[ANPPOM-L] OMB

Daniel Lemos dal_lemos em yahoo.com.br
Qua Jan 19 14:37:59 BRST 2011


Caros colegas,

Tenho acompanhado a discussão, este é um assunto muito delicado que há décadas tem dividido opiniões na área de Música, mas sem uma mobilização efetiva por parte de nossa área.

Acredito ser fundamental que haja um Sindicato ou Organização sindical que represente nossa classe (assim como o SindMus do Rio de Janeiro). Através deles, podemos nos articular, exigir nossos direitos e ganhar respaldo da profissão de músico perante a sociedade. Poderiam ser ainda ofertados pelo sindicato cursos de capacitação, oficinas, festivais, etc. Com relação à questão de incluir (ou excluir) músicos "populares", "eruditos", "folclóricos", é possível chegar a um consenso sobre habilitações que contemplem todas estas especialidades.

Entretanto, a OMB já não cumpre este papel há muito tempo. Além disso, não se trata de uma organização democrática, visto que não há eleições e esta diretoria se perpetua. Seria possível, através de uma grande mobilização que envolva ANPPOM, ABEM, ABET e outras mais, dar um fim à agonizante OMB, seja para reformá-la por completo (seria esta minha opção) ou extingui-la de vez. Porém, reforço que precisamos de mobilização; se o assunto acabar mais uma vez na discussão problemas como os de nossos colegas da UNESP e da UFScar continuarão a acontecer.


Um abraço,

Daniel Lemos
Professor Assistente I
Curso de Música - Departamento de Artes (DEART)
Fórum de Pedagogia da Performance
ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)


--- Em qua, 19/1/11, Marcos Câmara de Castro <mcamara em usp.br> escreveu:

De: Marcos Câmara de Castro <mcamara em usp.br>
Assunto: Re: [ANPPOM-L] Res:  OMB
Para: "Anppom" <anppom-l em iar.unicamp.br>
Data: Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2011, 9:43

Colegas,

A OMB não tem nada a ver com um Sindicato digno desse nome. A "Ordem" seria para regulamentar a profissão, como a ABI, a OAB, o CREA etc. Pois, se tocamos uma nota desafinada, podemos matar alguém? A OMB é inútil; um Sindicato forte, democrático e participativo é essencial. É preciso escolher, nesse caso, se os professores universitários são ainda músicos ou optaram pela docência, pesquisa e extensão e estariam fora do mercado propriamente dito musical. Mas faz parte das discussões acadêmicas questionar ou buscar o sentido de instituições como essa OMB. Pessoalmente, acho que a criação da OMB visou uma distinção entre os chamados eruditos e os populares, mas o tiro saiu pela culatra e são os ditos músicos populares que sustentam a base política dela e acham que dela dependem para tocar na noite ou nos shows.

O elefante branco está aí, por mais que tenham sido "dignas" as intenções, o que está por trás é uma separação entre popular e erudito que não deu certo, e todos sofrem as consequências do esnobismo que está na essência da criação da OMB.

Abraços,

Marcos

Citando Marcos Filho <marcosfilhomusica em yahoo.com.br>:


  
    
      

    
    Concordo com o Márcio Pereira. Não sou filiado nem nunca fui importunado por ela, mas essa decisão de acabar me soa muito como incompetência de nós músicos em fazê-la funcionar adequadamente.  
    
    
      

    
    Essa conversa de acabar com a OMB é antiga aqui em Belo Horizonte e várias pessoas já entraram na justiça e, para elas, as intervenções da ordem não valem mais. 
    
    
      

    
    Abraços,
    
    
      

    
    
      

    
    Marcos Filho
      

      
Professor Assistente - Departamento de Música (DMUSI)
      
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
      

      
marcosfilhomusica em yahoo.com.br
      
myspace/marcosfilho
      
@marcosfilho_
      
(31) 3327-8339
      
(31) 9376-8339
    
    
      

    
    
      

      
         De: Marcio Pereira <marciopereira111 em gmail.com>
        
Para: anppom-l em iar.unicamp.br
        
Enviadas: Domingo, 16 de Janeiro de 2011 20:54:36
        
Assunto: [ANPPOM-L] OMB
        

        
A OMB foi criada por uma lei no governo Juscelino Kubitschek (esqueci o número da lei) que regulamentou a profissão de músico e deu status de curso superior aos que fazem o tal exame da Ordem.
        
Os atores conseguiram isso só recentemente e antes tinham que assinar carteira profissional como comerciários, caso contratados.
        
Por isso, é preciso tomar cuidado para não jogar fora o bebê junto com a água do banho, ou seja, acabar a Ordem poderia também, por hipótese, cancelar a tal lei do Juscelino, o que não seria bom para os músicos, principalmente os populares.
        
Sei que quem manda na Ordem é uma turma de aproveitadores desonestos que estão lá há anos.
        
Não seria o caso de moralizar a Ordem em vez de simplesmente acabar com ela?
        
Abs,
        
Marcio Pereira (UNIRIO)
        
________________________________________________
        
Lista de discussões ANPPOM
        
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
        
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--
  
Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
  
Departamento de Música/FFCLRP
  
Universidade de São Paulo
  
Campus de Ribeirão Preto (SP), BRASIL
  
http://stoa.usp.br/marcos58/weblog/
  
http://camaradecastro.blogspot.com/

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