[ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB)
Jorge Antunes
antunes em unb.br
Ter Ago 16 13:08:30 BRT 2011
*Prezado Carlos Pereira:
Calma! Sem hostilidades!
Essa situação que você aponta se deve ao fato de não ter sido ainda
enterrado o sistema capitalista.
A luta política é o bom caminho, com o trabalho de formiguinha de educar o
povo, defendendo a implantação de uma verdadeira democracia real, acabando
com o massacre dos pequenos partidos ideológicos, lutando em favor do
financiamento exclusivamente público das campanhas políticas, implantando o
grande imposto sobre grandes fortunas, lutando pela educação de qualidade
pública e gratuita para tod em s etc, etc.
Abraço,
Jorge Antunes*
Em 16 de agosto de 2011 05:08, Carlos Arthur
<gandharva_dasa em hotmail.com>escreveu:
> Caros,
>
> Fico me perguntando: "Como não haver a hostilidade de músicos (de qualquer
> estilo que seja) que estudam e dedicam uma vida inteira "e que possuem uma
> vida economicamente difícil", com outros que, estando longe de serem gênios
> com uma dedicação "mínima" ao ESTUDO do som e da música se tornam
> "milionários" fazendo multidões comparecerem às suas performances musicais?
>
> Carlos Pereira.
>
> ------------------------------
> From: danielpuig em me.com
> Date: Mon, 15 Aug 2011 17:20:49 -0300
> To: fenerich em gmail.com; anppom-l em iar.unicamp.br
> Subject: Re: [ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB)
>
>
> ufa... finalmente alguém que soube colocar em palavras o que estava me
> incomodando... obrigado, ale!!!
>
>
> Em 15/08/2011, às 10:15, ale fenerich escreveu:
>
> 1. Questão de estilo:
>
> Eu pediria gentilmente que alguns membros da lista se utilizassem de uma
> linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que
> aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas.
>
> 2. Questão ideológica (?):
>
> Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar.
> Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é
> risco social? Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja!
> Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi
> reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e sexismo.
>
> Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético
> na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de
> eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético.
>
>
> "Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo
> racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a
> bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda
> Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz.
> Aliás talvez tenhamos o que aprender mais ali, nas performances de corpo
> presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite,
> somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de
> ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com
> o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco.
>
>
> Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este
> país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e
> tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o
> momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que
> nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no
> Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós.
>
>
> Espero não ter sido ofensivo.
>
>
> Atenciosamente
>
>
> Alexandre Fenerich
>
>
> Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio <givanildo.amancio em gmail.com>escreveu:
>
> Alvaro Henrique
> www.alvarohenrique.com
> dividiria a resposta em algumas frentes
>
> 1. do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os
> aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia
> sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença.
> 2. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada
> tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a
> educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade
> pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas
> produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de
> concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a
> energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados
> do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse
> tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por
> exemplo
> 3. com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva,
> observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o
> exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores
> competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se
> oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas
> do reboleition
> 4. a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol
> do pensar musical
> 5. a falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o
> universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de
> possibilidades cientícas com rigor
> 6. a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é
> trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas
> defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho
> profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de
> Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos,
> garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou
> indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de
> várias profissões.
> 7. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe
> e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do
> acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio.
> 8. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era
> apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva
> de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de
> 20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros
> sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por
> falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um
> doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos
> anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do
> Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de
> percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido
> que todos ou 99,9% dos conselheiros seriam reprovados. Onde estão os
> músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da
> classe/do conselho profissional?
> 9. felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer
> sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última
> afirmativa é verdade para a questão de conscialização do conselho
> profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando
> com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso
> ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco ,
> inacreditavelmente no Séc. XXI
> 10. abs.
>
>
> Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique <alvaroguitar em gmail.com>escreveu:
>
> Queridos amigos e colegas da ANPPOM,
>
> Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós
> - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em
> si da decisão do STF sobre a OMB.
>
> - O exercício profissional da música representa risco social?
>
> Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro
> se dispusessem a responder essa questão.
>
> Abraços,Alvaro Henrique
> www.alvarohenrique.com Novo vídeo:
> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU
>
> "For most men, then, one of the central problems of our time is that of
> learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without
> scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer)
>
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