Abstracts II Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ "Teoria, Crítica e Música na Atualidade" Second UFRJ International Symmposium of Musicology "Current Theory, Criticism and Music" Rio de Janeiro, 15 a 17 Agosto de 2011 Rio de Janeiro, Brazil, August, 15 to 17, 2011 Prezados colegas, Dear colleagues, Informamos com grande satisfação que o Livro de Resumos está disponível para download (pdf) no site: We are glad to inform that the Book of Abstracts is available for download (pdf) at: http://www.musica.ufrj.br/posgraduacao/images/stories/noticias/Simposio2011Resumos.pdf Boas vindas! Welcome! Maria Alice Volpe, Presidente das Comissões Organizadora e Científica / General and Program Comiittees, Chair Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ Escola de Música Programa de Pós-Graduação em Música Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ International Symposium of Musicology School of Music Graduate Studies Program in Music Federal University of Rio de Janeiro -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Mon Aug 8 13:21:14 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Mon, 8 Aug 2011 13:21:14 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> References: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Thu Aug 11 08:46:18 2011 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Thu, 11 Aug 2011 04:46:18 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?O_espa=E7o_da_Performance_Musical_nas_U?= =?iso-8859-1?q?niversidades_brasileiras?= Message-ID: <1313063178.41121.YahooMailClassic@web110309.mail.gq1.yahoo.com> Caros colegas, Novo texto intitulado "O espaço da Performance Musical nas Universidades brasileiras": http://audio-arte.blogspot.com/. Obrigado pela atenção! Saudações, Daniel LemosProfessor do Curso de Música / DEART Universidade Federal do Maranhão (UFMA) http://musica.ufma.br Blog Audio Arte Fórum de Pedagogia da Performance ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From andrefadel em gmail.com Thu Aug 11 12:43:27 2011 From: andrefadel em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Andr=E9_Fadel?=) Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= Message-ID: *Uma questão ridícula* Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. André Fadel Pianista e compositor 2011/8/8 SBME . > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > >> Matéria da Folha de hoje < >> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >> > >> ================================================== >> >> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >> >> FELIPE SELIGMAN >> DE BRASÍLIA >> >> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >> classe para exercer sua profissão. >> >> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >> >> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento >> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >> apresentar. >> >> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >> quando chegar no tribunal. >> >> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só >> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um >> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >> afirmou. >> >> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariomarcaljr em gmail.com Thu Aug 11 15:02:17 2011 From: mariomarcaljr em gmail.com (mariomarcaljr) Date: Thu, 11 Aug 2011 15:02:17 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <42BE1709-C37E-44E6-AD91-A91268FC4250@gmail.com> Olá Jorge Antunes e caros colegas! Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha opinião aqui. Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na minha opinião se justifica. Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que eles são o que são ou fazem o que fazem. Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é problema do intérprete. Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos também limitando os variados tipos de interpretações e isso seria como proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só permitido o uso do inglês da época para interpretar. Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a critica e/ou público achou que a sua música não prestava). O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como colocou o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para o seu assado. Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela participa e não a limitar quem esta fora dela. Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são extremamente profissionais e talentosos. Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião. Mário Marçal Jr. Mário Marçal Jr. Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." escreveu: > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > Matéria da Folha de hoje > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Thu Aug 11 18:44:00 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Thu, 11 Aug 2011 18:44:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <6861A045-5180-4247-83CF-D1FC419EACF6@gmail.com> References: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> <6861A045-5180-4247-83CF-D1FC419EACF6@gmail.com> Message-ID: Olá, colegas: Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, expõe suas ideias de modo claro. Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à entidade. Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de Ministros, segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem realizada não implicará em qualquer bem social. Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não cheira, nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e que o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, ninguém morreria. Mas, morrer é o mal maior? Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. Para não me alongar mostrarei apenas um. Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador (não me lembro de qual Conselho exatamente). Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 dB) em um raio de muitos metros. O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através do Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não divulgação da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a qual *"a música nunca oferece risco social"*. Abraços, Jorge Antunes Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr escreveu: > Olá Jorge Antunes e caros colegas! > > Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha opinião > aqui. > > Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além > de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. > > Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na > minha opinião se justifica. > > Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa > causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir > infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso > em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, > estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. > > O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por > quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que > eles são o que são ou fazem o que fazem. > > Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se > retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é > problema do intérprete. > > Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos > informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época > ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a > apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos > também limitando os variados tipos de interpretações e isso seria como > proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só > permitido o uso do inglês da época para interpretar. > > Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o > que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a > história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a > critica e/ou público achou que a sua música não prestava). > > O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como colocou > o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir > como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais > exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e > o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria > somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. > > O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para > o seu assado. > > Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade > de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela > participa e não a limitar quem esta fora dela. > > Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem > a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o > argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado > quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho > colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são > extremamente profissionais e talentosos. > > Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de > música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como > uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela > seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam > presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a > GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se > associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) > > Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião. > > > Mário Marçal Jr. > > > Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." escreveu: > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < > rogeriobudasz em yahoo.com> escreveu: > >> Matéria da Folha de hoje < >> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >> > >> ================================================== >> >> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >> >> FELIPE SELIGMAN >> DE BRASÍLIA >> >> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >> classe para exercer sua profissão. >> >> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >> >> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento >> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >> apresentar. >> >> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >> quando chegar no tribunal. >> >> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só >> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um >> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >> afirmou. >> >> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cassianobarros em hotmail.com Thu Aug 11 19:36:59 2011 From: cassianobarros em hotmail.com (Cassiano Barros) Date: Thu, 11 Aug 2011 19:36:59 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?III_Encontro_de_Pesquisadores_em_Po=E9t?= =?iso-8859-1?q?ica_Musical_dos_S=E9culos_XVI=2C_XVII_e_XVIII?= In-Reply-To: <1313063178.41121.YahooMailClassic@web110309.mail.gq1.yahoo.com> References: <1313063178.41121.YahooMailClassic@web110309.mail.gq1.yahoo.com> Message-ID: Caros colegas, Comunicamos que o III Encontro de Pesquisadores em Poética Musical dos Séculos XVI, XVII e XVIII ocorrerá nos dias 31/08, 01-02/09, no Auditório "Lupe Cotrim" da ECA/USP, campus São Paulo. Consulte a programação do evento e obtenha mais informações no site: www.retoricamusical.com, menu encontros. Att, Mônica Lucas (ECA/USP) Cassiano Barros (IA/UNICAMP) Comissão de Trabalho do III EPPM cassianobarros em retoricamusical.com From liatomas em uol.com.br Fri Aug 12 11:39:07 2011 From: liatomas em uol.com.br (Lia Tomas) Date: Fri, 12 Aug 2011 11:39:07 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Processo seletivo Mestrado-Doutorado UNESP Message-ID: <56F8CC41BBE4407D99B9E40325A58B6E@liapc> Caros colegas, Encontram-se disponíveis no site da UNESP - http://www.ia.unesp.br/pos/stricto/musica/processo_seletivo.php - os editais do processo seletivo de Mestrado e Doutorado em Música (2012). Abraços Lia Tomás __________________________ Lia Tomás Professora Livre-Docente Coordenadora PPG Música UNESP - Instituto de Artes email: liatomas em uol.com.br - liatomas em ia.unesp.br Tel: (11) 3393 8642 - 9205 3465 São Paulo, SP, Brasil -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alespinheira em gmail.com Fri Aug 12 12:22:57 2011 From: alespinheira em gmail.com (Alexandre Espinheira) Date: Fri, 12 Aug 2011 12:22:57 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Olá, "Qualquer restrição só se justifica se tiver interesse público e não há qualquer risco de dano social com a música?. Essa foi a frase da ministra literalmente. Na hora que vi isso postei uma notinha no Facebook. Isso me incomoda muito. Interesse já sabemos que não há. Poderíamos logicamente deduzir que se mal não há, bem também não deve ter? Vale a reflexão. Isso é maior do parece... Alexandre ps.: juro que, pelas coisas que ando ouvindo por aí, eu adoraria que música matasse... talvez assim fossemos mais respeitados, pelo menos como terroristas. Em 8 de agosto de 2011 13:21, SBME . escreveu: > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > >> Matéria da Folha de hoje < >> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >> > >> ================================================== >> >> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >> >> FELIPE SELIGMAN >> DE BRASÍLIA >> >> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >> classe para exercer sua profissão. >> >> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >> >> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento >> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >> apresentar. >> >> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >> quando chegar no tribunal. >> >> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só >> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um >> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >> afirmou. >> >> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- *Alexandre Espinheira* Doutorando - Composição (PPGMUS-UFBA) Contatos: +55 71 8133-0201 http://alespinheira.wordpress.com "Só deixo meu Cariri no último pau-de-arara" Saúde e Trabalho -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Fri Aug 12 12:58:14 2011 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Fri, 12 Aug 2011 08:58:14 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: Message-ID: <1313164694.9831.YahooMailClassic@web110314.mail.gq1.yahoo.com> Caros colegas, Permitam-me acrescentar um ponto de vista. Quando falamos sobre uma organização sindical, seu papel é representar uma classe, zelando para que haja o cumprimento fiel dos interesses de uma profissão, permitindo seu exercício com ética e dignidade. Nesse sentido, é fundamental a criação de um sindicato que realmente provesse amparo para quem tem como principal fonte de remuneração a Música. Nesse sentido, o estilo musical ou gosto não fazem a menor importância, pois todos os estilos compartilham das mesmas necessidades. Associar esta dimensão subjetiva como critério para formação sindical é de antemão entrar numa discussão polêmica que sempre ficará à mercê de questões individuais, e não coletivas. Ainda há muitas pessoas que pensam Música como "boa" e "ruim", "Erudito" e "Popular", "artístico" e "comercial", e para formar um grande sindicato igual, justo e que realmente funcione, devemos passar por cima destas valorações. Note que advogados, médicos, engenheiros e jornalistas que tocam instrumentos musicais não poderão compor o sindicato, pois estes deverão buscar amparo nos sindicatos de suas respectivas "primeiras profissões". Obviamente, para quem não vive de Música, os interesses profissionais são diferentes, e nada garante que eles terão um compromisso sério com a manutenção e o desenvolvimento de nossa área. Ainda, serão valorizados aqueles que fizeram a valente opção de viver com Música. Discordo da idéia de que Música não é algo "sério". Por ser uma Arte, obviamente os padrões estéticos são inúmeros, pois todo tipo de Arte, independentemente do seu nível de complexidade, fidelidade ou compromisso do artista, sempre encontra um público-alvo. Porém, isto não nos impede de lutar para termos um espaço digno na sociedade, e sem demonstrar seriedade para com nosso trabalho, jamais seremos vistos com respeito. Um abraço, Daniel LemosProfessor do Curso de Música / DEART Universidade Federal do Maranhão (UFMA) http://musica.ufma.br Blog Audio Arte Fórum de Pedagogia da Performance ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance --- Em qui, 11/8/11, SBME . escreveu: De: SBME . Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB Para: "ANPPOM" Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 18:44 Olá, colegas: Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, expõe suas ideias de modo claro. Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à entidade. Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de Ministros, segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem realizada não implicará em qualquer bem social. Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não cheira, nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e que o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, ninguém morreria. Mas, morrer é o mal maior? Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. Para não me alongar mostrarei apenas um. Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador (não me lembro de qual Conselho exatamente). Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 dB) em um raio de muitos metros. O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através do Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não divulgação da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a qual "a música nunca oferece risco social". Abraços, Jorge Antunes Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr escreveu: Olá Jorge Antunes e caros colegas! Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha opinião aqui. Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na minha opinião se justifica. Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que eles são o que são ou fazem o que fazem.  Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é problema do intérprete. Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos também limitando os variados tipos de  interpretações e isso seria como proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só permitido o uso do inglês da época para interpretar. Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a critica e/ou público achou que a sua música não prestava). O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como colocou o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para o seu assado.  Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela participa e não a limitar quem esta fora dela. Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são extremamente profissionais e talentosos. Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião.  Mário Marçal Jr. Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." escreveu: Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Fri Aug 12 13:55:46 2011 From: rrrr em usp.br (rrrr em usp.br) Date: Fri, 12 Aug 2011 13:55:46 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> <6861A045-5180-4247-83CF-D1FC419EACF6@gmail.com> Message-ID: <20110812135546.70260n5mvt9i4i6q@webmail.usp.br> caríssimo maestro Antunes, vc sabe do sincero respeito e admiração que tenho por sua insigne pessoa, bem como pelo grande artista e ainda pelo grande pensador político que vc é e sempre foi, mas neste caso, me permita descordar, caro maestro, uma vez que os ministros do STF foram brilhantes em suas arguições. A unanimidade dos votos no STF não deixa dúvida que a exigência de se pagar anuidade pra OMB não faz o menor sentido. Excelente notícia pra música e para os músicos no Brasil! (agora falta resolver os problemas do ECAD) abraços do Rubens R. Ricciardi Citando "SBME ." : > Olá, colegas: > > Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra > que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões > sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, > expõe suas ideias de modo claro. > Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, > qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à > Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à > entidade. > Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de Ministros, > segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". > Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal > realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem > realizada não implicará em qualquer bem social. > Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não cheira, > nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e que > o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, ninguém > morreria. > Mas, morrer é o mal maior? > Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, > pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o > que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei > na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. > Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que > seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um > bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. > > Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. > Para não me alongar mostrarei apenas um. > Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas > experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador > (não me lembro de qual Conselho exatamente). > Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa > médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que > acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua > capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 > dB) em um raio de muitos metros. > O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através do > Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não divulgação > da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa > implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". > Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. > Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que > coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a > qual *"a música nunca oferece risco social"*. > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr > escreveu: > >> Olá Jorge Antunes e caros colegas! >> >> Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha opinião >> aqui. >> >> Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além >> de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. >> >> Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na >> minha opinião se justifica. >> >> Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa >> causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir >> infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso >> em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, >> estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. >> >> O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por >> quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que >> eles são o que são ou fazem o que fazem. >> >> Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se >> retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é >> problema do intérprete. >> >> Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos >> informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época >> ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a >> apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos >> também limitando os variados tipos de interpretações e isso seria como >> proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só >> permitido o uso do inglês da época para interpretar. >> >> Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o >> que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a >> história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a >> critica e/ou público achou que a sua música não prestava). >> >> O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como colocou >> o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir >> como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais >> exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e >> o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria >> somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. >> >> O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para >> o seu assado. >> >> Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade >> de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela >> participa e não a limitar quem esta fora dela. >> >> Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem >> a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o >> argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado >> quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho >> colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são >> extremamente profissionais e talentosos. >> >> Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de >> música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como >> uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela >> seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam >> presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a >> GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se >> associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) >> >> Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião. >> >> >> Mário Marçal Jr. >> >> >> Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." escreveu: >> >> Colegas: >> >> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre >> a decisão do STF. >> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. >> >> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir >> o que decidiram. >> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >> >> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando >> o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no >> caso de médicos, engenheiros ou advogados". >> Isso é verdade? >> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >> social? >> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada >> conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de >> desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >> representasse a realização fiel da partitura. >> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >> >> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. >> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >> Poesia para que pudessem escrever. >> >> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >> Comunicação para chegar ao público. >> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas >> diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >> contemplando o suporte diretamente. >> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >> exige profundo conhecimento técnico. >> >> À salutar discussão!!! >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> >> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >> rogeriobudasz em yahoo.com> escreveu: >> >>> Matéria da Folha de hoje >>> < >>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>> > >>> ================================================== >>> >>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>> >>> FELIPE SELIGMAN >>> DE BRASÍLIA >>> >>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>> classe para exercer sua profissão. >>> >>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar >>> profissionalmente >>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>> >>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento >>> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >>> apresentar. >>> >>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>> quando chegar no tribunal. >>> >>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só >>> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um >>> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>> afirmou. >>> >>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> > From vivikubo em gmail.com Fri Aug 12 15:37:52 2011 From: vivikubo em gmail.com (Viviane Kubo) Date: Fri, 12 Aug 2011 15:37:52 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> <6861A045-5180-4247-83CF-D1FC419EACF6@gmail.com> Message-ID: Olá membros da ANPPOM. Acho que nunca comentei nesta lista, apesar de sempre acompanhar as discussões. Em relação à essa questão, que me chamou a atenção por não conseguir concordar com o ponto de vista do caro Jorge Antunes e me surpreender com sua colocação, gostaria de deixar um comunicado: Quando a performance perfeita existir, me avisem que paro de fazer música. Looonga discussão esta, dos parâmetros para se julgar uma boa música ou uma boa performance. Mas... no meu caso, torço para que as performances ruins continuem existindo, como sempre existiram, em toda a história da música. Grande abraço a todos, Viviane Kubo. 2011/8/11 SBME . > Olá, colegas: > > Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra > que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões > sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, > expõe suas ideias de modo claro. > Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, > qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à > Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à > entidade. > Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de Ministros, > segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". > Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal > realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem > realizada não implicará em qualquer bem social. > Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não cheira, > nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e que > o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, ninguém > morreria. > Mas, morrer é o mal maior? > Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, > pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o > que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei > na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. > Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que > seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um > bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. > > Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. > Para não me alongar mostrarei apenas um. > Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas > experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador > (não me lembro de qual Conselho exatamente). > Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa > médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que > acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua > capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 > dB) em um raio de muitos metros. > O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através do > Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não divulgação > da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa > implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". > Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. > Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que > coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a > qual *"a música nunca oferece risco social"*. > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr escreveu: > >> Olá Jorge Antunes e caros colegas! >> >> Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha >> opinião aqui. >> >> Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além >> de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. >> >> Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na >> minha opinião se justifica. >> >> Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa >> causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir >> infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso >> em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, >> estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. >> >> O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por >> quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que >> eles são o que são ou fazem o que fazem. >> >> Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se >> retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é >> problema do intérprete. >> >> Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos >> informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época >> ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a >> apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos >> também limitando os variados tipos de interpretações e isso seria como >> proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só >> permitido o uso do inglês da época para interpretar. >> >> Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o >> que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a >> história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a >> critica e/ou público achou que a sua música não prestava). >> >> O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como >> colocou o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer >> existir como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais >> exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e >> o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria >> somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. >> >> O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para >> o seu assado. >> >> Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade >> de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela >> participa e não a limitar quem esta fora dela. >> >> Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem >> a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o >> argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado >> quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho >> colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são >> extremamente profissionais e talentosos. >> >> Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de >> música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como >> uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela >> seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam >> presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a >> GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se >> associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) >> >> Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião. >> >> >> Mário Marçal Jr. >> >> >> Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." escreveu: >> >> Colegas: >> >> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >> sobre a decisão do STF. >> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >> questão. >> >> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >> decidir o que decidiram. >> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >> >> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >> Isso é verdade? >> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >> social? >> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada >> conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de >> desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >> representasse a realização fiel da partitura. >> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >> >> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. >> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >> Poesia para que pudessem escrever. >> >> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >> Comunicação para chegar ao público. >> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >> contemplando o suporte diretamente. >> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >> exige profundo conhecimento técnico. >> >> À salutar discussão!!! >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> >> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >> rogeriobudasz em yahoo.com> escreveu: >> >>> Matéria da Folha de hoje < >>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>> > >>> ================================================== >>> >>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>> >>> FELIPE SELIGMAN >>> DE BRASÍLIA >>> >>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>> classe para exercer sua profissão. >>> >>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>> >>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>> se apresentar. >>> >>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>> quando chegar no tribunal. >>> >>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades >>> só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa >>> um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>> afirmou. >>> >>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From g_bortz em hotmail.com Fri Aug 12 18:41:57 2011 From: g_bortz em hotmail.com (Graziela Bortz) Date: Fri, 12 Aug 2011 21:41:57 +0000 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=C3=A3o_rid=C3=ADcula?= In-Reply-To: References: Message-ID: Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 From: andrefadel em gmail.com CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Uma questão ridícula Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. André Fadel Pianista e compositor 2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Fri Aug 12 20:36:58 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Fri, 12 Aug 2011 20:36:58 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <20110812135546.70260n5mvt9i4i6q@webmail.usp.br> References: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> <6861A045-5180-4247-83CF-D1FC419EACF6@gmail.com> <20110812135546.70260n5mvt9i4i6q@webmail.usp.br> Message-ID: *Querido amigo Rubens: Desculpe-me, mas você não entendeu minhas mensagens. Eu não opinei sobre esse assunto a que você se refere. Abraço, Jorge Antunes* Em 12 de agosto de 2011 13:55, escreveu: > caríssimo maestro Antunes, > > vc sabe do sincero respeito e admiração que tenho por sua insigne pessoa, > bem como pelo grande artista e ainda pelo grande pensador político que vc é > e sempre foi, > > mas neste caso, me permita descordar, caro maestro, uma vez que os > ministros do STF foram brilhantes em suas arguições. A unanimidade dos votos > no STF não deixa dúvida que a exigência de se pagar anuidade pra OMB não faz > o menor sentido. > > Excelente notícia pra música e para os músicos no Brasil! (agora falta > resolver os problemas do ECAD) > > abraços do Rubens R. Ricciardi > > > Citando "SBME ." : > > > Olá, colegas: >> >> Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra >> que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões >> sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, >> expõe suas ideias de modo claro. >> Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, >> qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação >> à >> Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à >> entidade. >> Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de >> Ministros, >> segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". >> Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal >> realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem >> realizada não implicará em qualquer bem social. >> Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não >> cheira, >> nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e >> que >> o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, >> ninguém >> morreria. >> Mas, morrer é o mal maior? >> Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, >> pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o >> que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que >> coloquei >> na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. >> Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que >> seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um >> bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. >> >> Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. >> Para não me alongar mostrarei apenas um. >> Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas >> experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador >> (não me lembro de qual Conselho exatamente). >> Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa >> médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que >> acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua >> capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 >> dB) em um raio de muitos metros. >> O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através >> do >> Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não >> divulgação >> da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa >> implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". >> Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. >> Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero >> que >> coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a >> qual *"a música nunca oferece risco social"*. >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr ** >> escreveu: >> >> Olá Jorge Antunes e caros colegas! >>> >>> Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha >>> opinião >>> aqui. >>> >>> Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, >>> além >>> de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. >>> >>> Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na >>> minha opinião se justifica. >>> >>> Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa >>> causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir >>> infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. >>> Isso >>> em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, >>> estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. >>> >>> O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por >>> quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz >>> que >>> eles são o que são ou fazem o que fazem. >>> >>> Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se >>> retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é >>> problema do intérprete. >>> >>> Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos >>> informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada >>> época >>> ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não >>> a >>> apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos >>> também limitando os variados tipos de interpretações e isso seria como >>> proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só >>> permitido o uso do inglês da época para interpretar. >>> >>> Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o >>> que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a >>> história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a >>> critica e/ou público achou que a sua música não prestava). >>> >>> O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como >>> colocou >>> o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir >>> como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais >>> exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o >>> compositor e >>> o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria >>> somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. >>> >>> O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa >>> para >>> o seu assado. >>> >>> Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a >>> obrigatoriedade >>> de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela >>> participa e não a limitar quem esta fora dela. >>> >>> Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque >>> sem >>> a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o >>> argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou >>> advogado >>> quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho >>> colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim >>> são >>> extremamente profissionais e talentosos. >>> >>> Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de >>> música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria >>> como >>> uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... >>> Ela >>> seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam >>> presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a >>> GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se >>> associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) >>> >>> Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião. >>> >>> >>> Mário Marçal Jr. >>> >>> >>> Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." escreveu: >>> >>> Colegas: >>> >>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >>> sobre >>> a decisão do STF. >>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>> questão. >>> >>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>> decidir >>> o que decidiram. >>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>> >>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>> quando >>> o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como >>> no >>> caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>> Isso é verdade? >>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >>> social? >>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, >>> nada >>> conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia >>> de >>> desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se >>> ela >>> representasse a realização fiel da partitura. >>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >>> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>> >>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>> registro pois a música é uma arte. >>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >>> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >>> Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >>> Comunicação para chegar ao público. >>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>> artísticas >>> diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>> contemplando o suporte diretamente. >>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >>> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, >>> que >>> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >>> exige profundo conhecimento técnico. >>> >>> À salutar discussão!!! >>> Abraços, >>> Jorge Antunes >>> >>> >>> >>> >>> >>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >>> rogeriobudasz em yahoo.com> escreveu: >>> >>> Matéria da Folha de hoje <>>> br/ilustrada/952808-musico-**nao-precisa-de-registro-para-** >>>> exercer-profissao-decide-stf.**shtml >>>> > >>>> http://www1.folha.uol.com.br/**ilustrada/952808-musico-nao-** >>>> precisa-de-registro-para-**exercer-profissao-decide-stf.**shtml >>>> > >>>> ==============================**==================== >>>> >>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>> >>>> FELIPE SELIGMAN >>>> DE BRASÍLIA >>>> >>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>> classe para exercer sua profissão. >>>> >>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar >>>> profissionalmente >>>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>> >>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>> documento >>>> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >>>> apresentar. >>>> >>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>> quando chegar no tribunal. >>>> >>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades >>>> só >>>> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa >>>> um >>>> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>>> afirmou. >>>> >>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, >>>> chegou >>>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a >>>> uma >>>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>> >>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, >>>> por >>>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>> >>>> ______________________________**__________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> >>>> > >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/**listinfo/anppom-l >>>> ______________________________**__________________ >>>> >>>> >>> ______________________________**__________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/**listinfo/anppom-l >>> ______________________________**__________________ >>> >>> >>> >> > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Fri Aug 12 20:39:09 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Fri, 12 Aug 2011 20:39:09 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <1312238950.53092.YahooMailClassic@web160604.mail.bf1.yahoo.com> <6861A045-5180-4247-83CF-D1FC419EACF6@gmail.com> Message-ID: Oi, Viviane: Obrigado por manifestar sua opinião. Você tem razão: performance perfeita não existe. Mas insisto em dizer que muitos compositores - eu entre eles - querem que suas partituras recebam leitura correta. Eu vejo grandes diferenças entre os significados destas quatro palavras: leitura, execução, interpretação e performance. Não existe performance ruim. Por isso não entendo como você pode torcer para que continuem existindo performances ruins: você torce para continuar a existir algo que não existe. O que existe é a leitura errada e a execução equivocada. Também em música existe aquilo a que os linguistas chamam "traços pertinentes da língua". Alguns vídeos de Arthur Rubinstein feitas em 1980, quando ele tinha 93 anos, nos mostram belíssimas interpretações de Chopin cheias de "erros", notas trocadas, esbarros. Mas essas imperfeições são maravilhosas e admissíveis porque estão no interior da faixa de tolerância, como traços pertinentes da linguagem de Chopin. Existe uma faixa de variação admissível na leitura dos signos ou conjuntos de signos musicais. Mas existem limites. Quando uma determinada obra Y de um compositor X é levada ao palco, para o público, com leitura errada e execução equivocada, pode, sim, resultar em boa performance, e dar lugar a uma boa música. Mas essa música boa não será a música Y que foi escrita pelo compositor X: será outra música criada pelo intérprete a partir da obra original Y. Não sei se você sabe, mas em bienais de música contemporânea, festivais de música contemporânea, em que estreias mundiais são feitas por intérpretes, solistas e orquestras que fizeram pouquíssimos ensaios, é bem comum ouvirmos comentários de compositores do seguintes tipo: "assassinaram minha música"; "minha música foi executada literalmente: sofreu execução". Abraço, Jorge Antunes Em 12 de agosto de 2011 15:37, Viviane Kubo escreveu: > Olá membros da ANPPOM. > Acho que nunca comentei nesta lista, apesar de sempre acompanhar as > discussões. > Em relação à essa questão, que me chamou a atenção por não conseguir > concordar com o ponto de vista do caro Jorge Antunes e me surpreender com > sua colocação, gostaria de deixar um comunicado: > > Quando a performance perfeita existir, me avisem que paro de fazer música. > > Looonga discussão esta, dos parâmetros para se julgar uma boa música ou uma > boa performance. > Mas... no meu caso, torço para que as performances ruins continuem > existindo, como sempre existiram, em toda a história da música. > > Grande abraço a todos, > > Viviane Kubo. > > 2011/8/11 SBME . > > Olá, colegas: >> >> Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra >> que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões >> sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, >> expõe suas ideias de modo claro. >> Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, >> qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à >> Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à >> entidade. >> Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de >> Ministros, segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". >> Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal >> realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem >> realizada não implicará em qualquer bem social. >> Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não >> cheira, nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada >> serve e que o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo >> música, ninguém morreria. >> Mas, morrer é o mal maior? >> Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, >> pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o >> que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei >> na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. >> Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que >> seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um >> bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. >> >> Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. >> Para não me alongar mostrarei apenas um. >> Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas >> experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador >> (não me lembro de qual Conselho exatamente). >> Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa >> médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que >> acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua >> capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 >> dB) em um raio de muitos metros. >> O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através >> do Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não >> divulgação da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da >> pesquisa implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". >> Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. >> Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que >> coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a >> qual *"a música nunca oferece risco social"*. >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr escreveu: >> >>> Olá Jorge Antunes e caros colegas! >>> >>> Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha >>> opinião aqui. >>> >>> Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, >>> além de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. >>> >>> Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na >>> minha opinião se justifica. >>> >>> Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa >>> causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir >>> infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso >>> em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, >>> estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. >>> >>> O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por >>> quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que >>> eles são o que são ou fazem o que fazem. >>> >>> Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se >>> retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é >>> problema do intérprete. >>> >>> Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos >>> informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época >>> ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a >>> apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos >>> também limitando os variados tipos de interpretações e isso seria como >>> proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só >>> permitido o uso do inglês da época para interpretar. >>> >>> Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o >>> que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a >>> história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a >>> critica e/ou público achou que a sua música não prestava). >>> >>> O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como >>> colocou o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer >>> existir como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais >>> exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e >>> o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria >>> somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. >>> >>> O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa >>> para o seu assado. >>> >>> Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a >>> obrigatoriedade de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a >>> quem dela participa e não a limitar quem esta fora dela. >>> >>> Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque >>> sem a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o >>> argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado >>> quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho >>> colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são >>> extremamente profissionais e talentosos. >>> >>> Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de >>> música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como >>> uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela >>> seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam >>> presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a >>> GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se >>> associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) >>> >>> Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião. >>> >>> >>> Mário Marçal Jr. >>> >>> >>> Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." escreveu: >>> >>> Colegas: >>> >>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >>> sobre a decisão do STF. >>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>> questão. >>> >>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>> decidir o que decidiram. >>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>> >>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>> Isso é verdade? >>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >>> social? >>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, >>> nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia >>> de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >>> representasse a realização fiel da partitura. >>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >>> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>> >>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>> registro pois a música é uma arte. >>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >>> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >>> Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >>> Comunicação para chegar ao público. >>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>> contemplando o suporte diretamente. >>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >>> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >>> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >>> exige profundo conhecimento técnico. >>> >>> À salutar discussão!!! >>> Abraços, >>> Jorge Antunes >>> >>> >>> >>> >>> >>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >>> rogeriobudasz em yahoo.com> escreveu: >>> >>>> Matéria da Folha de hoje < >>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>> > >>>> ================================================== >>>> >>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>> >>>> FELIPE SELIGMAN >>>> DE BRASÍLIA >>>> >>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>> classe para exercer sua profissão. >>>> >>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>> >>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>> se apresentar. >>>> >>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>> quando chegar no tribunal. >>>> >>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades >>>> só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa >>>> um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>>> afirmou. >>>> >>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>> >>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Fri Aug 12 22:22:21 2011 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (luciano cesar) Date: Fri, 12 Aug 2011 18:22:21 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=C3=A3o_rid=C3=ADcula?= In-Reply-To: Message-ID: <1313198541.59597.YahooMailClassic@web161710.mail.bf1.yahoo.com> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele fale em nome do socialismo. Luciano Cesar Morais --- Em qui, 11/8/11, André Fadel escreveu: De: André Fadel Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: Cc: "ANPPOM" Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43     Uma questão ridícula   Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor.   André Fadel Pianista e compositor                 2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alespinheira em gmail.com Fri Aug 12 23:09:47 2011 From: alespinheira em gmail.com (Alexandre Espinheira) Date: Fri, 12 Aug 2011 23:09:47 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <1313164694.9831.YahooMailClassic@web110314.mail.gq1.yahoo.com> References: <1313164694.9831.YahooMailClassic@web110314.mail.gq1.yahoo.com> Message-ID: Caros, Só uma coisinha: Em nenhum momento desejo defender a ordem, principalmente do jeito que ela funcionava, a priori festejei muito a carta de alforria. Me incomoda, como disse, o parecer da ministra. Acho que devemos pensar o nosso lugar como músicos na sociedade. abrs Em 12 de agosto de 2011 12:58, Daniel Lemos escreveu: > > Caros colegas, > > Permitam-me acrescentar um ponto de vista. > > Quando falamos sobre uma organização sindical, seu papel é representar uma > classe, zelando para que haja o cumprimento fiel dos interesses de uma > profissão, permitindo seu exercício com ética e dignidade. > > Nesse sentido, é fundamental a criação de um sindicato que realmente > provesse amparo para quem tem como principal fonte de remuneração a Música. > Nesse sentido, o estilo musical ou gosto não fazem a menor importância, pois > todos os estilos compartilham das mesmas necessidades. Associar esta > dimensão subjetiva como critério para formação sindical é de antemão entrar > numa discussão polêmica que sempre ficará à mercê de questões individuais, e > não coletivas. Ainda há muitas pessoas que pensam Música como "boa" e > "ruim", "Erudito" e "Popular", "artístico" e "comercial", e para formar um > grande sindicato igual, justo e que realmente funcione, devemos passar por > cima destas valorações. > > Note que advogados, médicos, engenheiros e jornalistas que tocam > instrumentos musicais não poderão compor o sindicato, pois estes deverão > buscar amparo nos sindicatos de suas respectivas "primeiras profissões". > Obviamente, para quem não vive de Música, os interesses profissionais são > diferentes, e nada garante que eles terão um compromisso sério com a > manutenção e o desenvolvimento de nossa área. Ainda, serão valorizados > aqueles que fizeram a valente opção de viver com Música. > > Discordo da idéia de que Música não é algo "sério". Por ser uma Arte, > obviamente os padrões estéticos são inúmeros, pois todo tipo de Arte, > independentemente do seu nível de complexidade, fidelidade ou compromisso do > artista, sempre encontra um público-alvo. Porém, isto não nos impede de > lutar para termos um espaço digno na sociedade, e sem demonstrar seriedade > para com nosso trabalho, jamais seremos vistos com respeito. > > Um abraço, > > Daniel Lemos > > Professor do Curso de Música / DEART > > Universidade Federal do Maranhão (UFMA) > http://musica.ufma.br > Blog Audio Arte > > Fórum de Pedagogia da Performance > ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance > > > --- Em *qui, 11/8/11, SBME . * escreveu: > > > De: SBME . > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB > Para: "ANPPOM" > Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 18:44 > > > Olá, colegas: > > Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra > que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões > sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, > expõe suas ideias de modo claro. > Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, > qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à > Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à > entidade. > Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de Ministros, > segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". > Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal > realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem > realizada não implicará em qualquer bem social. > Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não cheira, > nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e que > o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, ninguém > morreria. > Mas, morrer é o mal maior? > Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, > pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o > que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei > na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. > Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que > seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um > bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. > > Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. > Para não me alongar mostrarei apenas um. > Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas > experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador > (não me lembro de qual Conselho exatamente). > Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa > médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que > acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua > capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 > dB) em um raio de muitos metros. > O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através do > Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não divulgação > da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa > implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". > Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. > Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que > coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a > qual *"a música nunca oferece risco social"*. > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr > > escreveu: > > Olá Jorge Antunes e caros colegas! > > Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha opinião > aqui. > > Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além > de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. > > Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na > minha opinião se justifica. > > Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa > causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir > infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso > em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, > estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. > > O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por > quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que > eles são o que são ou fazem o que fazem. > > Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se > retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é > problema do intérprete. > > Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos > informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época > ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a > apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos > também limitando os variados tipos de interpretações e isso seria como > proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só > permitido o uso do inglês da época para interpretar. > > Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o > que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a > história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a > critica e/ou público achou que a sua música não prestava). > > O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como colocou > o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir > como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais > exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e > o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria > somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. > > O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para > o seu assado. > > Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade > de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela > participa e não a limitar quem esta fora dela. > > Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem > a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o > argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado > quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho > colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são > extremamente profissionais e talentosos. > > Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de > música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como > uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela > seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam > presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a > GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se > associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) > > Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião. > > > Mário Marçal Jr. > > > Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." > > escreveu: > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < > rogeriobudasz em yahoo.com >escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -----Anexo incorporado----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- *Alexandre Espinheira* Doutorando - Composição (PPGMUS-UFBA) Contatos: +55 71 8133-0201 http://alespinheira.wordpress.com "Só deixo meu Cariri no último pau-de-arara" Saúde e Trabalho -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Sat Aug 13 00:14:49 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Sat, 13 Aug 2011 00:14:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: <1313198541.59597.YahooMailClassic@web161710.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313198541.59597.YahooMailClassic@web161710.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: *Oi, Luciano Cesar: Obrigado por sua mensagem opinativa. Você tem razão: música ruim não mata. Continue a fazê-la. Cordialmente, Jorge Antunes* Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar escreveu: > Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do veredicto > de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele fale em > nome do socialismo. > > Luciano Cesar Morais > > --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel * escreveu: > > > De: André Fadel > Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: > Cc: "ANPPOM" > Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 > > > > > > *Uma questão ridícula* > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz > > escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -----Anexo incorporado----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From danielpuig em me.com Sat Aug 13 05:06:27 2011 From: danielpuig em me.com (Daniel Puig) Date: Sat, 13 Aug 2011 05:06:27 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: Message-ID: <4FAD0326-E2C1-4BE6-B03F-435A7EEEB9D5@me.com> Achei extremamente esclarecedor o texto escrito pelo colega Felipe Radicetti no Blog do GRITA, assim como útil a articulação desse movimento. http://gritabr.wordpress.com/2011/07/28/a-omb-serve-pra-que/ É claro que, como compositor e professor de música, também me senti incomodado pelas frases destacadas na imprensa e repetidas aqui na discussão. Porém, acredito que esquecemos que o pronunciamento de cada um dos juízes foi maior do aquelas simples frases, utilizando-se certamente, como fazem sempre os juristas, de todos os argumentos à mão para defender sua causa. A decisão está tomada, sabiamente. A exigência de filiação à OMB não deveria continuar existindo, por razões políticas, sociais, e não de julgamentos de valor. A música e sua prática social vão muito além, se é que podem ser separadas uma da outra, dos nossos julgamentos de valor, do uso deste ou daquele conhecimento (incluindo aí a leitura de um código de escrita), do cabedal de conhecimentos acerca da música que um juiz tenha conseguido acumular... mas isso é uma outra questão! Considero o artigo do Felipe, cujo link copiei acima, uma contribuição importante à discussão. Abraços, Daniel Puig From rogeriobudasz em yahoo.com Sat Aug 13 09:26:49 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Sat, 13 Aug 2011 05:26:49 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: Message-ID: <1313238409.72051.YahooMailClassic@web160607.mail.bf1.yahoo.com> Prezado Maestro Jorge Antunes, Devo lembrar primeiramente que minha posição quanto à OMB sempre foi a de que quem quiser se filiar, filie-se e usufrua os benefiícios oriundos dessa filiação, se é que existe algum, mas que não se exija que intérpretes, regentes, compositores, educadores musicais, musicólogos, semioticistas musicais, engenheiros de som, copistas, etc. etc. façam o mesmo. Entendo que o ponto principal de sua colocação concerne a afirnação  da ministra Ellen Gracie de que o exercício desregulamentado da profissão de músico não representa um "risco social". Noto que as suas mensagens anteriores referem-se a intérpretes e, talvez, técnicos de som. Entretanto, seus argumentos a respeito da interpretação "errada" de certas obras seriam fatalmente usados em outras esferas da prática musical, afinal compositores também são profissionais da música e seriam julgados pelo mesmo crivo. Curiosamente, a história nos tem mostrado que são sempre os regimes totalitários e as elites econômicas os maiores preocupados com o risco social que a música pode causar, porque para eles, de fato, certas músicas representam risco. Temo que, se delegarmos à OMB ou a qualquer juiz decidir se a música que compomos e que interpretamos representa um risco social, aí voltaríamos ao Zhdanovismo ou, pior ainda, aos tempos do Reichsmusikkammer. Se por correto exercício da profissão de músico devemos entender apenas à interpretação e difusão da música, então a OMB que aí está não serve a ninguém.  abraçosRogério Budasz -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Sat Aug 13 10:08:44 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Sat, 13 Aug 2011 10:08:44 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <1313237825.25513.YahooMailClassic@web160619.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313237825.25513.YahooMailClassic@web160619.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Caro Prof. Rogerio Budasz: Obrigado por sua mensagem e por suas lúcidas considerações. Em primeiro lugar gostaria de dizer que estou feliz por ter dado margem a que a lista de discussão da Anppom passasse a ser realmente uma lista de discussão de temas interessantes, abrindo espaço para várias manifestações, inclusive de colegas que nunca haviam, antes, escrito para a lista. Existe uma grande confusão com relação à OBM. Muitos a confundem com um Sindicato que deve apenas lutar pelos direitos dos profissionais, dando-lhes permanentes benefícios. A OMB, autarquia federal da administração indireta, foi criada com o objetivo de fiscalizar o exercício da profissão. Todos os que têm curso superior em música são automaticamente reconhecidos pela OMB, recebendo a carteira profissional, que tem fé pública. O fato é que assim como fazemos diferença entre o Socialismo Utópico e o Socialismo Real, poderíamos também falar de duas OMBs: a OMB utópica, que está no papel, na letra da lei; e a OMB Real, escrota, canalha, repressora, injusta, que sempre esteve por aí. Do jeito que as coisas vão, não mais será usada a expressão "exercício ilegal da profissão de músico", pois que, segundo a Ministra Ellen e muitas outras pessoas, principalmente músicos, ao invés de se consertar a OMB, deve-se extingui-la. Existiram gestões da OMB, em algumas regiões (Conselhos Regionais), que já foram exemplares, aproximando-se do ideal: fiscalizando o exercício da profissão, intermediando entre músico e patrão defendendo direitos do músico, e até mesmo fornecendo seguro social e construindo retiros e conjuntos residenciais para seus filiados. Mas são casos esporádicos que ficaram esquecidos no tempo. As novas gerações não têm notícias desses momentos áureos da história da OMB. É claro que a OMB que aí está não serve a ninguém. O problema é que quem faz a OMB andar são os seus Conselhos e suas Diretorias, eleitas pelos associados. Faça um levantamento, e veja quais músicos integram essas diretorias. Pergunte aos colegas quem se disporia a se candidatar e integrar uma chapa para, sendo eleito, dar à OMB os rumos desejados. O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades. A campanha em curso se afina com a onda do neoliberalismo, e com a entrega de tudo ao mercado. Ao mesmo povo que não tem acesso à educação de qualidade, pretende-se entregar a fiscalização das competências. A mídia em geral, a Rede Globo em particular, ficam encarregadas de ensinar ao povo aquilo de que se deve gostar, para que em seguida o mesmo povo passe a comprar, consumir, aquilo de que aprenderam a gostar. O caminho parece apontar para aquela situação em que qualquer tocador de instrumento será um profissional a ser engajado pelo patrão explorador, como mão de obra barata. Essa situação fortalecerá a tese daqueles que querem acabar com a Música e as Artes na Universidade. Uma profissão que não precisa de regulamentação, cujo exercício não precisa de fiscalização, que não precisa de longos aprendizados, que seja entendida como apenas um direito à livre expressão, cuja prática seja caracterizada como atividade que não tem como oferecer riscos à sociedade, evidentemente não precisa ser ensinada em Universidades. Abraço, Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 09:17, Rogerio Budasz escreveu: > Prezado Maestro Jorge Antunes, > > Devo lembrar primeiramente que minha posição quanto à OMB sempre foi a de > que quem quiser se filiar, filie-se e usufrua os benefiícios oriundos dessa > filiação, se é que existe algum, mas que não se exija que intérpretes, > regentes, compositores, educadores musicais, musicólogos, semioticistas > musicais, engenheiros de som, copistas, etc. etc. façam o mesmo. > Entendo que o ponto principal de sua colocação concerne a afirnação da > ministra Ellen Gracie de que o exercício desregulamentado da profissão de > músico não representa um "risco social". Noto que as suas mensagens > anteriores referem-se a intérpretes e, talvez, técnicos de som. Entretanto, > seus argumentos a respeito da interpretação "errada" de certas obras seriam > fatalmente usados em outras esferas da prática musical, afinal compositores > também são profissionais da música e seriam julgados pelo mesmo crivo. > Curiosamente, a história nos tem mostrado que são sempre os regimes > totalitários e as elites econômicas os maiores preocupados com o risco > social que a música pode causar, porque para eles, de fato, certas músicas > representam risco. Temo que, se delegarmos à OMB ou a qualquer juiz > decidir se a música que compomos e que interpretamos representa um risco > social, aí voltaríamos ao Zhdanovismo ou, pior ainda, aos tempos do > Reichsmusikkammer. Se por correto exercício da profissão de músico devemos > entender apenas à interpretação e difusão da música, então a OMB que aí está > não serve a ninguém. > > abraços > Rogério Budasz > > > > --- On *Thu, 8/11/11, SBME . * wrote: > > > From: SBME . > Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB > To: "ANPPOM" > Date: Thursday, August 11, 2011, 2:44 PM > > > Olá, colegas: > > Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra > que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões > sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, > expõe suas ideias de modo claro. > Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, > qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à > Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à > entidade. > Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de Ministros, > segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". > Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal > realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem > realizada não implicará em qualquer bem social. > Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não cheira, > nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e que > o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, ninguém > morreria. > Mas, morrer é o mal maior? > Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, > pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o > que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei > na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. > Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que > seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um > bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. > > Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. > Para não me alongar mostrarei apenas um. > Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas > experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador > (não me lembro de qual Conselho exatamente). > Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa > médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que > acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua > capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 > dB) em um raio de muitos metros. > O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através do > Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não divulgação > da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa > implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". > Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. > Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que > coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a > qual *"a música nunca oferece risco social"*. > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr > > escreveu: > > Olá Jorge Antunes e caros colegas! > > Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha opinião > aqui. > > Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além > de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. > > Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na > minha opinião se justifica. > > Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa > causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir > infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso > em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, > estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. > > O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por > quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que > eles são o que são ou fazem o que fazem. > > Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se > retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é > problema do intérprete. > > Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos > informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época > ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a > apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos > também limitando os variados tipos de interpretações e isso seria como > proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só > permitido o uso do inglês da época para interpretar. > > Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o > que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a > história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a > critica e/ou público achou que a sua música não prestava). > > O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como colocou > o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir > como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais > exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e > o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria > somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. > > O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para > o seu assado. > > Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade > de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela > participa e não a limitar quem esta fora dela. > > Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem > a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o > argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado > quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho > colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são > extremamente profissionais e talentosos. > > Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de > música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como > uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela > seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam > presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a > GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se > associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) > > Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião. > > > Mário Marçal Jr. > > > Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." > > escreveu: > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < > rogeriobudasz em yahoo.com >escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -----Inline Attachment Follows----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tempoqueleva em yahoo.com.br Sat Aug 13 11:50:50 2011 From: tempoqueleva em yahoo.com.br (Ana Luisa) Date: Sat, 13 Aug 2011 07:50:50 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <1313164694.9831.YahooMailClassic@web110314.mail.gq1.yahoo.com> Message-ID: <1313247050.37032.YahooMailClassic@web160704.mail.bf1.yahoo.com> É um alento ouvir uma opinião como a do prof. Daniel Lemos. Fico entristecida ao ver que as discussões aqui muitas vezes são pano de fundo para manifestação de gostos e desgostos pessoais musicais. Tais manifestações são frequentemente recheadas de preconceitos, em geral ao se tratar da música da qual não se entende, com larga utilização de apelidos e generalizações desnecessárias. Sério problema.  --- Em sex, 12/8/11, Daniel Lemos escreveu: De: Daniel Lemos Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB Para: anppom-l em iar.unicamp.br Data: Sexta-feira, 12 de Agosto de 2011, 12:58 Caros colegas, Permitam-me acrescentar um ponto de vista. Quando falamos sobre uma organização sindical, seu papel é representar uma classe, zelando para que haja o cumprimento fiel dos interesses de uma profissão, permitindo seu exercício com ética e dignidade. Nesse sentido, é fundamental a criação de um sindicato que realmente provesse amparo para quem tem como principal fonte de remuneração a Música. Nesse sentido, o estilo musical ou gosto não fazem a menor importância, pois todos os estilos compartilham das mesmas necessidades. Associar esta dimensão subjetiva como critério para formação sindical é de antemão entrar numa discussão polêmica que sempre ficará à mercê de questões individuais, e não coletivas. Ainda há muitas pessoas que pensam Música como "boa" e "ruim", "Erudito" e "Popular", "artístico" e "comercial", e para formar um grande sindicato igual, justo e que realmente funcione, devemos passar por cima destas valorações. Note que advogados, médicos, engenheiros e jornalistas que tocam instrumentos musicais não poderão compor o sindicato, pois estes deverão buscar amparo nos sindicatos de suas respectivas "primeiras profissões". Obviamente, para quem não vive de Música, os interesses profissionais são diferentes, e nada garante que eles terão um compromisso sério com a manutenção e o desenvolvimento de nossa área. Ainda, serão valorizados aqueles que fizeram a valente opção de viver com Música. Discordo da idéia de que Música não é algo "sério". Por ser uma Arte, obviamente os padrões estéticos são inúmeros, pois todo tipo de Arte, independentemente do seu nível de complexidade, fidelidade ou compromisso do artista, sempre encontra um público-alvo. Porém, isto não nos impede de lutar para termos um espaço digno na sociedade, e sem demonstrar seriedade para com nosso trabalho, jamais seremos vistos com respeito. Um abraço, Daniel LemosProfessor do Curso de Música / DEART Universidade Federal do Maranhão (UFMA) http://musica.ufma.br Blog Audio Arte Fórum de Pedagogia da Performance ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance --- Em qui, 11/8/11, SBME . escreveu: De: SBME . Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB Para: "ANPPOM" Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 18:44 Olá, colegas: Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio, expõe suas ideias de modo claro. Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto, qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à entidade. Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de Ministros, segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social". Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem realizada não implicará em qualquer bem social. Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não cheira, nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e que o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, ninguém morreria. Mas, morrer é o mal maior? Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu, pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados. Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi. Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social. Para não me alongar mostrarei apenas um. Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador (não me lembro de qual Conselho exatamente). Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110 dB) em um raio de muitos metros. O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através do Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não divulgação da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia". Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos. Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a qual "a música nunca oferece risco social". Abraços, Jorge Antunes Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr escreveu: Olá Jorge Antunes e caros colegas! Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha opinião aqui. Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis. Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na minha opinião se justifica. Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras, estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos. O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que eles são o que são ou fazem o que fazem.  Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é problema do intérprete. Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos também limitando os variados tipos de  interpretações e isso seria como proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só permitido o uso do inglês da época para interpretar. Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a critica e/ou público achou que a sua música não prestava). O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como colocou o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade. O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para o seu assado.  Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela participa e não a limitar quem esta fora dela. Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são extremamente profissionais e talentosos. Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!) Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião.  Mário Marçal Jr. Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." escreveu: Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Aug 13 12:29:48 2011 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 13 Aug 2011 12:29:48 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: References: Message-ID: Recebi a mensagem do André em meu celular enquanto participava do começo do baile do complexo Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, entre Copacabana e Ipanema. Fiquei com a impressão de que talvez ainda valha a pena continuar participando da Anppom e desta lista. 2011/8/11 André Fadel *Uma questão ridícula* > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > -- Carlos Palombini cpalombini em gmail.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Sat Aug 13 12:39:59 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Sat, 13 Aug 2011 12:39:59 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?NOVO_PRAZO_PARA_SUBMISS=C3O_-_XI_SEMPEM?= =?iso-8859-1?q?_/_IX_EINCO?= In-Reply-To: References: Message-ID: ---------- Mensagem encaminhada ---------- De: Claudia Zanini Data: 12 de agosto de 2011 16:36 Assunto: NOVO PRAZO PARA SUBMISSÃO - XI SEMPEM / IX EINCO Para: PREZADOS COLEGAS, ESTAMOS ESTENDENDO O PRAZO PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS para submissão de Comunicação Oral ou Poster e de apresentações artísticas até o *dia 16 de agosto de 2011*, impreterivelmente. Atenciosamente, Profª Claudia Zanini Coordenadora do PPG-Música/UFG -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Sat Aug 13 13:16:12 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Sat, 13 Aug 2011 13:16:12 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?EDITAL_DO_PROCESSO_SELETIVO_DO_MESTRADO?= =?iso-8859-1?q?_EM_M=DASICA-UFG-2012?= In-Reply-To: References: Message-ID: Caros, segue anexo o EDITAL DO PROCESSO SELETIVO DO MESTRADO EM MÚSICA-UFG-2012 Abs, Sonia -- SONIA RAY Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) Tel: +5562-9249.0911 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: EDITAL PROCESSO SELETIVO - MESTRADO MÚSICA - UFG - 2012.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 232141 bytes Descrição: não disponível URL: From rogeriobudasz em yahoo.com Sat Aug 13 13:12:11 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Sat, 13 Aug 2011 09:12:11 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: Message-ID: <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com> Maestro,Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece que o senhor está falando de duas coisas distintas. Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer.Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência técnico-musical" de sua obra?  Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata que fiscalizasse isso. abraçoRogério --- On Sat, 8/13/11, SBME . wrote: O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Sat Aug 13 13:16:46 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Sat, 13 Aug 2011 13:16:46 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: References: Message-ID: Porque um médico e um advogado possuem "ordem e/ou conselho profissional" ? os músicos são profissionalmente indígnos de possuir conselho profissional? Em 12 de agosto de 2011 18:41, Graziela Bortz escreveu: > Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela > Bortz. > > ------------------------------ > Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 > From: andrefadel em gmail.com > CC: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > > > > > *Uma questão ridícula* > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Sat Aug 13 15:15:48 2011 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Sat, 13 Aug 2011 15:15:48 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Recital em Uberlandia, 23 de agosto Message-ID: Para quem vem ao congresso da ANPPOM em Uberlândia, segue mais uma oportunidade de ouvir boa música. No dia 23 de agosto, terça, às 20h, no Teatro de Bolso do Mercado Municipal de Uberlândia, teremos o quinto recital do ano da série "Violões da UFU". O Mercado Municipal fica no centro, na Rua Olegário Maciel com Av. Getúlio Vargas. Segue o programa abaixo. Fantasia X (G. P. Tellemann arr.: Carlo Marchione) 1- Presto 2- Largo 3- Allegro Violão: Kelly Aparecida Sonata BWV 1001 (J. S. Bach) 1- Adagio 2- Fuga 3- Sicilliana 4- Presto Violão: Renato Mendes Sonatas K322, K208 e K11 (Domenico Scarlatti arr.: Leo Brower, F. Noad e A. Segovia) Violão: Daniel Pires de Paula La Catedral (Agustin Barrios) 1- Preludio (Saudade) 2- Andante religioso 3- Allegro Solemne Violão: Carlos Jr. Sonata (Leo Brouwer) 1- Fandangos y Boleros 2- Sarabanda de Scriabin 3- La Tocatta de Pasquini Violão: Victor Santana Bagatella 3 (William Walton) Num Pagode em Planaltina (Marco Pereira) Violão: Carlos Giovanny Abraços, Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com +55 (61) 7818 4844 - Nextel ID 55*123*3038. twitter.com/alvaroguitar "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Sat Aug 13 15:50:43 2011 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Sat, 13 Aug 2011 11:50:43 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1313261443.79808.YahooMailClassic@web110315.mail.gq1.yahoo.com> Caros, Reforço a exposição do prof. Rogério Budasz. Ele chegou exatamente no ponto: a função do sindicado é justamente zelar pelo exercício profissional digo na profissão de músico, seja perante os empregadores, os burocratas estatais que fomentam a Cultura ou os administradores da indústria midiática. Nossa energia deve ser gasta dessa forma. Além do mais, a Universidade não é necessariamente um ambiente de excelência musical. A grande maioria dos músicos mais importantes do Brasil, tanto do Erudito quanto do Popular, estão fora da academia. Os melhores músicos da academia estão sempre produzindo fora dela, pois ela ainda não possui uma estrutura administrativa que valorize e incentive de fato a produção artística. Este é outro tipo de instituição que precisa de mudanças urgentes. Abraços, Daniel LemosProfessor do Curso de Música / DEART Universidade Federal do Maranhão (UFMA) http://musica.ufma.br Blog Audio Arte Fórum de Pedagogia da Performance ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance --- Em sáb, 13/8/11, Rogerio Budasz escreveu: De: Rogerio Budasz Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB Para: "ANPPOM" Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 13:12 Maestro,Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece que o senhor está falando de duas coisas distintas. Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer.Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência técnico-musical" de sua obra?  Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata que fiscalizasse isso. abraçoRogério --- On Sat, 8/13/11, SBME . wrote: O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades. -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From jamannis em uol.com.br Sat Aug 13 16:24:18 2011 From: jamannis em uol.com.br (Jose Augusto Mannis UOL) Date: Sat, 13 Aug 2011 16:24:18 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: Message-ID: <000901cc59ee$9941b310$cbc51930$@com.br> Há muitos anos atrás aconteceu que para atender a uma exigência de secretaria de cultura não me lembro mais qual delas eu precisava apresentar uma carteira da OMB para seguir meu encaminhamento. Lá fui eu. Com diplomas, históricos escolares, tudo xerocado abriram um pedido para mim. Me disseram: Não reconhecemos seus diplomas nem do Conservatorio de Paris nem da Universidade de Paris VIII. Insisti: Mas sou compositor atuante e reconhecido. Me responderam: Não damos carteira para compositores. Perguntei: Por quê? Para minha surpresa: Por que tem alguns compositores que só sabem escrever a letra das músicas! (sic) Pedi então: E como músico eletrônico, faço performances musicais ao vivo? Disseram: Não existe essa categoria na OMB! Respondi: Então me dê aí um instrumento qualquer que eu toco pra Vcs, um violão, um piano o que Vcs tem aí? Me responderam: Lamentamos, não temos instrumentos musicais aqui nesta ordem dos músicos! Conclui: Se eu fosse pianista nunca poderia ser avaliado, a menos de levar comigo um piano. Resultado: Desisti daquilo que eu estava fazendo. Me pergunto: Por que os administradores públicos não são filiados ao Conselho Regional de Administração? (www2.cfa.org.br/ O Sistema CFA/CRAs tem como missão promover a difusao da Ciência da Administração e a valorização da profissão do Administrador visando a defesa da Sociedade.) Prefeitos, Governadores, Secretarios de Estado, Secretarios Municipais, deveriam ter sua competência de administração comprovada antes de assumir um cargo público. Por que não temos uma Escola Nacional de Administração Pública onde se aprende a administrar a coisa pública? Com métodos, procedimentos, e tudo mais? Por que só ensinam a Administração de Empresas? Deveria haver um Conselho Nacional de Administração Pública que regulamentasse a atuação dos administradores públicos limitando a atuação somente àqueles que estivesse preparados para isso. Inclusive para o legislativo. Deveria Tb ter um Conselho Nacional de Legislação Pública. Um candidato a deputado deveria estar APTO para isso. Por que não há um Conselho Nacional ou Regional de Professores? (O CNE não regulamenta a profissão: O CNE tem por missão a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade.) Por que não incomoda ninguém o fato de não existir um Conselho ou um Ordem para os professores? Por que os Professores não devem ser obrigatoriamente filiados ao Conselho Nacional de Educação? J A Mannis Montecarlo e Caldas e Copacabana, Tudo é um caxambú! (Mario de Andrade) -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marcosfilhomusica em yahoo.com.br Sat Aug 13 16:59:26 2011 From: marcosfilhomusica em yahoo.com.br (Marcos Filho) Date: Sat, 13 Aug 2011 16:59:26 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=C3=A3o_rid=C3=ADcula?= In-Reply-To: References: Message-ID: <07972886-2876-47CA-AB2E-B176713963A7@yahoo.com.br> Muito bom Andre, Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe com os egos de muita gente. Um abraço, Marcos Filho. Enviado via iPhone Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: > Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. > > Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 > From: andrefadel em gmail.com > CC: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > > > > Uma questão ridícula > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. > > Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > Matéria da Folha de hoje > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Sat Aug 13 17:23:41 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Sat, 13 Aug 2011 17:23:41 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Olá, caro colega Rogerio: *"Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?"* Evidentemente é a academia que deve estabelecer os critérios para a avaliação da competência. Isso não pode ser feito por algum artista individual ou algum grupo escolhido por sufrágio em pleito político. Sua indagação faz-me voltar àquela observação de que pouco se sabe da Ordem dos Músicos do Brasil no que concerne sua criação, a motivação que levou José Siqueira à luta para sua criação, e ao próprio texto da lei que a criou. O artigo 28 da Lei Nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960 em suas alíneas a, b, c, d, e, e f estebele justamente isso: que os egressos da Academia, dos Conservatórios, etc etc são admitidos e recebem suas habilitações automaticamente sem burocracias ou testes. Mas, meu caro amigo Rogério, você está me envolvendo e conseguindo fazer com que eu me afaste de meu tema inicial. Você está me levando a opinar sobre a OMB. Não me sinto ainda suficientemente informado para opinar sobre a decisão do STF. A questão que me indignou não foi a decisão do STF. O que me indignou foi o conjunto de argumentos encontrados pelos Ministros para justificar a decisão. Entre os argumentos, aquele que dizia: *a não regulamentação da profissão de músico não causa danos sociais.* Afirmações menos drásticas, ideologias e cientificismos menos radicais, já fazem com que a área da Música seja pouco prestigiada e até menosprezada dentro das Universidades. As afirmações dos Ministros do STF, se levadas ao pé da letra e desenvolvidas, servirão de munição para o tiro de misericórdia no ensino superior da Música. Esses pensamentos têm resultado em situações preocupantes, junto à própria demanda da sociedade. Na UnB, por exemplo, vivemos a seguinte situação: é cruel a luta por vagas, no vestibular, em todas as áreas, menos na Música, onde muitas vezes as vagas não são preenchidas por causa da falta de candidatos. Creio que a comunidade externa já se convence de que para ser profissional de qualquer área é preciso fazer a graduação e a pós-graduação, mas não para ser músico. Abraço, Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 13:12, Rogerio Budasz escreveu: > Maestro, > Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece > que o senhor está falando de duas coisas distintas. > Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu > acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer. > Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. > Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels > tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se > submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência > técnico-musical" de sua obra? > Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de > competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da > competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos > criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco? > Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto > não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a > célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? > Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata > que fiscalizasse isso. > > abraço > Rogério > > > --- On *Sat, 8/13/11, SBME . * wrote: > > O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo > estético. Tem a ver somente com competência artística, competência > técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso > trabalho nas Universidades. > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From muzikness em gmail.com Sat Aug 13 17:59:16 2011 From: muzikness em gmail.com (Marcelo Coelho) Date: Sat, 13 Aug 2011 17:59:16 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: References: Message-ID: dizer que a musica nao tem nenhum poder de transformacao espiritual e coletiva eh afirmar que john coltrane e toda uma geracao que o seguiu estavam enganados, tudo nao passou de um delirio... Em 13 de agosto de 2011 13:16, Gil Amâncio escreveu: > Porque um médico e um advogado possuem "ordem e/ou conselho profissional" > ? > > os músicos são profissionalmente indígnos de possuir conselho > profissional? > > Em 12 de agosto de 2011 18:41, Graziela Bortz escreveu: > > Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela >> Bortz. >> >> ------------------------------ >> Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 >> From: andrefadel em gmail.com >> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >> Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> >> >> >> >> *Uma questão ridícula* >> >> >> >> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música >> a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma >> grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem >> a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >> para cada um de nós. >> >> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas >> então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas >> de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, >> ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >> >> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >> >> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se >> o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se >> curtir. >> >> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >> alcançar. >> >> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela >> ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está >> relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para >> aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um >> sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a >> fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de >> uma vacina). >> >> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na >> minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >> >> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no >> mundo. >> >> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >> no nariz alheio. >> >> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >> que também é uma enorme bobagem. >> >> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >> >> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música >> com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução >> profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer >> criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >> >> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >> >> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >> >> >> >> André Fadel >> >> Pianista e compositor >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> 2011/8/8 SBME . >> >> Colegas: >> >> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >> sobre a decisão do STF. >> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >> questão. >> >> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >> decidir o que decidiram. >> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >> >> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >> Isso é verdade? >> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >> social? >> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada >> conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de >> desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >> representasse a realização fiel da partitura. >> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >> >> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. >> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >> Poesia para que pudessem escrever. >> >> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >> Comunicação para chegar ao público. >> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >> contemplando o suporte diretamente. >> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >> exige profundo conhecimento técnico. >> >> À salutar discussão!!! >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> >> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: >> >> Matéria da Folha de hoje < >> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >> > >> ================================================== >> >> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >> >> FELIPE SELIGMAN >> DE BRASÍLIA >> >> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >> classe para exercer sua profissão. >> >> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >> >> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento >> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >> apresentar. >> >> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >> quando chegar no tribunal. >> >> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só >> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um >> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >> afirmou. >> >> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> ________________________________________________ Lista de discuss?es >> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- Marcelo Coelho www.coelho-music.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From muzikness em gmail.com Sat Aug 13 18:00:07 2011 From: muzikness em gmail.com (Marcelo Coelho) Date: Sat, 13 Aug 2011 18:00:07 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: References: Message-ID: dizer que a musica nao tem nenhum poder de transformacao espiritual e coletiva eh afirmar que john coltrane e toda uma geracao que o seguiu estavam enganados, tudo nao passou de um delirio... Em 13 de agosto de 2011 13:16, Gil Amâncio escreveu: > Porque um médico e um advogado possuem "ordem e/ou conselho profissional" > ? > > os músicos são profissionalmente indígnos de possuir conselho > profissional? > > Em 12 de agosto de 2011 18:41, Graziela Bortz escreveu: > > Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela >> Bortz. >> >> ------------------------------ >> Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 >> From: andrefadel em gmail.com >> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >> Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> >> >> >> >> *Uma questão ridícula* >> >> >> >> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música >> a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma >> grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem >> a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >> para cada um de nós. >> >> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas >> então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas >> de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, >> ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >> >> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >> >> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se >> o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se >> curtir. >> >> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >> alcançar. >> >> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela >> ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está >> relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para >> aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um >> sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a >> fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de >> uma vacina). >> >> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na >> minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >> >> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no >> mundo. >> >> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >> no nariz alheio. >> >> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >> que também é uma enorme bobagem. >> >> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >> >> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música >> com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução >> profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer >> criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >> >> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >> >> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >> >> >> >> André Fadel >> >> Pianista e compositor >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> 2011/8/8 SBME . >> >> Colegas: >> >> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >> sobre a decisão do STF. >> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >> questão. >> >> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >> decidir o que decidiram. >> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >> >> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >> Isso é verdade? >> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >> social? >> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada >> conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de >> desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >> representasse a realização fiel da partitura. >> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >> >> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. >> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >> Poesia para que pudessem escrever. >> >> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >> Comunicação para chegar ao público. >> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >> contemplando o suporte diretamente. >> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >> exige profundo conhecimento técnico. >> >> À salutar discussão!!! >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> >> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: >> >> Matéria da Folha de hoje < >> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >> > >> ================================================== >> >> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >> >> FELIPE SELIGMAN >> DE BRASÍLIA >> >> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >> classe para exercer sua profissão. >> >> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >> >> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento >> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >> apresentar. >> >> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >> quando chegar no tribunal. >> >> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só >> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um >> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >> afirmou. >> >> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> ________________________________________________ Lista de discuss?es >> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- Marcelo Coelho www.coelho-music.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From g_bortz em hotmail.com Sat Aug 13 19:15:12 2011 From: g_bortz em hotmail.com (Graziela Bortz) Date: Sat, 13 Aug 2011 22:15:12 +0000 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=C3=A3o_rid=C3=ADcula?= In-Reply-To: References: , , , Message-ID: Desculpe, alguém disse isso? Date: Sat, 13 Aug 2011 17:59:16 -0300 Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula From: muzikness em gmail.com To: givanildo.amancio em gmail.com CC: g_bortz em hotmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br dizer que a musica nao tem nenhum poder de transformacao espiritual e coletiva eh afirmar que john coltrane e toda uma geracao que o seguiu estavam enganados, tudo nao passou de um delirio... Em 13 de agosto de 2011 13:16, Gil Amâncio escreveu: Porque um médico e um advogado possuem "ordem e/ou conselho profissional" ? os músicos são profissionalmente indígnos de possuir conselho profissional? Em 12 de agosto de 2011 18:41, Graziela Bortz escreveu: Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 From: andrefadel em gmail.com CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Uma questão ridícula Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. André Fadel Pianista e compositor 2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- Marcelo Coelho www.coelho-music.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rogeriobudasz em yahoo.com Sat Aug 13 19:29:48 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Sat, 13 Aug 2011 15:29:48 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: Message-ID: <1313274588.76497.YahooMailClassic@web160613.mail.bf1.yahoo.com> Caro Maestro Jorge Antunes, Longe de mim querer afastá-lo do tema inicial. Minha preocupação ainda é quanto a quem vai nos avaliar e em que base. Aliás, pela mesma razão não engulo o famigerado Qualis dos livros, porque logo virá um Qualis das composições musicais, e aí salve-se quem puder.Mas para ficar só na argumentação da sua última mensagem, se Guimarães Rosa e Mário de Andrade tivessem seguido os ditames da Academia, coitada da literatura brasileira. E existem exemplos às centenas de milhares pelo mundo afora que para ser um bom músico não é necessária graduação ou pós-graduação. Se tivemos que fazer graduação e pós-graduação para sermos bons músicos esse não é de maneira alguma o único caminho possível. Talvez seja o único caminho para um determinado tipo de música e um determinado tipo de repertório, ao qual, não por coincidência, chamamos "acadêmico". Mesmo assim, é possível que esse caminho, que não existia antes da Revolução Francesa, deixe de ser viável no futuro. Nos milhares de anos de história da civilização o episódio da música de concerto e da instituição do conservatório talvez não venha a ser mais que isso, um episódio que durou uns três ou quatro séculos... Daí não será o meu grito de "eu sou relevante!", ou "o que eu faço é relevante!" que vai mudar as coisas. Mas não sou tão pessimista a respeito, haja visto que mesmo nas sociedades em que impera a lei do mercado, como o senhor cita, a música acadêmica vai indo bem e não será o Brasil o primeiro país do ocidente a extinguir o ensino superior de música. abraços,Rogério --- On Sat, 8/13/11, SBME . wrote: From: SBME . Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB To: "Rogerio Budasz" Cc: "ANPPOM" Date: Saturday, August 13, 2011, 1:23 PM Olá, caro colega Rogerio: "Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?" Evidentemente é a academia que deve estabelecer os critérios para a avaliação da competência. Isso não pode ser feito por algum artista individual ou algum grupo escolhido por sufrágio em pleito político. Sua indagação faz-me voltar àquela observação de que pouco se sabe da Ordem dos Músicos do Brasil no que concerne sua criação, a motivação que levou José Siqueira à luta para sua criação, e ao próprio texto da lei que a criou. O artigo 28 da Lei Nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960 em suas alíneas a, b, c, d, e, e f estebele justamente isso: que os egressos da Academia, dos Conservatórios, etc etc são admitidos e recebem suas habilitações automaticamente sem burocracias ou testes. Mas, meu caro amigo Rogério, você está me envolvendo e conseguindo fazer com que eu me afaste de meu tema inicial. Você está me levando a opinar sobre a OMB. Não me sinto ainda suficientemente informado para opinar sobre a decisão do STF. A questão que me indignou não foi a decisão do STF. O que me indignou foi o conjunto de argumentos encontrados pelos Ministros para justificar a decisão. Entre os argumentos, aquele que dizia: a não regulamentação da profissão de músico não causa danos sociais. Afirmações menos drásticas, ideologias e cientificismos menos radicais, já fazem com que a área da Música seja pouco prestigiada e até menosprezada dentro das Universidades. As afirmações dos Ministros do STF, se levadas ao pé da letra e desenvolvidas, servirão de munição para o tiro de misericórdia no ensino superior da Música. Esses pensamentos têm resultado em situações preocupantes, junto à própria demanda da sociedade. Na UnB, por exemplo, vivemos a seguinte situação: é cruel a luta por vagas, no vestibular, em todas as áreas, menos na Música, onde muitas vezes as vagas não são preenchidas por causa da falta de candidatos. Creio que a comunidade externa já se convence de que para ser profissional de qualquer área é preciso fazer a graduação e a pós-graduação, mas não para ser músico. Abraço, Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 13:12, Rogerio Budasz escreveu: Maestro,Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece que o senhor está falando de duas coisas distintas.  Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer.Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência técnico-musical" de sua obra?  Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata que fiscalizasse isso. abraçoRogério --- On Sat, 8/13/11, SBME . wrote: O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Sat Aug 13 20:18:26 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Sat, 13 Aug 2011 20:18:26 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: *Caro Luciano: Não me senti ofendido. Saiba de minha admiração e, mais ainda, por essa sua mensagem tão humana e admirável. Peço desculpas pela minha ironia, pois não passou disso aquela minha lacônica resposta. Abraço, Jorge Antunes * Em 13 de agosto de 2011 19:46, luciano cesar escreveu: > Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. > > > > Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge > Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma > base... > No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom > grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua > contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta > aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a > um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social > do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também > algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. > > Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser > feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB > determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não > é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam > da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para > permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical > trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a > diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de > engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que > uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar > outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do > respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes > e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no > âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. > > Essa é minha opinião, que parece nos dividir. > > Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade de > músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas > (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há > divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. > Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação > que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. > Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua > mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da > comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua > competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do > Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras > mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a > regulamentação. > > Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José > Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa > mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que > o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao > seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais > próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual > pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. > > Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. Retirando > o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos de vista > que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da classe > musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes debates. > > Pazes, em nome da "salutar discussão"? > > Abraço cordial, > > > > Luciano Cesar Morais. > > > --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: > > > De: SBME . > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < > anppom-l em iar.unicamp.br> > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 > > *Oi, Luciano Cesar: > > Obrigado por sua mensagem opinativa. > Você tem razão: música ruim não mata. > Continue a fazê-la. > Cordialmente, > Jorge Antunes* > > > > > > > > > Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar > > escreveu: > > Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do veredicto > de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele fale em > nome do socialismo. > > Luciano Cesar Morais > > --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel > >* escreveu: > > > De: André Fadel > > > Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: > Cc: "ANPPOM" > > > Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 > > > > > > *Uma questão ridícula* > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz > > escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -----Anexo incorporado----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From g_bortz em hotmail.com Sat Aug 13 19:45:42 2011 From: g_bortz em hotmail.com (Graziela Bortz) Date: Sat, 13 Aug 2011 22:45:42 +0000 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: <000901cc59ee$9941b310$cbc51930$@com.br> References: , , <000901cc59ee$9941b310$cbc51930$@com.br> Message-ID: Gostei disso também. Graziela. From: jamannis em uol.com.br To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Sat, 13 Aug 2011 16:24:18 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB Há muitos anos atrás aconteceu que para atender a uma exigência de secretaria de cultura não me lembro mais qual delas eu precisava apresentar uma carteira da OMB para seguir meu encaminhamento. Lá fui eu. Com diplomas, históricos escolares, tudo xerocado abriram um pedido para mim. Me disseram: Não reconhecemos seus diplomas nem do Conservatorio de Paris nem da Universidade de Paris VIII.Insisti: Mas sou compositor atuante e reconhecido. Me responderam: Não damos carteira para compositores.Perguntei: Por quê?Para minha surpresa: Por que tem alguns compositores que só sabem escrever a letra das músicas! (sic)Pedi então: E como músico eletrônico, faço performances musicais ao vivo?Disseram: Não existe essa categoria na OMB!Respondi: Então me dê aí um instrumento qualquer que eu toco pra Vcs, um violão, um piano o que Vcs tem aí?Me responderam: Lamentamos, não temos instrumentos musicais aqui nesta ordem dos músicos!Conclui: Se eu fosse pianista nunca poderia ser avaliado, a menos de levar comigo um piano. Resultado: Desisti daquilo que eu estava fazendo. Me pergunto: Por que os administradores públicos não são filiados ao Conselho Regional de Administração? (www2.cfa.org.br/ O Sistema CFA/CRAs tem como missão promover a difusao da Ciência da Administração e a valorização da profissão do Administrador visando a defesa da Sociedade.) Prefeitos, Governadores, Secretarios de Estado, Secretarios Municipais, deveriam ter sua competência de administração comprovada antes de assumir um cargo público. Por que não temos uma Escola Nacional de Administração Pública onde se aprende a administrar a coisa pública? Com métodos, procedimentos, e tudo mais? Por que só ensinam a Administração de Empresas? Deveria haver um Conselho Nacional de Administração Pública que regulamentasse a atuação dos administradores públicos limitando a atuação somente àqueles que estivesse preparados para isso. Inclusive para o legislativo. Deveria Tb ter um Conselho Nacional de Legislação Pública.Um candidato a deputado deveria estar APTO para isso. Por que não há um Conselho Nacional ou Regional de Professores? (O CNE não regulamenta a profissão: O CNE tem por missão a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade.) Por que não incomoda ninguém o fato de não existir um Conselho ou um Ordem para os professores?Por que os Professores não devem ser obrigatoriamente filiados ao Conselho Nacional de Educação? J A Mannis Montecarlo e Caldas e Copacabana,Tudo é um caxambú! (Mario de Andrade) ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Sat Aug 13 19:46:20 2011 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (luciano cesar) Date: Sat, 13 Aug 2011 15:46:20 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: Message-ID: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes.               Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma base...             No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador.             Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no âmbito mesmo da cultura, não do policiamento.             Essa é minha opinião, que parece nos dividir.             Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a regulamentação.               Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo.             Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes debates. Pazes, em nome da "salutar discussão"? Abraço cordial,   Luciano Cesar Morais. --- Em sáb, 13/8/11, SBME . escreveu: De: SBME . Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 Oi, Luciano Cesar: Obrigado por sua mensagem opinativa. Você tem razão: música ruim não mata. Continue a fazê-la. Cordialmente, Jorge Antunes Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar escreveu: Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele fale em nome do socialismo. Luciano Cesar Morais --- Em qui, 11/8/11, André Fadel escreveu: De: André Fadel Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: Cc: "ANPPOM" Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43     Uma questão ridícula   Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor.   André Fadel Pianista e compositor                 2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariomarcaljr em gmail.com Sat Aug 13 20:43:32 2011 From: mariomarcaljr em gmail.com (mariomarcaljr) Date: Sat, 13 Aug 2011 20:43:32 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Caro Maestro Jorge Antunes, Concordo plenamente com o Sr. Rogerio Budasz em relação as suas afirmações, e acredito que há uma certa confusão nas argumentações que utiliza para justificar que a incompetência "técnica-musical" ou "artística-musical" (a esse ponto já não sei qual delas se refere, se é que existe um limite entre uma e outra) possa causar um mal social. Primeiro referente ao seu exemplo: Se a pesquisa citada argumenta que jovens perderam parte de sua capacidade auditiva pelo fato de estarem expostos a um determinado volume de sons, isso não qualifica a qualidade da música em sí. O que quero dizer é que, no trio eletrico referido poderia ter um som de britadeira de uma música contemporânea interpretada por pedreiros, ou poderia ser a Filarmônica de Berlin interpretando a Nona Sinfonia de Beethoven, a qualidade musical nao estaria em julgamento. Ou seja, os jovens poderiam ter ficado surdos pelo volume de som e não pela qualidade músical ou competência técnico-artística. Fato: não há como avaliar competência em arte, caso contrário a mesma se descaracterisa como arte e se transforma em ciência exata. No caso de querer que sua interpretação seja exatamente interpretrada como queres, o Sr. Rogerio foi muito claro citando Stravinsky. Com relação a outros assuntos: Acredito que a regulamentação obrigatória traz mais danos a sociedade e a cultura não só do país como à história da música no mundo, do que a não regulamentação. Não esqueçam que estamos tratando aqui da Ordem dos Musicos do Brasil, que compreende todo o território nacional e todos que vivem de fazer música (ou seja, arte), e que não há possibilidade alguma de se nivelar musicos de diferentes regiões, classe social, estilo, gênero, etc, etc, em um país tão grande e rico em diversidade cultural quanto o nosso. Imagine que um repentista nordestino não pudesse ir a São Paulo apresentar sua arte porque sua arte é considerada profissão e para exercer essa profissão é nescessario passar por um teste ou ter uma formação acadêmica! Toda e qualquer música de tradição, de raiz deixariam de existir ou seriam interpretadas por acadêmicos, e novas formas de música que poderiam vir a existir nascendo do meio não acadêmico não nasceriam. Você conseguiria viver num mundo assim? Onde música só poderia ser interpretada por pessoas que detivessem o conhecimento teórico/técnico da música ocidental? Bem, existem outros assuntos colocados mas vou me ater ao que estabeleceu! Abraços, Mario Marçal Jr Mário Marçal Jr. Em 13/08/2011, às 17:23, "SBME ." escreveu: > Olá, caro colega Rogerio: > > "Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?" > > Evidentemente é a academia que deve estabelecer os critérios para a avaliação da competência. Isso não pode ser feito por algum artista individual ou algum grupo escolhido por sufrágio em pleito político. > Sua indagação faz-me voltar àquela observação de que pouco se sabe da Ordem dos Músicos do Brasil no que concerne sua criação, a motivação que levou José Siqueira à luta para sua criação, e ao próprio texto da lei que a criou. > O artigo 28 da Lei Nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960 em suas alíneas a, b, c, d, e, e f estebele justamente isso: que os egressos da Academia, dos Conservatórios, etc etc são admitidos e recebem suas habilitações automaticamente sem burocracias ou testes. > > Mas, meu caro amigo Rogério, você está me envolvendo e conseguindo fazer com que eu me afaste de meu tema inicial. Você está me levando a opinar sobre a OMB. > Não me sinto ainda suficientemente informado para opinar sobre a decisão do STF. A questão que me indignou não foi a decisão do STF. O que me indignou foi o conjunto de argumentos encontrados pelos Ministros para justificar a decisão. Entre os argumentos, aquele que dizia: a não regulamentação da profissão de músico não causa danos sociais. > Afirmações menos drásticas, ideologias e cientificismos menos radicais, já fazem com que a área da Música seja pouco prestigiada e até menosprezada dentro das Universidades. As afirmações dos Ministros do STF, se levadas ao pé da letra e desenvolvidas, servirão de munição para o tiro de misericórdia no ensino superior da Música. Esses pensamentos têm resultado em situações preocupantes, junto à própria demanda da sociedade. Na UnB, por exemplo, vivemos a seguinte situação: é cruel a luta por vagas, no vestibular, em todas as áreas, menos na Música, onde muitas vezes as vagas não são preenchidas por causa da falta de candidatos. Creio que a comunidade externa já se convence de que para ser profissional de qualquer área é preciso fazer a graduação e a pós-graduação, mas não para ser músico. > Abraço, > Jorge Antunes > > > > > > Em 13 de agosto de 2011 13:12, Rogerio Budasz escreveu: > Maestro, > Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece que o senhor está falando de duas coisas distintas. > Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer. > Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência técnico-musical" de sua obra? > Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco? > Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata que fiscalizasse isso. > > abraço > Rogério > > > --- On Sat, 8/13/11, SBME . wrote: > O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades. > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fausto.viola em gmail.com Sat Aug 13 21:21:39 2011 From: fausto.viola em gmail.com (fausto kothe) Date: Sat, 13 Aug 2011 21:21:39 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <000901cc59ee$9941b310$cbc51930$@com.br> Message-ID: Seria possível a avaliação entre o bom ou ruim, o melhor ou pior, o capaz e incapaz quando nos referimos a música? Quem, senão alguns poucos HOMENS, que se auto denominam perfeitos e dominadores conceituais, poderia ranquear a MÚSICA feita nos quatro cantos do Brasil, por povos e culturas completamente diferentes, com razões diferentes e opiniões diferentes? Que devemos todos buscar um refinamento, quando necessário, não tenho dúvida. Que um órgão que regulamente rotinas de trabalhos, com embasamentos ergonômicos e jurídicos, principalmente no que tange a valorização financeira também não. Todo mundo conhece um grande instrumentista que nunca estudou em uma universidade ou conservatório, assim como conhece "músicos diplomados" que são uns completos incapazes de atuar musicalmente. Quem está certo ou errado ...??? Atenciosamente, Fausto Kothe... From gandharva_dasa em hotmail.com Sat Aug 13 21:39:25 2011 From: gandharva_dasa em hotmail.com (Carlos Arthur) Date: Sat, 13 Aug 2011 21:39:25 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: , <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com>, , Message-ID: Caros, Venho acompanhando essa discussão e me vieram certas indagações: Se a música não pode fazer mal a alguém, como alguém já disse: "também não fará bem"! Me pergunto se a profissão de "musicoterapeuta" deveria ser extinta no caso da afirmação acima ser verdadeira. Também me pergunto se há alguma coincidência no tipo de comportamento meio que padronizado de certos grupos que escutam certos estilos de música. (Claro que imagino existirem excessões). E se aquelas experiências científicas com a saúde de plantas expostas a diferentes estilos de música relatadas em "The Secret Life of Plants" de Peter Tompkins e Christopher Bird, e as pesquisas de Dorothy Retallack no Instituto Biológico do Colorado, além dos experimentos com grãos de areia nas famosas placas de "Chladni" seriam pertinentes a esta discussão sobre a saúde e música? Não quero defender nenhum ponto de vista, apenas gerar uma reflexão. Abraços! Carlos Pereira. From: mariomarcaljr em gmail.com Date: Sat, 13 Aug 2011 20:43:32 -0300 CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB Caro Maestro Jorge Antunes, Concordo plenamente com o Sr. Rogerio Budasz em relação as suas afirmações, e acredito que há uma certa confusão nas argumentações que utiliza para justificar que a incompetência "técnica-musical" ou "artística-musical" (a esse ponto já não sei qual delas se refere, se é que existe um limite entre uma e outra) possa causar um mal social. Primeiro referente ao seu exemplo:Se a pesquisa citada argumenta que jovens perderam parte de sua capacidade auditiva pelo fato de estarem expostos a um determinado volume de sons, isso não qualifica a qualidade da música em sí. O que quero dizer é que, no trio eletrico referido poderia ter um som de britadeira de uma música contemporânea interpretada por pedreiros, ou poderia ser a Filarmônica de Berlin interpretando a Nona Sinfonia de Beethoven, a qualidade musical nao estaria em julgamento. Ou seja, os jovens poderiam ter ficado surdos pelo volume de som e não pela qualidade músical ou competência técnico-artística. Fato: não há como avaliar competência em arte, caso contrário a mesma se descaracterisa como arte e se transforma em ciência exata. No caso de querer que sua interpretação seja exatamente interpretrada como queres, o Sr. Rogerio foi muito claro citando Stravinsky. Com relação a outros assuntos: Acredito que a regulamentação obrigatória traz mais danos a sociedade e a cultura não só do país como à história da música no mundo, do que a não regulamentação. Não esqueçam que estamos tratando aqui da Ordem dos Musicos do Brasil, que compreende todo o território nacional e todos que vivem de fazer música (ou seja, arte), e que não há possibilidade alguma de se nivelar musicos de diferentes regiões, classe social, estilo, gênero, etc, etc, em um país tão grande e rico em diversidade cultural quanto o nosso. Imagine que um repentista nordestino não pudesse ir a São Paulo apresentar sua arte porque sua arte é considerada profissão e para exercer essa profissão é nescessario passar por um teste ou ter uma formação acadêmica! Toda e qualquer música de tradição, de raiz deixariam de existir ou seriam interpretadas por acadêmicos, e novas formas de música que poderiam vir a existir nascendo do meio não acadêmico não nasceriam. Você conseguiria viver num mundo assim? Onde música só poderia ser interpretada por pessoas que detivessem o conhecimento teórico/técnico da música ocidental? Bem, existem outros assuntos colocados mas vou me ater ao que estabeleceu! Abraços,Mario Marçal Jr Mário Marçal Jr. Em 13/08/2011, às 17:23, "SBME ." escreveu: Olá, caro colega Rogerio:"Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?"Evidentemente é a academia que deve estabelecer os critérios para a avaliação da competência. Isso não pode ser feito por algum artista individual ou algum grupo escolhido por sufrágio em pleito político. Sua indagação faz-me voltar àquela observação de que pouco se sabe da Ordem dos Músicos do Brasil no que concerne sua criação, a motivação que levou José Siqueira à luta para sua criação, e ao próprio texto da lei que a criou. O artigo 28 da Lei Nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960 em suas alíneas a, b, c, d, e, e f estebele justamente isso: que os egressos da Academia, dos Conservatórios, etc etc são admitidos e recebem suas habilitações automaticamente sem burocracias ou testes. Mas, meu caro amigo Rogério, você está me envolvendo e conseguindo fazer com que eu me afaste de meu tema inicial. Você está me levando a opinar sobre a OMB. Não me sinto ainda suficientemente informado para opinar sobre a decisão do STF. A questão que me indignou não foi a decisão do STF. O que me indignou foi o conjunto de argumentos encontrados pelos Ministros para justificar a decisão. Entre os argumentos, aquele que dizia: a não regulamentação da profissão de músico não causa danos sociais. Afirmações menos drásticas, ideologias e cientificismos menos radicais, já fazem com que a área da Música seja pouco prestigiada e até menosprezada dentro das Universidades. As afirmações dos Ministros do STF, se levadas ao pé da letra e desenvolvidas, servirão de munição para o tiro de misericórdia no ensino superior da Música. Esses pensamentos têm resultado em situações preocupantes, junto à própria demanda da sociedade. Na UnB, por exemplo, vivemos a seguinte situação: é cruel a luta por vagas, no vestibular, em todas as áreas, menos na Música, onde muitas vezes as vagas não são preenchidas por causa da falta de candidatos. Creio que a comunidade externa já se convence de que para ser profissional de qualquer área é preciso fazer a graduação e a pós-graduação, mas não para ser músico. Abraço,Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 13:12, Rogerio Budasz escreveu: Maestro,Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece que o senhor está falando de duas coisas distintas. Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer.Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência técnico-musical" de sua obra? Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata que fiscalizasse isso. abraçoRogério --- On Sat, 8/13/11, SBME . wrote: O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tempoqueleva em yahoo.com.br Sat Aug 13 23:38:02 2011 From: tempoqueleva em yahoo.com.br (Ana Luisa) Date: Sat, 13 Aug 2011 19:38:02 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=C3=A3o_rid=C3=ADcula?= In-Reply-To: <07972886-2876-47CA-AB2E-B176713963A7@yahoo.com.br> Message-ID: <1313289482.48930.YahooMailClassic@web160704.mail.bf1.yahoo.com> Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas?Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os povos musicais.Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada,um abraço a todos,Ana --- Em sáb, 13/8/11, Marcos Filho escreveu: De: Marcos Filho Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Anppom" Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 Muito bom Andre, Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe com os egos de muita gente.  Um abraço,  Marcos Filho.  Enviado via iPhone Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 From: andrefadel em gmail.com CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula     Uma questão ridícula   Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor.   André Fadel Pianista e compositor                 2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Sun Aug 14 00:56:24 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Sun, 14 Aug 2011 00:56:24 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Caro Mario: Obrigado por seus comentários. O caso dos 110dB do trio elétrico não aponta a música como causadora de dano social. O relato demonstra, sim, um dano social causado por uma determinada prática musical. Vejo que você acredita que a regulamentação da profissão traz danos à sociedade. Não se preocupe com esse perigo, pois o que está para acontecer não é a regulamentação da profissão: é, sim, sua desregulamentação. A regulamentação, esta que você teme, que não permitiria, segundo você, a atuação profissional de um repentista, já existe a 50 anos. Abraço, Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 20:43, mariomarcaljr escreveu: > Caro Maestro Jorge Antunes, > > Concordo plenamente com o Sr. Rogerio Budasz em relação as suas afirmações, > e acredito que há uma certa confusão nas argumentações que utiliza para > justificar que a incompetência "técnica-musical" ou "artística-musical" (a > esse ponto já não sei qual delas se refere, se é que existe um limite entre > uma e outra) possa causar um mal social. > > Primeiro referente ao seu exemplo: > Se a pesquisa citada argumenta que jovens perderam parte de sua capacidade > auditiva pelo fato de estarem expostos a um determinado volume de sons, isso > não qualifica a qualidade da música em sí. > > O que quero dizer é que, no trio eletrico referido poderia ter um som de > britadeira de uma música contemporânea interpretada por pedreiros, ou > poderia ser a Filarmônica de Berlin interpretando a Nona Sinfonia de > Beethoven, a qualidade musical nao estaria em julgamento. Ou seja, os jovens > poderiam ter ficado surdos pelo volume de som e não pela qualidade músical > ou competência técnico-artística. > > Fato: não há como avaliar competência em arte, caso contrário a mesma se > descaracterisa como arte e se transforma em ciência exata. > > No caso de querer que sua interpretação seja exatamente interpretrada como > queres, o Sr. Rogerio foi muito claro citando Stravinsky. > > Com relação a outros assuntos: > > Acredito que a regulamentação obrigatória traz mais danos a sociedade e a > cultura não só do país como à história da música no mundo, do que a não > regulamentação. > > Não esqueçam que estamos tratando aqui da Ordem dos Musicos do Brasil, que > compreende todo o território nacional e todos que vivem de fazer música (ou > seja, arte), e que não há possibilidade alguma de se nivelar musicos de > diferentes regiões, classe social, estilo, gênero, etc, etc, em um país tão > grande e rico em diversidade cultural quanto o nosso. > > Imagine que um repentista nordestino não pudesse ir a São Paulo apresentar > sua arte porque sua arte é considerada profissão e para exercer essa > profissão é nescessario passar por um teste ou ter uma formação acadêmica! > > Toda e qualquer música de tradição, de raiz deixariam de existir ou seriam > interpretadas por acadêmicos, e novas formas de música que poderiam vir a > existir nascendo do meio não acadêmico não nasceriam. > > Você conseguiria viver num mundo assim? Onde música só poderia ser > interpretada por pessoas que detivessem o conhecimento teórico/técnico da > música ocidental? > > Bem, existem outros assuntos colocados mas vou me ater ao que estabeleceu! > > Abraços, > Mario Marçal Jr > > > Mário Marçal Jr. > > > Em 13/08/2011, às 17:23, "SBME ." escreveu: > > Olá, caro colega Rogerio: > > *"Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de > competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da > competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos > criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?"* > > Evidentemente é a academia que deve estabelecer os critérios para a > avaliação da competência. Isso não pode ser feito por algum artista > individual ou algum grupo escolhido por sufrágio em pleito político. > Sua indagação faz-me voltar àquela observação de que pouco se sabe da Ordem > dos Músicos do Brasil no que concerne sua criação, a motivação que levou > José Siqueira à luta para sua criação, e ao próprio texto da lei que a > criou. > O artigo 28 da Lei Nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960 em suas alíneas a, > b, c, d, e, e f estebele justamente isso: que os egressos da Academia, dos > Conservatórios, etc etc são admitidos e recebem suas habilitações > automaticamente sem burocracias ou testes. > > Mas, meu caro amigo Rogério, você está me envolvendo e conseguindo fazer > com que eu me afaste de meu tema inicial. Você está me levando a opinar > sobre a OMB. > Não me sinto ainda suficientemente informado para opinar sobre a decisão do > STF. A questão que me indignou não foi a decisão do STF. O que me indignou > foi o conjunto de argumentos encontrados pelos Ministros para justificar a > decisão. Entre os argumentos, aquele que dizia: *a não regulamentação da > profissão de músico não causa danos sociais.* > Afirmações menos drásticas, ideologias e cientificismos menos radicais, já > fazem com que a área da Música seja pouco prestigiada e até menosprezada > dentro das Universidades. As afirmações dos Ministros do STF, se levadas ao > pé da letra e desenvolvidas, servirão de munição para o tiro de misericórdia > no ensino superior da Música. Esses pensamentos têm resultado em situações > preocupantes, junto à própria demanda da sociedade. Na UnB, por exemplo, > vivemos a seguinte situação: é cruel a luta por vagas, no vestibular, em > todas as áreas, menos na Música, onde muitas vezes as vagas não são > preenchidas por causa da falta de candidatos. Creio que a comunidade externa > já se convence de que para ser profissional de qualquer área é preciso fazer > a graduação e a pós-graduação, mas não para ser músico. > Abraço, > Jorge Antunes > > > > > > Em 13 de agosto de 2011 13:12, Rogerio Budasz < > rogeriobudasz em yahoo.com> escreveu: > >> Maestro, >> Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me >> parece que o senhor está falando de duas coisas distintas. >> Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu >> acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer. >> Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. >> Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels >> tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se >> submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência >> técnico-musical" de sua obra? >> Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de >> competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da >> competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos >> criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco? >> Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto >> não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a >> célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? >> Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata >> que fiscalizasse isso. >> >> abraço >> Rogério >> >> >> --- On *Sat, 8/13/11, SBME . < sbme em sbme.com.br>*wrote: >> >> O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo >> estético. Tem a ver somente com competência artística, competência >> técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso >> trabalho nas Universidades. >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Sun Aug 14 01:10:38 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Sun, 14 Aug 2011 01:10:38 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Caro Luciano Cesar Morais: Sua carta-aberta me comoveu. Já passou da meia-noite e ela não me sai da cabeça: já é Dia dos Pais. *Abro parênteses para enviar meus parabéns a todos os músicos pais desta lista.* Enfim, resolvi buscar você na internet. Achei você tocando maravilhosamente uma das Valsas-Choros do Camargo Guarnieri: http://www.youtube.com/watch?v=g0m0mT2LM4c Parabéns, pois você é um grande músico e tem uma das qualidades mais importantes para crescer sempre: a humildade. Eu, músico, pai e avô, que completarei 70 anos em abril de 2012, gostaria de lembrar a todos os músicos jovens desta lista a fórmula para ser um grande músico: 40% de estudo + 10% de talento + 50% de humildade. Abraços a tod em s, Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 19:46, luciano cesar escreveu: > Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. > > > > Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge > Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma > base... > No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom > grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua > contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta > aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a > um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social > do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também > algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. > > Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser > feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB > determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não > é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam > da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para > permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical > trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a > diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de > engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que > uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar > outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do > respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes > e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no > âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. > > Essa é minha opinião, que parece nos dividir. > > Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade de > músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas > (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há > divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. > Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação > que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. > Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua > mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da > comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua > competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do > Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras > mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a > regulamentação. > > Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José > Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa > mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que > o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao > seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais > próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual > pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. > > Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. Retirando > o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos de vista > que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da classe > musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes debates. > > Pazes, em nome da "salutar discussão"? > > Abraço cordial, > > > > Luciano Cesar Morais. > > > --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: > > > De: SBME . > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < > anppom-l em iar.unicamp.br> > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 > > *Oi, Luciano Cesar: > > Obrigado por sua mensagem opinativa. > Você tem razão: música ruim não mata. > Continue a fazê-la. > Cordialmente, > Jorge Antunes* > > > > > > > > > Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar > > escreveu: > > Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do veredicto > de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele fale em > nome do socialismo. > > Luciano Cesar Morais > > --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel > >* escreveu: > > > De: André Fadel > > > Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: > Cc: "ANPPOM" > > > Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 > > > > > > *Uma questão ridícula* > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz > > escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -----Anexo incorporado----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Sat Aug 13 22:15:50 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Elocubrações n.238: por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social e os músicos não precisam... ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar escreveu: > Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. > > > > Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge > Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma > base... > No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom > grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua > contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta > aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a > um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social > do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também > algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. > > Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser > feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB > determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não > é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam > da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para > permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical > trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a > diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de > engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que > uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar > outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do > respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes > e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no > âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. > > Essa é minha opinião, que parece nos dividir. > > Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade de > músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas > (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há > divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. > Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação > que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. > Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua > mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da > comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua > competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do > Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras > mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a > regulamentação. > > Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José > Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa > mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que > o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao > seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais > próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual > pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. > > Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. Retirando > o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos de vista > que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da classe > musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes debates. > > Pazes, em nome da "salutar discussão"? > > Abraço cordial, > > > > Luciano Cesar Morais. > > > --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: > > > De: SBME . > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < > anppom-l em iar.unicamp.br> > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 > > *Oi, Luciano Cesar: > > Obrigado por sua mensagem opinativa. > Você tem razão: música ruim não mata. > Continue a fazê-la. > Cordialmente, > Jorge Antunes* > > > > > > > > > Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar > > escreveu: > > Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do > veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele > fale em nome do socialismo. > > Luciano Cesar Morais > > --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel > >* escreveu: > > > De: André Fadel > > > Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: > Cc: "ANPPOM" > > > Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 > > > > > > *Uma questão ridícula* > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz > > escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -----Anexo incorporado----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From g_bortz em hotmail.com Sun Aug 14 01:25:12 2011 From: g_bortz em hotmail.com (Graziela Bortz) Date: Sun, 14 Aug 2011 04:25:12 +0000 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: , <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com>, Message-ID: Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. From: givanildo.amancio em gmail.com Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 To: lucianocesar78 em yahoo.com.br CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. Elocubrações n.238: por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social e os músicos não precisam... ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar escreveu: Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma base... No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. Essa é minha opinião, que parece nos dividir. Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a regulamentação. Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes debates. Pazes, em nome da "salutar discussão"? Abraço cordial, Luciano Cesar Morais. --- Em sáb, 13/8/11, SBME . escreveu: De: SBME . Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 Oi, Luciano Cesar: Obrigado por sua mensagem opinativa. Você tem razão: música ruim não mata. Continue a fazê-la. Cordialmente, Jorge Antunes Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar escreveu: Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele fale em nome do socialismo. Luciano Cesar Morais --- Em qui, 11/8/11, André Fadel escreveu: De: André Fadel Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: Cc: "ANPPOM" Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 Uma questão ridícula Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. André Fadel Pianista e compositor 2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From g_bortz em hotmail.com Sun Aug 14 01:28:28 2011 From: g_bortz em hotmail.com (Graziela Bortz) Date: Sun, 14 Aug 2011 04:28:28 +0000 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: , <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com>, , , Message-ID: Os danos do trio elétrico são problemas de saúde causados pelo exercício da profissão, que merecem atenção da classe que, neste quesito, está de fato mal acessorada. Não são 'exatamente' danos sociais. Graziela. Date: Sun, 14 Aug 2011 00:56:24 -0300 From: sbme em sbme.com.br To: mariomarcaljr em gmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB Caro Mario: Obrigado por seus comentários. O caso dos 110dB do trio elétrico não aponta a música como causadora de dano social. O relato demonstra, sim, um dano social causado por uma determinada prática musical. Vejo que você acredita que a regulamentação da profissão traz danos à sociedade. Não se preocupe com esse perigo, pois o que está para acontecer não é a regulamentação da profissão: é, sim, sua desregulamentação. A regulamentação, esta que você teme, que não permitiria, segundo você, a atuação profissional de um repentista, já existe a 50 anos. Abraço, Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 20:43, mariomarcaljr escreveu: Caro Maestro Jorge Antunes, Concordo plenamente com o Sr. Rogerio Budasz em relação as suas afirmações, e acredito que há uma certa confusão nas argumentações que utiliza para justificar que a incompetência "técnica-musical" ou "artística-musical" (a esse ponto já não sei qual delas se refere, se é que existe um limite entre uma e outra) possa causar um mal social. Primeiro referente ao seu exemplo:Se a pesquisa citada argumenta que jovens perderam parte de sua capacidade auditiva pelo fato de estarem expostos a um determinado volume de sons, isso não qualifica a qualidade da música em sí. O que quero dizer é que, no trio eletrico referido poderia ter um som de britadeira de uma música contemporânea interpretada por pedreiros, ou poderia ser a Filarmônica de Berlin interpretando a Nona Sinfonia de Beethoven, a qualidade musical nao estaria em julgamento. Ou seja, os jovens poderiam ter ficado surdos pelo volume de som e não pela qualidade músical ou competência técnico-artística. Fato: não há como avaliar competência em arte, caso contrário a mesma se descaracterisa como arte e se transforma em ciência exata. No caso de querer que sua interpretação seja exatamente interpretrada como queres, o Sr. Rogerio foi muito claro citando Stravinsky. Com relação a outros assuntos: Acredito que a regulamentação obrigatória traz mais danos a sociedade e a cultura não só do país como à história da música no mundo, do que a não regulamentação. Não esqueçam que estamos tratando aqui da Ordem dos Musicos do Brasil, que compreende todo o território nacional e todos que vivem de fazer música (ou seja, arte), e que não há possibilidade alguma de se nivelar musicos de diferentes regiões, classe social, estilo, gênero, etc, etc, em um país tão grande e rico em diversidade cultural quanto o nosso. Imagine que um repentista nordestino não pudesse ir a São Paulo apresentar sua arte porque sua arte é considerada profissão e para exercer essa profissão é nescessario passar por um teste ou ter uma formação acadêmica! Toda e qualquer música de tradição, de raiz deixariam de existir ou seriam interpretadas por acadêmicos, e novas formas de música que poderiam vir a existir nascendo do meio não acadêmico não nasceriam. Você conseguiria viver num mundo assim? Onde música só poderia ser interpretada por pessoas que detivessem o conhecimento teórico/técnico da música ocidental? Bem, existem outros assuntos colocados mas vou me ater ao que estabeleceu! Abraços,Mario Marçal Jr Mário Marçal Jr. Em 13/08/2011, às 17:23, "SBME ." escreveu: Olá, caro colega Rogerio:"Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?"Evidentemente é a academia que deve estabelecer os critérios para a avaliação da competência. Isso não pode ser feito por algum artista individual ou algum grupo escolhido por sufrágio em pleito político. Sua indagação faz-me voltar àquela observação de que pouco se sabe da Ordem dos Músicos do Brasil no que concerne sua criação, a motivação que levou José Siqueira à luta para sua criação, e ao próprio texto da lei que a criou. O artigo 28 da Lei Nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960 em suas alíneas a, b, c, d, e, e f estebele justamente isso: que os egressos da Academia, dos Conservatórios, etc etc são admitidos e recebem suas habilitações automaticamente sem burocracias ou testes. Mas, meu caro amigo Rogério, você está me envolvendo e conseguindo fazer com que eu me afaste de meu tema inicial. Você está me levando a opinar sobre a OMB. Não me sinto ainda suficientemente informado para opinar sobre a decisão do STF. A questão que me indignou não foi a decisão do STF. O que me indignou foi o conjunto de argumentos encontrados pelos Ministros para justificar a decisão. Entre os argumentos, aquele que dizia: a não regulamentação da profissão de músico não causa danos sociais. Afirmações menos drásticas, ideologias e cientificismos menos radicais, já fazem com que a área da Música seja pouco prestigiada e até menosprezada dentro das Universidades. As afirmações dos Ministros do STF, se levadas ao pé da letra e desenvolvidas, servirão de munição para o tiro de misericórdia no ensino superior da Música. Esses pensamentos têm resultado em situações preocupantes, junto à própria demanda da sociedade. Na UnB, por exemplo, vivemos a seguinte situação: é cruel a luta por vagas, no vestibular, em todas as áreas, menos na Música, onde muitas vezes as vagas não são preenchidas por causa da falta de candidatos. Creio que a comunidade externa já se convence de que para ser profissional de qualquer área é preciso fazer a graduação e a pós-graduação, mas não para ser músico. Abraço,Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 13:12, Rogerio Budasz escreveu: Maestro,Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece que o senhor está falando de duas coisas distintas. Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer.Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência técnico-musical" de sua obra? Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata que fiscalizasse isso. abraçoRogério --- On Sat, 8/13/11, SBME . wrote: O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Sun Aug 14 11:19:24 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Sun, 14 Aug 2011 15:19:24 +0100 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: *A organização dos trabalhadores e profissionais* O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de autarquia fedral de 3º grau. Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme nossa carta mágna constitucional. O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa crítica. Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como funciona e como poderíamos mudar. Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para lembrar caetano). Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação profissional. Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. como muitas pessoas dessa lista. Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou de forma coletiva. No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na cena contemporânea. Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de 88 já garante isso. Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter o mínimo de regras. Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje. "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos construir um novo fim". Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: > Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos fortalecidos > e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se organizam. Não sei > dos engenheiros, no entanto. Graziela. > > ------------------------------ > From: givanildo.amancio em gmail.com > Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 > To: lucianocesar78 em yahoo.com.br > CC: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. > > Elocubrações n.238: > por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social e > os músicos não precisam... > ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na > posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. > > Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar escreveu: > > Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. > > > > Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge > Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma > base... > No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom > grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua > contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta > aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a > um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social > do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também > algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. > > Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser > feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB > determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não > é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam > da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para > permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical > trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a > diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de > engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que > uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar > outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do > respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes > e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no > âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. > > Essa é minha opinião, que parece nos dividir. > > Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade de > músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas > (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há > divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. > Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação > que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. > Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua > mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da > comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua > competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do > Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras > mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a > regulamentação. > > Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José > Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa > mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que > o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao > seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais > próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual > pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. > > Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. Retirando > o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos de vista > que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da classe > musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes debates. > > Pazes, em nome da "salutar discussão"? > > Abraço cordial, > > > > Luciano Cesar Morais. > > > --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: > > > De: SBME . > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < > anppom-l em iar.unicamp.br> > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 > > *Oi, Luciano Cesar: > > Obrigado por sua mensagem opinativa. > Você tem razão: música ruim não mata. > Continue a fazê-la. > Cordialmente, > Jorge Antunes* > > > > > > > > > Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar > > escreveu: > > Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do > veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele > fale em nome do socialismo. > > Luciano Cesar Morais > > --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel > >* escreveu: > > > De: André Fadel > > > Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: > Cc: "ANPPOM" > > > Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 > > > > > > *Uma questão ridícula* > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz > > escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -----Anexo incorporado----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From psotuyo em ufba.br Sun Aug 14 11:47:15 2011 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Sun, 14 Aug 2011 11:47:15 -0300 Subject: [ANPPOM-L] RES: STF e OMB In-Reply-To: Message-ID: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> Prezad em s tod em s, Desde que o nosso colega Jorge Antunes lançou o tema na lista, venho acompanhando com interesse... Pessoalmente, considero que a música não é inócua nem pode ser tratada como placebo... Mas chama à atenção a insistência da discussão em torno a se a OMB vale como regulador da prática de performance musical... se esquecendo que a prática musical, como tenta provar a profusão de sub-áreas nos congressos da ANPPOM, vem de muito aquém e vai muito além da performance... Embora importante, acredito que a LEI Nº 3.857 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1960, contenha muito mais do que isso... Seria bom que cada um lesse atentamente os seus 72 artigos organizados em 7 capítulos... Dentre eles constam aspectos vinculados à ética na prática profissional, por exemplo... (sobre este mesmo tema, a diretoria da ANPPOM recebeu proposta de código de ética e prática profissional durante a assembléia de 2006 (em Brasília) e, segundo lembro, foi votada a integração de uma comissão para estudar a proposta que, ATÉ HOJE (2011-08-14) não foi convocada... (ainda me pergunto... por que será?) o que sinceramente espero que aconteça na próxima gestão... veremos...). Apenas como serviço à comunidade “anppómica”, insiro aqui a estrutura geral da lei, mantendo alguns dos artigos que considero mais relevantes, para ciência dos meus virtuais interlocutores... CAPÍTULO 1 - Da Ordem dos Músicos do Brasil Art. 1 - Fica criada a Ordem dos Músicos do Brasil com a finalidade de exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a fiscalização do exercício da profissão do músico, mantida as atribuições específicas do Sindicato respectivo. Art. 5 - São atribuições do Conselho Federal: d) preservar a ética profissional, promovendo as medidas acauteladoras necessárias; Art. 14 - São atribuições dos Conselhos Regionais: d) conhecer, apreciar e decidir sobre os assuntos atinentes à ética profissional, impondo as penalidades que couberem; Art. 21 - À assembléia geral compete: III - elaborar e alterar a tabela de emolumentos cobrados pelos serviços prestados, ad referendum do Conselho Federal; CAPÍTULO II - Das condições para o exercício profissional Art. 28 - É livre o exercício da profissão de músico, em todo território nacional, observados o requisito da capacidade técnica e demais condições estipuladas em lei. (detalhamento) Art. 30 a 39 – Incumbências privativas de cada uma das outras especialidades (detalhadamente) CAPÍTULO III - Da duração do Trabalho CAPÍTULO IV - Do trabalho dos músicos estrangeiros CAPÍTULO V - Da fiscalização do trabalho CAPÍTULO VI - Das penalidades CAPÍTULO VII - Disposições Gerais e Transitórias Art. 60 - Aos músicos profissionais aplicam-se todos os preceitos da legislação de assistência e proteção do trabalho, assim como da previdência social. Enfim... fica aqui a minha contribuição... Com certeza a lei da OMB não é perfeita e tem muito a discutir, eliminar, modificar e, eventualmente, incluir nela... Mas elimina-la por completo sem uma discussão profunda e RESPONSAVEL, seria tanto uma temeridade quanto a perda de uma conquista rara que muitas outras áreas profissionais queriam muito ter para si. Portanto... lanço aqui a idéia para a nova Diretoria da ANPPOM de nomear uma comissão com representatividade nominal das diferentes sub-áreas de música hoje consideradas na ANPPOM para discutir e propor uma nova lei para a OMB. Depois veríamos os caminhos a serem percorridos. Sem mais... Pablo Sotuyo Blanco. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Sun Aug 14 12:33:33 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Sun, 14 Aug 2011 16:33:33 +0100 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <000901cc59ee$9941b310$cbc51930$@com.br> Message-ID: Olá Fauto em tese sua afirmação: "Todo mundo conhece um grande instrumentista que nunca estudou em uma universidade ou conservatório, assim como conhece "músicos diplomados" que são uns completos incapazes de atuar musicalmente. Quem está certo ou errado ...???" poderia ser resolvida por um conselho profissional reformado com novas figuras a frente - oxigenado e seriamente comprometido fazendo as coisas certas quando não tiver ninguém olhando nem por perto. como faz falta pessoas éticas no nosso País em postos de comandos públicos e nas admoinistração das famílias, preparando os novos cidadõas com novo senso ético. segndo a constituição brasileira temos duas figuras institucionais complementares e diferentes: 1-conselho profissional 2-sindicato profissional 1-tem função de creditar quem é ou não é profissional com formação acdémico-cientica (como faz a ordem dos advogados, por exemplo). neste caso a ordem dos advogados é uma autarquia federal de terceiro grau. Na prática é o governo federal dando a chancela de elevada hierarquia administrativa para a ordem dos advogados reconhecerem e representarem, dentro do 'Estado de Direito' o ramo: profissionais do direito. Quem quer atuar profissionalmente se subimete aos critérios. Quem não quer trabalha informalmente no mercado e os profissionais assinam ou canetam o processo se responsabilizando. Este trabalho de cooperativa ou cooperativo também ocorre com os engenheiros e arquitetos (profissionais e práticos). A questão é que se mantém uma reserva de mercado e uma verve discursiva, reflexiva e formativa aquecendo o mercado de formação profissional em diversas universidades, cursos de especialização, contratos trabalhistico e responsabilização de resultados. 2-tem a função de garantir os direitos conquistados pelas lutas de classe e sobretudo lutar pela melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, fazer acordos colectivos, barganhar melhores condições de trabalhos. então, são figuras e entidades jurídicas totalmente diferentes e complementares. juridicamente não seria conveniente uma assmuir a missão da outra mas trabalharem conjuntamente, não sob a mesma égide administrativa como aconte com omb-sp e sindicatp-sp - isso é concentração do poder (manipulação) e cassação do exercício democrático. na ordem dos advogados há uma caixa social que desempenha a função do sindicato como estratégia de promoção de benefícios sociais para os sócios e filiados da ordem dos advogados. ao contrário não, o sindicato absrover a função qualificativa do profissional, certamente não fiuncionaria (apesar de nada ser totalmente impossível). a crítiva é que o pder de pbarganha sindical fica enfraquecido pela ação do conselho de forma soprepujada. no caso do conselho da ordem dos músicos , no estado de são paulo, sendo adminsitrado conjuntamente pelo mesmo presidnete acumulando cargos, fica claro que é apenas a constituição de um curral institucional para blindar a participação de novas pessoas interessadas na dinaminzação. isso é anti-ético. também por nossa responsabilidade colectiva de não participação e não conhecimento de funcionamento estrutural. para você matar, destruir qualquer coisas, diz a lei científica da investigação microbiológica, vc precisa conhecer profundamente o que vc quer isolar. vc precisa conter e dominar a condição de conhecedor do micro-organismo que quer aniquilar. conhecer suas estruturas, pontos neurofrágicos e detonar as princiáis estruturas e ângulos eutônicos ou estruturais. isso não é diféicil fazer. difícil é fazer isto com senso e responsabilidade ética e sobretudo com consciência colectiva. precisamos , em espírito colectivo, saber que somos, como estamos e para onde queremos ir - claro que estamos no processo... abs. Em 14 de agosto de 2011 01:21, fausto kothe escreveu: > Seria possível a avaliação entre o bom ou ruim, o melhor ou pior, o > capaz e incapaz quando nos referimos a música? Quem, senão alguns > poucos HOMENS, que se auto denominam perfeitos e dominadores > conceituais, poderia ranquear a MÚSICA feita nos quatro cantos do > Brasil, por povos e culturas completamente diferentes, com razões > diferentes e opiniões diferentes? > > Que devemos todos buscar um refinamento, quando necessário, não > tenho dúvida. Que um órgão que regulamente rotinas de trabalhos, com > embasamentos ergonômicos e jurídicos, principalmente no que tange a > valorização financeira também não. > > Todo mundo conhece um grande instrumentista que nunca estudou em uma > universidade ou conservatório, assim como conhece "músicos diplomados" > que são uns completos incapazes de atuar musicalmente. Quem está certo > ou errado ...??? > > Atenciosamente, Fausto Kothe... > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fausto.viola em gmail.com Sun Aug 14 16:09:46 2011 From: fausto.viola em gmail.com (fausto kothe) Date: Sun, 14 Aug 2011 16:09:46 -0300 Subject: [ANPPOM-L] RES: STF e OMB In-Reply-To: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> References: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> Message-ID: Concordo com Sr. Pablo... Precisamos de normas, leis e estatutos. Se atualmente a OMB está deficiente (1960), não seria mais prudente, ao invés de sua extinção, uma restruturação geral de suas leis e diretrizes, com suporte de pessoas capazes, das mais variadas sub-áreas e grupos de pesquisa em música, para que pudesse contemplar, da melhor forma possível, as reais necessidades e realidades dos músicos do Brasil? -- Fausto Kothe Mestrando em Música/PPGM Universidade Federal do Paraná 0 (48) 9158 5552 SC 0 (48) 8829 9443 SC From rrrr em usp.br Sun Aug 14 16:54:17 2011 From: rrrr em usp.br (rrrr em usp.br) Date: Sun, 14 Aug 2011 16:54:17 -0300 Subject: [ANPPOM-L] RES: STF e OMB In-Reply-To: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> References: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> Message-ID: <20110814165417.20905vx4ztq3gu7d@webmail.usp.br> caro Pablo, tem projetos que não dão certo. A OMB é um deles. Não deu certo e tá na hora de acabar (pra que continuar a insistir com tal boa vontade ainda mais neste caso em que ela mais encheu o inferno?). A OMB só serve pra cobrar taxa e atrapalhar a vida dos músicos. E mais nada. Nossa profissão já é referendada pelos diversos concursos de ingresso tanto nas universidades como nos teatros e orquestras (não querendo entrar aqui na discussão dos trâmites na indústria da cultura, pois o assunto seria outro). abraços do Rubens Citando Pablo Sotuyo Blanco : > Prezad em s tod em s, > > > > Desde que o nosso colega Jorge Antunes lançou o tema na lista, venho > acompanhando com interesse... > > > > Pessoalmente, considero que a música não é inócua nem pode ser tratada como > placebo... Mas chama à atenção a insistência da discussão em torno a se a > OMB vale como regulador da prática de performance musical... se esquecendo > que a prática musical, como tenta provar a profusão de sub-áreas nos > congressos da ANPPOM, vem de muito aquém e vai muito além da performance... > > > > Embora importante, acredito que a LEI Nº 3.857 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1960, > contenha muito mais do que isso... > > Seria bom que cada um lesse atentamente os seus 72 artigos organizados em 7 > capítulos... > > Dentre eles constam aspectos vinculados à ética na prática profissional, por > exemplo... (sobre este mesmo tema, a diretoria da ANPPOM recebeu proposta de > código de ética e prática profissional durante a assembléia de 2006 (em > Brasília) e, segundo lembro, foi votada a integração de uma comissão para > estudar a proposta que, ATÉ HOJE (2011-08-14) não foi convocada... (ainda me > pergunto... por que será?) o que sinceramente espero que aconteça na próxima > gestão... veremos...). > > > > Apenas como serviço à comunidade “anppómica”, insiro aqui a estrutura geral > da lei, mantendo alguns dos artigos que considero mais relevantes, para > ciência dos meus virtuais interlocutores... > > CAPÍTULO 1 - Da Ordem dos Músicos do Brasil > > Art. 1 - Fica criada a Ordem dos Músicos do Brasil com a finalidade de > exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a > fiscalização do exercício da profissão do músico, mantida as atribuições > específicas do Sindicato respectivo. > > Art. 5 - São atribuições do Conselho Federal: > > d) preservar a ética profissional, promovendo as medidas acauteladoras > necessárias; > > Art. 14 - São atribuições dos Conselhos Regionais: > > d) conhecer, apreciar e decidir sobre os assuntos atinentes à ética > profissional, impondo as penalidades que couberem; > > Art. 21 - À assembléia geral compete: > > III - elaborar e alterar a tabela de emolumentos cobrados pelos serviços > prestados, ad referendum do Conselho Federal; > > CAPÍTULO II - Das condições para o exercício profissional > > Art. 28 - É livre o exercício da profissão de músico, em todo território > nacional, observados o requisito da capacidade técnica e demais condições > estipuladas em lei. (detalhamento) > > Art. 30 a 39 – Incumbências privativas de cada uma das outras especialidades > (detalhadamente) > > CAPÍTULO III - Da duração do Trabalho > > CAPÍTULO IV - Do trabalho dos músicos estrangeiros > > CAPÍTULO V - Da fiscalização do trabalho > > CAPÍTULO VI - Das penalidades > > CAPÍTULO VII - Disposições Gerais e Transitórias > > Art. 60 - Aos músicos profissionais aplicam-se todos os preceitos da > legislação de assistência e proteção do trabalho, assim como da previdência > social. > > > > Enfim... fica aqui a minha contribuição... Com certeza a lei da OMB não é > perfeita e tem muito a discutir, eliminar, modificar e, eventualmente, > incluir nela... > > Mas elimina-la por completo sem uma discussão profunda e RESPONSAVEL, seria > tanto uma temeridade quanto a perda de uma conquista rara que muitas outras > áreas profissionais queriam muito ter para si. > > > > Portanto... lanço aqui a idéia para a nova Diretoria da ANPPOM de nomear uma > comissão com representatividade nominal das diferentes sub-áreas de música > hoje consideradas na ANPPOM para discutir e propor uma nova lei para a OMB. > > Depois veríamos os caminhos a serem percorridos. > > > > Sem mais... > > > > Pablo Sotuyo Blanco. > > > > > > > > > > > > > > From apacheco em post.com Sun Aug 14 16:56:55 2011 From: apacheco em post.com (Alberto Pacheco) Date: Sun, 14 Aug 2011 19:56:55 +0000 Subject: [ANPPOM-L] Newsletter Caravelas Agosto Message-ID: <20110814195656.23670@gmx.com> Caros colegas: Venho informar que o Newsletter Caravelas do mês de Agosto encontra-se on-line em: http://www.caravelas.com.pt/Caravelas_Agosto_2011.pdf Todos os números do informativo podem ser vistos em: http://www.caravelas.com.pt/newsletter1.htm Com os melhores cumprimentos Alberto Pacheco CESEM/FCT Universidade Nova de Lisboa -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariomarcaljr em gmail.com Sun Aug 14 17:10:19 2011 From: mariomarcaljr em gmail.com (mariomarcaljr) Date: Sun, 14 Aug 2011 17:10:19 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Ótimo texto Sr. Gil Amâncio! Abraços! Mário Marçal Jr. Em 14/08/2011, às 11:19, Gil Amâncio escreveu: > A organização dos trabalhadores e profissionais > O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de autarquia fedral de 3º grau. > Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. > Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme nossa carta mágna constitucional. > O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa crítica. > Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como funciona e como poderíamos mudar. > Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para lembrar caetano). > Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. > A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): > Sindicato: tem função de promover qulaidade de vida para trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. > Conselho Profissional: Define quem é ou não profissional e concede um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação profissional. > Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. como muitas pessoas dessa lista. > Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. > Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou de forma coletiva. > No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na cena contemporânea. > Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de 88 já garante isso. > Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter o mínimo de regras. > Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje. > "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos construir um novo fim". > > > Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: > Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. > > From: givanildo.amancio em gmail.com > Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 > To: lucianocesar78 em yahoo.com.br > CC: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. > > Elocubrações n.238: > por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social e os músicos não precisam... > ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. > > Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar escreveu: > > Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. > > > > Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma base... > No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. > > Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. > > Essa é minha opinião, que parece nos dividir. > > Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a regulamentação. > Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. > > Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes debates. > > Pazes, em nome da "salutar discussão"? > > Abraço cordial, > > > > Luciano Cesar Morais. > > > > --- Em sáb, 13/8/11, SBME . escreveu: > > De: SBME . > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 > > Oi, Luciano Cesar: > > Obrigado por sua mensagem opinativa. > Você tem razão: música ruim não mata. > Continue a fazê-la. > Cordialmente, > Jorge Antunes > > > > > > > > > Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar escreveu: > Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele fale em nome do socialismo. > > Luciano Cesar Morais > > --- Em qui, 11/8/11, André Fadel escreveu: > > De: André Fadel > Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: > Cc: "ANPPOM" > Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 > > > > > Uma questão ridícula > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. > > Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > Matéria da Folha de hoje > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -----Anexo incorporado----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ > > > > -- > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cassiobarth em gmail.com Sun Aug 14 17:22:34 2011 From: cassiobarth em gmail.com (Cassio Barth) Date: Sun, 14 Aug 2011 15:22:34 -0500 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Interessantes os exemplos de alguns colegas. "Prostitutas e travestis se organizam" E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido, pode mais do que isso. Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos músicos? Onde fica o respeito? Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. Com opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco social*, por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega que gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o "universitário sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco de relativismo já nos ajudaria. E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em políticas governamentais. Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a humildade. Já é um começo... Cássio 2011/8/14 Gil Amâncio > *A organização dos trabalhadores e profissionais* > O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de > autarquia fedral de 3º grau. > Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder federal > (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, suponho, (por > burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance > executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. > Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau > (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma > associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são > complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme > nossa carta mágna constitucional. > O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e > classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas > virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa > crítica. > Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos > burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como > funciona e como poderíamos mudar. > Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os peleigos > decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para lembrar > caetano). > Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. > A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): > *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para trabalhadores, > garantir melhores condições de trablaho etc. > *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede um > título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação > profissional. > Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito tempo, > há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, representativa > das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. como muitas > pessoas dessa lista. > Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas > assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de > arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar > com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da > frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. > Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou de > forma coletiva. > No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas na > Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora > vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza > do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de > reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação > acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na > cena contemporânea. > Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de 88 > já garante isso. > Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter o > mínimo de regras. > Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou > isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje. > "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos construir > um novo fim". > > > Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: > > Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos fortalecidos >> e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se organizam. Não sei >> dos engenheiros, no entanto. Graziela. >> >> ------------------------------ >> From: givanildo.amancio em gmail.com >> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >> >> Elocubrações n.238: >> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social e >> os músicos não precisam... >> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na >> posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. >> >> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar > > escreveu: >> >> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >> >> >> >> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge >> Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma >> base... >> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom >> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua >> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >> >> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser >> feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB >> determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não >> é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam >> da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para >> permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical >> trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >> >> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >> >> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade >> de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas >> (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há >> divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. >> Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação >> que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. >> Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua >> mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da >> comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua >> competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do >> Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras >> mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a >> regulamentação. >> >> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José >> Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >> >> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >> debates. >> >> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >> >> Abraço cordial, >> >> >> >> Luciano Cesar Morais. >> >> >> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >> >> >> De: SBME . >> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >> anppom-l em iar.unicamp.br> >> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >> >> *Oi, Luciano Cesar: >> >> Obrigado por sua mensagem opinativa. >> Você tem razão: música ruim não mata. >> Continue a fazê-la. >> Cordialmente, >> Jorge Antunes* >> >> >> >> >> >> >> >> >> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar >> > escreveu: >> >> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do >> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele >> fale em nome do socialismo. >> >> Luciano Cesar Morais >> >> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >> >* escreveu: >> >> >> De: André Fadel >> > >> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> Para: >> Cc: "ANPPOM" >> > >> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >> >> >> >> >> >> *Uma questão ridícula* >> >> >> >> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música >> a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma >> grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem >> a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >> para cada um de nós. >> >> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas >> então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas >> de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, >> ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >> >> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >> >> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se >> o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se >> curtir. >> >> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >> alcançar. >> >> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela >> ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está >> relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para >> aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um >> sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a >> fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de >> uma vacina). >> >> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na >> minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >> >> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no >> mundo. >> >> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >> no nariz alheio. >> >> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >> que também é uma enorme bobagem. >> >> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >> >> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música >> com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução >> profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer >> criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >> >> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >> >> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >> >> >> >> André Fadel >> >> Pianista e compositor >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> 2011/8/8 SBME . >> > >> >> Colegas: >> >> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >> sobre a decisão do STF. >> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >> questão. >> >> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >> decidir o que decidiram. >> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >> >> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >> Isso é verdade? >> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >> social? >> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada >> conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de >> desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >> representasse a realização fiel da partitura. >> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >> >> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. >> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >> Poesia para que pudessem escrever. >> >> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >> Comunicação para chegar ao público. >> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >> contemplando o suporte diretamente. >> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >> exige profundo conhecimento técnico. >> >> À salutar discussão!!! >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> >> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz >> > escreveu: >> >> Matéria da Folha de hoje < >> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >> > >> ================================================== >> >> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >> >> FELIPE SELIGMAN >> DE BRASÍLIA >> >> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >> classe para exercer sua profissão. >> >> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >> >> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento >> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >> apresentar. >> >> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >> quando chegar no tribunal. >> >> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só >> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um >> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >> afirmou. >> >> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> >> -- >> >> >> >> >> >> ________________________________________________ Lista de discuss?es >> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >> > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvioferrazmello em uol.com.br Sun Aug 14 18:04:18 2011 From: silvioferrazmello em uol.com.br (silvioferrazmello) Date: Sun, 14 Aug 2011 18:04:18 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <000901cc59ee$9941b310$cbc51930$@com.br> Message-ID: <4A646C99-5EEC-4C02-BF11-E28E6BFBB59B@uol.com.br> a mensagem de pablo sotuyo deixa claro algumas questões que realmente sem a ordem fica-se à deriva. é sempre necessário uma entidade de classe, seja sindicado ou associação, que por exemplo defenda tabelas de valores para realização de contratos. isto existe no sindicado dos músicos, se não me engano, e que continua existindo e tendo validade. lembrando q o sindicato em sp era gerenciado pela mesma familia q desmontou a omb (hoje não sei em que pé as coisas estão). ou seja, existe a entidade de classe, ela se chama sindicato. On Aug 14, 2011, at 12:33 PM, Gil Amâncio wrote: > Olá Fauto em tese sua afirmação: > > "Todo mundo conhece um grande instrumentista que nunca estudou em uma > universidade ou conservatório, assim como conhece "músicos diplomados" > que são uns completos incapazes de atuar musicalmente. Quem está certo > ou errado ...???" > > poderia ser resolvida por um conselho profissional reformado com novas figuras a frente - oxigenado e seriamente comprometido fazendo as coisas certas quando não tiver ninguém olhando nem por perto. > > como faz falta pessoas éticas no nosso País em postos de comandos públicos e nas admoinistração das famílias, preparando os novos cidadõas com novo senso ético. > > segndo a constituição brasileira > > temos duas figuras institucionais complementares e diferentes: > 1-conselho profissional > 2-sindicato profissional > > 1-tem função de creditar quem é ou não é profissional com formação acdémico-cientica (como faz a ordem dos advogados, por exemplo). neste caso a ordem dos advogados é uma autarquia federal de terceiro grau. Na prática é o governo federal dando a chancela de elevada hierarquia administrativa para a ordem dos advogados reconhecerem e representarem, dentro do 'Estado de Direito' o ramo: profissionais do direito. Quem quer atuar profissionalmente se subimete aos critérios. Quem não quer trabalha informalmente no mercado e os profissionais assinam ou canetam o processo se responsabilizando. Este trabalho de cooperativa ou cooperativo também ocorre com os engenheiros e arquitetos (profissionais e práticos). A questão é que se mantém uma reserva de mercado e uma verve discursiva, reflexiva e formativa aquecendo o mercado de formação profissional em diversas universidades, cursos de especialização, contratos trabalhistico e responsabilização de resultados. > > 2-tem a função de garantir os direitos conquistados pelas lutas de classe e sobretudo lutar pela melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, fazer acordos colectivos, barganhar melhores condições de trabalhos. > > então, são figuras e entidades jurídicas totalmente diferentes e complementares. > juridicamente não seria conveniente uma assmuir a missão da outra mas trabalharem conjuntamente, não sob a mesma égide administrativa como aconte com omb-sp e sindicatp-sp - isso é concentração do poder (manipulação) e cassação do exercício democrático. > > na ordem dos advogados há uma caixa social que desempenha a função do sindicato como estratégia de promoção de benefícios sociais para os sócios e filiados da ordem dos advogados. ao contrário não, o sindicato absrover a função qualificativa do profissional, certamente não fiuncionaria (apesar de nada ser totalmente impossível). > > a crítiva é que o pder de pbarganha sindical fica enfraquecido pela ação do conselho de forma soprepujada. > > no caso do conselho da ordem dos músicos , no estado de são paulo, sendo adminsitrado conjuntamente pelo mesmo presidnete acumulando cargos, fica claro que é apenas a constituição de um curral institucional para blindar a participação de novas pessoas interessadas na dinaminzação. > > isso é anti-ético. também por nossa responsabilidade colectiva de não participação e não conhecimento de funcionamento estrutural. > > para você matar, destruir qualquer coisas, diz a lei científica da investigação microbiológica, vc precisa conhecer profundamente o que vc quer isolar. vc precisa conter e dominar a condição de conhecedor do micro-organismo que quer aniquilar. conhecer suas estruturas, pontos neurofrágicos e detonar as princiáis estruturas e ângulos eutônicos ou estruturais. > > isso não é diféicil fazer. > > difícil é fazer isto com senso e responsabilidade ética e sobretudo com consciência colectiva. > > precisamos , em espírito colectivo, saber que somos, como estamos e para onde queremos ir - claro que estamos no processo... > > abs. > > > > > > > Em 14 de agosto de 2011 01:21, fausto kothe escreveu: > Seria possível a avaliação entre o bom ou ruim, o melhor ou pior, o > capaz e incapaz quando nos referimos a música? Quem, senão alguns > poucos HOMENS, que se auto denominam perfeitos e dominadores > conceituais, poderia ranquear a MÚSICA feita nos quatro cantos do > Brasil, por povos e culturas completamente diferentes, com razões > diferentes e opiniões diferentes? > > Que devemos todos buscar um refinamento, quando necessário, não > tenho dúvida. Que um órgão que regulamente rotinas de trabalhos, com > embasamentos ergonômicos e jurídicos, principalmente no que tange a > valorização financeira também não. > > Todo mundo conhece um grande instrumentista que nunca estudou em uma > universidade ou conservatório, assim como conhece "músicos diplomados" > que são uns completos incapazes de atuar musicalmente. Quem está certo > ou errado ...??? > > Atenciosamente, Fausto Kothe... > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -- > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Sun Aug 14 21:16:09 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Sun, 14 Aug 2011 21:16:09 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Mais sobre boletos Message-ID: Caros associados, Obrigada aos que já efetuaram o pagamento dos boletos que vencem dia 15! O processo é um pouco lento mas está funcionando bem. Pretendemos enviar todos até terça, dia 16. Assim,para não prejudicar ninguém com cobrança de juros, a partir de hoje os boletos seguem com data de vencimento para dia 17. Não é necessário nos enviar o comprovante de pagamento porque a conferência bancária nos informa os títulos que foram pagos a cada 48 horas (!), mas sugerimos que voce o guarde. Caso haja alguma inconsitência nos relatórios bancários os comprovantes podem vir a ser solicitados. Em tempo, lembro que a cobrança feita agora refere-se a *anuidade 2011-2012*, que se inicia neste mês de agosto e estará vigente até julho de 2012. Assim, todos os cadastros de sócios estarão regularizados e os pagamentos em dia para o início da próxima gestão que vai poder iniciar os trabalhos com caixa, todos os cadastros devidamente registrados no sitema de cobranças do Banco do Brasil. Este procedimento eliminará de vez o sistema de depósitos bancários na conta da ANPPOM e dará maior agilidade e transparência à prestação de contas. Obrigada pela compreensão de todos, Até breve! Sonia -- SONIA RAY Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) Tel: +5562-9249.0911 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Sun Aug 14 18:25:35 2011 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Sun, 14 Aug 2011 18:25:35 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= Message-ID: Queridos amigos e colegas da ANPPOM, Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. - O exercício profissional da música representa risco social? Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. Abraços, Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fernandounirio em hotmail.com Mon Aug 15 08:57:00 2011 From: fernandounirio em hotmail.com (=?iso-8859-1?Q?Fernando_Jos=E9_Silveira?=) Date: Mon, 15 Aug 2011 07:57:00 -0400 Subject: [ANPPOM-L] RES: RES: STF e OMB In-Reply-To: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> References: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> Message-ID: Caros, Primeiramente temos que lembrar que os Sindicatos continuam existindo. Porém, não podemos fechar os olhos que tanto a OMB quanto o sindicato dos músicos tem seus poderes e prerrogativas DESFORTALECIDAS por uma classe que só olha para o seu umbigo. Dou um exemplo: o Sindicato dos Músicos Profissionais lança, mensalmente,uma tabela de cachet mínimo para cada atividade do profissional da música. Pergunta: quem respeita isso??? Praticamente ninguém. Só funciona mesmo quando o artista brasileiro vai ‘acompanhar’ um artista estrangeiro – já que ele tem que fazer tudo de forma a passar pelo sindicato. No mais, cobra-se e recebe-se valores combinados entre as partes que, em muitos casos, é abusivo. Mas se o músico diz não, outro colega faz ‘mais barato’... Quem recebe ‘uma tabela’ é considerado um músico de elite. O ‘resto’ não possui proteção alguma. Não que o sindicato não faça nada de bom. Faz sim: oferece aos sócios seguro saúde, aposentadoria privada etc. Falo aqui o do Sindicato do Rio de Janeiro, que sou sócio e posso dizer que vem fazendo um excelente trabalho. Talvez seja por aí a saída para a OMB. A decisão do STF apenas confirma aquilo que eles tinham assentado no julgamento dos Jornalistas: que o profissional não precisa ter controle específico por não trazer os mesmo problemas de, por exemplo, médicos, advogados, engenheiros etc. Isto é, as pessoas não morrem ou perdem seus bens e direitos por causa da incompetência do profissional. Particularmente acho que para ser um bom profissional – um bom músico – não há necessidade de uma entidade para simplesmente dizer que você é bom profissional. Aliás não é isso que outras entidades de classe fazem (OAB, CRM etc): elas apenas dizem que o profissional tem um mínimo de informação formal para exercer a profissão. Nos moldes de como a OMB hoje atua, não se precisa mesmo dela. Hoje ela faz um desserviço à classe. Mas acho que ela pode ser ‘recriada’ e realmente atuar em prol do músico. O maior risco social relacionado ao problema não diz respeito à OMB, mas sim à educação: com educação de qualidade todos poderão avaliar melhor se esta ou aquela manifestação artística deve fazer parte ou não da vida cultural de nosso país. Abraços, Fernando ======================================== Fernando José Silveira Professor Adjunto IV de Clarineta Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ fernandounirio em hotmail.com www.fernandosilveira.com.br De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Pablo Sotuyo Blanco Enviada em: domingo, 14 de agosto de 2011 10:47 Para: 'SBME .'; 'mariomarcaljr'; 'ANPPOM' Assunto: [ANPPOM-L] RES: STF e OMB Prezad em s tod em s, Desde que o nosso colega Jorge Antunes lançou o tema na lista, venho acompanhando com interesse... Pessoalmente, considero que a música não é inócua nem pode ser tratada como placebo... Mas chama à atenção a insistência da discussão em torno a se a OMB vale como regulador da prática de performance musical... se esquecendo que a prática musical, como tenta provar a profusão de sub-áreas nos congressos da ANPPOM, vem de muito aquém e vai muito além da performance... Embora importante, acredito que a LEI Nº 3.857 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1960, contenha muito mais do que isso... Seria bom que cada um lesse atentamente os seus 72 artigos organizados em 7 capítulos... Dentre eles constam aspectos vinculados à ética na prática profissional, por exemplo... (sobre este mesmo tema, a diretoria da ANPPOM recebeu proposta de código de ética e prática profissional durante a assembléia de 2006 (em Brasília) e, segundo lembro, foi votada a integração de uma comissão para estudar a proposta que, ATÉ HOJE (2011-08-14) não foi convocada... (ainda me pergunto... por que será?) o que sinceramente espero que aconteça na próxima gestão... veremos...). Apenas como serviço à comunidade “anppómica”, insiro aqui a estrutura geral da lei, mantendo alguns dos artigos que considero mais relevantes, para ciência dos meus virtuais interlocutores... CAPÍTULO 1 - Da Ordem dos Músicos do Brasil Art. 1 - Fica criada a Ordem dos Músicos do Brasil com a finalidade de exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a fiscalização do exercício da profissão do músico, mantida as atribuições específicas do Sindicato respectivo. Art. 5 - São atribuições do Conselho Federal: d) preservar a ética profissional, promovendo as medidas acauteladoras necessárias; Art. 14 - São atribuições dos Conselhos Regionais: d) conhecer, apreciar e decidir sobre os assuntos atinentes à ética profissional, impondo as penalidades que couberem; Art. 21 - À assembléia geral compete: III - elaborar e alterar a tabela de emolumentos cobrados pelos serviços prestados, ad referendum do Conselho Federal; CAPÍTULO II - Das condições para o exercício profissional Art. 28 - É livre o exercício da profissão de músico, em todo território nacional, observados o requisito da capacidade técnica e demais condições estipuladas em lei. (detalhamento) Art. 30 a 39 – Incumbências privativas de cada uma das outras especialidades (detalhadamente) CAPÍTULO III - Da duração do Trabalho CAPÍTULO IV - Do trabalho dos músicos estrangeiros CAPÍTULO V - Da fiscalização do trabalho CAPÍTULO VI - Das penalidades CAPÍTULO VII - Disposições Gerais e Transitórias Art. 60 - Aos músicos profissionais aplicam-se todos os preceitos da legislação de assistência e proteção do trabalho, assim como da previdência social. Enfim... fica aqui a minha contribuição... Com certeza a lei da OMB não é perfeita e tem muito a discutir, eliminar, modificar e, eventualmente, incluir nela... Mas elimina-la por completo sem uma discussão profunda e RESPONSAVEL, seria tanto uma temeridade quanto a perda de uma conquista rara que muitas outras áreas profissionais queriam muito ter para si. Portanto... lanço aqui a idéia para a nova Diretoria da ANPPOM de nomear uma comissão com representatividade nominal das diferentes sub-áreas de música hoje consideradas na ANPPOM para discutir e propor uma nova lei para a OMB. Depois veríamos os caminhos a serem percorridos. Sem mais... Pablo Sotuyo Blanco. __________ Information from ESET NOD32 Antivirus, version of virus signature database 6376 (20110814) __________ The message was checked by ESET NOD32 Antivirus. http://www.eset.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From magali.kleber em gmail.com Sun Aug 14 21:13:25 2011 From: magali.kleber em gmail.com (magali kleber) Date: Sun, 14 Aug 2011 21:13:25 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Fwd=3A_XX_Congresso_da_ABEM=5F_Inscri?= =?iso-8859-1?q?=E7=F5es_abertas!!!?= In-Reply-To: References: Message-ID: Boa noite a todas as pessoas das listas! Peço licença e a gentiliza de divulgar a abertura da inscrições para o nosso XX Congresso Da ABEM. http://www.xxcongressonacionaldaabem.com.br/ Aproveito para dizer que as companhias aéreas tem disponibilizado promoções para Vitoria e como podem notar, a cidade é linda, com praias maravilhosas entre tantas coisas lindas por lá... Sobretudo, estaremos congregando com a música... Esperamos nos ver por lá... Abraços, -- Magali Kleber Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2009-2011 Universidade Estadual de Londrina Fone 55 43 9994 6219 Londrina - Paraná Brasil -- Magali Kleber Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2009-2011 Universidade Estadual de Londrina Fone 55 43 9994 6219 Londrina - Paraná Brasil -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From g_bortz em hotmail.com Sun Aug 14 21:27:36 2011 From: g_bortz em hotmail.com (Graziela Bortz) Date: Mon, 15 Aug 2011 00:27:36 +0000 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: , <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com>, , , , , Message-ID: Então informe-se sobre os músicos de orquestras e bandas no Brasil obrigados a interromper a profissão precocemente por não terem acesso a informação e apoio de profissionais de saúde. O SUS não atende músicos com problemas decorrentes da profissão. As condições de afastamento por motivo de saúde ou aposentadoria por invalidez são, a propósito, assustadoras. Isso é assunto sério para sindicato. Músico que vive de tocar, que não tem um emprego público seguro na universidade, diz certamente: BASTA DE OMB! Graziela Date: Sun, 14 Aug 2011 08:25:47 -0300 Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB From: sbme em sbme.com.br To: g_bortz em hotmail.com Oi, Graziela:Muito bem. Fico contente em saber que a questão também lhe preocupa. Entendo que aquela prática cultural, e musical, causa danos à sociedade, justamente porque afeta a saúde pública. Quero também lembrar que não é verdade que os músicos estão mal assessorados. Pelo contrário, os que tocam em trios elétricos e outros grupos e bandas, rock pauleira, etc, em que a atmosfera treme, o espaço se rarefaz, os cones dos altofalantes quase explodem no vai-e-vem e os tímpanos do pobre público se retesam tentado sobreviver, todos aqueles músicos usam ear-plugs, pois eles não são bestas. Veja o que é ear-plug em:http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Earplug&ei=kK1HTrHSGY2DtgeU38D1BQ&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CDgQ7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dear%2Bplug%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26hs%3DduE%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26prmd%3Divns A propósito, gostaria de lembrar que a OMB não foi feita para fiscalizar a música. Ela foi feita para fiscalizar o músico. Abraço cordial,Jorge Antunes Em 14 de agosto de 2011 01:28, Graziela Bortz escreveu: Os danos do trio elétrico são problemas de saúde causados pelo exercício da profissão, que merecem atenção da classe que, neste quesito, está de fato mal acessorada. Não são 'exatamente' danos sociais. Graziela. Date: Sun, 14 Aug 2011 00:56:24 -0300 From: sbme em sbme.com.br To: mariomarcaljr em gmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB Caro Mario: Obrigado por seus comentários. O caso dos 110dB do trio elétrico não aponta a música como causadora de dano social. O relato demonstra, sim, um dano social causado por uma determinada prática musical. Vejo que você acredita que a regulamentação da profissão traz danos à sociedade. Não se preocupe com esse perigo, pois o que está para acontecer não é a regulamentação da profissão: é, sim, sua desregulamentação. A regulamentação, esta que você teme, que não permitiria, segundo você, a atuação profissional de um repentista, já existe a 50 anos. Abraço, Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 20:43, mariomarcaljr escreveu: Caro Maestro Jorge Antunes, Concordo plenamente com o Sr. Rogerio Budasz em relação as suas afirmações, e acredito que há uma certa confusão nas argumentações que utiliza para justificar que a incompetência "técnica-musical" ou "artística-musical" (a esse ponto já não sei qual delas se refere, se é que existe um limite entre uma e outra) possa causar um mal social. Primeiro referente ao seu exemplo:Se a pesquisa citada argumenta que jovens perderam parte de sua capacidade auditiva pelo fato de estarem expostos a um determinado volume de sons, isso não qualifica a qualidade da música em sí. O que quero dizer é que, no trio eletrico referido poderia ter um som de britadeira de uma música contemporânea interpretada por pedreiros, ou poderia ser a Filarmônica de Berlin interpretando a Nona Sinfonia de Beethoven, a qualidade musical nao estaria em julgamento. Ou seja, os jovens poderiam ter ficado surdos pelo volume de som e não pela qualidade músical ou competência técnico-artística. Fato: não há como avaliar competência em arte, caso contrário a mesma se descaracterisa como arte e se transforma em ciência exata. No caso de querer que sua interpretação seja exatamente interpretrada como queres, o Sr. Rogerio foi muito claro citando Stravinsky. Com relação a outros assuntos: Acredito que a regulamentação obrigatória traz mais danos a sociedade e a cultura não só do país como à história da música no mundo, do que a não regulamentação. Não esqueçam que estamos tratando aqui da Ordem dos Musicos do Brasil, que compreende todo o território nacional e todos que vivem de fazer música (ou seja, arte), e que não há possibilidade alguma de se nivelar musicos de diferentes regiões, classe social, estilo, gênero, etc, etc, em um país tão grande e rico em diversidade cultural quanto o nosso. Imagine que um repentista nordestino não pudesse ir a São Paulo apresentar sua arte porque sua arte é considerada profissão e para exercer essa profissão é nescessario passar por um teste ou ter uma formação acadêmica! Toda e qualquer música de tradição, de raiz deixariam de existir ou seriam interpretadas por acadêmicos, e novas formas de música que poderiam vir a existir nascendo do meio não acadêmico não nasceriam. Você conseguiria viver num mundo assim? Onde música só poderia ser interpretada por pessoas que detivessem o conhecimento teórico/técnico da música ocidental? Bem, existem outros assuntos colocados mas vou me ater ao que estabeleceu! Abraços,Mario Marçal Jr Mário Marçal Jr. Em 13/08/2011, às 17:23, "SBME ." escreveu: Olá, caro colega Rogerio:"Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?"Evidentemente é a academia que deve estabelecer os critérios para a avaliação da competência. Isso não pode ser feito por algum artista individual ou algum grupo escolhido por sufrágio em pleito político. Sua indagação faz-me voltar àquela observação de que pouco se sabe da Ordem dos Músicos do Brasil no que concerne sua criação, a motivação que levou José Siqueira à luta para sua criação, e ao próprio texto da lei que a criou. O artigo 28 da Lei Nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960 em suas alíneas a, b, c, d, e, e f estebele justamente isso: que os egressos da Academia, dos Conservatórios, etc etc são admitidos e recebem suas habilitações automaticamente sem burocracias ou testes. Mas, meu caro amigo Rogério, você está me envolvendo e conseguindo fazer com que eu me afaste de meu tema inicial. Você está me levando a opinar sobre a OMB. Não me sinto ainda suficientemente informado para opinar sobre a decisão do STF. A questão que me indignou não foi a decisão do STF. O que me indignou foi o conjunto de argumentos encontrados pelos Ministros para justificar a decisão. Entre os argumentos, aquele que dizia: a não regulamentação da profissão de músico não causa danos sociais. Afirmações menos drásticas, ideologias e cientificismos menos radicais, já fazem com que a área da Música seja pouco prestigiada e até menosprezada dentro das Universidades. As afirmações dos Ministros do STF, se levadas ao pé da letra e desenvolvidas, servirão de munição para o tiro de misericórdia no ensino superior da Música. Esses pensamentos têm resultado em situações preocupantes, junto à própria demanda da sociedade. Na UnB, por exemplo, vivemos a seguinte situação: é cruel a luta por vagas, no vestibular, em todas as áreas, menos na Música, onde muitas vezes as vagas não são preenchidas por causa da falta de candidatos. Creio que a comunidade externa já se convence de que para ser profissional de qualquer área é preciso fazer a graduação e a pós-graduação, mas não para ser músico. Abraço,Jorge Antunes Em 13 de agosto de 2011 13:12, Rogerio Budasz escreveu: Maestro,Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece que o senhor está falando de duas coisas distintas. Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer.Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência técnico-musical" de sua obra? Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata que fiscalizasse isso. abraçoRogério --- On Sat, 8/13/11, SBME . wrote: O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariomarcaljr em gmail.com Sun Aug 14 21:44:10 2011 From: mariomarcaljr em gmail.com (mariomarcaljr) Date: Sun, 14 Aug 2011 21:44:10 -0300 Subject: [ANPPOM-L] RES: RES: STF e OMB In-Reply-To: References: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> Message-ID: <92EBB6A2-5EB0-499A-9997-6359543EEF8D@gmail.com> Muito bem colocado prof. Fernando!!! Mário Marçal Jr. Em 15/08/2011, às 08:57, Fernando José Silveira escreveu: > Caros, > > Primeiramente temos que lembrar que os Sindicatos continuam existindo. > > Porém, não podemos fechar os olhos que tanto a OMB quanto o sindicato dos músicos tem seus poderes e prerrogativas DESFORTALECIDAS por uma classe que só olha para o seu umbigo. > > Dou um exemplo: o Sindicato dos Músicos Profissionais lança, mensalmente,uma tabela de cachet mínimo para cada atividade do profissional da música. Pergunta: quem respeita isso??? Praticamente ninguém. Só funciona mesmo quando o artista brasileiro vai ?acompanhar? um artista estrangeiro ? já que ele tem que fazer tudo de forma a passar pelo sindicato. No mais, cobra-se e recebe-se valores combinados entre as partes que, em muitos casos, é abusivo. Mas se o músico diz não, outro colega faz ?mais barato?... Quem recebe ?uma tabela? é considerado um músico de elite. O ?resto? não possui proteção alguma. > > Não que o sindicato não faça nada de bom. Faz sim: oferece aos sócios seguro saúde, aposentadoria privada etc. Falo aqui o do Sindicato do Rio de Janeiro, que sou sócio e posso dizer que vem fazendo um excelente trabalho. > > Talvez seja por aí a saída para a OMB. > > A decisão do STF apenas confirma aquilo que eles tinham assentado no julgamento dos Jornalistas: que o profissional não precisa ter controle específico por não trazer os mesmo problemas de, por exemplo, médicos, advogados, engenheiros etc. Isto é, as pessoas não morrem ou perdem seus bens e direitos por causa da incompetência do profissional. > > Particularmente acho que para ser um bom profissional ? um bom músico ? não há necessidade de uma entidade para simplesmente dizer que você é bom profissional. Aliás não é isso que outras entidades de classe fazem (OAB, CRM etc): elas apenas dizem que o profissional tem um mínimo de informação formal para exercer a profissão. > > Nos moldes de como a OMB hoje atua, não se precisa mesmo dela. Hoje ela faz um desserviço à classe. Mas acho que ela pode ser ?recriada? e realmente atuar em prol do músico. > > O maior risco social relacionado ao problema não diz respeito à OMB, mas sim à educação: com educação de qualidade todos poderão avaliar melhor se esta ou aquela manifestação artística deve fazer parte ou não da vida cultural de nosso país. > > > > Abraços, > > > > Fernando > > ======================================== > > Fernando José Silveira > > Professor Adjunto IV de Clarineta > > Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ > > fernandounirio em hotmail.com > > www.fernandosilveira.com.br > > > > > > > > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Pablo Sotuyo Blanco > Enviada em: domingo, 14 de agosto de 2011 10:47 > Para: 'SBME .'; 'mariomarcaljr'; 'ANPPOM' > Assunto: [ANPPOM-L] RES: STF e OMB > > > > Prezad em s tod em s, > > > > Desde que o nosso colega Jorge Antunes lançou o tema na lista, venho acompanhando com interesse... > > > > Pessoalmente, considero que a música não é inócua nem pode ser tratada como placebo... Mas chama à atenção a insistência da discussão em torno a se a OMB vale como regulador da prática de performance musical... se esquecendo que a prática musical, como tenta provar a profusão de sub-áreas nos congressos da ANPPOM, vem de muito aquém e vai muito além da performance... > > > > Embora importante, acredito que a LEI Nº 3.857 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1960, contenha muito mais do que isso... > > Seria bom que cada um lesse atentamente os seus 72 artigos organizados em 7 capítulos... > > Dentre eles constam aspectos vinculados à ética na prática profissional, por exemplo... (sobre este mesmo tema, a diretoria da ANPPOM recebeu proposta de código de ética e prática profissional durante a assembléia de 2006 (em Brasília) e, segundo lembro, foi votada a integração de uma comissão para estudar a proposta que, ATÉ HOJE (2011-08-14) não foi convocada... (ainda me pergunto... por que será?) o que sinceramente espero que aconteça na próxima gestão... veremos...). > > > > Apenas como serviço à comunidade ?anppómica?, insiro aqui a estrutura geral da lei, mantendo alguns dos artigos que considero mais relevantes, para ciência dos meus virtuais interlocutores... > > CAPÍTULO 1 - Da Ordem dos Músicos do Brasil > > Art. 1 - Fica criada a Ordem dos Músicos do Brasil com a finalidade de exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a fiscalização do exercício da profissão do músico, mantida as atribuições específicas do Sindicato respectivo. > > Art. 5 - São atribuições do Conselho Federal: > > d) preservar a ética profissional, promovendo as medidas acauteladoras necessárias; > > Art. 14 - São atribuições dos Conselhos Regionais: > > d) conhecer, apreciar e decidir sobre os assuntos atinentes à ética profissional, impondo as penalidades que couberem; > > Art. 21 - À assembléia geral compete: > > III - elaborar e alterar a tabela de emolumentos cobrados pelos serviços prestados, ad referendum do Conselho Federal; > > CAPÍTULO II - Das condições para o exercício profissional > > Art. 28 - É livre o exercício da profissão de músico, em todo território nacional, observados o requisito da capacidade técnica e demais condições estipuladas em lei. (detalhamento) > > Art. 30 a 39 ? Incumbências privativas de cada uma das outras especialidades (detalhadamente) > > CAPÍTULO III - Da duração do Trabalho > > CAPÍTULO IV - Do trabalho dos músicos estrangeiros > > CAPÍTULO V - Da fiscalização do trabalho > > CAPÍTULO VI - Das penalidades > > CAPÍTULO VII - Disposições Gerais e Transitórias > > Art. 60 - Aos músicos profissionais aplicam-se todos os preceitos da legislação de assistência e proteção do trabalho, assim como da previdência social. > > > > Enfim... fica aqui a minha contribuição... Com certeza a lei da OMB não é perfeita e tem muito a discutir, eliminar, modificar e, eventualmente, incluir nela... > > Mas elimina-la por completo sem uma discussão profunda e RESPONSAVEL, seria tanto uma temeridade quanto a perda de uma conquista rara que muitas outras áreas profissionais queriam muito ter para si. > > > > Portanto... lanço aqui a idéia para a nova Diretoria da ANPPOM de nomear uma comissão com representatividade nominal das diferentes sub-áreas de música hoje consideradas na ANPPOM para discutir e propor uma nova lei para a OMB. > > Depois veríamos os caminhos a serem percorridos. > > > > Sem mais... > > > > Pablo Sotuyo Blanco. > > > > > > > > > > > > > > > > __________ Information from ESET NOD32 Antivirus, version of virus signature database 6376 (20110814) __________ > > The message was checked by ESET NOD32 Antivirus. > > http://www.eset.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Sun Aug 14 23:21:38 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Mon, 15 Aug 2011 03:21:38 +0100 Subject: [ANPPOM-L] RES: RES: STF e OMB In-Reply-To: References: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> Message-ID: Prezado Fernando José Silveira Professor Adjunto IV de Clarineta Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ *fernandounirio em hotmail.com* *www.fernandosilveira.com.br* 1. Uma das principais funções da tabela do sindicato é possibilitar uma referência jurídica formal (institucional). O fato das pessoas não usarem a tabela para o dia a dia e não haver posicionamento ético entre profissionais é uma questão mais profunda da formação da nacionalidade brasileira. Reitero que do ponto de vista constitucional a função do sindicato é diferente de um conselho profissional, apesar de que são complementares. Uma coisa e uma coisa e outra coisa é outra coisa. O conselho profissional tem a função , perante a lei, de qualificar, de qualificação de quem é profissional ou não é profissional (como vc bem colocou o exemplo da Ordem dos Advogados no sentido de constatar que a pessoa é portadora de conhecimentos mínimo para ser considerada como profissional da área). 2. A função legal de um conselho profissional é garantir reserva de mercado, por tabela garantir que quem esteja no mercado possua o mínimo de fomração profissional e técnico. Temos muitos médicos desatrosos e advogados superburros (como em todas as profissões). Isso não justifica que seja acabado um órgão de classe qualquer porque a prática artística não oferece risco. Precisamos deixar de lado o antolhos e perceber de forma mais alargada outras questões. por exemplo: em vários concursos públicos se pede registro em órgão de classe para se prestar concurso em órgão federal como músico ou professor de música. Não tendo a ordem se teria declaração do sindicato, que não é juridicamente competente, perante a lei para atuar como conselho profissional. 3. Estamos tentando acabar com uma órgão que existe formalmente para República Federativa do Brasil como Conselho de Classe, para criar uma outra coisa ou fortalecer o sindicato que não tem função jurídica de conselho. Isso é burrice. Não precisamos de posições excludentes. Poderemos ter os dois de fomra não conflitante. O fato é que nenhum órgão de música no nosso País tem estrutura de funcionamento afinada com todas as necessidades da classe, pois esta mesma não participa ativamente e tem tomado a posição de pilatos, pela maioria dos músicos relevantes neste País - associata ao uma espécie de letargia política, adicionada a falta de cidadania e posturas proativas. Criticam sem conhecimento de causa e ficam numa posição de sinsero equivocados. 4. Com relação a sua afimração: O maior risco social relacionado ao problema não diz respeito à OMB, mas sim à educação: com educação de qualidade todos poderão avaliar melhor se esta ou aquela manifestação artística deve fazer parte ou não da vida cultural de nosso país. acho corretíssima, mas o forum não é adequado para tal observação, se o foco for discutir acabar ou reformar a OMB. Precisamos ter posturas objetivas de curto e médio prazo. Focada na questão. Claro que educação é sempre uma panaceia para todos os males, mas todos sabemos que é algo de longo prazo. 5. Considerando os princípios clássicos (contemporâneos) da adminsitração, seria interessante produzirmos mais com menos energia. Logo acabar é uma postura evasiva. Só criticar é mais evasivo ainda. Ressignifcar, oxigenar, mudar as figuras do adminsitrativo. Colocar gente nova. Entender as regras do jogo, se articular, compreender o funcionamento, montar novos grupos revolucionários em cada Estado, tomar a omb, promover a queda das bastilhas, entre outras ações, talvez fosse algo mais ergonométrico, mais producente e geraria maior massa sonoro com mais eco e reverberação sócio-cultural positiva. Em 15 de agosto de 2011 12:57, Fernando José Silveira < fernandounirio em hotmail.com> escreveu: > Caros,**** > > Primeiramente temos que lembrar que os Sindicatos continuam existindo.**** > > Porém, não podemos fechar os olhos que tanto a OMB quanto o sindicato dos > músicos tem seus poderes e prerrogativas DESFORTALECIDAS por uma classe que > só olha para o seu umbigo.**** > > Dou um exemplo: o Sindicato dos Músicos Profissionais lança, > mensalmente,uma tabela de cachet mínimo para cada atividade do profissional > da música. Pergunta: quem respeita isso??? Praticamente ninguém. Só funciona > mesmo quando o artista brasileiro vai ?acompanhar? um artista estrangeiro ? > já que ele tem que fazer tudo de forma a passar pelo sindicato. No mais, > cobra-se e recebe-se valores combinados entre as partes que, em muitos > casos, é abusivo. Mas se o músico diz não, outro colega faz ?mais barato?... > Quem recebe ?uma tabela? é considerado um músico de elite. O ?resto? não > possui proteção alguma.**** > > Não que o sindicato não faça nada de bom. Faz sim: oferece aos sócios > seguro saúde, aposentadoria privada etc. Falo aqui o do Sindicato do Rio de > Janeiro, que sou sócio e posso dizer que vem fazendo um excelente trabalho. > **** > > Talvez seja por aí a saída para a OMB.**** > > A decisão do STF apenas confirma aquilo que eles tinham assentado no > julgamento dos Jornalistas: que o profissional não precisa ter controle > específico por não trazer os mesmo problemas de, por exemplo, médicos, > advogados, engenheiros etc. Isto é, as pessoas não morrem ou perdem seus > bens e direitos por causa da incompetência do profissional.**** > > Particularmente acho que para ser um bom profissional ? um bom músico ? não > há necessidade de uma entidade para simplesmente dizer que você é bom > profissional. Aliás não é isso que outras entidades de classe fazem (OAB, > CRM etc): elas apenas dizem que o profissional tem um mínimo de informação > formal para exercer a profissão.**** > > Nos moldes de como a OMB hoje atua, não se precisa mesmo dela. Hoje ela faz > um desserviço à classe. Mas acho que ela pode ser ?recriada? e realmente > atuar em prol do músico.**** > > O maior risco social relacionado ao problema não diz respeito à OMB, mas > sim à educação: com educação de qualidade todos poderão avaliar melhor se > esta ou aquela manifestação artística deve fazer parte ou não da vida > cultural de nosso país. > > > Abraços,**** > > ** ** > > Fernando**** > > ========================================**** > > Fernando José Silveira**** > > Professor Adjunto IV de Clarineta**** > > Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ**** > > *fernandounirio em hotmail.com* > > *www.fernandosilveira.com.br* > > ** ** > > ** ** > > ** ** > > *De:* anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto: > anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] *Em nome de *Pablo Sotuyo Blanco > *Enviada em:* domingo, 14 de agosto de 2011 10:47 > *Para:* 'SBME .'; 'mariomarcaljr'; 'ANPPOM' > *Assunto:* [ANPPOM-L] RES: STF e OMB**** > > ** ** > > Prezad em s tod em s,**** > > ** ** > > Desde que o nosso colega Jorge Antunes lançou o tema na lista, venho > acompanhando com interesse...**** > > ** ** > > Pessoalmente, considero que a música não é inócua nem pode ser tratada como > placebo... Mas chama à atenção a insistência da discussão em torno a se a > OMB vale como regulador da prática de performance musical... se esquecendo > que a prática musical, como tenta provar a profusão de sub-áreas nos > congressos da ANPPOM, vem de muito aquém e vai muito além da performance... > **** > > ** ** > > Embora importante, acredito que a LEI Nº 3.857 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1960, > contenha muito mais do que isso... **** > > Seria bom que cada um lesse atentamente os seus 72 artigos organizados em 7 > capítulos... **** > > Dentre eles constam aspectos vinculados à *ética na prática profissional*, > por exemplo... (sobre este mesmo tema, *a diretoria da ANPPOM recebeu > proposta de código de ética e prática profissional durante a assembléia de > 2006 (em Brasília)* e, segundo lembro, foi votada a integração de uma > comissão para estudar a proposta que, *ATÉ HOJE (2011-08-14) não foi > convocada...* (ainda me pergunto... por que será?) o que sinceramente > espero que aconteça na próxima gestão... veremos...).**** > > ** ** > > Apenas como serviço à comunidade ?anppómica?, insiro aqui a estrutura geral > da lei, mantendo alguns dos artigos que considero mais relevantes, para > ciência dos meus virtuais interlocutores... **** > > CAPÍTULO 1 - Da Ordem dos Músicos do Brasil**** > > Art. 1 - Fica criada a Ordem dos Músicos do Brasil com a finalidade de > exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a > fiscalização do exercício da profissão do músico, *mantida as atribuições > específicas do Sindicato respectivo*.**** > > Art. 5 - São atribuições do Conselho Federal:**** > > d) preservar a *ética profissional*, promovendo as medidas acauteladoras > necessárias;**** > > Art. 14 - São atribuições dos Conselhos Regionais:**** > > d) conhecer, apreciar e decidir sobre os assuntos atinentes à *ética > profissional*, impondo as penalidades que couberem;**** > > Art. 21 - À assembléia geral compete:**** > > III - elaborar e alterar a *tabela de emolumentos* cobrados pelos serviços > prestados, ad referendum do Conselho Federal;**** > > CAPÍTULO II - Das condições para o exercício profissional**** > > Art. 28 - É livre o exercício da profissão de músico, em todo território > nacional, observados o requisito da *capacidade técnica* e demais > condições estipuladas em lei. (detalhamento)**** > > Art. 30 a 39 ? Incumbências privativas de cada uma das outras > especialidades (detalhadamente)**** > > CAPÍTULO III - Da duração do Trabalho**** > > CAPÍTULO IV - Do trabalho dos músicos estrangeiros**** > > CAPÍTULO V - Da fiscalização do trabalho**** > > CAPÍTULO VI - Das penalidades**** > > CAPÍTULO VII - Disposições Gerais e Transitórias**** > > *Art. 60 - Aos músicos profissionais aplicam-se todos os preceitos da > legislação de assistência e proteção do trabalho, assim como da previdência > social.* > > ** ** > > Enfim... fica aqui a minha contribuição... Com certeza a lei da OMB não é > perfeita e tem muito a discutir, eliminar, modificar e, eventualmente, > incluir nela...**** > > Mas elimina-la por completo sem uma discussão profunda e RESPONSAVEL, seria > tanto uma temeridade quanto a perda de uma conquista rara que muitas outras > áreas profissionais queriam muito ter para si.**** > > ** ** > > Portanto... lanço aqui a idéia para a nova Diretoria da ANPPOM de nomear > uma comissão com representatividade nominal das diferentes sub-áreas de > música hoje consideradas na ANPPOM para discutir e propor uma nova lei para > a OMB.**** > > Depois veríamos os caminhos a serem percorridos.**** > > ** ** > > Sem mais...**** > > ** ** > > Pablo Sotuyo Blanco.**** > > ** ** > > ** ** > > ** ** > > ** ** > > ** ** > > ** ** > > > > __________ Information from ESET NOD32 Antivirus, version of virus > signature database 6376 (20110814) __________ > > The message was checked by ESET NOD32 Antivirus. > > http://www.eset.com**** > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fernandounirio em hotmail.com Mon Aug 15 11:48:41 2011 From: fernandounirio em hotmail.com (=?iso-8859-1?Q?Fernando_Jos=E9_Silveira?=) Date: Mon, 15 Aug 2011 10:48:41 -0400 Subject: [ANPPOM-L] OMB e STF In-Reply-To: References: Message-ID: Prezado Gil e Colegas. Sim, gosto de seu pronunciamento. Não quero reduzir a questão. Porém hoje, infelizmente, qualquer um que chegar na OMB tocando ‘caixa de fósforo’ e PAGAR pelo registro e pela anuidade é considerado músico profissional. Portanto, mesmo que a Lei e a competência dada à OMB sejam louváveis, na prática todo mundo que PAGA tem seu registro deferido. Deixo claro que não sou a favor de sua extinção. Porém, a OMB hoje não protege nada, não regula nada. Apenas arrecada dinheiro para fazer festinhas particulares para seus dirigentes: que, aliás, são os mesmos há décadas. A OMB, como disse, nos moldes de sua atuação hoje, faz um desserviço não só à classe, mas também à sociedade. Qual é a qualidade musical da pessoa que toca caixa de fósforo (ou qualquer outro instrumento) – mas PAGOU a anuidade? QUEM são as pessoas que avaliam quem pode ter o registro deferido ou não?? Quais são suas credenciais??? Quais são os critérios e requisitos para tal??? A OAB, CREA, CRM etc só registram cidadãos que possuem diploma registrado no MEC alusivo à profissão. Podemos fazer isso com artes?? Se não, voltamos à questão: ? QUEM são as pessoas que avaliam quem pode ter o registro deferido ou não?? E ai vem outra questão: Quais são os interesses que mantém poucas pessoas tanto tempo a frete da OMB?? Será que o objetivo, hoje, é a arrecadação pura e simples??? Tenho mais perguntas que respostas... Abs, Fernando José Silveira De: Gil Amâncio [mailto:givanildo.amancio em gmail.com] Enviada em: domingo, 14 de agosto de 2011 22:22 Para: Fernando José Silveira Assunto: Re: [ANPPOM-L] RES: RES: STF e OMB Prezado Fernando José Silveira Professor Adjunto IV de Clarineta Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ fernandounirio em hotmail.com www.fernandosilveira.com.br 1. Uma das principais funções da tabela do sindicato é possibilitar uma referência jurídica formal (institucional). O fato das pessoas não usarem a tabela para o dia a dia e não haver posicionamento ético entre profissionais é uma questão mais profunda da formação da nacionalidade brasileira. Reitero que do ponto de vista constitucional a função do sindicato é diferente de um conselho profissional, apesar de que são complementares. Uma coisa e uma coisa e outra coisa é outra coisa. O conselho profissional tem a função , perante a lei, de qualificar, de qualificação de quem é profissional ou não é profissional (como vc bem colocou o exemplo da Ordem dos Advogados no sentido de constatar que a pessoa é portadora de conhecimentos mínimo para ser considerada como profissional da área). 2. A função legal de um conselho profissional é garantir reserva de mercado, por tabela garantir que quem esteja no mercado possua o mínimo de fomração profissional e técnico. Temos muitos médicos desatrosos e advogados superburros (como em todas as profissões). Isso não justifica que seja acabado um órgão de classe qualquer porque a prática artística não oferece risco. Precisamos deixar de lado o antolhos e perceber de forma mais alargada outras questões. por exemplo: em vários concursos públicos se pede registro em órgão de classe para se prestar concurso em órgão federal como músico ou professor de música. Não tendo a ordem se teria declaração do sindicato, que não é juridicamente competente, perante a lei para atuar como conselho profissional. 3. Estamos tentando acabar com uma órgão que existe formalmente para República Federativa do Brasil como Conselho de Classe, para criar uma outra coisa ou fortalecer o sindicato que não tem função jurídica de conselho. Isso é burrice. Não precisamos de posições excludentes. Poderemos ter os dois de fomra não conflitante. O fato é que nenhum órgão de música no nosso País tem estrutura de funcionamento afinada com todas as necessidades da classe, pois esta mesma não participa ativamente e tem tomado a posição de pilatos, pela maioria dos músicos relevantes neste País - associata ao uma espécie de letargia política, adicionada a falta de cidadania e posturas proativas. Criticam sem conhecimento de causa e ficam numa posição de sinsero equivocados. 4. Com relação a sua afimração: O maior risco social relacionado ao problema não diz respeito à OMB, mas sim à educação: com educação de qualidade todos poderão avaliar melhor se esta ou aquela manifestação artística deve fazer parte ou não da vida cultural de nosso país. acho corretíssima, mas o forum não é adequado para tal observação, se o foco for discutir acabar ou reformar a OMB. Precisamos ter posturas objetivas de curto e médio prazo. Focada na questão. Claro que educação é sempre uma panaceia para todos os males, mas todos sabemos que é algo de longo prazo. 5. Considerando os princípios clássicos (contemporâneos) da adminsitração, seria interessante produzirmos mais com menos energia. Logo acabar é uma postura evasiva. Só criticar é mais evasivo ainda. Ressignifcar, oxigenar, mudar as figuras do adminsitrativo. Colocar gente nova. Entender as regras do jogo, se articular, compreender o funcionamento, montar novos grupos revolucionários em cada Estado, tomar a omb, promover a queda das bastilhas, entre outras ações, talvez fosse algo mais ergonométrico, mais producente e geraria maior massa sonoro com mais eco e reverberação sócio-cultural positiva. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Sun Aug 14 23:50:33 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Mon, 15 Aug 2011 03:50:33 +0100 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: References: Message-ID: Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com dividiria a resposta em algumas frentes 1. do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença. 2. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por exemplo 3. com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva, observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas do reboleition 4. a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol do pensar musical 5. a falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de possibilidades cientícas com rigor 6. a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos, garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de várias profissões. 7. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio. 8. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da classe/do conselho profissional? 9. felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco , inacreditavelmente no Séc. XXI 10. abs. Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique escreveu: > Queridos amigos e colegas da ANPPOM, > > Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós > - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em > si da decisão do STF sobre a OMB. > > - O exercício profissional da música representa risco social? > > Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro > se dispusessem a responder essa questão. > > Abraços,Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com Novo vídeo: > http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > "For most men, then, one of the central problems of our time is that of > learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without > scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Mon Aug 15 00:28:26 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Mon, 15 Aug 2011 04:28:26 +0100 Subject: [ANPPOM-L] OMB e STF In-Reply-To: References: Message-ID: Prezado **** Fernando José Silveira**** A OMB está em condição deplorável. A ausênica dos bons favorece os malfeitores. Concordo em gênero, numero e grau com vc. Acho possível haver um acerto de contas e pessoas sérias e comprometidas que lecionam como professores universidatários, por exemplo, assumirem o destino da valorização de um conselho profissional que pudesse conceder títulos profissionais a partir de exames sérios, sem práticos. par ser músico prático não precisa ser profissional é só o cara tocar sua caixa de fósfero na sua comunidade ou em quaquer lugar quer quisesse. A expressão etnomusicológica é livre e deverá continuar sendo. agora se um sujeito quer ser um profissional deveria ter critérios e rigor técnico profissional do ponto de vista científico como se tem em qualquer profissão séria. não vejo que os músicos sejam menos sérios. acho que cada um deve seguir os caminhos livremente sem ninguém persseguir ninguém - nem os profissionais se portar como amadores, nem os amadores se portarem como profissionais sem serem. para mudar essa cena precisamos sair das reflexões e articular uma terrocata da corja e quadrilha organizada que criminalizam a relação no pais inteiro concedendo carteira de músico prático e recebendo trocos de várias casas e combrando para emitir carteira para grande densidade democráfica de músico sem formação. acho tudo muito simples: 1. formar um grupo prol reforma nacional da omb 2. estudar todos os detalhes posíveis e imangináveis do ordenamento estatutário 3. enquadrar equipes a este alinhamento 4. se candidatar em grupo em rede nacional articulados pelas respectivas univerisadedes de música em cada unidade federativa 5. começar a mudar e ar construir ações éticas, flexiveis, funcionais 6. para tal precisaria montar ou construir um grupo de trabalho nacional a partir de professores universitários de música que contaria em tese com a ajuda dos DA`s em música 7. outra idéia é fazer uma petição coletica expressiva e levar ao SENADO pedindo ao Governo Federal, que regula a OMB como autarqui federal de 3º grau para abrir uma idscussão nacional para reforma inistitucional 8. outra possibilidade seria a Presidenta Dilma R. , através de uma MP - medida provisória decretar aberta a seção de reforma da OMB através de debates da sociedade civil e governo (ministérios integrados: trabalho, cultura e educação) 9. Abs Gil Amancio http://www.youtube.com/watch?v=USX07vIJZFs Em 15 de agosto de 2011 15:48, Fernando José Silveira < fernandounirio em hotmail.com> escreveu: > Prezado Gil e Colegas.**** > > ** ** > > Sim, gosto de seu pronunciamento.**** > > Não quero reduzir a questão.**** > > Porém hoje, infelizmente, qualquer um que chegar na OMB tocando ?caixa de > fósforo? e PAGAR pelo registro e pela anuidade é considerado músico > profissional. Portanto, mesmo que a Lei e a competência dada à OMB sejam > louváveis, na prática todo mundo que PAGA tem seu registro deferido.**** > > Deixo claro que não sou a favor de sua extinção. Porém, a OMB hoje não > protege nada, não regula nada. Apenas arrecada dinheiro para fazer festinhas > particulares para seus dirigentes: que, aliás, são os mesmos há décadas. A > OMB, como disse, nos moldes de sua atuação hoje, faz um desserviço não só à > classe, mas também à sociedade. Qual é a qualidade musical da pessoa que > toca caixa de fósforo (ou qualquer outro instrumento) ? mas PAGOU a > anuidade? QUEM são as pessoas que avaliam quem pode ter o registro deferido > ou não?? Quais são suas credenciais??? Quais são os critérios e requisitos > para tal??? A OAB, CREA, CRM etc só registram cidadãos que possuem diploma > registrado no MEC alusivo à profissão. Podemos fazer isso com artes?? Se > não, voltamos à questão: ? QUEM são as pessoas que avaliam quem pode ter o > registro deferido ou não?? E ai vem outra questão: Quais são os interesses > que mantém poucas pessoas tanto tempo a frete da OMB?? Será que o objetivo, > hoje, é a arrecadação pura e simples???**** > > Tenho mais perguntas que respostas...**** > > ** ** > > Abs,**** > > ** ** > ** > > Fernando José Silveira**** > > ** > > ** ** > > *De:* Gil Amâncio [mailto:givanildo.amancio em gmail.com] > *Enviada em:* domingo, 14 de agosto de 2011 22:22 > *Para:* Fernando José Silveira > *Assunto:* Re: [ANPPOM-L] RES: RES: STF e OMB**** > > ** ** > > Prezado Fernando José Silveira**** > > Professor Adjunto IV de Clarineta**** > > Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ**** > > *fernandounirio em hotmail.com***** > > *www.fernandosilveira.com.br***** > > **** > > 1. Uma das principais funções da tabela do sindicato é possibilitar uma > referência jurídica formal (institucional). O fato das pessoas não usarem a > tabela para o dia a dia e não haver posicionamento ético entre profissionais > é uma questão mais profunda da formação da nacionalidade brasileira. Reitero > que do ponto de vista constitucional a função do sindicato é diferente de um > conselho profissional, apesar de que são complementares. Uma coisa e uma > coisa e outra coisa é outra coisa. O conselho profissional tem a função , > perante a lei, de qualificar, de qualificação de quem é profissional ou não > é profissional (como vc bem colocou o exemplo da Ordem dos Advogados no > sentido de constatar que a pessoa é portadora de conhecimentos mínimo para > ser considerada como profissional da área).**** > 2. A função legal de um conselho profissional é garantir reserva de > mercado, por tabela garantir que quem esteja no mercado possua o mínimo de > fomração profissional e técnico. Temos muitos médicos desatrosos e advogados > superburros (como em todas as profissões). Isso não justifica que seja > acabado um órgão de classe qualquer porque a prática artística não oferece > risco. Precisamos deixar de lado o antolhos e perceber de forma mais > alargada outras questões. por exemplo: em vários concursos públicos se pede > registro em órgão de classe para se prestar concurso em órgão federal como > músico ou professor de música. Não tendo a ordem se teria declaração do > sindicato, que não é juridicamente competente, perante a lei para atuar como > conselho profissional. **** > 3. Estamos tentando acabar com uma órgão que existe formalmente para > República Federativa do Brasil como Conselho de Classe, para criar uma outra > coisa ou fortalecer o sindicato que não tem função jurídica de conselho. > Isso é burrice. Não precisamos de posições excludentes. Poderemos ter os > dois de fomra não conflitante. O fato é que nenhum órgão de música no nosso > País tem estrutura de funcionamento afinada com todas as necessidades da > classe, pois esta mesma não participa ativamente e tem tomado a posição de > pilatos, pela maioria dos músicos relevantes neste País - associata ao uma > espécie de letargia política, adicionada a falta de cidadania e posturas > proativas. Criticam sem conhecimento de causa e ficam numa posição de > sinsero equivocados.**** > 4. Com relação a sua afimração: **** > > O maior risco social relacionado ao problema não diz respeito à OMB, mas > sim à educação: com educação de qualidade todos poderão avaliar melhor se > esta ou aquela manifestação artística deve fazer parte ou não da vida > cultural de nosso país. acho corretíssima, mas o forum não é adequado para > tal observação, se o foco for discutir acabar ou reformar a OMB. Precisamos > ter posturas objetivas de curto e médio prazo. Focada na questão. Claro que > educação é sempre uma panaceia para todos os males, mas todos sabemos que é > algo de longo prazo.**** > > 1. Considerando os princípios clássicos (contemporâneos) da > adminsitração, seria interessante produzirmos mais com menos energia. Logo > acabar é uma postura evasiva. Só criticar é mais evasivo ainda. > Ressignifcar, oxigenar, mudar as figuras do adminsitrativo. Colocar gente > nova. Entender as regras do jogo, se articular, compreender o funcionamento, > montar novos grupos revolucionários em cada Estado, tomar a omb, promover a > queda das bastilhas, entre outras ações, talvez fosse algo mais > ergonométrico, mais producente e geraria maior massa sonoro com mais eco e > reverberação sócio-cultural positiva.**** > > ** ** > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rogeriobudasz em yahoo.com Mon Aug 15 00:42:41 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Sun, 14 Aug 2011 20:42:41 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: Message-ID: <1313379761.91178.YahooMailClassic@web160602.mail.bf1.yahoo.com> Olha Alvaro, eu até acho que em algumas situações específicas certas práticas musicais possam trazer um dano social, por exemplo quando usadas no contexto de lavagem cerebral das massas, usadas por um governo totalitário, como o que tivemos não faz muito tempo e muitas vezes atingindo primeiro os membros mais vulneráveis -- as crianças. Mas nesses casos, a OMB que deveria nos defender contra o "Esse é um país que vai prá frente", até onde eu saiba, não fez nada.  No caso de danos ecológicos, eu citaria o Quarteto Helicóptero do Stockhausen. Aliás, antes de morrer parece que ele planejava fazer uma versão com orquestra.abraço,Rogério --- On Sun, 8/14/11, Alvaro Henrique wrote: From: Alvaro Henrique Subject: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Sunday, August 14, 2011, 2:25 PM Queridos amigos e colegas da ANPPOM, Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. - O exercício profissional da música representa risco social? Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. Abraços, Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) -----Inline Attachment Follows----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucasgalon em gmail.com Mon Aug 15 00:48:19 2011 From: lucasgalon em gmail.com (Lucas Eduardo) Date: Mon, 15 Aug 2011 00:48:19 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado meu "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma olhadinha neste artigo de Pondé - http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; abraços aos colegas Lucas Galon Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: > Interessantes os exemplos de alguns colegas. > > "Prostitutas e travestis se organizam" > > E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido, > pode mais do que isso. > > Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor > tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais > depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos > músicos? Onde fica o respeito? > > Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. > > E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. Com > opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco social*, > por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega que gosta de > Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o "universitário > sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco de relativismo > já nos ajudaria. > > E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa > Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a > tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século > XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em > políticas governamentais. > > Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a > humildade. Já é um começo... > > > > Cássio > > 2011/8/14 Gil Amâncio > >> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de >> autarquia fedral de 3º grau. >> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau >> (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma >> associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são >> complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme >> nossa carta mágna constitucional. >> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e >> classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas >> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa >> crítica. >> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >> funciona e como poderíamos mudar. >> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os peleigos >> decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para lembrar >> caetano). >> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para trabalhadores, >> garantir melhores condições de trablaho etc. >> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede um >> título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação >> profissional. >> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito >> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >> como muitas pessoas dessa lista. >> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas >> assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de >> arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar >> com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da >> frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. >> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou de >> forma coletiva. >> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas >> na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora >> vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza >> do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de >> reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação >> acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na >> cena contemporânea. >> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de 88 >> já garante isso. >> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter o >> mínimo de regras. >> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou >> isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje. >> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos construir >> um novo fim". >> >> >> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: >> >> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos fortalecidos >>> e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se organizam. Não sei >>> dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>> >>> ------------------------------ >>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>> Antunes. >>> >>> Elocubrações n.238: >>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social e >>> os músicos não precisam... >>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na >>> posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. >>> >>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>> >>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>> >>> >>> >>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge >>> Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma >>> base... >>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom >>> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua >>> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>> >>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser >>> feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB >>> determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não >>> é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam >>> da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para >>> permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical >>> trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>> >>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>> >>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade >>> de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas >>> (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há >>> divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. >>> Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação >>> que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. >>> Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua >>> mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da >>> comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua >>> competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do >>> Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras >>> mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a >>> regulamentação. >>> >>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José >>> Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>> >>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>> debates. >>> >>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>> >>> Abraço cordial, >>> >>> >>> >>> Luciano Cesar Morais. >>> >>> >>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>> >>> >>> De: SBME . >>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>> >>> *Oi, Luciano Cesar: >>> >>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>> Você tem razão: música ruim não mata. >>> Continue a fazê-la. >>> Cordialmente, >>> Jorge Antunes* >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>> > escreveu: >>> >>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do >>> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele >>> fale em nome do socialismo. >>> >>> Luciano Cesar Morais >>> >>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>> >* escreveu: >>> >>> >>> De: André Fadel >>> > >>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>> Para: >>> Cc: "ANPPOM" >>> > >>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>> >>> >>> >>> >>> >>> *Uma questão ridícula* >>> >>> >>> >>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam >>> música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é >>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. >>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >>> para cada um de nós. >>> >>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, >>> mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com >>> bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo >>> universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >>> >>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >>> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >>> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >>> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>> >>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se >>> o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >>> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >>> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para >>> se curtir. >>> >>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>> alcançar. >>> >>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de >>> ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música >>> está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, >>> para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se >>> fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende >>> biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à >>> descoberta de uma vacina). >>> >>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na >>> minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >>> >>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >>> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no >>> mundo. >>> >>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >>> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >>> no nariz alheio. >>> >>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >>> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>> que também é uma enorme bobagem. >>> >>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>> >>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música >>> com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução >>> profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer >>> criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>> >>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >>> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>> >>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>> >>> >>> >>> André Fadel >>> >>> Pianista e compositor >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> 2011/8/8 SBME . >>> > >>> >>> Colegas: >>> >>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >>> sobre a decisão do STF. >>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>> questão. >>> >>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>> decidir o que decidiram. >>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>> >>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>> Isso é verdade? >>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >>> social? >>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, >>> nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia >>> de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >>> representasse a realização fiel da partitura. >>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >>> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>> >>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>> registro pois a música é uma arte. >>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >>> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >>> Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >>> Comunicação para chegar ao público. >>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>> contemplando o suporte diretamente. >>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >>> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >>> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >>> exige profundo conhecimento técnico. >>> >>> À salutar discussão!!! >>> Abraços, >>> Jorge Antunes >>> >>> >>> >>> >>> >>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz >>> > escreveu: >>> >>> Matéria da Folha de hoje < >>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>> > >>> ================================================== >>> >>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>> >>> FELIPE SELIGMAN >>> DE BRASÍLIA >>> >>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>> classe para exercer sua profissão. >>> >>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>> >>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>> se apresentar. >>> >>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>> quando chegar no tribunal. >>> >>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades >>> só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa >>> um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>> afirmou. >>> >>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> >>> -----Anexo incorporado----- >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> >>> >>> -- >>> >>> >>> >>> >>> >>> ________________________________________________ Lista de discuss?es >>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>> >> >> >> >> -- >> >> >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From g_bortz em hotmail.com Mon Aug 15 01:20:46 2011 From: g_bortz em hotmail.com (Graziela Bortz) Date: Mon, 15 Aug 2011 04:20:46 +0000 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?M=C3=BAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e_O?= =?utf-8?b?TUIp?= In-Reply-To: References: Message-ID: Álvaro, Essa pode ser uma discussão válida, mas acho que se perde o foco sobre qual o impacto da decisão do STF no exercício da profissão. Concordo com o Rubens sobre esse assunto. Graziela Date: Sun, 14 Aug 2011 18:25:35 -0300 From: alvaroguitar em gmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) Queridos amigos e colegas da ANPPOM, Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. - O exercício profissional da música representa risco social? Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. Abraços, Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From estevaomoreira em gmail.com Mon Aug 15 03:29:42 2011 From: estevaomoreira em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Estev=E3o_Moreira?=) Date: Mon, 15 Aug 2011 03:29:42 -0300 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB In-Reply-To: References: <1313251931.17089.YahooMailClassic@web160611.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Caros, Tenho acompanhado as discussões e trago um novo elemento que é o posicionamento oficial do Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro que recebi em outra lista, onde o sindicato do RJ defende a OMB (ver abaixo). Tendo a crer que o problema toca a questão de se entender "músico" como *uma * categoria -- que é uma perspectiva legítima para quem a defende, sem dúvida. Por outro lado, categorias [linguísticas] forjam (ou falseiam?) o real, na medida em que formam gargalos "universais" através do qual -- no caso da música e dos músicos -- passam os mais diferentes casos "particulares". Ossos do ofício, mas tem incomodado cada vez mais, dada tamanha diversidade -- musical, cultural, étnica, ideológica etc -- pululando, sobretudo, com o advento da internet. Portanto, se o foco está no exercício da profissão, a "categoria" -- seja a línguística ou a sindical -- precisa ser definida com clareza, sob o risco de se perpetuarem situações constragedoras e desgastantes tal qual relatou o prof. Manniz. Por outro lado, "música" -- sim, a palavra (!) -- não assume um significado unânime (nunca assumiu!) e os usos que cada pessoa faz trazem consequências *práticas* para outras pessoas. Assim o famigerado objeto *música *sequer pode se estabelecer como real, concreto e objetivo, senão somente em uma perspectiva restrita, que se presta a análise e constatação dos seus sons. Para uma determinada culturas musicais, é legítimo; porém, aplicar tais critérios a outras é, no mínimo, metodologicamente equivocado. O *uso* da palavra "música" -- unica materialidade constatável -- como um conjunto de elementos que jogam juntos (*symballein*) chama a atenção para a ocorrência, aos membros de um grupo, de pressupostos tácitos e que poderíamos resumir nas "perguntas jornalísticas" de Seeger: o que, quando, como, quando, onde, por que, de quem, com quem para quem...? Assim, se a OMB seria capaz de "regular" a "música boa" com base em critérios (?) de estética, ética e etiqueta, isso me soa muito estranho. Concluo, portanto, dizendo que é preciso confirmar se estamos todos nos referindo às mesmas "coisas" quando nos referimos a "música" e "músico" -- partindo, claro, do princípio de que de fato se queira instaurar uma salutar discussão, e não uma imposição de valores, estes por sua vez, inegociáveis. Abraços Estevão Moreira ---------- Mensagem encaminhada ---------- Data: 11 de agosto de 2011 17:13 Assunto: [Rede Música Brasil] Posicionamento oficial do SindMusi/RJ sobre a decisão do STF acerca da obrigatoriedade de filiação e pagamento de anuidades à OMB Para: forumnacionaldemusica , forum musical Rede_Musica Brasil , conselho-rede-musica-brasil em googlegroups.com, Sindicatos dos Musicos Grupo Yahoo , Músicos do Rio , cardiem em yahoogrupos.com.br terça-feira, 9 de agosto de 2011 http://sindmusi.blogspot.com/2011/08/posicionamento-oficial-do-sindmusirj.html Posicionamento oficial do SindMusi/RJ sobre a decisão do STF acerca da obrigatoriedade de filiação e pagamento de anuidades à OMB Para iniciar o assunto com clareza: *A decisão do STF se aplica somente ao músico de Santa Catarina que ajuizou a ação*, que agora foi decidida em última instância. A partir de agora os ministros do STF podem tomar decisões semelhantes sobre o assunto individualmente, sem que precisem ser votados pelos demais ministros. Trata-se, porém, de uma primeira decisão, o que não significa que decisões posteriores venham a ter necessariamente o mesmo resultado, uma vez que ainda não foi sumulado (não há vários resultados iguais). Ou seja: Para que outros músicos adquiram o mesmo direito que adquiriu aquele músico de Santa Catarina, terão que mover ações judiciais contra a OMB e aguardar a decisão final, a menos que consigam uma liminar (decisão provisória). *Ao SindMusi/RJ preocupa muito a disseminação leviana e irresponsável da informação enganosa de que nenhum músico precisaria mais cumprir os requisitos legais para o exercício da profissão. A Lei 3.857/60 - Lei do Músico - continua em pleno e total vigor!* Entendemos que a desregulamentação total da profissão tornaria *o trabalho do músico uma atividade ainda mais penalizada do que já é atualmente.* *Apesar de reconhecer o anacronismo e o perfil antidemocrático ao qual OMB vem sendo conduzida há décadas, o SindMusi/RJ, entidade responsável pela defesa dos interesses profissionais dos músicos, não pode abrir mão de instrumentos e prerrogativas concedidos pela Lei 3.857/60, que regulamenta a profissão de músico e é a mesma que instituiu a OMB. Dentre esses instrumentos, podemos destacar a jornada de trabalho diferenciada de 05 (cinco) horas incluídos intervalos para refeição e ensaios.* A relação trabalhista envolve vários aspectos: o contratual, o previdenciário, o remuneratório, entre outros. A desregulamentação da profissão seria um ?tiro no pé? dos músicos, ao contrário do que pensam os desavisados que ingenuamente comemoram, contaminados por informações equivocadas. O SindMusi/RJ tem atuado intensamente no campo político, para que sejam feitas alterações na Lei 3.857/60 de forma que ela se torne mais leve, eficaz e adequada às necessidades atuais da nossa categoria, propondo mudanças diretamente aos poderes executivo e legislativo. Participamos de audiências públicas que envolvem a profissão de músico no Congresso Nacional e trabalhamos ativamente na criação da FENAMUSI (Federação Nacional dos Músicos), obtendo, inclusive, apoio internacional para esta empreitada. Diante dos fatos recentes, urge que nossos esforços políticos estejam ainda mais focados na revisão da Lei do Músico, fruto de conquistas históricas da classe musical pela valorização e reconhecimento da profissão. Estamos em tempo de grande expansão da área cultural, em que a música e o músico brasileiro ocupam posição de destaque.Precisamos de regulamentação específica. Vamos discutir como o registro profissional dos músicos passará a ser tratado daqui para frente. Nossa proposta é que o registro passe a ser feito no MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, como no caso dos Artistas e Técnicos, conforme estabelecido na Lei 6.533/78. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cassiobarth em gmail.com Mon Aug 15 03:54:54 2011 From: cassiobarth em gmail.com (Cassio Barth) Date: Mon, 15 Aug 2011 01:54:54 -0500 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Colega, Se não gosta dos termos, tranquilíssimo, ao menos o colega pode discernir e não optar pelo "relativismo". A maioria nem sequer pensa sobre o assunto e defende a "sua tribo" sem saber exatamente as condições históricas e socias que fizeram com que ela estivesse na "tribo" que está defendendo. Aliás, o contrário do relativismo é exatamente o que acontece aqui e nas faculdades (faculdades ou conservatórios disfarçados de faculdades) pelo Brasil afora, onde continuamos coloníssimos em nossos discursos. Se a questão é terminologia, também podemos usar "criação de assimetrias de poder através de discursos que criam limites entre certas práticas musicais" para mostrar que certos colegas delimitam o Outro apenas para se auto-afirmarem. Isso não é etnoblablablá: é querer mostrar quem tem o falo maior e querer suprimir outros tipos de práticas. É querer delimitar: eu tenho bom-gosto, você não tem. É dizer que gosta de bossa-nova e jazz porque é refinado e que odeia Amado Batista e "os paupérrimos Beatles" porque são de uma breguice e "pobreza" musical que ninguém com tal refinamento poderia aguentar. Enfim, é delimitar o Outro pra se delimitar... a ambiguidade da qual fala Bhabha... Como criar coesão entre os músicos, ter uma ordem que nos represente, se não houver no mínimo respeito pelos gostos e práticas musicais dos outros colegas (isso quando são considerados colegas...) Abraço Cássio 2011/8/14 Lucas Eduardo > com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado meu > "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos > conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma > olhadinha neste artigo de Pondé - > http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, > quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para > o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo > não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; > abraços aos colegas > > Lucas Galon > > > Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: > >> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >> >> "Prostitutas e travestis se organizam" >> >> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido, >> pode mais do que isso. >> >> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor >> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >> músicos? Onde fica o respeito? >> >> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >> >> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. Com >> opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco social*, >> por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega que gosta de >> Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o "universitário >> sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco de relativismo >> já nos ajudaria. >> >> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >> políticas governamentais. >> >> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a >> humildade. Já é um começo... >> >> >> >> Cássio >> >> 2011/8/14 Gil Amâncio >> >>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de >>> autarquia fedral de 3º grau. >>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau >>> (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma >>> associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são >>> complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme >>> nossa carta mágna constitucional. >>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e >>> classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas >>> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa >>> crítica. >>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >>> funciona e como poderíamos mudar. >>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>> lembrar caetano). >>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede um >>> título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação >>> profissional. >>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito >>> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>> como muitas pessoas dessa lista. >>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas >>> assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de >>> arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar >>> com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da >>> frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. >>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou de >>> forma coletiva. >>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas >>> na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora >>> vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza >>> do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de >>> reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação >>> acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na >>> cena contemporânea. >>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de >>> 88 já garante isso. >>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter o >>> mínimo de regras. >>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou >>> isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje. >>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>> construir um novo fim". >>> >>> >>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: >>> >>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>> >>>> ------------------------------ >>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>> Antunes. >>>> >>>> Elocubrações n.238: >>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social >>>> e os músicos não precisam... >>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na >>>> posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. >>>> >>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>> >>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>> >>>> >>>> >>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge >>>> Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma >>>> base... >>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom >>>> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua >>>> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>> >>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser >>>> feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB >>>> determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não >>>> é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam >>>> da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para >>>> permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical >>>> trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>> >>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>> >>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade >>>> de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas >>>> (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há >>>> divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. >>>> Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação >>>> que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. >>>> Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua >>>> mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da >>>> comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua >>>> competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do >>>> Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras >>>> mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a >>>> regulamentação. >>>> >>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José >>>> Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >>>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >>>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >>>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >>>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >>>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>> >>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>> debates. >>>> >>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>> >>>> Abraço cordial, >>>> >>>> >>>> >>>> Luciano Cesar Morais. >>>> >>>> >>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>> >>>> >>>> De: SBME . >>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>> >>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>> >>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>> Continue a fazê-la. >>>> Cordialmente, >>>> Jorge Antunes* >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>> > escreveu: >>>> >>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do >>>> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele >>>> fale em nome do socialismo. >>>> >>>> Luciano Cesar Morais >>>> >>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>> >* escreveu: >>>> >>>> >>>> De: André Fadel >>>> > >>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>> Para: >>>> Cc: "ANPPOM" >>>> > >>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> *Uma questão ridícula* >>>> >>>> >>>> >>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam >>>> música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é >>>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. >>>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >>>> para cada um de nós. >>>> >>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, >>>> mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com >>>> bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo >>>> universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >>>> >>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >>>> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >>>> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >>>> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>> >>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto >>>> se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >>>> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >>>> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para >>>> se curtir. >>>> >>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>>> alcançar. >>>> >>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de >>>> ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música >>>> está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, >>>> para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se >>>> fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende >>>> biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à >>>> descoberta de uma vacina). >>>> >>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na >>>> minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >>>> >>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >>>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >>>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >>>> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no >>>> mundo. >>>> >>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >>>> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >>>> no nariz alheio. >>>> >>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >>>> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>>> que também é uma enorme bobagem. >>>> >>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>> >>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da >>>> música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>> >>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >>>> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>> >>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>> >>>> >>>> >>>> André Fadel >>>> >>>> Pianista e compositor >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> 2011/8/8 SBME . >>>> > >>>> >>>> Colegas: >>>> >>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >>>> sobre a decisão do STF. >>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>>> questão. >>>> >>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>>> decidir o que decidiram. >>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>> >>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >>>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>> Isso é verdade? >>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >>>> social? >>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, >>>> nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia >>>> de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >>>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >>>> representasse a realização fiel da partitura. >>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >>>> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>>> >>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>> registro pois a música é uma arte. >>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >>>> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >>>> Poesia para que pudessem escrever. >>>> >>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >>>> Comunicação para chegar ao público. >>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>> contemplando o suporte diretamente. >>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor >>>> coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>> >>>> À salutar discussão!!! >>>> Abraços, >>>> Jorge Antunes >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz >>>> > escreveu: >>>> >>>> Matéria da Folha de hoje < >>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>> > >>>> ================================================== >>>> >>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>> >>>> FELIPE SELIGMAN >>>> DE BRASÍLIA >>>> >>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>> classe para exercer sua profissão. >>>> >>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>> >>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>> se apresentar. >>>> >>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>> quando chegar no tribunal. >>>> >>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades >>>> só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa >>>> um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>>> afirmou. >>>> >>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>> >>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> >>>> -----Anexo incorporado----- >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> -- >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ Lista de discuss?es >>>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>> >>> >>> >>> >>> -- >>> >>> >>> >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rogeriobudasz em yahoo.com Mon Aug 15 08:40:06 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Mon, 15 Aug 2011 04:40:06 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: Message-ID: <1313408406.71933.YahooMailClassic@web160612.mail.bf1.yahoo.com> Alvaro, para complementar, música e violência vem se tornando um importante campo de estudo da musicologia, etnomusicogia e estudos culturais. A propósito da música como instrumento de tortura veja esse interessante artigo de Suzanne Cusick:http://www.sibetrans.com/trans/a152/music-as-torture-music-as-weaponMas geralmente nesses casos e no que mencionei da lavagem cerebral, os responsáveis pelo dano não são os músicos no exercício de sua profissão, mas os militares, políticos, e torturadores, no exercício de sua profissão. Fora portanto da alçada da OMB (talvez não do ECAD ;) Rogério --- On Sun, 8/14/11, Alvaro Henrique wrote: From: Alvaro Henrique Subject: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Sunday, August 14, 2011, 2:25 PM Queridos amigos e colegas da ANPPOM, Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. - O exercício profissional da música representa risco social? Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. Abraços, Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) -----Inline Attachment Follows----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Mon Aug 15 08:44:49 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Mon, 15 Aug 2011 08:44:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] RES: RES: STF e OMB In-Reply-To: References: <20110814144842.ADB93152D8B@campinhos.ufba.br> Message-ID: Caro Prof. Gil: Sua mensagem esclarece bastante aos que desconhecem a OMB. Como eu já disse, e você reafirma, o problema está nas diretorias da OMB. Para quem quiser conhecer a OMB em sua forma original e ideal, sugiro fazer uma visita ao portal da OMB de Minas Gerais: http://www.ombmg.org.br/ombmgv2/ Brasília já teve uma OMB ideal no período 1982-1984. Todos os músicos da velha guarda, que viveram aqui naquele período, são unânimes sobre isso. Enfim, desafio os críticos e defensores da extinção do órgão: Procurem saber quando acontecerá a próxima eleição para o Conselho Regional da OMB de sua Unidade da Federação. O Conselho é renovado em 2/3 periodicamente. Fale com seus colegas e forme uma chapa, inscreva e concorra. Após a formação do novo Conselho é realizada eleição indireta, dentro do próprio Conselho, para escolha da nova diretoria, que será integrada de 5 conselheiros. Então, eleitos e empossados, passem a fazer tudo aquilo que vocês acham que a OMB deveria fazer, ou parar de fazer. Abraços, Jorge Antunes Em 14 de agosto de 2011 23:21, Gil Amâncio escreveu: > Prezado Fernando José Silveira > > Professor Adjunto IV de Clarineta > > Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ > > *fernandounirio em hotmail.com* > > *www.fernandosilveira.com.br* > > > 1. Uma das principais funções da tabela do sindicato é possibilitar uma > referência jurídica formal (institucional). O fato das pessoas não usarem a > tabela para o dia a dia e não haver posicionamento ético entre profissionais > é uma questão mais profunda da formação da nacionalidade brasileira. Reitero > que do ponto de vista constitucional a função do sindicato é diferente de um > conselho profissional, apesar de que são complementares. Uma coisa e uma > coisa e outra coisa é outra coisa. O conselho profissional tem a função , > perante a lei, de qualificar, de qualificação de quem é profissional ou não > é profissional (como vc bem colocou o exemplo da Ordem dos Advogados no > sentido de constatar que a pessoa é portadora de conhecimentos mínimo para > ser considerada como profissional da área). > 2. A função legal de um conselho profissional é garantir reserva de > mercado, por tabela garantir que quem esteja no mercado possua o mínimo de > fomração profissional e técnico. Temos muitos médicos desatrosos e advogados > superburros (como em todas as profissões). Isso não justifica que seja > acabado um órgão de classe qualquer porque a prática artística não oferece > risco. Precisamos deixar de lado o antolhos e perceber de forma mais > alargada outras questões. por exemplo: em vários concursos públicos se pede > registro em órgão de classe para se prestar concurso em órgão federal como > músico ou professor de música. Não tendo a ordem se teria declaração do > sindicato, que não é juridicamente competente, perante a lei para atuar como > conselho profissional. > 3. Estamos tentando acabar com uma órgão que existe formalmente para > República Federativa do Brasil como Conselho de Classe, para criar uma outra > coisa ou fortalecer o sindicato que não tem função jurídica de conselho. > Isso é burrice. Não precisamos de posições excludentes. Poderemos ter os > dois de fomra não conflitante. O fato é que nenhum órgão de música no nosso > País tem estrutura de funcionamento afinada com todas as necessidades da > classe, pois esta mesma não participa ativamente e tem tomado a posição de > pilatos, pela maioria dos músicos relevantes neste País - associata ao uma > espécie de letargia política, adicionada a falta de cidadania e posturas > proativas. Criticam sem conhecimento de causa e ficam numa posição de > sinsero equivocados. > 4. Com relação a sua afimração: > > O maior risco social relacionado ao problema não diz respeito à OMB, > mas sim à educação: com educação de qualidade todos poderão avaliar melhor > se esta ou aquela manifestação artística deve fazer parte ou não da vida > cultural de nosso país. acho corretíssima, mas o forum não é adequado > para tal observação, se o foco for discutir acabar ou reformar a OMB. > Precisamos ter posturas objetivas de curto e médio prazo. Focada na questão. > Claro que educação é sempre uma panaceia para todos os males, mas todos > sabemos que é algo de longo prazo. > 5. Considerando os princípios clássicos (contemporâneos) da > adminsitração, seria interessante produzirmos mais com menos energia. Logo > acabar é uma postura evasiva. Só criticar é mais evasivo ainda. > Ressignifcar, oxigenar, mudar as figuras do adminsitrativo. Colocar gente > nova. Entender as regras do jogo, se articular, compreender o funcionamento, > montar novos grupos revolucionários em cada Estado, tomar a omb, promover a > queda das bastilhas, entre outras ações, talvez fosse algo mais > ergonométrico, mais producente e geraria maior massa sonoro com mais eco e > reverberação sócio-cultural positiva. > > Em 15 de agosto de 2011 12:57, Fernando José Silveira < > fernandounirio em hotmail.com> escreveu: > >> Caros,**** >> >> Primeiramente temos que lembrar que os Sindicatos continuam existindo.*** >> * >> >> Porém, não podemos fechar os olhos que tanto a OMB quanto o sindicato dos >> músicos tem seus poderes e prerrogativas DESFORTALECIDAS por uma classe que >> só olha para o seu umbigo.**** >> >> Dou um exemplo: o Sindicato dos Músicos Profissionais lança, >> mensalmente,uma tabela de cachet mínimo para cada atividade do profissional >> da música. Pergunta: quem respeita isso??? Praticamente ninguém. Só funciona >> mesmo quando o artista brasileiro vai ?acompanhar? um artista estrangeiro ? >> já que ele tem que fazer tudo de forma a passar pelo sindicato. No mais, >> cobra-se e recebe-se valores combinados entre as partes que, em muitos >> casos, é abusivo. Mas se o músico diz não, outro colega faz ?mais barato?... >> Quem recebe ?uma tabela? é considerado um músico de elite. O ?resto? não >> possui proteção alguma.**** >> >> Não que o sindicato não faça nada de bom. Faz sim: oferece aos sócios >> seguro saúde, aposentadoria privada etc. Falo aqui o do Sindicato do Rio de >> Janeiro, que sou sócio e posso dizer que vem fazendo um excelente trabalho. >> **** >> >> Talvez seja por aí a saída para a OMB.**** >> >> A decisão do STF apenas confirma aquilo que eles tinham assentado no >> julgamento dos Jornalistas: que o profissional não precisa ter controle >> específico por não trazer os mesmo problemas de, por exemplo, médicos, >> advogados, engenheiros etc. Isto é, as pessoas não morrem ou perdem seus >> bens e direitos por causa da incompetência do profissional.**** >> >> Particularmente acho que para ser um bom profissional ? um bom músico ? >> não há necessidade de uma entidade para simplesmente dizer que você é bom >> profissional. Aliás não é isso que outras entidades de classe fazem (OAB, >> CRM etc): elas apenas dizem que o profissional tem um mínimo de informação >> formal para exercer a profissão.**** >> >> Nos moldes de como a OMB hoje atua, não se precisa mesmo dela. Hoje ela >> faz um desserviço à classe. Mas acho que ela pode ser ?recriada? e realmente >> atuar em prol do músico.**** >> >> O maior risco social relacionado ao problema não diz respeito à OMB, mas >> sim à educação: com educação de qualidade todos poderão avaliar melhor se >> esta ou aquela manifestação artística deve fazer parte ou não da vida >> cultural de nosso país. >> >> >> Abraços,**** >> >> ** ** >> >> Fernando**** >> >> ========================================**** >> >> Fernando José Silveira**** >> >> Professor Adjunto IV de Clarineta**** >> >> Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ**** >> >> *fernandounirio em hotmail.com* >> >> *www.fernandosilveira.com.br* >> >> ** ** >> >> ** ** >> >> ** ** >> >> *De:* anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto: >> anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] *Em nome de *Pablo Sotuyo Blanco >> *Enviada em:* domingo, 14 de agosto de 2011 10:47 >> *Para:* 'SBME .'; 'mariomarcaljr'; 'ANPPOM' >> *Assunto:* [ANPPOM-L] RES: STF e OMB**** >> >> ** ** >> >> Prezad em s tod em s,**** >> >> ** ** >> >> Desde que o nosso colega Jorge Antunes lançou o tema na lista, venho >> acompanhando com interesse...**** >> >> ** ** >> >> Pessoalmente, considero que a música não é inócua nem pode ser tratada >> como placebo... Mas chama à atenção a insistência da discussão em torno a se >> a OMB vale como regulador da prática de performance musical... se esquecendo >> que a prática musical, como tenta provar a profusão de sub-áreas nos >> congressos da ANPPOM, vem de muito aquém e vai muito além da performance... >> **** >> >> ** ** >> >> Embora importante, acredito que a LEI Nº 3.857 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1960, >> contenha muito mais do que isso... **** >> >> Seria bom que cada um lesse atentamente os seus 72 artigos organizados em >> 7 capítulos... **** >> >> Dentre eles constam aspectos vinculados à *ética na prática profissional*, >> por exemplo... (sobre este mesmo tema, *a diretoria da ANPPOM recebeu >> proposta de código de ética e prática profissional durante a assembléia de >> 2006 (em Brasília)* e, segundo lembro, foi votada a integração de uma >> comissão para estudar a proposta que, *ATÉ HOJE (2011-08-14) não foi >> convocada...* (ainda me pergunto... por que será?) o que sinceramente >> espero que aconteça na próxima gestão... veremos...).**** >> >> ** ** >> >> Apenas como serviço à comunidade ?anppómica?, insiro aqui a estrutura >> geral da lei, mantendo alguns dos artigos que considero mais relevantes, >> para ciência dos meus virtuais interlocutores... **** >> >> CAPÍTULO 1 - Da Ordem dos Músicos do Brasil**** >> >> Art. 1 - Fica criada a Ordem dos Músicos do Brasil com a finalidade de >> exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a >> fiscalização do exercício da profissão do músico, *mantida as atribuições >> específicas do Sindicato respectivo*.**** >> >> Art. 5 - São atribuições do Conselho Federal:**** >> >> d) preservar a *ética profissional*, promovendo as medidas acauteladoras >> necessárias;**** >> >> Art. 14 - São atribuições dos Conselhos Regionais:**** >> >> d) conhecer, apreciar e decidir sobre os assuntos atinentes à *ética >> profissional*, impondo as penalidades que couberem;**** >> >> Art. 21 - À assembléia geral compete:**** >> >> III - elaborar e alterar a *tabela de emolumentos* cobrados pelos >> serviços prestados, ad referendum do Conselho Federal;**** >> >> CAPÍTULO II - Das condições para o exercício profissional**** >> >> Art. 28 - É livre o exercício da profissão de músico, em todo território >> nacional, observados o requisito da *capacidade técnica* e demais >> condições estipuladas em lei. (detalhamento)**** >> >> Art. 30 a 39 ? Incumbências privativas de cada uma das outras >> especialidades (detalhadamente)**** >> >> CAPÍTULO III - Da duração do Trabalho**** >> >> CAPÍTULO IV - Do trabalho dos músicos estrangeiros**** >> >> CAPÍTULO V - Da fiscalização do trabalho**** >> >> CAPÍTULO VI - Das penalidades**** >> >> CAPÍTULO VII - Disposições Gerais e Transitórias**** >> >> *Art. 60 - Aos músicos profissionais aplicam-se todos os preceitos da >> legislação de assistência e proteção do trabalho, assim como da previdência >> social.* >> >> ** ** >> >> Enfim... fica aqui a minha contribuição... Com certeza a lei da OMB não é >> perfeita e tem muito a discutir, eliminar, modificar e, eventualmente, >> incluir nela...**** >> >> Mas elimina-la por completo sem uma discussão profunda e RESPONSAVEL, >> seria tanto uma temeridade quanto a perda de uma conquista rara que muitas >> outras áreas profissionais queriam muito ter para si.**** >> >> ** ** >> >> Portanto... lanço aqui a idéia para a nova Diretoria da ANPPOM de nomear >> uma comissão com representatividade nominal das diferentes sub-áreas de >> música hoje consideradas na ANPPOM para discutir e propor uma nova lei para >> a OMB.**** >> >> Depois veríamos os caminhos a serem percorridos.**** >> >> ** ** >> >> Sem mais...**** >> >> ** ** >> >> Pablo Sotuyo Blanco.**** >> >> ** ** >> >> ** ** >> >> ** ** >> >> ** ** >> >> ** ** >> >> ** ** >> >> >> >> __________ Information from ESET NOD32 Antivirus, version of virus >> signature database 6376 (20110814) __________ >> >> The message was checked by ESET NOD32 Antivirus. >> >> http://www.eset.com**** >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Mon Aug 15 10:15:59 2011 From: fenerich em gmail.com (ale fenerich) Date: Mon, 15 Aug 2011 10:15:59 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: References: Message-ID: 1. Questão de estilo: Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. 2. Questão ideológica (?): Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar. Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é risco social? Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja! Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e sexismo. Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético. "Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz. Aliás talvez tenhamos o que aprender mais ali, nas performances de corpo presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite, somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco. Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós. Espero não ter sido ofensivo. Atenciosamente Alexandre Fenerich Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio escreveu: > Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com > dividiria a resposta em algumas frentes > > 1. do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os > aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia > sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença. > 2. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada > tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a > educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade > pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas > produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de > concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a > energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados > do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse > tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por > exemplo > 3. com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva, > observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o > exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores > competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se > oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas > do reboleition > 4. a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol > do pensar musical > 5. a falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o > universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de > possibilidades cientícas com rigor > 6. a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é > trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas > defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho > profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de > Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos, > garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou > indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de > várias profissões. > 7. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe > e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do > acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio. > 8. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era > apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva > de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de > 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros > sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por > falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um > doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos > anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do > Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de > percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido > que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os > músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da > classe/do conselho profissional? > 9. felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer > sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última > afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho > profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando > com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso > ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco , > inacreditavelmente no Séc. XXI > 10. abs. > > > Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique escreveu: > >> Queridos amigos e colegas da ANPPOM, >> >> Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós >> - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em >> si da decisão do STF sobre a OMB. >> >> - O exercício profissional da música representa risco social? >> >> Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro >> se dispusessem a responder essa questão. >> >> Abraços,Alvaro Henrique >> www.alvarohenrique.com Novo vídeo: >> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU >> >> "For most men, then, one of the central problems of our time is that of >> learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without >> scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rogeriobudasz em yahoo.com Mon Aug 15 10:40:49 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Mon, 15 Aug 2011 06:40:49 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: Message-ID: <1313415649.68263.YahooMailClassic@web160619.mail.bf1.yahoo.com> Gil,Você acredita mesmo no que disse? Deus me livre e guarde dessa OMB dos seus sonhos. abraçoRogério --- On Sun, 8/14/11, Gil Amâncio wrote: [...] o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por exemplo. [...] se oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas do reboleition. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sbme em sbme.com.br Mon Aug 15 10:44:11 2011 From: sbme em sbme.com.br (SBME .) Date: Mon, 15 Aug 2011 10:44:11 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: <1313379761.91178.YahooMailClassic@web160602.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313379761.91178.YahooMailClassic@web160602.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: *Oi, Rogerio: O período de nossa história recente, do regime militar, a que você se refere, e durante o qual a OMB não fez nada contra a lavagem cerebral das novas gerações, foi justamente o período em que a OMB esteve sob intervenção militar. O Wilson Sandoli assumiu em São Paulo, como homem da ditadura, para varrer os "comunistas" (como eles chamavam) da entidade. Em Brasília, em 1964, assumiu Lizâneas Maciel, como interventor, para dar lugar a Eny Camargo em momento seguinte. Durante o período 1964-1982 a OMB nacional e todos os seus Conselhos Regionais, com interventores, ficaram sem promover eleições. O ranço do descrédito, parece, vem daí. A OMB funcionou ao pé da letra, atendendo seus objetivos de modo pleno, apenas de 1960 a 1964. Em abril de 1964, com o golpe militar, José Siqueira foi cassado, e também demitido da Escola de Música da Universidade do Brasil, atual UFRJ (com aposentadoria compulsória), pelo AI-2. Abraço, Jorge Antunes * Em 15 de agosto de 2011 00:42, Rogerio Budasz escreveu: > Olha Alvaro, eu até acho que em algumas situações específicas certas > práticas musicais possam trazer um dano social, por exemplo quando usadas no > contexto de lavagem cerebral das massas, usadas por um governo totalitário, > como o que tivemos não faz muito tempo e muitas vezes atingindo primeiro os > membros mais vulneráveis -- as crianças. Mas nesses casos, a OMB que deveria > nos defender contra o "Esse é um país que vai prá frente", até onde eu > saiba, não fez nada. > No caso de danos ecológicos, eu citaria o Quarteto Helicóptero do > Stockhausen. Aliás, antes de morrer parece que ele planejava fazer uma > versão com orquestra. > abraço, > Rogério > > > --- On *Sun, 8/14/11, Alvaro Henrique * wrote: > > > From: Alvaro Henrique > Subject: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Date: Sunday, August 14, 2011, 2:25 PM > > > Queridos amigos e colegas da ANPPOM, > > Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós > - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em > si da decisão do STF sobre a OMB. > > - O exercício profissional da música representa risco social? > > Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro > se dispusessem a responder essa questão. > > Abraços, > Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com > Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > "For most men, then, one of the central problems of our time is that of > learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without > scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) > > -----Inline Attachment Follows----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tempoqueleva em yahoo.com.br Mon Aug 15 11:07:31 2011 From: tempoqueleva em yahoo.com.br (Ana Luisa) Date: Mon, 15 Aug 2011 07:07:31 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=C3=A3o_rid=C3=ADcula?= In-Reply-To: <1313385222.57831.YahooMailClassic@web161717.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1313417251.65163.YahooMailClassic@web160716.mail.bf1.yahoo.com> Alô, Luciano Veja, nem sei se discordo ou concordo com a carta, que obviamente levantou mais questões para as cento e tantas que aqui já foram colocadas. O chato para mim é apenas a "europarte" que impera nessa e em outras colocações. Acho que a carta do André ficaria ótima se tirasse toda a música que ele desconhece. Mas também pode me colocar na fila dos descontentes se música não for séria, como qualquer outra profissão (ahnn...e com o que concordamos na carta dele mesmo?) --- Em seg, 15/8/11, luciano cesar escreveu: De: luciano cesar Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Ana Luisa" Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 2:13 É, pois é, Ana. Concordo com a posição do André (o eurocêntrico do Scriabin), mas se for pra deixar de pensar na música como coisa séria, por favor, me fuzilem. Luciano --- Em sáb, 13/8/11, Ana Luisa escreveu: De: Ana Luisa Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Marcos Filho" Cc: anppom-l em iar.unicamp.br Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 23:38 Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas?Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os povos musicais.Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada,um abraço a todos,Ana --- Em sáb, 13/8/11, Marcos Filho escreveu: De: Marcos Filho Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Anppom" Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 Muito bom Andre, Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe com os egos de muita gente.  Um abraço,  Marcos Filho.  Enviado via iPhone Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 From: andrefadel em gmail.com CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula     Uma questão ridícula   Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor.   André Fadel Pianista e compositor                 2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Mon Aug 15 11:18:34 2011 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Mon, 15 Aug 2011 07:18:34 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: <1313408406.71933.YahooMailClassic@web160612.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1313417914.90708.YahooMailClassic@web110313.mail.gq1.yahoo.com> Olá, Só pra complementar, um exemplo clássico de música como instrumento de tortura pode ser visto no filme "Laranja Mecânica"... Abs, Daniel LemosProfessor do Curso de Música / DEART Universidade Federal do Maranhão (UFMA) http://musica.ufma.br Blog Audio Arte Fórum de Pedagogia da Performance ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance --- Em seg, 15/8/11, Rogerio Budasz escreveu: De: Rogerio Budasz Assunto: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) Para: anppom-l em iar.unicamp.br, "Alvaro Henrique" Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 8:40 Alvaro, para complementar, música e violência vem se tornando um importante campo de estudo da musicologia, etnomusicogia e estudos culturais. A propósito da música como instrumento de tortura veja esse interessante artigo de Suzanne Cusick:http://www.sibetrans.com/trans/a152/music-as-torture-music-as-weaponMas geralmente nesses casos e no que mencionei da lavagem cerebral, os responsáveis pelo dano não são os músicos no exercício de sua profissão, mas os militares, políticos, e torturadores, no exercício de sua profissão. Fora portanto da alçada da OMB (talvez não do ECAD ;) Rogério --- On Sun, 8/14/11, Alvaro Henrique wrote: From: Alvaro Henrique Subject: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Sunday, August 14, 2011, 2:25 PM Queridos amigos e colegas da ANPPOM, Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. - O exercício profissional da música representa risco social? Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. Abraços, Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) -----Inline Attachment Follows----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tempoqueleva em yahoo.com.br Mon Aug 15 14:54:23 2011 From: tempoqueleva em yahoo.com.br (Ana Luisa) Date: Mon, 15 Aug 2011 10:54:23 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] Enc: Re: STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. Message-ID: <1313430863.51829.YahooMailClassic@web160710.mail.bf1.yahoo.com> --- Em seg, 15/8/11, Ana Luisa escreveu: De: Ana Luisa Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. Para: "Cassio Barth" Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 14:50 Cássio,Posicionamento pode ser delimitar, mas muito melhor se fosse abrir possibilidades, para que todos os músicos, independente de gosto (e não falso refinamento), possam participar. Assim melhoraríamos a discussão, a OMB e as universidades (para que todos os que querem ser músicos tenham até vontade de frequentá-la).  saudações, Ana --- Em seg, 15/8/11, Cassio Barth escreveu: De: Cassio Barth Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. Para: "Lucas Eduardo" Cc: anppom-l em iar.unicamp.br Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 3:54 Colega, Se não gosta dos termos, tranquilíssimo, ao menos o colega pode discernir e não optar pelo "relativismo". A maioria nem sequer pensa sobre o assunto e defende a "sua tribo" sem saber exatamente as condições históricas e socias que fizeram com que ela estivesse na "tribo" que está defendendo. Aliás, o contrário do relativismo é exatamente o que acontece aqui e nas faculdades (faculdades ou conservatórios disfarçados de faculdades) pelo Brasil afora, onde continuamos coloníssimos em nossos discursos.   Se a questão é terminologia, também podemos usar "criação de assimetrias de poder através de discursos que criam limites entre certas práticas musicais" para mostrar que certos colegas delimitam o Outro apenas para se auto-afirmarem. Isso não é etnoblablablá: é querer mostrar quem tem o falo maior e querer suprimir outros tipos de práticas. É querer delimitar: eu tenho bom-gosto, você não tem. É dizer que gosta de bossa-nova e jazz porque é refinado e que odeia Amado Batista e "os paupérrimos Beatles" porque são de uma breguice e "pobreza" musical que ninguém com tal refinamento poderia aguentar. Enfim, é delimitar o Outro pra se delimitar... a ambiguidade da qual fala Bhabha... Como criar coesão entre os músicos, ter uma ordem que nos represente, se não houver no mínimo respeito pelos gostos e práticas musicais dos outros colegas (isso quando são considerados colegas...) Abraço Cássio 2011/8/14 Lucas Eduardo com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado meu "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos conceitos de etno e eurocentrismo, já desgastados), recomendo uma olhadinha neste artigo de Pondé - http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; abraços aos colegas   Lucas Galon Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: Interessantes os exemplos de alguns colegas. "Prostitutas e travestis se organizam" E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido, pode mais do que isso. Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos músicos? Onde fica o respeito?  Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. Com opiniões como a de alguns colegas, nós músicos somos um risco social, por nossas declarações preconceituosas, como a do colega que gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o "universitário sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco de relativismo já nos ajudaria.  E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em políticas governamentais. Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a humildade. Já é um começo... Cássio 2011/8/14 Gil Amâncio A organização dos trabalhadores e profissionais O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de autarquia fedral de 3º grau. Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme nossa carta mágna constitucional.   O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa crítica. Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como funciona e como poderíamos mudar. Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para lembrar caetano). Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): Sindicato: tem função de promover qulaidade de vida para trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. Conselho Profissional: Define quem é ou não profissional e concede um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação profissional. Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. como muitas pessoas dessa lista. Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou de forma coletiva. No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na cena contemporânea. Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de 88 já garante isso. Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter o mínimo de regras. Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje. "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos construir um novo fim".   Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. From: givanildo.amancio em gmail.com Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 To: lucianocesar78 em yahoo.com.br CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. Elocubrações n.238: por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social e os músicos não precisam... ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar escreveu: Carta aberta ao maestro Jorge Antunes.               Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma base...             No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador.             Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no âmbito mesmo da cultura, não do policiamento.             Essa é minha opinião, que parece nos dividir.             Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a regulamentação.               Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo.             Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes debates. Pazes, em nome da "salutar discussão"? Abraço cordial,   Luciano Cesar Morais. --- Em sáb, 13/8/11, SBME . escreveu: De: SBME . Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 Oi, Luciano Cesar: Obrigado por sua mensagem opinativa. Você tem razão: música ruim não mata. Continue a fazê-la. Cordialmente, Jorge Antunes Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar escreveu: Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele fale em nome do socialismo. Luciano Cesar Morais --- Em qui, 11/8/11, André Fadel escreveu: De: André Fadel Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: Cc: "ANPPOM" Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43     Uma questão ridícula   Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. Músicos, não se levem tanto a sério, por favor.   André Fadel Pianista e compositor                 2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ --     ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ --     ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvioferrazmello em uol.com.br Mon Aug 15 16:44:08 2011 From: silvioferrazmello em uol.com.br (silvioferrazmello) Date: Mon, 15 Aug 2011 16:44:08 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: <1313417251.65163.YahooMailClassic@web160716.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313417251.65163.YahooMailClassic@web160716.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <3216619E-7E8E-4A94-BD07-8343888CFDC4@uol.com.br> fico me perguntando: 1. é necessário haver uma associação de músicos? sim pois associado o músico tem mais poder de negociação e tem um grupo que o defende (quando esta associação presta serviços jurídicos) 2. existem associações fora a omb? sim; abmi, amar, arcmusicos, 3. a associação baseará seus estatutos em que lei nacional? até o momento baseava-se nas leis definidas pela lei de criação da omb 4. uma entidade define o que é ou não música, o que é música boa ou ruim etc? não, uma entidade do tipo associação de músicos é criada sobretudo para defender um grupo de profissionais frente a questões cotidianas como forma de contrato e não para policiar a prática musical conforme estatutos estéticos. 5. o que uma lei de trabalho do músico permite? ela define as horas de trabalho de uma músico, o que é diferente daquelas de um porteiro: um porteiro recebe por hora, já um músico por receber por hora ou por serviço...mas qual o tempo justo para exigir-se que um músico trabalhe sem descanso....8 horas? o músicos recebe por tempo no palco e ensaiando ou pela complexidade do repertório que está trabalhando? em uma banda um músico recebe igual ao outro, o guitarrista que toca mais notas recebe mais do que o baixista? o cantor (que entoa melodias) recebe mais do que o baterista? o diretor artístico recebe mais do que o músico? o que faz um diretor artístico? bem! estas são algumas questões que a lei da omb definiu bases e que atualmente já tem novas e diversas versões, algumas interessantes outras terríveis, e que estão dispersas em contratos conforme a entidade contratante. o problema é que sem a associação os modos de contratação estão dispersos...por isto existe o sindicato...mas o sindicato para agir tem de basear-se em uma lei...em que lei ele se baseia? existem itens específicos para a atividade de músico na clt? já falamos aqui antes sobre as definições de profissões para a clt. Mas estamos de acordo com tais definições? Se quisermos mudar algo fazemos como? lembro que a anppom á uma associação...com anuidade e tudo o mais...não tem exame de ingresso mas para participar de um congresso tem de submeter o trabalho à avaliação...e o texto do compositor não é avaliado pelo pianista, nem vice versa. Ora, uma entidade de músicos profissionais pode bem funcionar do mesmo modo. silvio On Aug 15, 2011, at 11:07 AM, Ana Luisa wrote: > Alô, Luciano > > Veja, nem sei se discordo ou concordo com a carta, que obviamente levantou mais questões para as cento e tantas que aqui já foram colocadas. O chato para mim é apenas a "europarte" que impera nessa e em outras colocações. Acho que a carta do André ficaria ótima se tirasse toda a música que ele desconhece. Mas também pode me colocar na fila dos descontentes se música não for séria, como qualquer outra profissão (ahnn...e com o que concordamos na carta dele mesmo?) > > --- Em seg, 15/8/11, luciano cesar escreveu: > > De: luciano cesar > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Ana Luisa" > Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 2:13 > > É, pois é, Ana. Concordo com a posição do André (o eurocêntrico do Scriabin), mas se for pra deixar de pensar na música como coisa séria, por favor, me fuzilem. > > Luciano > > > > --- Em sáb, 13/8/11, Ana Luisa escreveu: > > De: Ana Luisa > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Marcos Filho" > Cc: anppom-l em iar.unicamp.br > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 23:38 > > Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas? > Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os povos musicais. > Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada, > um abraço a todos, > Ana > > --- Em sáb, 13/8/11, Marcos Filho escreveu: > > De: Marcos Filho > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Anppom" > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 > > > Muito bom Andre, > > Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe com os egos de muita gente. > > Um abraço, > > Marcos Filho. > > Enviado via iPhone > > Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: > >> Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. >> >> Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 >> From: andrefadel em gmail.com >> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >> Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> >> >> >> Uma questão ridícula >> >> >> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. >> >> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. >> >> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >> >> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. >> >> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. >> >> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). >> >> A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? >> >> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. >> >> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. >> >> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. >> >> Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? >> >> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >> >> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >> >> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >> >> >> André Fadel >> >> Pianista e compositor >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> 2011/8/8 SBME . >> Colegas: >> >> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. >> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. >> >> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. >> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >> >> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >> Isso é verdade? >> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? >> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. >> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >> >> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. >> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. >> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. >> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >> >> À salutar discussão!!! >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> >> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: >> Matéria da Folha de hoje >> ================================================== >> >> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >> >> FELIPE SELIGMAN >> DE BRASÍLIA >> >> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. >> >> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >> >> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. >> >> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. >> >> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. >> >> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Mon Aug 15 17:04:57 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Mon, 15 Aug 2011 21:04:57 +0100 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Prezado Lucas Galon, concordo que cada um tenha uma linha, tenha sua lei, sua posição. A minha posição/sugestão é primeiramente conhecer estatutariamente. Não tenho nada contra travestis ou prostitutas além da admiração pelas coragens dos meus irmãos e irmãs em cristo. É um poder institucionalizado na sociedade que tem mostrado força, união e organização como lementos invejáveis. Se a organização da classe musical contasse com a competência de organização de pessoas sensíveis e dedicadas e guerreiras estaríamos em outros patamares, podes crer. Gostei do texto que vc indicou no blog. Acho que o futuro depende do que fizermos agora. Se está havendo uma troca de idéias liberais e democrátas, onde cada pessoa apresenta suas limitadas opiniões e preconceituosas (como eu), mas apresentam, isso tá valendo. Escrever é ter coragem de se expor e construir novos horizontes a partir da sinceridade e da verdade de cada homem, de cada mulher, de cada ser e decada artista. Abs. Gil Em 15 de agosto de 2011 04:48, Lucas Eduardo escreveu: > com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado meu > "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos > conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma > olhadinha neste artigo de Pondé - > http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, > quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para > o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo > não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; > abraços aos colegas > > Lucas Galon > > > Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: > >> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >> >> "Prostitutas e travestis se organizam" >> >> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido, >> pode mais do que isso. >> >> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor >> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >> músicos? Onde fica o respeito? >> >> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >> >> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. Com >> opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco social*, >> por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega que gosta de >> Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o "universitário >> sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco de relativismo >> já nos ajudaria. >> >> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >> políticas governamentais. >> >> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a >> humildade. Já é um começo... >> >> >> >> Cássio >> >> 2011/8/14 Gil Amâncio >> >>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de >>> autarquia fedral de 3º grau. >>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau >>> (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma >>> associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são >>> complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme >>> nossa carta mágna constitucional. >>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e >>> classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas >>> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa >>> crítica. >>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >>> funciona e como poderíamos mudar. >>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>> lembrar caetano). >>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede um >>> título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação >>> profissional. >>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito >>> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>> como muitas pessoas dessa lista. >>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas >>> assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de >>> arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar >>> com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da >>> frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. >>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou de >>> forma coletiva. >>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas >>> na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora >>> vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza >>> do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de >>> reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação >>> acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na >>> cena contemporânea. >>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de >>> 88 já garante isso. >>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter o >>> mínimo de regras. >>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou >>> isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje. >>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>> construir um novo fim". >>> >>> >>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: >>> >>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>> >>>> ------------------------------ >>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>> Antunes. >>>> >>>> Elocubrações n.238: >>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social >>>> e os músicos não precisam... >>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na >>>> posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. >>>> >>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>> >>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>> >>>> >>>> >>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge >>>> Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma >>>> base... >>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom >>>> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua >>>> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>> >>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser >>>> feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB >>>> determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não >>>> é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam >>>> da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para >>>> permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical >>>> trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>> >>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>> >>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade >>>> de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas >>>> (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há >>>> divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa. >>>> Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação >>>> que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro. >>>> Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua >>>> mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da >>>> comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua >>>> competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do >>>> Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras >>>> mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a >>>> regulamentação. >>>> >>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José >>>> Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >>>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >>>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >>>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >>>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >>>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>> >>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>> debates. >>>> >>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>> >>>> Abraço cordial, >>>> >>>> >>>> >>>> Luciano Cesar Morais. >>>> >>>> >>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>> >>>> >>>> De: SBME . >>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>> >>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>> >>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>> Continue a fazê-la. >>>> Cordialmente, >>>> Jorge Antunes* >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>> > escreveu: >>>> >>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do >>>> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele >>>> fale em nome do socialismo. >>>> >>>> Luciano Cesar Morais >>>> >>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>> >* escreveu: >>>> >>>> >>>> De: André Fadel >>>> > >>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>> Para: >>>> Cc: "ANPPOM" >>>> > >>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> *Uma questão ridícula* >>>> >>>> >>>> >>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam >>>> música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é >>>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. >>>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >>>> para cada um de nós. >>>> >>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, >>>> mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com >>>> bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo >>>> universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >>>> >>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >>>> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >>>> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >>>> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>> >>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto >>>> se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >>>> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >>>> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para >>>> se curtir. >>>> >>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>>> alcançar. >>>> >>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de >>>> ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música >>>> está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, >>>> para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se >>>> fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende >>>> biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à >>>> descoberta de uma vacina). >>>> >>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na >>>> minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >>>> >>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >>>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >>>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >>>> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no >>>> mundo. >>>> >>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >>>> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >>>> no nariz alheio. >>>> >>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >>>> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>>> que também é uma enorme bobagem. >>>> >>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>> >>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da >>>> música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>> >>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >>>> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>> >>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>> >>>> >>>> >>>> André Fadel >>>> >>>> Pianista e compositor >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> 2011/8/8 SBME . >>>> > >>>> >>>> Colegas: >>>> >>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >>>> sobre a decisão do STF. >>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>>> questão. >>>> >>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>>> decidir o que decidiram. >>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>> >>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >>>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>> Isso é verdade? >>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >>>> social? >>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, >>>> nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia >>>> de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >>>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >>>> representasse a realização fiel da partitura. >>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >>>> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>>> >>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>> registro pois a música é uma arte. >>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >>>> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >>>> Poesia para que pudessem escrever. >>>> >>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >>>> Comunicação para chegar ao público. >>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>> contemplando o suporte diretamente. >>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor >>>> coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>> >>>> À salutar discussão!!! >>>> Abraços, >>>> Jorge Antunes >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz >>>> > escreveu: >>>> >>>> Matéria da Folha de hoje < >>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>> > >>>> ================================================== >>>> >>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>> >>>> FELIPE SELIGMAN >>>> DE BRASÍLIA >>>> >>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>> classe para exercer sua profissão. >>>> >>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>> >>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>> se apresentar. >>>> >>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>> quando chegar no tribunal. >>>> >>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades >>>> só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa >>>> um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>>> afirmou. >>>> >>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>> >>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> >>>> -----Anexo incorporado----- >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> -- >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ Lista de discuss?es >>>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>> >>> >>> >>> >>> -- >>> >>> >>> >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Mon Aug 15 17:10:07 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Mon, 15 Aug 2011 21:10:07 +0100 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: <1313379761.91178.YahooMailClassic@web160602.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313379761.91178.YahooMailClassic@web160602.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: a nova ordem deveria contar com a participação de pessoas de bem como conta nesta lista! incluindo o rogério, o antunes, o lucas e todos os demais aqui linkados reclamamos da ordem como se não fóssemos responsáveis pela estado miserere e miserábilis que ela se encontra pela nossa ausência enquanto pessoas/despostas exclarecidos ...? ...! Seguraente a ausência ou espaços vazios inexistem politicamente. Em 15 de agosto de 2011 04:42, Rogerio Budasz escreveu: > Olha Alvaro, eu até acho que em algumas situações específicas certas > práticas musicais possam trazer um dano social, por exemplo quando usadas no > contexto de lavagem cerebral das massas, usadas por um governo totalitário, > como o que tivemos não faz muito tempo e muitas vezes atingindo primeiro os > membros mais vulneráveis -- as crianças. Mas nesses casos, a OMB que deveria > nos defender contra o "Esse é um país que vai prá frente", até onde eu > saiba, não fez nada. > No caso de danos ecológicos, eu citaria o Quarteto Helicóptero do > Stockhausen. Aliás, antes de morrer parece que ele planejava fazer uma > versão com orquestra. > abraço, > Rogério > > > --- On *Sun, 8/14/11, Alvaro Henrique * wrote: > > > From: Alvaro Henrique > Subject: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Date: Sunday, August 14, 2011, 2:25 PM > > > Queridos amigos e colegas da ANPPOM, > > Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós > - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em > si da decisão do STF sobre a OMB. > > - O exercício profissional da música representa risco social? > > Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro > se dispusessem a responder essa questão. > > Abraços, > Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com > Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > "For most men, then, one of the central problems of our time is that of > learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without > scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) > > -----Inline Attachment Follows----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From danielpuig em me.com Mon Aug 15 17:20:49 2011 From: danielpuig em me.com (Daniel Puig) Date: Mon, 15 Aug 2011 17:20:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: References: Message-ID: <06D8BC0A-7504-489D-B1D6-80470DD07D65@me.com> ufa... finalmente alguém que soube colocar em palavras o que estava me incomodando... obrigado, ale!!! Em 15/08/2011, às 10:15, ale fenerich escreveu: > 1. Questão de estilo: > > Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. > > 2. Questão ideológica (?): > > Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar. Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é risco social? Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja! Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e sexismo. > > Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético. > > > "Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz. Aliás talvez tenhamos o que aprender mais ali, nas performances de corpo presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite, somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco. > > > Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós. > > > Espero não ter sido ofensivo. > > > Atenciosamente > > > Alexandre Fenerich > > > Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio escreveu: > Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com > dividiria a resposta em algumas frentes > do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença. > do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por exemplo > com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva, observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas do reboleition > a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol do pensar musical > a falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de possibilidades cientícas com rigor > a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos, garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de várias profissões. > temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio. > quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da classe/do conselho profissional? > felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco , inacreditavelmente no Séc. XXI > abs. > > Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique escreveu: > Queridos amigos e colegas da ANPPOM, > > Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. > > - O exercício profissional da música representa risco social? > > Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. > > Abraços,Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Mon Aug 15 17:42:38 2011 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (luciano cesar) Date: Mon, 15 Aug 2011 13:42:38 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=C3=A3o_rid=C3=ADcula?= In-Reply-To: <3216619E-7E8E-4A94-BD07-8343888CFDC4@uol.com.br> Message-ID: <1313440958.7212.YahooMailClassic@web161714.mail.bf1.yahoo.com> Sobre as questões do senhor Silvio Ferraz: Muito bem colocadas. Há uma questão aqui que ele não respondeu: o problema é que sem a associação os modos de contratação estão dispersos...por isto existe o sindicato...mas o sindicato para agir tem de basear-se em uma lei...em que lei ele se baseia? existem itens específicos para a atividade de músico na clt? já falamos aqui antes sobre as definições de profissões para a clt. Mas estamos de acordo com tais definições? Se quisermos mudar algo fazemos como? silvio O pessoal do SIMPRATEC está tentando vincular judicialmente a categoria dos músicos no artigo 7, da constituição, salvo engano, que regulamenta a profissão do trabalhador intelectual. Toda a regulamentação partiria desta delimitação para as especificidades. Acredito que, no que se refere a ganhos, tabela de honorarios, etc., quanto mais uniforme for o tratamento dado aos diferentes tipos de músicos, melhor Alô, Ana... Concordamos em que a OMB precisa mudar urgentemente, se não for extinta. Sobreo Eurocentrismo, não sei é se chega a ser uma questão, a gente é tão impregnado de cultura estrangeira, língua, ciência, etc... quanto da nossa própria. Abraço, Luciano On Aug 15, 2011, at 11:07 AM, Ana Luisa wrote: Alô, Luciano Veja, nem sei se discordo ou concordo com a carta, que obviamente levantou mais questões para as cento e tantas que aqui já foram colocadas. O chato para mim é apenas a "europarte" que impera nessa e em outras colocações. Acho que a carta do André ficaria ótima se tirasse toda a música que ele desconhece. Mas também pode me colocar na fila dos descontentes se música não for séria, como qualquer outra profissão (ahnn...e com o que concordamos na carta dele mesmo?) --- Em seg, 15/8/11, luciano cesar escreveu: De: luciano cesar Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Ana Luisa" Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 2:13 É, pois é, Ana. Concordo com a posição do André (o eurocêntrico do Scriabin), mas se for pra deixar de pensar na música como coisa séria, por favor, me fuzilem. Luciano --- Em sáb, 13/8/11, Ana Luisa escreveu: De: Ana Luisa Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Marcos Filho" Cc: anppom-l em iar.unicamp.br Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 23:38 Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas?Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os povos musicais.Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada,um abraço a todos,Ana --- Em sáb, 13/8/11, Marcos Filho escreveu: De: Marcos Filho Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Anppom" Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 Muito bom Andre, Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe com os egos de muita gente.  Um abraço,  Marcos Filho.  Enviado via iPhone Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 From: andrefadel em gmail.com CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula     Uma questão ridícula  Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más.(Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.)Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar.Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo.Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio.Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem.Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo.O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece.Músicos, não se levem tanto a sério, por favor.  André FadelPianista e compositor                2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tempoqueleva em yahoo.com.br Mon Aug 15 18:13:44 2011 From: tempoqueleva em yahoo.com.br (Ana Luisa) Date: Mon, 15 Aug 2011 14:13:44 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=C3=A3o_rid=C3=ADcula?= In-Reply-To: <1313440958.7212.YahooMailClassic@web161714.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1313442824.23649.YahooMailClassic@web160706.mail.bf1.yahoo.com> Luciano!Acho que não me referia exatamente ao "eurocentrismo", mas sim ao "preconcentrismo". Não sei nem mesmo se estamos impregnados de nossa cultura, inclusive. Apenas impregados de alguma coisa a qual deveríamos nos livrar para justamente tornar a música um campo mais sério em toda sua diversidade. abraço, Ana Alô, Ana... Concordamos em que a OMB precisa mudar urgentemente, se não for extinta. Sobreo Eurocentrismo, não sei é se chega a ser uma questão, a gente é tão impregnado de cultura estrangeira, língua, ciência, etc... quanto da nossa própria. Abraço, Luciano On Aug 15, 2011, at 11:07 AM, Ana Luisa wrote: Alô, Luciano Veja, nem sei se discordo ou concordo com a carta, que obviamente levantou mais questões para as cento e tantas que aqui já foram colocadas. O chato para mim é apenas a "europarte" que impera nessa e em outras colocações. Acho que a carta do André ficaria ótima se tirasse toda a música que ele desconhece. Mas também pode me colocar na fila dos descontentes se música não for séria, como qualquer outra profissão (ahnn...e com o que concordamos na carta dele mesmo?) --- Em seg, 15/8/11, luciano cesar escreveu: De: luciano cesar Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Ana Luisa" Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 2:13 É, pois é, Ana. Concordo com a posição do André (o eurocêntrico do Scriabin), mas se for pra deixar de pensar na música como coisa séria, por favor, me fuzilem. Luciano --- Em sáb, 13/8/11, Ana Luisa escreveu: De: Ana Luisa Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Marcos Filho" Cc: anppom-l em iar.unicamp.br Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 23:38 Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas?Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os povos musicais.Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada,um abraço a todos,Ana --- Em sáb, 13/8/11, Marcos Filho escreveu: De: Marcos Filho Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula Para: "Anppom" Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 Muito bom Andre, Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe com os egos de muita gente.  Um abraço,  Marcos Filho.  Enviado via iPhone Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 From: andrefadel em gmail.com CC: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula     Uma questão ridícula  Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más.(Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.)Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar.Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo.Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio.Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem.Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo.O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece.Músicos, não se levem tanto a sério, por favor.  André FadelPianista e compositor                2011/8/8 SBME . Colegas: Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". Isso é verdade? O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. À salutar discussão!!! Abraços, Jorge Antunes Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: Matéria da Folha de hoje ================================================== Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rtacuchian em terra.com.br Mon Aug 15 18:41:53 2011 From: rtacuchian em terra.com.br (Ricardo Tacuchian) Date: Mon, 15 Aug 2011 18:41:53 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?A_posi=E7=E3o_do_Sindicato_dos_M=FAsico?= =?iso-8859-1?q?s_do_RJ?= Message-ID: <005a01cc5b94$26a55a80$73f00f80$@com.br> Para reflexão http://sindmusi.personata.com.br/PSRel/imagens/acesso/57/57-3936-contaAcesso .gif http://www.sindmusi.com.br/newsletter/extra_news_56.jpgCaso não queira mais receber este informativo clique aqui -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001.gif Tipo: image/gif Tamanho: 43 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image002.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 201750 bytes Descrição: não disponível URL: From silvioferrazmello em uol.com.br Mon Aug 15 18:47:02 2011 From: silvioferrazmello em uol.com.br (silvioferrazmello) Date: Mon, 15 Aug 2011 18:47:02 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: <1313440958.7212.YahooMailClassic@web161714.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313440958.7212.YahooMailClassic@web161714.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: não era minha intenção responder a todas questões, mas sim mostrar que de algum modo é necessário um movimento e que quando se tem uma associação as coisas são mais fáceis. abs silvio On Aug 15, 2011, at 5:42 PM, luciano cesar wrote: > Sobre as questões do senhor Silvio Ferraz: > > Muito bem colocadas. Há uma questão aqui que ele não respondeu: > > > o problema é que sem a associação os modos de contratação estão dispersos...por isto existe o sindicato...mas o sindicato para agir tem de basear-se em uma lei...em que lei ele se baseia? existem itens específicos para a atividade de músico na clt? já falamos aqui antes sobre as definições de profissões para a clt. Mas estamos de acordo com tais definições? Se quisermos mudar algo fazemos como? > > > silvio > > > O pessoal do SIMPRATEC está tentando vincular judicialmente a categoria dos músicos no artigo 7, da constituição, salvo engano, que regulamenta a profissão do trabalhador intelectual. Toda a regulamentação partiria desta delimitação para as especificidades. Acredito que, no que se refere a ganhos, tabela de honorarios, etc., quanto mais uniforme for o tratamento dado aos diferentes tipos de músicos, melhor > > Alô, Ana... > > Concordamos em que a OMB precisa mudar urgentemente, se não for extinta. > Sobreo Eurocentrismo, não sei é se chega a ser uma questão, a gente é tão impregnado de cultura estrangeira, língua, ciência, etc... quanto da nossa própria. > Abraço, > Luciano > > On Aug 15, 2011, at 11:07 AM, Ana Luisa wrote: > >> Alô, Luciano >> >> Veja, nem sei se discordo ou concordo com a carta, que obviamente levantou mais questões para as cento e tantas que aqui já foram colocadas. O chato para mim é apenas a "europarte" que impera nessa e em outras colocações. Acho que a carta do André ficaria ótima se tirasse toda a música que ele desconhece. Mas também pode me colocar na fila dos descontentes se música não for séria, como qualquer outra profissão (ahnn...e com o que concordamos na carta dele mesmo?) >> >> --- Em seg, 15/8/11, luciano cesar escreveu: >> >> De: luciano cesar >> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> Para: "Ana Luisa" >> Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 2:13 >> >> É, pois é, Ana. Concordo com a posição do André (o eurocêntrico do Scriabin), mas se for pra deixar de pensar na música como coisa séria, por favor, me fuzilem. >> >> Luciano >> >> >> >> --- Em sáb, 13/8/11, Ana Luisa escreveu: >> >> De: Ana Luisa >> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> Para: "Marcos Filho" >> Cc: anppom-l em iar.unicamp.br >> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 23:38 >> >> Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas? >> Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os povos musicais. >> Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada, >> um abraço a todos, >> Ana >> >> --- Em sáb, 13/8/11, Marcos Filho escreveu: >> >> De: Marcos Filho >> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> Para: "Anppom" >> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 >> >> >> Muito bom Andre, >> >> Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe com os egos de muita gente. >> >> Um abraço, >> >> Marcos Filho. >> >> Enviado via iPhone >> >> Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: >> >>> Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela Bortz. >>> >>> Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 >>> From: andrefadel em gmail.com >>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>> Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>> >>> >>> >>> Uma questão ridícula >>> >>> >>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou para cada um de nós. >>> >>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras coisitas más. >>> >>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>> >>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu estiver realmente a fim, porque música não é objeto científico. Música é para se curtir. >>> >>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem alcançar. >>> >>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está relacionada com o prazer, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que estiverem a fim, analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). >>> >>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: o que a música representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? >>> >>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo prazer, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. >>> >>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo no nariz alheio. >>> >>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o que também é uma enorme bobagem. >>> >>> Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF? >>> >>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>> >>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>> >>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>> >>> >>> André Fadel >>> >>> Pianista e compositor >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> 2011/8/8 SBME . >>> Colegas: >>> >>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre a decisão do STF. >>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. >>> >>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir o que decidiram. >>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>> >>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>> Isso é verdade? >>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco social? >>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. >>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>> >>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. >>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da Comunicação para chegar ao público. >>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte contemplando o suporte diretamente. >>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>> >>> À salutar discussão!!! >>> Abraços, >>> Jorge Antunes >>> >>> >>> >>> >>> >>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: >>> Matéria da Folha de hoje >>> ================================================== >>> >>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>> >>> FELIPE SELIGMAN >>> DE BRASÍLIA >>> >>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão. >>> >>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>> >>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar. >>> >>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal. >>> >>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou. >>> >>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cassiobarth em gmail.com Mon Aug 15 19:59:11 2011 From: cassiobarth em gmail.com (Cassio Barth) Date: Mon, 15 Aug 2011 17:59:11 -0500 Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Colegas, Não concordo com alguns juízos de valor de alguns colegas, mas defendo o velho chavão: defendo totalmente o direito de expressar esses juízos, ainda que eu não concorde com eles. O processo democrático realmente é complicado, mas vale a pena. E nisso precisamos tanto de músicos reacionários como de liberais, dos absolutistas e dos relativistas. Debate democrático sem tese nem antítese não leva a nenhuma síntese. O texto bacaninha do Lucas contra o relativismo cultural foi válido para mim e me fez repensar posições de extremo relativismo. O problema é que o oposto extremo, absolutista, também é extremamente daninho, ainda mais dentro de uma Associação que se define como sendo de "pesquisa" e, utopicamente falando, pluralista. Ana, o posicionamento que abra possibilidades é exatamente o que proponho. Desculpem a ironia do texto anterior, mas sinceramente, não creio que o Jacaré do É o Tchan tenha menos direito de fazer música e viver profissionalmente dela, que o nosso querido colega que luta pela Música de Câmara. Condenar esse tipo de prática, como maléfica, é exatamente encerrar qualquer posição: o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para música brasileira de concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil (givanildo amancio) Aliás, depois de anos de exorcização e demonificação do uso do corpo por certas tradições religiosas, e da presença atual de músicos dentro dessas tradições, não seria de estranhar essa condenação do erótico, que já vem desde o lundu e das umbigadas, tão bem descritas por nossos poetas arcades, em nossa música. Que cada um lute por seu espaço me parece um direito óbvio. Que essa luta seja às custas da depreciação de outras práticas me parece inconsistente e não ético. Inconsistente porque figuras como Daniela Mercury e Fernanda Abreu (cantoras da linha sensual e erótica desaprovada pelo colega) foram essenciais no processo de divulgação da campanha Quero Educação Musical nas Escolas, campanha que supostamente todos os nossos colegas músicos apoiamos. ( http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/ensino-musica-nas-escolas-melhora-educacao/12377) O fato de não ser ético não precisa nem ser explicado. Bem, me despeço e deixo um presente da Mc Byana para os gregos http://www.youtube.com/watch?v=UrJdyXPwML4 e um do Palestrina para os troianos http://www.youtube.com/watch?v=ISwCKQhbxfQ&feature=related, a opção de ouvir e aproveitar cada uma delas está na botão esquerdo do mouse. É pelo direito a ter essa opção que eu escrevo. Saudações cordiais Cássio 2011/8/15 Gil Amâncio > Prezado Lucas Galon, concordo que cada um tenha uma linha, tenha sua lei, > sua posição. > A minha posição/sugestão é primeiramente conhecer estatutariamente. > Não tenho nada contra travestis ou prostitutas além da admiração pelas > coragens dos meus irmãos e irmãs em cristo. É um poder institucionalizado na > sociedade que tem mostrado força, união e organização como lementos > invejáveis. > Se a organização da classe musical contasse com a competência de > organização de pessoas sensíveis e dedicadas e guerreiras estaríamos em > outros patamares, podes crer. > Gostei do texto que vc indicou no blog. > Acho que o futuro depende do que fizermos agora. Se está havendo uma troca > de idéias liberais e democrátas, onde cada pessoa apresenta suas limitadas > opiniões e preconceituosas (como eu), mas apresentam, isso tá valendo. > Escrever é ter coragem de se expor e construir novos horizontes a partir da > sinceridade e da verdade de cada homem, de cada mulher, de cada ser e decada > artista. > Abs. > Gil > > > Em 15 de agosto de 2011 04:48, Lucas Eduardo escreveu: > > com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado meu >> "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos >> conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma >> olhadinha neste artigo de Pondé - >> http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, >> quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para >> o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo >> não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; >> abraços aos colegas >> >> Lucas Galon >> >> >> Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: >> >>> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >>> >>> "Prostitutas e travestis se organizam" >>> >>> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido, >>> pode mais do que isso. >>> >>> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor >>> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >>> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >>> músicos? Onde fica o respeito? >>> >>> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >>> >>> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. >>> Com opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco >>> social*, por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega que >>> gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o >>> "universitário sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco >>> de relativismo já nos ajudaria. >>> >>> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >>> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >>> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >>> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >>> políticas governamentais. >>> >>> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a >>> humildade. Já é um começo... >>> >>> >>> >>> Cássio >>> >>> 2011/8/14 Gil Amâncio >>> >>>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de >>>> autarquia fedral de 3º grau. >>>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >>>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau >>>> (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma >>>> associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são >>>> complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme >>>> nossa carta mágna constitucional. >>>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e >>>> classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas >>>> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa >>>> crítica. >>>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >>>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >>>> funciona e como poderíamos mudar. >>>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>>> lembrar caetano). >>>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede um >>>> título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação >>>> profissional. >>>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito >>>> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>>> como muitas pessoas dessa lista. >>>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas >>>> assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de >>>> arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar >>>> com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da >>>> frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. >>>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou >>>> de forma coletiva. >>>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas >>>> na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora >>>> vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza >>>> do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de >>>> reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação >>>> acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na >>>> cena contemporânea. >>>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de >>>> 88 já garante isso. >>>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter >>>> o mínimo de regras. >>>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou >>>> isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje. >>>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>>> construir um novo fim". >>>> >>>> >>>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: >>>> >>>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>>> >>>>> ------------------------------ >>>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>>> Antunes. >>>>> >>>>> Elocubrações n.238: >>>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social >>>>> e os músicos não precisam... >>>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos >>>>> na posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. >>>>> >>>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>>> >>>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge >>>>> Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma >>>>> base... >>>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom >>>>> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua >>>>> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>>> >>>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser >>>>> feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB >>>>> determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não >>>>> é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam >>>>> da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para >>>>> permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical >>>>> trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>>> >>>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>>> >>>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a >>>>> comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, >>>>> vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou >>>>> políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da >>>>> discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no >>>>> caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de >>>>> um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento >>>>> pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento >>>>> técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não >>>>> critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como >>>>> um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo >>>>> estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra >>>>> posição no que se refere a regulamentação. >>>>> >>>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e >>>>> José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >>>>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >>>>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >>>>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >>>>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >>>>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>>> >>>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>>> debates. >>>>> >>>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>>> >>>>> Abraço cordial, >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> Luciano Cesar Morais. >>>>> >>>>> >>>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>>> >>>>> >>>>> De: SBME . >>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>>> >>>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>>> >>>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>>> Continue a fazê-la. >>>>> Cordialmente, >>>>> Jorge Antunes* >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>> > escreveu: >>>>> >>>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do >>>>> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele >>>>> fale em nome do socialismo. >>>>> >>>>> Luciano Cesar Morais >>>>> >>>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>>> >* escreveu: >>>>> >>>>> >>>>> De: André Fadel >>>>> > >>>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>> Para: >>>>> Cc: "ANPPOM" >>>>> > >>>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> *Uma questão ridícula* >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam >>>>> música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é >>>>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. >>>>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >>>>> para cada um de nós. >>>>> >>>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, >>>>> mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com >>>>> bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo >>>>> universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >>>>> >>>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >>>>> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >>>>> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >>>>> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>>> >>>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto >>>>> se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >>>>> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >>>>> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para >>>>> se curtir. >>>>> >>>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>>>> alcançar. >>>>> >>>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de >>>>> ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música >>>>> está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, >>>>> para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se >>>>> fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende >>>>> biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à >>>>> descoberta de uma vacina). >>>>> >>>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa >>>>> na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >>>>> >>>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >>>>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >>>>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >>>>> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no >>>>> mundo. >>>>> >>>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >>>>> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >>>>> no nariz alheio. >>>>> >>>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >>>>> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>>>> que também é uma enorme bobagem. >>>>> >>>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>>> >>>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da >>>>> música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>>> >>>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >>>>> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>>> >>>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> André Fadel >>>>> >>>>> Pianista e compositor >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> 2011/8/8 SBME . >>>>> > >>>>> >>>>> Colegas: >>>>> >>>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >>>>> sobre a decisão do STF. >>>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>>>> questão. >>>>> >>>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>>>> decidir o que decidiram. >>>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>>> >>>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>>>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >>>>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>>> Isso é verdade? >>>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >>>>> social? >>>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, >>>>> nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia >>>>> de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >>>>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >>>>> representasse a realização fiel da partitura. >>>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >>>>> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>>>> >>>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>>> registro pois a música é uma arte. >>>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >>>>> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >>>>> Poesia para que pudessem escrever. >>>>> >>>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >>>>> Comunicação para chegar ao público. >>>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>>> contemplando o suporte diretamente. >>>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor >>>>> coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>>> >>>>> À salutar discussão!!! >>>>> Abraços, >>>>> Jorge Antunes >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz >>>>> > escreveu: >>>>> >>>>> Matéria da Folha de hoje < >>>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>>> > >>>>> ================================================== >>>>> >>>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>>> >>>>> FELIPE SELIGMAN >>>>> DE BRASÍLIA >>>>> >>>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>>> classe para exercer sua profissão. >>>>> >>>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>>>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>>>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>>> >>>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>>> se apresentar. >>>>> >>>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>>>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>>> quando chegar no tribunal. >>>>> >>>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades >>>>> só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa >>>>> um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>>>> afirmou. >>>>> >>>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>>>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>>>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>> >>>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>>>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>>>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> -----Anexo incorporado----- >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> -- >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ Lista de discuss?es >>>>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>>> >>>> >>>> >>>> >>>> -- >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Aug 15 21:15:23 2011 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 15 Aug 2011 21:15:23 -0300 Subject: [ANPPOM-L] [etnomusicologiabr] Re: STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Cássio, O clipe da Byana, uma MC do Rio, foi produzido em Belo Horizonte com atores locais, quase de improviso, pelo principal produtor de clips de hip-hop, P.Drão. Daí provavelmente a estética gangsta. Interessante é que, de acordo com um amigo que a conhece, ela é o oposto da personagem do clip. E diz meu amigo que era mais bonita antes do silicone. Em 2005, no documentário *Sou feia mas tô na moda*, Denise Garcia (hoje Bergt) defendeu a tese que a apropriação do discurso sexista masculino por mulheres que não necessariamente se conformavam aos padrões locais de beleza feminina ? Tati Quebra-Barraco, Deise Tigrona, Gaiola das Popozudas ? constituiria um forma nativa de feminismo, tese endossada no filme pelas próprias funkeiras e por Kate Lyra. Ontem estive na quadra do Fazenda Futebol Clube, em São João do Meriti, para assistir ao DJ que era o anfitrião dos bailes da Chatuba, na Vila da Penha, antes da invasão A apresentação começou com a Jaula das Gostosudas, que representam, de forma extremamente sexista, a antítese do ideal da mulher submissa. http://www.youtube.com/watch?v=Dzmvvh5JzRQ Elas foram seguidas por uma série sucessiva de mulheres enormes, enormemente siliconadas e esteroidizadas a ponto de parecerem transexuais, em coreografias supostamente eróticas. Depois da segunda ou da terceira, elas começaram a ser levemente vaidas. Foi quando o contra-regra se dirigiu ao centro do palco e mostrou a barriguinha, levando a platéia ao delírio. A seguir, veio o Belo, com seu romantismo e declarações como: "o lugar da mulher não é o tanque, todos nós devemos nos ajoelhar diante das mulheres". Eu fiquei me perguntando o que havia sido feito do feminismo aí, quando ele é defendido nos termos do discurso machista por mulheres que parecem transexuais, com o chantilly do Belo. Os 20 minutos nos quais o DJ Byano tocou num canto da quadra, levando crianças de 10 a 16 anos ao delírio e quase à possessão, valeram, inclusive em termos "estritamente musicais", a viagem de Belo Horizonte a São João do Meriti. Mas não era disso que eu queria falar aqui. Um abraço, Carlos 2011/8/15 Cassio Barth > ** > > > Colegas, > > Não concordo com alguns juízos de valor de alguns colegas, mas defendo o > velho chavão: defendo totalmente o direito de expressar esses juízos, ainda > que eu não concorde com eles. > > O processo democrático realmente é complicado, mas vale a pena. E nisso > precisamos tanto de músicos reacionários como de liberais, dos absolutistas > e dos relativistas. > > Debate democrático sem tese nem antítese não leva a nenhuma síntese. > > O texto bacaninha do Lucas contra o relativismo cultural foi válido para > mim e me fez repensar posições de extremo relativismo. O problema é que o > oposto extremo, absolutista, também é extremamente daninho, ainda mais > dentro de uma Associação que se define como sendo de "pesquisa" e, > utopicamente falando, pluralista. > > Ana, o posicionamento que abra possibilidades é exatamente o que proponho. > Desculpem a ironia do texto anterior, mas sinceramente, não creio que o > Jacaré do É o Tchan tenha menos direito de fazer música e viver > profissionalmente dela, que o nosso querido colega que luta pela Música de > Câmara. Condenar esse tipo de prática, como maléfica, é exatamente encerrar > qualquer posição: > > o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos espaços > midiáticos para música brasileira de concerto MBC - para exposição > majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como > temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil (givanildo amancio) > > Aliás, depois de anos de exorcização e demonificação do uso do corpo por > certas tradições religiosas, e da presença atual de músicos dentro dessas > tradições, não seria de estranhar essa condenação do erótico, que já vem > desde o lundu e das umbigadas, tão bem descritas por nossos poetas arcades, > em nossa música. > > Que cada um lute por seu espaço me parece um direito óbvio. Que essa luta > seja às custas da depreciação de outras práticas me parece inconsistente e > não ético. Inconsistente porque figuras como Daniela Mercury e Fernanda > Abreu (cantoras da linha sensual e erótica desaprovada pelo colega) foram > essenciais no processo de divulgação da campanha Quero Educação Musical nas > Escolas, campanha que supostamente todos os nossos colegas músicos apoiamos. > ( > http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/ensino-musica-nas-escolas-melhora-educacao/12377) > O fato de não ser ético não precisa nem ser explicado. > > Bem, me despeço e deixo um presente da Mc Byana para os gregos > http://www.youtube.com/watch?v=UrJdyXPwML4 e um do Palestrina para os > troianos > http://www.youtube.com/watch?v=ISwCKQhbxfQ&feature=related, a opção de > ouvir e aproveitar cada uma delas está na botão esquerdo do mouse. É pelo > direito a ter essa opção que eu escrevo. > > Saudações cordiais > > Cássio > > > 2011/8/15 Gil Amâncio > >> Prezado Lucas Galon, concordo que cada um tenha uma linha, tenha sua lei, >> sua posição. >> A minha posição/sugestão é primeiramente conhecer estatutariamente. >> Não tenho nada contra travestis ou prostitutas além da admiração pelas >> coragens dos meus irmãos e irmãs em cristo. É um poder institucionalizado na >> sociedade que tem mostrado força, união e organização como lementos >> invejáveis. >> Se a organização da classe musical contasse com a competência de >> organização de pessoas sensíveis e dedicadas e guerreiras estaríamos em >> outros patamares, podes crer. >> Gostei do texto que vc indicou no blog. >> Acho que o futuro depende do que fizermos agora. Se está havendo uma troca >> de idéias liberais e democrátas, onde cada pessoa apresenta suas limitadas >> opiniões e preconceituosas (como eu), mas apresentam, isso tá valendo. >> Escrever é ter coragem de se expor e construir novos horizontes a partir >> da sinceridade e da verdade de cada homem, de cada mulher, de cada ser e >> decada artista. >> Abs. >> Gil >> >> >> Em 15 de agosto de 2011 04:48, Lucas Eduardo escreveu: >> >> com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado >>> meu "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos >>> conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma >>> olhadinha neste artigo de Pondé - >>> http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, >>> quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para >>> o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo >>> não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; >>> abraços aos colegas >>> >>> Lucas Galon >>> >>> >>> Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: >>> >>>> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >>>> >>>> "Prostitutas e travestis se organizam" >>>> >>>> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido, >>>> pode mais do que isso. >>>> >>>> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor >>>> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >>>> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >>>> músicos? Onde fica o respeito? >>>> >>>> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >>>> >>>> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. >>>> Com opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco >>>> social*, por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega que >>>> gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o >>>> "universitário sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco >>>> de relativismo já nos ajudaria. >>>> >>>> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >>>> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >>>> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >>>> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >>>> políticas governamentais. >>>> >>>> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a >>>> humildade. Já é um começo... >>>> >>>> >>>> >>>> Cássio >>>> >>>> 2011/8/14 Gil Amâncio >>>> >>>>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>>>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de >>>>> autarquia fedral de 3º grau. >>>>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >>>>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>>>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>>>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>>>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau >>>>> (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma >>>>> associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são >>>>> complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme >>>>> nossa carta mágna constitucional. >>>>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e >>>>> classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas >>>>> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa >>>>> crítica. >>>>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >>>>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >>>>> funciona e como poderíamos mudar. >>>>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>>>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>>>> lembrar caetano). >>>>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>>>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>>>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>>>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>>>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede >>>>> um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação >>>>> profissional. >>>>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito >>>>> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>>>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>>>> como muitas pessoas dessa lista. >>>>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas >>>>> assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de >>>>> arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar >>>>> com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da >>>>> frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves. >>>>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou >>>>> de forma coletiva. >>>>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas >>>>> coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico >>>>> prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico >>>>> prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do >>>>> jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, >>>>> sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural >>>>> e bestial na cena contemporânea. >>>>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de >>>>> 88 já garante isso. >>>>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter >>>>> o mínimo de regras. >>>>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já >>>>> superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos >>>>> hoje. >>>>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>>>> construir um novo fim". >>>>> >>>>> >>>>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: >>>>> >>>>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>>>> >>>>>> ------------------------------ >>>>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>>>> Antunes. >>>>>> >>>>>> Elocubrações n.238: >>>>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação >>>>>> social e os músicos não precisam... >>>>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos >>>>>> na posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. >>>>>> >>>>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>>>> >>>>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro >>>>>> Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse >>>>>> alguma base... >>>>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom >>>>>> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua >>>>>> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>>>> >>>>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a >>>>>> ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a >>>>>> OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que >>>>>> não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais >>>>>> receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa >>>>>> para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento >>>>>> musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>>>> >>>>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>>>> >>>>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a >>>>>> comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, >>>>>> vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou >>>>>> políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da >>>>>> discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no >>>>>> caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de >>>>>> um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento >>>>>> pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento >>>>>> técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não >>>>>> critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como >>>>>> um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo >>>>>> estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra >>>>>> posição no que se refere a regulamentação. >>>>>> >>>>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e >>>>>> José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >>>>>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >>>>>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >>>>>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >>>>>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >>>>>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>>>> >>>>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>>>> debates. >>>>>> >>>>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>>>> >>>>>> Abraço cordial, >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> Luciano Cesar Morais. >>>>>> >>>>>> >>>>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>>>> >>>>>> >>>>>> De: SBME . >>>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>>>> >>>>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>>>> >>>>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>>>> Continue a fazê-la. >>>>>> Cordialmente, >>>>>> Jorge Antunes* >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>> > escreveu: >>>>>> >>>>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do >>>>>> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele >>>>>> fale em nome do socialismo. >>>>>> >>>>>> Luciano Cesar Morais >>>>>> >>>>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>>>> >* escreveu: >>>>>> >>>>>> >>>>>> De: André Fadel >>>>>> > >>>>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>> Para: >>>>>> Cc: "ANPPOM" >>>>>> > >>>>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> *Uma questão ridícula* >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam >>>>>> música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é >>>>>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. >>>>>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >>>>>> para cada um de nós. >>>>>> >>>>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, >>>>>> mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com >>>>>> bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo >>>>>> universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >>>>>> >>>>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >>>>>> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >>>>>> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >>>>>> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>>>> >>>>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto >>>>>> se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >>>>>> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >>>>>> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é >>>>>> para se curtir. >>>>>> >>>>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>>>>> alcançar. >>>>>> >>>>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de >>>>>> ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música >>>>>> está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la >>>>>> e, para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como >>>>>> se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende >>>>>> biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à >>>>>> descoberta de uma vacina). >>>>>> >>>>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa >>>>>> na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >>>>>> >>>>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >>>>>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >>>>>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >>>>>> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho >>>>>> no mundo. >>>>>> >>>>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >>>>>> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >>>>>> no nariz alheio. >>>>>> >>>>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >>>>>> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>>>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>>>>> que também é uma enorme bobagem. >>>>>> >>>>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>>>> >>>>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da >>>>>> música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>>>> >>>>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >>>>>> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>>>> >>>>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> André Fadel >>>>>> >>>>>> Pianista e compositor >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> 2011/8/8 SBME . >>>>>> > >>>>>> >>>>>> Colegas: >>>>>> >>>>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >>>>>> sobre a decisão do STF. >>>>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>>>>> questão. >>>>>> >>>>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>>>>> decidir o que decidiram. >>>>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>>>> >>>>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>>>>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >>>>>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>>>> Isso é verdade? >>>>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >>>>>> social? >>>>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, >>>>>> nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia >>>>>> de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >>>>>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >>>>>> representasse a realização fiel da partitura. >>>>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia >>>>>> de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>>>>> >>>>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>> esse registro pois a música é uma arte. >>>>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria >>>>>> o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >>>>>> Poesia para que pudessem escrever. >>>>>> >>>>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo >>>>>> da Comunicação para chegar ao público. >>>>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>>>> contemplando o suporte diretamente. >>>>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor >>>>>> coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>>>> >>>>>> À salutar discussão!!! >>>>>> Abraços, >>>>>> Jorge Antunes >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz >>>>>> > escreveu: >>>>>> >>>>>> Matéria da Folha de hoje < >>>>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>>>> > >>>>>> ================================================== >>>>>> >>>>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>>>> >>>>>> FELIPE SELIGMAN >>>>>> DE BRASÍLIA >>>>>> >>>>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>>>> classe para exercer sua profissão. >>>>>> >>>>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>>>>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>>>>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>>>> >>>>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>>>> se apresentar. >>>>>> >>>>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que >>>>>> os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>>>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>>>> quando chegar no tribunal. >>>>>> >>>>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em >>>>>> entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle >>>>>> representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou >>>>>> advogados", afirmou. >>>>>> >>>>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>>>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>>>>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>>>>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>> >>>>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>>>>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>>>>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> -----Anexo incorporado----- >>>>>> >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> -- >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ Lista de discuss?es >>>>>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> -- >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> >> -- >> >> >> >> >> > __._,_.___ > > | através > de email| Responder > através da web| Adicionar > um novo tópico > Mensagens neste tópico( > 2) > Atividade nos últimos dias: > > > Visite seu Grupo > ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) > Informações e inscrições no sítio http://br.groups.yahoo.com/group/ > A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: > etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br > Para enviar mensagem ao grupo utilize: > etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br > O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: > etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br > Se não conseguir cancelar a inscrição informe à moderação enviando um emeio > para: > etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br > OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o > emeio com o qual está inscrito no grupo. 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Agora precisamos avançar no plagmatismo e tomar a responsabilidade de transformação da ordem dos músico num denominador comum e espaço-mãe de áres, arsis e teses contemporâneos construidos pela dialética dos diversos sons ou "paisagens sonoras". Uma das poucas coisas que não s conquista é responsabilidade. Afirma categoricamente os princípios de filosofias védicas e observações das prática sociológicas e questões sociais do oriente. Nos pontos de viragens e de passagens/modulações importantes na linha histórica sempre temos um bolo feito com ingrendientes de tomada de consciência ou consciencialização coletiva associada a *TOMADA DE RESPONSABILIDADE COLETIVA*. Responsabilidade realmente se toma. Minha ex-frustração é que não percebia esse desejo no inconsciente coletivo da classe de músicos portadores de ouvido de pano, com leitura ou sem leitura, levantando cobra com oboé ou com jacaré - não importa onde estamos ou com quem estamos. Segundo Paulo Freire, educador da minha terra (Pernambuco) em conversa informal com uma amigo na França que trabalhava na Suiça disse/refletiu: A sociedade é como um ovo. Você tem que perceber onde está e contra quem está e a favor de que está. As vezes estamos na clara a favor da gema. As vezes estamos na gema em favor da clara, etc. etc. Há várias opções. Estou a favor de fazermos uma gemada e não usarmos verbos excludentes mais sim somatórios e com senso delicadeza, sabendo que somos sempre Shuberto no sentido da sinfonia inacabada e que só é possível aprendermos mais plenamente na intercomunicação uns com os outros. É no coletivo que acontece a catalização social, o aceleramento evolutivo e melhoria coletiva se nosso som gerador (desjo) for este. Kant, pela filosofia disse que quem tem a verdade absoluta é Deus. Fora disso cada homem tem sua "verdade realtiva". Só a partir dessas trocas de todas as verdades é que podemos equalizar a verdade comum (denominador comum) e tomarmos a responsabilidade de construção coletiva de uma nova cena (somos capazes, se quisermos). Precisamos trocar críticas pro práticas. O que está aí é um produto da soma das nossas posições efitivas de não participação efetiva, como conhecedores das estruturas, de como funciona, como se monta e se desmonta - a partir daí podemos plantar nos sinais institucionais e não só jogar pedras nas vitrines, mas ter a coragem de sermos e exercermos a própria vitrini. Se não assumirmos nossos destinos algué o fará por nós e sendo assim fica flágil o nosso discurso incompetente de crítica (é assim que venho me sentido): - Eu critico, mas o que eu faço? Da minha parte coloquei a OMB na parede como uma ação coletiva no Ministério Público Federal pedindo a exterminação da carteira de músico prático. Até o momento o que o Juiz me respondeu é que arquivou o processo. Solicitei o desarquivamento e morrerei tentando. Se houvesse uma tempestade de ideias e iniciativas no Pais inteiro, não precisaríamos de muito, já seríamos muitos pela soma das partes, onde um mais um seria muito mais do que dois (princípio da gestalt). Realmente não podemos disperdiçar energias em acabar com uma autarquia federal de 3º grau para criar uma associação não governamental disprovida de poderes representativos no Estado Social e sobretudo com poder de atuações específicas no Estado de Direito. Se não finciona, está em estado deplorável, resignifiquemos!! mesmo com velhos glichês: É melhor a tristezade não conseguirmos ( o que seria impossível com a quantidade de pessoas representativas do mundo intelectual da música atual), do que a vergonha de não termos tentado. O que também não procede porque o que estamos aqui é fornalhando mudanças seguintes, nem que seja de lentes - o que já é quase tudo. Se mudamos a ótica ou as lentes (ponto de vista), podermso corrigir ou ajustar muita coisa. Por exemplo: trocarmos discursos por práticas por sabermos que somos nós os únicos responsáveis pela estruturação (re-estruturação) para a sociedade do futuro sob pena de perpetuarmos a letargia sócio-histórico-músico-crítico-cultural. Paasarmos os dias e percebermos (Elis Regina) que vivemos como os nossos pais. Isso não é totalmente verdade...ou não (diria Caetano)... E então, qual será o (a)-ton(alismo), o modo, a escala, a textura, a altura, a duração, os ismos sonoros? ? ? Abs. Givanildo Amancio PS-Pode haver vários jacarés, sapos e princesas - eles decidirão se perteceriam formalmente há uma entidade de classe séria ou não. Num estado de democrático de direito ninguém os obrigaria a participar. Em 15 de agosto de 2011 21:15, Carlos Palombini escreveu: > Cássio, > > O clipe da Byana, uma MC do Rio, foi produzido em Belo Horizonte com atores > locais, quase de improviso, pelo principal produtor de clips de hip-hop, > P.Drão. Daí provavelmente a estética gangsta. Interessante é que, de acordo > com um amigo que a conhece, ela é o oposto da personagem do clip. E diz meu > amigo que era mais bonita antes do silicone. > > Em 2005, no documentário *Sou feia mas tô na moda*, Denise Garcia (hoje > Bergt) defendeu a tese que a apropriação do discurso sexista masculino por > mulheres que não necessariamente se conformavam aos padrões locais de beleza > feminina ? Tati Quebra-Barraco, Deise Tigrona, Gaiola das Popozudas ? > constituiria um forma nativa de feminismo, tese endossada no filme pelas > próprias funkeiras e por Kate Lyra. > > Ontem estive na quadra do Fazenda Futebol Clube, em São João do Meriti, > para assistir ao DJ que era o anfitrião dos bailes da Chatuba, na Vila da > Penha, antes da invasão A apresentação começou com a Jaula das Gostosudas, > que representam, de forma extremamente sexista, a antítese do ideal da > mulher submissa. > > http://www.youtube.com/watch?v=Dzmvvh5JzRQ > > Elas foram seguidas por uma série sucessiva de mulheres enormes, > enormemente siliconadas e esteroidizadas a ponto de parecerem transexuais, > em coreografias supostamente eróticas. Depois da segunda ou da terceira, > elas começaram a ser levemente vaidas. Foi quando o contra-regra se dirigiu > ao centro do palco e mostrou a barriguinha, levando a platéia ao delírio. A > seguir, veio o Belo, com seu romantismo e declarações como: "o lugar da > mulher não é o tanque, todos nós devemos nos ajoelhar diante das mulheres". > Eu fiquei me perguntando o que havia sido feito do feminismo aí, quando ele > é defendido nos termos do discurso machista por mulheres que parecem > transexuais, com o chantilly do Belo. > > Os 20 minutos nos quais o DJ Byano tocou num canto da quadra, levando > crianças de 10 a 16 anos ao delírio e quase à possessão, valeram, inclusive > em termos "estritamente musicais", a viagem de Belo Horizonte a São João do > Meriti. Mas não era disso que eu queria falar aqui. > > Um abraço, > > Carlos > > > > > 2011/8/15 Cassio Barth > >> ** >> >> >> Colegas, >> >> Não concordo com alguns juízos de valor de alguns colegas, mas defendo o >> velho chavão: defendo totalmente o direito de expressar esses juízos, ainda >> que eu não concorde com eles. >> >> O processo democrático realmente é complicado, mas vale a pena. E nisso >> precisamos tanto de músicos reacionários como de liberais, dos absolutistas >> e dos relativistas. >> >> Debate democrático sem tese nem antítese não leva a nenhuma síntese. >> >> O texto bacaninha do Lucas contra o relativismo cultural foi válido para >> mim e me fez repensar posições de extremo relativismo. O problema é que o >> oposto extremo, absolutista, também é extremamente daninho, ainda mais >> dentro de uma Associação que se define como sendo de "pesquisa" e, >> utopicamente falando, pluralista. >> >> Ana, o posicionamento que abra possibilidades é exatamente o que proponho. >> Desculpem a ironia do texto anterior, mas sinceramente, não creio que o >> Jacaré do É o Tchan tenha menos direito de fazer música e viver >> profissionalmente dela, que o nosso querido colega que luta pela Música de >> Câmara. Condenar esse tipo de prática, como maléfica, é exatamente encerrar >> qualquer posição: >> >> o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos >> espaços midiáticos para música brasileira de concerto MBC - para exposição >> majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como >> temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil (givanildo amancio) >> >> Aliás, depois de anos de exorcização e demonificação do uso do corpo por >> certas tradições religiosas, e da presença atual de músicos dentro dessas >> tradições, não seria de estranhar essa condenação do erótico, que já vem >> desde o lundu e das umbigadas, tão bem descritas por nossos poetas arcades, >> em nossa música. >> >> Que cada um lute por seu espaço me parece um direito óbvio. Que essa luta >> seja às custas da depreciação de outras práticas me parece inconsistente e >> não ético. Inconsistente porque figuras como Daniela Mercury e Fernanda >> Abreu (cantoras da linha sensual e erótica desaprovada pelo colega) foram >> essenciais no processo de divulgação da campanha Quero Educação Musical nas >> Escolas, campanha que supostamente todos os nossos colegas músicos apoiamos. >> ( >> http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/ensino-musica-nas-escolas-melhora-educacao/12377) >> O fato de não ser ético não precisa nem ser explicado. >> >> Bem, me despeço e deixo um presente da Mc Byana para os gregos >> http://www.youtube.com/watch?v=UrJdyXPwML4 e um do Palestrina para os >> troianos >> http://www.youtube.com/watch?v=ISwCKQhbxfQ&feature=related, a opção de >> ouvir e aproveitar cada uma delas está na botão esquerdo do mouse. É pelo >> direito a ter essa opção que eu escrevo. >> >> Saudações cordiais >> >> Cássio >> >> >> 2011/8/15 Gil Amâncio >> >>> Prezado Lucas Galon, concordo que cada um tenha uma linha, tenha sua >>> lei, sua posição. >>> A minha posição/sugestão é primeiramente conhecer estatutariamente. >>> Não tenho nada contra travestis ou prostitutas além da admiração pelas >>> coragens dos meus irmãos e irmãs em cristo. É um poder institucionalizado na >>> sociedade que tem mostrado força, união e organização como lementos >>> invejáveis. >>> Se a organização da classe musical contasse com a competência de >>> organização de pessoas sensíveis e dedicadas e guerreiras estaríamos em >>> outros patamares, podes crer. >>> Gostei do texto que vc indicou no blog. >>> Acho que o futuro depende do que fizermos agora. Se está havendo uma >>> troca de idéias liberais e democrátas, onde cada pessoa apresenta suas >>> limitadas opiniões e preconceituosas (como eu), mas apresentam, isso tá >>> valendo. >>> Escrever é ter coragem de se expor e construir novos horizontes a partir >>> da sinceridade e da verdade de cada homem, de cada mulher, de cada ser e >>> decada artista. >>> Abs. >>> Gil >>> >>> >>> Em 15 de agosto de 2011 04:48, Lucas Eduardo escreveu: >>> >>> com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado >>>> meu "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos >>>> conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma >>>> olhadinha neste artigo de Pondé - >>>> http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, >>>> quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para >>>> o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo >>>> não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; >>>> abraços aos colegas >>>> >>>> Lucas Galon >>>> >>>> >>>> Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: >>>> >>>>> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >>>>> >>>>> "Prostitutas e travestis se organizam" >>>>> >>>>> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido, >>>>> pode mais do que isso. >>>>> >>>>> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor >>>>> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >>>>> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >>>>> músicos? Onde fica o respeito? >>>>> >>>>> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >>>>> >>>>> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. >>>>> Com opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco >>>>> social*, por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega >>>>> que gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o >>>>> "universitário sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco >>>>> de relativismo já nos ajudaria. >>>>> >>>>> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >>>>> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >>>>> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >>>>> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >>>>> políticas governamentais. >>>>> >>>>> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a >>>>> humildade. Já é um começo... >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> Cássio >>>>> >>>>> 2011/8/14 Gil Amâncio >>>>> >>>>>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>>>>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de >>>>>> autarquia fedral de 3º grau. >>>>>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >>>>>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>>>>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>>>>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>>>>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau >>>>>> (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma >>>>>> associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são >>>>>> complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme >>>>>> nossa carta mágna constitucional. >>>>>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e >>>>>> classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas >>>>>> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa >>>>>> crítica. >>>>>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >>>>>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >>>>>> funciona e como poderíamos mudar. >>>>>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>>>>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>>>>> lembrar caetano). >>>>>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>>>>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>>>>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>>>>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>>>>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede >>>>>> um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação >>>>>> profissional. >>>>>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito >>>>>> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>>>>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>>>>> como muitas pessoas dessa lista. >>>>>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras >>>>>> pessoas assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na >>>>>> semana de arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, >>>>>> apontar com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair >>>>>> da frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e >>>>>> mensuraves. >>>>>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou >>>>>> de forma coletiva. >>>>>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas >>>>>> coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico >>>>>> prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico >>>>>> prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do >>>>>> jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, >>>>>> sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural >>>>>> e bestial na cena contemporânea. >>>>>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição >>>>>> de 88 já garante isso. >>>>>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se >>>>>> ter o mínimo de regras. >>>>>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já >>>>>> superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos >>>>>> hoje. >>>>>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>>>>> construir um novo fim". >>>>>> >>>>>> >>>>>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: >>>>>> >>>>>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>>>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>>>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>>>>> >>>>>>> ------------------------------ >>>>>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>>>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>>>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>>>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>>>>> Antunes. >>>>>>> >>>>>>> Elocubrações n.238: >>>>>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação >>>>>>> social e os músicos não precisam... >>>>>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos >>>>>>> na posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista. >>>>>>> >>>>>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>>>>> >>>>>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro >>>>>>> Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse >>>>>>> alguma base... >>>>>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom >>>>>>> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua >>>>>>> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>>>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>>>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>>>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>>>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>>>>> >>>>>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a >>>>>>> ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a >>>>>>> OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que >>>>>>> não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais >>>>>>> receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa >>>>>>> para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento >>>>>>> musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>>>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>>>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>>>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>>>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>>>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>>>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>>>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>>>>> >>>>>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>>>>> >>>>>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a >>>>>>> comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, >>>>>>> vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou >>>>>>> políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da >>>>>>> discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no >>>>>>> caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de >>>>>>> um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento >>>>>>> pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento >>>>>>> técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não >>>>>>> critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como >>>>>>> um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo >>>>>>> estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra >>>>>>> posição no que se refere a regulamentação. >>>>>>> >>>>>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e >>>>>>> José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >>>>>>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >>>>>>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >>>>>>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >>>>>>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >>>>>>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>>>>> >>>>>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>>>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>>>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>>>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>>>>> debates. >>>>>>> >>>>>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>>>>> >>>>>>> Abraço cordial, >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Luciano Cesar Morais. >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> De: SBME . >>>>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>>>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>>>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>>>>> >>>>>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>>>>> >>>>>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>>>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>>>>> Continue a fazê-la. >>>>>>> Cordialmente, >>>>>>> Jorge Antunes* >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>> > escreveu: >>>>>>> >>>>>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do >>>>>>> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele >>>>>>> fale em nome do socialismo. >>>>>>> >>>>>>> Luciano Cesar Morais >>>>>>> >>>>>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>>>>> >* escreveu: >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> De: André Fadel >>>>>>> > >>>>>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>> Para: >>>>>>> Cc: "ANPPOM" >>>>>>> > >>>>>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> *Uma questão ridícula* >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam >>>>>>> música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é >>>>>>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. >>>>>>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >>>>>>> para cada um de nós. >>>>>>> >>>>>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, >>>>>>> desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear >>>>>>> midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de >>>>>>> ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas >>>>>>> más*. >>>>>>> >>>>>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >>>>>>> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >>>>>>> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >>>>>>> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>>>>> >>>>>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, >>>>>>> exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação >>>>>>> que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? >>>>>>> ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>>>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>>>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>>>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>>>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é >>>>>>> para se curtir. >>>>>>> >>>>>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>>>>>> alcançar. >>>>>>> >>>>>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato >>>>>>> de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. >>>>>>> Música está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, >>>>>>> ouvi-la e, para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e >>>>>>> dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a >>>>>>> gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca >>>>>>> vai levar à descoberta de uma vacina). >>>>>>> >>>>>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa >>>>>>> na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >>>>>>> >>>>>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >>>>>>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >>>>>>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>>>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>>>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>>>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>>>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >>>>>>> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho >>>>>>> no mundo. >>>>>>> >>>>>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >>>>>>> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >>>>>>> no nariz alheio. >>>>>>> >>>>>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos >>>>>>> não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>>>>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>>>>>> que também é uma enorme bobagem. >>>>>>> >>>>>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>>>>> >>>>>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da >>>>>>> música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>>>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>>>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>>>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>>>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>>>>> >>>>>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar >>>>>>> sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>>>>> >>>>>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> André Fadel >>>>>>> >>>>>>> Pianista e compositor >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> 2011/8/8 SBME . >>>>>>> > >>>>>>> >>>>>>> Colegas: >>>>>>> >>>>>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >>>>>>> sobre a decisão do STF. >>>>>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>>>>>> questão. >>>>>>> >>>>>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>>>>>> decidir o que decidiram. >>>>>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>>>>> >>>>>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>>>>>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >>>>>>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>>>>> Isso é verdade? >>>>>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa >>>>>>> risco social? >>>>>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, >>>>>>> nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia >>>>>>> de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >>>>>>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >>>>>>> representasse a realização fiel da partitura. >>>>>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia >>>>>>> de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>>>>>> >>>>>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>>> esse registro pois a música é uma arte. >>>>>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria >>>>>>> o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >>>>>>> Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>> >>>>>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo >>>>>>> da Comunicação para chegar ao público. >>>>>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>>>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>>>>> contemplando o suporte diretamente. >>>>>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor >>>>>>> coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>>>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>>>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>>>>> >>>>>>> À salutar discussão!!! >>>>>>> Abraços, >>>>>>> Jorge Antunes >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >>>>>>> rogeriobudasz em yahoo.com >>>>>>> > escreveu: >>>>>>> >>>>>>> Matéria da Folha de hoje < >>>>>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>>>>> > >>>>>>> ================================================== >>>>>>> >>>>>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>>>>> >>>>>>> FELIPE SELIGMAN >>>>>>> DE BRASÍLIA >>>>>>> >>>>>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>>>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>>>>> classe para exercer sua profissão. >>>>>>> >>>>>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>>>>>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>>>>>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>>>>> >>>>>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>>>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>>>>> se apresentar. >>>>>>> >>>>>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que >>>>>>> os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>>>>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>>>>> quando chegar no tribunal. >>>>>>> >>>>>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em >>>>>>> entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle >>>>>>> representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou >>>>>>> advogados", afirmou. >>>>>>> >>>>>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>>>>>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>>>>>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>>>>>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>> >>>>>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal >>>>>>> que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, >>>>>>> por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> -----Anexo incorporado----- >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> -- >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ Lista de discuss?es >>>>>>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> -- >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>> >>> >>> >>> -- >>> >>> >>> >>> >>> >> __._,_.___ >> | >> através de email| Responder >> através da web| Adicionar >> um novo tópico >> Mensagens neste tópico( >> 2) >> Atividade nos últimos dias: >> >> >> Visite seu Grupo >> ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) >> Informações e inscrições no sítio http://br.groups.yahoo.com/group/ >> A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: >> etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br >> Para enviar mensagem ao grupo utilize: >> etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br >> O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: >> etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br >> Se não conseguir cancelar a inscrição informe à moderação enviando um >> emeio para: >> etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br >> OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o >> emeio com o qual está inscrito no grupo. Se utilizar um endereço diferente o >> sítio não reconhecerá a operação. >> Contato com a moderação: >> etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br >> Associação Brasileira de Etnomusicologia >> COMPORTAMENTO >> São bem-vindos: dicas de livros, textos, sítios, cursos, palestras, >> seminários etc, referentes ao tema. Não são bem-vindas e podem ocasionar a >> exclusão do emitente, o envio de mensagens que não correspondam ao objetivo >> do grupo, assim como termos ofensivos. >> FUNCIONAMENTO >> A rede é moderada. >> As mensagens fora do foco (puramente pessoais, agressões, fofocas), >> repetidas, com HTML e assuntos relacionados a administração da rede não são >> liberadas. Os participantes são leitores, correspondentes, comentaristas, >> articulistas, divulgadores e etc. >> Tem participantes de várias partes do Brasil e do exterior. >> A rede não tem HTML nem anexos, as mensagens são leves e sem vírus. >> >> Utilize o sítio do grupo. >> O que é melhor do que pagar pouco por algo que custa muito? Acesse Já. >> ------------------------------ >> Y!Encontros. O amor não vai cair do céu, então vá atrás dele! >> [image: Yahoo! Grupos] >> Trocar para: Só Texto, >> Resenha Diária? Sair >> do grupo? Termos >> de uso >> . >> >> __,_._,___ >> > > > > -- > Carlos Palombini > cpalombini em gmail.com > > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucasgalon em gmail.com Mon Aug 15 23:24:05 2011 From: lucasgalon em gmail.com (Lucas Eduardo) Date: Mon, 15 Aug 2011 23:24:05 -0300 Subject: [ANPPOM-L] [etnomusicologiabr] Re: STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: ok. Muito boas e esclarecedoras as abordagens. Apenas uma possivel ressalva: *pluralismo *não é *vale-tudismo.* Se estamos falando de arte, quais são os parâmetros? Nada fácil responder... abraços Lucas 2011/8/15 Gil Amâncio > > Prezado Cássio, concordo em gêneno e grau com sua abordagem em defesa do > pluralismo. > Agora precisamos avançar no plagmatismo e tomar a responsabilidade de > transformação da ordem dos músico num denominador comum e espaço-mãe de > áres, arsis e teses contemporâneos construidos pela dialética dos diversos > sons ou "paisagens sonoras". > Uma das poucas coisas que não s conquista é responsabilidade. Afirma > categoricamente os princípios de filosofias védicas e observações das > prática sociológicas e questões sociais do oriente. Nos pontos de viragens e > de passagens/modulações importantes na linha histórica sempre temos um bolo > feito com ingrendientes de tomada de consciência ou consciencialização > coletiva associada a *TOMADA DE RESPONSABILIDADE COLETIVA*. > Responsabilidade realmente se toma. > Minha ex-frustração é que não percebia esse desejo no inconsciente coletivo > da classe de músicos portadores de ouvido de pano, com leitura ou sem > leitura, levantando cobra com oboé ou com jacaré - não importa onde estamos > ou com quem estamos. > Segundo Paulo Freire, educador da minha terra (Pernambuco) em conversa > informal com uma amigo na França que trabalhava na Suiça disse/refletiu: A > sociedade é como um ovo. Você tem que perceber onde está e contra quem está > e a favor de que está. > As vezes estamos na clara a favor da gema. As vezes estamos na gema em > favor da clara, etc. etc. > Há várias opções. Estou a favor de fazermos uma gemada e não usarmos verbos > excludentes mais sim somatórios e com senso delicadeza, sabendo que somos > sempre Shuberto no sentido da sinfonia inacabada e que só é possível > aprendermos mais plenamente na intercomunicação uns com os outros. É no > coletivo que acontece a catalização social, o aceleramento evolutivo e > melhoria coletiva se nosso som gerador (desjo) for este. > > Kant, pela filosofia disse que quem tem a verdade absoluta é Deus. Fora > disso cada homem tem sua "verdade realtiva". Só a partir dessas trocas de > todas as verdades é que podemos equalizar a verdade comum (denominador > comum) e tomarmos a responsabilidade de construção coletiva de uma nova cena > (somos capazes, se quisermos). > > Precisamos trocar críticas pro práticas. O que está aí é um produto da soma > das nossas posições efitivas de não participação efetiva, como conhecedores > das estruturas, de como funciona, como se monta e se desmonta - a partir daí > podemos plantar nos sinais institucionais e não só jogar pedras nas > vitrines, mas ter a coragem de sermos e exercermos a própria vitrini. > > Se não assumirmos nossos destinos algué o fará por nós e sendo assim fica > flágil o nosso discurso incompetente de crítica (é assim que venho me > sentido): - Eu critico, mas o que eu faço? > > Da minha parte coloquei a OMB na parede como uma ação coletiva no > Ministério Público Federal pedindo a exterminação da carteira de músico > prático. Até o momento o que o Juiz me respondeu é que arquivou o processo. > Solicitei o desarquivamento e morrerei tentando. > > Se houvesse uma tempestade de ideias e iniciativas no Pais inteiro, não > precisaríamos de muito, já seríamos muitos pela soma das partes, onde um > mais um seria muito mais do que dois (princípio da gestalt). > Realmente não podemos disperdiçar energias em acabar com uma autarquia > federal de 3º grau para criar uma associação não governamental disprovida de > poderes representativos no Estado Social e sobretudo com poder de atuações > específicas no Estado de Direito. > > Se não finciona, está em estado deplorável, resignifiquemos!! mesmo com > velhos glichês: É melhor a tristezade não conseguirmos ( o que seria > impossível com a quantidade de pessoas representativas do mundo intelectual > da música atual), do que a vergonha de não termos tentado. O que também não > procede porque o que estamos aqui é fornalhando mudanças seguintes, nem que > seja de lentes - o que já é quase tudo. Se mudamos a ótica ou as lentes > (ponto de vista), podermso corrigir ou ajustar muita coisa. Por exemplo: > trocarmos discursos por práticas por sabermos que somos nós os únicos > responsáveis pela estruturação (re-estruturação) para a sociedade do futuro > sob pena de perpetuarmos a letargia sócio-histórico-músico-crítico-cultural. > Paasarmos os dias e percebermos (Elis Regina) que vivemos como os nossos > pais. Isso não é totalmente verdade...ou não (diria Caetano)... > E então, qual será o (a)-ton(alismo), o modo, a escala, a textura, a > altura, a duração, os ismos sonoros? ? ? > > Abs. > Givanildo Amancio > > PS-Pode haver vários jacarés, sapos e princesas - eles decidirão se > perteceriam formalmente há uma entidade de classe séria ou não. Num estado > de democrático de direito ninguém os obrigaria a participar. > > > Em 15 de agosto de 2011 21:15, Carlos Palombini escreveu: > > Cássio, >> >> O clipe da Byana, uma MC do Rio, foi produzido em Belo Horizonte com >> atores locais, quase de improviso, pelo principal produtor de clips de >> hip-hop, P.Drão. Daí provavelmente a estética gangsta. Interessante é que, >> de acordo com um amigo que a conhece, ela é o oposto da personagem do clip. >> E diz meu amigo que era mais bonita antes do silicone. >> >> Em 2005, no documentário *Sou feia mas tô na moda*, Denise Garcia (hoje >> Bergt) defendeu a tese que a apropriação do discurso sexista masculino por >> mulheres que não necessariamente se conformavam aos padrões locais de beleza >> feminina ? Tati Quebra-Barraco, Deise Tigrona, Gaiola das Popozudas ? >> constituiria um forma nativa de feminismo, tese endossada no filme pelas >> próprias funkeiras e por Kate Lyra. >> >> Ontem estive na quadra do Fazenda Futebol Clube, em São João do Meriti, >> para assistir ao DJ que era o anfitrião dos bailes da Chatuba, na Vila da >> Penha, antes da invasão A apresentação começou com a Jaula das Gostosudas, >> que representam, de forma extremamente sexista, a antítese do ideal da >> mulher submissa. >> >> http://www.youtube.com/watch?v=Dzmvvh5JzRQ >> >> Elas foram seguidas por uma série sucessiva de mulheres enormes, >> enormemente siliconadas e esteroidizadas a ponto de parecerem transexuais, >> em coreografias supostamente eróticas. Depois da segunda ou da terceira, >> elas começaram a ser levemente vaidas. Foi quando o contra-regra se dirigiu >> ao centro do palco e mostrou a barriguinha, levando a platéia ao delírio. A >> seguir, veio o Belo, com seu romantismo e declarações como: "o lugar da >> mulher não é o tanque, todos nós devemos nos ajoelhar diante das mulheres". >> Eu fiquei me perguntando o que havia sido feito do feminismo aí, quando ele >> é defendido nos termos do discurso machista por mulheres que parecem >> transexuais, com o chantilly do Belo. >> >> Os 20 minutos nos quais o DJ Byano tocou num canto da quadra, levando >> crianças de 10 a 16 anos ao delírio e quase à possessão, valeram, inclusive >> em termos "estritamente musicais", a viagem de Belo Horizonte a São João do >> Meriti. Mas não era disso que eu queria falar aqui. >> >> Um abraço, >> >> Carlos >> >> >> >> >> 2011/8/15 Cassio Barth >> >>> ** >>> >>> >>> Colegas, >>> >>> Não concordo com alguns juízos de valor de alguns colegas, mas defendo o >>> velho chavão: defendo totalmente o direito de expressar esses juízos, ainda >>> que eu não concorde com eles. >>> >>> O processo democrático realmente é complicado, mas vale a pena. E nisso >>> precisamos tanto de músicos reacionários como de liberais, dos absolutistas >>> e dos relativistas. >>> >>> Debate democrático sem tese nem antítese não leva a nenhuma síntese. >>> >>> O texto bacaninha do Lucas contra o relativismo cultural foi válido para >>> mim e me fez repensar posições de extremo relativismo. O problema é que o >>> oposto extremo, absolutista, também é extremamente daninho, ainda mais >>> dentro de uma Associação que se define como sendo de "pesquisa" e, >>> utopicamente falando, pluralista. >>> >>> Ana, o posicionamento que abra possibilidades é exatamente o que >>> proponho. Desculpem a ironia do texto anterior, mas sinceramente, não creio >>> que o Jacaré do É o Tchan tenha menos direito de fazer música e viver >>> profissionalmente dela, que o nosso querido colega que luta pela Música de >>> Câmara. Condenar esse tipo de prática, como maléfica, é exatamente encerrar >>> qualquer posição: >>> >>> o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos >>> espaços midiáticos para música brasileira de concerto MBC - para exposição >>> majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como >>> temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil (givanildo amancio) >>> >>> Aliás, depois de anos de exorcização e demonificação do uso do corpo por >>> certas tradições religiosas, e da presença atual de músicos dentro dessas >>> tradições, não seria de estranhar essa condenação do erótico, que já vem >>> desde o lundu e das umbigadas, tão bem descritas por nossos poetas arcades, >>> em nossa música. >>> >>> Que cada um lute por seu espaço me parece um direito óbvio. Que essa luta >>> seja às custas da depreciação de outras práticas me parece inconsistente e >>> não ético. Inconsistente porque figuras como Daniela Mercury e Fernanda >>> Abreu (cantoras da linha sensual e erótica desaprovada pelo colega) foram >>> essenciais no processo de divulgação da campanha Quero Educação Musical nas >>> Escolas, campanha que supostamente todos os nossos colegas músicos apoiamos. >>> ( >>> http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/ensino-musica-nas-escolas-melhora-educacao/12377) >>> O fato de não ser ético não precisa nem ser explicado. >>> >>> Bem, me despeço e deixo um presente da Mc Byana para os gregos >>> http://www.youtube.com/watch?v=UrJdyXPwML4 e um do Palestrina para os >>> troianos >>> http://www.youtube.com/watch?v=ISwCKQhbxfQ&feature=related, a opção de >>> ouvir e aproveitar cada uma delas está na botão esquerdo do mouse. É pelo >>> direito a ter essa opção que eu escrevo. >>> >>> Saudações cordiais >>> >>> Cássio >>> >>> >>> 2011/8/15 Gil Amâncio >>> >>>> Prezado Lucas Galon, concordo que cada um tenha uma linha, tenha sua >>>> lei, sua posição. >>>> A minha posição/sugestão é primeiramente conhecer estatutariamente. >>>> Não tenho nada contra travestis ou prostitutas além da admiração pelas >>>> coragens dos meus irmãos e irmãs em cristo. É um poder institucionalizado na >>>> sociedade que tem mostrado força, união e organização como lementos >>>> invejáveis. >>>> Se a organização da classe musical contasse com a competência de >>>> organização de pessoas sensíveis e dedicadas e guerreiras estaríamos em >>>> outros patamares, podes crer. >>>> Gostei do texto que vc indicou no blog. >>>> Acho que o futuro depende do que fizermos agora. Se está havendo uma >>>> troca de idéias liberais e democrátas, onde cada pessoa apresenta suas >>>> limitadas opiniões e preconceituosas (como eu), mas apresentam, isso tá >>>> valendo. >>>> Escrever é ter coragem de se expor e construir novos horizontes a partir >>>> da sinceridade e da verdade de cada homem, de cada mulher, de cada ser e >>>> decada artista. >>>> Abs. >>>> Gil >>>> >>>> >>>> Em 15 de agosto de 2011 04:48, Lucas Eduardo escreveu: >>>> >>>> com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado >>>>> meu "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos >>>>> conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma >>>>> olhadinha neste artigo de Pondé - >>>>> http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, >>>>> quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para >>>>> o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo >>>>> não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; >>>>> abraços aos colegas >>>>> >>>>> Lucas Galon >>>>> >>>>> >>>>> Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: >>>>> >>>>>> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >>>>>> >>>>>> "Prostitutas e travestis se organizam" >>>>>> >>>>>> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é >>>>>> esclarecido, pode mais do que isso. >>>>>> >>>>>> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor >>>>>> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >>>>>> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >>>>>> músicos? Onde fica o respeito? >>>>>> >>>>>> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >>>>>> >>>>>> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. >>>>>> Com opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco >>>>>> social*, por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega >>>>>> que gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o >>>>>> "universitário sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco >>>>>> de relativismo já nos ajudaria. >>>>>> >>>>>> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >>>>>> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >>>>>> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >>>>>> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >>>>>> políticas governamentais. >>>>>> >>>>>> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a >>>>>> humildade. Já é um começo... >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> Cássio >>>>>> >>>>>> 2011/8/14 Gil Amâncio >>>>>> >>>>>>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>>>>>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato >>>>>>> de autarquia fedral de 3º grau. >>>>>>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >>>>>>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>>>>>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>>>>>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>>>>>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º >>>>>>> grau (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer >>>>>>> uma associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas >>>>>>> são complementares entre si e desempenham funções, missões específicas >>>>>>> conforme nossa carta mágna constitucional. >>>>>>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical >>>>>>> e classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas >>>>>>> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa >>>>>>> crítica. >>>>>>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >>>>>>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >>>>>>> funciona e como poderíamos mudar. >>>>>>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>>>>>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>>>>>> lembrar caetano). >>>>>>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>>>>>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>>>>>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>>>>>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>>>>>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede >>>>>>> um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação >>>>>>> profissional. >>>>>>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito >>>>>>> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>>>>>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>>>>>> como muitas pessoas dessa lista. >>>>>>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras >>>>>>> pessoas assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na >>>>>>> semana de arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, >>>>>>> apontar com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair >>>>>>> da frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e >>>>>>> mensuraves. >>>>>>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo >>>>>>> ou de forma coletiva. >>>>>>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas >>>>>>> coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico >>>>>>> prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico >>>>>>> prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do >>>>>>> jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, >>>>>>> sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural >>>>>>> e bestial na cena contemporânea. >>>>>>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição >>>>>>> de 88 já garante isso. >>>>>>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se >>>>>>> ter o mínimo de regras. >>>>>>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já >>>>>>> superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos >>>>>>> hoje. >>>>>>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>>>>>> construir um novo fim". >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: >>>>>>> >>>>>>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>>>>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>>>>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>>>>>> >>>>>>>> ------------------------------ >>>>>>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>>>>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>>>>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>>>>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>>>>>> Antunes. >>>>>>>> >>>>>>>> Elocubrações n.238: >>>>>>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação >>>>>>>> social e os músicos não precisam... >>>>>>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou >>>>>>>> estamos na posição de ET no cenário de político-trabalhista e >>>>>>>> político-classista. >>>>>>>> >>>>>>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>>>>>> >>>>>>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro >>>>>>>> Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse >>>>>>>> alguma base... >>>>>>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom >>>>>>>> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua >>>>>>>> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>>>>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>>>>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>>>>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>>>>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>>>>>> >>>>>>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a >>>>>>>> ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a >>>>>>>> OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que >>>>>>>> não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais >>>>>>>> receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa >>>>>>>> para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento >>>>>>>> musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>>>>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>>>>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>>>>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>>>>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>>>>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>>>>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>>>>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>>>>>> >>>>>>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>>>>>> >>>>>>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a >>>>>>>> comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, >>>>>>>> vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou >>>>>>>> políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da >>>>>>>> discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no >>>>>>>> caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de >>>>>>>> um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento >>>>>>>> pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento >>>>>>>> técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não >>>>>>>> critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como >>>>>>>> um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo >>>>>>>> estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra >>>>>>>> posição no que se refere a regulamentação. >>>>>>>> >>>>>>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e >>>>>>>> José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >>>>>>>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >>>>>>>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >>>>>>>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >>>>>>>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >>>>>>>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>>>>>> >>>>>>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>>>>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>>>>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>>>>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>>>>>> debates. >>>>>>>> >>>>>>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>>>>>> >>>>>>>> Abraço cordial, >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> Luciano Cesar Morais. >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> De: SBME . >>>>>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>>>>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>>>>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>>>>>> >>>>>>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>>>>>> >>>>>>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>>>>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>>>>>> Continue a fazê-la. >>>>>>>> Cordialmente, >>>>>>>> Jorge Antunes* >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>> >>>>>>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do >>>>>>>> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele >>>>>>>> fale em nome do socialismo. >>>>>>>> >>>>>>>> Luciano Cesar Morais >>>>>>>> >>>>>>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>>>>>> >* escreveu: >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> De: André Fadel >>>>>>>> > >>>>>>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>>> Para: >>>>>>>> Cc: "ANPPOM" >>>>>>>> > >>>>>>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> *Uma questão ridícula* >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam >>>>>>>> música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é >>>>>>>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. >>>>>>>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >>>>>>>> para cada um de nós. >>>>>>>> >>>>>>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, >>>>>>>> desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear >>>>>>>> midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de >>>>>>>> ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas >>>>>>>> más*. >>>>>>>> >>>>>>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock >>>>>>>> progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do >>>>>>>> paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me >>>>>>>> importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>>>>>> >>>>>>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, >>>>>>>> exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação >>>>>>>> que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? >>>>>>>> ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>>>>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>>>>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>>>>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>>>>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é >>>>>>>> para se curtir. >>>>>>>> >>>>>>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>>>>>>> alcançar. >>>>>>>> >>>>>>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato >>>>>>>> de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. >>>>>>>> Música está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, >>>>>>>> ouvi-la e, para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e >>>>>>>> dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a >>>>>>>> gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca >>>>>>>> vai levar à descoberta de uma vacina). >>>>>>>> >>>>>>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música >>>>>>>> representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? >>>>>>>> * >>>>>>>> >>>>>>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >>>>>>>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >>>>>>>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>>>>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>>>>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>>>>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>>>>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo >>>>>>>> *prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique >>>>>>>> sozinho no mundo. >>>>>>>> >>>>>>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos >>>>>>>> saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o >>>>>>>> dedo no nariz alheio. >>>>>>>> >>>>>>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos >>>>>>>> não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>>>>>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>>>>>>> que também é uma enorme bobagem. >>>>>>>> >>>>>>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>>>>>> >>>>>>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da >>>>>>>> música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>>>>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>>>>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>>>>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>>>>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>>>>>> >>>>>>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar >>>>>>>> sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>>>>>> >>>>>>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> André Fadel >>>>>>>> >>>>>>>> Pianista e compositor >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> 2011/8/8 SBME . >>>>>>>> > >>>>>>>> >>>>>>>> Colegas: >>>>>>>> >>>>>>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a >>>>>>>> notícia sobre a decisão do STF. >>>>>>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>>>>>>> questão. >>>>>>>> >>>>>>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>>>>>>> decidir o que decidiram. >>>>>>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>>>>>> >>>>>>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >>>>>>>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >>>>>>>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>>>>>> Isso é verdade? >>>>>>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa >>>>>>>> risco social? >>>>>>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra >>>>>>>> contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, >>>>>>>> mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias >>>>>>>> o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela >>>>>>>> execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. >>>>>>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia >>>>>>>> de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >>>>>>>> >>>>>>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>>>> esse registro pois a música é uma arte. >>>>>>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que >>>>>>>> seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem >>>>>>>> Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>>> >>>>>>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo >>>>>>>> da Comunicação para chegar ao público. >>>>>>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>>>>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>>>>>> contemplando o suporte diretamente. >>>>>>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor >>>>>>>> coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>>>>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>>>>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>>>>>> >>>>>>>> À salutar discussão!!! >>>>>>>> Abraços, >>>>>>>> Jorge Antunes >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >>>>>>>> rogeriobudasz em yahoo.com >>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>> >>>>>>>> Matéria da Folha de hoje < >>>>>>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>>>>>> > >>>>>>>> ================================================== >>>>>>>> >>>>>>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>>>>>> >>>>>>>> FELIPE SELIGMAN >>>>>>>> DE BRASÍLIA >>>>>>>> >>>>>>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>>>>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>>>>>> classe para exercer sua profissão. >>>>>>>> >>>>>>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi >>>>>>>> à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar >>>>>>>> profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>>>>>> >>>>>>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>>>>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>>>>>> se apresentar. >>>>>>>> >>>>>>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que >>>>>>>> os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>>>>>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>>>>>> quando chegar no tribunal. >>>>>>>> >>>>>>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em >>>>>>>> entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle >>>>>>>> representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou >>>>>>>> advogados", afirmou. >>>>>>>> >>>>>>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>>>> esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, >>>>>>>> chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados >>>>>>>> a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>>> >>>>>>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal >>>>>>>> que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, >>>>>>>> por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> -----Anexo incorporado----- >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> -- >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ Lista de discuss?es >>>>>>>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> -- >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>> >>>> >>>> >>>> -- >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> >>> __._,_.___ >>> | >>> através de email| Responder >>> através da web| Adicionar >>> um novo tópico >>> Mensagens neste tópico( >>> 2) >>> Atividade nos últimos dias: >>> >>> >>> Visite seu Grupo >>> ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) >>> Informações e inscrições no sítio http://br.groups.yahoo.com/group/ >>> A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: >>> etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br >>> Para enviar mensagem ao grupo utilize: >>> etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br >>> O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: >>> etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br >>> Se não conseguir cancelar a inscrição informe à moderação enviando um >>> emeio para: >>> etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br >>> OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o >>> emeio com o qual está inscrito no grupo. 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URL: From givanildo.amancio em gmail.com Tue Aug 16 00:05:28 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Tue, 16 Aug 2011 04:05:28 +0100 Subject: [ANPPOM-L] [etnomusicologiabr] Re: STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Prezado Lucas, não entendi seu questionamento. Peço desculpas. Se puder me esclarecer agradeço-lhe antecipadamente. Porém, me arriscarei a fazer alguns paralelos fundamentacionais do termo pluralismo no meu universo- restrito as percepções pessoais. Se pensarmos no pluralismo com existência inexorável do ser humano diria que somos um ser complexo e pagamos o preço muito alto por destilarmos açúcares (que originalmente o natural é preto) para um único tipo de açúcar (monosacarose) cheio de pó de ossos de cadáveres de animais e outras substâncias que transformam artificialmente o açúcar afro-descendente em açúcar branco. Nós consumimos mas o corpo não. Primeiro o corpo quebra o açúcar branco, sobreponhe reservas de cálcio do próprio corpo, transforma o açúcar branco em natural denovo e depois consome. Isso quebra e gasta muita energia do corpo. Isto explica porque após almoço (que se tranfomra em açúcar) e sobremesa (com açúcar) sentimos sono. Este tipo de alimentação evasiva faz com que o corpo gaste mais energia para se livrar da estrutura alimentar e/ou reajusta-la do que cosuma a energia utilizada para alimentar o nosso corpo (sistema dinamogênico - Mário de Andrade - Pequena História da Música). As substâncias naturais são complexas. Estas são biogênicas (geram vidas). O contrário são alimentações biosídicas ou bioestáticas, que matam ou estacionam a vida) - princípios da fundação Dr. Soleil - Livro como desitoxicar seu corpo vendido nas Paulinas, construido/elaborado por uma fundação francesa. Não é só a erva, não é só a erva-daninha. o conjunto sistémico das coisas é que funciona de forma equilibrada. O estar aberto para os diálogos sem preconconceitos, como dizia o pai da física moderna (me refiro a Einstein) quando afirmou sua frustração em perceber que o átomo que era indivisível tinha sido subdividido e ou conceito de dureza (indivisibilidade ultrapassada), literalmente tinha sido o núcleo desintegrado mas o preconceito não. O que refletimos neste espaço é não termos pré-conceitos, mas conceitos claros: 1-Trocar o verbo acabar por reformar a OMB 2-Limpar os canalhas pelas forças reflexivas de um conjunto de pessoas sérias e que suponho que façam a s coisas certas, sobretudo quando não tem ninguém olhando. 3- agregar necessidades coletivas definindo democraticamente um eixo de ação que contemple o pluralismo do nosso povo e da nossa Nação Brasileira que seguramente, pela miscigenação fantástica, possui um dna e uma carga genética cultural (multicultural, transcultural, intercultural = pluralismo). Uma 'nova ordem' associativa/coletiva/com espírito de grupo e alma coletiva deveria pensar nos novos músicos com necessidades atuais além da "obrigação de fazer" a contrução de nova instituição representativa para acolher e alimentar (como árvore frondosa) a nova civilização que se aproxima e que serão nossos herdeiros. Não podemos facilar ou mais uma vez fracassarmos coletivamente pela soma dos desinteressados. Cada um fica no seu mundo, no seu pé do umbigo. Contamos as árvores e esquecemos de contemplar a mata. A mata (a grande floresta da amazônia a noite), a mata é grande, forte e misteriosa porque a as raízes são entrelaçadas. Ainda não estamos utilizando a inteligência que temos. Mas que sabe a música é uma panacéia para todos os males? Abs. Amancio 2011/8/16 Lucas Eduardo > ok. Muito boas e esclarecedoras as abordagens. > > Apenas uma possivel ressalva: *pluralismo *não é *vale-tudismo.* Se > estamos falando de arte, quais são os parâmetros? Nada fácil responder... > > abraços > > Lucas > > 2011/8/15 Gil Amâncio > >> >> Prezado Cássio, concordo em gêneno e grau com sua abordagem em defesa do >> pluralismo. >> Agora precisamos avançar no plagmatismo e tomar a responsabilidade de >> transformação da ordem dos músico num denominador comum e espaço-mãe de >> áres, arsis e teses contemporâneos construidos pela dialética dos diversos >> sons ou "paisagens sonoras". >> Uma das poucas coisas que não s conquista é responsabilidade. Afirma >> categoricamente os princípios de filosofias védicas e observações das >> prática sociológicas e questões sociais do oriente. Nos pontos de viragens e >> de passagens/modulações importantes na linha histórica sempre temos um bolo >> feito com ingrendientes de tomada de consciência ou consciencialização >> coletiva associada a *TOMADA DE RESPONSABILIDADE COLETIVA*. >> Responsabilidade realmente se toma. >> Minha ex-frustração é que não percebia esse desejo no inconsciente >> coletivo da classe de músicos portadores de ouvido de pano, com leitura ou >> sem leitura, levantando cobra com oboé ou com jacaré - não importa onde >> estamos ou com quem estamos. >> Segundo Paulo Freire, educador da minha terra (Pernambuco) em conversa >> informal com uma amigo na França que trabalhava na Suiça disse/refletiu: A >> sociedade é como um ovo. Você tem que perceber onde está e contra quem está >> e a favor de que está. >> As vezes estamos na clara a favor da gema. As vezes estamos na gema em >> favor da clara, etc. etc. >> Há várias opções. Estou a favor de fazermos uma gemada e não usarmos >> verbos excludentes mais sim somatórios e com senso delicadeza, sabendo que >> somos sempre Shuberto no sentido da sinfonia inacabada e que só é possível >> aprendermos mais plenamente na intercomunicação uns com os outros. É no >> coletivo que acontece a catalização social, o aceleramento evolutivo e >> melhoria coletiva se nosso som gerador (desjo) for este. >> >> Kant, pela filosofia disse que quem tem a verdade absoluta é Deus. Fora >> disso cada homem tem sua "verdade realtiva". Só a partir dessas trocas de >> todas as verdades é que podemos equalizar a verdade comum (denominador >> comum) e tomarmos a responsabilidade de construção coletiva de uma nova cena >> (somos capazes, se quisermos). >> >> Precisamos trocar críticas pro práticas. O que está aí é um produto da >> soma das nossas posições efitivas de não participação efetiva, como >> conhecedores das estruturas, de como funciona, como se monta e se desmonta - >> a partir daí podemos plantar nos sinais institucionais e não só jogar pedras >> nas vitrines, mas ter a coragem de sermos e exercermos a própria vitrini. >> >> Se não assumirmos nossos destinos algué o fará por nós e sendo assim fica >> flágil o nosso discurso incompetente de crítica (é assim que venho me >> sentido): - Eu critico, mas o que eu faço? >> >> Da minha parte coloquei a OMB na parede como uma ação coletiva no >> Ministério Público Federal pedindo a exterminação da carteira de músico >> prático. Até o momento o que o Juiz me respondeu é que arquivou o processo. >> Solicitei o desarquivamento e morrerei tentando. >> >> Se houvesse uma tempestade de ideias e iniciativas no Pais inteiro, não >> precisaríamos de muito, já seríamos muitos pela soma das partes, onde um >> mais um seria muito mais do que dois (princípio da gestalt). >> Realmente não podemos disperdiçar energias em acabar com uma autarquia >> federal de 3º grau para criar uma associação não governamental disprovida de >> poderes representativos no Estado Social e sobretudo com poder de atuações >> específicas no Estado de Direito. >> >> Se não finciona, está em estado deplorável, resignifiquemos!! mesmo com >> velhos glichês: É melhor a tristezade não conseguirmos ( o que seria >> impossível com a quantidade de pessoas representativas do mundo intelectual >> da música atual), do que a vergonha de não termos tentado. O que também não >> procede porque o que estamos aqui é fornalhando mudanças seguintes, nem que >> seja de lentes - o que já é quase tudo. Se mudamos a ótica ou as lentes >> (ponto de vista), podermso corrigir ou ajustar muita coisa. Por exemplo: >> trocarmos discursos por práticas por sabermos que somos nós os únicos >> responsáveis pela estruturação (re-estruturação) para a sociedade do futuro >> sob pena de perpetuarmos a letargia sócio-histórico-músico-crítico-cultural. >> Paasarmos os dias e percebermos (Elis Regina) que vivemos como os nossos >> pais. Isso não é totalmente verdade...ou não (diria Caetano)... >> E então, qual será o (a)-ton(alismo), o modo, a escala, a textura, a >> altura, a duração, os ismos sonoros? ? ? >> >> Abs. >> Givanildo Amancio >> >> PS-Pode haver vários jacarés, sapos e princesas - eles decidirão se >> perteceriam formalmente há uma entidade de classe séria ou não. Num estado >> de democrático de direito ninguém os obrigaria a participar. >> >> >> Em 15 de agosto de 2011 21:15, Carlos Palombini escreveu: >> >> Cássio, >>> >>> O clipe da Byana, uma MC do Rio, foi produzido em Belo Horizonte com >>> atores locais, quase de improviso, pelo principal produtor de clips de >>> hip-hop, P.Drão. Daí provavelmente a estética gangsta. Interessante é que, >>> de acordo com um amigo que a conhece, ela é o oposto da personagem do clip. >>> E diz meu amigo que era mais bonita antes do silicone. >>> >>> Em 2005, no documentário *Sou feia mas tô na moda*, Denise Garcia (hoje >>> Bergt) defendeu a tese que a apropriação do discurso sexista masculino por >>> mulheres que não necessariamente se conformavam aos padrões locais de beleza >>> feminina ? Tati Quebra-Barraco, Deise Tigrona, Gaiola das Popozudas ? >>> constituiria um forma nativa de feminismo, tese endossada no filme pelas >>> próprias funkeiras e por Kate Lyra. >>> >>> Ontem estive na quadra do Fazenda Futebol Clube, em São João do Meriti, >>> para assistir ao DJ que era o anfitrião dos bailes da Chatuba, na Vila da >>> Penha, antes da invasão A apresentação começou com a Jaula das Gostosudas, >>> que representam, de forma extremamente sexista, a antítese do ideal da >>> mulher submissa. >>> >>> http://www.youtube.com/watch?v=Dzmvvh5JzRQ >>> >>> Elas foram seguidas por uma série sucessiva de mulheres enormes, >>> enormemente siliconadas e esteroidizadas a ponto de parecerem transexuais, >>> em coreografias supostamente eróticas. Depois da segunda ou da terceira, >>> elas começaram a ser levemente vaidas. Foi quando o contra-regra se dirigiu >>> ao centro do palco e mostrou a barriguinha, levando a platéia ao delírio. A >>> seguir, veio o Belo, com seu romantismo e declarações como: "o lugar da >>> mulher não é o tanque, todos nós devemos nos ajoelhar diante das mulheres". >>> Eu fiquei me perguntando o que havia sido feito do feminismo aí, quando ele >>> é defendido nos termos do discurso machista por mulheres que parecem >>> transexuais, com o chantilly do Belo. >>> >>> Os 20 minutos nos quais o DJ Byano tocou num canto da quadra, levando >>> crianças de 10 a 16 anos ao delírio e quase à possessão, valeram, inclusive >>> em termos "estritamente musicais", a viagem de Belo Horizonte a São João do >>> Meriti. Mas não era disso que eu queria falar aqui. >>> >>> Um abraço, >>> >>> Carlos >>> >>> >>> >>> >>> 2011/8/15 Cassio Barth >>> >>>> ** >>>> >>>> >>>> Colegas, >>>> >>>> Não concordo com alguns juízos de valor de alguns colegas, mas defendo o >>>> velho chavão: defendo totalmente o direito de expressar esses juízos, ainda >>>> que eu não concorde com eles. >>>> >>>> O processo democrático realmente é complicado, mas vale a pena. E nisso >>>> precisamos tanto de músicos reacionários como de liberais, dos absolutistas >>>> e dos relativistas. >>>> >>>> Debate democrático sem tese nem antítese não leva a nenhuma síntese. >>>> >>>> O texto bacaninha do Lucas contra o relativismo cultural foi válido para >>>> mim e me fez repensar posições de extremo relativismo. O problema é que o >>>> oposto extremo, absolutista, também é extremamente daninho, ainda mais >>>> dentro de uma Associação que se define como sendo de "pesquisa" e, >>>> utopicamente falando, pluralista. >>>> >>>> Ana, o posicionamento que abra possibilidades é exatamente o que >>>> proponho. Desculpem a ironia do texto anterior, mas sinceramente, não creio >>>> que o Jacaré do É o Tchan tenha menos direito de fazer música e viver >>>> profissionalmente dela, que o nosso querido colega que luta pela Música de >>>> Câmara. Condenar esse tipo de prática, como maléfica, é exatamente encerrar >>>> qualquer posição: >>>> >>>> o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos >>>> espaços midiáticos para música brasileira de concerto MBC - para exposição >>>> majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como >>>> temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil (givanildo amancio) >>>> >>>> Aliás, depois de anos de exorcização e demonificação do uso do corpo por >>>> certas tradições religiosas, e da presença atual de músicos dentro dessas >>>> tradições, não seria de estranhar essa condenação do erótico, que já vem >>>> desde o lundu e das umbigadas, tão bem descritas por nossos poetas arcades, >>>> em nossa música. >>>> >>>> Que cada um lute por seu espaço me parece um direito óbvio. Que essa >>>> luta seja às custas da depreciação de outras práticas me parece >>>> inconsistente e não ético. Inconsistente porque figuras como Daniela Mercury >>>> e Fernanda Abreu (cantoras da linha sensual e erótica desaprovada pelo >>>> colega) foram essenciais no processo de divulgação da campanha Quero >>>> Educação Musical nas Escolas, campanha que supostamente todos os nossos >>>> colegas músicos apoiamos. ( >>>> http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/ensino-musica-nas-escolas-melhora-educacao/12377) >>>> O fato de não ser ético não precisa nem ser explicado. >>>> >>>> Bem, me despeço e deixo um presente da Mc Byana para os gregos >>>> http://www.youtube.com/watch?v=UrJdyXPwML4 e um do Palestrina para os >>>> troianos >>>> http://www.youtube.com/watch?v=ISwCKQhbxfQ&feature=related, a opção de >>>> ouvir e aproveitar cada uma delas está na botão esquerdo do mouse. É pelo >>>> direito a ter essa opção que eu escrevo. >>>> >>>> Saudações cordiais >>>> >>>> Cássio >>>> >>>> >>>> 2011/8/15 Gil Amâncio >>>> >>>>> Prezado Lucas Galon, concordo que cada um tenha uma linha, tenha sua >>>>> lei, sua posição. >>>>> A minha posição/sugestão é primeiramente conhecer estatutariamente. >>>>> Não tenho nada contra travestis ou prostitutas além da admiração pelas >>>>> coragens dos meus irmãos e irmãs em cristo. É um poder institucionalizado na >>>>> sociedade que tem mostrado força, união e organização como lementos >>>>> invejáveis. >>>>> Se a organização da classe musical contasse com a competência de >>>>> organização de pessoas sensíveis e dedicadas e guerreiras estaríamos em >>>>> outros patamares, podes crer. >>>>> Gostei do texto que vc indicou no blog. >>>>> Acho que o futuro depende do que fizermos agora. Se está havendo uma >>>>> troca de idéias liberais e democrátas, onde cada pessoa apresenta suas >>>>> limitadas opiniões e preconceituosas (como eu), mas apresentam, isso tá >>>>> valendo. >>>>> Escrever é ter coragem de se expor e construir novos horizontes a >>>>> partir da sinceridade e da verdade de cada homem, de cada mulher, de cada >>>>> ser e decada artista. >>>>> Abs. >>>>> Gil >>>>> >>>>> >>>>> Em 15 de agosto de 2011 04:48, Lucas Eduardo escreveu: >>>>> >>>>> com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado >>>>>> meu "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos >>>>>> conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma >>>>>> olhadinha neste artigo de Pondé - >>>>>> http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, >>>>>> quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para >>>>>> o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo >>>>>> não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; >>>>>> abraços aos colegas >>>>>> >>>>>> Lucas Galon >>>>>> >>>>>> >>>>>> Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: >>>>>> >>>>>>> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >>>>>>> >>>>>>> "Prostitutas e travestis se organizam" >>>>>>> >>>>>>> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é >>>>>>> esclarecido, pode mais do que isso. >>>>>>> >>>>>>> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor >>>>>>> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >>>>>>> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >>>>>>> músicos? Onde fica o respeito? >>>>>>> >>>>>>> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >>>>>>> >>>>>>> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social >>>>>>> SIM. Com opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um >>>>>>> risco social*, por nossas *declarações preconceituosas*, como a do >>>>>>> colega que gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que >>>>>>> coloca o "universitário sertanejo" como uma categoria de música >>>>>>> deplorável. Um pouco de relativismo já nos ajudaria. >>>>>>> >>>>>>> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >>>>>>> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >>>>>>> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >>>>>>> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >>>>>>> políticas governamentais. >>>>>>> >>>>>>> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a >>>>>>> humildade. Já é um começo... >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Cássio >>>>>>> >>>>>>> 2011/8/14 Gil Amâncio >>>>>>> >>>>>>>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>>>>>>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato >>>>>>>> de autarquia fedral de 3º grau. >>>>>>>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >>>>>>>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>>>>>>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>>>>>>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>>>>>>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º >>>>>>>> grau (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer >>>>>>>> uma associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas >>>>>>>> são complementares entre si e desempenham funções, missões específicas >>>>>>>> conforme nossa carta mágna constitucional. >>>>>>>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical >>>>>>>> e classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas >>>>>>>> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa >>>>>>>> crítica. >>>>>>>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >>>>>>>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >>>>>>>> funciona e como poderíamos mudar. >>>>>>>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>>>>>>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>>>>>>> lembrar caetano). >>>>>>>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>>>>>>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>>>>>>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>>>>>>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>>>>>>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e >>>>>>>> concede um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de >>>>>>>> habilitação profissional. >>>>>>>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito >>>>>>>> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>>>>>>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>>>>>>> como muitas pessoas dessa lista. >>>>>>>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras >>>>>>>> pessoas assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na >>>>>>>> semana de arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, >>>>>>>> apontar com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair >>>>>>>> da frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e >>>>>>>> mensuraves. >>>>>>>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo >>>>>>>> ou de forma coletiva. >>>>>>>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas >>>>>>>> coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico >>>>>>>> prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico >>>>>>>> prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do >>>>>>>> jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, >>>>>>>> sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural >>>>>>>> e bestial na cena contemporânea. >>>>>>>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição >>>>>>>> de 88 já garante isso. >>>>>>>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se >>>>>>>> ter o mínimo de regras. >>>>>>>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já >>>>>>>> superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos >>>>>>>> hoje. >>>>>>>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>>>>>>> construir um novo fim". >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz escreveu: >>>>>>>> >>>>>>>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>>>>>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>>>>>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>>>>>>> >>>>>>>>> ------------------------------ >>>>>>>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>>>>>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>>>>>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>>>>>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>>>>>>> Antunes. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Elocubrações n.238: >>>>>>>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação >>>>>>>>> social e os músicos não precisam... >>>>>>>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou >>>>>>>>> estamos na posição de ET no cenário de político-trabalhista e >>>>>>>>> político-classista. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>>>>>>> >>>>>>>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro >>>>>>>>> Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse >>>>>>>>> alguma base... >>>>>>>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo >>>>>>>>> tom grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a >>>>>>>>> sua contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>>>>>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>>>>>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>>>>>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>>>>>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a >>>>>>>>> ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a >>>>>>>>> OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que >>>>>>>>> não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais >>>>>>>>> receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa >>>>>>>>> para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento >>>>>>>>> musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>>>>>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>>>>>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>>>>>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>>>>>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>>>>>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>>>>>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>>>>>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a >>>>>>>>> comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, >>>>>>>>> vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou >>>>>>>>> políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da >>>>>>>>> discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no >>>>>>>>> caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de >>>>>>>>> um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento >>>>>>>>> pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento >>>>>>>>> técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não >>>>>>>>> critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como >>>>>>>>> um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo >>>>>>>>> estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra >>>>>>>>> posição no que se refere a regulamentação. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e >>>>>>>>> José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa >>>>>>>>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que >>>>>>>>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao >>>>>>>>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais >>>>>>>>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual >>>>>>>>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>>>>>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>>>>>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>>>>>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>>>>>>> debates. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>>>>>>> >>>>>>>>> Abraço cordial, >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> Luciano Cesar Morais. >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> De: SBME . >>>>>>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>>>>>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>>>>>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>>>>>>> >>>>>>>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>>>>>>> >>>>>>>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>>>>>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>>>>>>> Continue a fazê-la. >>>>>>>>> Cordialmente, >>>>>>>>> Jorge Antunes* >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>>> >>>>>>>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através >>>>>>>>> do veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que >>>>>>>>> ele fale em nome do socialismo. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Luciano Cesar Morais >>>>>>>>> >>>>>>>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>>>>>>> >* escreveu: >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> De: André Fadel >>>>>>>>> > >>>>>>>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>>>> Para: >>>>>>>>> Cc: "ANPPOM" >>>>>>>>> > >>>>>>>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> *Uma questão ridícula* >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam >>>>>>>>> música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é >>>>>>>>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. >>>>>>>>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >>>>>>>>> para cada um de nós. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, >>>>>>>>> desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear >>>>>>>>> midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de >>>>>>>>> ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas >>>>>>>>> más*. >>>>>>>>> >>>>>>>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock >>>>>>>>> progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do >>>>>>>>> paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me >>>>>>>>> importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>>>>>>> >>>>>>>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, >>>>>>>>> exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação >>>>>>>>> que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? >>>>>>>>> ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>>>>>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>>>>>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>>>>>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>>>>>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é >>>>>>>>> para se curtir. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>>>>>>>> alcançar. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato >>>>>>>>> de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. >>>>>>>>> Música está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, >>>>>>>>> ouvi-la e, para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e >>>>>>>>> dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a >>>>>>>>> gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca >>>>>>>>> vai levar à descoberta de uma vacina). >>>>>>>>> >>>>>>>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música >>>>>>>>> representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? >>>>>>>>> * >>>>>>>>> >>>>>>>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >>>>>>>>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >>>>>>>>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>>>>>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>>>>>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>>>>>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>>>>>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo >>>>>>>>> *prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique >>>>>>>>> sozinho no mundo. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos >>>>>>>>> saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o >>>>>>>>> dedo no nariz alheio. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos >>>>>>>>> não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>>>>>>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>>>>>>>> que também é uma enorme bobagem. >>>>>>>>> >>>>>>>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>>>>>>> >>>>>>>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da >>>>>>>>> música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>>>>>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>>>>>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>>>>>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>>>>>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>>>>>>> >>>>>>>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar >>>>>>>>> sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> André Fadel >>>>>>>>> >>>>>>>>> Pianista e compositor >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> 2011/8/8 SBME . >>>>>>>>> > >>>>>>>>> >>>>>>>>> Colegas: >>>>>>>>> >>>>>>>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a >>>>>>>>> notícia sobre a decisão do STF. >>>>>>>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>>>>>>>> questão. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >>>>>>>>> decidir o que decidiram. >>>>>>>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser >>>>>>>>> exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco >>>>>>>>> social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>>>>>>> Isso é verdade? >>>>>>>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa >>>>>>>>> risco social? >>>>>>>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra >>>>>>>>> contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, >>>>>>>>> mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias >>>>>>>>> o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela >>>>>>>>> execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. >>>>>>>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance >>>>>>>>> cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a >>>>>>>>> sociedade? >>>>>>>>> >>>>>>>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>>>>> esse registro pois a música é uma arte. >>>>>>>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que >>>>>>>>> seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem >>>>>>>>> Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do >>>>>>>>> Triângulo da Comunicação para chegar ao público. >>>>>>>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>>>>>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>>>>>>> contemplando o suporte diretamente. >>>>>>>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor >>>>>>>>> coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>>>>>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>>>>>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>>>>>>> >>>>>>>>> À salutar discussão!!! >>>>>>>>> Abraços, >>>>>>>>> Jorge Antunes >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >>>>>>>>> rogeriobudasz em yahoo.com >>>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>>> >>>>>>>>> Matéria da Folha de hoje < >>>>>>>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>>>>>>> > >>>>>>>>> ================================================== >>>>>>>>> >>>>>>>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>>>>>>> >>>>>>>>> FELIPE SELIGMAN >>>>>>>>> DE BRASÍLIA >>>>>>>>> >>>>>>>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>>>>>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>>>>>>> classe para exercer sua profissão. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi >>>>>>>>> à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar >>>>>>>>> profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>>>>>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>>>>>>> se apresentar. >>>>>>>>> >>>>>>>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido >>>>>>>>> que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem >>>>>>>>> ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>>>>>>> quando chegar no tribunal. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em >>>>>>>>> entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle >>>>>>>>> representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou >>>>>>>>> advogados", afirmou. >>>>>>>>> >>>>>>>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>>>>> esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, >>>>>>>>> chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados >>>>>>>>> a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal >>>>>>>>> que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, >>>>>>>>> por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>>>>>>> >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> -----Anexo incorporado----- >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> -- >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> ________________________________________________ Lista de >>>>>>>>> discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> -- >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> -- >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>> __._,_.___ >>>> | >>>> através de email| Responder >>>> através da web| Adicionar >>>> um novo tópico >>>> Mensagens neste tópico( >>>> 2) >>>> Atividade nos últimos dias: >>>> >>>> >>>> Visite seu Grupo >>>> ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) >>>> Informações e inscrições no sítio http://br.groups.yahoo.com/group/ >>>> A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: >>>> etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br >>>> Para enviar mensagem ao grupo utilize: >>>> etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br >>>> O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: >>>> etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br >>>> Se não conseguir cancelar a inscrição informe à moderação enviando um >>>> emeio para: >>>> etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br >>>> OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o >>>> emeio com o qual está inscrito no grupo. 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URL: From antunes em unb.br Mon Aug 15 16:53:01 2011 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Mon, 15 Aug 2011 16:53:01 -0300 Subject: [ANPPOM-L] derrubando muros Message-ID: Olá, Para os que ainda insistem em contrapor música erudita e música popular, musica boa e música ruim, vanguardista e repentista, envio a seguir trecho de artigo que escrevi há uns 12 anos: Desde 1875, quando surgiu nos cabarés da Lapa, o maxixe era abominado pela intelectualidade. Os eruditos torceram tanto o nariz que, quatro décadas depois, a polícia proibiu a prática da dança em razão da lascívia de seus praticantes. A baixaria só veio a ser reconhecida como arte quando Mário de Andrade, já nos anos 30, qualificou o maxixe como a primeira dança genuinamente brasileira e estudou sua gênese sincopada da cultura afro-lusitana. Esse tipo de história, em que intelectualóides condenam a arte comercial de mau gosto, viria a se repetir com a Geração Paissandu, no Rio. Os jovens intelectualizados dos anos 60, freqüentadores do Cine Paissandu, passaram a se apaixonar pelas musas de Godard depois de muito torcerem o nariz para as chanchadas da Atlântida. Enquanto Anna Karina e Anne Wyazenski eram cultuadas no Paissandu da Rua Senador Vergueiro, astros como Eliana, Oscarito, Cyl Farney e Adelaide Chioso, na tela do Poeira da Rua Larga, eram repudiados pelos intelectuais. Hoje a Chanchada é matéria de estudo na Universidade, cultuada de modo científico, e é assunto de inúmeras teses acadêmicas nas áreas de Cinema e Comunicação. Por essas e outras eu não condeno os tchans, as bundas televisivas, as danças da garrafa e nem as egüinhas pocotós. Estou certo de que dentro de uns 30 anos, teses e mais teses serão escritas na Academia, estudando o comportamento e a semiologia das egüinhas rapidinhas dos bailes funks, e a estética e estilística de poucos tons dos pocotós. Já vislumbro defesa de tese no Anfi 9 da UnB, em 2040: *"A interdisciplinaridade como forma de hibridismo na egüinha pocotó, sob um olhar fenomenológico e calipigista".* *............................... * Assim, não me assombro quando tenho notícias de que um estudante secundarista mergulhou de modo cego sobre outros adolescentes roqueiros durante o recreio. Isso é cultura. Se já é raro vermos jovens malhando judas no Sábado de Aleluia, também não me assusto tanto. Nem mais fico indignado ao ver consagrada a importação do halloween ianque. Tudo isso é transformação cultural. ........................... Abraços, Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucasgalon em gmail.com Tue Aug 16 01:00:13 2011 From: lucasgalon em gmail.com (Lucas Eduardo) Date: Tue, 16 Aug 2011 01:00:13 -0300 Subject: [ANPPOM-L] [etnomusicologiabr] Re: STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Caro Gil creio que vc compreendeu bem meu questionamento, inclusive ele está bem resolvido na tua resposta. talvez devo apenas ampliar a questão no seguinte sentido: em muito da discussão, me parece que são confundidos como uma só coisa *arte *e *cultura. *há isomorfismo entre Amado Batista e Beethoven? não creio...culturalmente ambos são legitimos? me parece que sim...mas (agora penso na concepção de cultura do filósofo Heidegger) se é inquestionavel a pluralidade (ela é imanente ao genero humano), na minha opinião, para se pensar de uma forma mais profunda no que é a profissão de músico, devemos tentar compreende-la a partir de pressupostos artisticos: em muitos casos penso que quando falamos de um curandeiro, não estamos falando de um médico, muito embora, respeitados as devidas realidades, vemos que há similaridades. o médico é melhor ou mais importante do que o curandeiro? sem dúvida não...mas são diferentes categorias profissionais com certeza; "é o mesmo que confundir agua e vinho, duas excelentes bebidas". honestamente, não sei como regular através de um orgão todas estas "excelentes bebidas". as vezes penso que um Dj, rapper, ou dupla sertaneja já são regulados; justamente pelas normas excepicionalmente rígidas da industria da cultura e do entretenimento. mas aí já não há, paradoxalmente, a *pluralidade*, posto que o processo industrial confere a "tudo um ar de semelhança" (como diria Adorno). e os artístas, podem ser regulados? a obra pode ser, em sua "singularidade solitária" ter alguma regulação, como os pressupostos de suposta brasilidade impingidas à cultura. se sim, como fazer...fica a questão... abração Lucas Galon Em 16 de agosto de 2011 00:05, Gil Amâncio escreveu: > Prezado Lucas, não entendi seu questionamento. > Peço desculpas. > Se puder me esclarecer agradeço-lhe antecipadamente. > Porém, me arriscarei a fazer alguns paralelos fundamentacionais do termo > pluralismo no meu universo- restrito as percepções pessoais. > Se pensarmos no pluralismo com existência inexorável do ser humano diria > que somos um ser complexo e pagamos o preço muito alto por destilarmos > açúcares (que originalmente o natural é preto) para um único tipo de açúcar > (monosacarose) cheio de pó de ossos de cadáveres de animais e outras > substâncias que transformam artificialmente o açúcar afro-descendente em > açúcar branco. > Nós consumimos mas o corpo não. Primeiro o corpo quebra o açúcar branco, > sobreponhe reservas de cálcio do próprio corpo, transforma o açúcar branco > em natural denovo e depois consome. > Isso quebra e gasta muita energia do corpo. > Isto explica porque após almoço (que se tranfomra em açúcar) e sobremesa > (com açúcar) sentimos sono. Este tipo de alimentação evasiva faz com que o > corpo gaste mais energia para se livrar da estrutura alimentar e/ou > reajusta-la do que cosuma a energia utilizada para alimentar o nosso corpo > (sistema dinamogênico - Mário de Andrade - Pequena História da Música). > As substâncias naturais são complexas. Estas são biogênicas (geram vidas). > O contrário são alimentações biosídicas ou bioestáticas, que matam ou > estacionam a vida) - princípios da fundação Dr. Soleil - Livro como > desitoxicar seu corpo vendido nas Paulinas, construido/elaborado por uma > fundação francesa. > Não é só a erva, não é só a erva-daninha. o conjunto sistémico das coisas é > que funciona de forma equilibrada. > O estar aberto para os diálogos sem preconconceitos, como dizia o pai da > física moderna (me refiro a Einstein) quando afirmou sua frustração em > perceber que o átomo que era indivisível tinha sido subdividido e ou > conceito de dureza (indivisibilidade ultrapassada), literalmente tinha sido > o núcleo desintegrado mas o preconceito não. > O que refletimos neste espaço é não termos pré-conceitos, mas conceitos > claros: > 1-Trocar o verbo acabar por reformar a OMB > 2-Limpar os canalhas pelas forças reflexivas de um conjunto de pessoas > sérias e que suponho que façam a s coisas certas, sobretudo quando não tem > ninguém olhando. > 3- agregar necessidades coletivas definindo democraticamente um eixo de > ação que contemple o pluralismo do nosso povo e da nossa Nação Brasileira > que seguramente, pela miscigenação fantástica, possui um dna e uma carga > genética cultural (multicultural, transcultural, intercultural = > pluralismo). > Uma 'nova ordem' associativa/coletiva/com espírito de grupo e alma > coletiva deveria pensar nos novos músicos com > necessidades atuais além da "obrigação de fazer" a contrução de nova > instituição representativa para acolher e alimentar (como árvore frondosa) a > nova civilização que se aproxima e que serão nossos herdeiros. > Não podemos facilar ou mais uma vez fracassarmos coletivamente pela soma > dos desinteressados. > Cada um fica no seu mundo, no seu pé do umbigo. Contamos as árvores e > esquecemos de contemplar a mata. > A mata (a grande floresta da amazônia a noite), a mata é grande, forte e > misteriosa porque a as raízes são entrelaçadas. > Ainda não estamos utilizando a inteligência que temos. Mas que sabe a > música é uma panacéia para todos os males? > Abs. > Amancio > > 2011/8/16 Lucas Eduardo > >> ok. Muito boas e esclarecedoras as abordagens. >> >> Apenas uma possivel ressalva: *pluralismo *não é *vale-tudismo.* Se >> estamos falando de arte, quais são os parâmetros? Nada fácil responder... >> >> abraços >> >> Lucas >> >> 2011/8/15 Gil Amâncio >> >>> >>> Prezado Cássio, concordo em gêneno e grau com sua abordagem em defesa do >>> pluralismo. >>> Agora precisamos avançar no plagmatismo e tomar a responsabilidade de >>> transformação da ordem dos músico num denominador comum e espaço-mãe de >>> áres, arsis e teses contemporâneos construidos pela dialética dos diversos >>> sons ou "paisagens sonoras". >>> Uma das poucas coisas que não s conquista é responsabilidade. Afirma >>> categoricamente os princípios de filosofias védicas e observações das >>> prática sociológicas e questões sociais do oriente. Nos pontos de viragens e >>> de passagens/modulações importantes na linha histórica sempre temos um bolo >>> feito com ingrendientes de tomada de consciência ou consciencialização >>> coletiva associada a *TOMADA DE RESPONSABILIDADE COLETIVA*. >>> Responsabilidade realmente se toma. >>> Minha ex-frustração é que não percebia esse desejo no inconsciente >>> coletivo da classe de músicos portadores de ouvido de pano, com leitura ou >>> sem leitura, levantando cobra com oboé ou com jacaré - não importa onde >>> estamos ou com quem estamos. >>> Segundo Paulo Freire, educador da minha terra (Pernambuco) em conversa >>> informal com uma amigo na França que trabalhava na Suiça disse/refletiu: A >>> sociedade é como um ovo. Você tem que perceber onde está e contra quem está >>> e a favor de que está. >>> As vezes estamos na clara a favor da gema. As vezes estamos na gema em >>> favor da clara, etc. etc. >>> Há várias opções. Estou a favor de fazermos uma gemada e não usarmos >>> verbos excludentes mais sim somatórios e com senso delicadeza, sabendo que >>> somos sempre Shuberto no sentido da sinfonia inacabada e que só é possível >>> aprendermos mais plenamente na intercomunicação uns com os outros. É no >>> coletivo que acontece a catalização social, o aceleramento evolutivo e >>> melhoria coletiva se nosso som gerador (desjo) for este. >>> >>> Kant, pela filosofia disse que quem tem a verdade absoluta é Deus. Fora >>> disso cada homem tem sua "verdade realtiva". Só a partir dessas trocas de >>> todas as verdades é que podemos equalizar a verdade comum (denominador >>> comum) e tomarmos a responsabilidade de construção coletiva de uma nova cena >>> (somos capazes, se quisermos). >>> >>> Precisamos trocar críticas pro práticas. O que está aí é um produto da >>> soma das nossas posições efitivas de não participação efetiva, como >>> conhecedores das estruturas, de como funciona, como se monta e se desmonta - >>> a partir daí podemos plantar nos sinais institucionais e não só jogar pedras >>> nas vitrines, mas ter a coragem de sermos e exercermos a própria vitrini. >>> >>> Se não assumirmos nossos destinos algué o fará por nós e sendo assim fica >>> flágil o nosso discurso incompetente de crítica (é assim que venho me >>> sentido): - Eu critico, mas o que eu faço? >>> >>> Da minha parte coloquei a OMB na parede como uma ação coletiva no >>> Ministério Público Federal pedindo a exterminação da carteira de músico >>> prático. Até o momento o que o Juiz me respondeu é que arquivou o processo. >>> Solicitei o desarquivamento e morrerei tentando. >>> >>> Se houvesse uma tempestade de ideias e iniciativas no Pais inteiro, não >>> precisaríamos de muito, já seríamos muitos pela soma das partes, onde um >>> mais um seria muito mais do que dois (princípio da gestalt). >>> Realmente não podemos disperdiçar energias em acabar com uma autarquia >>> federal de 3º grau para criar uma associação não governamental disprovida de >>> poderes representativos no Estado Social e sobretudo com poder de atuações >>> específicas no Estado de Direito. >>> >>> Se não finciona, está em estado deplorável, resignifiquemos!! mesmo com >>> velhos glichês: É melhor a tristezade não conseguirmos ( o que seria >>> impossível com a quantidade de pessoas representativas do mundo intelectual >>> da música atual), do que a vergonha de não termos tentado. O que também não >>> procede porque o que estamos aqui é fornalhando mudanças seguintes, nem que >>> seja de lentes - o que já é quase tudo. Se mudamos a ótica ou as lentes >>> (ponto de vista), podermso corrigir ou ajustar muita coisa. Por exemplo: >>> trocarmos discursos por práticas por sabermos que somos nós os únicos >>> responsáveis pela estruturação (re-estruturação) para a sociedade do futuro >>> sob pena de perpetuarmos a letargia sócio-histórico-músico-crítico-cultural. >>> Paasarmos os dias e percebermos (Elis Regina) que vivemos como os nossos >>> pais. Isso não é totalmente verdade...ou não (diria Caetano)... >>> E então, qual será o (a)-ton(alismo), o modo, a escala, a textura, a >>> altura, a duração, os ismos sonoros? ? ? >>> >>> Abs. >>> Givanildo Amancio >>> >>> PS-Pode haver vários jacarés, sapos e princesas - eles decidirão se >>> perteceriam formalmente há uma entidade de classe séria ou não. Num estado >>> de democrático de direito ninguém os obrigaria a participar. >>> >>> >>> Em 15 de agosto de 2011 21:15, Carlos Palombini escreveu: >>> >>> Cássio, >>>> >>>> O clipe da Byana, uma MC do Rio, foi produzido em Belo Horizonte com >>>> atores locais, quase de improviso, pelo principal produtor de clips de >>>> hip-hop, P.Drão. Daí provavelmente a estética gangsta. Interessante é que, >>>> de acordo com um amigo que a conhece, ela é o oposto da personagem do clip. >>>> E diz meu amigo que era mais bonita antes do silicone. >>>> >>>> Em 2005, no documentário *Sou feia mas tô na moda*, Denise Garcia (hoje >>>> Bergt) defendeu a tese que a apropriação do discurso sexista masculino por >>>> mulheres que não necessariamente se conformavam aos padrões locais de beleza >>>> feminina ? Tati Quebra-Barraco, Deise Tigrona, Gaiola das Popozudas ? >>>> constituiria um forma nativa de feminismo, tese endossada no filme pelas >>>> próprias funkeiras e por Kate Lyra. >>>> >>>> Ontem estive na quadra do Fazenda Futebol Clube, em São João do Meriti, >>>> para assistir ao DJ que era o anfitrião dos bailes da Chatuba, na Vila da >>>> Penha, antes da invasão A apresentação começou com a Jaula das Gostosudas, >>>> que representam, de forma extremamente sexista, a antítese do ideal da >>>> mulher submissa. >>>> >>>> http://www.youtube.com/watch?v=Dzmvvh5JzRQ >>>> >>>> Elas foram seguidas por uma série sucessiva de mulheres enormes, >>>> enormemente siliconadas e esteroidizadas a ponto de parecerem transexuais, >>>> em coreografias supostamente eróticas. Depois da segunda ou da terceira, >>>> elas começaram a ser levemente vaidas. Foi quando o contra-regra se dirigiu >>>> ao centro do palco e mostrou a barriguinha, levando a platéia ao delírio. A >>>> seguir, veio o Belo, com seu romantismo e declarações como: "o lugar da >>>> mulher não é o tanque, todos nós devemos nos ajoelhar diante das mulheres". >>>> Eu fiquei me perguntando o que havia sido feito do feminismo aí, quando ele >>>> é defendido nos termos do discurso machista por mulheres que parecem >>>> transexuais, com o chantilly do Belo. >>>> >>>> Os 20 minutos nos quais o DJ Byano tocou num canto da quadra, levando >>>> crianças de 10 a 16 anos ao delírio e quase à possessão, valeram, inclusive >>>> em termos "estritamente musicais", a viagem de Belo Horizonte a São João do >>>> Meriti. Mas não era disso que eu queria falar aqui. >>>> >>>> Um abraço, >>>> >>>> Carlos >>>> >>>> >>>> >>>> >>>> 2011/8/15 Cassio Barth >>>> >>>>> ** >>>>> >>>>> >>>>> Colegas, >>>>> >>>>> Não concordo com alguns juízos de valor de alguns colegas, mas defendo >>>>> o velho chavão: defendo totalmente o direito de expressar esses juízos, >>>>> ainda que eu não concorde com eles. >>>>> >>>>> O processo democrático realmente é complicado, mas vale a pena. E nisso >>>>> precisamos tanto de músicos reacionários como de liberais, dos absolutistas >>>>> e dos relativistas. >>>>> >>>>> Debate democrático sem tese nem antítese não leva a nenhuma síntese. >>>>> >>>>> O texto bacaninha do Lucas contra o relativismo cultural foi válido >>>>> para mim e me fez repensar posições de extremo relativismo. O problema é que >>>>> o oposto extremo, absolutista, também é extremamente daninho, ainda mais >>>>> dentro de uma Associação que se define como sendo de "pesquisa" e, >>>>> utopicamente falando, pluralista. >>>>> >>>>> Ana, o posicionamento que abra possibilidades é exatamente o que >>>>> proponho. Desculpem a ironia do texto anterior, mas sinceramente, não creio >>>>> que o Jacaré do É o Tchan tenha menos direito de fazer música e viver >>>>> profissionalmente dela, que o nosso querido colega que luta pela Música de >>>>> Câmara. Condenar esse tipo de prática, como maléfica, é exatamente encerrar >>>>> qualquer posição: >>>>> >>>>> o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos >>>>> espaços midiáticos para música brasileira de concerto MBC - para exposição >>>>> majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como >>>>> temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil (givanildo amancio) >>>>> >>>>> Aliás, depois de anos de exorcização e demonificação do uso do corpo >>>>> por certas tradições religiosas, e da presença atual de músicos dentro >>>>> dessas tradições, não seria de estranhar essa condenação do erótico, que já >>>>> vem desde o lundu e das umbigadas, tão bem descritas por nossos poetas >>>>> arcades, em nossa música. >>>>> >>>>> Que cada um lute por seu espaço me parece um direito óbvio. Que essa >>>>> luta seja às custas da depreciação de outras práticas me parece >>>>> inconsistente e não ético. Inconsistente porque figuras como Daniela Mercury >>>>> e Fernanda Abreu (cantoras da linha sensual e erótica desaprovada pelo >>>>> colega) foram essenciais no processo de divulgação da campanha Quero >>>>> Educação Musical nas Escolas, campanha que supostamente todos os nossos >>>>> colegas músicos apoiamos. ( >>>>> http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/ensino-musica-nas-escolas-melhora-educacao/12377) >>>>> O fato de não ser ético não precisa nem ser explicado. >>>>> >>>>> Bem, me despeço e deixo um presente da Mc Byana para os gregos >>>>> http://www.youtube.com/watch?v=UrJdyXPwML4 e um do Palestrina para os >>>>> troianos >>>>> http://www.youtube.com/watch?v=ISwCKQhbxfQ&feature=related, a opção de >>>>> ouvir e aproveitar cada uma delas está na botão esquerdo do mouse. É pelo >>>>> direito a ter essa opção que eu escrevo. >>>>> >>>>> Saudações cordiais >>>>> >>>>> Cássio >>>>> >>>>> >>>>> 2011/8/15 Gil Amâncio >>>>> >>>>>> Prezado Lucas Galon, concordo que cada um tenha uma linha, tenha sua >>>>>> lei, sua posição. >>>>>> A minha posição/sugestão é primeiramente conhecer estatutariamente. >>>>>> Não tenho nada contra travestis ou prostitutas além da admiração pelas >>>>>> coragens dos meus irmãos e irmãs em cristo. É um poder institucionalizado na >>>>>> sociedade que tem mostrado força, união e organização como lementos >>>>>> invejáveis. >>>>>> Se a organização da classe musical contasse com a competência de >>>>>> organização de pessoas sensíveis e dedicadas e guerreiras estaríamos em >>>>>> outros patamares, podes crer. >>>>>> Gostei do texto que vc indicou no blog. >>>>>> Acho que o futuro depende do que fizermos agora. Se está havendo uma >>>>>> troca de idéias liberais e democrátas, onde cada pessoa apresenta suas >>>>>> limitadas opiniões e preconceituosas (como eu), mas apresentam, isso tá >>>>>> valendo. >>>>>> Escrever é ter coragem de se expor e construir novos horizontes a >>>>>> partir da sinceridade e da verdade de cada homem, de cada mulher, de cada >>>>>> ser e decada artista. >>>>>> Abs. >>>>>> Gil >>>>>> >>>>>> >>>>>> Em 15 de agosto de 2011 04:48, Lucas Eduardo escreveu: >>>>>> >>>>>> com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, >>>>>>> malgrado meu "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado >>>>>>> dos velhos conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), >>>>>>> recomendo uma olhadinha neste artigo de Pondé - >>>>>>> http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, >>>>>>> quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para >>>>>>> o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo >>>>>>> não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; >>>>>>> abraços aos colegas >>>>>>> >>>>>>> Lucas Galon >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: >>>>>>> >>>>>>>> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >>>>>>>> >>>>>>>> "Prostitutas e travestis se organizam" >>>>>>>> >>>>>>>> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é >>>>>>>> esclarecido, pode mais do que isso. >>>>>>>> >>>>>>>> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor >>>>>>>> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >>>>>>>> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >>>>>>>> músicos? Onde fica o respeito? >>>>>>>> >>>>>>>> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >>>>>>>> >>>>>>>> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social >>>>>>>> SIM. Com opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um >>>>>>>> risco social*, por nossas *declarações preconceituosas*, como a do >>>>>>>> colega que gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que >>>>>>>> coloca o "universitário sertanejo" como uma categoria de música >>>>>>>> deplorável. Um pouco de relativismo já nos ajudaria. >>>>>>>> >>>>>>>> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >>>>>>>> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >>>>>>>> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >>>>>>>> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >>>>>>>> políticas governamentais. >>>>>>>> >>>>>>>> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a >>>>>>>> humildade. Já é um começo... >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> Cássio >>>>>>>> >>>>>>>> 2011/8/14 Gil Amâncio >>>>>>>> >>>>>>>>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>>>>>>>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato >>>>>>>>> de autarquia fedral de 3º grau. >>>>>>>>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder >>>>>>>>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>>>>>>>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>>>>>>>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>>>>>>>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º >>>>>>>>> grau (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer >>>>>>>>> uma associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas >>>>>>>>> são complementares entre si e desempenham funções, missões específicas >>>>>>>>> conforme nossa carta mágna constitucional. >>>>>>>>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo >>>>>>>>> sindical e classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as >>>>>>>>> ferramentas virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de >>>>>>>>> massa crítica. >>>>>>>>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos >>>>>>>>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como >>>>>>>>> funciona e como poderíamos mudar. >>>>>>>>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>>>>>>>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>>>>>>>> lembrar caetano). >>>>>>>>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>>>>>>>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>>>>>>>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>>>>>>>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>>>>>>>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e >>>>>>>>> concede um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de >>>>>>>>> habilitação profissional. >>>>>>>>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há >>>>>>>>> muito tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>>>>>>>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>>>>>>>> como muitas pessoas dessa lista. >>>>>>>>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras >>>>>>>>> pessoas assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na >>>>>>>>> semana de arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, >>>>>>>>> apontar com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair >>>>>>>>> da frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e >>>>>>>>> mensuraves. >>>>>>>>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo >>>>>>>>> ou de forma coletiva. >>>>>>>>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas >>>>>>>>> coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico >>>>>>>>> prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico >>>>>>>>> prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do >>>>>>>>> jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, >>>>>>>>> sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural >>>>>>>>> e bestial na cena contemporânea. >>>>>>>>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A >>>>>>>>> constituição de 88 já garante isso. >>>>>>>>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se >>>>>>>>> ter o mínimo de regras. >>>>>>>>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já >>>>>>>>> superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos >>>>>>>>> hoje. >>>>>>>>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>>>>>>>> construir um novo fim". >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz >>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>>> >>>>>>>>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>>>>>>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>>>>>>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> ------------------------------ >>>>>>>>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>>>>>>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>>>>>>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>>>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>>>>>>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>>>>>>>> Antunes. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Elocubrações n.238: >>>>>>>>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação >>>>>>>>>> social e os músicos não precisam... >>>>>>>>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou >>>>>>>>>> estamos na posição de ET no cenário de político-trabalhista e >>>>>>>>>> político-classista. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>>>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro >>>>>>>>>> Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse >>>>>>>>>> alguma base... >>>>>>>>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo >>>>>>>>>> tom grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a >>>>>>>>>> sua contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>>>>>>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>>>>>>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>>>>>>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>>>>>>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar >>>>>>>>>> a ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a >>>>>>>>>> OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que >>>>>>>>>> não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais >>>>>>>>>> receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa >>>>>>>>>> para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento >>>>>>>>>> musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>>>>>>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>>>>>>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>>>>>>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>>>>>>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>>>>>>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>>>>>>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>>>>>>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a >>>>>>>>>> comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, >>>>>>>>>> vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou >>>>>>>>>> políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da >>>>>>>>>> discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no >>>>>>>>>> caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de >>>>>>>>>> um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento >>>>>>>>>> pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento >>>>>>>>>> técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não >>>>>>>>>> critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como >>>>>>>>>> um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo >>>>>>>>>> estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra >>>>>>>>>> posição no que se refere a regulamentação. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz >>>>>>>>>> e José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a >>>>>>>>>> essa mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos >>>>>>>>>> que o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar >>>>>>>>>> ao seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está >>>>>>>>>> mais próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o >>>>>>>>>> qual pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>>>>>>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>>>>>>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>>>>>>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>>>>>>>> debates. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Abraço cordial, >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Luciano Cesar Morais. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> De: SBME . >>>>>>>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>>>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>>>>>>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>>>>>>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>>>>>>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>>>>>>>> Continue a fazê-la. >>>>>>>>>> Cordialmente, >>>>>>>>>> Jorge Antunes* >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>>>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através >>>>>>>>>> do veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que >>>>>>>>>> ele fale em nome do socialismo. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Luciano Cesar Morais >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>>>>>>>> >* escreveu: >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> De: André Fadel >>>>>>>>>> > >>>>>>>>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>>>>> Para: >>>>>>>>>> Cc: "ANPPOM" >>>>>>>>>> > >>>>>>>>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> *Uma questão ridícula* >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que >>>>>>>>>> levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto >>>>>>>>>> tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão >>>>>>>>>> ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as >>>>>>>>>> sociedades. Ou para cada um de nós. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, >>>>>>>>>> desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear >>>>>>>>>> midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de >>>>>>>>>> ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas >>>>>>>>>> más*. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock >>>>>>>>>> progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do >>>>>>>>>> paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me >>>>>>>>>> importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, >>>>>>>>>> exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação >>>>>>>>>> que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? >>>>>>>>>> ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>>>>>>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>>>>>>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>>>>>>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>>>>>>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é >>>>>>>>>> para se curtir. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >>>>>>>>>> alcançar. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o >>>>>>>>>> fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. >>>>>>>>>> Música está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, >>>>>>>>>> tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que *estiverem a fim*, >>>>>>>>>> analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, >>>>>>>>>> dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. >>>>>>>>>> Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música >>>>>>>>>> representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? >>>>>>>>>> * >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar >>>>>>>>>> uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% >>>>>>>>>> das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>>>>>>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>>>>>>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>>>>>>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>>>>>>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo >>>>>>>>>> *prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique >>>>>>>>>> sozinho no mundo. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos >>>>>>>>>> saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o >>>>>>>>>> dedo no nariz alheio. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos >>>>>>>>>> não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >>>>>>>>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >>>>>>>>>> que também é uma enorme bobagem. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da >>>>>>>>>> música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>>>>>>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>>>>>>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>>>>>>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>>>>>>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar >>>>>>>>>> sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> André Fadel >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Pianista e compositor >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> 2011/8/8 SBME . >>>>>>>>>> > >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Colegas: >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a >>>>>>>>>> notícia sobre a decisão do STF. >>>>>>>>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >>>>>>>>>> questão. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros >>>>>>>>>> para decidir o que decidiram. >>>>>>>>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser >>>>>>>>>> exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco >>>>>>>>>> social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>>>>>>>> Isso é verdade? >>>>>>>>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa >>>>>>>>>> risco social? >>>>>>>>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra >>>>>>>>>> contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, >>>>>>>>>> mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias >>>>>>>>>> o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela >>>>>>>>>> execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. >>>>>>>>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance >>>>>>>>>> cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a >>>>>>>>>> sociedade? >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>>>>>> esse registro pois a música é uma arte. >>>>>>>>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que >>>>>>>>>> seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem >>>>>>>>>> Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do >>>>>>>>>> Triângulo da Comunicação para chegar ao público. >>>>>>>>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>>>>>>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>>>>>>>> contemplando o suporte diretamente. >>>>>>>>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor >>>>>>>>>> coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>>>>>>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>>>>>>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> À salutar discussão!!! >>>>>>>>>> Abraços, >>>>>>>>>> Jorge Antunes >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >>>>>>>>>> rogeriobudasz em yahoo.com >>>>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Matéria da Folha de hoje < >>>>>>>>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>>>>>>>> > >>>>>>>>>> ================================================== >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> FELIPE SELIGMAN >>>>>>>>>> DE BRASÍLIA >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>>>>>>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>>>>>>>> classe para exercer sua profissão. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que >>>>>>>>>> foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar >>>>>>>>>> profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>>>>>>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>>>>>>>> se apresentar. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido >>>>>>>>>> que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem >>>>>>>>>> ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>>>>>>>> quando chegar no tribunal. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em >>>>>>>>>> entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle >>>>>>>>>> representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou >>>>>>>>>> advogados", afirmou. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>>>>>> esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, >>>>>>>>>> chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados >>>>>>>>>> a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal >>>>>>>>>> que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, >>>>>>>>>> por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> -----Anexo incorporado----- >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> -- >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> ________________________________________________ Lista de >>>>>>>>>> discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> -- >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> -- >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>>> >>>>> __._,_.___ >>>>> | >>>>> através de email| Responder >>>>> através da web| Adicionar >>>>> um novo tópico >>>>> Mensagens neste tópico( >>>>> 2) >>>>> Atividade nos últimos dias: >>>>> >>>>> >>>>> Visite seu Grupo >>>>> ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) >>>>> Informações e inscrições no sítio http://br.groups.yahoo.com/group/ >>>>> A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: >>>>> etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br >>>>> Para enviar mensagem ao grupo utilize: >>>>> etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br >>>>> O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: >>>>> etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br >>>>> Se não conseguir cancelar a inscrição informe à moderação enviando um >>>>> emeio para: >>>>> etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br >>>>> OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o >>>>> emeio com o qual está inscrito no grupo. 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URL: From fernando em fernandohashimoto.com Tue Aug 16 01:11:19 2011 From: fernando em fernandohashimoto.com (Fernando Hashimoto) Date: Tue, 16 Aug 2011 01:11:19 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?Divulga=C3=A7=C3=A3o=3A_Concursos_para_Profe?= =?utf-8?q?ssor_Doutor_MS-3=2C_diversas_=C3=A1reas=2C_no_Departamen?= =?utf-8?q?to_de_M=C3=BAsica/UNICAMP?= Message-ID: Prezados, Peço encarecidamente auxílio na divulgação ampla dos concursos para Professor Doutor MS-3 em diversas áreas, que se encontram abertos no Departamento de Música da UNICAMP. Salientamos que na busca pelos melhores profissionais, a UNICAMP receberá inscrições de candidatos estrangeiros para todos esses concursos. Os editais dos concursos na íntegra estão publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo, do dia 12/08/2011, Caderno 1 ? Executivo, páginas 175 a 180, e podem ser acessados pelo link: http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v4/index.asp?c=4&e=20110812&p=1 (http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v4/index.asp?c=4&e=20110812&p=1) ou pelo site da UNICAMP no link: http://www.reitoria.unicamp.br/concursos/index.php?pagina=concursos (http://www.reitoria.unicamp.br/concursos/index.php?pagina=concursos) As inscrições ficaram abertas por 30 dias a contar da publicação dos editais. Salário: RS 8.211,02 (+ vale-alimentação: RS250,00) Os cargos são para as seguintes áreas: - 01 (um) cargo de Professor Doutor, nível MS-3, na área de Práticas Interpretativas, nas disciplinas MU-196 - Canto I a MU-896 ? Canto VIII e na área de Fundamentos Teóricos das Artes, nas disciplinas MU-112 Técnica Vocal I, MU-212 Técnica Vocal II, MU-512 Dicção I e MU-612 Dicção II. - 01 (um) cargo de Professor Doutor, nível MS-3, na área de Práticas Interpretativas, nas disciplinas MU-123 Piano I a MU-823 Piano VIII e MU-178 Música de Câmara I a MU-878 Música de Câmara VIII. - 01 (um) cargo de Professor Doutor, nível MS-3, na área de Práticas Interpretativas, nas disciplinas MU-127 Violoncelo I a MU-827 Violoncelo VIII e MU-178 Música de Câmara I a MU-878 Música de Câmara VIII e na área de Fundamentos Teóricos das Artes, nas disciplinas MU-360 História da Música I a MU-660 História da Música IV. - 01 (um) cargo de Professor Doutor, nível MS-3, na área de Práticas Interpretativas, nas disciplinas MU-184 Trompete I a MU-884 Trompete VIII, MU-178 Música de Câmara I a MU-878 Música de Câmara VIII e na área de Fundamentos Teóricos das Artes, nas disciplinas MU-193 Percepção Musical I a MU-693 Percepção VI. - 01 (um) cargo de Professor Doutor, nível MS-3, na área de Práticas Interpretativas, nas disciplina MP-101 Cordas I a MP-801 Cordas VIII (Guitarra) e MP-120 Prática Instrumental I a MP-820 Prática Instrumental VIII. Atenciosamente, Prof. Dr. Fernando Hashimoto Departamento de Música / UNICAMP Coordenador de Graduação do Curso de Música Chair of the PAS International Committee PAS Board of Directors www.fernandohashimoto.com (http://www.fernandohashimoto.com/) fernando em fernandohashimoto.com (mailto:fernando em fernandohashimoto.com) +55(19)3289-1510 +55(19)8132-1611 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From bholmesd em yahoo.com Tue Aug 16 01:30:53 2011 From: bholmesd em yahoo.com (Bryan Holmes) Date: Mon, 15 Aug 2011 21:30:53 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Sobre_nova_discuss=E3o_OMB?= Message-ID: <1313469053.80196.YahooMailNeo@web38001.mail.mud.yahoo.com> As mensagens dos colegas da área estão me fazendo rir muito ultimamente. (sem ânimo de ofender, hein Alê? aliás, também faço minhas as tuas palavras)... ...Só lembrando (para quem ainda não souber) que no dia 25 está programado um Painel sobre a OMB no congresso da ANPPOM às 20:00 hs. Poxa, logo no horário do meu vôo de volta para o Rio! :(   Abraços, Bryan Holmes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From gandharva_dasa em hotmail.com Tue Aug 16 05:08:49 2011 From: gandharva_dasa em hotmail.com (Carlos Arthur) Date: Tue, 16 Aug 2011 05:08:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?M=C3=BAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e_O?= =?utf-8?b?TUIp?= In-Reply-To: <06D8BC0A-7504-489D-B1D6-80470DD07D65@me.com> References: , , , <06D8BC0A-7504-489D-B1D6-80470DD07D65@me.com> Message-ID: Caros, Fico me perguntando: "Como não haver a hostilidade de músicos (de qualquer estilo que seja) que estudam e dedicam uma vida inteira "e que possuem uma vida economicamente difícil", com outros que, estando longe de serem gênios com uma dedicação "mínima" ao ESTUDO do som e da música se tornam "milionários" fazendo multidões comparecerem às suas performances musicais? Carlos Pereira. From: danielpuig em me.com Date: Mon, 15 Aug 2011 17:20:49 -0300 To: fenerich em gmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) ufa... finalmente alguém que soube colocar em palavras o que estava me incomodando... obrigado, ale!!! Em 15/08/2011, às 10:15, ale fenerich escreveu:1. Questão de estilo: Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. 2. Questão ideológica (?): Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar. Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é risco social? Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja! Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e sexismo. Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético. "Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz. Aliás talvez tenhamos o que aprender mais ali, nas performances de corpo presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite, somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco. Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós. Espero não ter sido ofensivo. Atenciosamente Alexandre Fenerich Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio escreveu: Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com dividiria a resposta em algumas frentes do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por exemplo com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva, observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas do reboleition a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol do pensar musicala falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de possibilidades cientícas com rigor a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos, garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de várias profissões. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da classe/do conselho profissional? felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco , inacreditavelmente no Séc. XXI abs. Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique escreveu: Queridos amigos e colegas da ANPPOM, Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. - O exercício profissional da música representa risco social? Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. Abraços,Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From estevaomoreira em gmail.com Tue Aug 16 09:40:14 2011 From: estevaomoreira em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Estev=E3o_Moreira?=) Date: Tue, 16 Aug 2011 09:40:14 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: References: <1313440958.7212.YahooMailClassic@web161714.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: De fato com organização as coisas ficam mais fáceis. Outra coisa porém é o fato de que nas associações a eleição é aberta aos seus associados. No caso da atual Ordem dos Músicos é algo extremamente obscuro. Perguntei na Ordem dos Músicos do Rio de Janeiro se havia reuniões e assembleias -- claro, ingenuidade de minha parte -- e fiquei sabendo que existe sim.... porém é fechada a uns "notáveis" que decidem o rumo das consequências legais. A Ordem dos Advogados tem eleição, e as chapas concorrem apresentando propostas e, sobretudo, contrapartidas aos seus representados. A OAB é tão forte que de fato exerce influência no Brasil. abs Estevão Em 15 de agosto de 2011 18:47, silvioferrazmello < silvioferrazmello em uol.com.br> escreveu: > não era minha intenção responder a todas questões, mas sim mostrar que de > algum modo é necessário um movimento e que quando se tem uma associação as > coisas são mais fáceis. > > abs > silvio > > > On Aug 15, 2011, at 5:42 PM, luciano cesar wrote: > > Sobre as questões do senhor Silvio Ferraz: > > Muito bem colocadas. Há uma questão aqui que ele não respondeu: > > > > o problema é que sem a associação os modos de contratação estão > dispersos...por isto existe o sindicato...mas o sindicato para agir tem de > basear-se em uma lei...em que lei ele se baseia? existem itens específicos > para a atividade de músico na clt? já falamos aqui antes sobre as definições > de profissões para a clt. Mas estamos de acordo com tais definições? Se > quisermos mudar algo fazemos como? > > > silvio > > > O pessoal do SIMPRATEC está tentando vincular judicialmente a categoria dos > músicos no artigo 7, da constituição, salvo engano, que regulamenta a > profissão do trabalhador intelectual. Toda a regulamentação partiria desta > delimitação para as especificidades. Acredito que, no que se refere a > ganhos, tabela de honorarios, etc., quanto mais uniforme for o tratamento > dado aos diferentes tipos de músicos, melhor > > Alô, Ana... > > Concordamos em que a OMB precisa mudar urgentemente, se não for extinta. > Sobreo Eurocentrismo, não sei é se chega a ser uma questão, a gente é tão > impregnado de cultura estrangeira, língua, ciência, etc... quanto da nossa > própria. > Abraço, > Luciano > > On Aug 15, 2011, at 11:07 AM, Ana Luisa wrote: > > Alô, Luciano > > Veja, nem sei se discordo ou concordo com a carta, que obviamente levantou > mais questões para as cento e tantas que aqui já foram colocadas. O chato > para mim é apenas a "europarte" que impera nessa e em outras colocações. > Acho que a carta do André ficaria ótima se tirasse toda a música que ele > desconhece. Mas também pode me colocar na fila dos descontentes se música > não for séria, como qualquer outra profissão (ahnn...e com o que concordamos > na carta dele mesmo?) > > --- Em *seg, 15/8/11, luciano cesar *escreveu: > > > De: luciano cesar > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Ana Luisa" > Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 2:13 > > É, pois é, Ana. Concordo com a posição do André (o eurocêntrico do > Scriabin), mas se for pra deixar de pensar na música como coisa séria, por > favor, me fuzilem. > > Luciano > > > > --- Em *sáb, 13/8/11, Ana Luisa * escreveu: > > > De: Ana Luisa > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Marcos Filho" > Cc: anppom-l em iar.unicamp.br > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 23:38 > > Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, > pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento > científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom > aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim > realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu > gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas? > Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre > o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas > manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os > povos musicais. > Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada, > um abraço a todos, > Ana > > --- Em *sáb, 13/8/11, Marcos Filho *escreveu: > > > De: Marcos Filho > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Anppom" > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 > > > Muito bom Andre, > > Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe > com os egos de muita gente. > > Um abraço, > > Marcos Filho. > > Enviado via iPhone > > Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: > > Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela > Bortz. > > ------------------------------ > Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 > From: andrefadel em gmail.com > CC: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > > > > > *Uma questão ridícula* > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- Estevão Moreira Mestrando em Música e Educação - UNIRIO estevaomoreira.wordpress.com @estevaomoreira ::::::::::::::::::FOPPEM -- Fórum de Partilha de Práticas em Educação Musical ::::::::::::::::::foppem.wordpress.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvioferrazmello em uol.com.br Tue Aug 16 11:32:57 2011 From: silvioferrazmello em uol.com.br (silvioferrazmello em uol.com.br) Date: Tue, 16 Aug 2011 11:32:57 -0300 Subject: [ANPPOM-L] unicamp _ concursos para professores In-Reply-To: References: <1313440958.7212.YahooMailClassic@web161714.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <4e4a7f99110fa_34766a408342b@a2-weasel9.tmail> Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Tue Aug 16 13:08:30 2011 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 16 Aug 2011 13:08:30 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: References: <06D8BC0A-7504-489D-B1D6-80470DD07D65@me.com> Message-ID: *Prezado Carlos Pereira: Calma! Sem hostilidades! Essa situação que você aponta se deve ao fato de não ter sido ainda enterrado o sistema capitalista. A luta política é o bom caminho, com o trabalho de formiguinha de educar o povo, defendendo a implantação de uma verdadeira democracia real, acabando com o massacre dos pequenos partidos ideológicos, lutando em favor do financiamento exclusivamente público das campanhas políticas, implantando o grande imposto sobre grandes fortunas, lutando pela educação de qualidade pública e gratuita para tod em s etc, etc. Abraço, Jorge Antunes* Em 16 de agosto de 2011 05:08, Carlos Arthur escreveu: > Caros, > > Fico me perguntando: "Como não haver a hostilidade de músicos (de qualquer > estilo que seja) que estudam e dedicam uma vida inteira "e que possuem uma > vida economicamente difícil", com outros que, estando longe de serem gênios > com uma dedicação "mínima" ao ESTUDO do som e da música se tornam > "milionários" fazendo multidões comparecerem às suas performances musicais? > > Carlos Pereira. > > ------------------------------ > From: danielpuig em me.com > Date: Mon, 15 Aug 2011 17:20:49 -0300 > To: fenerich em gmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > > > ufa... finalmente alguém que soube colocar em palavras o que estava me > incomodando... obrigado, ale!!! > > > Em 15/08/2011, às 10:15, ale fenerich escreveu: > > 1. Questão de estilo: > > Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma > linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que > aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. > > 2. Questão ideológica (?): > > Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar. > Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é > risco social? Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja! > Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi > reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e sexismo. > > Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético > na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de > eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético. > > > "Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo > racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a > bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda > Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz. > Aliás talvez tenhamos o que aprender mais ali, nas performances de corpo > presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite, > somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de > ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com > o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco. > > > Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este > país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e > tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o > momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que > nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no > Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós. > > > Espero não ter sido ofensivo. > > > Atenciosamente > > > Alexandre Fenerich > > > Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio escreveu: > > Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com > dividiria a resposta em algumas frentes > > 1. do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os > aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia > sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença. > 2. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada > tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a > educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade > pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas > produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de > concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a > energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados > do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse > tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por > exemplo > 3. com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva, > observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o > exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores > competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se > oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas > do reboleition > 4. a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol > do pensar musical > 5. a falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o > universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de > possibilidades cientícas com rigor > 6. a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é > trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas > defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho > profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de > Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos, > garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou > indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de > várias profissões. > 7. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe > e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do > acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio. > 8. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era > apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva > de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de > 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros > sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por > falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um > doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos > anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do > Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de > percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido > que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os > músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da > classe/do conselho profissional? > 9. felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer > sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última > afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho > profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando > com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso > ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco , > inacreditavelmente no Séc. XXI > 10. abs. > > > Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique escreveu: > > Queridos amigos e colegas da ANPPOM, > > Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós > - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em > si da decisão do STF sobre a OMB. > > - O exercício profissional da música representa risco social? > > Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro > se dispusessem a responder essa questão. > > Abraços,Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com Novo vídeo: > http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > "For most men, then, one of the central problems of our time is that of > learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without > scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Tue Aug 16 13:09:44 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Tue, 16 Aug 2011 13:09:44 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?derrubando_muros_e_renascendo_do_=FAter?= =?iso-8859-1?q?o_da_nova_presid=EAncia_feminino-republicana_-_o_re?= =?iso-8859-1?q?torno=2E=2E=2Eo_ritornelo=29?= Message-ID: Mestre Antunes, Meu nome é Givanildo Amancio (Gil). Ainda não tive o prazer de lhe conhecer pessoalmente além de suas algumas de suas obras- propostas-pensamentos. Sou seu admirador pelas suas produções e pela sua pessoa, claro. "A obra imortaliza o homem". Sendo toda música sem fronteiras - ok. Se há uma amplitude e não limítrofe na natureza profunda das coisas (informação da gestalt), isto é verdade. Somo todos uno. Filosoficamente Sócrates já nos disse muito antes de Cristo que tudo que há advém de um único centro de força e voltará para este centro de força na totalidade da existência socrateana. Agora na própria gestalt há uma perspectiva da superfície do ser, do aprender e do saber que segundo os expert´s da área tudo dependerá da cultura de cada local. O saber de cada ser e a matéria constitutiva da essência de cada ser é a mesma em todas a partes do globo. Quando chegamos na superfície, as árvores genealógicas vão sendo moldadas a partir dos signos das culturas locais e inter-relações dos mesmos. É aqui que começa a se constituir estilos, guetos, culturais locais, cultura de raíz, folk, song-folks /folk-songing´s, MBC, cantobregoriano, música das esferas de Pitágoras etc.etc. É nesse coração da complexidade que deve habitar nossa paciência reflexiva e encontrarmos um entendimento do trazido pelo pensador francês E. Mourran e de um outro pensador contemporâneo italiano que aponta para entendimento do "nó-de-circunstâncias". Descascando este abacaxi ficaria assim: 1-Não podemos nos obrigarmos a participarmos de uma corrida sem pernas ou tentarmos encaixar uma figura triangular num figura quadrada. 2-Devemos partir do que temos como concreto ou de forma palpável. Apesar de sabermos que o cérebro é ilimitado, conforme meu amigo Phd Luiz Machado que fundou a cidadedocérebro 3-Identificamos primeiramente quais os materiais de superfície que temos - o que temos de pessoas e o que poderemos fazer pela soma delas. A partir poderemos construir ou descontruir ou reconstruir, considerando os eixos dos "x" e dos "y" (quantidade e qualidade) proporcionalmente a equipe. 4-Conjunto solução: partirmos de um grupo de pessoas que levará em conta o erberg da realidade possível, segundo a soma das lentes de cada um. 5-Estruturar uma equipe aberta e com reflexo paviloviano condicionado ao diálogo e ao alto poder de resiliência será a única salvação/condição para que suportemos uns aos outros na difícil tarefa de construção de um norte coletivo a "mil e um mãos". 6-Após estruturar esse "tur de forças" na construção de um tablet de diálogo entre X Grupo de novos construtores coletivos da nova cena (destrutiva ou reconstrutiva) é conveniente haver uma média no foco, no rumo magnético ou questão fulcral que será perseguida, alcançada e executada. 7-Quando isto estiver montado, como placa tectônica-mãe, é que poderemos discutir aos olhos dos vários colaboradores (o monstro argos - da mitologia grega de mil olhos) a construção coletiva e normativa de funcionamento institucional levando em consideração os vários e diversos aspectos e desafios que são constituintes do cenário contemporâneo onde estamos inseridos, local e nacionalmente, mas, como disse Paulo Freire: "Ninguém ensina a si mesmo, ninguém ensina ninguém, a aprendizagem /educação (leia-se evolução, transformação, superação etc.) acontece na inter-relação das pessoas". 8-Seria precipitado dar respostas fechadas e unilaterais neste local virtual, simplesmente porque o email e a lista de email´s ainda não traz (por enquanto) o brilho dos olhos das pessoas que discursam ou opinam - ainda é algo gélido, mas como esforço contribuitivo me arriscaria a dizer que, quando houver uma rede humanitariamente montada para articular esta história que tanto cantamos reclames mas nada de concreto fazemos em grupo (não porque não queremos, mas porque realmente é difícil/é complicado - mas fácil mesmo é questionar, falar mal, meter o pau, mas, de fora, sem se envolver e sem nada de concreto fazer de forma articulada) isso modulará de forma linda. Se Heráclitos da grécia não estiver errado, um só bom vale por mil. Isso explica a importância do uníssono que precisa haver entre nós. A soma dos vários mil, tornamos um - valeremos por milhões. Da forma que estamos dispersa tudo fica reduzido no som de um prédio ou cantoria sonora ' édificil '. Todos falamos sem sair do canto, do cantum 9-Quem sabe o Mestre Antunes não expressaria a angustia numa ópera comunitária de queremos mudar algo fora de nós sem mudarmos nossa postura ou pulsão interna. Queremos mudanças, "mas a dor é perceber que apesar de tudo que vivemos ainda somos os mesmos e vivemos...como nossos pais" (leia-se pais como gerações antecessoras a nossa e não muito distante). 10-Somos incrivelmente dispersos e aéreo. Nossos rostos e faces a mim promove uma sensação que estamos sempre em descanso de tela, nestas questões de proatividade política. 11-Nossos garotos propaganda da composição engajada politicamente contra um sistema ditador dos anos 60/70, aparentemente se transforaram em garoto propaganda do novo sistema e estão em casa contando os metais. 12-"Viver é melhor que sonhar' - Belchior A questão não poribir ninguém de tocar ou conceder nada. A questão é ter uma instituição afinada ou na gama frequêncial das necessidades contemporâneas promovendo o tal erberg social num tablet de teias e redes sociais preparada para o futuro que se aproxima após 2012. Isto poderá acontecer com nossa participação ou alinha da história poderá explodir como acontece no sol (explosão solaris) e ficarmos mais uma vez, como sempre temos estado, a mercês das ondas sem tomarmos a responsabilidade do rumo histórico como um dia Siqueira, Antunes, Dimas Sedícias tomaram pra si a responsabilidade de chegarem até o presidente da republica na época e criaram uma instituição com poder de estado federal que podemos deletar se quisermos e criar apenas uma com poder virtual para atuar somente na frequencia discursiva como estamos fazendo agora. A lista de chamada vai aberta para amigos comporem um organismo democrático de discussão e ação: Clovis Pereira, Guedes Peixoto, José Amaro, Edino G., Eduardo L., Clausi Nascimento, Ademir Araújo, Maestro Duda, Maestro Forró , Dierson Torres, José Renato, Zizo, Valmir, Geraldo, Nelson Almeida, Fla´vio Tenório, Cristiane Galdino, Dinara, Sérgio, Paulo , Frede, George, Glaucia, Edson Rodrigues, Fernando do Baixo acústico, Edson Feijó, José Gomes, José Beltrão, M.Bezerra, Ceça Moreno, Josias, Josué Silva, MAuro Maibrade , Heloísa Maibrade, amigos, professores e estudantes do CPCMR, CEMO, CPM, Sem,. Batista, Lúcio Sócrates como neto de Levino Ferreira, Zé da Flauta, Aé do Pife, os Bois, os maracatus, os cabloquinos, Antulho, Walmir Chagas, Maestro Nunes (patrimonio vivo do frevo juntamente com Duda, Guedes, Formiga, Maestro Forró, Edson Rodrigues, Clovis Pereira) o modo de ser da Bomba do Hemetério, o Bernardo dos Consulados Culturais, o Naná Vasconcelos, Tony Boy, O Som da Pele com Batman, Frede da Flauta, Paulo do Violão e toda a nação cultural do acorda povo com Cirinéia, Adrina Nacimento com os meninos cantores de Olinda, Spok, Adelmo Aplonio, Carlinhos Caetéis, Alex, Flavio, Federação de Bandas, ABCANTOCORAL.ORG, Suely Farias, Paulo do Oboé, Anatálio Teixeira, Bandas Fanfarras, OSR, EMJP -Escola de Música e Artes João Pernambuco, Abraão, Elias Oliveira, Alberico, Fernando Almeida, Lourdinha do sax, os Maias, Os Gruuver, Escola Comunitária de Música da Bomba do Hemetério (http://ecombh.blogspot.com), onde se componhe música coletivamente, e vai da iniciação musical da criança até a introdução dela nas orquestra profissional. Cada músico é um compositor além do maestro forró que faz todas as orquestrações do repertório da www.opbh.com.br e cria músicas próprias, componhe e escreve para orquestra do lata de sardinha ao tringulo, aos sax barítono , ao caixa, agogo, etc. etc. Esse cara é gênio pela performance instrumental, de ouvido,de escrita, de trabalho social, de responsabilidade socail com o seu quintal (bairro). Se todos fizessem isso o Brasil daria um salto quântico. Lembro centenas e centenas e mais centenas de outros nomes no nosso continental País que por força das circunstâncias de drive de memória neste momento não citei mas sinto que sito nas entrelinhas de pessoas comprometidas de fato com a seriedade de ser construtor social num País que ainda não possui claramente de maneira diáfana uma política cultural para o Estado Nação. Entendendo Política como a arte de definir recursos/planejar para curto, médio e longo prazo. Nesta ordem ou sequencia. Temos vários editais, programas, mas não consigo visualizar uma linha orientadora horizontalizad me dando um panorama para o bem ou para o mal (não assumiram isto ainda - não sei se é por incompetência ou por ação estratégica de não vir a ser cobrado ou questionado). Se for o segundo caso lamento a falta de brio e princípio ético. 13- Apesar de saber que (falando para os vários Chicos do nosso País, os Caetanos e os Gil´s e na expressão desse trio todos os nossos ícones de uma bela época, da nossa brasileira *belle´époque*) "E hoje eu sei Eu sei! Que quem me deu a idéia De uma nova consciência E juventude Está em casa Guardado por Deus Contando seus metais..." Cumprimentos, Givanildo Amâncio assinaturas eletrônica-sonora: http://www.youtube.com/watch?v=USX07vIJZFs http://concertoparavida.blogspot.com PS-Quando grandes nomes se juntarem como os nomes das estirpes, Elza, L. Cecilia Conde, Profa.Maria José-UFRJ, Consiglia, Cris BR-6, Professoras de Música universitárias, resolveriam-se os problemas da reforma da OMB numa porrada só. As mulheres são mais cabra macho do que os homens quando se trata de re-engenharia de elefantes brancos. Precisa ter o poder além do querer. Acho que elas se entenderiam bem com Dilma R. Observem que a OMB começou na casa do Presidente a luz de jantares e músicas. Poderá renascer pelo poder de Estado uterino através da soberania constituída por lei e os poderes respectivos que revestem a Presidenta. Peço desculpas aos machistas e ao meu lado machista para seguir com a minha verdade pessoal de leitura dos fatos. Os homens fundaram e afundaram. As mulheres tem o poder de dar luz. Fica a ideia da salvadora da pátria sonora e mãe gentil em prol de um novo brasil músico-classista. Os homens deverão se despir da vaidade assumirem-se como escravos e ajudantes (como diz a letra da música..."escravo do seu prazer e de sua glória...) nesta construção que são das mulheres. Deus fez a mulher da costela dos homens porque todos os grandes projetos precisam de um borrão, por isso ele fez primeiro o homem. Se disserem que estou numa atitude babatória não ficaria chateado por estar falando de algo que pra mim é uma realidade. Haverá um momento que tudo se equilibrará e as mulheres entenderam que não precisarão mais de jornadas duplas, carregando pedras na cabeça enquanto descansam e os homens perceberão que não possuem estruturas físicas para alimentarem fisicamente e emocionalmente uma criança com a mesma natureza da mulher. Após elas descontarem o que nós homens fizemos com elas (rs rs rs - tamo fritos). Depois, deixo aqui registado o pedido de perdão do homens pela opressão produto da ignorância - logo tocaremos juntos, sem haver vítimas e sem haver algoz, tocaremos tete a tete uma sinfonia coletiva e integrada de "som e luz". Em 15 de agosto de 2011 16:53, Jorge Antunes escreveu: > Olá, > > Para os que ainda insistem em contrapor música erudita e música popular, > musica boa e música ruim, vanguardista e repentista, envio a seguir trecho > de artigo que escrevi há uns 12 anos: > > Desde 1875, quando surgiu nos cabarés da Lapa, o maxixe era > abominado pela intelectualidade. Os eruditos torceram tanto o nariz que, > quatro décadas depois, a polícia proibiu a prática da dança em razão da > lascívia de seus praticantes. A baixaria só veio a ser reconhecida como arte > quando Mário de Andrade, já nos anos 30, qualificou o maxixe como a primeira > dança genuinamente brasileira e estudou sua gênese sincopada da cultura > afro-lusitana. > > Esse tipo de história, em que intelectualóides condenam a arte > comercial de mau gosto, viria a se repetir com a Geração Paissandu, no Rio. > Os jovens intelectualizados dos anos 60, freqüentadores do Cine Paissandu, > passaram a se apaixonar pelas musas de Godard depois de muito torcerem o > nariz para as chanchadas da Atlântida. Enquanto Anna Karina e Anne Wyazenski > eram cultuadas no Paissandu da Rua Senador Vergueiro, astros como Eliana, > Oscarito, Cyl Farney e Adelaide Chioso, na tela do Poeira da Rua Larga, eram > repudiados pelos intelectuais. Hoje a Chanchada é matéria de estudo na > Universidade, cultuada de modo científico, e é assunto de inúmeras teses > acadêmicas nas áreas de Cinema e Comunicação. > > Por essas e outras eu não condeno os tchans, as bundas > televisivas, as danças da garrafa e nem as egüinhas pocotós. Estou certo de > que dentro de uns 30 anos, teses e mais teses serão escritas na Academia, > estudando o comportamento e a semiologia das egüinhas rapidinhas dos bailes > funks, e a estética e estilística de poucos tons dos pocotós. Já vislumbro > defesa de tese no Anfi 9 da UnB, em 2040: *"A interdisciplinaridade como > forma de hibridismo na egüinha pocotó, sob um olhar fenomenológico e > calipigista".* > > *............................... > * > > Assim, não me assombro quando tenho notícias de que um > estudante secundarista mergulhou de modo cego sobre outros adolescentes > roqueiros durante o recreio. Isso é cultura. Se já é raro vermos jovens > malhando judas no Sábado de Aleluia, também não me assusto tanto. Nem mais > fico indignado ao ver consagrada a importação do halloween ianque. Tudo isso > é transformação cultural. > > ........................... > Abraços, > Jorge Antunes > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Tue Aug 16 14:33:26 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Tue, 16 Aug 2011 14:33:26 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula_?= =?iso-8859-1?q?=2E=2E=2Ese_n=E3o_participamos_n=E3o_temos_moral_ac?= =?iso-8859-1?q?ad=EAmica_para_questionar_nada?= Message-ID: > 1. é necessário haver uma associação de músicos? > sim pois associado o músico tem mais poder de negociação e tem um grupo que > o defende (quando esta associação presta serviços jurídicos) > NÃO PRECISA HAVER CONSELHO PROFISSIONAL PARA CONCEDER TÍTULAÇÃO DE MÚSICO PROFISSIONAL. MÚSICO NÃO PRECISA TER TAL CLASSIFICAÇÃO > 2. existem associações fora a omb? > QUE TENHA DIREITO RECONHECIDA PELO ESTADO SOCIAL E O DE ESTA DO DEIREITO NÃO CONHEÇO NEUNMA INSTITUIÇÃO QUE FAÇA ISSO E PREVARIQUE TANTO COMO A OMB, PELA AUSÊNCIA DOS SILVIOS QUESTIONADORES > sim; abmi, amar, arcmusicos, > 3. a associação baseará seus estatutos em que lei nacional? > NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA NO TOCANTE A ORGANIZAÇÃO E FUNCINAMENTO DO CONSELHO PROFISSIONAL QUE NADA TEM HAVER COM O SINDICATO FISIOLOGICAMENTE > até o momento baseava-se nas leis definidas pela lei de criação da omb > 4. uma entidade define o que é ou não música, o que é música boa ou ruim > etc? > NÃO, MAS PODE REGULAR E ESTABELECER UMA LINHA COM DISTANCIAMENTO CIENTIFICO, PARA O BOM EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA MACAQUEAÇÃO DA MÚSICA EUROPÉIA ( A MÚSICA DO SECULO PASSADO) PODERIA SER UM PONTO DE PARTIDA. HÁ REFERÊNCIAS MENSURÁVEIS PARA TAL. E DEPOIS SE SEGUIRIA PAR OUTRAS MATIZES E CLSTER ESTILÍSTICO OS MÚSICOS DE ORQUESTRA SINFONICA EM TODO PAÍS (EM V´RIOS ESTADOS) SÃO CONTRATADSO COMO PROFISSIONAIS EM NOME DA IDENTIFICAÇÃO DO CONSELHO PROFISSIONAL QUE O HABILITA LEGALMENTE COMO TAL. MACAQUEAMOS A MÚSICA EUROPÉIA SEGUNDO MÁRIO DE ANDRADE. MAS CONTRADITORIAMENTE OS MAIS VIRTUOSOS RECURSOS FINANCEIROS SÃO GASTOS/INVESTIDOS PELOS COFRE PÚBLICOS NESTE EQUIPAMENTOS, ELEITISTAS SOCIALMENTE, CONSIDERANDO A MASSA CRÍTICA ANALFABETA MUSICALMENTE EM NOSSO PAÍS. > não, uma entidade do tipo associação de músicos é criada sobretudo para > defender um grupo de profissionais frente a questões cotidianas como forma > de contrato e não para policiar a prática musical conforme estatutos > estéticos. > 5. o que uma lei de trabalho do músico permite? > A LEI PERMITE O QUE A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COLETIVA (COLETIVAMENTE CONSTRUIDA) CONSEGUIR ENXERGAR, DOS ARTIGOS DITOS AOS CASOS OMISSOS QUE PODERÃO SER REQUERIDOS , ELABORADOS ETC. A DISPERSSÃO QUE SILVIO COLOCA É O ESTOPIM PRINCIPAL DE UMA BOMBA MORNA. MAS QUE É PRECISO LEMBRAR QUE O QUE VIVEMOS É APENAS A SOMA DAS NOSSAS POSIÇÕES. TUDO MUITO DISPERSOS, SEM COESÃO, SEM UNIDADE COLETIVA, SEM A ALMA BRASILEIRA DA MUSICALIDADE DE VILA L. SE CONSEGUÍSSIMOS QUE ANPPOM SE HABILITASSE A EMITIR A TITULAÇÃO E RECONHECIMENTO PROFISSIONAL, GERAR O TÍTULO E A CATEGORIA DE PROFISSIONAL RECONHECIDO POR LEI, NÃO PRECISARÍAMOS DE MAIS NADA. TUDO SERIA UMA MARAVILHA. MAS, O SISTEMA DE CONCURSOS PÚBLICOS (ALGUNS) GERAM AUTOMATICAMENTE EM SEUS EDITAIS PREREQUESITO DE SOLICITAÇÃO DE INSCRIÇÃO NO CONSELHO PROFISSIONAL ESPECÍFICO. POR QUE NÃO SOMOS DÍGNOS NEM CAPAZES DE TERMOS UMA PROFISSÃO LEGALMENTE RECONHECIDA A QUEM INTERESSAR POSSA? Em 15 de agosto de 2011 16:44, silvioferrazmello < silvioferrazmello em uol.com.br> escreveu: > fico me perguntando: > > 1. é necessário haver uma associação de músicos? > sim pois associado o músico tem mais poder de negociação e tem um grupo que > o defende (quando esta associação presta serviços jurídicos) > 2. existem associações fora a omb? > sim; abmi, amar, arcmusicos, > 3. a associação baseará seus estatutos em que lei nacional? > até o momento baseava-se nas leis definidas pela lei de criação da omb > 4. uma entidade define o que é ou não música, o que é música boa ou ruim > etc? > não, uma entidade do tipo associação de músicos é criada sobretudo para > defender um grupo de profissionais frente a questões cotidianas como forma > de contrato e não para policiar a prática musical conforme estatutos > estéticos. > 5. o que uma lei de trabalho do músico permite? > ela define as horas de trabalho de uma músico, o que é diferente daquelas > de um porteiro: um porteiro recebe por hora, já um músico por receber por > hora ou por serviço...mas qual o tempo justo para exigir-se que um músico > trabalhe sem descanso....8 horas? o músicos recebe por tempo no palco e > ensaiando ou pela complexidade do repertório que está trabalhando? em uma > banda um músico recebe igual ao outro, o guitarrista que toca mais notas > recebe mais do que o baixista? o cantor (que entoa melodias) recebe mais do > que o baterista? o diretor artístico recebe mais do que o músico? o que faz > um diretor artístico? > > bem! estas são algumas questões que a lei da omb definiu bases e que > atualmente já tem novas e diversas versões, algumas interessantes outras > terríveis, e que estão dispersas em contratos conforme a entidade > contratante. > > o problema é que sem a associação os modos de contratação estão > dispersos...por isto existe o sindicato...mas o sindicato para agir tem de > basear-se em uma lei...em que lei ele se baseia? existem itens específicos > para a atividade de músico na clt? já falamos aqui antes sobre as definições > de profissões para a clt. Mas estamos de acordo com tais definições? Se > quisermos mudar algo fazemos como? > > lembro que a anppom á uma associação...com anuidade e tudo o mais...não tem > exame de ingresso mas para participar de um congresso tem de submeter o > trabalho à avaliação...e o texto do compositor não é avaliado pelo pianista, > nem vice versa. Ora, uma entidade de músicos profissionais pode bem > funcionar do mesmo modo. > > silvio > > > On Aug 15, 2011, at 11:07 AM, Ana Luisa wrote: > > Alô, Luciano > > Veja, nem sei se discordo ou concordo com a carta, que obviamente levantou > mais questões para as cento e tantas que aqui já foram colocadas. O chato > para mim é apenas a "europarte" que impera nessa e em outras colocações. > Acho que a carta do André ficaria ótima se tirasse toda a música que ele > desconhece. Mas também pode me colocar na fila dos descontentes se música > não for séria, como qualquer outra profissão (ahnn...e com o que concordamos > na carta dele mesmo?) > > --- Em *seg, 15/8/11, luciano cesar *escreveu: > > > De: luciano cesar > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Ana Luisa" > Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 2:13 > > É, pois é, Ana. Concordo com a posição do André (o eurocêntrico do > Scriabin), mas se for pra deixar de pensar na música como coisa séria, por > favor, me fuzilem. > > Luciano > > > > --- Em *sáb, 13/8/11, Ana Luisa * escreveu: > > > De: Ana Luisa > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Marcos Filho" > Cc: anppom-l em iar.unicamp.br > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 23:38 > > Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, > pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento > científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom > aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim > realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu > gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas? > Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre > o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas > manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os > povos musicais. > Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada, > um abraço a todos, > Ana > > --- Em *sáb, 13/8/11, Marcos Filho *escreveu: > > > De: Marcos Filho > Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > Para: "Anppom" > Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 > > > Muito bom Andre, > > Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe > com os egos de muita gente. > > Um abraço, > > Marcos Filho. > > Enviado via iPhone > > Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: > > Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela > Bortz. > > ------------------------------ > Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 > From: andrefadel em gmail.com > CC: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula > > > > > *Uma questão ridícula* > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > > Colegas: > > Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre > a decisão do STF. > Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão. > > Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir > o que decidiram. > Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. > > Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido quando > o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no > caso de médicos, engenheiros ou advogados". > Isso é verdade? > O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco > social? > Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada > conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de > desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem > perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela > representasse a realização fiel da partitura. > Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de > erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? > > O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. > O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o > mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da > Poesia para que pudessem escrever. > > Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da > Comunicação para chegar ao público. > O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas > diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte > contemplando o suporte diretamente. > A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca > sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que > deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação > exige profundo conhecimento técnico. > > À salutar discussão!!! > Abraços, > Jorge Antunes > > > > > > Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: > > Matéria da Folha de hoje < > http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml > > > ================================================== > > Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF > > FELIPE SELIGMAN > DE BRASÍLIA > > Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta > segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de > classe para exercer sua profissão. > > Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à > Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente > se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. > > Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento > de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se > apresentar. > > A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os > ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao > tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido > quando chegar no tribunal. > > Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só > pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um > "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", > afirmou. > > O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse > registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou > a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma > Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. > > Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que > julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por > entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Tue Aug 16 14:38:31 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Tue, 16 Aug 2011 14:38:31 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_congresso_virtual_reflexivo_?= =?iso-8859-1?q?=2E=2E=2Equando_sairemos_pra_pr=E1tica?= Message-ID: Prezado Estevão, você acaba de reforçar uma das minhas teses. Não podemos mudar nada que não conhecemos. Não participamos. Não sabemos do funcionamento com detalhes para reformar ou para afundar de vez essa erva daninha, tipo cortar o mal pela raíz. Estamos pagando o preço da nossa incompetência como equipe ou "família musical". Abs. Gil PS-Se eu pudesse mudar sozinho já o teria feito. Felizmente ou infelizmente não posso. Em 16 de agosto de 2011 09:40, Estevão Moreira escreveu: > De fato com organização as coisas ficam mais fáceis. > Outra coisa porém é o fato de que nas associações a eleição é aberta aos > seus associados. > No caso da atual Ordem dos Músicos é algo extremamente obscuro. Perguntei > na Ordem dos Músicos do Rio de Janeiro se havia reuniões e assembleias -- > claro, ingenuidade de minha parte -- e fiquei sabendo que existe sim.... > porém é fechada a uns "notáveis" que decidem o rumo das consequências > legais. > > A Ordem dos Advogados tem eleição, e as chapas concorrem apresentando > propostas e, sobretudo, contrapartidas aos seus representados. A OAB é tão > forte que de fato exerce influência no Brasil. > > abs > Estevão > > Em 15 de agosto de 2011 18:47, silvioferrazmello < > silvioferrazmello em uol.com.br> escreveu: > > não era minha intenção responder a todas questões, mas sim mostrar que de >> algum modo é necessário um movimento e que quando se tem uma associação as >> coisas são mais fáceis. >> >> abs >> silvio >> >> >> On Aug 15, 2011, at 5:42 PM, luciano cesar wrote: >> >> Sobre as questões do senhor Silvio Ferraz: >> >> Muito bem colocadas. Há uma questão aqui que ele não respondeu: >> >> >> >> o problema é que sem a associação os modos de contratação estão >> dispersos...por isto existe o sindicato...mas o sindicato para agir tem de >> basear-se em uma lei...em que lei ele se baseia? existem itens específicos >> para a atividade de músico na clt? já falamos aqui antes sobre as definições >> de profissões para a clt. Mas estamos de acordo com tais definições? Se >> quisermos mudar algo fazemos como? >> >> >> silvio >> >> >> O pessoal do SIMPRATEC está tentando vincular judicialmente a categoria >> dos músicos no artigo 7, da constituição, salvo engano, que regulamenta a >> profissão do trabalhador intelectual. Toda a regulamentação partiria desta >> delimitação para as especificidades. Acredito que, no que se refere a >> ganhos, tabela de honorarios, etc., quanto mais uniforme for o tratamento >> dado aos diferentes tipos de músicos, melhor >> >> Alô, Ana... >> >> Concordamos em que a OMB precisa mudar urgentemente, se não for extinta. >> Sobreo Eurocentrismo, não sei é se chega a ser uma questão, a gente é tão >> impregnado de cultura estrangeira, língua, ciência, etc... quanto da nossa >> própria. >> Abraço, >> Luciano >> >> On Aug 15, 2011, at 11:07 AM, Ana Luisa wrote: >> >> Alô, Luciano >> >> Veja, nem sei se discordo ou concordo com a carta, que obviamente levantou >> mais questões para as cento e tantas que aqui já foram colocadas. O chato >> para mim é apenas a "europarte" que impera nessa e em outras colocações. >> Acho que a carta do André ficaria ótima se tirasse toda a música que ele >> desconhece. Mas também pode me colocar na fila dos descontentes se música >> não for séria, como qualquer outra profissão (ahnn...e com o que concordamos >> na carta dele mesmo?) >> >> --- Em *seg, 15/8/11, luciano cesar *escreveu: >> >> >> De: luciano cesar >> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> Para: "Ana Luisa" >> Data: Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011, 2:13 >> >> É, pois é, Ana. Concordo com a posição do André (o eurocêntrico do >> Scriabin), mas se for pra deixar de pensar na música como coisa séria, por >> favor, me fuzilem. >> >> Luciano >> >> >> >> --- Em *sáb, 13/8/11, Ana Luisa * escreveu: >> >> >> De: Ana Luisa >> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> Para: "Marcos Filho" >> Cc: anppom-l em iar.unicamp.br >> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 23:38 >> >> Que coisa... pois foi essa mesma carta do André que me deixou chateada, >> pelos "paupérrimos Beatles" e coisas afins. A música não é instrumento >> científico? porque não pode ser? É só para curtir? Interessante o tom >> aparentemente menos sério, menos empolado, desafiador, talvez. Mas, se assim >> realmente o fosse, o colega provavelmente não teria que se defender com seu >> gosto refinado entre parênteses, ne c'est pas? >> Nada contra ninguém e dúvidas muitas sobre a OMB, mas o entendimento entre >> o Jorge Antunes e o que lhe pediu desculpas (desculpem-me também, são muitas >> manifestações), ainda parecem mais próximas de um entendimento entre os >> povos musicais. >> Daqui da fila de trás dos compositores, mas numa seriedade danada, >> um abraço a todos, >> Ana >> >> --- Em *sáb, 13/8/11, Marcos Filho *escreveu: >> >> >> De: Marcos Filho >> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> Para: "Anppom" >> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 16:59 >> >> >> Muito bom Andre, >> >> Há muito tempo não via uma mensagem tão lúcida nesta lista. Sei que mexe >> com os egos de muita gente. >> >> Um abraço, >> >> Marcos Filho. >> >> Enviado via iPhone >> >> Em 12/08/2011, às 18:41, Graziela Bortz escreveu: >> >> Adorei isto, particularmente a última frase! Obrigada, André. Graziela >> Bortz. >> >> ------------------------------ >> Date: Thu, 11 Aug 2011 12:43:27 -0300 >> From: andrefadel em gmail.com >> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >> Subject: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >> >> >> >> >> *Uma questão ridícula* >> >> >> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música >> a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma >> grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem >> a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou >> para cada um de nós. >> >> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas >> então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas >> de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, >> ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. >> >> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, >> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles >> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos >> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >> >> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se >> o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o >> cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou >> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se >> curtir. >> >> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem >> alcançar. >> >> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela >> ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está >> relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para >> aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um >> sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a >> fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de >> uma vacina). >> >> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na >> minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* >> >> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma >> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das >> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo * >> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no >> mundo. >> >> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber >> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo >> no nariz alheio. >> >> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não >> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de >> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o >> que também é uma enorme bobagem. >> >> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >> >> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música >> com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução >> profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer >> criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >> >> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua >> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >> >> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >> >> >> André Fadel >> >> Pianista e compositor >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> 2011/8/8 SBME . >> >> Colegas: >> >> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >> sobre a decisão do STF. >> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >> questão. >> >> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >> decidir o que decidiram. >> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >> >> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >> Isso é verdade? >> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >> social? >> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada >> conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de >> desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >> representasse a realização fiel da partitura. >> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >> >> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. >> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >> Poesia para que pudessem escrever. >> >> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >> Comunicação para chegar ao público. >> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >> contemplando o suporte diretamente. >> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >> exige profundo conhecimento técnico. >> >> À salutar discussão!!! >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> >> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: >> >> Matéria da Folha de hoje < >> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >> > >> ================================================== >> >> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >> >> FELIPE SELIGMAN >> DE BRASÍLIA >> >> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >> classe para exercer sua profissão. >> >> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >> >> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento >> de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se >> apresentar. >> >> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >> quando chegar no tribunal. >> >> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só >> pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um >> "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >> afirmou. >> >> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >> >> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> ________________________________________________ Lista de discuss?es >> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > Estevão Moreira > Mestrando em Música e Educação - UNIRIO > estevaomoreira.wordpress.com > @estevaomoreira > > > ::::::::::::::::::FOPPEM -- Fórum de Partilha de Práticas em Educação > Musical > ::::::::::::::::::foppem.wordpress.com > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From gandharva_dasa em hotmail.com Tue Aug 16 15:13:34 2011 From: gandharva_dasa em hotmail.com (Carlos Arthur) Date: Tue, 16 Aug 2011 15:13:34 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?M=C3=BAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e_O?= =?utf-8?b?TUIp?= In-Reply-To: References: , , , <06D8BC0A-7504-489D-B1D6-80470DD07D65@me.com>, , Message-ID: Prezado sr. Jorge Antunes, Acho certo o q o sr. diz que é com o sistema capitalista q essa situação q eu apontei ocorre. Mas referente aos impostos, parece q está claro q no Brasil a definição de imposto é outra. Com as melhores regalias e salários do mundo dos politicos brasileiros não seria coincidência nenhuma estarmos em 58º lugar na qualidade da Educação no mundo. Tudo bem, são só dados estatísticos, mas parece q refletem bem a realidade. Então acho q 'calma' é o q nós brasileiros temos em excesso, e falta muita hostilidade. Poderíamos observar melhor o povo chileno, os espanhóis, os gregos, os ingleses, além de outros na atualidade e seguir seu exemplo. Eu não me importo com a utilização de músicas com fórmulas mágicas de hipnose coletiva. Acho q devem continuar existindo, algumas até gosto. O problema é quando existem interesses econômicos por detrás do uso dessas fórmulas e o q acontece é q o povo não recebe mais nada de cultura musical. Acho ruim sim não conhecer Brahms, Bach, Villa-Lobos, Noel Rosa, a música dos esquimós, dos golfinhos e baleias, etc etc da mesma maneira q é ruim não saber quem foi Napoleão, Hitler, Colombo, Cabral, e etc (claro q é um conhecimento q vai se criando aos poucos, no início ele pode até ser errôneo, e com o tempo vão se descobrindo coisas novas sobre esses personagens). Pois pra mim "gosto" é diretamente proporcional ao conhecimento q se tem. Penso q uma Ordem dos Músicos ou um Sindicato dos Músicos deveria não só se preocupar com o mínimo que um músico deveria ganhar, mas também com o "máximo". Para "um" ser "rico" é imprescindível q existam "centenas" de "pobres". Muitos de nós conseguimos ter um relativo conforto e por isso deixamos de pensar nessas questões tão difíceis de resolver, mas bem q nós brasileiros podíamos aproveitar o embalo dos outros países q eu citei. É um prazer falar com o sr., e obrigado pela resposta. Abraços, Carlos Pereira. Date: Tue, 16 Aug 2011 13:08:30 -0300 Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) From: antunes em unb.br To: gandharva_dasa em hotmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br Prezado Carlos Pereira: Calma! Sem hostilidades! Essa situação que você aponta se deve ao fato de não ter sido ainda enterrado o sistema capitalista. A luta política é o bom caminho, com o trabalho de formiguinha de educar o povo, defendendo a implantação de uma verdadeira democracia real, acabando com o massacre dos pequenos partidos ideológicos, lutando em favor do financiamento exclusivamente público das campanhas políticas, implantando o grande imposto sobre grandes fortunas, lutando pela educação de qualidade pública e gratuita para tod em s etc, etc. Abraço, Jorge Antunes Em 16 de agosto de 2011 05:08, Carlos Arthur escreveu: Caros, Fico me perguntando: "Como não haver a hostilidade de músicos (de qualquer estilo que seja) que estudam e dedicam uma vida inteira "e que possuem uma vida economicamente difícil", com outros que, estando longe de serem gênios com uma dedicação "mínima" ao ESTUDO do som e da música se tornam "milionários" fazendo multidões comparecerem às suas performances musicais? Carlos Pereira. From: danielpuig em me.com Date: Mon, 15 Aug 2011 17:20:49 -0300 To: fenerich em gmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) ufa... finalmente alguém que soube colocar em palavras o que estava me incomodando... obrigado, ale!!! Em 15/08/2011, às 10:15, ale fenerich escreveu: 1. Questão de estilo: Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. 2. Questão ideológica (?): Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar. Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é risco social? Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja! Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e sexismo. Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético. "Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz. Aliás talvez tenhamos o que aprender mais ali, nas performances de corpo presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite, somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco. Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós. Espero não ter sido ofensivo. Atenciosamente Alexandre Fenerich Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio escreveu: Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com dividiria a resposta em algumas frentes do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por exemplo com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva, observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas do reboleition a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol do pensar musicala falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de possibilidades cientícas com rigor a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos, garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de várias profissões. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da classe/do conselho profissional? felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco , inacreditavelmente no Séc. XXI abs. Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique escreveu: Queridos amigos e colegas da ANPPOM, Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. - O exercício profissional da música representa risco social? Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. Abraços,Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Tue Aug 16 17:09:22 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Tue, 16 Aug 2011 21:09:22 +0100 Subject: [ANPPOM-L] [etnomusicologiabr] Re: STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. In-Reply-To: References: <1313275580.52273.YahooMailClassic@web161713.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Caro Lucas, agradeço seu email. Parabenizo-o pelo poder de síntese qaue pra mim se apresenta como enorme desafio. Retomo a bojo das suasquestões: "...quando falamos de um curandeiro, não estamos falando de um médico, muito embora, respeitados as devidas realidades, vemos que há similaridades. o médico é melhor ou mais importante do que o curandeiro? sem dúvida não...mas são diferentes categorias profissionais com certeza; "é o mesmo que confundir agua e vinho, duas excelentes bebidas". honestamente, não sei como regular através de um orgão todas estas "excelentes bebidas". as vezes penso que um Dj, rapper, ou dupla sertaneja já são regulados; justamente pelas normas excepicionalmente rígidas da industria da cultura e do entretenimento. mas aí já não há, paradoxalmente, a *pluralidade*, posto que o processo industrial confere a "tudo um ar de semelhança" (como diria Adorno). e os artístas, podem ser regulados? a obra pode ser, em sua "singularidade solitária" ter alguma regulação, como os pressupostos de suposta brasilidade impingidas à cultura. se sim, como fazer..." Abaixo irei cola-la e responder entremeadamente el letras máiúsculas, ok.. quando falamos de um curandeiro, não estamos falando de um médico, muito embora, respeitados as devidas realidades, vemos que há similaridades. AQUI RETOMO A EXPLICAÇÃO DA GESTALT QUE AFIORMA QUE NUMA SUPERFICIE PROFUNDA SOMO COMPOSTO PELO MESMO MATERIAL o médico é melhor ou mais importante do que o curandeiro? sem dúvida não... mas são diferentes categorias profissionais com certeza; A DIFERENÇA ENTRE CATEGORIA PROFISSIONAL É EXPLICADA TAMBÉM PELA GESTALT QUE DIZ QUE APÓS A SUPERFÍCIE PROFUNDA QUE CONSTITIUI-NOS IGUALITARIAMENTE DO MESMO MATERIAL NOSSAS ESSÊNCIAS VEM A SUPERFÍCIE. ESTA ÚLTIMA SE ADEQUA A CADA CULTURA E A CADA CONJUNTO DE COSTUMES E PRÁTICAS DE CADA ALDEIA, DE CADA COMUNIDADE , DE CADA QUINTAL UNIVERSITÁRIO. O MATERIAL QUE SOMOS FORMADOS É O MESMO, PORÉM, NA NOSSA SUPERFICIE (SE COMPARARMOS EM TERMOS MACRO - SERIA O QUE OS ASRRONOMOS CHAMAM DE UNIVERSO OU PLANISFÉRIO APARENTE) VAMOS NOS CONFIGURANDO SEGUNDO OS ARQUÉTIPOS DIFERENTES QUE HABITAM CADA BLOCO DE CONVIVÊNCIA. CADA CONJUNTO HABITACIONAL, MESMO QUE VIRTUAL COM ESTE. ESTÁ NESTE QUADRADO QUEM TEM ALGUMA COISA DE SUPERFÍCIE MUSICAL, SONORA, ETC. "é o mesmo que confundir agua e vinho, duas excelentes bebidas". SEGUINDO ESTE RACIOCÍNIO NÃO CONFUNDIRÍAMOS NUNCA ÁGIUA COM VINHO, POR SABERMOS QUE A ESSÊNCIA É ÁGUA, MAS HÁ NA GRELHA ATÓMICA DOS ELEMENTOS ALGUMAS CONFIGURAÇÕES ATÔMICAS CONFIGURADAS EM FORMATOS DIFERENTES OS QUAIS DETERMINAM FOTOGRAFIAS ESTRUTURAIS E EXISTENCIAIS DIFERENTES EM SUAS TERMINALIDADES honestamente, não sei como regular através de um orgão todas estas "excelentes bebidas". UM ÓRGÃO REGUILADOR NÃO PODERIA SER POLICIAL NEM CASTRADOR. LOGO A CONVIVÊNCIA SERIA DETEMINADA A PARTIR DE EXEMPLOS JÁ EM TRÂNSITO. NATURALMENTE NÃO INVENTARÍAMOS A RODA, MAS PODEMOS MELHORA-LA COMO FIZERAM NOSSOS CONTEMPORÂNEOS, QUE MANTIVERAM A RODA DE MADEIRA E CRIARAM A RODA DE BORRACHA. OS CARROS DO FUTURO TERÃO RODAS E MOTEORES COM ESTRUTURAS MAGNÉTICAS, PROVAVELMENTE POR POLUIR PRÓXIMO DE ZERO NO NOSSO CASO O RESPEITO SIMBÓLICO A TODOS OS MÚSICOS PODERIA SER ALGO A SER INSTITUCIONALIZADO. UMA VEZ QUE A INSTITUIÇÃO QUE POR ORA EXISTE ESTÁ NUMA POSIÇÃO CADAVÉRICA, MORREU E SE ESQUECERAM DE ENTERRAR. AGORA HÁ MORTOS QUE MESMO MORTOS INCOMODAM POR NÃO TEREM CUMPRIDO OS SEUS PAPEIS NOS ÚLTIMOS ANOS(ÚLTIMAS DÉCADAS) CASO DA OMB... PORQUE INSISTO NISSO DE ACABAR DE VEZ OU REFORMAR A OMB, PORQUE DIZ RESPEITO A HERANÇA HISTÓRICA DA CLASSE DOS MÚSICOS DO BRASIL. SE NÃO TEMOS MEMÓRIA HITÓRICA, NÃO TEMOS PASSADO, NEM PRESENTE, NEM FUTURO. A CONSCIÊNCIA DESSES ASPECTOS APONTAM PARA A AFIRMATIVA DE QUE TEMOS SIM PASSADO HISTÓRICO. UM GRUPO DE MÚSICOS FALARAM COM O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ÉPOCA. CRIARAM UM ÓRGÃO QUE EM NOME DA REPÚBLICA QUALIFICAM PROFISSIONAIS. ISSO HOJE ESTÁ DISTORCIDO E FUNCIONANDO HEDIONICAMENTE (PODEMOS CORRIGIR COM NOSSA PARTICIPAÇÃO) NÃO ESTOU FAZENDO JUIZO DE VALOR. MINHA INTENÇÃO É DIZER QUE TEMOS HISTÓRIA PASSADA INTERESSANTE. UM PRESIDENTE NOS DEU INSTITUCIONALMENTE O PODER DE AUTARQUIA FEDERAL DE 3º GRAU PARA ADMINISTRARMO-NOS ENQUANTO CLASSE. NO INÍCIO TUDO FOI FLORES. MUITOS MÚSICOS SAIRAM DA CLADESTINIDADE E PASSARAM A SER RECONHECIDO PELO SISTEMA COMO PROFISSIONAIS DE DIREITO". AINDA NÃO ESTOU ANALIZANDO O PROFISSIONALISMO DE DIREITO E DE FATO. MAS SEGUINDO O FATO HISTÓRICO. MUITAS ORQUESTRAS SINFONICAS CONSOMEM PROPORCIONALMENTE UMA QUANTIDADE DE DENHEIRO PÚBLICO RELEVANTE E SIGNIFICATIVA - SOBRETUDO SE CONSIDERARMOS A BAIXA DENSIDADE DEMOCRÁFICA DO PÚBLICO CONSUMIDOR. HÁ PESQUISAS CIENTIFICAS APONTANDO PARA ESTA QUESTÃO COMPROVADAMENTE DO PONTO DE VISTA DOCUMENTAL. TIVE ACESSO A ESTE INFOMRAÇÃO NAS AULAS DA DRA. SALWA CASTELO BRANCO NA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA NO SEMINÁRIO HISTÓRIA DA ETNOMUSICOLOGIA. HOJE A ORDEM ESTÁ UMA DESORDEM, HERMÉTICA, DESCONHECIDA PELA CLASSE. A ORDEM NÃO SE INTERESSA EM PROPAGAR SUAS FORMAS DE FUNCIONAMENTO POR QUESTÕES ESTRATÉGICAS DE PERENIZAÇÃO DAS TETAS. OS MÚSICOS, APESAR DE TODA A MODERNIDADE DA INTERNET, NÃO SE MOBILIZAM PARA CONHECEREM COMO SE ORGANIZA UMA ORDEM, COMO FUNCIONA, QUAIS OS PONTOS NEUROFRÁGICOS E ATACA-LOS AGRESSIVAMENTE CAUSANDO A SUA MORTE INSTITUCIONAL OU SU RESIGNIFICAÇÃO. HOJE ESTAMOS NUMA TRANSIÇÃO IMPORTANTE. NÃO TEMOS MORAL ACADÉMICA PARA QUESTINOARMOS A ORGANIZAÇÃO DA CLASSE PORQUE NÃO PARTICIPAMOS ATIVIAMENTE DELA E LEGALMENTE SOMOS INELEGÍVEIS. QUEM JÁ TEVE NOTÍCIA DO CAVALO DE TRÓIA NA HISTÓRIA E NO INFOMAIL, NO CAMPO VIRTUAL, SABE QUE JÁ PASSAMOS DA HORA DE CONSTITUIRMOS O NOSSO CAVALO DE TRÓIA POR BEM OU POR MAL PARA O ALEIJÃO HISTÓRICO-CONTEMPORÂNEO QUE APRENDEMOS A CONVIVER E A FAZER DE CONTA QUE NADA EXISTE E QUE NÃO TEMOS NADA COM ISSO. SOMOS HOJE O PRODUTO DA SOMA DE TODO NOSSO PASSADO HISTÓRICO. SEREMOS RESPONSÁVEIS POR MANTERMOS ESTA DROGA OU DENONA-LA. O NOSSO FUTURO DENPEDERÁ DO QUE FIZERMOS AGORA. A RESPONSABILIDADE TERÁ QUE SER TOMADA EM GRUPO. JÁ EXPLIQUEI QUE NÃO HÁ RESPONSABILIDADE CONQUISTADA, OU VC TOMA A RESPONSABILIDADE PRA OU NADA FEITO. SEREMOS APENAS MAIS UM NA MULTIDÃO...COMO NOSSO ANTECESSORES E COMPATRIOTAS E CONTEMPORÂNEOS ESTAMOS SENDO UM PRO OUTRO. ATÉ ENTENDO QUE É MAIS FÁCIL NADA FAZER DO QUE SE COMPROMETER, POIS ESSAS COISAS DÃO TRABALHO. ESTAMOS JÁ ASSOBERBADOS DE TRABALHO. CONTRADITORIAMENTE OU NÇAO QUE MAIS TRABALHA É QUEM MAIS PRODUZ. SE A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS, A AFIRMAÇÃO TÁ CORRETA DE QUE "A PREGUIÇA É A CHAVE DA POBREZA" E ACRESCENTARIA DA MEDIOCRIDADE. ASSIM TAMBÉM A IGNORÂNCIA HISTÓRICA É A MÃE DE FUTUROS INCERTOS OU NÃO FUTUROS. ENTENDENDO O PASSADO COMPREENDEMOS O PRESENTE PROJETAMOS O FUTURO PASSAREMOS A COMPREENDER E A ENTENDER O PORQUE DAS COISAS. A FALTA DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO SÃO PAIS E MÃES DA BURRICE, VEJO ALGUNS COLEGAS QUESTIONANDO COM RIDÍGULO UM ÓRGÃO DE CLASSE DANIFICADO PELO VIRUS DA DESVALORIZAÇÃO PARTICIPATIVA (ACHO QUE ATÉ PELA FALTA MESMO DE CONHECIMENTO HISTÓRICO E DA IMPORTÂNCIA LEGALISTA E DE ALTERIDADE PARA A CLASSE) MUITOS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS SE COMPORTANDO COM ADOLESCÊNCIA TARDIA UTILIZANDO ADJETIVOS "RIDÍCULOS". * ridículo* *adj.* 1. Digno de riso zombeteiro; merecedor de escárnio. 2. Insignificante; que tem pouco valor. *s. m.* 3. O que é ridículo. 4. Pessoa ridícula. 5. Zombaria, escárnio. ACHO QUE COISAS SÉRIAS EXIGEM COMPORTAMENTOS SÉRIOS. POR OUTRO LADO TAMBÉM ENTENDO QUE DEVO CONTINUAR RESPEITANDO E CONSIDERANDO TODOS POR SABER QUE TEMOS OS DEDOS DAS MÃOS COM TAMANHOS E ESTÁGIOS DIFERENTES. ASSIM É ASSOCIEDADE, PLURAL. NOS RESTA CONVIVERMOS RESPEITOSAMENTE COM AS DIFERENÇAS. as vezes penso que um Dj, rapper, ou dupla sertaneja já são regulados; justamente pelas normas excepicionalmente rígidas da industria da cultura e do entretenimento. mas aí já não há, paradoxalmente, a *pluralidade*, posto que o processo industrial *confere a "tudo um ar de semelhança" (como diria Adorno)*. RELEMBRO AQUI CECIL SHARP QUE AFIRMOU COM SEGURANÇA CIENTÍFICA, O QUE CONTINUA VÁLIDO ATÉ HOJE QUE AS COMUNIDADES POPULARES SÃO DINÂMICAS COM SUAS EXPRESSÕES FOLK´S, SEJAM NA ÁREA DE MÚSICA OU DE DANÇA. ACRESCENTARIA ALLAN MERRIAM, B. BARTÓK E OUTROS ETNOMUSICÓLOGOS PARA REFLETIR A RELAÇÃO MÚSICA FEITA NA ACADEMIA E MÚSICA FEITA NO POVÃO, ETC. AGORA NUM CAMPO ORGANIZATIVO DE CLASSE CABERIA APENAS O ESTABELECIMENTO DE UMA LINHA INICIALMENTE E AS PESSOAS SE ENQUADRARIAM OU NÃO NELAS. ACHO QUE SERI PRUDENTE COMEÇAR POR ONDE TEMOS MÚSICOS EMPREGADOS A PARTIR DO TÍTULO DE MÚSICO PROFISSIONAIS QUE SÃO AS ORQUESTRAS. TEMO QUE SE DEIXAR DE EXISTIR TAL TITULARIDADE VENHA POR GERAR UM ARGUMENTO PARA ÓRGÃOS EMPREGADORES BIAXAR VALORES SALARIAS E OU ATÉ NEM MAIS PRECISAR CONTRATAR SEGUINDO A LÓGICA PROFISSIOANLISTA. ÓRGÃO DE CLASSE CREDENCIA O SUJEITO COMO PROFSSIONAL ÓRGÃO EMPREGA E O SINDICATO BUSCA MANTER A QUALIDADE DE VIDA TRABALHISTICAS E SUAS RELAÇOES PRÓPRIAS DO MUNDO DO TRABALHO. ACHO ATÉ QUE O SINDICATO PODERIA VIR A CONCEDER TÍTULOS PROFISSIONALIZANTES RECONHECIDOS PELO ESTADO, O FATO É QUE AINDA NÁO O FAZ. QUEM NÃO ESTIVE NESSA RELAÇÃO DE TRABALHO, IRIA ENTRANDO AOS POUCOS APARTIR DE UM CONSTRUÇÃO E PARTICPAÇÃO COLETIVA. TEMOS VÁRIAS ASSOCIAÇ~EOS DE MÚSICA NO BRASIL FUNCIONANDO DE FORMA INTERESSANTE. TEMOS A OMB E SINDICATOS QUE NÃO ESTÃO FINCIONANDO MAS DETÉM O PODER LEGAL DE REPRESENTAÇÃO. ACHO QUE NÃO SE LIGAR NISSO É DEIXAR A DERIVA É ALGO NO MÍNIMO IRRESPONSÁVEL. TENTAR TAPAR O SOL COM A PENEIRA E CONTINUAR DANDO "JEITINHO BRASILEIRO" PONTUAIS PARA SE LIVRAR DE RELAÇÕES DOCUMENTAIS OU DIBLAR AS INCOMPETÊNCIAS DESSES ÓRGÃOS, NÃO TEM HUMOR NENHUM E NÃO OFERECE SOLUÇÕES COLETIVAS. FICA , TIPO, QUEM SABE SE MEXER BEM , SE SAFA, ARRUMANDO DOCUMENTAÇÕES TRANSITÓRIAS COM COMBINAÇÕES LEGILATIVAS NUM ENGENHICA COMPLICADA, OLHANDO APENAS PARA SEU PRÓPRIO UMBIGO. EXPLODIR, SIMBOLICAMENTE, O CONESLHO E CRIAR OUTRO ÓRGÃO DE CLASSE PODERIA SER A SOLUÇÃO PALUSÍVEL. e os artístas, podem ser regulados? ARTES E ARTISTAS NÃO SE REGULAM. O EXERCÍCIO PROFISSIONAL É CONVENIENTE QUE SE REGULE. NÃO É ATOA QUE EM PAISES E ESTADO DA EUROPA QUE CONHECI E OUTROS AMERICANOS CUIDAM DISSO MUITO BEM. OUTROS NÃO. MAS, A NOSSA REFER~ENCIA DEVE SER OS PAÍSES QUE FUNCIONAM BEM, ÓBVIO. a obra pode ser, em sua "singularidade solitária" ter alguma regulação, como os pressupostos de suposta brasilidade impingidas à cultura. se sim, como fazer ACHO QUE QUEM REGULA A CRIAÇÃO É A LINHA HISTÓRICA. QUEM JULGA É QUEM TEM VISÕES PANORÂMICAS. POR ISSO UM SÉCULO MUSICAL SÓ PODE SER ANALISADO PELOS SÉCULOS VINDOUROS. NÓS SEREMOS ENXERGADOS E MELHOR MENSURAODOS DEPOIS QUE OCORRER O DISTANCIMENTO CIENTIFICO PARA UMA ANÁLISE MAIS AMPLA. PORÉM, A PARTIR DO ESTABELECIMENTO DE UMA LINHA (SEMELHANTEMENTE A LINHA DE PESQUISA NO MESTRADO), TEREMOS UM CONJUNTO DE INDICADORES PARA BALIZAMENTO DE UM POSSÍVEL ENQUADRAMENTO. EXATAMENTE É ISSO QUE NÃO TEMOS NA OMB. ELES NÃO ANALISAM NADA NÃO TEM LINHA NENHUMA VENDEM CARTEIRAS PELOS INTERIORES EM JIPES LEVAM CARTEIRAS PROFISSIONAIS EM QUARTO DE HOTEIS PARA BANDAS DE PAGODE NÃO SE ENVOLVEM COM A QUESTÃO DE EDUCAÇÃO NA ESCOLAS - O QUE SERIA TOTALMENTE PERTINNETE E DEVER PELOS ARTIGOS DA LEI QUE REGE A OMB DEVERIAM PROMOVER , POR FOÇA DA LEI COM ARTIGOS COMBINADOS 16 E 26 CURSOS ETC. E NÃO FAZEM ISSO MÚSICOS INSCRITOS NÃO SABEM QUE TEM ESTE DIREITO E NÃO COBRAM, NÃO EXIGEM NÃO EXERCEM SUAS CIDADANIAS NO FINAL DE TUDO ATÉ ENTENDO QUE CADA UM SÓ DAR O QUE TEM. SE OS PROFESSORES UNIVERSITÁRISO DE MÚSICA DESPREZAM A IMPORTÂNCIA INSTITUCIONAL DE UMA CLASSE PROFISSIONAL, ISTO JÁ ME DIZ MUITAS COISAS SOBRE O FUTURO E POSSO GARANTIR QUE NÃO SÃO CHEIROSAS/SONORAS E MUITOS MENOS MUSICAIS. ABS. Em 16 de agosto de 2011 05:00, Lucas Eduardo escreveu: > Caro Gil > > creio que vc compreendeu bem meu questionamento, inclusive ele está bem > resolvido na tua resposta. > > talvez devo apenas ampliar a questão no seguinte sentido: em muito da > discussão, me parece que são confundidos como uma só coisa *arte *e *cultura. > *há isomorfismo entre Amado Batista e Beethoven? não creio...culturalmente > ambos são legitimos? me parece que sim...mas (agora penso na concepção de > cultura do filósofo Heidegger) se é inquestionavel a pluralidade (ela é > imanente ao genero humano), na minha opinião, para se pensar de uma forma > mais profunda no que é a profissão de músico, devemos tentar compreende-la a > partir de pressupostos artisticos: em muitos casos penso que quando falamos > de um curandeiro, não estamos falando de um médico, muito embora, > respeitados as devidas realidades, vemos que há similaridades. o médico é > melhor ou mais importante do que o curandeiro? sem dúvida não...mas são > diferentes categorias profissionais com certeza; "é o mesmo que > confundir agua e vinho, duas excelentes bebidas". honestamente, não sei como > regular através de um orgão todas estas "excelentes bebidas". as vezes penso > que um Dj, rapper, ou dupla sertaneja já são regulados; justamente pelas > normas excepicionalmente rígidas da industria da cultura e do > entretenimento. mas aí já não há, paradoxalmente, a *pluralidade*, posto > que o processo industrial confere a "tudo um ar de semelhança" (como diria > Adorno). e os artístas, podem ser regulados? a obra pode ser, em sua > "singularidade solitária" ter alguma regulação, como os pressupostos de > suposta brasilidade impingidas à cultura. se sim, como fazer...fica a > questão... > abração > > Lucas Galon > > Em 16 de agosto de 2011 00:05, Gil Amâncio escreveu: > > Prezado Lucas, não entendi seu questionamento. >> Peço desculpas. >> Se puder me esclarecer agradeço-lhe antecipadamente. >> Porém, me arriscarei a fazer alguns paralelos fundamentacionais do termo >> pluralismo no meu universo- restrito as percepções pessoais. >> Se pensarmos no pluralismo com existência inexorável do ser humano diria >> que somos um ser complexo e pagamos o preço muito alto por destilarmos >> açúcares (que originalmente o natural é preto) para um único tipo de açúcar >> (monosacarose) cheio de pó de ossos de cadáveres de animais e outras >> substâncias que transformam artificialmente o açúcar afro-descendente em >> açúcar branco. >> Nós consumimos mas o corpo não. Primeiro o corpo quebra o açúcar branco, >> sobreponhe reservas de cálcio do próprio corpo, transforma o açúcar branco >> em natural denovo e depois consome. >> Isso quebra e gasta muita energia do corpo. >> Isto explica porque após almoço (que se tranfomra em açúcar) e sobremesa >> (com açúcar) sentimos sono. Este tipo de alimentação evasiva faz com que o >> corpo gaste mais energia para se livrar da estrutura alimentar e/ou >> reajusta-la do que cosuma a energia utilizada para alimentar o nosso corpo >> (sistema dinamogênico - Mário de Andrade - Pequena História da Música). >> As substâncias naturais são complexas. Estas são biogênicas (geram vidas). >> O contrário são alimentações biosídicas ou bioestáticas, que matam ou >> estacionam a vida) - princípios da fundação Dr. Soleil - Livro como >> desitoxicar seu corpo vendido nas Paulinas, construido/elaborado por uma >> fundação francesa. >> Não é só a erva, não é só a erva-daninha. o conjunto sistémico das coisas >> é que funciona de forma equilibrada. >> O estar aberto para os diálogos sem preconconceitos, como dizia o pai da >> física moderna (me refiro a Einstein) quando afirmou sua frustração em >> perceber que o átomo que era indivisível tinha sido subdividido e ou >> conceito de dureza (indivisibilidade ultrapassada), literalmente tinha sido >> o núcleo desintegrado mas o preconceito não. >> O que refletimos neste espaço é não termos pré-conceitos, mas conceitos >> claros: >> 1-Trocar o verbo acabar por reformar a OMB >> 2-Limpar os canalhas pelas forças reflexivas de um conjunto de pessoas >> sérias e que suponho que façam a s coisas certas, sobretudo quando não tem >> ninguém olhando. >> 3- agregar necessidades coletivas definindo democraticamente um eixo de >> ação que contemple o pluralismo do nosso povo e da nossa Nação Brasileira >> que seguramente, pela miscigenação fantástica, possui um dna e uma carga >> genética cultural (multicultural, transcultural, intercultural = >> pluralismo). >> Uma 'nova ordem' associativa/coletiva/com espírito de grupo e alma >> coletiva deveria pensar nos novos músicos com >> necessidades atuais além da "obrigação de fazer" a contrução de nova >> instituição representativa para acolher e alimentar (como árvore frondosa) a >> nova civilização que se aproxima e que serão nossos herdeiros. >> Não podemos facilar ou mais uma vez fracassarmos coletivamente pela soma >> dos desinteressados. >> Cada um fica no seu mundo, no seu pé do umbigo. Contamos as árvores e >> esquecemos de contemplar a mata. >> A mata (a grande floresta da amazônia a noite), a mata é grande, forte e >> misteriosa porque a as raízes são entrelaçadas. >> Ainda não estamos utilizando a inteligência que temos. Mas que sabe a >> música é uma panacéia para todos os males? >> Abs. >> Amancio >> >> 2011/8/16 Lucas Eduardo >> >>> ok. Muito boas e esclarecedoras as abordagens. >>> >>> Apenas uma possivel ressalva: *pluralismo *não é *vale-tudismo.* Se >>> estamos falando de arte, quais são os parâmetros? Nada fácil responder... >>> >>> abraços >>> >>> Lucas >>> >>> 2011/8/15 Gil Amâncio >>> >>>> >>>> Prezado Cássio, concordo em gêneno e grau com sua abordagem em defesa do >>>> pluralismo. >>>> Agora precisamos avançar no plagmatismo e tomar a responsabilidade de >>>> transformação da ordem dos músico num denominador comum e espaço-mãe de >>>> áres, arsis e teses contemporâneos construidos pela dialética dos diversos >>>> sons ou "paisagens sonoras". >>>> Uma das poucas coisas que não s conquista é responsabilidade. Afirma >>>> categoricamente os princípios de filosofias védicas e observações das >>>> prática sociológicas e questões sociais do oriente. Nos pontos de viragens e >>>> de passagens/modulações importantes na linha histórica sempre temos um bolo >>>> feito com ingrendientes de tomada de consciência ou consciencialização >>>> coletiva associada a *TOMADA DE RESPONSABILIDADE COLETIVA*. >>>> Responsabilidade realmente se toma. >>>> Minha ex-frustração é que não percebia esse desejo no inconsciente >>>> coletivo da classe de músicos portadores de ouvido de pano, com leitura ou >>>> sem leitura, levantando cobra com oboé ou com jacaré - não importa onde >>>> estamos ou com quem estamos. >>>> Segundo Paulo Freire, educador da minha terra (Pernambuco) em conversa >>>> informal com uma amigo na França que trabalhava na Suiça disse/refletiu: A >>>> sociedade é como um ovo. Você tem que perceber onde está e contra quem está >>>> e a favor de que está. >>>> As vezes estamos na clara a favor da gema. As vezes estamos na gema em >>>> favor da clara, etc. etc. >>>> Há várias opções. Estou a favor de fazermos uma gemada e não usarmos >>>> verbos excludentes mais sim somatórios e com senso delicadeza, sabendo que >>>> somos sempre Shuberto no sentido da sinfonia inacabada e que só é possível >>>> aprendermos mais plenamente na intercomunicação uns com os outros. É no >>>> coletivo que acontece a catalização social, o aceleramento evolutivo e >>>> melhoria coletiva se nosso som gerador (desjo) for este. >>>> >>>> Kant, pela filosofia disse que quem tem a verdade absoluta é Deus. Fora >>>> disso cada homem tem sua "verdade realtiva". Só a partir dessas trocas de >>>> todas as verdades é que podemos equalizar a verdade comum (denominador >>>> comum) e tomarmos a responsabilidade de construção coletiva de uma nova cena >>>> (somos capazes, se quisermos). >>>> >>>> Precisamos trocar críticas pro práticas. O que está aí é um produto da >>>> soma das nossas posições efitivas de não participação efetiva, como >>>> conhecedores das estruturas, de como funciona, como se monta e se desmonta - >>>> a partir daí podemos plantar nos sinais institucionais e não só jogar pedras >>>> nas vitrines, mas ter a coragem de sermos e exercermos a própria vitrini. >>>> >>>> Se não assumirmos nossos destinos algué o fará por nós e sendo assim >>>> fica flágil o nosso discurso incompetente de crítica (é assim que venho me >>>> sentido): - Eu critico, mas o que eu faço? >>>> >>>> Da minha parte coloquei a OMB na parede como uma ação coletiva no >>>> Ministério Público Federal pedindo a exterminação da carteira de músico >>>> prático. Até o momento o que o Juiz me respondeu é que arquivou o processo. >>>> Solicitei o desarquivamento e morrerei tentando. >>>> >>>> Se houvesse uma tempestade de ideias e iniciativas no Pais inteiro, não >>>> precisaríamos de muito, já seríamos muitos pela soma das partes, onde um >>>> mais um seria muito mais do que dois (princípio da gestalt). >>>> Realmente não podemos disperdiçar energias em acabar com uma autarquia >>>> federal de 3º grau para criar uma associação não governamental disprovida de >>>> poderes representativos no Estado Social e sobretudo com poder de atuações >>>> específicas no Estado de Direito. >>>> >>>> Se não finciona, está em estado deplorável, resignifiquemos!! mesmo com >>>> velhos glichês: É melhor a tristezade não conseguirmos ( o que seria >>>> impossível com a quantidade de pessoas representativas do mundo intelectual >>>> da música atual), do que a vergonha de não termos tentado. O que também não >>>> procede porque o que estamos aqui é fornalhando mudanças seguintes, nem que >>>> seja de lentes - o que já é quase tudo. Se mudamos a ótica ou as lentes >>>> (ponto de vista), podermso corrigir ou ajustar muita coisa. Por exemplo: >>>> trocarmos discursos por práticas por sabermos que somos nós os únicos >>>> responsáveis pela estruturação (re-estruturação) para a sociedade do futuro >>>> sob pena de perpetuarmos a letargia sócio-histórico-músico-crítico-cultural. >>>> Paasarmos os dias e percebermos (Elis Regina) que vivemos como os nossos >>>> pais. Isso não é totalmente verdade...ou não (diria Caetano)... >>>> E então, qual será o (a)-ton(alismo), o modo, a escala, a textura, a >>>> altura, a duração, os ismos sonoros? ? ? >>>> >>>> Abs. >>>> Givanildo Amancio >>>> >>>> PS-Pode haver vários jacarés, sapos e princesas - eles decidirão se >>>> perteceriam formalmente há uma entidade de classe séria ou não. Num estado >>>> de democrático de direito ninguém os obrigaria a participar. >>>> >>>> >>>> Em 15 de agosto de 2011 21:15, Carlos Palombini escreveu: >>>> >>>> Cássio, >>>>> >>>>> O clipe da Byana, uma MC do Rio, foi produzido em Belo Horizonte com >>>>> atores locais, quase de improviso, pelo principal produtor de clips de >>>>> hip-hop, P.Drão. Daí provavelmente a estética gangsta. Interessante é que, >>>>> de acordo com um amigo que a conhece, ela é o oposto da personagem do clip. >>>>> E diz meu amigo que era mais bonita antes do silicone. >>>>> >>>>> Em 2005, no documentário *Sou feia mas tô na moda*, Denise Garcia >>>>> (hoje Bergt) defendeu a tese que a apropriação do discurso sexista masculino >>>>> por mulheres que não necessariamente se conformavam aos padrões locais de >>>>> beleza feminina ? Tati Quebra-Barraco, Deise Tigrona, Gaiola das Popozudas ? >>>>> constituiria um forma nativa de feminismo, tese endossada no filme pelas >>>>> próprias funkeiras e por Kate Lyra. >>>>> >>>>> Ontem estive na quadra do Fazenda Futebol Clube, em São João do Meriti, >>>>> para assistir ao DJ que era o anfitrião dos bailes da Chatuba, na Vila da >>>>> Penha, antes da invasão A apresentação começou com a Jaula das Gostosudas, >>>>> que representam, de forma extremamente sexista, a antítese do ideal da >>>>> mulher submissa. >>>>> >>>>> http://www.youtube.com/watch?v=Dzmvvh5JzRQ >>>>> >>>>> Elas foram seguidas por uma série sucessiva de mulheres enormes, >>>>> enormemente siliconadas e esteroidizadas a ponto de parecerem transexuais, >>>>> em coreografias supostamente eróticas. Depois da segunda ou da terceira, >>>>> elas começaram a ser levemente vaidas. Foi quando o contra-regra se dirigiu >>>>> ao centro do palco e mostrou a barriguinha, levando a platéia ao delírio. A >>>>> seguir, veio o Belo, com seu romantismo e declarações como: "o lugar da >>>>> mulher não é o tanque, todos nós devemos nos ajoelhar diante das mulheres". >>>>> Eu fiquei me perguntando o que havia sido feito do feminismo aí, quando ele >>>>> é defendido nos termos do discurso machista por mulheres que parecem >>>>> transexuais, com o chantilly do Belo. >>>>> >>>>> Os 20 minutos nos quais o DJ Byano tocou num canto da quadra, levando >>>>> crianças de 10 a 16 anos ao delírio e quase à possessão, valeram, inclusive >>>>> em termos "estritamente musicais", a viagem de Belo Horizonte a São João do >>>>> Meriti. Mas não era disso que eu queria falar aqui. >>>>> >>>>> Um abraço, >>>>> >>>>> Carlos >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> 2011/8/15 Cassio Barth >>>>> >>>>>> ** >>>>>> >>>>>> >>>>>> Colegas, >>>>>> >>>>>> Não concordo com alguns juízos de valor de alguns colegas, mas defendo >>>>>> o velho chavão: defendo totalmente o direito de expressar esses juízos, >>>>>> ainda que eu não concorde com eles. >>>>>> >>>>>> O processo democrático realmente é complicado, mas vale a pena. E >>>>>> nisso precisamos tanto de músicos reacionários como de liberais, dos >>>>>> absolutistas e dos relativistas. >>>>>> >>>>>> Debate democrático sem tese nem antítese não leva a nenhuma síntese. >>>>>> >>>>>> O texto bacaninha do Lucas contra o relativismo cultural foi válido >>>>>> para mim e me fez repensar posições de extremo relativismo. O problema é que >>>>>> o oposto extremo, absolutista, também é extremamente daninho, ainda mais >>>>>> dentro de uma Associação que se define como sendo de "pesquisa" e, >>>>>> utopicamente falando, pluralista. >>>>>> >>>>>> Ana, o posicionamento que abra possibilidades é exatamente o que >>>>>> proponho. Desculpem a ironia do texto anterior, mas sinceramente, não creio >>>>>> que o Jacaré do É o Tchan tenha menos direito de fazer música e viver >>>>>> profissionalmente dela, que o nosso querido colega que luta pela Música de >>>>>> Câmara. Condenar esse tipo de prática, como maléfica, é exatamente encerrar >>>>>> qualquer posição: >>>>>> >>>>>> o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos >>>>>> espaços midiáticos para música brasileira de concerto MBC - para exposição >>>>>> majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como >>>>>> temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil (givanildo amancio) >>>>>> >>>>>> Aliás, depois de anos de exorcização e demonificação do uso do corpo >>>>>> por certas tradições religiosas, e da presença atual de músicos dentro >>>>>> dessas tradições, não seria de estranhar essa condenação do erótico, que já >>>>>> vem desde o lundu e das umbigadas, tão bem descritas por nossos poetas >>>>>> arcades, em nossa música. >>>>>> >>>>>> Que cada um lute por seu espaço me parece um direito óbvio. Que essa >>>>>> luta seja às custas da depreciação de outras práticas me parece >>>>>> inconsistente e não ético. Inconsistente porque figuras como Daniela Mercury >>>>>> e Fernanda Abreu (cantoras da linha sensual e erótica desaprovada pelo >>>>>> colega) foram essenciais no processo de divulgação da campanha Quero >>>>>> Educação Musical nas Escolas, campanha que supostamente todos os nossos >>>>>> colegas músicos apoiamos. ( >>>>>> http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/ensino-musica-nas-escolas-melhora-educacao/12377) >>>>>> O fato de não ser ético não precisa nem ser explicado. >>>>>> >>>>>> Bem, me despeço e deixo um presente da Mc Byana para os gregos >>>>>> http://www.youtube.com/watch?v=UrJdyXPwML4 e um do Palestrina para >>>>>> os troianos >>>>>> http://www.youtube.com/watch?v=ISwCKQhbxfQ&feature=related, a opção >>>>>> de ouvir e aproveitar cada uma delas está na botão esquerdo do mouse. É pelo >>>>>> direito a ter essa opção que eu escrevo. >>>>>> >>>>>> Saudações cordiais >>>>>> >>>>>> Cássio >>>>>> >>>>>> >>>>>> 2011/8/15 Gil Amâncio >>>>>> >>>>>>> Prezado Lucas Galon, concordo que cada um tenha uma linha, tenha >>>>>>> sua lei, sua posição. >>>>>>> A minha posição/sugestão é primeiramente conhecer estatutariamente. >>>>>>> Não tenho nada contra travestis ou prostitutas além da admiração >>>>>>> pelas coragens dos meus irmãos e irmãs em cristo. É um poder >>>>>>> institucionalizado na sociedade que tem mostrado força, união e organização >>>>>>> como lementos invejáveis. >>>>>>> Se a organização da classe musical contasse com a competência de >>>>>>> organização de pessoas sensíveis e dedicadas e guerreiras estaríamos em >>>>>>> outros patamares, podes crer. >>>>>>> Gostei do texto que vc indicou no blog. >>>>>>> Acho que o futuro depende do que fizermos agora. Se está havendo uma >>>>>>> troca de idéias liberais e democrátas, onde cada pessoa apresenta suas >>>>>>> limitadas opiniões e preconceituosas (como eu), mas apresentam, isso tá >>>>>>> valendo. >>>>>>> Escrever é ter coragem de se expor e construir novos horizontes a >>>>>>> partir da sinceridade e da verdade de cada homem, de cada mulher, de cada >>>>>>> ser e decada artista. >>>>>>> Abs. >>>>>>> Gil >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> Em 15 de agosto de 2011 04:48, Lucas Eduardo escreveu: >>>>>>> >>>>>>> com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, >>>>>>>> malgrado meu "pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado >>>>>>>> dos velhos conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), >>>>>>>> recomendo uma olhadinha neste artigo de Pondé - >>>>>>>> http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html, >>>>>>>> quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para >>>>>>>> o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo >>>>>>>> não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate; >>>>>>>> abraços aos colegas >>>>>>>> >>>>>>>> Lucas Galon >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth escreveu: >>>>>>>> >>>>>>>>> Interessantes os exemplos de alguns colegas. >>>>>>>>> >>>>>>>>> "Prostitutas e travestis se organizam" >>>>>>>>> >>>>>>>>> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é >>>>>>>>> esclarecido, pode mais do que isso. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de >>>>>>>>> valor tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais >>>>>>>>> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos >>>>>>>>> músicos? Onde fica o respeito? >>>>>>>>> >>>>>>>>> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados. >>>>>>>>> >>>>>>>>> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social >>>>>>>>> SIM. Com opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um >>>>>>>>> risco social*, por nossas *declarações preconceituosas*, como a do >>>>>>>>> colega que gosta de Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que >>>>>>>>> coloca o "universitário sertanejo" como uma categoria de música >>>>>>>>> deplorável. Um pouco de relativismo já nos ajudaria. >>>>>>>>> >>>>>>>>> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa >>>>>>>>> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a >>>>>>>>> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século >>>>>>>>> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em >>>>>>>>> políticas governamentais. >>>>>>>>> >>>>>>>>> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para >>>>>>>>> a humildade. Já é um começo... >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> Cássio >>>>>>>>> >>>>>>>>> 2011/8/14 Gil Amâncio >>>>>>>>> >>>>>>>>>> *A organização dos trabalhadores e profissionais* >>>>>>>>>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em >>>>>>>>>> formato de autarquia fedral de 3º grau. >>>>>>>>>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo >>>>>>>>>> poder federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária, >>>>>>>>>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance >>>>>>>>>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social. >>>>>>>>>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º >>>>>>>>>> grau (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer >>>>>>>>>> uma associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas >>>>>>>>>> são complementares entre si e desempenham funções, missões específicas >>>>>>>>>> conforme nossa carta mágna constitucional. >>>>>>>>>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo >>>>>>>>>> sindical e classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as >>>>>>>>>> ferramentas virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de >>>>>>>>>> massa crítica. >>>>>>>>>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como >>>>>>>>>> atalhos burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de >>>>>>>>>> como funciona e como poderíamos mudar. >>>>>>>>>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os >>>>>>>>>> peleigos decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para >>>>>>>>>> lembrar caetano). >>>>>>>>>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma. >>>>>>>>>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos): >>>>>>>>>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para >>>>>>>>>> trabalhadores, garantir melhores condições de trablaho etc. >>>>>>>>>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e >>>>>>>>>> concede um título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de >>>>>>>>>> habilitação profissional. >>>>>>>>>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há >>>>>>>>>> muito tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva, >>>>>>>>>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc. >>>>>>>>>> como muitas pessoas dessa lista. >>>>>>>>>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras >>>>>>>>>> pessoas assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na >>>>>>>>>> semana de arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, >>>>>>>>>> apontar com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair >>>>>>>>>> da frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e >>>>>>>>>> mensuraves. >>>>>>>>>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em >>>>>>>>>> grupo ou de forma coletiva. >>>>>>>>>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas >>>>>>>>>> coletivas na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico >>>>>>>>>> prático. Agora vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico >>>>>>>>>> prático, a quiza do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do >>>>>>>>>> jurídico (STF) de reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, >>>>>>>>>> sem formação acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural >>>>>>>>>> e bestial na cena contemporânea. >>>>>>>>>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A >>>>>>>>>> constituição de 88 já garante isso. >>>>>>>>>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa >>>>>>>>>> se ter o mínimo de regras. >>>>>>>>>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já >>>>>>>>>> superou isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos >>>>>>>>>> hoje. >>>>>>>>>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos >>>>>>>>>> construir um novo fim". >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz < >>>>>>>>>> g_bortz em hotmail.com> escreveu: >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos >>>>>>>>>>> fortalecidos e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se >>>>>>>>>>> organizam. Não sei dos engenheiros, no entanto. Graziela. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> ------------------------------ >>>>>>>>>>> From: givanildo.amancio em gmail.com >>>>>>>>>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100 >>>>>>>>>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>>>>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>>>>>>>>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge >>>>>>>>>>> Antunes. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Elocubrações n.238: >>>>>>>>>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação >>>>>>>>>>> social e os músicos não precisam... >>>>>>>>>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou >>>>>>>>>>> estamos na posição de ET no cenário de político-trabalhista e >>>>>>>>>>> político-classista. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar < >>>>>>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu: >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Carta aberta ao maestro Jorge Antunes. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro >>>>>>>>>>> Jorge Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse >>>>>>>>>>> alguma base... >>>>>>>>>>> No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo >>>>>>>>>>> tom grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a >>>>>>>>>>> sua contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta >>>>>>>>>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a >>>>>>>>>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social >>>>>>>>>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também >>>>>>>>>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Não sou da opinião de que música ruim deve continuar >>>>>>>>>>> a ser feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a >>>>>>>>>>> OMB determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que >>>>>>>>>>> não é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais >>>>>>>>>>> receberam da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa >>>>>>>>>>> para permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento >>>>>>>>>>> musical trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a >>>>>>>>>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de >>>>>>>>>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que >>>>>>>>>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar >>>>>>>>>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do >>>>>>>>>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes >>>>>>>>>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no >>>>>>>>>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Essa é minha opinião, que parece nos dividir. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a >>>>>>>>>>> comunidade de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, >>>>>>>>>>> vanguadistas (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou >>>>>>>>>>> políticos). Mas se há divergências, que elas permaneçam no âmbito da >>>>>>>>>>> discussão respeitosa. Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no >>>>>>>>>>> caso OSB, uma situação que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de >>>>>>>>>>> um dia para o outro. Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento >>>>>>>>>>> pertinente no caso OMB (sua mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento >>>>>>>>>>> técnico no meio de campo da comunicação, que o intérprete representa. Não >>>>>>>>>>> critiquei, entretanto, a sua competência profissional, a qual reconheço como >>>>>>>>>>> um patrimônio cultural do Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo >>>>>>>>>>> estando eu nas fileiras mais modestas da produção musical e... com outra >>>>>>>>>>> posição no que se refere a regulamentação. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz >>>>>>>>>>> e José Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a >>>>>>>>>>> essa mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos >>>>>>>>>>> que o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar >>>>>>>>>>> ao seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está >>>>>>>>>>> mais próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o >>>>>>>>>>> qual pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade. >>>>>>>>>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos >>>>>>>>>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da >>>>>>>>>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes >>>>>>>>>>> debates. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"? >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Abraço cordial, >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Luciano Cesar Morais. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . * escreveu: >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> De: SBME . >>>>>>>>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>>>>>> Para: "luciano cesar" , "ANPPOM" < >>>>>>>>>>> anppom-l em iar.unicamp.br> >>>>>>>>>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14 >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> *Oi, Luciano Cesar: >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Obrigado por sua mensagem opinativa. >>>>>>>>>>> Você tem razão: música ruim não mata. >>>>>>>>>>> Continue a fazê-la. >>>>>>>>>>> Cordialmente, >>>>>>>>>>> Jorge Antunes* >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar < >>>>>>>>>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br >>>>>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através >>>>>>>>>>> do veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que >>>>>>>>>>> ele fale em nome do socialismo. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Luciano Cesar Morais >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel >>>>>>>>>>> >* escreveu: >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> De: André Fadel >>>>>>>>>>> > >>>>>>>>>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula >>>>>>>>>>> Para: >>>>>>>>>>> Cc: "ANPPOM" >>>>>>>>>>> > >>>>>>>>>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43 >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> *Uma questão ridícula* >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que >>>>>>>>>>> levam música a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto >>>>>>>>>>> tudo é uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão >>>>>>>>>>> ou não. Tem a ver com o entendimento do que música representa para as >>>>>>>>>>> sociedades. Ou para cada um de nós. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, >>>>>>>>>>> desculpe-me, mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear >>>>>>>>>>> midiática, com bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de >>>>>>>>>>> ?sertanejo universitário?, ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas >>>>>>>>>>> más*. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock >>>>>>>>>>> progressivo, Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do >>>>>>>>>>> paupérrimo Beatles eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me >>>>>>>>>>> importo com os gostos de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, >>>>>>>>>>> exceto se o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação >>>>>>>>>>> que o cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? >>>>>>>>>>> ou virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para >>>>>>>>>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me >>>>>>>>>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, >>>>>>>>>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver >>>>>>>>>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música >>>>>>>>>>> é para se curtir. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões >>>>>>>>>>> podem alcançar. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o >>>>>>>>>>> fato de ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. >>>>>>>>>>> Música está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, >>>>>>>>>>> tocá-la, ouvi-la e, para aqueles que *estiverem a fim*, >>>>>>>>>>> analisá-la e dissecá-la como se fosse um sapo (com a diferença que, >>>>>>>>>>> dissecando um sapo a gente aprende biologia e a fazer ciência de verdade. >>>>>>>>>>> Análise musical nunca vai levar à descoberta de uma vacina). >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música >>>>>>>>>>> representa na minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente? >>>>>>>>>>> * >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar >>>>>>>>>>> uma importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% >>>>>>>>>>> das pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras >>>>>>>>>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas >>>>>>>>>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de >>>>>>>>>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. >>>>>>>>>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo >>>>>>>>>>> *prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique >>>>>>>>>>> sozinho no mundo. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos >>>>>>>>>>> saber conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o >>>>>>>>>>> dedo no nariz alheio. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus >>>>>>>>>>> amigos não conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata >>>>>>>>>>> de Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? >>>>>>>>>>> o que também é uma enorme bobagem. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza >>>>>>>>>>> da música com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a >>>>>>>>>>> execução profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que >>>>>>>>>>> querer criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de >>>>>>>>>>> Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está >>>>>>>>>>> ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente >>>>>>>>>>> levar sua mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> André Fadel >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Pianista e compositor >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> 2011/8/8 SBME . >>>>>>>>>>> > >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Colegas: >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a >>>>>>>>>>> notícia sobre a decisão do STF. >>>>>>>>>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre >>>>>>>>>>> a questão. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros >>>>>>>>>>> para decidir o que decidiram. >>>>>>>>>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser >>>>>>>>>>> exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco >>>>>>>>>>> social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >>>>>>>>>>> Isso é verdade? >>>>>>>>>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa >>>>>>>>>>> risco social? >>>>>>>>>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra >>>>>>>>>>> contemporânea, nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, >>>>>>>>>>> mal tocada, cheia de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias >>>>>>>>>>> o público, sem perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela >>>>>>>>>>> execução como se ela representasse a realização fiel da partitura. >>>>>>>>>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance >>>>>>>>>>> cheia de erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a >>>>>>>>>>> sociedade? >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível >>>>>>>>>>> exigir esse registro pois a música é uma arte. >>>>>>>>>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que >>>>>>>>>>> seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem >>>>>>>>>>> Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do >>>>>>>>>>> Triângulo da Comunicação para chegar ao público. >>>>>>>>>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >>>>>>>>>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >>>>>>>>>>> contemplando o suporte diretamente. >>>>>>>>>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O >>>>>>>>>>> compositor coloca sua criação num suporte, a partitura, plena de signos >>>>>>>>>>> representativos, que deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. >>>>>>>>>>> Essa decodificação exige profundo conhecimento técnico. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> À salutar discussão!!! >>>>>>>>>>> Abraços, >>>>>>>>>>> Jorge Antunes >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < >>>>>>>>>>> rogeriobudasz em yahoo.com >>>>>>>>>>> > escreveu: >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Matéria da Folha de hoje < >>>>>>>>>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>>>>>>>>>> > >>>>>>>>>>> ================================================== >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> FELIPE SELIGMAN >>>>>>>>>>> DE BRASÍLIA >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>>>>>>>>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>>>>>>>>>> classe para exercer sua profissão. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que >>>>>>>>>>> foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar >>>>>>>>>>> profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>>>>>>>>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>>>>>>>>>> se apresentar. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido >>>>>>>>>>> que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem >>>>>>>>>>> ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>>>>>>>>>> quando chegar no tribunal. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em >>>>>>>>>>> entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle >>>>>>>>>>> representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou >>>>>>>>>>> advogados", afirmou. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir >>>>>>>>>>> esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, >>>>>>>>>>> chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados >>>>>>>>>>> a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio >>>>>>>>>>> tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os >>>>>>>>>>> jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade >>>>>>>>>>> de expressão. >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> -----Anexo incorporado----- >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> -- >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> ________________________________________________ Lista de >>>>>>>>>>> discuss?es ANPPOM >>>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> -- >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>>>> ________________________________________________ >>>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> -- >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>> __._,_.___ >>>>>> | >>>>>> através de email| Responder >>>>>> através da web| Adicionar >>>>>> um novo tópico >>>>>> Mensagens neste tópico( >>>>>> 2) >>>>>> Atividade nos últimos dias: >>>>>> >>>>>> >>>>>> Visite seu Grupo >>>>>> ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) >>>>>> Informações e inscrições no sítio http://br.groups.yahoo.com/group/ >>>>>> A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: >>>>>> etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br >>>>>> Para enviar mensagem ao grupo utilize: >>>>>> etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br >>>>>> O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: >>>>>> etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br >>>>>> Se não conseguir cancelar a inscrição informe à moderação enviando um >>>>>> emeio para: >>>>>> etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br >>>>>> OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, >>>>>> o emeio com o qual está inscrito no grupo. 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URL: From antunes em unb.br Tue Aug 16 17:39:01 2011 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 16 Aug 2011 17:39:01 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: References: <06D8BC0A-7504-489D-B1D6-80470DD07D65@me.com> Message-ID: Prezado Carlos Pereira: Gostaria de comentar esta sua frase: *"Penso q uma Ordem dos Músicos ou um Sindicato dos Músicos deveria não só se preocupar com o mínimo que um músico deveria ganhar, mas também com o "máximo". Para "um" ser "rico" é imprescindível q existam "centenas" de "pobres". * Madona apresentou-se no Brasil em 2008. Seu cachê em cada apresentação foi de 5 milhões de dólares (8 milhões de reais). Fala-se que ela voltará ao Brasil em 2012. Se tivéssemos Conselhos e Diretorias eficientes nos Conselhos Regionais da OMB, a Ordem dos Músicos poderia se tornar verdadeira agente de concessão de benefícios aos músicos profissionais filiados. Por que? Veja o que diz o artigo 53 da Lei da OMB: Art. 53. Os contratos celebrados com os músicos estrangeiros somente serão registrados no órgão competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social, depois de provada a realização do pagamento pelo contratante da taxa de 10% (dez por cento) sobre o valor do contrato e o recolhimento da mesma ao Banco do Brasil em nome da Ordem dos Músicos do Brasil e do sindicato local, em partes iguais. Então Madona deveria ter pago 5% à OMB e 5% ao Sindicato do seu cachê: 800 mil reais no total. Será que pagou? Se pagou, o que a OMB fez com a grana? Mas é sabido que os empresários e os artistas estrangeiros subfaturam, mentindo sobre o valor real dos cachês dos artistas pop que aqui chegam, para que os 10% devidos sejam bem pouca grana. Veja a lei na íntegra em: http://www.ombmg.org.br/ombmgv2/uploads/download/leidecriacao.pdf Abraço, Jorge Antunes Em 16 de agosto de 2011 15:13, Carlos Arthur escreveu: > Prezado sr. Jorge Antunes, > > Acho certo o q o sr. diz que é com o sistema capitalista q essa situação q > eu apontei ocorre. Mas referente aos impostos, parece q está claro q no > Brasil a definição de imposto é outra. Com as melhores regalias e salários > do mundo dos politicos brasileiros não seria coincidência nenhuma estarmos > em 58º lugar na qualidade da Educação no mundo. Tudo bem, são só dados > estatísticos, mas parece q refletem bem a realidade. Então acho q 'calma' é > o q nós brasileiros temos em excesso, e falta muita hostilidade. Poderíamos > observar melhor o povo chileno, os espanhóis, os gregos, os ingleses, além > de outros na atualidade e seguir seu exemplo. > Eu não me importo com a utilização de músicas com fórmulas mágicas de > hipnose coletiva. Acho q devem continuar existindo, algumas até gosto. O > problema é quando existem interesses econômicos por detrás do uso dessas > fórmulas e o q acontece é q o povo não recebe mais nada de cultura musical. > Acho ruim sim não conhecer Brahms, Bach, Villa-Lobos, Noel Rosa, a música > dos esquimós, dos golfinhos e baleias, etc etc da mesma maneira q é ruim não > saber quem foi Napoleão, Hitler, Colombo, Cabral, e etc (claro q é um > conhecimento q vai se criando aos poucos, no início ele pode até ser > errôneo, e com o tempo vão se descobrindo coisas novas sobre esses > personagens). Pois pra mim "gosto" é diretamente proporcional ao > conhecimento q se tem. Penso q uma Ordem dos Músicos ou um Sindicato dos > Músicos deveria não só se preocupar com o mínimo que um músico deveria > ganhar, mas também com o "máximo". Para "um" ser "rico" é imprescindível q > existam "centenas" de "pobres". Muitos de nós conseguimos ter um relativo > conforto e por isso deixamos de pensar nessas questões tão difíceis de > resolver, mas bem q nós brasileiros podíamos aproveitar o embalo dos outros > países q eu citei. > É um prazer falar com o sr., e obrigado pela resposta. > > Abraços, > > Carlos Pereira. > > ------------------------------ > Date: Tue, 16 Aug 2011 13:08:30 -0300 > > Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > From: antunes em unb.br > To: gandharva_dasa em hotmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br > > > *Prezado Carlos Pereira: > > Calma! Sem hostilidades! > Essa situação que você aponta se deve ao fato de não ter sido ainda > enterrado o sistema capitalista. > A luta política é o bom caminho, com o trabalho de formiguinha de educar o > povo, defendendo a implantação de uma verdadeira democracia real, acabando > com o massacre dos pequenos partidos ideológicos, lutando em favor do > financiamento exclusivamente público das campanhas políticas, implantando o > grande imposto sobre grandes fortunas, lutando pela educação de qualidade > pública e gratuita para tod em s etc, etc. > Abraço, > Jorge Antunes* > > > > > > Em 16 de agosto de 2011 05:08, Carlos Arthur escreveu: > > Caros, > > Fico me perguntando: "Como não haver a hostilidade de músicos (de qualquer > estilo que seja) que estudam e dedicam uma vida inteira "e que possuem uma > vida economicamente difícil", com outros que, estando longe de serem gênios > com uma dedicação "mínima" ao ESTUDO do som e da música se tornam > "milionários" fazendo multidões comparecerem às suas performances musicais? > > Carlos Pereira. > > ------------------------------ > From: danielpuig em me.com > Date: Mon, 15 Aug 2011 17:20:49 -0300 > To: fenerich em gmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > > > ufa... finalmente alguém que soube colocar em palavras o que estava me > incomodando... obrigado, ale!!! > > > Em 15/08/2011, às 10:15, ale fenerich escreveu: > > 1. Questão de estilo: > > Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma > linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que > aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. > > 2. Questão ideológica (?): > > Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar. > Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é > risco social? Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja! > Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi > reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e sexismo. > > Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético > na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de > eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético. > > > "Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo > racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a > bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda > Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz. > Aliás talvez tenhamos o que aprender mais ali, nas performances de corpo > presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite, > somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de > ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com > o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco. > > > Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este > país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e > tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o > momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que > nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no > Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós. > > > Espero não ter sido ofensivo. > > > Atenciosamente > > > Alexandre Fenerich > > > Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio escreveu: > > Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com > dividiria a resposta em algumas frentes > > 1. do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os > aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia > sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença. > 2. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada > tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a > educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade > pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas > produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de > concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a > energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados > do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse > tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por > exemplo > 3. com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva, > observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o > exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores > competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se > oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas > do reboleition > 4. a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol > do pensar musical > 5. a falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o > universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de > possibilidades cientícas com rigor > 6. a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é > trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas > defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho > profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de > Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos, > garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou > indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de > várias profissões. > 7. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe > e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do > acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio. > 8. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era > apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva > de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de > 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros > sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por > falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um > doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos > anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do > Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de > percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido > que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os > músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da > classe/do conselho profissional? > 9. felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer > sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última > afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho > profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando > com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso > ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco , > inacreditavelmente no Séc. XXI > 10. abs. > > > Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique escreveu: > > Queridos amigos e colegas da ANPPOM, > > Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós > - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em > si da decisão do STF sobre a OMB. > > - O exercício profissional da música representa risco social? > > Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro > se dispusessem a responder essa questão. > > Abraços,Alvaro Henrique > www.alvarohenrique.com Novo vídeo: > http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > "For most men, then, one of the central problems of our time is that of > learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without > scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > > -- > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Tue Aug 16 17:56:09 2011 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 16 Aug 2011 17:56:09 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?derrubando_muros_e_renascendo_do_=FAter?= =?iso-8859-1?q?o_da_nova_presid=EAncia_feminino-republicana_-_o_re?= =?iso-8859-1?q?torno=2E=2E=2Eo_ritornelo=29?= In-Reply-To: References: Message-ID: Caro Gil Amâncio: Ufffffffff!!! Ao ler você, me senti como se estivesse lendo Joyce. Comento esta sua frase: *"11-Nossos garotos propaganda da composição engajada politicamente contra um sistema ditador dos anos 60/70, aparentemente se transformaram em garoto propaganda do novo sistema e estão em casa contando os metais."* Os garotos a que você se refere nunca foram "meus garotos". Sempre os considerei "oportunistas aliados das *majors* e multinacionais do disco: Warner, EMI, Sony etc". Por isso não vivi a amarga experiência da desilusão. Abraço, Jorge Antunes Em 16 de agosto de 2011 13:09, Gil Amâncio escreveu: > Mestre Antunes, > Meu nome é Givanildo Amancio (Gil). > Ainda não tive o prazer de lhe conhecer pessoalmente além de suas algumas > de suas obras- propostas-pensamentos. > Sou seu admirador pelas suas produções e pela sua pessoa, claro. > "A obra imortaliza o homem". > > Sendo toda música sem fronteiras - ok. > Se há uma amplitude e não limítrofe na natureza profunda das coisas > (informação da gestalt), isto é verdade. Somo todos uno. Filosoficamente > Sócrates já nos disse muito antes de Cristo que tudo que há advém de um > único centro de força e voltará para este centro de força na totalidade da > existência socrateana. > Agora na própria gestalt há uma perspectiva da superfície do ser, do > aprender e do saber que segundo os expert´s da área tudo dependerá da > cultura de cada local. > O saber de cada ser e a matéria constitutiva da essência de cada ser é a > mesma em todas a partes do globo. > Quando chegamos na superfície, as árvores genealógicas vão sendo moldadas a > partir dos signos das culturas locais e inter-relações dos mesmos. > É aqui que começa a se constituir estilos, guetos, culturais locais, > cultura de raíz, folk, song-folks /folk-songing´s, MBC, cantobregoriano, > música das esferas de Pitágoras etc.etc. > > É nesse coração da complexidade que deve habitar nossa paciência reflexiva > e encontrarmos um entendimento do trazido pelo pensador francês E. Mourran e > de um outro pensador contemporâneo italiano que aponta para entendimento do > "nó-de-circunstâncias". > > Descascando este abacaxi ficaria assim: > > 1-Não podemos nos obrigarmos a participarmos de uma corrida sem pernas ou > tentarmos encaixar uma figura triangular num figura quadrada. > 2-Devemos partir do que temos como concreto ou de forma palpável. Apesar de > sabermos que o cérebro é ilimitado, conforme meu amigo Phd Luiz Machado que > fundou a cidadedocérebro > 3-Identificamos primeiramente quais os materiais de superfície que temos - > o que temos de pessoas e o que poderemos fazer pela soma delas. A partir > poderemos construir ou descontruir ou reconstruir, considerando os eixos dos > "x" e dos "y" (quantidade e qualidade) proporcionalmente a equipe. > 4-Conjunto solução: partirmos de um grupo de pessoas que levará em conta o > erberg da realidade possível, segundo a soma das lentes de cada um. > 5-Estruturar uma equipe aberta e com reflexo paviloviano condicionado ao > diálogo e ao alto poder de resiliência será a única salvação/condição para > que suportemos uns aos outros na difícil tarefa de construção de um norte > coletivo a "mil e um mãos". > 6-Após estruturar esse "tur de forças" na construção de um tablet de > diálogo entre X Grupo de novos construtores coletivos da nova cena > (destrutiva ou reconstrutiva) é conveniente haver uma média no foco, no rumo > magnético ou questão fulcral que será perseguida, alcançada e executada. > 7-Quando isto estiver montado, como placa tectônica-mãe, é que poderemos > discutir aos olhos dos vários colaboradores (o monstro argos - da mitologia > grega de mil olhos) a construção coletiva e normativa de funcionamento > institucional levando em consideração os vários e diversos aspectos e > desafios que são constituintes do cenário contemporâneo onde estamos > inseridos, local e nacionalmente, mas, como disse Paulo Freire: "Ninguém > ensina a si mesmo, ninguém ensina ninguém, a aprendizagem /educação (leia-se > evolução, transformação, superação etc.) acontece na inter-relação das > pessoas". > 8-Seria precipitado dar respostas fechadas e unilaterais neste local > virtual, simplesmente porque o email e a lista de email´s ainda não traz > (por enquanto) o brilho dos olhos das pessoas que discursam ou opinam - > ainda é algo gélido, mas como esforço contribuitivo me arriscaria a dizer > que, quando houver uma rede humanitariamente montada para articular esta > história que tanto cantamos reclames mas nada de concreto fazemos em grupo > (não porque não queremos, mas porque realmente é difícil/é complicado - mas > fácil mesmo é questionar, falar mal, meter o pau, mas, de fora, sem se > envolver e sem nada de concreto fazer de forma articulada) isso modulará de > forma linda. Se Heráclitos da grécia não estiver errado, um só bom vale por > mil. Isso explica a importância do uníssono que precisa haver entre nós. A > soma dos vários mil, tornamos um - valeremos por milhões. Da forma que > estamos dispersa tudo fica reduzido no som de um prédio ou cantoria sonora ' > édificil '. Todos falamos sem sair do canto, do cantum > 9-Quem sabe o Mestre Antunes não expressaria a angustia numa ópera > comunitária de queremos mudar algo fora de nós sem mudarmos nossa postura ou > pulsão interna. > Queremos mudanças, "mas a dor é perceber que apesar de tudo que vivemos > ainda somos os mesmos e vivemos...como nossos pais" (leia-se pais como > gerações antecessoras a nossa e não muito distante). > 10-Somos incrivelmente dispersos e aéreo. Nossos rostos e faces a mim > promove uma sensação que estamos sempre em descanso de tela, nestas > questões de proatividade política. > 11-Nossos garotos propaganda da composição engajada politicamente contra um > sistema ditador dos anos 60/70, aparentemente se transforaram em garoto > propaganda do novo sistema e estão em casa contando os metais. > 12-"Viver é melhor que sonhar' - Belchior A questão não poribir ninguém de > tocar ou conceder nada. A questão é ter uma instituição afinada ou na gama > frequêncial das necessidades contemporâneas promovendo o tal erberg social > num tablet de teias e redes sociais preparada para o futuro que se aproxima > após 2012. Isto poderá acontecer com nossa participação ou alinha da > história poderá explodir como acontece no sol (explosão solaris) e ficarmos > mais uma vez, como sempre temos estado, a mercês das ondas sem tomarmos a > responsabilidade do rumo histórico como um dia Siqueira, Antunes, Dimas > Sedícias tomaram pra si a responsabilidade de chegarem até o presidente da > republica na época e criaram uma instituição com poder de estado federal que > podemos deletar se quisermos e criar apenas uma com poder virtual para atuar > somente na frequencia discursiva como estamos fazendo agora. > A lista de chamada vai aberta para amigos comporem um organismo > democrático de discussão e ação: Clovis Pereira, Guedes Peixoto, José Amaro, > Edino G., Eduardo L., Clausi Nascimento, Ademir Araújo, Maestro Duda, > Maestro Forró , Dierson Torres, José Renato, Zizo, Valmir, Geraldo, Nelson > Almeida, Fla´vio Tenório, Cristiane Galdino, Dinara, Sérgio, Paulo , Frede, > George, Glaucia, Edson Rodrigues, Fernando do Baixo acústico, Edson Feijó, > José Gomes, José Beltrão, M.Bezerra, Ceça Moreno, Josias, Josué Silva, > MAuro Maibrade , Heloísa Maibrade, amigos, professores e estudantes do > CPCMR, CEMO, CPM, Sem,. Batista, Lúcio Sócrates como neto de Levino > Ferreira, Zé da Flauta, Aé do Pife, os Bois, os maracatus, os cabloquinos, > Antulho, Walmir Chagas, Maestro Nunes (patrimonio vivo do frevo juntamente > com Duda, Guedes, Formiga, Maestro Forró, Edson Rodrigues, Clovis Pereira) o > modo de ser da Bomba do Hemetério, o Bernardo dos Consulados Culturais, o > Naná Vasconcelos, Tony Boy, O Som da Pele com Batman, Frede da Flauta, Paulo > do Violão e toda a nação cultural do acorda povo com Cirinéia, Adrina > Nacimento com os meninos cantores de Olinda, Spok, Adelmo Aplonio, Carlinhos > Caetéis, Alex, Flavio, Federação de Bandas, ABCANTOCORAL.ORG, Suely > Farias, Paulo do Oboé, Anatálio Teixeira, Bandas Fanfarras, OSR, EMJP > -Escola de Música e Artes João Pernambuco, Abraão, Elias Oliveira, Alberico, > Fernando Almeida, Lourdinha do sax, os Maias, Os Gruuver, Escola Comunitária > de Música da Bomba do Hemetério (http://ecombh.blogspot.com), onde se > componhe música coletivamente, e vai da iniciação musical da criança até a > introdução dela nas orquestra profissional. Cada músico é um compositor além > do maestro forró que faz todas as orquestrações do repertório da > www.opbh.com.br e cria músicas próprias, componhe e escreve para orquestra > do lata de sardinha ao tringulo, aos sax barítono , ao caixa, agogo, etc. > etc. Esse cara é gênio pela performance instrumental, de ouvido,de escrita, > de trabalho social, de responsabilidade socail com o seu quintal (bairro). > Se todos fizessem isso o Brasil daria um salto quântico. Lembro centenas e > centenas e mais centenas de outros nomes no nosso continental País que por > força das circunstâncias de drive de memória neste momento não citei mas > sinto que sito nas entrelinhas de pessoas comprometidas de fato com a > seriedade de ser construtor social num País que ainda não possui claramente > de maneira diáfana uma política cultural para o Estado Nação. Entendendo > Política como a arte de definir recursos/planejar para curto, médio e longo > prazo. Nesta ordem ou sequencia. Temos vários editais, programas, mas não > consigo visualizar uma linha orientadora horizontalizad me dando um panorama > para o bem ou para o mal (não assumiram isto ainda - não sei se é por > incompetência ou por ação estratégica de não vir a ser cobrado ou > questionado). Se for o segundo caso lamento a falta de brio e princípio > ético. > 13- Apesar de saber que (falando para os vários Chicos do nosso País, os > Caetanos e os Gil´s e na expressão desse trio todos os nossos ícones de uma > bela época, da nossa brasileira *belle´époque*) > "E hoje eu sei > Eu sei! > Que quem me deu a idéia > De uma nova consciência > E juventude > Está em casa > Guardado por Deus > Contando seus metais..." > > Cumprimentos, > > Givanildo Amâncio > assinaturas eletrônica-sonora: > http://www.youtube.com/watch?v=USX07vIJZFs > http://concertoparavida.blogspot.com > > PS-Quando grandes nomes se juntarem como os nomes das estirpes, Elza, L. > Cecilia Conde, Profa.Maria José-UFRJ, Consiglia, Cris BR-6, Professoras de > Música universitárias, resolveriam-se os problemas da reforma da OMB numa > porrada só. As mulheres são mais cabra macho do que os homens quando se > trata de re-engenharia de elefantes brancos. Precisa ter o poder além do > querer. Acho que elas se entenderiam bem com Dilma R. Observem que a OMB > começou na casa do Presidente a luz de jantares e músicas. Poderá renascer > pelo poder de Estado uterino através da soberania constituída por lei e os > poderes respectivos que revestem a Presidenta. > > Peço desculpas aos machistas e ao meu lado machista para seguir com a minha > verdade pessoal de leitura dos fatos. > > Os homens fundaram e afundaram. As mulheres tem o poder de dar luz. Fica a > ideia da salvadora da pátria sonora e mãe gentil em prol de um novo brasil > músico-classista. > Os homens deverão se despir da vaidade assumirem-se como escravos e > ajudantes (como diz a letra da música..."escravo do seu prazer e de sua > glória...) nesta construção que são das mulheres. > Deus fez a mulher da costela dos homens porque todos os grandes projetos > precisam de um borrão, por isso ele fez primeiro o homem. Se disserem que > estou numa atitude babatória não ficaria chateado por estar falando de algo > que pra mim é uma realidade. > Haverá um momento que tudo se equilibrará e as mulheres entenderam que não > precisarão mais de jornadas duplas, carregando pedras na cabeça enquanto > descansam e os homens perceberão que não possuem estruturas físicas para > alimentarem fisicamente e emocionalmente uma criança com a mesma natureza > da mulher. > Após elas descontarem o que nós homens fizemos com elas (rs rs rs - tamo > fritos). Depois, deixo aqui registado o pedido de perdão do homens pela > opressão produto da ignorância - logo tocaremos juntos, sem haver vítimas e > sem haver algoz, tocaremos tete a tete uma sinfonia coletiva e integrada de > "som e luz". > > Em 15 de agosto de 2011 16:53, Jorge Antunes escreveu: > >> Olá, >> >> Para os que ainda insistem em contrapor música erudita e música popular, >> musica boa e música ruim, vanguardista e repentista, envio a seguir trecho >> de artigo que escrevi há uns 12 anos: >> >> Desde 1875, quando surgiu nos cabarés da Lapa, o maxixe era >> abominado pela intelectualidade. Os eruditos torceram tanto o nariz que, >> quatro décadas depois, a polícia proibiu a prática da dança em razão da >> lascívia de seus praticantes. A baixaria só veio a ser reconhecida como arte >> quando Mário de Andrade, já nos anos 30, qualificou o maxixe como a primeira >> dança genuinamente brasileira e estudou sua gênese sincopada da cultura >> afro-lusitana. >> >> Esse tipo de história, em que intelectualóides condenam a arte >> comercial de mau gosto, viria a se repetir com a Geração Paissandu, no Rio. >> Os jovens intelectualizados dos anos 60, freqüentadores do Cine Paissandu, >> passaram a se apaixonar pelas musas de Godard depois de muito torcerem o >> nariz para as chanchadas da Atlântida. Enquanto Anna Karina e Anne Wyazenski >> eram cultuadas no Paissandu da Rua Senador Vergueiro, astros como Eliana, >> Oscarito, Cyl Farney e Adelaide Chioso, na tela do Poeira da Rua Larga, eram >> repudiados pelos intelectuais. Hoje a Chanchada é matéria de estudo na >> Universidade, cultuada de modo científico, e é assunto de inúmeras teses >> acadêmicas nas áreas de Cinema e Comunicação. >> >> Por essas e outras eu não condeno os tchans, as bundas >> televisivas, as danças da garrafa e nem as egüinhas pocotós. Estou certo de >> que dentro de uns 30 anos, teses e mais teses serão escritas na Academia, >> estudando o comportamento e a semiologia das egüinhas rapidinhas dos bailes >> funks, e a estética e estilística de poucos tons dos pocotós. Já vislumbro >> defesa de tese no Anfi 9 da UnB, em 2040: *"A interdisciplinaridade como >> forma de hibridismo na egüinha pocotó, sob um olhar fenomenológico e >> calipigista".* >> >> *............................... >> * >> >> Assim, não me assombro quando tenho notícias de que um >> estudante secundarista mergulhou de modo cego sobre outros adolescentes >> roqueiros durante o recreio. Isso é cultura. Se já é raro vermos jovens >> malhando judas no Sábado de Aleluia, também não me assusto tanto. Nem mais >> fico indignado ao ver consagrada a importação do halloween ianque. Tudo isso >> é transformação cultural. >> >> ........................... >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From gandharva_dasa em hotmail.com Tue Aug 16 18:10:20 2011 From: gandharva_dasa em hotmail.com (Carlos Arthur) Date: Tue, 16 Aug 2011 18:10:20 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?M=C3=BAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e_O?= =?utf-8?b?TUIp?= In-Reply-To: References: , , , <06D8BC0A-7504-489D-B1D6-80470DD07D65@me.com>, , , , Message-ID: Prezado sr. Jorge Antunes, Pois é, será q Madona pagou o valor certo? Mas eu vou um pouco mais além: não acho q impostos resolveriam o problema, pois a mínima parte deles é destinada a benefícios para o povo brasileiro. E olha que também somos os campeões mundiais em impostos (não deve ser coincidência o salário mais alto de políticos no mundo). Eu pergunto: "Para quê 'UM músico (e seus agregados)' precisa de 5 milhões de dólares por show?" ou melhor: "Pra quê UMA pessoa precisa de 5 milhões de dólares?" Com certeza esse tipo de situação é q causa a pobreza em massa. E isso é necessário neste sistema, pois se todos tivéssemos as necessidades básicas da vida resolvidas a moeda não circularia, e o dinheiro não existiria. Eu sei que não resolveria o problema do mundo estipulando-se um valor máximo para cachês de músicos, pois isso teria q acontecer em todas as profissões, primeiramente a de políticos (essa economizaria bilhões de reais por ano no país). Mas se podemos ter um pouco de autonomia para resolver o nosso lado (será?) podíamos começar nos ajudando e ajudando ao povo. "5 MILHÕES DE DÓLARES EM UM DIA"??? Aí está o problema. Voto por um máximo de 10.000 reais (e olha q estou sendo generoso). Imagina a economia q isso geraria?! Abraço e obrigado pelo link da lei, Carlos. Date: Tue, 16 Aug 2011 17:39:01 -0300 Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) From: antunes em unb.br To: gandharva_dasa em hotmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br Prezado Carlos Pereira: Gostaria de comentar esta sua frase: "Penso q uma Ordem dos Músicos ou um Sindicato dos Músicos deveria não só se preocupar com o mínimo que um músico deveria ganhar, mas também com o "máximo". Para "um" ser "rico" é imprescindível q existam "centenas" de "pobres". Madona apresentou-se no Brasil em 2008. Seu cachê em cada apresentação foi de 5 milhões de dólares (8 milhões de reais). Fala-se que ela voltará ao Brasil em 2012. Se tivéssemos Conselhos e Diretorias eficientes nos Conselhos Regionais da OMB, a Ordem dos Músicos poderia se tornar verdadeira agente de concessão de benefícios aos músicos profissionais filiados. Por que? Veja o que diz o artigo 53 da Lei da OMB: Art. 53. Os contratos celebrados com os músicos estrangeiros somente serão registrados no órgão competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social, depois de provada a realização dopagamento pelo contratante da taxa de 10% (dez por cento) sobre o valor do contrato e o recolhimento da mesma ao Banco do Brasil em nome da Ordem dos Músicos do Brasil e do sindicato local, em partesiguais. Então Madona deveria ter pago 5% à OMB e 5% ao Sindicato do seu cachê: 800 mil reais no total. Será que pagou? Se pagou, o que a OMB fez com a grana? Mas é sabido que os empresários e os artistas estrangeiros subfaturam, mentindo sobre o valor real dos cachês dos artistas pop que aqui chegam, para que os 10% devidos sejam bem pouca grana. Veja a lei na íntegra em: http://www.ombmg.org.br/ombmgv2/uploads/download/leidecriacao.pdf Abraço, Jorge Antunes Em 16 de agosto de 2011 15:13, Carlos Arthur escreveu: Prezado sr. Jorge Antunes, Acho certo o q o sr. diz que é com o sistema capitalista q essa situação q eu apontei ocorre. Mas referente aos impostos, parece q está claro q no Brasil a definição de imposto é outra. Com as melhores regalias e salários do mundo dos politicos brasileiros não seria coincidência nenhuma estarmos em 58º lugar na qualidade da Educação no mundo. Tudo bem, são só dados estatísticos, mas parece q refletem bem a realidade. Então acho q 'calma' é o q nós brasileiros temos em excesso, e falta muita hostilidade. Poderíamos observar melhor o povo chileno, os espanhóis, os gregos, os ingleses, além de outros na atualidade e seguir seu exemplo. Eu não me importo com a utilização de músicas com fórmulas mágicas de hipnose coletiva. Acho q devem continuar existindo, algumas até gosto. O problema é quando existem interesses econômicos por detrás do uso dessas fórmulas e o q acontece é q o povo não recebe mais nada de cultura musical. Acho ruim sim não conhecer Brahms, Bach, Villa-Lobos, Noel Rosa, a música dos esquimós, dos golfinhos e baleias, etc etc da mesma maneira q é ruim não saber quem foi Napoleão, Hitler, Colombo, Cabral, e etc (claro q é um conhecimento q vai se criando aos poucos, no início ele pode até ser errôneo, e com o tempo vão se descobrindo coisas novas sobre esses personagens). Pois pra mim "gosto" é diretamente proporcional ao conhecimento q se tem. Penso q uma Ordem dos Músicos ou um Sindicato dos Músicos deveria não só se preocupar com o mínimo que um músico deveria ganhar, mas também com o "máximo". Para "um" ser "rico" é imprescindível q existam "centenas" de "pobres". Muitos de nós conseguimos ter um relativo conforto e por isso deixamos de pensar nessas questões tão difíceis de resolver, mas bem q nós brasileiros podíamos aproveitar o embalo dos outros países q eu citei. É um prazer falar com o sr., e obrigado pela resposta. Abraços, Carlos Pereira. Date: Tue, 16 Aug 2011 13:08:30 -0300 Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) From: antunes em unb.br To: gandharva_dasa em hotmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br Prezado Carlos Pereira: Calma! Sem hostilidades! Essa situação que você aponta se deve ao fato de não ter sido ainda enterrado o sistema capitalista. A luta política é o bom caminho, com o trabalho de formiguinha de educar o povo, defendendo a implantação de uma verdadeira democracia real, acabando com o massacre dos pequenos partidos ideológicos, lutando em favor do financiamento exclusivamente público das campanhas políticas, implantando o grande imposto sobre grandes fortunas, lutando pela educação de qualidade pública e gratuita para tod em s etc, etc. Abraço, Jorge Antunes Em 16 de agosto de 2011 05:08, Carlos Arthur escreveu: Caros, Fico me perguntando: "Como não haver a hostilidade de músicos (de qualquer estilo que seja) que estudam e dedicam uma vida inteira "e que possuem uma vida economicamente difícil", com outros que, estando longe de serem gênios com uma dedicação "mínima" ao ESTUDO do som e da música se tornam "milionários" fazendo multidões comparecerem às suas performances musicais? Carlos Pereira. From: danielpuig em me.com Date: Mon, 15 Aug 2011 17:20:49 -0300 To: fenerich em gmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) ufa... finalmente alguém que soube colocar em palavras o que estava me incomodando... obrigado, ale!!! Em 15/08/2011, às 10:15, ale fenerich escreveu: 1. Questão de estilo: Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. 2. Questão ideológica (?): Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar. Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é risco social? Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja! Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e sexismo. Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético. "Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz. Aliás talvez tenhamos o que aprender mais ali, nas performances de corpo presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite, somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco. Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós. Espero não ter sido ofensivo. Atenciosamente Alexandre Fenerich Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio escreveu: Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com dividiria a resposta em algumas frentes do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por exemplo com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva, observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas do reboleition a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol do pensar musicala falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de possibilidades cientícas com rigor a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos, garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de várias profissões. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da classe/do conselho profissional? felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco , inacreditavelmente no Séc. XXI abs. Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique escreveu: Queridos amigos e colegas da ANPPOM, Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em si da decisão do STF sobre a OMB. - O exercício profissional da música representa risco social? Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro se dispusessem a responder essa questão. Abraços,Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com Novo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU "For most men, then, one of the central problems of our time is that of learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer) ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Tue Aug 16 18:15:04 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Tue, 16 Aug 2011 22:15:04 +0100 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?derrubando_muros_e_renascendo_do_=FAter?= =?iso-8859-1?q?o_da_nova_presid=EAncia_feminino-republicana_-_o_re?= =?iso-8859-1?q?torno=2E=2E=2Eo_ritornelo=29?= In-Reply-To: References: Message-ID: Mestre Antunes, Obrigado por me ler e fico me sentido feliz por isso. Essa relação de babação faço de coração com sentimento ingênuo. Se presta ou não os inscritos aí são outros 500, rs, rs, rs É melhor falar do que morrer mudo ("quem não se comunica se tumbica"). As vezes manter silêncio produz mais quando não temos colaboração relevante. Ainda não tenho maturidade para me julgar, então preferi (prefiro ) seguir o poeta Fernando Pessoa com sua quadrinha: com sentido +/- assim: "fazer qualquer coisa significa nada fazer nada significa nada entre o nada do fazer e o nada do não fazer prefere-se o nada do fazer. Acho que os meninos deram suas contribuições na construção de uma identidade nacional na época da everfecência, mas agora estão sem essência e mornos. Acho que eles fizeram algo que não fizemos (ou ainda não fiz) e vice-versa. Talvez por terem masi condições de acesso a indústria fonográfica poderiam ter colaborado mais com os ideais tropicalistas, por exemplo. Abs. Givanildo Amancio http://musicaeastronomia.blogspot.com Em 16 de agosto de 2011 21:56, Jorge Antunes escreveu: > Caro Gil Amâncio: > > Ufffffffff!!! > Ao ler você, me senti como se estivesse lendo Joyce. > > Comento esta sua frase: > *"11-Nossos garotos propaganda da composição engajada politicamente contra > um sistema ditador dos anos 60/70, aparentemente se transformaram em garoto > propaganda do novo sistema e estão em casa contando os metais."* > Os garotos a que você se refere nunca foram "meus garotos". > Sempre os considerei "oportunistas aliados das *majors* e multinacionais > do disco: Warner, EMI, Sony etc". > Por isso não vivi a amarga experiência da desilusão. > > Abraço, > Jorge Antunes > > > > > > > > Em 16 de agosto de 2011 13:09, Gil Amâncio escreveu: > >> Mestre Antunes, >> Meu nome é Givanildo Amancio (Gil). >> Ainda não tive o prazer de lhe conhecer pessoalmente além de suas algumas >> de suas obras- propostas-pensamentos. >> Sou seu admirador pelas suas produções e pela sua pessoa, claro. >> "A obra imortaliza o homem". >> >> Sendo toda música sem fronteiras - ok. >> Se há uma amplitude e não limítrofe na natureza profunda das coisas >> (informação da gestalt), isto é verdade. Somo todos uno. Filosoficamente >> Sócrates já nos disse muito antes de Cristo que tudo que há advém de um >> único centro de força e voltará para este centro de força na totalidade da >> existência socrateana. >> Agora na própria gestalt há uma perspectiva da superfície do ser, do >> aprender e do saber que segundo os expert´s da área tudo dependerá da >> cultura de cada local. >> O saber de cada ser e a matéria constitutiva da essência de cada ser é a >> mesma em todas a partes do globo. >> Quando chegamos na superfície, as árvores genealógicas vão sendo moldadas >> a partir dos signos das culturas locais e inter-relações dos mesmos. >> É aqui que começa a se constituir estilos, guetos, culturais locais, >> cultura de raíz, folk, song-folks /folk-songing´s, MBC, cantobregoriano, >> música das esferas de Pitágoras etc.etc. >> >> É nesse coração da complexidade que deve habitar nossa paciência reflexiva >> e encontrarmos um entendimento do trazido pelo pensador francês E. Mourran e >> de um outro pensador contemporâneo italiano que aponta para entendimento do >> "nó-de-circunstâncias". >> >> Descascando este abacaxi ficaria assim: >> >> 1-Não podemos nos obrigarmos a participarmos de uma corrida sem pernas ou >> tentarmos encaixar uma figura triangular num figura quadrada. >> 2-Devemos partir do que temos como concreto ou de forma palpável. Apesar >> de sabermos que o cérebro é ilimitado, conforme meu amigo Phd Luiz Machado >> que fundou a cidadedocérebro >> 3-Identificamos primeiramente quais os materiais de superfície que temos - >> o que temos de pessoas e o que poderemos fazer pela soma delas. A partir >> poderemos construir ou descontruir ou reconstruir, considerando os eixos dos >> "x" e dos "y" (quantidade e qualidade) proporcionalmente a equipe. >> 4-Conjunto solução: partirmos de um grupo de pessoas que levará em conta o >> erberg da realidade possível, segundo a soma das lentes de cada um. >> 5-Estruturar uma equipe aberta e com reflexo paviloviano condicionado ao >> diálogo e ao alto poder de resiliência será a única salvação/condição para >> que suportemos uns aos outros na difícil tarefa de construção de um norte >> coletivo a "mil e um mãos". >> 6-Após estruturar esse "tur de forças" na construção de um tablet de >> diálogo entre X Grupo de novos construtores coletivos da nova cena >> (destrutiva ou reconstrutiva) é conveniente haver uma média no foco, no rumo >> magnético ou questão fulcral que será perseguida, alcançada e executada. >> 7-Quando isto estiver montado, como placa tectônica-mãe, é que poderemos >> discutir aos olhos dos vários colaboradores (o monstro argos - da mitologia >> grega de mil olhos) a construção coletiva e normativa de funcionamento >> institucional levando em consideração os vários e diversos aspectos e >> desafios que são constituintes do cenário contemporâneo onde estamos >> inseridos, local e nacionalmente, mas, como disse Paulo Freire: "Ninguém >> ensina a si mesmo, ninguém ensina ninguém, a aprendizagem /educação (leia-se >> evolução, transformação, superação etc.) acontece na inter-relação das >> pessoas". >> 8-Seria precipitado dar respostas fechadas e unilaterais neste local >> virtual, simplesmente porque o email e a lista de email´s ainda não traz >> (por enquanto) o brilho dos olhos das pessoas que discursam ou opinam - >> ainda é algo gélido, mas como esforço contribuitivo me arriscaria a dizer >> que, quando houver uma rede humanitariamente montada para articular esta >> história que tanto cantamos reclames mas nada de concreto fazemos em grupo >> (não porque não queremos, mas porque realmente é difícil/é complicado - mas >> fácil mesmo é questionar, falar mal, meter o pau, mas, de fora, sem se >> envolver e sem nada de concreto fazer de forma articulada) isso modulará de >> forma linda. Se Heráclitos da grécia não estiver errado, um só bom vale por >> mil. Isso explica a importância do uníssono que precisa haver entre nós. A >> soma dos vários mil, tornamos um - valeremos por milhões. Da forma que >> estamos dispersa tudo fica reduzido no som de um prédio ou cantoria sonora ' >> édificil '. Todos falamos sem sair do canto, do cantum >> 9-Quem sabe o Mestre Antunes não expressaria a angustia numa ópera >> comunitária de queremos mudar algo fora de nós sem mudarmos nossa postura ou >> pulsão interna. >> Queremos mudanças, "mas a dor é perceber que apesar de tudo que vivemos >> ainda somos os mesmos e vivemos...como nossos pais" (leia-se pais como >> gerações antecessoras a nossa e não muito distante). >> 10-Somos incrivelmente dispersos e aéreo. Nossos rostos e faces a mim >> promove uma sensação que estamos sempre em descanso de tela, nestas >> questões de proatividade política. >> 11-Nossos garotos propaganda da composição engajada politicamente contra >> um sistema ditador dos anos 60/70, aparentemente se transforaram em garoto >> propaganda do novo sistema e estão em casa contando os metais. >> 12-"Viver é melhor que sonhar' - Belchior A questão não poribir ninguém de >> tocar ou conceder nada. A questão é ter uma instituição afinada ou na gama >> frequêncial das necessidades contemporâneas promovendo o tal erberg social >> num tablet de teias e redes sociais preparada para o futuro que se aproxima >> após 2012. Isto poderá acontecer com nossa participação ou alinha da >> história poderá explodir como acontece no sol (explosão solaris) e ficarmos >> mais uma vez, como sempre temos estado, a mercês das ondas sem tomarmos a >> responsabilidade do rumo histórico como um dia Siqueira, Antunes, Dimas >> Sedícias tomaram pra si a responsabilidade de chegarem até o presidente da >> republica na época e criaram uma instituição com poder de estado federal que >> podemos deletar se quisermos e criar apenas uma com poder virtual para atuar >> somente na frequencia discursiva como estamos fazendo agora. >> A lista de chamada vai aberta para amigos comporem um organismo >> democrático de discussão e ação: Clovis Pereira, Guedes Peixoto, José Amaro, >> Edino G., Eduardo L., Clausi Nascimento, Ademir Araújo, Maestro Duda, >> Maestro Forró , Dierson Torres, José Renato, Zizo, Valmir, Geraldo, Nelson >> Almeida, Fla´vio Tenório, Cristiane Galdino, Dinara, Sérgio, Paulo , Frede, >> George, Glaucia, Edson Rodrigues, Fernando do Baixo acústico, Edson Feijó, >> José Gomes, José Beltrão, M.Bezerra, Ceça Moreno, Josias, Josué Silva, >> MAuro Maibrade , Heloísa Maibrade, amigos, professores e estudantes do >> CPCMR, CEMO, CPM, Sem,. Batista, Lúcio Sócrates como neto de Levino >> Ferreira, Zé da Flauta, Aé do Pife, os Bois, os maracatus, os cabloquinos, >> Antulho, Walmir Chagas, Maestro Nunes (patrimonio vivo do frevo juntamente >> com Duda, Guedes, Formiga, Maestro Forró, Edson Rodrigues, Clovis Pereira) o >> modo de ser da Bomba do Hemetério, o Bernardo dos Consulados Culturais, o >> Naná Vasconcelos, Tony Boy, O Som da Pele com Batman, Frede da Flauta, Paulo >> do Violão e toda a nação cultural do acorda povo com Cirinéia, Adrina >> Nacimento com os meninos cantores de Olinda, Spok, Adelmo Aplonio, Carlinhos >> Caetéis, Alex, Flavio, Federação de Bandas, ABCANTOCORAL.ORG, >> Suely Farias, Paulo do Oboé, Anatálio Teixeira, Bandas Fanfarras, OSR, EMJP >> -Escola de Música e Artes João Pernambuco, Abraão, Elias Oliveira, Alberico, >> Fernando Almeida, Lourdinha do sax, os Maias, Os Gruuver, Escola Comunitária >> de Música da Bomba do Hemetério (http://ecombh.blogspot.com), onde se >> componhe música coletivamente, e vai da iniciação musical da criança até a >> introdução dela nas orquestra profissional. Cada músico é um compositor além >> do maestro forró que faz todas as orquestrações do repertório da >> www.opbh.com.br e cria músicas próprias, componhe e escreve para >> orquestra do lata de sardinha ao tringulo, aos sax barítono , ao caixa, >> agogo, etc. etc. Esse cara é gênio pela performance instrumental, de >> ouvido,de escrita, de trabalho social, de responsabilidade socail com o seu >> quintal (bairro). Se todos fizessem isso o Brasil daria um salto quântico. >> Lembro centenas e centenas e mais centenas de outros nomes no nosso >> continental País que por força das circunstâncias de drive de memória neste >> momento não citei mas sinto que sito nas entrelinhas de pessoas >> comprometidas de fato com a seriedade de ser construtor social num País que >> ainda não possui claramente de maneira diáfana uma política cultural para o >> Estado Nação. Entendendo Política como a arte de definir recursos/planejar >> para curto, médio e longo prazo. Nesta ordem ou sequencia. Temos vários >> editais, programas, mas não consigo visualizar uma linha orientadora >> horizontalizad me dando um panorama para o bem ou para o mal (não assumiram >> isto ainda - não sei se é por incompetência ou por ação estratégica de não >> vir a ser cobrado ou questionado). Se for o segundo caso lamento a falta de >> brio e princípio ético. >> 13- Apesar de saber que (falando para os vários Chicos do nosso País, os >> Caetanos e os Gil´s e na expressão desse trio todos os nossos ícones de uma >> bela época, da nossa brasileira *belle´époque*) >> "E hoje eu sei >> Eu sei! >> Que quem me deu a idéia >> De uma nova consciência >> E juventude >> Está em casa >> Guardado por Deus >> Contando seus metais..." >> >> Cumprimentos, >> >> Givanildo Amâncio >> assinaturas eletrônica-sonora: >> http://www.youtube.com/watch?v=USX07vIJZFs >> http://concertoparavida.blogspot.com >> >> PS-Quando grandes nomes se juntarem como os nomes das estirpes, Elza, L. >> Cecilia Conde, Profa.Maria José-UFRJ, Consiglia, Cris BR-6, Professoras de >> Música universitárias, resolveriam-se os problemas da reforma da OMB numa >> porrada só. As mulheres são mais cabra macho do que os homens quando se >> trata de re-engenharia de elefantes brancos. Precisa ter o poder além do >> querer. Acho que elas se entenderiam bem com Dilma R. Observem que a OMB >> começou na casa do Presidente a luz de jantares e músicas. Poderá renascer >> pelo poder de Estado uterino através da soberania constituída por lei e os >> poderes respectivos que revestem a Presidenta. >> >> Peço desculpas aos machistas e ao meu lado machista para seguir com a >> minha verdade pessoal de leitura dos fatos. >> >> Os homens fundaram e afundaram. As mulheres tem o poder de dar luz. Fica a >> ideia da salvadora da pátria sonora e mãe gentil em prol de um novo brasil >> músico-classista. >> Os homens deverão se despir da vaidade assumirem-se como escravos e >> ajudantes (como diz a letra da música..."escravo do seu prazer e de sua >> glória...) nesta construção que são das mulheres. >> Deus fez a mulher da costela dos homens porque todos os grandes projetos >> precisam de um borrão, por isso ele fez primeiro o homem. Se disserem que >> estou numa atitude babatória não ficaria chateado por estar falando de algo >> que pra mim é uma realidade. >> Haverá um momento que tudo se equilibrará e as mulheres entenderam que não >> precisarão mais de jornadas duplas, carregando pedras na cabeça enquanto >> descansam e os homens perceberão que não possuem estruturas físicas para >> alimentarem fisicamente e emocionalmente uma criança com a mesma natureza >> da mulher. >> Após elas descontarem o que nós homens fizemos com elas (rs rs rs - tamo >> fritos). Depois, deixo aqui registado o pedido de perdão do homens pela >> opressão produto da ignorância - logo tocaremos juntos, sem haver vítimas e >> sem haver algoz, tocaremos tete a tete uma sinfonia coletiva e integrada de >> "som e luz". >> >> Em 15 de agosto de 2011 16:53, Jorge Antunes escreveu: >> >>> Olá, >>> >>> Para os que ainda insistem em contrapor música erudita e música popular, >>> musica boa e música ruim, vanguardista e repentista, envio a seguir trecho >>> de artigo que escrevi há uns 12 anos: >>> >>> Desde 1875, quando surgiu nos cabarés da Lapa, o maxixe era >>> abominado pela intelectualidade. Os eruditos torceram tanto o nariz que, >>> quatro décadas depois, a polícia proibiu a prática da dança em razão da >>> lascívia de seus praticantes. A baixaria só veio a ser reconhecida como arte >>> quando Mário de Andrade, já nos anos 30, qualificou o maxixe como a primeira >>> dança genuinamente brasileira e estudou sua gênese sincopada da cultura >>> afro-lusitana. >>> >>> Esse tipo de história, em que intelectualóides condenam a arte >>> comercial de mau gosto, viria a se repetir com a Geração Paissandu, no Rio. >>> Os jovens intelectualizados dos anos 60, freqüentadores do Cine Paissandu, >>> passaram a se apaixonar pelas musas de Godard depois de muito torcerem o >>> nariz para as chanchadas da Atlântida. Enquanto Anna Karina e Anne Wyazenski >>> eram cultuadas no Paissandu da Rua Senador Vergueiro, astros como Eliana, >>> Oscarito, Cyl Farney e Adelaide Chioso, na tela do Poeira da Rua Larga, eram >>> repudiados pelos intelectuais. Hoje a Chanchada é matéria de estudo na >>> Universidade, cultuada de modo científico, e é assunto de inúmeras teses >>> acadêmicas nas áreas de Cinema e Comunicação. >>> >>> Por essas e outras eu não condeno os tchans, as bundas >>> televisivas, as danças da garrafa e nem as egüinhas pocotós. Estou certo de >>> que dentro de uns 30 anos, teses e mais teses serão escritas na Academia, >>> estudando o comportamento e a semiologia das egüinhas rapidinhas dos bailes >>> funks, e a estética e estilística de poucos tons dos pocotós. Já vislumbro >>> defesa de tese no Anfi 9 da UnB, em 2040: *"A interdisciplinaridade como >>> forma de hibridismo na egüinha pocotó, sob um olhar fenomenológico e >>> calipigista".* >>> >>> *............................... >>> * >>> >>> Assim, não me assombro quando tenho notícias de que um >>> estudante secundarista mergulhou de modo cego sobre outros adolescentes >>> roqueiros durante o recreio. Isso é cultura. Se já é raro vermos jovens >>> malhando judas no Sábado de Aleluia, também não me assusto tanto. Nem mais >>> fico indignado ao ver consagrada a importação do halloween ianque. Tudo isso >>> é transformação cultural. >>> >>> ........................... >>> Abraços, >>> Jorge Antunes >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> >> -- >> >> >> >> >> > -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From givanildo.amancio em gmail.com Tue Aug 16 18:33:27 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Tue, 16 Aug 2011 22:33:27 +0100 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Carta_Aberta_aos_Membros_da_C=E2mara_do?= =?iso-8859-1?q?s_Deputados_em_Defesa_da_Voz_do_Brasil?= In-Reply-To: <3A26178A37B84C97A415ADB91878075D@fjn.net> References: <3A26178A37B84C97A415ADB91878075D@fjn.net> Message-ID: ** *Carta Aberta aos Membros da Câmara dos Deputados* Senhores e senhoras parlamentares, Encontra-se em análise da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal o projeto de lei No. 595/03 que flexibiliza o horário de exibição do mais antigo programa de rádio do mundo, a Voz do Brasil, criado em 1932. Como qualquer produto midiático ele também sofreu as influências das diferentes épocas políticas pelas quais o Brasil atravessou, mas, mesmo com isto, não deixou de constituir-se num importante instrumento de informação para uma imensa massa de brasileiros, sua esmagadora maioria, que não dispõe de outra forma para receber informações relevantes sobre as atividades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Pesquisa recente realizada por Instituto de alta notoriedade aponta que um entre cada três brasileiros ouvem rotineiramente *A Voz do Brasil*. Outra enquete indica que 73 por cento dos entrevistados concordam com a continuidade da veiculação da Voz do Brasil no horário das 19 horas, além de confirmarem a importância do programa para a sua informação. Como sabemos, o Brasil registra uma baixíssima taxa de leitura de jornal e revista, o que faz com que a Voz do Brasil represente, para milhões e milhões de compatriotas, a única forma de obter informações. Nos últimos anos, a Voz do Brasil vem registrando modificações importantes em sua forma e conteúdo, tornando-se mais adequada a atualidade, além de veicular, também, informações muito relevantes sobre programas governamentais, especificamente, os do Ministério da Educação (Fundeb), do Ministério da Agricultura (Programa de Aquisição de Alimentos), do Ministério da Pesca e também do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Pronaf e Pronera) e do Ministério da Previdência Social. Tal característica pode, perfeitamente, ser aperfeiçoada para oferecer aos brasileiros uma possibilidade mais eficaz ainda para sua informação, acerca de temas de altíssima relevância, nem sempre contemplados adequadamente pela esmagadora maioria das emissoras de rádio espalhadas pelo território nacional, que sequer dispõe de estrutura suficiente para cumprir a exigência de noticiário jornalístico prevista em lei. Para os integrantes do Legislativo e do Judiciário, a Voz do Brasil é uma rara opção de interação com a sociedade sem as distorções já tradicionais na mídia. Diversas pesquisas científicas já demonstraram que a cobertura jornalística destes dois Poderes da República não representa fidedignamente os fatos que acontecem no seu interior. Além disso, a Voz do Brasil trata igualitariamente a todos os parlamentares, sem as distorções editoriais que privilegiam o segmento já classificado de "alto clero" do Congresso Nacional. Para uma grande massa de brasileiros que vivem nos chamados grotões do campo e da cidade, sem acesso a leitura de jornais, a *Voz do Brasil* é o que lhe resta como única opção informativa para saber das decisões dos poderes públicos, da atuação dos seus representantes no Congresso e das deliberações do judiciário. Na atualidade, este programa radiofônico se transformou num importante instrumento de transparência dos feitos públicos, habilitando ao cidadão exercer seu papel de fiscal do Estado. Tal característica não é valorizada pelos grandes empresários da comunicação interessados, fundamentalmente, na exploração comercial do horário, para mais exibição do mesmo, em prejuízo do jornalismo e da direito de comunicação de nosso povo. Considerando a inexistência de qualquer capacidade fiscalizadora dos órgãos competentes, a flexibilização do horário de apresentação da *Voz do Brasil*poderá constituir-se, de fato, numa alteração que , na prática, levará *à sua não veiculação*, portanto, ao desaparecimento do mais antigo programa de rádio do mundo atual. O que interessa apenas aos conglomerados empresariais da comunicação. Assim sendo, como o referido projeto teve uma tramitação muito rápida durante o ano de 2010, ano eleitoral, com significativo esvaziamento do Congresso, entendemos que a matéria pode não ter sido examinada com suficiente profundidade, especialmente nos aspectos aqui mencionados. É sabido que nem o Conselho de Comunicação do Congresso Nacional teve oportunidade de se posicionar sobre o tema e que o plenário da Câmara dos Deputados não foi ouvido. Sua aprovação poderia constituir-se na eliminação de uma positiva experiência de regulamentação informativa e, com isso, representar um grave prejuízo para uma imensa maioria de brasileiros que têm na Voz do Brasil uma alternativa consolidada para informar-se acerca das mais relevantes decisões dos poderes públicos e de seus membros. Face a isto, solicitamos que a tramitação do referido projeto seja sustada e que a matéria seja objeto de novas análises, inclusive com a convocação de audiências públicas nas quais sejam ouvidos não apenas especialistas em comunicação, mas, também, representantes das diferentes comunidades tais como pescadores, ribeirinhos, trabalhadores rurais, caminhoneiros, população de fronteira, militares ou civis, povos das florestas, quilombolas, militares, que nos mais inóspitos rincões de imenso país tem na Voz do Brasil um fundamental instrumento para sua informação e, com isto, para formarem-se com cidadãos brasileiros. ** *Central Única dos Trabalhadores ? CUT*** *Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura ? CONTAG*** *Central Geral dos Trabalhadores do Brasil - CGTB*** *Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ*** *Federação Interestadual de Trabalhadores em Empresas de Rádio e TV ? FITERT * *Comissão Brasileira Justiça e Paz - CBJP*** *Movimento em Defesa da Voz do Brasil* ** *Brasília, 15 de agosto de 2011* -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Wed Aug 17 09:16:09 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Wed, 17 Aug 2011 09:16:09 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Mais um pouco sobre boletos Message-ID: Caros, Os boletos estão sendo enviados mas, como disse, o trabalho é lento e não conseguimos cumprir o prazo de 17 de agosto abaixo divulgado. Muitos estão escrevendo para perguntar por seus boletos e eu agradeço a preocupação. Porém, por gentileza, aguardem, porque se eu responder a todos estes e-mails os boletos não ficarão prontos mesmo! Não haverá cobrança de juros em função do atraso no envio, não se preocupem. Estamos cuidando da data de vencimento na emissão do boleto. Bj, Sonia Em 14 de agosto de 2011 21:16, Sonia Ray escreveu: > Caros associados, > Obrigada aos que já efetuaram o pagamento dos boletos que vencem dia 15! > > O processo é um pouco lento mas está funcionando bem. Pretendemos enviar > todos até terça, dia 16. Assim,para não prejudicar ninguém com cobrança de > juros, a partir de hoje os boletos seguem com data de vencimento para dia > 17. > > Não é necessário nos enviar o comprovante de pagamento porque a conferência > bancária nos informa os títulos que foram pagos a cada 48 horas (!), mas > sugerimos que voce o guarde. Caso haja alguma inconsitência nos relatórios > bancários os comprovantes podem vir a ser solicitados. > > Em tempo, lembro que a cobrança feita agora refere-se a *anuidade > 2011-2012*, que se inicia neste mês de agosto e estará vigente até julho > de 2012. Assim, todos os cadastros de sócios estarão regularizados e os > pagamentos em dia para o início da próxima gestão que vai poder iniciar os > trabalhos com caixa, todos os cadastros devidamente registrados no sitema de > cobranças do Banco do Brasil. Este procedimento eliminará de vez o sistema > de depósitos bancários na conta da ANPPOM e dará maior agilidade e > transparência à prestação de contas. > > Obrigada pela compreensão de todos, > Até breve! > Sonia > -- > SONIA RAY > Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) > Tel: +5562-9249.0911 > > SONIA RAY Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) Tel: +5562-9249.0911 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Wed Aug 17 05:30:10 2011 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 17 Aug 2011 05:30:10 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: References: Message-ID: Alê, 1. Questão de estilo: > > Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma > linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que > aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. Como diz Roland Barthes em 1974, "o significado é o significante" ("L'aventure sémiologique", *Le Monde*, 7 de junho), ou, em termos que deveriam ser mais claros para aqueles imbuídos da ideologia das músicas puras ou absolutas, "a forma é o conteúdo", ou ainda, como diz Willy Corrêa de Oliveira, "uma semântica que se equivale à sintaxe" (*Beethoven, proprietário de um cérebro*, Perspectiva, 1979). Como digo eu: quando o mofo toma conta do pão, retire-se o mofo, e não haverá mais pão. Numa perspectiva mais otimista, pode-se dizer que esta discussão, esta lista e esta associação cumpram função idêntica à do teatro da crueldade, como concebido por Antonin Artaud. Para Artaud (*Le Théâtre et son double*, 1938), o palco é o espaço de manifestação daquilo que de patológico exista em dada sociedade, uma supuração. Essa supuração é a da "pesquisa e pós-graduação em Música" no Brasil. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Wed Aug 17 09:56:07 2011 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Wed, 17 Aug 2011 09:56:07 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?STF_e_OMB_-_uma_quest=E3o_rid=EDcula?= In-Reply-To: References: Message-ID: André, Parabéns pelo manifesto. De repente atuar no meio erudito e popular ao mesmo tempo ajuda a ter outras perspectivas. Senti falta de você comentar da sua banda de rock (: da qual meu irmão faz parte aliás :) Sou novo na lista, foi uma surpresa ler isso aqui. Mas infelizmente seguiu-se muita verborragia e discussão que não aguento mais. São bemvindas colocações de pessoas que eu já conheço, admiro e esperava algum pronunciamento, como Fenerich e Palombini. E aqui vai um pouco dos meus dois centavos... Enfim, se um dia conseguirem se entender enquanto essa grande família de músicos, e organizarem um sindicato que funcione bem mesmo, ótimo, maravilha. Só que receio ser muito pessimista nesse sentido. Na falta de um consenso, de tantos gregos e troianos, o que eu vejo é sempre uma briga de espaço que cria novas segmentações nessa nossa querida família brasileira. Cada hora um novo pequeno grupo, uma máfia, um território, e cada qual querendo puxar a brasa à sua sardinha. Sei que isso é uma condição humana meio inevitável, sempre acontece em certo grau seja onde for no tempo/espaço e ocasião. Mas a impressão que eu tenho é que, comparativamente, lá no estrangeiro, existe menos ranço, mais respeito entre as inúmeras possibilidades de manifestação artística, sem essa preocupação em proteger a instituição "música". Será porque há simplesmente mais espaço, daí não precisa tanto dessa guerra territorial? Será que temos uma cultura de país pobre ainda disputando osso roído? Eu não sei... Sei que, no Brasil, eu e um grupo de amigos encontramos mais liberdade em um espaço que é fora da música. Como o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, ou Live Cinema (cadê a música no título desses eventos?). Em Curitiba me lembro bem que um concerto de música contemporânea do nosso grupo lotou uma noite do festival de TEATRO, enquanto na oficina de música de Curitiba foi muito fraco... Pois bem, espero só que um dia nosso meio musical seja menos reacionário, e que haja espaço para todas as manifestações possíveis de arte e música, assim como pesquisa na universidade. Que não se façam vistas grossas a novos grupos que apareçam, como se fosse uma ameaça a uma verdade universal, e que se possa haver um simples respeito entre cada macaco no seu galho. O pensamento por trás do texto do André Fadel possibilita isso. Porres Em 11 de agosto de 2011 12:43, André Fadel escreveu: > > > > *Uma questão ridícula* > > > > Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam música > a sério. E olha que muitos me tomam como ?músico sério?. Isto tudo é uma > grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não. Tem > a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou > para cada um de nós. > > Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me, mas > então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com bombas > de hidrogênio que já explodiram do calibre de ?sertanejo universitário?, > ?leidi gagas?, ?bítous? e outras *coisitas más*. > > (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo, Bach, > Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles eu > escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos de > mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.) > > Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se o > volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o > cravista faz numa Partita de Bach é ?errada?, ?historicamente acurada? ou > virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para > conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me > agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura, > conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver > realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para se > curtir. > > Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem > alcançar. > > Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de ela > ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música está > relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e, para > aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se fosse um > sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende biologia e a > fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à descoberta de > uma vacina). > > A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na > minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?* > > Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma > importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das > pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras > desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas > (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de > Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar. > Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *prazer > *, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no mundo. > > Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber > conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo > no nariz alheio. > > Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não > conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de > Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal ? o > que também é uma enorme bobagem. > > *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*? > > Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música > com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução > profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer > criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de > Cachorros. Criar ?delegacias? para tutelar se um violonista de bar está > ?autorizado? a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo. > > O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua > mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece. > > Músicos, não se levem tanto a sério, por favor. > > > > André Fadel > > Pianista e compositor > > > > > > > > > > > > > > > > > 2011/8/8 SBME . > >> Colegas: >> >> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia >> sobre a decisão do STF. >> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a >> questão. >> >> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para >> decidir o que decidiram. >> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão. >> >> Ellen Gracie alegou que o registro em entidades só pode ser exigido >> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", >> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados". >> Isso é verdade? >> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco >> social? >> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada >> conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de >> desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem >> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela >> representasse a realização fiel da partitura. >> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de >> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade? >> >> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >> registro pois a música é uma arte. >> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o >> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da >> Poesia para que pudessem escrever. >> >> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da >> Comunicação para chegar ao público. >> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações >> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte >> contemplando o suporte diretamente. >> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca >> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que >> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação >> exige profundo conhecimento técnico. >> >> À salutar discussão!!! >> Abraços, >> Jorge Antunes >> >> >> >> >> >> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz escreveu: >> >>> Matéria da Folha de hoje < >>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml >>> > >>> ================================================== >>> >>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF >>> >>> FELIPE SELIGMAN >>> DE BRASÍLIA >>> >>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta >>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de >>> classe para exercer sua profissão. >>> >>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à >>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente >>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil. >>> >>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar >>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder >>> se apresentar. >>> >>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os >>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao >>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido >>> quando chegar no tribunal. >>> >>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades >>> só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa >>> um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", >>> afirmou. >>> >>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse >>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou >>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma >>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever. >>> >>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que >>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por >>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão. >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From artistica.anppom2011 em gmail.com Wed Aug 17 11:23:45 2011 From: artistica.anppom2011 em gmail.com (comissao artistica anppom2011) Date: Wed, 17 Aug 2011 11:23:45 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Hor=E1rios_de_ensaio_das_Apresenta=E7?= =?iso-8859-1?q?=F5es_Art=EDsticas_ANPPOM2011?= Message-ID: Segue anexo lista dos horários e locais de ensaio de todas as apresentações artísticas que serão realizadas durante a ANPPOM 2011 em Uberlândia. -- Atenciosamente, Comissão Artística do XXI Congresso da ANPPOM artistica.anppom2011 em gmail.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Horários de Ensaios ANPPOM2011.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 152676 bytes Descrição: não disponível URL: From mtclaudiazanini em gmail.com Wed Aug 17 12:41:37 2011 From: mtclaudiazanini em gmail.com (Claudia Zanini) Date: Wed, 17 Aug 2011 12:41:37 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?NOVO_PRAZO_DE_SUBMISS=C3O_DO_XI_ENPEMT_?= =?iso-8859-1?q?-_Encontro_Nacional_de_Pesquisa_em_Musicoterapia?= Message-ID: Prezados, Encaminho informação sobre o prazo de submissão de trabalhos para o XI ENPEMT - Encontro Nacional de Pesquisa em Musicoterapia, que foi estendido para 31 de agosto. As normas estão no site http://pesquisamt.blogspot.com/ Atenciosamente, Comissão Científica do XI ENPEMT -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tiago.carvalho em yahoo.com.br Wed Aug 17 09:33:13 2011 From: tiago.carvalho em yahoo.com.br (Tiago de Quadros Maia Carvalho) Date: Wed, 17 Aug 2011 05:33:13 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] Anais do II Seminario Brasileiro de Educacao Musical Infantil e V Encontro Internacional de Educacao Musical In-Reply-To: <1313584231.65501.YahooMailNeo@web111311.mail.gq1.yahoo.com> References: <1313584144.28131.YahooMailNeo@web111315.mail.gq1.yahoo.com> <1313584231.65501.YahooMailNeo@web111311.mail.gq1.yahoo.com> Message-ID: <1313584393.40229.YahooMailNeo@web111305.mail.gq1.yahoo.com>  Caros, Informamos que os anais do II Seminario Brasileiro de Educação Musical Infantil e V Encontro Internacional de Educação Musical estão disponíveis on line, gratuitamente, através do banco de anais de congressos (BAC) da ANPPOM. Para acessá-los, clique aqui.   Abraços, Tiago de Quadros Maia Carvalho Doutorado em Música, área de concentração Etnomusicologia - UFBA Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ Twitter: @tiagodequadros Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rogeriobudasz em yahoo.com Wed Aug 17 17:53:29 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Wed, 17 Aug 2011 13:53:29 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: Message-ID: <1313614409.8340.YahooMailClassic@web160616.mail.bf1.yahoo.com> Carlos,parece uma grande sessão de terapia em grupo, alguns gritam, outros choram, uns dizem que é o fim do mundo, outros que é o começo, uns falam timidamente uma gracinha depois desaparecem, outros fazem longos discursos, uns dizem que só estão apreciando de fora, quando o mero ato de escrever já os coloca dentro... acho que já vi um filme assim, seria Buñuel?  Rogério --- On Wed, 8/17/11, Carlos Palombini wrote: From: Carlos Palombini Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Wednesday, August 17, 2011, 1:30 AM Alê, 1. Questão de estilo: Eu pediria gentilmente que  alguns membros da lista se utilizassem de uma linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas.  Como diz Roland Barthes em 1974, "o significado é o significante" ("L'aventure sémiologique", Le Monde, 7 de junho), ou, em termos que deveriam ser mais claros para aqueles imbuídos da ideologia das músicas puras ou absolutas, "a forma é o conteúdo", ou ainda, como diz Willy Corrêa de Oliveira, "uma semântica que se equivale à sintaxe" (Beethoven, proprietário de um cérebro, Perspectiva, 1979). Como digo eu: quando o mofo toma conta do pão, retire-se o mofo, e não haverá mais pão. Numa perspectiva mais otimista, pode-se dizer que esta discussão, esta lista e esta associação cumpram função idêntica à do teatro da crueldade, como concebido por Antonin Artaud. Para Artaud (Le Théâtre et son double, 1938), o palco é o espaço de manifestação daquilo que de patológico exista em dada sociedade, uma supuração. Essa supuração é a da "pesquisa e pós-graduação em Música" no Brasil.   -----Inline Attachment Follows----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rogeriobudasz em yahoo.com Wed Aug 17 18:16:16 2011 From: rogeriobudasz em yahoo.com (Rogerio Budasz) Date: Wed, 17 Aug 2011 14:16:16 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: <1313614409.8340.YahooMailClassic@web160616.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1313615776.37692.YahooMailClassic@web160613.mail.bf1.yahoo.com> A propósito, só prá não parecer condenatório, em diferentes épocas nos últimos anos eu mesmo me reconheço em vários desses papéis ;) --- On Wed, 8/17/11, Rogerio Budasz wrote: From: Rogerio Budasz Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) To: anppom-l em iar.unicamp.br, "Carlos Palombini" Date: Wednesday, August 17, 2011, 1:53 PM Carlos,parece uma grande sessão de terapia em grupo, alguns gritam, outros choram, uns dizem que é o fim do mundo, outros que é o começo, uns falam timidamente uma gracinha depois desaparecem, outros fazem longos discursos, uns dizem que só estão apreciando de fora, quando o mero ato de escrever já os coloca dentro... acho que já vi um filme assim, seria Buñuel?  Rogério --- On Wed, 8/17/11, Carlos Palombini wrote: From: Carlos Palombini Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Wednesday, August 17, 2011, 1:30 AM Alê, 1. Questão de estilo: Eu pediria gentilmente que  alguns membros da lista se utilizassem de uma linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas.  Como diz Roland Barthes em 1974, "o significado é o significante" ("L'aventure sémiologique", Le Monde, 7 de junho), ou, em termos que deveriam ser mais claros para aqueles imbuídos da ideologia das músicas puras ou absolutas, "a forma é o conteúdo", ou ainda, como diz Willy Corrêa de Oliveira, "uma semântica que se equivale à sintaxe" (Beethoven, proprietário de um cérebro, Perspectiva, 1979). Como digo eu: quando o mofo toma conta do pão, retire-se o mofo, e não haverá mais pão. Numa perspectiva mais otimista, pode-se dizer que esta discussão, esta lista e esta associação cumpram função idêntica à do teatro da crueldade, como concebido por Antonin Artaud. Para Artaud (Le Théâtre et son double, 1938), o palco é o espaço de manifestação daquilo que de patológico exista em dada sociedade, uma supuração. Essa supuração é a da "pesquisa e pós-graduação em Música" no Brasil.   -----Inline Attachment Follows----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rosanecardoso em ufpr.br Thu Aug 18 05:38:52 2011 From: rosanecardoso em ufpr.br (rosanecardoso em ufpr.br) Date: Thu, 18 Aug 2011 05:38:52 -0300 (BRT) Subject: [Fwd: CHAMADA PARA =?iso-8859-1?Q?SUBMISS=C3O_DE_ARTIGOS-REVISTA_M=DASICA_EM_PERSPECTIVA_PPG?= MÚSICA UF=?iso-8859-1?Q?PPGM=DASICA_UFPR]?= Message-ID: <871925d660b1a70abe75f92bf7675b43.squirrel@webmail.ufpr.br> REVISTA MÚSICA EM PERSPECTIVA PPGMÚSICA UFPR CHAMADA PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS DATA LIMITE: 30 DE OUTUBRO DE 2011 A Revista Música em Perspectiva do Programa de Pós-Graduação em Música da UFPR está recebendo artigos para submissão para o volume 4, número 1 até 30 de outubro de 2011. A publicação tem por objetivo divulgar a produção de artigos e outros trabalhos de caráter científico na área de música, tendo em vista aprofundar e ampliar o horizonte de conhecimentos neste âmbito do saber. Sua finalidade última é trazer a música para o centro de discussões a partir de temáticas que, por sua atualidade, intenção e abrangência, disciplinar e transdisciplinar, venham a gerar uma cadeia produtiva de perguntas e respostas ao longo do tempo. O periódico aceita artigos, ensaios, traduções, entrevistas – desde que inseridas em contexto mais abrangente de reflexão – e resenhas. Serão analisados artigos e outros trabalhos inéditos em português, espanhol, inglês e francês. O Periódico é indexado no Qualis/Capes e é disponível nas versões impressa (ISSN 1981-7126) e online. As submissões podem ser enviadas via correio eletrônico para: musicaemperspectiva em ufpr.br ou através do Open Journal System (OJS) em http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/musica Demais informações, favor consultar a página da Revista: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/musica Atenciosamente, Prof. Norton Dudeque e Profa. Rosane Cardoso de Araújo (editores) _____________________ Norton Dudeque norton.dudeque em ufpr.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Fri Aug 19 10:04:28 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Fri, 19 Aug 2011 10:04:28 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?COLE=C7=C3O_MUSICA_HODIE_10_ANOS?= Message-ID: LANÇAMENTO COM PREÇO REDUZIDO NO CONGRESSO DA ANPPOM. APROVEITEM!!!! SONIA RAY Editora da Revista Música Hodie (2001-2011) www.musicahodie.mus.br Tel: +5562-9249.0911 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: banner_hodie_selos-01.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 350999 bytes Descrição: não disponível URL: From soniaraybrasil em gmail.com Fri Aug 19 13:05:56 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Fri, 19 Aug 2011 13:05:56 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Transportes na ANPPOM 2011 Message-ID: Caros Congressistas, segue anexo quadro de horários dos transportes no Congresso 2011. Abraço, Sonia -- SONIA RAY Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) Tel: +5562-9249.0911 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Quadro de Horários dos Transportes na ANPPOM 2011.doc Tipo: application/msword Tamanho: 45056 bytes Descrição: não disponível URL: From silvioferrazmello em uol.com.br Thu Aug 18 10:29:48 2011 From: silvioferrazmello em uol.com.br (silvioferrazmello) Date: Thu, 18 Aug 2011 10:29:48 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: <1313615776.37692.YahooMailClassic@web160613.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313615776.37692.YahooMailClassic@web160613.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: sendo buñuel...seria "o anjo exterminador"? On Aug 17, 2011, at 6:16 PM, Rogerio Budasz wrote: > A propósito, só prá não parecer condenatório, em diferentes épocas nos últimos anos eu mesmo me reconheço em vários desses papéis ;) > > > --- On Wed, 8/17/11, Rogerio Budasz wrote: > > From: Rogerio Budasz > Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > To: anppom-l em iar.unicamp.br, "Carlos Palombini" > Date: Wednesday, August 17, 2011, 1:53 PM > > Carlos, > parece uma grande sessão de terapia em grupo, alguns gritam, outros choram, uns dizem que é o fim do mundo, outros que é o começo, uns falam timidamente uma gracinha depois desaparecem, outros fazem longos discursos, uns dizem que só estão apreciando de fora, quando o mero ato de escrever já os coloca dentro... acho que já vi um filme assim, seria Buñuel? > > Rogério > > --- On Wed, 8/17/11, Carlos Palombini wrote: > > From: Carlos Palombini > Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Date: Wednesday, August 17, 2011, 1:30 AM > > Alê, > > > 1. Questão de estilo: > > Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. > > Como diz Roland Barthes em 1974, "o significado é o significante" ("L'aventure sémiologique", Le Monde, 7 de junho), ou, em termos que deveriam ser mais claros para aqueles imbuídos da ideologia das músicas puras ou absolutas, "a forma é o conteúdo", ou ainda, como diz Willy Corrêa de Oliveira, "uma semântica que se equivale à sintaxe" (Beethoven, proprietário de um cérebro, Perspectiva, 1979). Como digo eu: quando o mofo toma conta do pão, retire-se o mofo, e não haverá mais pão. > > Numa perspectiva mais otimista, pode-se dizer que esta discussão, esta lista e esta associação cumpram função idêntica à do teatro da crueldade, como concebido por Antonin Artaud. Para Artaud (Le Théâtre et son double, 1938), o palco é o espaço de manifestação daquilo que de patológico exista em dada sociedade, uma supuração. Essa supuração é a da "pesquisa e pós-graduação em Música" no Brasil. > > > > > -----Inline Attachment Follows----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From danielquaranta em gmail.com Thu Aug 18 14:33:03 2011 From: danielquaranta em gmail.com (daniel quaranta) Date: Thu, 18 Aug 2011 14:33:03 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: <1313615776.37692.YahooMailClassic@web160613.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313614409.8340.YahooMailClassic@web160616.mail.bf1.yahoo.com> <1313615776.37692.YahooMailClassic@web160613.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: *Oi Rogerio, o filme é chamado Le charme discret de la Musicologie? ;-)* *abraços * *Daniel* 2011/8/17 Rogerio Budasz > A propósito, só prá não parecer condenatório, em diferentes épocas nos > últimos anos eu mesmo me reconheço em vários desses papéis ;) > > > --- On *Wed, 8/17/11, Rogerio Budasz * wrote: > > > From: Rogerio Budasz > > Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > To: anppom-l em iar.unicamp.br, "Carlos Palombini" > Date: Wednesday, August 17, 2011, 1:53 PM > > > Carlos, > parece uma grande sessão de terapia em grupo, alguns gritam, outros choram, > uns dizem que é o fim do mundo, outros que é o começo, uns falam timidamente > uma gracinha depois desaparecem, outros fazem longos discursos, uns dizem > que só estão apreciando de fora, quando o mero ato de escrever já os coloca > dentro... acho que já vi um filme assim, seria Buñuel? > > Rogério > > --- On *Wed, 8/17/11, Carlos Palombini * wrote: > > > From: Carlos Palombini > Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Date: Wednesday, August 17, 2011, 1:30 AM > > Alê, > > > 1. Questão de estilo: > > Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma > linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que > aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. > > > Como diz Roland Barthes em 1974, "o significado é o significante" > ("L'aventure sémiologique", *Le Monde*, 7 de junho), ou, em termos que > deveriam ser mais claros para aqueles imbuídos da ideologia das músicas > puras ou absolutas, "a forma é o conteúdo", ou ainda, como diz Willy Corrêa > de Oliveira, "uma semântica que se equivale à sintaxe" (*Beethoven, > proprietário de um cérebro*, Perspectiva, 1979). Como digo eu: quando o > mofo toma conta do pão, retire-se o mofo, e não haverá mais pão. > > Numa perspectiva mais otimista, pode-se dizer que esta discussão, esta > lista e esta associação cumpram função idêntica à do teatro da crueldade, > como concebido por Antonin Artaud. Para Artaud (*Le Théâtre et son double*, > 1938), o palco é o espaço de manifestação daquilo que de patológico exista > em dada sociedade, uma supuração. Essa supuração é a da "pesquisa e > pós-graduação em Música" no Brasil. > > > > > -----Inline Attachment Follows----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- ?????????????????????????????????????????????? Dr. Daniel Quaranta Universidade Federal de Juiz de Fora - MG http://www.ufjf.br/anais_eimas/ ISSN: 2236-8353 www.rem.ufpr.br ISSN 1415-953 www.eimas.net http://ouvindonopatio.podomatic.com http://soundcloud.com/danielquaranta/ http://www.bienalmercosul.art.br/7bienalmercosul/pt-br/ao-redor-de-433 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From estevaomoreira em gmail.com Thu Aug 18 15:15:04 2011 From: estevaomoreira em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Estev=E3o_Moreira?=) Date: Thu, 18 Aug 2011 15:15:04 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_e_Risco_Social_=28era=3A_STF_e?= =?iso-8859-1?q?_OMB=29?= In-Reply-To: <1313614409.8340.YahooMailClassic@web160616.mail.bf1.yahoo.com> References: <1313614409.8340.YahooMailClassic@web160616.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: (tem também Ensaio de Orquestra de Fellini...menos surreal...quase literal...) Estevão Em 17 de agosto de 2011 17:53, Rogerio Budasz escreveu: > Carlos, > parece uma grande sessão de terapia em grupo, alguns gritam, outros choram, > uns dizem que é o fim do mundo, outros que é o começo, uns falam timidamente > uma gracinha depois desaparecem, outros fazem longos discursos, uns dizem > que só estão apreciando de fora, quando o mero ato de escrever já os coloca > dentro... acho que já vi um filme assim, seria Buñuel? > > Rogério > > --- On *Wed, 8/17/11, Carlos Palombini * wrote: > > > From: Carlos Palombini > > Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB) > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Date: Wednesday, August 17, 2011, 1:30 AM > > > Alê, > > > 1. Questão de estilo: > > Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma > linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que > aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas. > > > Como diz Roland Barthes em 1974, "o significado é o significante" > ("L'aventure sémiologique", *Le Monde*, 7 de junho), ou, em termos que > deveriam ser mais claros para aqueles imbuídos da ideologia das músicas > puras ou absolutas, "a forma é o conteúdo", ou ainda, como diz Willy Corrêa > de Oliveira, "uma semântica que se equivale à sintaxe" (*Beethoven, > proprietário de um cérebro*, Perspectiva, 1979). Como digo eu: quando o > mofo toma conta do pão, retire-se o mofo, e não haverá mais pão. > > Numa perspectiva mais otimista, pode-se dizer que esta discussão, esta > lista e esta associação cumpram função idêntica à do teatro da crueldade, > como concebido por Antonin Artaud. Para Artaud (*Le Théâtre et son double*, > 1938), o palco é o espaço de manifestação daquilo que de patológico exista > em dada sociedade, uma supuração. Essa supuração é a da "pesquisa e > pós-graduação em Música" no Brasil. > > > > > -----Inline Attachment Follows----- > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- Estevão Moreira Mestrando em Música e Educação - UNIRIO estevaomoreira.wordpress.com @estevaomoreira ::::::::::::::::::FOPPEM -- Fórum de Partilha de Práticas em Educação Musical ::::::::::::::::::foppem.wordpress.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cgerling em ufrgs.br Fri Aug 19 10:43:21 2011 From: cgerling em ufrgs.br (Cristina Capparelli Gerling) Date: Fri, 19 Aug 2011 10:43:21 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?COLE=C7=C3O_MUSICA_HODIE_10_ANOS?= In-Reply-To: References: Message-ID: <20110819104321.13243v92gjiol46x@webmail.ufrgs.br> Parabéns Sonia, sua dedicação é uma inspiração para todos nós. Vai firme Sonia Ray! Um abraço, Cristina Citando Sonia Ray : > LANÇAMENTO COM PREÇO REDUZIDO NO CONGRESSO DA ANPPOM. > APROVEITEM!!!! > > > > > > > SONIA RAY > Editora da Revista Música Hodie (2001-2011) > www.musicahodie.mus.br > Tel: +5562-9249.0911 > From soniaraybrasil em gmail.com Fri Aug 19 19:32:19 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Fri, 19 Aug 2011 19:32:19 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Transportes na ANPPOM 2011-revisado Message-ID: Em tempo... Segue o quadro com correções; Sonia -- SONIA RAY Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) Tel: +5562-9249.0911 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Quadro de Horários dos Transportes na ANPPOM 2011-revisado.doc Tipo: application/msword Tamanho: 48640 bytes Descrição: não disponível URL: From soniaraybrasil em gmail.com Fri Aug 19 21:17:34 2011 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Fri, 19 Aug 2011 21:17:34 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Calend=E1rio_Eleitoral=3A_Homologa=E7?= =?iso-8859-1?q?=E3o_das_candidaturas?= Message-ID: Caros associados, No cumprimento do calendário eleitoral, informo que houve apenas uma chapa inscrita para a diretoria da ANPPOM 2011-2013, cuja candidatura está homologada. * CHAPA CANDIDATA*: *PRESIDENTE: **Luciana Marta Del Ben* *1º SECRETÁRIO/A*: *Marcos Vinicio Cunha Nogueira* *2º SECRETÁRIO/A*: *Eduardo Henrique Soares Monteiro* *TESOUREIRO/A*: *Sergio Luiz Ferreira de Figueiredo* *EDITOR DAS PUBLICAÇÕES DA ANPPOM*: *Adriana Lopes da Cunha Moreira* *1º CONSELHEIRO/A FISCAL titular*: *Claudiney Rodrigues Carrasco* *2º CONSELHEIRO/A FISCAL titular*: *Ana Cristina Gama dos Santos Tourinho*** *3º CONSELHEIRO/A FISCAL titular*: *Marcos Tadeu Holler* *1º CONSELHEIRO/A FISCAL suplente*: *Antenor Ferreira Corrêa* *2º CONSELHEIRO/A FISCAL suplente*: *Sérgio Azra Barrenechea* *3º CONSELHEIRO/A FISCAL suplente*: *Alexandre Zamith Almeida* Cordialmente, SONIA RAY Presidente da ANPPOM (www.anppom.com.br) Tel: +5562-9249.0911 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cassiobarth em gmail.com Fri Aug 19 23:10:16 2011 From: cassiobarth em gmail.com (Cassio Barth) Date: Fri, 19 Aug 2011 21:10:16 -0500 Subject: [ANPPOM-L] Diversidade Cultural e mostra de Jogo da Unesco para professores e alunos Message-ID: Para refletir: "Debemos recordar también que esta tradición [europea] se encuentra restringida, desde el punto de vista geográfico, a los pueblos del subcontinente europeo (y en 1a actualidad, de su progenie y de sus puestos avanzados), Y qué. - incluso en función de la historia europea- no ocupa más que una porción temporal pequeñísima, de menos de cuatrocientos años o cosa así. Sus supuestos son los mismos del humanismo y el individualismo posrenacentistas, y en cuanto tradición, tiene las virtudes y las limitaciones características de ese punto de vista. Si la comparamos con la música del resto de la historia de Europa - por no hablar de la del resto de la humanidad- empieza a parecernos una especie de aberración histórica. Esto no significa negar la grandeza de sus logros, sino simplemente señalar que tiene características que no son compartidas por ninguna de las demás culturas musicales del mundo, y que muchas de tales características no son necesariamente más ricas y complejas o más «avanzadas» que las de esas otras culturas? incluso la de nuestros antepasados medievales. Es probable que la idea de «progreso» tenga algún sentido en relación con la ciencia, que se ocupa de la acumulación de un conocimiento abstracto y objetivo divorciado de la personalidad, pero es imposible defenderla en las artes, basadas como están en la experiencia, que es peculiar del individuo y debe ser renovada con cada generación sucesiva." (Small, 2003:19) Ah, um joguinho bacana da UNESCO para alunos e professores: Diversidad Cultural (http://www.youtube.com/watch?cv=PzM3-5vGhEE) Cássio D. Barth PS, Lucas, teu tango rapsódico -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From catarina em catarinadomenici.com Sun Aug 21 11:18:54 2011 From: catarina em catarinadomenici.com (Catarina Domenici) Date: Sun, 21 Aug 2011 11:18:54 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Associa=E7=E3o_Brasileira_de_Performanc?= =?iso-8859-1?q?e_Musical?= Message-ID: <6B4D000C-28BD-4A0D-8766-2CE6643EAB0D@catarinadomenici.com> Convidamos os membros da subárea de Performance Musical para a assembléia de fundação da Associação Brasileira de Performance Musical (ABRAPEM) no dia 23/08 (terça-feira) às 20hs no Auditório do Bloco 3Q no Campus da UFU em Uberlândia. Cordialmente, Profª Drª Catarina Leite Domenici PPGMUS UFRGS From givanildo.amancio em gmail.com Sun Aug 21 15:58:43 2011 From: givanildo.amancio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gil_Am=E2ncio?=) Date: Sun, 21 Aug 2011 15:58:43 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Por_quais_motivos_Jornalistas=2C_em_ter?= =?iso-8859-1?q?mos_nacionais=2C_buscam_reconhecimento_do_diploma_n?= =?iso-8859-1?q?a_contra-m=E3o_dos_m=FAsicos_que_querem_acabar_com_?= =?iso-8859-1?q?=F3rg=E3o_de_reconhecimento_jur=EDdico-legalista_cl?= =?iso-8859-1?q?assistico_do_diploma_de_m=FAsico_=28se_n=E3o_t=E1_f?= =?iso-8859-1?q?uncionando_a_OMB_a_responsabi?= Message-ID: ---------- Mensagem encaminhada ---------- De: Data: 21 de agosto de 2011 15:51 Assunto: Jornalistas mantêm luta pelo diploma e chamam empresas para negociar no dia 31 Para: givanildo.amancio em gmail.com Recife, 21 de agosto de 2011 Jornalistas mantêm luta pelo diploma e chamam empresas para negociar no dia 31 O Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco encaminhou às empresas na última sexta-feira a *Pauta de Reivindicações 2011 *, publicada na seç&at ilde;o EXTRA do sítio do SinjoPE (www.jornalistas-pe.com.br). É a menor dos últimos dez anos, refletindo o interesse da categoria de uma negociação mais rápida. O documento relaciona itens que vão desde o reajuste, ao piso salarial, passando pela questão da sinergia, situação em que os profissionais são chamados a produzir a notícias em várias mídias ou têm o material que produzem cedidos sem sua autorização, e não recebem um centavo a mais por isso. A cláusula que mantém a exigência do diploma para a contratação de profissionais nas redações também foi mantida. As representações patronais foram convidadas para um a reunião de negociação para o próximo dia 31, quando deverão levar respostas à categoria. A *Pauta de Reivindicações 2011 * foi aprovada por unanimidade no dia 11 de agosto, em assembléia realizada no Sindicato dos Gráficos de Pernambuco (SindgrafPE). Uma das questões colocadas em debate foi até que ponto o acordo supera uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que aboliu a necessidade de diploma para o exercício da profissão. ?O acordo é soberano e pode co nter cláusulas que vão além da decisão do Supremo e até da Constituição Federal, desde que as partes concordem em cumpri-lo?, esclareceu a presidenta do SinjoPE, Cláudia Eloi. Embora os acordos não tenham sido renovados, a prova do reconhecimento por parte das empresas da validade da cláusula que estabelece a necessidade de formação superior é a insistência dos patrões em exigir que a categoria abra mão dela. ?Até agora todas as cláusulas têm sido praticadas, inclusive aquela que prevê a formação em jornalismo para os profissionais a serem contratados. Se não houvesse o reconhecimento tácito dos direitos previstos nos últimos acordos, as redações em Pernambuco já estariam cheias de profissionais sem forma&ccedi l;ão. Por isso é importante mantê-la?, garante a presidente do SinjoPE. Ainda segundo Cláudia Eloi, a categoria deve refletir sobre o que, na verdade, representa a liberação de contratação de pessoas não habilitadas para o exercício profissional. ?Na verdade isso significa, além do comprometimento do jornalismo de qualidade, o rebaixamento ainda mais das condições de trabalho e salário. Livres para contratar quem bem entenderem, as empresas vão poder dar as cartas em relação aos salários e às condições de trabalho, ambos, hoje, já precários. No Recife há empresas que chegam a pagar salário base de R$ 600,00. Em Caruaru, a remuneração é de R$ 800,00", asssegurou. Outro argumento levantado durante a assembléia é de que os trabalhadores estariam perdendo dinheiro ao deixar os acordos em aberto, por ficar sem ganho real (além da inflação). O argumento foi rebatido pelo diretor Osnaldo Moraes. Segundo ele, as empresas não estabeleceram essa relação e mesmo que tivessem estabelecido a preservação da exigência de formação vale mais que qualquer percentual. ?No ano passado, por exemplo, as empresas exigiam a simples retirada da cláusula sem oferecer sequer 1% de reajuste. Forçadas a abrir a negociação, chegaram a 5% de reajuste, mas no final, mesmo sem acordo celebrado, pagaram a inflação, que foi de 4,31%?, lembrou. O argumento dos empresários de que a exigência é um atentado à lib erdade de expressão não se sustenta, visto que, mesmo com a exigência do diploma, os colaboradores sempre tiveram presença garantida nos veículos de comunicação. São pessoas de comprovada especialização que podem atuar no mercado, desde que mediante contrato e com remuneração, para se manifestar sobre determinados assuntos, segundo suas especialidades. E o fim da exigência de diploma para exercício da profissão não abriu espaços para a sociedade na mídia, onde, via de regra, só fala quem as empresas querem que fale. A assembléia de aprovação da Pauta de Reivindicações contou com a participação dos presidentes do Sindicato dos Gráficos, Iraquitan da Silva, e dos Radialistas, Inaldo Salustiano da Silva. Segundo Iraquitan, que fez um breve pronunciamento durante a assembléia, a negociação dos trabalhadores em comunicação deste ano será feita com o acompanhamento mútuo dos Sindicatos dos Jornalistas, Gráficos, Radialistas e Publicitários. Isso representa a reativação da Intercom (Intersindical da Comunicação), com uma agenda comum de protestos, caso as negociações não avancem. Segundo o presidente do Sindicato dos Gráficos de Pernambuco, os sindicatos vão precisar do apoio de todas as categorias envolvidas. ?Não existe diretoria forte sem mobilização dos trabalhadores. Se temos interesses comuns, nada melhor que unir as agendas pra reivindicar conjuntamente e reforçar o apoio de uma categoria a outra. Estamos dispostos para o que der e vier?, afirmou. Conheça a decis&at ilde;o da categoria clicando em *Pauta de Reivindicações 2011 * Sindicato dos Jornalistas do Estado de Pernambuco - Praça Osvaldo Cruz, 400, Boa Vista, 50.050-210, Recife-PE, Fone 81 3221.4699 - jornalistas-pe em ig.com.br cancelar o recebimento do boletim <#131edaf1cefa620f_> -- -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Aug 22 04:58:22 2011 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 22 Aug 2011 04:58:22 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Vinyl records from the golden era of avantgarde and experimental music Message-ID: Collecting avantgarde music, especially vinyl releases from the time the music industry didn't screw up the recordings too much, has been a satisfactory hobby for me the past 30 years. Now with the technical opportunity to archive this music in a digital form I like to share this rare quite unavailable material. The time envelope whith in the records were issued is roughly 25 year around *1970*, a truly very rewarding year for the avantgarde- and experimental electro-acoustical music scene! I am an 'aficionado' in the literally sense of the word, not a professional musicologist, so no analysis here. I suppose anyone who found his/her way to this Blog and the offered music knows where to look for additional information. http://wolffifth.blogspot.com/ List of records 01 - Ric Colbeck - The Sun Is Coming Up - 1970 - Fontana 6383 001 02 - New Phonic Art - Begegnung in Baden-Baden - 1971 - Wergo 60060 03 - Harry Sparnaay - Bass Clarinet Identity - 1978 - CV 7801 04 - VA - Music Before Revolution - 1972 - EMI 1 C 165 - 28 954 / 57 Y 05 - Roland Kayn - Simultan - 1974 - Colosseum COLOS SM 1473 06 - VA - Gaudeamus Quartet, Dutch Contemporary Music - 1969 - Columbia 33CHX8 (mono) 07 - Pierre Boulez - Le Marteau Sans Maître - 1964 - Deutsche Harmonia Mundi 1C 065-99831 08 - VA - Discours II, Sequenza V, Solo Für Melodie-Instrument, Consecuenza - 1970 - DGG 104 992 09 - VA - Clavecin 2000 - 1970 - Philips Prospective 6526 009 10 - VA - Phantasie Für Orgel Mit Obbligati, Sonorités, Volumina, Étude Nr.1 - 1968 - DGG 104 990 11 - VA - Contemporary Polish Music - 1961 - Philips A 02383 L (mono) 12 - VA - Contemporary Finnish Music Vol. 2 - 1967 - Philips 802 885 LY 13 - Ivo Malec - Sigma, Miniatures, Cantate Pour Elle, Dahovi - 1967 - Philips Prospective 836 891 DSY 14 - Ivo Malec - Actuor - 1983 - Harmonia Mundi France HM 5134 15 - VA - L'Oboe Contemporaneo - 1978 - Italia ITL 70036 16 - VA - Two Poems For Chorus, Lux Aeterna, Succsim, Matka - 1968 - DGG 104 991 17 - Mauricio Kagel - Match für 3 Spieler, Musik für Renaissance Instrumente - 1967 - DGG 104 993 18 - Karl Amadeus Hartmann - Gesangsszene, I. Sinfonie - 1971 - Wergo WER 60061 19 - VA - Zeitgenössische Musik für Bläser - 1969 - Philips 6500 261 20 - Lutoslawski, Penderecki, Mayuzumi - String Quartets - 1967 - DGG 104 988 21 - VA - Deutsche Musik der Gegenwart Serie I, Nr I - 1970 - VDMK 1/654 061 22 - André Boucourechliev - Archipel 4 - 1970 - Philips 6521 005 23 - Karlheinz Stockhausen - Gruppen, Carré - 1968 - DGG 104 989 24 - Webern, Haubenstock-Ramati, Urbanner - String Quartets - 1976 - TELDEC 6.41994 AW 25 - Roman Haubenstock-Ramati - Vermutungen Über Ein Dunkles Haus - 1970 - Wergo 60049 26 - André Boucourechliev - Archipel 3 - 1969 - Philips 6526 001 27 - de Leeuw, Janssen, van Vlijmen - String Quartets - 1983 - CV 8302 28 - Bernd Alois Zimmermann - Présence I-V, Intercomunicazione - 1968 - DGG 643542 29 - VA - Momenti, Omaggio a Joyce, Orient-Occident, Transition 1 - 1970 - Philips 836 897 DSY 30 - VA - Neue Chormusik III - 1985 - Wergo 60111 31 - Kabelac, Ohana - 8 Inventions, 4 Études - 1967 - Philips Prospective 836 990 DSY 32 - VA - Continuum, Mystères, Provisoires Agglomérats - 1968 - Philips Prospective 836 992 DSY 33 - Maurice Ohana - Si Le Jour Paraît, Trois Graphiques - 1974 - Arion ARN 38240 34 - VA - Atlas Eclipticalis, Winter Music, Cartridge Music, Glossolalie I-IV - 1968 - DGG 643543 35 - Kagel, Schnebel - Hallelujah, Für Stimmen (...missa est) - 1969 - DGG 643 544 36 - Karlheinz Stockhausen - Telemusik, Mixtur - 1969 - DGG 643 546 37 - Mauricio Kagel - Heterophonie - 1972 - Wergo 60043 38 - Krzysztof Penderecki - Psalmen Davids, Anaklasis, Etc. - 1965 - Wergo 60020 39 - VA - Continuum Ensemble Dortmund (Werner Seiss) - 1978 - Italia ITL 70045 40 - Luigi Dallapiccola - Tartiniana Seconda, Due Studi, Ciaccona etc.- 1977 - Italia ITL 70019 41 - VA - Berceuse Elégiaque, Piece in Two Parts, Sex Carmina Alcaei - 1968 - Emi ASD 2388 42 - VA - Terminus II, Funktion Grün, Phonothese, Chants De Maldoror - 1968 - DGG 643 545 43 - Randall, Vercoe, Dodge - Computer Music - 1970 - Nonesuch H-71245 44 - Amy, Haubenstock-Ramati - Cycle, Jeux 6 - 1970 - Philips Prospective 6526 019 45 - György Ligeti - Aventures, Nouvelles Aventures, etc. - 1969 - Wergo WER 60022 46 - Luigi Nono - Canti di Vita e d'Amore, Per Bastiana, Omaggio a Vedova - 1972 - Wergo WER 60067 47 - Pierre Henry ? Voile D'Orphée I Et II, Entité, Spirale - 1970 - Philips Prospective 836 887 DSY 48 - Luigi Nono - La Fabbrica Illuminata - 1971 - Wergo WER 60038 49 - Schergen, Louvier, Aperghis - East Meets West - 1972 - Philips Prospective 6521 030 50 - Gruppe Nuova Consonanza ? Improvisationen - 1969 - DGG 643541 51 - Pierre Henry - Futuristie - 1980 - Philips 6510 020 52 - Ligeti, Brown, Rosenberg ? String Quartets - 1970 - DGG 2543 002 53 - Jan Steele, John Cage - Voices and Instruments - 1976 - Antilles AN 7031 54 - Ton de Leeuw - Litany of Our Time, Claire Obscur - 1986 - CV 1986/6 55 - VA - Il Quartetto Contemporaneo - 1978 - Italia ITL 70024 56 - Varèse, Chávez, Cage - Americana - 1970 - Philips 6526 017 57 - Edgard Varèse - Intégrales, Offrandes, etc. - 1971 - Candide CE31028 58 - Iannis Xenakis - Persephassa - 1971 - Philips Prospective 6521 020 59 - Kayn, Nono - Cybernetics III, Contrappunto Dialettico Alla Mente - 1970 - DGG 2543 006 60 - Karlheinz Stockhausen - Stimmung - 1970 - DGG 2561 043 61 - George Antheil - String Quartets - 1985 - DATA 851 62 - Iannis Xenakis - Metastasis, Pithoprakta, Eonta - 1965 - Le Chant du Monde LDX-A-8368 63 - Pierre Henry - Le Voyage - 1963 - Philips 836 899 DSY 64 - Edgar Varèse - Amériques, Ionisation, Arcana - 1978 - CBS 76520 65 - John White, Gavin Bryars - Machine Music - 1978 - Obscure OBS 8 66 - Toop, Eastley ? New And Rediscovered Musical Instruments - 1975 - Obscure OBS 4 67 - VA - Messages De Feu Demoiselle R.V. Troussova, ...Agm... - 1984 - Erato STU 71543 68 - Gavin Bryars, Tom Phillips, Fred Orton - IRMA An Opera - 1977 - Obscure OBS9 69 - Hobbs, Adams, Bryars - Ensemble Pieces - 1975 - Obscure OBS 2 70 - Karlheinz Stockhausen - Momente - 1965 - Wergo WER 60024 71 - Pi?os, Blatný, I?tvan, ?t?dro? - Musica Nova Bohemica - 1988 - Supraphon 11 0118-1 72 - VA - Les Concerts du Domaine Musical - 195? - Vega C 30 A 278 73 - VA ? Musik Für Violoncello Und Klavier (Palm. Kontarsky) - 1975 - DGG 2530 562 74 - Schönberg, Birtwistle - Wind Quintets (Danzi Quintet) - 1968 - Philips 802 740 LY 75 - W. Koto?ski ? Electronic And Instrumental Music - 1974 - Polskie Nagrania Muza SX 1149 76 - Varèse, Lazarof ? Ecuatorial, Nocturnal, Structures Sonores - 1968 - Vanguard VSL 11073 -- Carlos Palombini cpalombini em gmail.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From scristina em uol.com.br Mon Aug 22 21:10:51 2011 From: scristina em uol.com.br (scristina) Date: Mon, 22 Aug 2011 21:10:51 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?q?Associa=C3=A7=C3=A3o_Brasileira_de_Performan?= =?utf-8?q?ce_Musical?= In-Reply-To: <6B4D000C-28BD-4A0D-8766-2CE6643EAB0D@catarinadomenici.com> References: <6B4D000C-28BD-4A0D-8766-2CE6643EAB0D@catarinadomenici.com> Message-ID: <4e52f00b7a343_3b51d3e882c182@a2-weasel17.tmail> Um anexo em HTML foi limpo... URL: From biaflauta em yahoo.com.br Tue Aug 23 21:37:47 2011 From: biaflauta em yahoo.com.br (Beatriz Macedo) Date: Tue, 23 Aug 2011 17:37:47 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?CONVITE_PARA_CONCERTO_EM_UBERL=C2NDIA?= In-Reply-To: References: <1314047932.74513.YahooMailNeo@web160701.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1314146267.87509.YahooMailNeo@web32505.mail.mud.yahoo.com> Aos colegas da ANPPOM, Para aqueles que vieram para o XXI Congresso da ANPPOM em Uberlândiae quiser apreciar uma boa música, haverá uma apresentação no Anfiteatro Rondon Pacheco, na Rua Santos Dumont  517,  Centro, às 20:00h nesta quinta feira dia 25 de agosto de 2011. Quem se apresentará será a pianista suiça Luisa Splett, em turnê pelo Brasil. Atenciosamente, Beatriz de Macedo Oliveira Equipe ANPPOM 2011 - UFU -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Flyers - Luisa Splett ok.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 892952 bytes Descrição: não disponível URL: From tiago.carvalho em yahoo.com.br Wed Aug 24 08:42:38 2011 From: tiago.carvalho em yahoo.com.br (Tiago de Quadros Maia Carvalho) Date: Wed, 24 Aug 2011 04:42:38 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Interc=E2mbios_Etnomusicol=F3gicos=3A_c?= =?iso-8859-1?q?iclo_de_palestras_com_Anthony_Seeger?= Message-ID: <1314186158.35411.YahooMailNeo@web111311.mail.gq1.yahoo.com> Caros, Convidamos a todos para o evento "Intercâmbios Etnomusicológicos: ciclo de palestras com Anthony Seeger". O evento consiste em três palestras ministradas pelo Professor Anthony Seeger, da UCLA. Data: 29 e 30 de agosto de 2011, a partir das 9h. Local: Escola da Música da UFBA.   Emitiremos certificado de participação. A programação está em anexo. Aguardamos a participação de todos. Abraços, Tiago de Quadros Maia Carvalho Doutorado em Música, área de concentração Etnomusicologia - UFBA Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ Twitter: @tiagodequadros Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tiago.carvalho em yahoo.com.br Wed Aug 24 08:57:32 2011 From: tiago.carvalho em yahoo.com.br (Tiago de Quadros Maia Carvalho) Date: Wed, 24 Aug 2011 04:57:32 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?PROGRAMA=C7=C3O_-_Interc=E2mbios_Etnomu?= =?iso-8859-1?q?sicol=F3gicos=3A_ciclo_de_palestras_com_Anthony_Seeger?= In-Reply-To: <1314187019.53760.YahooMailNeo@web111309.mail.gq1.yahoo.com> References: <1314187019.53760.YahooMailNeo@web111309.mail.gq1.yahoo.com> Message-ID: <1314187052.86816.YahooMailNeo@web111305.mail.gq1.yahoo.com>  Caros, O convite anterior não tinha a programação em anexo.   Abraços, Tiago de Quadros Maia Carvalho Doutorado em Música, área de concentração Etnomusicologia - UFBA Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ Twitter: @tiagodequadros Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Intercâmbios Etnomusicológicos Programação.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 17610 bytes Descrição: não disponível URL: From paulinyi em yahoo.com Thu Aug 25 16:17:51 2011 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Thu, 25 Aug 2011 12:17:51 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-L] Chamada de colaboradores violinistas/musicologos para divulgar acervo Flausino Vale In-Reply-To: References: Message-ID: <1314299871.26673.YahooMailNeo@web110516.mail.gq1.yahoo.com> Prezados musicólogos e violinistas, A mudança da minha linha de pesquisa desviou-me um pouco do resgate e da editoração de partituras dos violinistas Flausino Vale e Marcos Salles. Por outro lado, meu acervo necessita de organização e divulgação bilíngue para oferecer acessibilidade aos demais pesquisadores. Por isso, gostaria de convidar pesquisadores interessados em me auxiliar na tarefa de organização e disponibilização deste acervo, na escrita de artigos bilíngues e participação de palestras em coautoria. Estado da pesquisa sobre Flausino Vale, Marcos Salles, violino solo no Brasil: http://paulinyi.com/UnB2010mestrado.html Cordialmente, Zoltan Paulinyi http://www.Paulinyi.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From ppsalles em usp.br Thu Aug 25 18:46:00 2011 From: ppsalles em usp.br (ppsalles em usp.br) Date: Thu, 25 Aug 2011 18:46:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?PROGRAMA=C7=C3O_-_Interc=E2mbios_Etnomu?= =?iso-8859-1?q?sicol=F3gicos=3A_ciclo_de_palestras_com_Anthony_Seeger?= In-Reply-To: <1314187052.86816.YahooMailNeo@web111305.mail.gq1.yahoo.com> References: <1314187019.53760.YahooMailNeo@web111309.mail.gq1.yahoo.com> <1314187052.86816.YahooMailNeo@web111305.mail.gq1.yahoo.com> Message-ID: <20110825184600.169377nhr5ceg048@webmail.usp.br> Tiago, que bacana. Pena que tão próximo da data, impossível de agendar. Haverá alguma forma de acessar oconteúdo das palestras depois? abraços e bom evento, Pedro Paulo Salles - USP .......................................... Citando Tiago de Quadros Maia Carvalho : >  Caros, > > > O convite anterior não tinha a programação em anexo. >   > Abraços, > > Tiago de Quadros Maia Carvalho > > > Doutorado em Música, área de concentração Etnomusicologia - UFBA > Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ > Twitter: @tiagodequadros > Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho > Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros From dgohn em uol.com.br Thu Aug 25 21:56:47 2011 From: dgohn em uol.com.br (Daniel Gohn) Date: Thu, 25 Aug 2011 21:56:47 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?utf-8?b?RElWVUxHQcOHw4NPIENPTkNVUlNPUyDDgVJFQSBERSBN?= =?utf-8?q?=C3=9ASICA_/_UFSCar?= In-Reply-To: References: Message-ID: <4e56ef4fec051_26c564a102c1f0@a2-weasel18.tmail> Um anexo em HTML foi limpo... URL: From emerson em iar.unicamp.br Fri Aug 26 10:18:31 2011 From: emerson em iar.unicamp.br (emerson Biaggi) Date: Fri, 26 Aug 2011 10:18:31 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Associa=E7=E3o_Brasileira_de_Performanc?= =?iso-8859-1?q?e_Musical?= In-Reply-To: <4e52f00b7a343_3b51d3e882c182@a2-weasel17.tmail> References: <6B4D000C-28BD-4A0D-8766-2CE6643EAB0D@catarinadomenici.com> <4e52f00b7a343_3b51d3e882c182@a2-weasel17.tmail> Message-ID: Parabéns pela fundação da Abrapem, infelizmente não pude estar em Uberlândia, mas gostaria de me juntar ao grupo, abraços, Emerson De Biaggi Em 22 de agosto de 2011 21:10, scristina escreveu: > Uma conquista para todos nós. Parabéns pela iniciativa. Ab. Silvia > Hasselaar > > > ------------------------------ > Em 21/08/2011 11:18, *Catarina Domenici < catarina em catarinadomenici.com >*escreveu: > > > Convidamos os membros da subárea de Performance Musical para a assembléia > de fundação da Associação Brasileira de Performance Musical (ABRAPEM) no dia > 23/08 (terça-feira) às 20hs no Auditório do Bloco 3Q no Campus da UFU em > Uberlândia. > > > Cordialmente, > > Profª Drª Catarina Leite Domenici > PPGMUS UFRGS > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From psotuyo em ufba.br Fri Aug 26 14:23:14 2011 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Fri, 26 Aug 2011 14:23:14 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?ENC=3A_Lan=E7amento_do_livro_=22Archivo?= =?iso-8859-1?q?s_y_M=FAsica=22_-_Divulga=E7=E3o?= Message-ID: <20110826172450.2B28017A08C@campinhos.ufba.br> Divulguem por gentileza, Grato. Pablo. _____ De: André Guerra Cotta [mailto:agcotta em gmail.com] Enviada em: sábado, 20 de agosto de 2011 12:38 Para: undisclosed-recipients: Assunto: Lançamento do livro "Archivos y Música" - Divulgação Caros(as) colegas e amigos(as), envio, para o conhecimento de todos, cartaz do evento de lançamento do livro "Archivos y Música: reflexiones a partir de experiencias de Brasil y Uruguay", do qual sou co-autor com Marita Fornaro e Graciela Carreño, da Escola de Música da Universidad de la República. O evento se dará em Montevidéu, na Faculdade de Artes, na terça-feira, 23 de agosto. Peço que ajudem na divulgação para a comunidade envolvida com o patrimônio musical. Desculpem eventual duplicação desta mensagem. Obrigado. abraços, André invitación_out.jpg -- André Guerra Cotta agcotta em gmail.com __________ Information from ESET NOD32 Antivirus, version of virus signature database 6396 (20110820) __________ The message was checked by ESET NOD32 Antivirus. http://www.eset.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 114006 bytes Descrição: não disponível URL: From manuel.falleiros em gmail.com Sat Aug 27 16:00:35 2011 From: manuel.falleiros em gmail.com (Manuel Falleiros) Date: Sat, 27 Aug 2011 16:00:35 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Associa=E7=E3o_Brasileira_de_Performanc?= =?iso-8859-1?q?e_Musical?= In-Reply-To: <6B4D000C-28BD-4A0D-8766-2CE6643EAB0D@catarinadomenici.com> References: <6B4D000C-28BD-4A0D-8766-2CE6643EAB0D@catarinadomenici.com> Message-ID: Parabéns pela iniciativa, também tenho interesse em fazer parte. Em 21 de agosto de 2011 11:18, Catarina Domenici < catarina em catarinadomenici.com> escreveu: > > Convidamos os membros da subárea de Performance Musical para a assembléia > de fundação da Associação Brasileira de Performance Musical (ABRAPEM) no dia > 23/08 (terça-feira) às 20hs no Auditório do Bloco 3Q no Campus da UFU em > Uberlândia. > > > Cordialmente, > > Profª Drª Catarina Leite Domenici > PPGMUS UFRGS > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From manuel.falleiros em gmail.com Sat Aug 27 16:01:41 2011 From: manuel.falleiros em gmail.com (Manuel Falleiros) Date: Sat, 27 Aug 2011 16:01:41 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Associa=E7=E3o_Brasileira_de_Performanc?= =?iso-8859-1?q?e_Musical?= In-Reply-To: <6B4D000C-28BD-4A0D-8766-2CE6643EAB0D@catarinadomenici.com> References: <6B4D000C-28BD-4A0D-8766-2CE6643EAB0D@catarinadomenici.com> Message-ID: Parabéns pela iniciativa, aproveito para perguntar como me unir à Associação. Em 21 de agosto de 2011 11:18, Catarina Domenici < catarina em catarinadomenici.com> escreveu: > > Convidamos os membros da subárea de Performance Musical para a assembléia > de fundação da Associação Brasileira de Performance Musical (ABRAPEM) no dia > 23/08 (terça-feira) às 20hs no Auditório do Bloco 3Q no Campus da UFU em > Uberlândia. > > > Cordialmente, > > Profª Drª Catarina Leite Domenici > PPGMUS UFRGS > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Sun Aug 28 01:45:11 2011 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Sun, 28 Aug 2011 01:45:11 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Divulga=E7=E3o=3A_bienal_m=FAsica_hoje?= =?iso-8859-1?q?=2C_Curitiba_29_ago_a_4_set?= Message-ID: I Bienal Música Hoje, *Seminário de Inverno de Música Contemporânea em Curitiba* * * Evento internacional voltado à difusão de música contemporânea, com concertos, palestras e oficinas *Links:* *http://www.proec.ufpr.br/bienalmusica2011/* * * evento no Facebook: http://www.facebook.com/event.php?eid=156954687716162 Confiram e repassem por favor a divulgação do evento que estou ajudando a produzir - organizado por membros do meu grupo, o *Ensemble EntreCompositores*, que fará o concerto de encerramento com obras especialmente composostas homeageando a memória de um de seus membros fundadores, executadas pela orquestra da UFPR junto com o grupo Platypus de Vienna. porres -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Sun Aug 28 01:53:41 2011 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Sun, 28 Aug 2011 01:53:41 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Divulga=E7=E3o=3A_bienal_m=FAsica_hoje?= =?iso-8859-1?q?=2C_Curitiba_29_ago_a_4_set?= In-Reply-To: References: Message-ID: bom, segue programa completo de concertos, vai 29.8. - 20h - Concerto de Abertura | Platypus Ensemble | Viena - Áustria Capela Santa Maria - Espaço Cultural | Rua Conselheiro Laurindo, 273 | Curitiba Programa: Márcio Steuernagel (*1982) - Namarië (2008) Tania Lanfer - I Have Come on Foot (2011) Mirela Ivicevic - Dominosa ADHD: Haute couture (2011) Joanna Wozny (*1971) - Kahles Astwerk (2007) Hannes Dufek (*1984) - Unstern (2011) Vinicius Giusti (*1980) - Estudo Aberto (2011) Fernando Riederer (*1977) - Alento II (2011) Platypus - Ensemble für neue Musik Kaoko Amano, Soprano Sieglinde Größinger, Flautas Theresia Schmidinger, Clarinetes Marianna Oczkowska, Violino Tomasz Skweres, Violoncelo Jaime Wolfson, Piano e Direção 30.8. - 18h30 - Concerto Eletroacústico | Vinícius Giusti, Bremen - Alemanha Paço da Liberdade | Praça Generoso Marques | Centro, Curitiba Programa: John M. Chowning (USA) - Phoné (1980?1981) Farzia Fallah (Iran) - aus Meerrausch und Sonnenglast (2010) Alberto Bianco (Itália) - Les Souffle et le Macchine (2011) Marcel Saegesser (Suíça) - Prairies (2009) Mattia Bonafini (Itália) - Photos of Helsinki (2011) Lelio Camilleri (Itália) - Parallel (2000) Simone Faliva (Itália) - Dies Magna (2011) Francesco Giomi (Itália) - Arrisi (1998) Jieun Jun (Coréia do Sul) - Rotallizso (2011) Claudia Lichtblau: (Alemanha) / Music: Kilian Schwoon- Unmoored ? Nachspiel (2001) Germán Toro-Perez (Colombia) - Rothko IV (2008) Valerio Murat (Itália) - Les Machines Spirituelles (2008) Vinícius Giusti, Difusão Electroacústica 30.8. - 20h - Ensemble Cross.Art | Stuttgart - Alemanha Capela Santa Maria - Espaço Cultural | Rua Conselheiro Laurindo, 273 | Curitiba Programa: Helmut Lachenmann (*1935) - Third Part for J. S. Bach's two-part Invention in D minor BWV 775 (1985) - Pression (2010) - Child's Play (Seven little Pieces) (1980) Oliver Frick (*1973) - Chasse au moment (2010) música para o filme "Moment - performatives Spazieren" (2008) de Yukihiro Taguchi (*1980) Joseph Michaels (*1977) - Moment Curitiba (2011) música para o filme "Moment performative Curitiba" (2009) de Yukihiro Taguchi (*1980) Nikolaus A Huber (*1939) - Clash music"(1988) filme para a música, de Sonja Füsti & Patrick Hilss (2010) Karlheinz Stockhausen (1928 ? 2007) - Zodiac (1974?75) versão para violoncelo e piano: Ensemble Cross.Art Fernando Riederer (*1977) - Alento I (2011) Edson Zampronha (*1963) - Between the thunder and the echo (2011) Mauricio Dottori (*1960) - entre os quereres, onde o desejo? (2011) HarryCrowl (*1958) - Tillandsia stricta Solander (2011) Steve Reich (*1936) - Clapping Music (1972) Tomoko Fukui - color song on G (2011) Takeo Hoshiya (*1979) - The Cello in February (2008) Ensemble Cross.Art Céline Papion, Violoncelo Junko Yamamoto, Piano 31.8. - 18h30 - Duo Fla-? | Curitiba - Brasil Paço da Liberdade | Praça Generoso Marques | Centro, Curitiba Programa: (em breve) Duo Fla-? Valentina Daldegan, Flauta Beatriz Furlanetto, Piano 31.8. - 20h - Duo Fernando Rocha e Ana Cláudia Assis| Belo Horizonte, Brasil Sesc da Esquina | Rua Visconde do Rio Branco, 969, Curitiba Programa: (em Breve) Fernando Rocha, Percussão Ana Cláudia Assis, Piano 1.9. - 20h 2dB Duo | Rio de Janeiro, Brasil Paço da Liberdade | Praça Generoso Marques | Centro, Curitiba Programa Latino-Americano: Daniel Quaranta - Sobre um Conto de Borges (2002) Rodrigo Sigal - Friction of Things in Other Places (2002) Jocy de Oliveira - Morte de Desdêmona (1997) Bryan Holmes - Desembocaduras (2008) Paulo Guicheney - Anjos são Mulheres que Escolheram a Noite (2006) Carlos Suárez - Metáforas do Tempo (2008) Neder Nassaro - Concerto Armado (2001) 2dB Duo Doriana Mendes, Soprano Bryan Holmes, Difusão Electroacústica 2.9. - 20h - final do I Concurso de Composição CCTG/OSP/UFPR Orquestra Sinfônica do Paraná | Curitiba, Brasil Teatro Guaíra | Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto - Guairão Rua Conselheiro Laurindo, s/nº, Curitiba Programa: I Concurso Nacional de Composição CCTG/USP/UFPR Carlos Alberto F. dos Santos (São Paulo) - Abertura Paranaense: O Fandango Mutante Rogério Krieger (Curitiba) - Motus Sinfonicus Fernando Kozu (Maringá) - Os Passos no Rastro Luciano Leite Barbosa (Rio de Janeiro) - Rotações (2011) Flíblio Ferreira de Souza (Curitiba) - Terra Incógnita Orquestra Sinfônica do Paraná Márcio Steuernagel, Direção 3.9. - 20h - Sextante do Mato Grosso, Cuiabá - Brasil Paço da Liberdade | Praça Generoso Marques | Centro, Curitiba Programa: Alceo Bocchino (*1918) Maxima Nº1 Edson Zampronha (*1963) Nessun Maggior Dolore Pauxy Gentil Nunes (*1963) - Galáxias II Silvio Ferraz (*1959) - Duas Distâncias Pauxy Gentil Nunes (*1963) - Canções da Velha Era Roberto Victorio (*1959) - Prelúdios 42 e 7 Maurício Dottori (*1960) - O Obscuro Sol no copo d'agua Roberto Victorio (*1959) - Ciclo "Caos Imaginário Grupo Sextante do Mato Grosso Rose Vic, Soprano Teresinha Prada Violão Roberto Victório, Violão/Viola Caipira 4.9. - 20h - Concerto de Encerramento | Obras para Ensemble e Orquestra Platypus Ensemble | Orquestra Filarmônica da UFPR | Ensemble EntreCompositores Teatro da Reitoria da UFPR | Rua XV de Novembro, 1299 - Centro, Curitiba Programa: Tomasz Skweres - Concerto para Violoncelo e Orquestra (2011) Simon Vosecek - Migraine (2011) Vinicius Giusti - Sensos (2011) Márcio Steuernagel/Orlando Scarpa Neto - Alle Sterne' (2011) Lucas Fruhauf - O tempo, o frio e os rumores (2011) Alexandre Torres Porres - (i)Re(f||v)erência (2011) Fernando Riederer - Alento III (2006-2011) Platypus - Ensemble für neue Musik Orquestra Filarmônica da UFPR Ensemble EntreCompositores Jaime Wolfson - Lucas Ferreira Fruhauf - Marcell Silva Steuernagel, Direção Programação de Seminários e palestras aqui: http://www.proec.ufpr.br/bienalmusica2011/seminario.html Em 28 de agosto de 2011 01:45, Alexandre Torres Porres escreveu: > I Bienal Música Hoje, > *Seminário de Inverno de Música Contemporânea em Curitiba* > * > * > Evento internacional voltado à difusão de música contemporânea, com > concertos, palestras e oficinas > > *Links:* > > *http://www.proec.ufpr.br/bienalmusica2011/* > * > * > evento no Facebook: http://www.facebook.com/event.php?eid=156954687716162 > > Confiram e repassem por favor a divulgação do evento que estou ajudando a > produzir - organizado por membros do meu grupo, o *Ensemble > EntreCompositores*, que fará o concerto de encerramento com obras > especialmente composostas homeageando a memória de um de seus membros > fundadores, executadas pela orquestra da UFPR junto com o grupo Platypus de > Vienna. > > porres > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From magali.kleber em gmail.com Sun Aug 28 21:15:53 2011 From: magali.kleber em gmail.com (magali kleber) Date: Sun, 28 Aug 2011 21:15:53 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?1=BA_Semin=E1rio_Nacional_de_Cooperativ?= =?iso-8859-1?q?ismo_Musical?= In-Reply-To: References: <20cf301fbf3bfa306e04ab67e0e1@google.com> <000a01cc63f6$28d1bb40$6701a8c0@cpumara> <006501cc6442$ad6a8480$083f8d80$@com> Message-ID: Divulgando! Magali Kleber Sucesso - 1º Seminário Nacional de Cooperativismo Musical http://www.brasilcultura.com.br/cultura/1%c2%ba-seminario-de-cooperativismo-musical-%e2%80%93-sucesso/ Iniciado na quarta-feira, dia 24 de agosto, o 1º Seminário Nacional de Cooperativismo Musical, sediado em Rio Branco, chegou ao seu momento mais importante. A carta de Rio Branco. A idéia de realizar o evento no extremo norte do país teve um caráter simbólico, que é o de descentralizar as ações de forma a abarcar a diversidade e complexidade da música brasileira bem como chamar a atenção para a intensa movimentação que existe hoje nas regiões mais remotas do Brasil. Foram realizados encontros com representantes de todas as cooperativas de música já criadas no Brasil, bem como daquelas em processo de formalização. Na programação houve também debates com especialistas sobre direito autoral, ensino de música nas escolas e questões trabalhistas e previdenciárias visando a regulamentação da atividade profissional dos músicos. O objetivo foi alinhar e consolidar o movimento do cooperativismo musical no país. As cooperativas de música de mais de 20 Estados elaboram a Carta de Rio Branco, a ser enviada ao Congresso Nacional para profissionalizar a atividade musical no país. O documento contém propostas para regulamentar a profissão de músico, oficializar a arte como atividade econômica e inserir a cultura na categoria de cooperativismo, além de reafirmar a música como matéria para os escolares. O gabinete do senador Jorge Viana fará a ponte entre as cooperativas e o parlamento. Após a aprovação, a carta será apresentada à sociedade ainda na tarde de hoje. O documento tem como justificativa o próprio movimento cooperativista musical que surge em resposta ao momento histórico de mudança de paradigma e surgimento de novos modelos de organização da sociedade civil para exercício do trabalho e ação política que congregue e represente a base de toda cadeia produtiva da música. O evento foi promovido pelas Cooperativas de Música do Acre (Comac) e de Minas (Comum), em parceria com Sebrae, Organização das Cooperativas do Acre (OCB-AC), prefeitura de Rio Branco, governo do Estado e gabinete do senador Jorge Viana, contou com a participação de Fóruns estaduais e com a chancela do Fórum Nacional de Musica. ?Fica claro e devemos ecoar daqui do Acre para o Brasil que o modelo de negócios defendido e propagado pelas cooperativas de música vem se impondo como um novo paradigma do mercado musical nos últimos anos, pela capacidade de responder direta e objetivamente aos principais anseios do setor. As cooperativas, assim como os Fóruns de Música e cito o nosso do Paraná, tem se destacado pelo empenho demonstrado na luta pela profissionalização do trabalho dos diversos agentes envolvidos na cadeia produtiva e na interlocução com governos e instituições?, disse o compositor e jornalista Cláudio Ribeiro ?O seminário discutiu ainda novas formas de gerir a carreira musical para gerar mais possibilidades econômicas aos artistas?, destaca o presidente da Comac, o músico Antônio Carlos. ?Essa é uma integração do Acre ao Brasil por meio da música.? ?Foi positiva a presença dos colegas, companheiros de todo o país. Neste seminario aqui no Acre, tivemos a oportunidade de estar em contato com pessoas representantes do FNM e de quase todas as cooperativas de música do Brasil bem como também de outras entidades de música. Isto reforça nossa história e os oito anos de acúmulo de discussões e avanços que deram visibilidade ao FNM e interlocução tanto com governos como a sociedade brasileira?, afirmou o cantor e compositor Téo Ruiz Interlocutor Geral do Fórum Nacional da Música.