From luisrsq em uol.com.br Thu Nov 1 00:01:51 2012 From: luisrsq em uol.com.br (Luis Ricardo) Date: Thu, 1 Nov 2012 00:01:51 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Extin=C3=A7=C3=A3o_dos_Bacharelados_em_M?= =?utf-8?b?w7pzaWNh?= In-Reply-To: <1029955191.484477.1351609745483.JavaMail.root@usp.br> References: <1029955191.484477.1351609745483.JavaMail.root@usp.br> Message-ID: <5091d80f58654_5ebd63e6934129@a4-weasel16.tmail> Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Thu Nov 1 00:07:01 2012 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Wed, 31 Oct 2012 19:07:01 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Extin=E7=E3o_dos_Bacharelados_em_M?= =?iso-8859-1?q?=FAsica?= In-Reply-To: <5091d80f58654_5ebd63e6934129@a4-weasel16.tmail> Message-ID: <1351735621.7657.YahooMailClassic@web110303.mail.gq1.yahoo.com> Caros, Ufa!!! Agora fiquei mais aliviado... estamos dando sangue pra abrir um curso desses aqui. Saudações Daniel Cerqueira http://musica.ufma.br --- Em qui, 1/11/12, Luis Ricardo escreveu: De: Luis Ricardo Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Extinção dos Bacharelados em Música Para: ppsalles em usp.br Cc: anppom-l em iar.unicamp.br, dal_lemos em yahoo.com.br Data: Quinta-feira, 1 de Novembro de 2012, 0:01 Prezados Colegas, Essa informação está completamente equivocada, tenho trabalhado periodicamente em comissões assessoras do INEP/MEC e não há qualquer encaminhamento dessa natureza. Os cursos de bacharelados, nas diferentes áreas de conhecimento, são considerado fundamentais para atender os objetivos a que se propõem.     Atenciosamente,   Luis Ricardo Silva Queiroz     Em 30/10/2012 13:09, ppsalles em usp.br escreveu: p { margin: 0; } Não ouvi falar disso. Acho bem improvável. Pedro Paulo - USP De: "Daniel Lemos" Para: anppom-l em iar.unicamp.br Enviadas: Terça-feira, 30 de Outubro de 2012 10:17:17 Assunto: [ANPPOM-Lista] Extinção dos Bacharelados em Música Prezados colegas, Fiquei sabendo pelo prof. João Fortunato, da Universidade Estadual do Maranhão, que o MEC está cogitando a possibilidade de fechar os cursos de Bacharelado em Música. Gostaria de saber dos colegas se isso é fato, e qual a posição dos representantes da área de Música junto ao MEC. Agradeço desde já a colaboração. Saudações, Daniel Cerqueira http://musica.ufma.br ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________   -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Thu Nov 1 16:10:23 2012 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 1 Nov 2012 16:10:23 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Extin=E7=E3o_dos_Bacharelados_em_M?= =?iso-8859-1?q?=FAsica?= In-Reply-To: <1029955191.484477.1351609745483.JavaMail.root@usp.br> References: <1351603037.6219.YahooMailClassic@web110311.mail.gq1.yahoo.com> <1029955191.484477.1351609745483.JavaMail.root@usp.br> Message-ID: *Por falar em João Fortunato, é claro que, fortunadamente, isso é boato.* Em 30 de outubro de 2012 13:09, escreveu: > Não ouvi falar disso. Acho bem improvável. > > Pedro Paulo - USP > > ------------------------------ > > *De: *"Daniel Lemos" > *Para: *anppom-l em iar.unicamp.br > *Enviadas: *Terça-feira, 30 de Outubro de 2012 10:17:17 > *Assunto: *[ANPPOM-Lista] Extinção dos Bacharelados em Música > > > Prezados colegas, > > Fiquei sabendo pelo prof. João Fortunato, da Universidade Estadual do > Maranhão, que o MEC está cogitando a possibilidade de fechar os cursos de > Bacharelado em Música. Gostaria de saber dos colegas se isso é fato, e qual > a posição dos representantes da área de Música junto ao MEC. Agradeço desde > já a colaboração. > > Saudações, > > Daniel Cerqueira > http://musica.ufma.br > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From janete.haouli em hotmail.com Thu Nov 1 16:11:05 2012 From: janete.haouli em hotmail.com (Janete El Haouli) Date: Thu, 1 Nov 2012 16:11:05 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=5BSonologia-l=5D_=C0s_v=E9speras_d?= =?iso-8859-1?q?o_centen=E1rio=2C_Smetak_pode_ter_acervo_despejado?= In-Reply-To: References: Message-ID: Carlos, você saberia me informar com quem poderíamos entrar em contato ? Estamos com algumas idéias. Obrigada ! Beijos, Janete Date: Wed, 31 Oct 2012 13:39:29 -0200 From: cpalombini em gmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br; sonologia-l em listas.unicamp.br Subject: [Sonologia-l] Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo despejado 31 Out às 10h49 Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo despejado http://www.metro1.com.br/portal/?bid=37&pid=3465 Por James Martins em Entretenimento Foto: Dimus O grande músico suíço-baiano Anton Walter Smetak (1913-1984), notório por sua construção de instrumentos-escultura, as 'plásticas sonoras', completaria 100 anos em 2013. Além de todas as dificuldades impostas àqueles que pretendem comemorar o centenário do artista que influenciou nomes como Caetano Veloso e Rogério Duarte, o acervo deixado por ele, agora corre o risco de ser despejado. A obra, que está exposta no Solar Ferrão (Centro Histórico), após passar uma temporada nos porões do Museu da Bahia, por falta de abrigo, deve ficar mais uma vez desabrigada se alguma providência urgente não for tomada. O acervo pertence à família e há intenção de vendê-lo ao Estado para que continue disponível à visitação e fruição do público em geral, mas o Estado alega falta de recursos para a aquisição. Segundo Bárbara Smetak, 53, filha do músico, essa medida de despejo parece intentar a doação compulsória do acervo. "Na verdade estão assim, com esta pressão, para não dizer coação, nos querendo forçar a doar o acervo", diz. Ainda segundo Bárbara, a proposta inicial da Secult para a exposição 'O Alquimista do Som' no Solar Ferrão seria em caráter permanente. Leia abaixo a íntegra do comunicado enviado por ela: "Caros, Estive hoje [29/10 - segunda-feira] em uma reunião na Diretoria de Museus com a Sra. Ana Liberato que me deu uma má notícia a respeito do Acervo de Smetak. O Acervo só poderá ficar em exposição até o segundo semestre de 2013 (setembro). Haverá uma reforma no Solar Ferrão, eles estão fazendo licitações e como o Acervo de Smetak não pertence ao Estado e sim à família, não poderá ficar mais no local. A família deverá procurar um outro local para abrigar o acervo. Logo agora que estamos escrevendo projetos para comemorar o Centenário de Smetak, recebemos esta triste notícia e não sei o que dizer. Existe um projeto de venda do acervo aprovado em 100% e não se capta recursos. Estou adoentada, não tenho mais tanta força para fazer mudança, embalar, encaixotar etc. A exposição O Alquimista do Som foi aberta ao público em 15 de outubro de 2010 no Solar Ferrão, foi dito pelo antigo Secretário de Cultura, Sr. Márcio Meireles, e pelo Diretor da Dimus, Sr. Daniel Rangel que seria por tempo indeterminado. A Sra. Ana Liberato apontou 3 soluções: Venda, Doação, Retirada. Fiquei desapontada com a decisão dos dirigentes desses Órgãos. A exposição só tem dois anos, e justo no Centenário seremos desabrigados, é séria essa situação, e fico triste com a falta de respeito para com todos nós. Na verdade estão assim, com esta pressão, para não dizer coação, nos querendo forçar a doar o acervo. A homenagem que Smetak recebe no seu centenário é, mais uma vez, uma ordem de despejo. Abraços, Bárbara Smetak". -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 _______________________________________________ sonologia-l mailing list sonologia-l em listas.unicamp.br https://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/sonologia-l -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From oliveira.lf em gmail.com Fri Nov 2 11:39:32 2012 From: oliveira.lf em gmail.com (Luis Felipe Oliveira) Date: Fri, 2 Nov 2012 10:39:32 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Concurso_P=FAblico_em_Educa=E7=E3o_?= =?iso-8859-1?q?Musical?= Message-ID: <725EC662-85AC-4363-AD33-17E1F2BDDE96@gmail.com> Prezados Colegas, divulgo vaga em Educação Musical na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Campo Grande, conforme publicado no Edital PREG nº 157/2012, o qual encontra-se disponível para download no link abaixo: http://200.129.210.22/?toAction=documento&codconcurso=31&coddocumento=244 Cordialmente, -- Prof. Dr. Luis Felipe Oliveira Coordenador do Curso de Música Centro de Ciências Humanas e Sociais Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Dept. (67) 3345-7591 ou 7590 Cel. (67) 9917-1784 Unidade VIII - Cidade Universitária Caixa-postal 549 CEP 79070-900 Campo Grande - MS Brasil -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Nov 2 14:22:31 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 2 Nov 2012 14:22:31 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= Message-ID: Vincent Rosenblatt mergulhou no universo dos bailes há sete anos e criou site para exibir as imagens dessa coleção http://oglobo.globo.com/cultura/fotografo-frances-traca-geografia-noturna-dos-bailes-funk-no-rio-6613037#ixzz2B5CDvYEq Fabiano Moreira Publicado: 2/11/12 - 7h00 Atualizado: 2/11/12 - 7h00 * * [image: Fotos de mais de cem lugares registrados em 300 noites compõem o portfólio de Rosenblatt Foto: Reprodução de site] Fotos de mais de cem lugares registrados em 300 noites compõem o portfólio de Rosenblatt RIO ? Um desavisado pode entrar no riobaile funk.nete achar que está em uma espécie de ?I Hate Flash? (site com fotos da noite carioca) da favela. Só que os bailes retratados ali pelo fotógrafo francês Vincent Rosenblatt não aconteceram no último fim de semana, muito menos na Zona Sul da cidade. E a maioria deles não existe mais após a entrada das UPPs nas comunidades cariocas. As imagens, de rara sensibilidade, são apenas 10% de um acervo construído durante sete anos, em 300 noites, em mais de cem lugares diferentes, às vezes de carona com algum MC que fazia cinco bailes de uma vez, na tentativa de desenhar um mapa do funk e traçar a ?geografia noturna do Grande Rio, mostrando uma cidade negra que dança contra a proibição e o desprezo das elites?. As fotos foram expostas na Maison Européenne de La Photographie, em Paris, mas ainda são pouco conhecidas aqui, por isso a ideia do site, que também reúne textos sobre o ritmo. Vincent veio para o Brasil por meio de uma bolsa de estudos de seu curso na Escola Superior de Belas Artes de Paris, há 12 anos, mas só há sete sentiu o que chama de ?espécie de epifania?. ? Meu primeiro baile funk, no Castelo das Pedras, teve um sentido quase religioso. Ali estava a cidade como ela é, não como ela se sonha e idealiza ? conta o fotógrafo, que ouviu o chamado do funk quando sentiu as paredes de seu apartamento, na época em Santa Teresa, vibrarem com o batidão do Morro Santo Amaro. ? Eu não sabia como chegar lá. Quando comprei os CDs, vi que aquilo era poesia pura, mesmo a mais bruta, que fala do Brasil, de uma realidade. Não gosto da MPB cordial, charmosa, que fala de seu coraçãozinho, sua dorzinha, desconectada da realidade social. No site, dá para refazer parte do trajeto de Vincent, em noitadas que consumiam até R$ 150 de táxi para chegar aos locais mais distantes. Estão lá os extintos bailes de Andaraí, Gambá, Austin, Santa Marta e Morro dos Prazeres, além dos que ainda acontecem, como o do Castelo das Pedras, o de Olaria, e o do Fazenda, em São João de Meriti. ? Não tem coisa mais linda do que o baile do Cantagalo ? ele diz. E recomenda: ? Quem quiser ir a um baile fácil de acesso e de acompanhar a música, pode ir ao Castelo das Pedras, ao Boqueirão, ao Emoções, na Rocinha... Mas não aponto os bailes nas comunidades porque a midiatização pode atrair perseguição e proibição. Na Penha, o quartel general da UPP agora fica na quadra onde se dançava. Em alguns bailes, não se pode mais tirar a camisa, proibição de comandantes. Para mim, isso é uma questão de direitos humanos. E o Rio, sem baile funk, é um tremendo tédio. As fotos feitas nas comunidades são exibidas, depois, em sessões nos próprios bailes, que ele mesmo organiza, com laptop, projetor e a solidariedade que tem encontrado nos morros. ? As pessoas se veem retratadas ali no auge do gesto, da dança, da expressão. Conhecem os outros bailes funk e percebem que fazem parte de algo muito maior e bonito ? diz. Vincent tem sua própria agência de fotografia, a Olhares, que representa alguns fotógrafos no Brasil e que o ajuda a vender suas fotos para agências em Paris, Hamburgo e Inglaterra. No Brasil, ele ainda desenvolveu o projeto Olhares do Morro, estimulando jovens da Santa Marta, da Rocinha e do Vidigal, entre outras comunidades, a atuar como correspondentes de suas favelas, mostrando seus olhares sobre o cotidiano. O projeto rendeu exposição no Oi Futuro e na sede da Unesco, em Paris. Enquanto fala ao telefone, Vincent se distrai: ? Tem um DJ, no Facebook, me chamando para um baile numa comunidade em que eu nunca fui. Nenhum baile é igual a outro, não se dança igual, as músicas mudam, é sempre único, tem nuances e modismos. Cada comunidade desenvolve uma arte diferente. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Nov 4 12:33:54 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 4 Nov 2012 12:33:54 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?C=E1tedra_Fulbright_em_M=FAsica_e_M?= =?iso-8859-1?q?usicologia_na_Universidade_de_Indiana_em_Bloomingto?= =?iso-8859-1?q?n?= Message-ID: Cátedra Fulbright em Música e Musicologia na Universidade de Indiana em Bloomington http://www.fulbright.org.br/content/view/273/188/ A Comissão Fulbright e a Universidade Indiana, Bloomington, a Jacobs School of Music e College of Arts and Sciences, convidam professores, pesquisadores, artistas/intérpretes, e compositores brasileiros, que atuem nas áreas de interpretação musical, musicologia, etnomusicologia, teoria musical, composição, educação musical ou áreas relevantes a candidatar-se à Cátedra Fulbright em Música e Musicologia. A bolsa é por um período de quatro meses Spring Term ou Fall Term, de acordo com o calendário acadêmico da Universidade Indiana. *Requisitos para candidatura:* - Possuir nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade estadunidense; - Ter concluído doutorado ou mestrado ou possuir formação artística ou profissional equivalentes; - Ter dez anos de experiência em música, musicologia ou área relacionada com produção artística e/ou acadêmica equivalente; - Ser afiliado a uma instituição de ensino superior como docente e/ou como pesquisador em instituição de pesquisa, ou ser artista/intérprete, compositor ou músico profissional com afiliação relevante; - Ter fluência em inglês, com nível necessário para as atividades planejadas; - Não estar recebendo bolsa ou benefício financeiro de outras agências ou entidades brasileiras para a mesma finalidade. *Benefícios:* - Manutenção mensal de US$4.500, por quatro meses; - Moradia na cidade de Bloomington, Indiana; - Seguro-saúde; - Passagem aérea de ida e volta; e - Acesso aos serviços e instalações da Universidade Indiana. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From ppsalles em usp.br Sun Nov 4 15:05:28 2012 From: ppsalles em usp.br (ppsalles em usp.br) Date: Sun, 4 Nov 2012 15:05:28 -0200 (BRST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?w4BzIHbDqXNwZXJhcyBkbyBjZW50ZW7DoXJpbywg?= =?utf-8?q?Smetak_pode_ter_acervo_despejado?= In-Reply-To: Message-ID: <396557936.1570563.1352048728041.JavaMail.root@usp.br> Parte do acervo do Smetak esteve em Sampa, há alguns anos (2009), nos trazendo novamente essa brisa fresca de suas geniais invenções... Co,mpletou a exposição um belo catálogo com fotos e gravações. Um acervo dessa importância merece o devido respeito e deveria estar abrigado em um lugar fixo, exposto e cuidado com os devidos requisitos. Imagino que, deveria, preferencialmente, manter-se na Bahia. Qual será a posição da UFBA sobre o caso?... A universidade não teria condições, através de um projeto conjunto de pesquisadores em musicologia, de construir ou designar um espaço adequado à coleção?... Num caso urgente como esse, talvez devamos até cogitar se, quem sabe, o governo da Suiça não teria algum interesse em financiar parte do projeto. abs, Pedro Paulo - USP ----- Mensagem original ----- > De: "Carlos Palombini" > Para: anppom-l em iar.unicamp.br, "Pesquisadores em Sonologia (Música)" > > Enviadas: Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 12:39:29 > Assunto: [ANPPOM-Lista] Às vésperas do centenário, Smetak pode ter > acervo despejado > 31 Out às 10h49 Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo > despejado > http://www.metro1.com.br/portal/?bid=37&pid=3465 > Por James Martins em Entretenimento > Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo despejado > Foto: Dimus > O grande músico suíço-baiano Anton Walter Smetak (1913-1984), notório > por sua construção de instrumentos-escultura, as 'plásticas > sonoras', completaria 100 anos em 2013. Além de todas as > dificuldades impostas àqueles que pretendem comemorar o centenário > do artista que influenciou nomes como Caetano Veloso e Rogério > Duarte, o acervo deixado por ele, agora corre o risco de ser > despejado. A obra, que está exposta no Solar Ferrão (Centro > Histórico), após passar uma temporada nos porões do Museu da Bahia, > por falta de abrigo, deve ficar mais uma vez desabrigada se alguma > providência urgente não for tomada. > O acervo pertence à família e há intenção de vendê-lo ao Estado para > que continue disponível à visitação e fruição do público em geral, > mas o Estado alega falta de recursos para a aquisição. Segundo > Bárbara Smetak, 53, filha do músico, essa medida de despejo parece > intentar a doação compulsória do acervo. "Na verdade estão assim, > com esta pressão, para não dizer coação, nos querendo forçar a doar > o acervo", diz. Ainda segundo Bárbara, a proposta inicial da Secult > para a exposição 'O Alquimista do Som' no Solar Ferrão seria em > caráter permanente. > Leia abaixo a íntegra do comunicado enviado por ela: > "Caros, > Estive hoje [29/10 - segunda-feira] em uma reunião na Diretoria de > Museus com a Sra. Ana Liberato que me deu uma má notícia a respeito > do Acervo de Smetak. O Acervo só poderá ficar em exposição até o > segundo semestre de 2013 (setembro). Haverá uma reforma no Solar > Ferrão, eles estão fazendo licitações e como o Acervo de Smetak não > pertence ao Estado e sim à família, não poderá ficar mais no local. > A família deverá procurar um outro local para abrigar o acervo. Logo > agora que estamos escrevendo projetos para comemorar o Centenário de > Smetak, recebemos esta triste notícia e não sei o que dizer. > Existe um projeto de venda do acervo aprovado em 100% e não se capta > recursos. Estou adoentada, não tenho mais tanta força para fazer > mudança, embalar, encaixotar etc. > A exposição O Alquimista do Som foi aberta ao público em 15 de > outubro de 2010 no Solar Ferrão, foi dito pelo antigo Secretário de > Cultura, Sr. Márcio Meireles, e pelo Diretor da Dimus, Sr. Daniel > Rangel que seria por tempo indeterminado. > A Sra. Ana Liberato apontou 3 soluções: Venda, Doação, Retirada. > Fiquei desapontada com a decisão dos dirigentes desses Órgãos. A > exposição só tem dois anos, e justo no Centenário seremos > desabrigados, é séria essa situação, e fico triste com a falta de > respeito para com todos nós. > Na verdade estão assim, com esta pressão, para não dizer coação, nos > querendo forçar a doar o acervo. A homenagem que Smetak recebe no > seu centenário é, mais uma vez, uma ordem de despejo. > Abraços, > Bárbara Smetak". > -- > carlos palombini > www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From paulinyi em yahoo.com Sun Nov 4 16:30:24 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Sun, 4 Nov 2012 10:30:24 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] CFP: Composition in the 21st Century conference, TCD, 4-6 March 2014 In-Reply-To: References: Message-ID: <1352053824.41117.YahooMailNeo@web110504.mail.gq1.yahoo.com> CALL FOR PAPERS:   ?Composition in the 21st Century?   The Music Composition Centre in association with the Department of Music, Trinity College Dublin, invites Composers, Musicologists and Practitioners to an International Conference entitled Composition in the 21st Century that will take place in Dublin from 4 to 6 March 2014. The conference will offer a forum to discuss aesthetic, technical, practical and economical issues affecting composers of different musical genres today.   Interested parties should email a proposal of 300 words (for a paper or a performance of 20 minutes, followed by 10 minutes of discussion) that addresses one of the following aspects of composition:   ·         Contemporary Composition ·         Contemporary Opera ·         Experimental Music Theatre ·         Improvisation ·         Sound Art ·         Mixed Media ·         Film Music ·         Electronic Music ·         Traditional Music ·         Popular Music ·         Writing for Amateurs In addition, all proposals should include: ·         The full title of each paper ·         The full name, contact details and institutional affiliation (if any). ·         A short curriculum vitae for all proposed speakers (maximum 150 words per speaker)   For any further enquiries and for the submission of proposals please email the Director of the Music Composition Centre, Evangelia Rigaki, at rigakie em tcd.ie. Keynote speakers will be announced shortly. Deadline for the submission of proposals: Friday, 17 May 2013 (the selected proposals will be announced within four weeks).  -- Dr Aidan Thomson Hon Secretary, Society for Musicology in Ireland Reviews Editor, Journal of the Society for Musicology in Ireland School of Creative Arts Queen's University Belfast Belfast BT7 1NN +44 (0)28 9097 5208 aidanjohnthomson em gmail.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Sun Nov 4 19:37:19 2012 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Sun, 4 Nov 2012 13:37:19 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?I_Festival_de_Viol=E3o_da_UFMA?= Message-ID: <1352065039.85419.YahooMailClassic@web110314.mail.gq1.yahoo.com> Prezados, Divulgamos a realização do I Festival de Violão da UFMA, a ser realizado em São Luís de 03 a 06 de Dezembro de 2012. Violonistas de renome no cenário internacional oferecerão recitais e master-classes, entre eles Guilherme Vincens, Victor Vale e Thiago Colombo. Mais informações na página oficial do evento: http://musica.ufma.br/fevi2012/ Saudações, Daniel Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 5 21:51:06 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 5 Nov 2012 21:51:06 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Elliott Carter (1908-2012) Message-ID: Elliott Carter (1908-2012)By Frank J. Oterion November 5, 2012 http://www.newmusicbox.org/articles/carter1908-2012/ Virgil Blackwell has confirmed that Elliott Carter died this afternoon in New York. Just a little over a month shy of his 104th birthday, Carter (1908-2012) was writing music almost up to the end of his life, composing more than 50 new works since we spoke to him for NewMusicBoxshortly after his 90th birthday. There will be more details posted here as we learn of them, and later this week there will be a memorial to Carter by his one-time student and lifelong friend Joel Chadabe. [image: Elliott Carter] Elliott Carter at 90. (From the NewMusicBox archives) -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Nov 6 05:12:43 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 6 Nov 2012 05:12:43 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] elliott carter lat obituary Message-ID: http://www.latimes.com/entertainment/news/music/la-me-elliott-carter-20121106,0,2837694,full.story -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From soniaraybrasil em gmail.com Tue Nov 6 13:02:47 2012 From: soniaraybrasil em gmail.com (Sonia Ray) Date: Tue, 6 Nov 2012 13:02:47 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Elliot Carter 1908-2012 Message-ID: O mundo da arte fica mais triste hoje, pois perdemos um dos maiores compositores da atualidade... Abraço, Sonia Elliott Carter: the obituaries http://johnsonsrambler.wordpress.com/2012/11/06/elliott-carter-the-obituaries/ Posted on 6 November 2012 | Leave a comment Yesterday, Elliott Carter?s publisher, Boosey and Hawkes, announced the news that one of America?s greatest composers had passed away at 103. Carter?s centurion career was so enduring, his output so age-defying, that new terms ? ?late maturity?, ?post-maturity? ? had to be invented to capture the work of his ninth, tenth and eleventh decades. Some of us even began to wonder whether we would ever hear this news, sad though it is. When I received the email from Boosey?s this morning the headline seemed so improbable I passed over it at first. Here are links to some of the best obituaries that are coming out: Boosey and Hawkes : The great range and diversity of his music has, and will continue to have, influence on countless composers and performers worldwide. He will be missed by us all but remembered for his brilliance, his wit and his great canon of work. Ivan Hewett, *Guardian* : Urban and ?machine-age? sounds and gestures did not interest him; they were too much of the moment. He wanted a modernism beyond fashion, rooted in a new kind of syntax, and to achieve that some European sophistication would be necessary. All the things he had absorbed would eventually find a place his modernist idiom: the idea of dramatic personages found in Mozart operas, the independent layers of English madrigals, the syntactic rigour of Arnold Schoenberg ? and the combination of strict and free rhythm in jazz pianists he admired, such as Art Tatum. Hewett has also written an appreciation for the *Telegraph* : One felt more sure of things in his presence, as if his own amazing single-mindedness created its own aura. He was able to be so genially tolerant of music we all knew he must despise, like minimalism, because he was so sure of his own path. Mark Swed, *Los Angeles Times* : The third of ?the three Cs? of American music, Carter, like his contemporaries Aaron Copland andJohn Cage, did much to define the American sound in the 20th century. Restless, inquiring and perpetually up to date, his music tended to be ever-changeable, and his most important contribution was rhythmic invention. He resisted a constricting regular pulse, seeking instead a more organic way of thinking about time. [...] Carter?s sense of rhythm and meter had its mathematical component as well. He experimented with the effects of playing different melodies at different speeds at the same time. But this technique, rather than making everything sound at cross purposes, rewarded anyone willing to concentrate hard enough with the experience of relativity without the bother of space flight. Allan Kozinn, *New York Times* : ?As a young man, I harbored the populist idea of writing for the public,? he once explained to an interviewer who asked him why he had chosen to write such difficult music. ?I learned that the public didn?t care. So I decided to write for myself. Since then, people have gotten interested.? Anne Midgette, *Washington Post* : Mr. Carter?s career was like some of the towering cathedrals of Europe: so long in the making that it reflected the dramatic shifts in artistic style that take place over a century. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lcm em usp.br Tue Nov 6 13:42:36 2012 From: lcm em usp.br (lcm em usp.br) Date: Tue, 6 Nov 2012 13:42:36 -0200 (BRST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?Rm90w7NncmFmbyBmcmFuY8OqcyB0cmHDp2EgYSA=?= =?utf-8?q?=E2=80=98geografia_noturna=E2=80=99_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: Message-ID: <1740705677.2013775.1352216556815.JavaMail.root@usp.br> Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a pujança e a beleza das senzalas. Abraço, Luciano Morais ----- Mensagem original ----- > De: "Carlos Palombini" > Para: anppom-l em iar.unicamp.br, "Pesquisadores em Sonologia (Música)" > > Enviadas: Sexta-feira, 2 de Novembro de 2012 14:22:31 > Assunto: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? > dos bailes funk no Rio > Vincent Rosenblatt mergulhou no universo dos bailes há sete anos e > criou site para exibir as imagens dessa coleção > http://oglobo.globo.com/cultura/fotografo-frances-traca-geografia-noturna-dos-bailes-funk-no-rio-6613037#ixzz2B5CDvYEq > Fabiano Moreira > Publicado: 2/11/12 - 7h00 > Atualizado: 2/11/12 - 7h00 > Fotos de mais de cem lugares registrados em 300 noites compõem o > portfólio de Rosenblatt > Foto: Reprodução de site > Fotos de mais de cem lugares registrados em 300 noites compõem o > portfólio de Rosenblatt > RIO ? Um desavisado pode entrar no riobaile funk.net e achar que está > em uma espécie de ?I Hate Flash? (site com fotos da noite carioca) > da favela. Só que os bailes retratados ali pelo fotógrafo francês > Vincent Rosenblatt não aconteceram no último fim de semana, muito > menos na Zona Sul da cidade. E a maioria deles não existe mais após > a entrada das UPPs nas comunidades cariocas. > As imagens, de rara sensibilidade, são apenas 10% de um acervo > construído durante sete anos, em 300 noites, em mais de cem lugares > diferentes, às vezes de carona com algum MC que fazia cinco bailes > de uma vez, na tentativa de desenhar um mapa do funk e traçar a > ?geografia noturna do Grande Rio, mostrando uma cidade negra que > dança contra a proibição e o desprezo das elites?. As fotos foram > expostas na Maison Européenne de La Photographie, em Paris, mas > ainda são pouco conhecidas aqui, por isso a ideia do site, que > também reúne textos sobre o ritmo. > Vincent veio para o Brasil por meio de uma bolsa de estudos de seu > curso na Escola Superior de Belas Artes de Paris, há 12 anos, mas só > há sete sentiu o que chama de ?espécie de epifania?. > ? Meu primeiro baile funk, no Castelo das Pedras, teve um sentido > quase religioso. Ali estava a cidade como ela é, não como ela se > sonha e idealiza ? conta o fotógrafo, que ouviu o chamado do funk > quando sentiu as paredes de seu apartamento, na época em Santa > Teresa, vibrarem com o batidão do Morro Santo Amaro. ? Eu não sabia > como chegar lá. Quando comprei os CDs, vi que aquilo era poesia > pura, mesmo a mais bruta, que fala do Brasil, de uma realidade. Não > gosto da MPB cordial, charmosa, que fala de seu coraçãozinho, sua > dorzinha, desconectada da realidade social. > No site, dá para refazer parte do trajeto de Vincent, em noitadas que > consumiam até R$ 150 de táxi para chegar aos locais mais distantes. > Estão lá os extintos bailes de Andaraí, Gambá, Austin, Santa Marta e > Morro dos Prazeres, além dos que ainda acontecem, como o do Castelo > das Pedras, o de Olaria, e o do Fazenda, em São João de Meriti. > ? Não tem coisa mais linda do que o baile do Cantagalo ? ele diz. > E recomenda: > ? Quem quiser ir a um baile fácil de acesso e de acompanhar a música, > pode ir ao Castelo das Pedras, ao Boqueirão, ao Emoções, na > Rocinha... Mas não aponto os bailes nas comunidades porque a > midiatização pode atrair perseguição e proibição. Na Penha, o > quartel general da UPP agora fica na quadra onde se dançava. Em > alguns bailes, não se pode mais tirar a camisa, proibição de > comandantes. Para mim, isso é uma questão de direitos humanos. E o > Rio, sem baile funk, é um tremendo tédio. > As fotos feitas nas comunidades são exibidas, depois, em sessões nos > próprios bailes, que ele mesmo organiza, com laptop, projetor e a > solidariedade que tem encontrado nos morros. > ? As pessoas se veem retratadas ali no auge do gesto, da dança, da > expressão. Conhecem os outros bailes funk e percebem que fazem parte > de algo muito maior e bonito ? diz. > Vincent tem sua própria agência de fotografia, a Olhares, que > representa alguns fotógrafos no Brasil e que o ajuda a vender suas > fotos para agências em Paris, Hamburgo e Inglaterra. No Brasil, ele > ainda desenvolveu o projeto Olhares do Morro, estimulando jovens da > Santa Marta, da Rocinha e do Vidigal, entre outras comunidades, a > atuar como correspondentes de suas favelas, mostrando seus olhares > sobre o cotidiano. O projeto rendeu exposição no Oi Futuro e na sede > da Unesco, em Paris. > Enquanto fala ao telefone, Vincent se distrai: > ? Tem um DJ, no Facebook, me chamando para um baile numa comunidade > em que eu nunca fui. Nenhum baile é igual a outro, não se dança > igual, as músicas mudam, é sempre único, tem nuances e modismos. > Cada comunidade desenvolve uma arte diferente. > -- > carlos palombini > www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Nov 6 14:41:45 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 6 Nov 2012 14:41:45 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: <1740705677.2013775.1352216556815.JavaMail.root@usp.br> References: <1740705677.2013775.1352216556815.JavaMail.root@usp.br> Message-ID: Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao *argumentum ad hominem*, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por falaciosos. cp 2012/11/6 > Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: > alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma > insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o > o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a > apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a > pujança e a beleza das senzalas. > Abraço, > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Tue Nov 6 20:17:25 2012 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Tue, 6 Nov 2012 20:17:25 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Congs for Brums de Ches Smith no Brasil Message-ID: Olá, gostaria de divulgar concertos interessantes que estou produzindo em SP e RJ de um baterista percussionista que faz uma performance solo tocando bateria, vibrafone e eletrônicos. No Rio de Janeiro há uma co-produção com a Áudio Rebel, e a turnê tem apoio do Ibrasotope. Segue informações e links. Obrigado *Congs for Brums, projeto solo de Ches Smith, no Brasil:* Datas da turnê: - 23/11/12 20h SESC Araraquara, Araraquara-SP, entrada grátis. - 24/11/12 21h no SESC Belenzinho, São Paulo-SP 24 R$ inteira/12 R$ meia/6 R$ comerciante matriculado. Venda pela rede ingressosesc - 25/11/12 20h Audio Rebel, Rio de Janeiro-RJ 30 R$ Links de eventos no Facebook: Araraquara: São Paulo: Rio de Janeiro: *Release:* Californiano radicado no Brooklyn/NY, o baterista e percussionista Ches Smith surgiu de uma cena de músicos punk e metal que escutavam e experimentavam o jazz e a improvisação livre. Esse músico de extrema versatilidade atua em diferentes gêneros como rock, jazz e avant garde. Sua capacidade de executar ritmos étnicos, técnicas polirítmicas, tempo multidirecional e outras facetas o torna um instrumentista ímpar e muito requisitado. Em seu currículo, há participações de projetos como: Ceramic Dog (com Marc Ribot), Mary Halvorson Quintet, Snake Oil (de Tim Berne), Aleph Trio (de John Zorn) e colaborações com: Jandek, Terry Riley, Iggy Pop, Annie Gosfield, Wadada Leo Smith, John Tchicai, Fred Frith, Baikida Carroll, Gyan Riley e Nels Cline Singers. Ches estudou intensivamente polirritmias com o Mestre Peter Magadini, e entrou no Mills College de Oakland para ter aulas com o renomado percussionista William Winant e estudar improvisação e composição com grandes figuras como Fred Frith, Pauline Oliveros e Alvin Curran. Winant logo colocou seu discípulo para substitui-lo em uma turnê da cultuada banda Mr. Bungle. A Partir daí firmou-se uma longa parceria com o baixista Trevor Dunn (em Trevor Dunn?s Trio-Convulsant & MadLove) e a atual banda do guitarrista Trey Spruance (Secret Chiefs 3). Essa já é a terceira vez que Ches vem ao Brasil. A primeira foi em janeiro de 2012 com o projeto de improvisação livre de David Torn. Em abril, Ches retornou com a primeira vinda do Secret Chiefs 3 ao Brasil. Agora, na sua terceira visita, Ches nos apresenta pela primeira vez parte de seu trabalho autoral: o seu projeto solo ?Congs for Brums?. Do trabalho autoral de Ches, destaca-se duas bandas que ele co-fundou: Theory of Ruin (com o líder de Fudgetunnel / Nailbomb, Alex Newport) e Good for Cows (com Devin Hoff de Nels Cline Singers). Atualmente, o artista também lidera o quinteto de jazz denominado Ches Smith & These Arches (com Halvorson, Berne, Tony Malaby e Andrea Parkins), que executa temas de sua autoria. Congs for Brums já possui 3 CDs lançados. O primeiro CD (de 2006) é para vibrafone solo. Já o segundo (Noise to Men, de 2010) abriu para sonoridades conclusivamente eletrônicas e ruidosas. O Terceiro lançamento (Psycho Predictions, de maio de 2012) é uma peça de 45 minutos em três movimentos, para bateria percussão e eletrônica, gravada ao vivo e sem overdubs. Nesta turnê, o artista nos apresenta um set que foca no seu último lançamento, mas também toca material dos primeiros CDs. ============================================== Vejam um Review interessante da Raquel Setz que inclui diversos trabalhos do Ches em < http://destruindopianos.blogspot.com.br/2012/04/papo-reto-o-baterista-ches-smith.html> // Mais informações, venda de CDs e download de MP3 no site do artista: < http://www.chessmith.com> -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucia.barrenechea em gmail.com Tue Nov 6 21:31:39 2012 From: lucia.barrenechea em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?L=FAcia_Barrenechea?=) Date: Tue, 6 Nov 2012 21:31:39 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Concursos para professor efetivo na UNIRIO Message-ID: Caros Srs., Peço que divulguem na Lista da ANNPOM a abertura de dois concursos públicos de provas e títulos para provimento de vagas para os seguintes componentes curriculares: Música/Canto/Canto Complementar Música/Recital Mais informações no link: http://www2.unirio.br/unirio/prograd/docente/concursos/concursos-em-andamento/edital-64-2012-concurso-publico-de-provas-e-titulos Atenciosamente, Lúcia Barrenechea -- http://www.duobarrenechea.mus.br http://turnebrasileirissimo.blogspot.com/ http://www.myspace.com/lubarrenechea http://youtube.com/duobarrenechea -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Wed Nov 7 00:04:56 2012 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Wed, 7 Nov 2012 00:04:56 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Elliot Carter 1908-2012 In-Reply-To: References: Message-ID: Acho interessante ressaltar que Carter nasceu no exato mesmo dia que Noel Rosa, porém dois anos *antes*. Carter faria 104 anos em pouco mais de um mês (e Noel Rosa 102, claramente). 2012/11/6 Sonia Ray > O mundo da arte fica mais triste hoje, pois perdemos um dos maiores > compositores da atualidade... Abraço, Sonia > Elliott Carter: the obituaries > > > http://johnsonsrambler.wordpress.com/2012/11/06/elliott-carter-the-obituaries/ > Posted on 6 November 2012 > | Leave a comment > > Yesterday, Elliott Carter?s publisher, Boosey and Hawkes, announced the > news that one of America?s greatest composers had passed away at 103. > Carter?s centurion career was so enduring, his output so age-defying, that > new terms ? ?late maturity?, ?post-maturity? ? had to be invented to > capture the work of his ninth, tenth and eleventh decades. Some of us even > began to wonder whether we would ever hear this news, sad though it is. > When I received the email from Boosey?s this morning the headline seemed so > improbable I passed over it at first. > > Here are links to some of the best obituaries that are coming out: > > Boosey and Hawkes > : > > The great range and diversity of his music has, and will continue to have, > influence on countless composers and performers worldwide. He will be > missed by us all but remembered for his brilliance, his wit and his great > canon of work. > > Ivan Hewett, *Guardian* > : > > Urban and ?machine-age? sounds and gestures did not interest him; they > were too much of the moment. He wanted a modernism beyond fashion, rooted > in a new kind of syntax, and to achieve that some European sophistication > would be necessary. All the things he had absorbed would eventually find a > place his modernist idiom: the idea of dramatic personages found in Mozart > operas, the independent layers of English madrigals, the syntactic rigour > of Arnold Schoenberg ? and the combination of strict and free rhythm in > jazz pianists he admired, such as Art Tatum. > > Hewett has also written an appreciation for the *Telegraph* > : > > One felt more sure of things in his presence, as if his own amazing > single-mindedness created its own aura. He was able to be so genially > tolerant of music we all knew he must despise, like minimalism, because he > was so sure of his own path. > > Mark Swed, *Los Angeles Times* > : > > The third of ?the three Cs? of American music, Carter, like his > contemporaries Aaron Copland andJohn Cage, > did much to define the American sound in the 20th century. Restless, > inquiring and perpetually up to date, his music tended to be > ever-changeable, and his most important contribution was rhythmic > invention. He resisted a constricting regular pulse, seeking instead a more > organic way of thinking about time. [...] > > Carter?s sense of rhythm and meter had its mathematical component as well. > He experimented with the effects of playing different melodies at different > speeds at the same time. But this technique, rather than making everything > sound at cross purposes, rewarded anyone willing to concentrate hard enough > with the experience of relativity without the bother of space flight. > > Allan Kozinn, *New York Times* > : > > ?As a young man, I harbored the populist idea of writing for the public,? > he once explained to an interviewer who asked him why he had chosen to > write such difficult music. ?I learned that the public didn?t care. So I > decided to write for myself. Since then, people have gotten interested.? > > Anne Midgette, *Washington Post* > : > > Mr. Carter?s career was like some of the towering cathedrals of Europe: so > long in the making that it reflected the dramatic shifts in artistic style > that take place over a century. > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From ppsalles em usp.br Wed Nov 7 00:10:38 2012 From: ppsalles em usp.br (ppsalles em usp.br) Date: Wed, 7 Nov 2012 00:10:38 -0200 (BRST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?w4BzIHbDqXNwZXJhcyBkbyBjZW50ZW7DoXJpbywg?= =?utf-8?q?Smetak_pode_ter_acervo_despejado?= In-Reply-To: Message-ID: <562419058.2328349.1352254238798.JavaMail.root@usp.br> Obrigado, Janete. que bom... Vamos divulgar a nota de esclarecimento... abraços, Pedro Paulo - USP ----- Mensagem original ----- > De: "Janete El Haouli" > Para: ppsalles em usp.br, cpalombini em gmail.com > Cc: sonologia-l em listas.unicamp.br, anppom-l em iar.unicamp.br > Enviadas: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012 12:11:55 > Assunto: RE: [ANPPOM-Lista] Às vésperas do centenário, Smetak pode > ter acervo despejado > Pedro Paulo e colegas, > Recebi essa informação de Marcos Scarassati sobre o 'Acervo Smetak'! > Abraços, > Janete > NOTA DE ESCLARECIMENTO > Em relação à reportagem "Às vésperas do centenário, Smetak pode ter > acervo despejado", publicada no site Metro1, nesta quarta-feira > (31), a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da > Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural > da Bahia (DIMUS/PAC), esclarece: > Não existe a menor possibilidade de despejo do acervo do músico suíço > Walter Smetak (1913-1984), em exposição no Solar Ferrão. A > Secretaria de Cultura reconhece a importância da obra do artista, > que chegou a Salvador em meados dos anos 50 e ajudou a construir um > dos momentos mais ricos da história cultural do nosso estado, e vem > contribuindo para a preservação e difusão de suas criações. > Para 2013, a Secult/BA planeja uma homenagem ao centenário de > nascimento do músico. Além disso, desde outubro de 2010, as > ?plásticas sonoras?, os instrumentos, partituras e objetos pessoais > que compõem a Coleção Walter Smetak estão abertas a visitação no > Solar Ferrão (Pelourinho). No local, o acervo está exposto > adequadamente e passa por constantes procedimentos técnicos de > conservação. Periodicamente, são promovidas diversas ações > socioculturais e educativas vinculadas à exposição. > Possíveis intervenções ou alterações no espaço que abriga a coleção > só serão realizadas mediante o consentimento e aprovação da família > e com todo o cuidado que o acervo deste músico, que vem inspirando > gerações de artistas, merece. > ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO DIMUS > TESS CHAMUSCA > (71) 8801-6162 > tesschamusca.dimus em gmail.com > > (43) 9912 3000 > > Janete El Haouli > Centro Cultural São Paulo__CCSP > Divisão de Informação e Comunicação > Diretora > www.centrocultural.sp.gov.br > + 55 11 96051 6525 | 3397 4061 > + 55 43 9912 3000 > Date: Sun, 4 Nov 2012 15:05:28 -0200 > From: ppsalles em usp.br > To: cpalombini em gmail.com > CC: sonologia-l em listas.unicamp.br; anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Às vésperas do centenário, Smetak pode > ter acervo despejado > Parte do acervo do Smetak esteve em Sampa, há alguns anos (2009), nos > trazendo novamente essa brisa fresca de suas geniais invenções... > Co,mpletou a exposição um belo catálogo com fotos e gravações. Um > acervo dessa importância merece o devido respeito e deveria estar > abrigado em um lugar fixo, exposto e cuidado com os devidos > requisitos. Imagino que, deveria, preferencialmente, manter-se na > Bahia. Qual será a posição da UFBA sobre o caso?... A universidade > não teria condições, através de um projeto conjunto de pesquisadores > em musicologia, de construir ou designar um espaço adequado à > coleção?... Num caso urgente como esse, talvez devamos até cogitar > se, quem sabe, o governo da Suiça não teria algum interesse em > financiar parte do projeto. > abs, Pedro Paulo - USP > > De: "Carlos Palombini" > > > Para: anppom-l em iar.unicamp.br, "Pesquisadores em Sonologia > > (Música)" > > > > > Enviadas: Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 12:39:29 > > > Assunto: [ANPPOM-Lista] Às vésperas do centenário, Smetak pode ter > > acervo despejado > > > 31 Out às 10h49 Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo > > despejado > > > http://www.metro1.com.br/portal/?bid=37&pid=3465 > > > Por James Martins em Entretenimento > > > Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo despejado > > > Foto: Dimus > > > O grande músico suíço-baiano Anton Walter Smetak (1913-1984), > > notório > > por sua construção de instrumentos-escultura, as 'plásticas > > sonoras', completaria 100 anos em 2013. Além de todas as > > dificuldades impostas àqueles que pretendem comemorar o centenário > > do artista que influenciou nomes como Caetano Veloso e Rogério > > Duarte, o acervo deixado por ele, agora corre o risco de ser > > despejado. A obra, que está exposta no Solar Ferrão (Centro > > Histórico), após passar uma temporada nos porões do Museu da Bahia, > > por falta de abrigo, deve ficar mais uma vez desabrigada se alguma > > providência urgente não for tomada. > > > O acervo pertence à família e há intenção de vendê-lo ao Estado > > para > > que continue disponível à visitação e fruição do público em geral, > > mas o Estado alega falta de recursos para a aquisição. Segundo > > Bárbara Smetak, 53, filha do músico, essa medida de despejo parece > > intentar a doação compulsória do acervo. "Na verdade estão assim, > > com esta pressão, para não dizer coação, nos querendo forçar a doar > > o acervo", diz. Ainda segundo Bárbara, a proposta inicial da Secult > > para a exposição 'O Alquimista do Som' no Solar Ferrão seria em > > caráter permanente. > > > Leia abaixo a íntegra do comunicado enviado por ela: > > > "Caros, > > > Estive hoje [29/10 - segunda-feira] em uma reunião na Diretoria de > > Museus com a Sra. Ana Liberato que me deu uma má notícia a respeito > > do Acervo de Smetak. O Acervo só poderá ficar em exposição até o > > segundo semestre de 2013 (setembro). Haverá uma reforma no Solar > > Ferrão, eles estão fazendo licitações e como o Acervo de Smetak não > > pertence ao Estado e sim à família, não poderá ficar mais no local. > > > A família deverá procurar um outro local para abrigar o acervo. > > Logo > > agora que estamos escrevendo projetos para comemorar o Centenário > > de > > Smetak, recebemos esta triste notícia e não sei o que dizer. > > > Existe um projeto de venda do acervo aprovado em 100% e não se > > capta > > recursos. Estou adoentada, não tenho mais tanta força para fazer > > mudança, embalar, encaixotar etc. > > > A exposição O Alquimista do Som foi aberta ao público em 15 de > > outubro de 2010 no Solar Ferrão, foi dito pelo antigo Secretário de > > Cultura, Sr. Márcio Meireles, e pelo Diretor da Dimus, Sr. Daniel > > Rangel que seria por tempo indeterminado. > > > A Sra. Ana Liberato apontou 3 soluções: Venda, Doação, Retirada. > > > Fiquei desapontada com a decisão dos dirigentes desses Órgãos. A > > exposição só tem dois anos, e justo no Centenário seremos > > desabrigados, é séria essa situação, e fico triste com a falta de > > respeito para com todos nós. > > > Na verdade estão assim, com esta pressão, para não dizer coação, > > nos > > querendo forçar a doar o acervo. A homenagem que Smetak recebe no > > seu centenário é, mais uma vez, uma ordem de despejo. > > > Abraços, > > > Bárbara Smetak". > > > -- > > > carlos palombini > > > www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 > > > ________________________________________________ > > > Lista de discussões ANPPOM > > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > > ________________________________________________ > > ________________________________________________ Lista de discuss?es > ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fernandounirio em hotmail.com Wed Nov 7 12:25:06 2012 From: fernandounirio em hotmail.com (=?iso-8859-1?Q?Fernando_Jos=E9_Silveira?=) Date: Wed, 7 Nov 2012 12:25:06 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Prix_de_th=E8ses_et_bourses_de_rech?= =?iso-8859-1?q?erches_de_la_Maison_d=27Auguste_Comte?= Message-ID: Caros Colegas, Bom dia, Divulgando um prêmio de Tese e bolsas para trabalhos sobre Auguste Comte. Cordialmente, Fernando ======================================== Fernando José Silveira Professor Adjunto IV de Clarineta Instituto Villa-Lobos - UNIRIO/RJ fernandounirio em hotmail.com www.fernandosilveira.com.br Curriculum Lattes Veja-me em performance De : Vice-Présidence du conseil scientifique [mailto:vp-cs em univ-tlse2.fr] Envoyé : vendredi 26 octobre 2012 14:13 Objet : Prix de thèses et bourses de recherches de la Maison d'Auguste Comte Mesdames, Messieurs, Nous vous remercions de trouver ci-joint une information à diffuser concernant un prix de thèse et des bourses de recherche décernés chaque année par l’Association Internationale « La maison d’Auguste Comte ». Bien à vous, Claudine ROUX Secrétaire du Vice-Président au Conseil Scientifique UTM - Maison de la Recherche - Bureau D 238 5, Allées Antonio Machado 31058 TOULOUSE CEDEX 09 Tél. +33(5)61 50 48 05 e-mail : vp-cs em univ-tlse2.fr -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: SKMBT_42312102614050.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 1185125 bytes Descrição: não disponível URL: From cpalombini em gmail.com Wed Nov 7 13:32:12 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 7 Nov 2012 13:32:12 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Iphan=3A_Sele=E7=E3o_de_Projeto_par?= =?iso-8859-1?q?a_a_Salvaguarda_do_Samba_de_Roda_do_Rec=F4ncavo_Bai?= =?iso-8859-1?q?ano?= Message-ID: Edital de Chamamento Público n° 07/2012 - Iphan: Seleção de Projeto para a Salvaguarda do Samba de Roda do Recôncavo Baiano - Rede do Samba de Roda Descrição Constitui objeto do Editala seleção de propostas de órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos para a articulação da rede de grupos de samba de roda do Recôncavo Baiano e promoção de ações de salvaguarda para este bem cultural Registrado. O projeto deverá consolidar a articulação em rede dos grupos praticantes do bem cultural em foco, considerando os 14 Pontos de Cultura do Samba de Roda; realizar intercâmbio com outros grupos e comunidades detentoras de bens registrados e promover, no mínimo, duas ações de salvaguarda no âmbito dos seguintes eixos de ação, que estão descritos no item 5 do Edital: a) Produção e reprodução cultural; b) Mobilização Social e Alcance da Política Nacional de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial; c) Gestão Participativa e Sustentabilidade; d) Difusão e Valorização. Data Limite Até 16 de novembro de 2012. Elegibilidade Poderão apresentar projetos instituições públicas e privadas sem fins lucrativos, desde que não vinculadas à estrutura do Ministério da Cultura. Valor Financiado Serão aceitos para seleção apenas os projetos que solicitem apoio financeiro no valor mínimo de R$200.000,00 e máximo de R$300.000,00, excluído o valor da contrapartida. Para mais informações a respeito da contrapartida, consulte o subitem 4.5 do Edital . Prazo de Execução A execução do projeto deverá ser realizada em um ano a partir da data de assinatura do instrumento de convênio. Requisitos O projeto deverá ter como responsável um coordenador técnico que possua experiência comprovada nas áreas de cultura popular e/ou patrimônio imaterial e/ou cultura afro-brasileira por pelo menos dois anos. As instituições interessadas em apresentar projeto devem ter experiência comprovada, nos últimos três anos, no desenvolvimento de atividades referentes à matéria de pelo menos uma das ações descritas item 1 do Edital. Critérios de Seleção Cada proposta será avaliada quanto aos seguintes aspectos: a) Atendimento aos requisitos explicitados nos itens 4, 5 e 6 do Edital; b) Razoabilidade dos custos; c) Capacidade técnica e operacional do proponente para a execução do objeto da parceria; d) Coerência do cronograma com o tipo de atividade proposta; e) Forma de participação dos detentores/produtores no desenvolvimento do projeto e\ou explicitação de sua interação com os pesquisadores. Metodologia colaborativa e participativa; f) Impacto dos resultados do projeto para a continuidade da prática do bem cultural imaterial em questão e para a valorização/fortalecimento de seus detentores/produtores; Restrições Cada proponente poderá apresentar apenas um projeto. Os produtos resultantes do projeto não poderão, em hipótese alguma, serem comercializados pela entidade convenente, seus parceiros ou qualquer outra pessoa jurídica ou física. Forma de Solicitação A proposta deverá ser apresentada, exclusivamente, no portal dos convênios Siconv no Programa 'Salvaguarda do Samba de Roda do Recôncavo Baiano - Rede do Samba de Roda'. No campo "Justificativa" o proponente deverá informar o que pretende realizar, inclusive seus resultados e enfocar o quê os detentores e produtores do bem culturalganharão com este apoio. Também deverá apresentar um memorial descritivo com as estratégias de ação (enumerar e descrever as atividades necessárias para atingir o objetivo desejado e explicar como pretende desenvolvê-las). O proponente ainda deverá anexar junto à proposta no portal dos convênios: 1. Currículo do coordenador do projeto; 2. Documentação que comprove o exercício, nos últimos três anos, de atividades referentes à matéria objeto do chamamento público, conforme o parágrafo 1º, item IV, do artigo 5º-A da Portaria Interministerial nº 492, de 10 de novembro de 2011. Isto é, a instituição precisa ter desenvolvido atividades no objeto do Chamamento Público em 2009, 2010 e 2011. Para esta comprovação poderão ser apresentados relatórios de atividades desenvolvidas, declarações de conselhos de políticas públicas, de secretarias municipais ou estaduais, cópias de capas de publicações produzidas, matérias de jornais e revistas, dentre outras, com indicação legível do ano; 3. Declaração de capacidade técnica da instituição proponente. Contatos cgsg em iphan.gov.br Home Page Edital de Chamamento Público n° 07/2012 - Iphan -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From chuekemusic em hotmail.com Wed Nov 7 15:32:02 2012 From: chuekemusic em hotmail.com (Isaac Felix Chueke) Date: Wed, 7 Nov 2012 17:32:02 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Groupe_de_Recherche_Musiques_Br?= =?windows-1252?q?=E9siliennes?= In-Reply-To: References: , Message-ID: Caros todos, Com nossa amizade, da Europa enviamos-lhes notícias sobre o GRMB, primeiro grupo de pesquisa integrante do OMF/Universidade Paris-Sorbonne dedicado à música brasileira. Antecipadamente grato pela divulgação, Isaac Chueke http://chuekeisaac.wix.com/isaac-chueke Music Director and Guest Conductor USA, Europe, South America. Chevalier de l?Ordre des Arts et des Lettres. Distinguished by Czech President Vaclav Havel Resident Conductor at Florida Grand Opera. Assistant Conductor at the Salzburg Festspiele and Teatro San Carlo di NapoliFormer Director at Music Department of the National Library Brazil PhD in Music, Paris-Sorbonne - M.A. in Orchestral Conducting, City University of New York - Post-graduate Conducting Studies in Vienna Prof. Dr., Embap/ Unespar (Paraná State University) - Membre Associé & Guest Lecturer, Observatoire Musical Français/Université Paris-Sorbonne Universidade Paris-Sorbonne ganha primeiro grupo de pesquisa de música brasileira No dia 11 de fevereiro passado, no decurso da reunião do Observatoire Musical Français (OMF), a federação de equipes de pesquisa mais antiga das duas unidades especializadas em música e musicologia ligadas à Universidade Paris-Sorbonne, foi aprovada a constituição do Groupe de Recherche Musique Brésiliennes (GRMB). Sob a responsabilidade de Zélia Chueke, pianista, pesquisadora, Profa. Dra. da UFPR, o grupo de dedicará a explorar e divulgar a música brasileira, nas suas variadas vertentes. Para janeiro de 2013, está previsto o evento ? Rythmes brésiliens ?. Mesclando conferencias, ateliês e concertos, a programaçao completa pode ser acessada no link http://www.omf.paris-sorbonne.fr/Calendrier-887 Segue abaixo o texto traduzido constituinte da formação do grupo. O texto oficial, no original em francês, encontra-se disponibilizado no site da Sorbonne http://www.omf.paris-sorbonne.fr/Presentation-866 Apresentação O Groupe de Recherche Musiques Brésiliennes se dedica ao estudo e à divulgação da produção deste país através da pesquisa das diversas formas de manifestação destes repertórios não sómente sob seus aspectos musicais, musicólogicos, etnológicos, mas igualmente nos campos da percepção e da cognição, da recepção, da sociologia, da filosofia, da psicologia e da estética, sem esquecer os dialógos pluridisciplinares e o estudo das influências das diversas culturas que acabaram por constituir este melting pot tão particular Histórico Os laços históricos e culturais estabelecidos entre a França e o Brasil, bem como o o interesse crescente por este jovem país, favoreceram a criação do GRMB, tendo como base os colóquios organizados em parceria com o OMF desde 2005, assim como a partir do convênio firmado em 2009 entre a UFPR e Paris-Sorbonne, por ocasião da participação de professores da UFR de Musique et Musicologie no Congresso da ANPPOM (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música). Atividade A atividade do GRMB se manifestará principalmenente através de encontros anuais ? seminários e/ou colóquios ? cujos anais serão publicados pelo OMF ou por uma outra editora, bem como neste sítio internet que conterá todas as informações concernente o desenvolvimento destas manifestações. Composição Composto de professores e pesquisadores ativos e reputados na sua especialidade, este grupo estará igualmente aberto aos jovens doutores e doutorandos, a fim de melhor explorar a multiplicidade das perspectivas oferecidas pela produção musical brasileira a nível nacional e internacional. Professores-Pesquisadores Marilia Amorim (Paris VIII) ? Psicologia Isaac Chueke (EMBAP/OMF) ? Interpretação/Musicologia/Gestão Cultural Zélia Chueke (UFPR/OMF) ? Interpretação/Música Contemporânea Daniele Cruz Barros (UFPE) ? Repertório brasileiro para flauta doce Dany-Robert Dufour (Paris VIII) ? Filosofia Anaïs Fléchet (Versailles) ? MPB/Relações internacionais Didier Guigue (UFPB/CNpq/OMF) ? Análise/Música contemporânea Gérald Guillot (UTC/OMF) ? Ritmos brasileiros François Madurell (Paris IV/OMF) ? Análise e Cognição Danièle Pistone (Paris IV/OMF) ? Músicas brasileiras na França Hyacinthe Ravet (Paris IV/OMF) ? Sociologia Mathias Roger (OMF) ? Estética musical Doutorandos Juliana Pimentel Leandro Gaertner -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From janete.haouli em hotmail.com Tue Nov 6 13:11:55 2012 From: janete.haouli em hotmail.com (Janete El Haouli) Date: Tue, 6 Nov 2012 13:11:55 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?w4BzIHbDqXNwZXJhcyBkbyBjZW50ZW7DoXJpbywg?= =?utf-8?q?Smetak_pode_ter_acervo_despejado?= In-Reply-To: <396557936.1570563.1352048728041.JavaMail.root@usp.br> References: , <396557936.1570563.1352048728041.JavaMail.root@usp.br> Message-ID: Pedro Paulo e colegas, Recebi essa informação de Marcos Scarassati sobre o 'Acervo Smetak'! Abraços, Janete NOTA DE ESCLARECIMENTO Em relação à reportagem "Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo despejado", publicada no site Metro1, nesta quarta-feira (31), a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/PAC), esclarece: Não existe a menor possibilidade de despejo do acervo do músico suíço Walter Smetak (1913-1984), em exposição no Solar Ferrão. A Secretaria de Cultura reconhece a importância da obra do artista, que chegou a Salvador em meados dos anos 50 e ajudou a construir um dos momentos mais ricos da história cultural do nosso estado, e vem contribuindo para a preservação e difusão de suas criações. Para 2013, a Secult/BA planeja uma homenagem ao centenário de nascimento do músico. Além disso, desde outubro de 2010, as ?plásticas sonoras?, os instrumentos, partituras e objetos pessoais que compõem a Coleção Walter Smetak estão abertas a visitação no Solar Ferrão (Pelourinho). No local, o acervo está exposto adequadamente e passa por constantes procedimentos técnicos de conservação. Periodicamente, são promovidas diversas ações socioculturais e educativas vinculadas à exposição. Possíveis intervenções ou alterações no espaço que abriga a coleção só serão realizadas mediante o consentimento e aprovação da família e com todo o cuidado que o acervo deste músico, que vem inspirando gerações de artistas, merece. ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO DIMUSTESS CHAMUSCA (71) 8801-6162tesschamusca.dimus em gmail.com (43) 9912 3000 Janete El HaouliCentro Cultural São Paulo__CCSPDivisão de Informação e Comunicação Diretorawww.centrocultural.sp.gov.br+ 55 11 96051 6525 | 3397 4061 + 55 43 9912 3000 Date: Sun, 4 Nov 2012 15:05:28 -0200 From: ppsalles em usp.br To: cpalombini em gmail.com CC: sonologia-l em listas.unicamp.br; anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo despejado Parte do acervo do Smetak esteve em Sampa, há alguns anos (2009), nos trazendo novamente essa brisa fresca de suas geniais invenções... Co,mpletou a exposição um belo catálogo com fotos e gravações. Um acervo dessa importância merece o devido respeito e deveria estar abrigado em um lugar fixo, exposto e cuidado com os devidos requisitos. Imagino que, deveria, preferencialmente, manter-se na Bahia. Qual será a posição da UFBA sobre o caso?... A universidade não teria condições, através de um projeto conjunto de pesquisadores em musicologia, de construir ou designar um espaço adequado à coleção?... Num caso urgente como esse, talvez devamos até cogitar se, quem sabe, o governo da Suiça não teria algum interesse em financiar parte do projeto. abs, Pedro Paulo - USP De: "Carlos Palombini" Para: anppom-l em iar.unicamp.br, "Pesquisadores em Sonologia (Música)" Enviadas: Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 12:39:29 Assunto: [ANPPOM-Lista] Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo despejado 31 Out às 10h49 Às vésperas do centenário, Smetak pode ter acervo despejado http://www.metro1.com.br/portal/?bid=37&pid=3465 Por James Martins em Entretenimento Foto: Dimus O grande músico suíço-baiano Anton Walter Smetak (1913-1984), notório por sua construção de instrumentos-escultura, as 'plásticas sonoras', completaria 100 anos em 2013. Além de todas as dificuldades impostas àqueles que pretendem comemorar o centenário do artista que influenciou nomes como Caetano Veloso e Rogério Duarte, o acervo deixado por ele, agora corre o risco de ser despejado. A obra, que está exposta no Solar Ferrão (Centro Histórico), após passar uma temporada nos porões do Museu da Bahia, por falta de abrigo, deve ficar mais uma vez desabrigada se alguma providência urgente não for tomada. O acervo pertence à família e há intenção de vendê-lo ao Estado para que continue disponível à visitação e fruição do público em geral, mas o Estado alega falta de recursos para a aquisição. Segundo Bárbara Smetak, 53, filha do músico, essa medida de despejo parece intentar a doação compulsória do acervo. "Na verdade estão assim, com esta pressão, para não dizer coação, nos querendo forçar a doar o acervo", diz. Ainda segundo Bárbara, a proposta inicial da Secult para a exposição 'O Alquimista do Som' no Solar Ferrão seria em caráter permanente. Leia abaixo a íntegra do comunicado enviado por ela: "Caros, Estive hoje [29/10 - segunda-feira] em uma reunião na Diretoria de Museus com a Sra. Ana Liberato que me deu uma má notícia a respeito do Acervo de Smetak. O Acervo só poderá ficar em exposição até o segundo semestre de 2013 (setembro). Haverá uma reforma no Solar Ferrão, eles estão fazendo licitações e como o Acervo de Smetak não pertence ao Estado e sim à família, não poderá ficar mais no local. A família deverá procurar um outro local para abrigar o acervo. Logo agora que estamos escrevendo projetos para comemorar o Centenário de Smetak, recebemos esta triste notícia e não sei o que dizer. Existe um projeto de venda do acervo aprovado em 100% e não se capta recursos. Estou adoentada, não tenho mais tanta força para fazer mudança, embalar, encaixotar etc. A exposição O Alquimista do Som foi aberta ao público em 15 de outubro de 2010 no Solar Ferrão, foi dito pelo antigo Secretário de Cultura, Sr. Márcio Meireles, e pelo Diretor da Dimus, Sr. Daniel Rangel que seria por tempo indeterminado. A Sra. Ana Liberato apontou 3 soluções: Venda, Doação, Retirada. Fiquei desapontada com a decisão dos dirigentes desses Órgãos. A exposição só tem dois anos, e justo no Centenário seremos desabrigados, é séria essa situação, e fico triste com a falta de respeito para com todos nós. Na verdade estão assim, com esta pressão, para não dizer coação, nos querendo forçar a doar o acervo. A homenagem que Smetak recebe no seu centenário é, mais uma vez, uma ordem de despejo. Abraços, Bárbara Smetak". -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rafaelmarin7 em hotmail.com Wed Nov 7 12:35:11 2012 From: rafaelmarin7 em hotmail.com (Rafael Marin da Silva Garcia) Date: Wed, 7 Nov 2012 14:35:11 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?Rm90w7NncmFmbyBmcmFuY8OqcyB0cmHDp2EgYSA=?= =?utf-8?q?=E2=80=98geografia_noturna=E2=80=99_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: <1740705677.2013775.1352216556815.JavaMail.root@usp.br> References: , <1740705677.2013775.1352216556815.JavaMail.root@usp.br> Message-ID: Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso.Rafael Marin Date: Tue, 6 Nov 2012 13:42:36 -0200 From: lcm em usp.br To: cpalombini em gmail.com CC: sonologia-l em listas.unicamp.br; anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? dos bailes funk no Rio Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a pujança e a beleza das senzalas. Abraço, Luciano Morais De: "Carlos Palombini" Para: anppom-l em iar.unicamp.br, "Pesquisadores em Sonologia (Música)" Enviadas: Sexta-feira, 2 de Novembro de 2012 14:22:31 Assunto: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? dos bailes funk no Rio Vincent Rosenblatt mergulhou no universo dos bailes há sete anos e criou site para exibir as imagens dessa coleção http://oglobo.globo.com/cultura/fotografo-frances-traca-geografia-noturna-dos-bailes-funk-no-rio-6613037#ixzz2B5CDvYEq Fabiano Moreira Publicado: 2/11/12 - 7h00 Atualizado: 2/11/12 - 7h00 Fotos de mais de cem lugares registrados em 300 noites compõem o portfólio de Rosenblatt RIO ? Um desavisado pode entrar no riobaile funk.net e achar que está em uma espécie de ?I Hate Flash? (site com fotos da noite carioca) da favela. Só que os bailes retratados ali pelo fotógrafo francês Vincent Rosenblatt não aconteceram no último fim de semana, muito menos na Zona Sul da cidade. E a maioria deles não existe mais após a entrada das UPPs nas comunidades cariocas. As imagens, de rara sensibilidade, são apenas 10% de um acervo construído durante sete anos, em 300 noites, em mais de cem lugares diferentes, às vezes de carona com algum MC que fazia cinco bailes de uma vez, na tentativa de desenhar um mapa do funk e traçar a ?geografia noturna do Grande Rio, mostrando uma cidade negra que dança contra a proibição e o desprezo das elites?. As fotos foram expostas na Maison Européenne de La Photographie, em Paris, mas ainda são pouco conhecidas aqui, por isso a ideia do site, que também reúne textos sobre o ritmo.Vincent veio para o Brasil por meio de uma bolsa de estudos de seu curso na Escola Superior de Belas Artes de Paris, há 12 anos, mas só há sete sentiu o que chama de ?espécie de epifania?.? Meu primeiro baile funk, no Castelo das Pedras, teve um sentido quase religioso. Ali estava a cidade como ela é, não como ela se sonha e idealiza ? conta o fotógrafo, que ouviu o chamado do funk quando sentiu as paredes de seu apartamento, na época em Santa Teresa, vibrarem com o batidão do Morro Santo Amaro. ? Eu não sabia como chegar lá. Quando comprei os CDs, vi que aquilo era poesia pura, mesmo a mais bruta, que fala do Brasil, de uma realidade. Não gosto da MPB cordial, charmosa, que fala de seu coraçãozinho, sua dorzinha, desconectada da realidade social.No site, dá para refazer parte do trajeto de Vincent, em noitadas que consumiam até R$ 150 de táxi para chegar aos locais mais distantes. Estão lá os extintos bailes de Andaraí, Gambá, Austin, Santa Marta e Morro dos Prazeres, além dos que ainda acontecem, como o do Castelo das Pedras, o de Olaria, e o do Fazenda, em São João de Meriti.? Não tem coisa mais linda do que o baile do Cantagalo ? ele diz.E recomenda:? Quem quiser ir a um baile fácil de acesso e de acompanhar a música, pode ir ao Castelo das Pedras, ao Boqueirão, ao Emoções, na Rocinha... Mas não aponto os bailes nas comunidades porque a midiatização pode atrair perseguição e proibição. Na Penha, o quartel general da UPP agora fica na quadra onde se dançava. Em alguns bailes, não se pode mais tirar a camisa, proibição de comandantes. Para mim, isso é uma questão de direitos humanos. E o Rio, sem baile funk, é um tremendo tédio.As fotos feitas nas comunidades são exibidas, depois, em sessões nos próprios bailes, que ele mesmo organiza, com laptop, projetor e a solidariedade que tem encontrado nos morros.? As pessoas se veem retratadas ali no auge do gesto, da dança, da expressão. Conhecem os outros bailes funk e percebem que fazem parte de algo muito maior e bonito ? diz.Vincent tem sua própria agência de fotografia, a Olhares, que representa alguns fotógrafos no Brasil e que o ajuda a vender suas fotos para agências em Paris, Hamburgo e Inglaterra. No Brasil, ele ainda desenvolveu o projeto Olhares do Morro, estimulando jovens da Santa Marta, da Rocinha e do Vidigal, entre outras comunidades, a atuar como correspondentes de suas favelas, mostrando seus olhares sobre o cotidiano. O projeto rendeu exposição no Oi Futuro e na sede da Unesco, em Paris.Enquanto fala ao telefone, Vincent se distrai:? Tem um DJ, no Facebook, me chamando para um baile numa comunidade em que eu nunca fui. Nenhum baile é igual a outro, não se dança igual, as músicas mudam, é sempre único, tem nuances e modismos. Cada comunidade desenvolve uma arte diferente.-- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Thu Nov 8 03:04:36 2012 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Thu, 8 Nov 2012 03:04:36 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?V=EDdeo=3A_Palestra_T=E9cnicas_de_E?= =?iso-8859-1?q?studo_para_M=FAsicos?= Message-ID: Caros colegas, Segue link para vídeo de uma palestra que ministrei no II Encontro de Violões de Praia Grande. Nela falo sobre técnicas de estudo para músicos. Dou ênfase aos conceitos de prática deliberada, estudo por metas e sugiro algumas estratégias para algumas das situações mais comuns que um músico enfrenta no seu dia-a-dia. O link é http://www.youtube.com/watch?v=abA8GlGcOEA Abraços, Alvaro Henrique www.alvarohenrique.com ---- http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Thu Nov 8 13:31:38 2012 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (luciano cesar) Date: Thu, 8 Nov 2012 07:31:38 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?Rm90w7NncmFmbyBmcmFuY8OqcyB0cmHDp2EgYSA=?= =?utf-8?q?=E2=80=98geografia_noturna=E2=80=99_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: Message-ID: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Prezados senhores da lista, A ligeireza com que tratei o assunto a que se refere o título desta mensagem facilitou julgamentos ? esses sim, ad hominem ? a minha pessoa, diretamente. Não reclamo da divergência de opiniões, mas me senti ofendido e humilhado por ser associado a uma lente de olhar ?curioso?, ?preconceituoso?, ?elitista? do senso ?comum?, ?devoto e escravo dos ditames senhoriais? e por ter minha opinião sendo classificada como irrelevante, apesar de ter merecido a atenção dos senhores a partir de julgamentos que atingem a minha pessoa e não a opinião que emito a respeito de um gênero musical. Mas não recebi nenhum argumento. Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) um gênero musical legítimo como representação das classes populares associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção de estruturas sociais desiguais e estratificadas. O segundo ponto é, no caso de se considerar o funk como manutenção de estruturas estratificadas de poder, se o olhar estrangeiro laudatório não facilitaria a celebração dessa manutenção dominante. As questões são claras, e podem ser perfeitamente discutidas sem juízo do interlocutor e a partir de uma argumentação científica. Pode ser que frequentar e fotografar bailes realmente qualifique um fotógrafo a se dizer conhecedor ?por dentro e de perto?, como afirma o sr. Rafael Marin. Mas trabalhar em projetos sociais ? como é o meu caso ? talvez também ajude a alimentar um olhar mais aproximado sobre a representatividade que os moradores de comunidades de periferia efetivamente conferem a esse gênero musical. Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação cultural de ?elite?. Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse preconceito, provavelmente, está na cabeça de quem leu. A defesa que faço - em minha vida privada e acadêmica - da política das cotas, por exemplo, leva em conta exatamente a intenção de desestratificar essas estruturas de poder exercido através da cultura. A meu ver, a apologia da cultura das classes subjugadas tem esse efeito ambíguo: por um lado celebra a vida cultural de uma comunidade, mas por outro, oculta a negação do livre acesso de outras expressões culturais a uma parcela desfavorecida da população num movimento de dominação implícita. Isso não é fruto de uma pesquisa científica, mas uma opinião (embasada) a que tenho direito, com toda a probabilidade de ser refutada por convencimento da parte de pesquisadores comprometidos com a questão. O que eu não gostaria é de me ver enredado em ofensas pessoais por defender tal opinião, mesmo que tenha que discutir e reconhecer o erro de meu ponto de vista. Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez (http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade de ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de periferia (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). Não sei se Ferrez concordaria com minha mensagem, mas com certeza discutiria a questão em outros termos. Sou levado a pensar que talvez ele discutisse a questão e não a minha pessoa. E talvez, mesmo que concordasse comigo do ponto de vista da crítica, apreciaria a qualidade artística das fotos, como eu também apreciei. No entanto, o sr Carlos Palombini e o sr. Rafael Marin responderam como se se quisessem pareceristas de um artigo acadêmico ao que deveria ter sido a expressão livre de uma opinião. Ou seja, cientificizaram o rechaçamento de minha pessoa, de minha capacidade de raciocínio (?O restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui?), rejeitaram minha experiência possível e subestimaram minha capacidade de compreender argumentos contrários que, acredito sinceramente, os senhores são perfeitamente capazes de proferir. Nesses ?pareceres?, um verniz cientificista deslocado trouxe a luz uma leitura rasa que atribui à minha pessoa posições que absolutamente não defendo, além de me acusarem de ignorante sem sequer conhecer a experiência que tenho como professor de projetos sociais. Nenhum dos dois me conhece pessoalmente para justificar o seu juízo. Pergunto aos senhores onde está o argumento ad hominem na minha mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao fenômeno social que observa. Nas respostas, entretanto, faculdades cognitivas foram mencionadas. Fui acusado, além de elitista e ignorante, também de falacioso no ?abraço? com que sempre assino minhas mensagens escritas a comunidade acadêmica de que faço parte, que amo e defendo, mesmo discordando, exercendo minha liberdade de expressão e confiança de que minhas opiniões possam ser acolhidas, compreendidas e refutadas sempre que necessário. Se falei uma imensa bobagem, peço sinceras desculpas e me disponho a pesquisar melhor os dados. Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e estou realmente aberto a argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que haja discussão dos pontos levantados. Mas eu, sinceramente, esperava uma reação melhor dos senhores.   Grato pela atenção, Um abraço a quem aceitar.             Luciano Morais --- Em ter, 6/11/12, Carlos Palombini escreveu: De: Carlos Palombini Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? dos bailes funk no Rio Para: anppom-l em iar.unicamp.br Data: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012, 14:41 Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao argumentum ad hominem, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por falaciosos. cp Mensagem de Rafael Marin: Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso.Rafael Marin 2012/11/6     Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a pujança e a beleza das senzalas. Abraço, -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From giulianobici em gmail.com Thu Nov 8 14:42:36 2012 From: giulianobici em gmail.com (giuliano obici) Date: Thu, 8 Nov 2012 17:42:36 +0100 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?=5BSonologia-l=5D_Fot=F3grafo_fra?= =?windows-1252?q?nc=EAs_tra=E7a_a_=91geografia_noturna=92_dos_bail?= =?windows-1252?q?es_funk_no_Rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Palombini e amigos Estou delirando ou eu ouvi de você Palombini certa vez que seria possível estabelecer um paralelo entre a recepção do funk carioca hoje com a do samba no começo do século XX. Sejam por questoes diversas como do apelo sexual da dança ou da figura marginais (malandro - traficante) ilegalidade (roubo x tráfico) agremiaçoes e aparelhagens entre outros que possam haver Estou pirando? Não sou especialista mas me interessaria ler algo sobre Vocês poderiam me ajudar com referências? Abraços Giuliano Em 2 de novembro de 2012 17:22, Carlos Palombini escreveu: > Vincent Rosenblatt mergulhou no universo dos bailes há sete anos e criou > site para exibir as imagens dessa coleção > > > http://oglobo.globo.com/cultura/fotografo-frances-traca-geografia-noturna-dos-bailes-funk-no-rio-6613037#ixzz2B5CDvYEq > > Fabiano Moreira > Publicado: 2/11/12 - 7h00 > Atualizado: 2/11/12 - 7h00 > * * > > [image: Fotos de mais de cem lugares registrados em 300 noites compõem > o portfólio de Rosenblatt Foto: Reprodução de site] > > Fotos de mais de cem lugares registrados em 300 noites compõem o portfólio > de Rosenblatt > > RIO ? Um desavisado pode entrar no riobaile funk.nete achar que está em uma espécie de ?I Hate Flash? (site com fotos da noite > carioca) da favela. Só que os bailes retratados ali pelo fotógrafo francês > Vincent Rosenblatt não aconteceram no último fim de semana, muito menos na > Zona Sul da cidade. E a maioria deles não existe mais após a entrada das > UPPs nas comunidades cariocas. > > As imagens, de rara sensibilidade, são apenas 10% de um acervo construído > durante sete anos, em 300 noites, em mais de cem lugares diferentes, às > vezes de carona com algum MC que fazia cinco bailes de uma vez, na > tentativa de desenhar um mapa do funk e traçar a ?geografia noturna do > Grande Rio, mostrando uma cidade negra que dança contra a proibição e o > desprezo das elites?. As fotos foram expostas na Maison Européenne de La > Photographie, em Paris, mas ainda são pouco conhecidas aqui, por isso a > ideia do site, que também reúne textos sobre o ritmo. > > Vincent veio para o Brasil por meio de uma bolsa de estudos de seu curso > na Escola Superior de Belas Artes de Paris, há 12 anos, mas só há sete > sentiu o que chama de ?espécie de epifania?. > > ? Meu primeiro baile funk, no Castelo das Pedras, teve um sentido quase > religioso. Ali estava a cidade como ela é, não como ela se sonha e idealiza > ? conta o fotógrafo, que ouviu o chamado do funk quando sentiu as paredes > de seu apartamento, na época em Santa Teresa, vibrarem com o batidão do > Morro Santo Amaro. ? Eu não sabia como chegar lá. Quando comprei os CDs, vi > que aquilo era poesia pura, mesmo a mais bruta, que fala do Brasil, de uma > realidade. Não gosto da MPB cordial, charmosa, que fala de seu > coraçãozinho, sua dorzinha, desconectada da realidade social. > > No site, dá para refazer parte do trajeto de Vincent, em noitadas que > consumiam até R$ 150 de táxi para chegar aos locais mais distantes. Estão > lá os extintos bailes de Andaraí, Gambá, Austin, Santa Marta e Morro dos > Prazeres, além dos que ainda acontecem, como o do Castelo das Pedras, o de > Olaria, e o do Fazenda, em São João de Meriti. > > ? Não tem coisa mais linda do que o baile do Cantagalo ? ele diz. > > E recomenda: > > ? Quem quiser ir a um baile fácil de acesso e de acompanhar a música, pode > ir ao Castelo das Pedras, ao Boqueirão, ao Emoções, na Rocinha... Mas não > aponto os bailes nas comunidades porque a midiatização pode atrair > perseguição e proibição. Na Penha, o quartel general da UPP agora fica na > quadra onde se dançava. Em alguns bailes, não se pode mais tirar a camisa, > proibição de comandantes. Para mim, isso é uma questão de direitos humanos. > E o Rio, sem baile funk, é um tremendo tédio. > > As fotos feitas nas comunidades são exibidas, depois, em sessões nos > próprios bailes, que ele mesmo organiza, com laptop, projetor e a > solidariedade que tem encontrado nos morros. > > ? As pessoas se veem retratadas ali no auge do gesto, da dança, da > expressão. Conhecem os outros bailes funk e percebem que fazem parte de > algo muito maior e bonito ? diz. > > Vincent tem sua própria agência de fotografia, a Olhares, que representa > alguns fotógrafos no Brasil e que o ajuda a vender suas fotos para agências > em Paris, Hamburgo e Inglaterra. No Brasil, ele ainda desenvolveu o projeto > Olhares do Morro, estimulando jovens da Santa Marta, da Rocinha e do > Vidigal, entre outras comunidades, a atuar como correspondentes de suas > favelas, mostrando seus olhares sobre o cotidiano. O projeto rendeu > exposição no Oi Futuro e na sede da Unesco, em Paris. > > Enquanto fala ao telefone, Vincent se distrai: > > ? Tem um DJ, no Facebook, me chamando para um baile numa comunidade em que > eu nunca fui. Nenhum baile é igual a outro, não se dança igual, as músicas > mudam, é sempre único, tem nuances e modismos. Cada comunidade desenvolve > uma arte diferente. > -- > carlos palombini > www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 > > _______________________________________________ > sonologia-l mailing list > sonologia-l em listas.unicamp.br > https://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/sonologia-l > > -- http://giulianobici.com http://n-1.art.br +49 0176 74198553 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Thu Nov 8 16:39:32 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Thu, 8 Nov 2012 16:39:32 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até > irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se > o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) > um gênero musical legítimo como representação das classes populares > associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção > de estruturas sociais desiguais e estratificadas. > O funk como "licença, dada pela classe dominante" é um absurdo que mostra um desconhecimento total das relações entre funk e classe dominante, representada pelo Estado. Além disso, de que posição você discute a legitimidade de um gênero enquanto autorepresentação coletiva? > Mas trabalhar em projetos sociais ? como é o meu caso ? talvez também > ajude a alimentar um olhar mais aproximado sobre a representatividade que > os moradores de comunidades de periferia efetivamente conferem a esse > gênero musical. > É evidente que o funk carioca não é o representante de comunidades e favelas. Tampouco se propõe sê-lo. Quem se apresenta como tal são os MCs do hip-hop. > Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos > (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, > uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque > não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação > cultural de ?elite?. > Em primeiro lugar, o termo "apologia", extraído de uma legislação inconstitucional, já desqualifica seu texto, e mostra exatamente o lugar de onde vc fala. Em segundo, falar de "estratificação de estruturas de poder" em relação a subgêneros como o Proibidão ou a Putaria é desconhecê-los enquanto linguagem musical. > Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse preconceito, provavelmente, > está na cabeça de quem leu. > Falou sim: falou de "estetização" da "expressão social e cultural de uma classe oprimida", como se, por ser de uma classe oprimida, não fosse arte, e necessitasse ser "estetizada" por um estrangeiro pervertido. > > Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras > experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez ( > http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade de > ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de periferia > (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). > Não me parece muito interessante discutir aqui a opinião de Ferréz a partir de uma súmula genérica. Autor do *manual prático do ódio* (objetiva, 2003), Ferréz entende perfeitamente a problemática social na qual se insere boa parte da música funk carioca, aquela parte que me interessa, precisamente. Ele está ligado, no entanto, ao universo do hip-hop, o qual, como já disse em outra mensagem, se apresenta como o legítimo porta-voz do meio. (E, como tal, é aceito pelos funkeiros). > > Nesses ?pareceres?, um verniz cientificista deslocado trouxe a luz uma > leitura rasa que atribui à minha pessoa posições que absolutamente não > defendo, além de me acusarem de ignorante sem sequer conhecer a experiência > que tenho como professor de projetos sociais. > Precisamente, o científico ali era apenas um verniz, uma figura de retórica. > > Pergunto aos senhores onde está o argumento *ad hominem *na minha > mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha > primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente > deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para > mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao > fenômeno social que observa. > "Para francês ver" não pode deixar de evocar "para inglês ver", isto é, "para enganar", e não resta nenhuma dúvida, dada a autoria das fotos, quanto a de qual francês se trata. > Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e estou realmente aberto a > argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que haja discussão dos pontos > levantados. > Ei-la. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Thu Nov 8 16:45:44 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Thu, 8 Nov 2012 16:45:44 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: <1F3FEC2F-0081-4D83-A8DA-EB9D4C3AE524@gmail.com> References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> <1F3FEC2F-0081-4D83-A8DA-EB9D4C3AE524@gmail.com> Message-ID: Silvio Conheço Vincent pessoalmente. Ele é meu amigo e sei perfeitamente de que ponto de vista ele se coloca em relação ao que retrata. Creio que vc deveria se ater a discutir objetos dos quais tem conhecimento, para evitar expor-se ao ridículo. cp 2012/11/8 silvio ferraz > caros? > > desculpe-nos carlos? mas uma hora a coisa passa da conta? e o limite entre > dogma e temática de estudo passa a não ser tão tênue e assim. > a matéria enviada ha uns dias é tão tosca qto a posição dos senhores > coronéis da PM paulistana. > o olhar estrangeiro é mais que alegoria, é fato histórico não superado, > daí o resultado: > aquela matéria é eurocentrista, bem ao estilo "não existe pecado ao sul do > equador"? aquele besteirol que vem se desenrolando desde as épocas do > descobrimento? bem ao estilo: > "le brésil c'est cool" > "oh là là, il manque des fête punk au brésil a cause des UPPs? tu c'est > qu'est-ce-que une UPP? ? ah! ce sont des choses que sont régulières en > france? mais au brésil..." > > desculpem-me mas o artigo não passa de manifestação de turismo sexual > barato? de um cara que é dono de agencia de fotografia e que deve de encher > o rabo vendendo rabo fotografado?. > ou de um fulano que realmente está por aqui mais é pra traçar do que > realmente pra contribuir em alguma coisa. > > abs > silvio > > On Nov 8, 2012, at 1:31 PM, luciano cesar wrote: > > Prezados senhores da lista, > > > A ligeireza com que tratei o assunto a que se refere o título desta > mensagem facilitou julgamentos ? esses sim, *ad hominem ? *a minha > pessoa, diretamente. Não reclamo da divergência de opiniões, mas me senti > ofendido e humilhado por ser associado a uma lente de olhar ?curioso?, > ?preconceituoso?, ?elitista? do senso ?comum?, ?devoto e escravo dos > ditames senhoriais? e por ter minha opinião sendo classificada como > irrelevante, apesar de ter merecido a atenção dos senhores a partir de > julgamentos que atingem a minha pessoa e não a opinião que emito a respeito > de um gênero musical. Mas não recebi nenhum argumento. > > Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até > irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se > o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) > um gênero musical legítimo como representação das classes populares > associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção > de estruturas sociais desiguais e estratificadas. O segundo ponto é, no > caso de se considerar o funk como manutenção de estruturas estratificadas > de poder, se o olhar estrangeiro laudatório não facilitaria a celebração > dessa manutenção dominante. As questões são claras, e podem ser > perfeitamente discutidas sem juízo do interlocutor e a partir de uma > argumentação científica. Pode ser que frequentar e fotografar bailes > realmente qualifique um fotógrafo a se dizer conhecedor ?por dentro e de > perto?, como afirma o sr. Rafael Marin. Mas trabalhar em projetos sociais ? > como é o meu caso ? talvez também ajude a alimentar um olhar mais > aproximado sobre a representatividade que os moradores de comunidades de > periferia efetivamente conferem a esse gênero musical. > > Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos > (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, > uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque > não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação > cultural de ?elite?. Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse > preconceito, provavelmente, está na cabeça de quem leu. A defesa que faço - > em minha vida privada e acadêmica - da política das cotas, por exemplo, > leva em conta exatamente a intenção de desestratificar essas estruturas de > poder exercido através da cultura. A meu ver, a apologia da cultura das > classes subjugadas tem esse efeito ambíguo: por um lado celebra a vida > cultural de uma comunidade, mas por outro, oculta a negação do livre acesso > de outras expressões culturais a uma parcela desfavorecida da população num > movimento de dominação implícita. > > Isso não é fruto de uma pesquisa científica, mas uma opinião (embasada) a > que tenho direito, com toda a probabilidade de ser refutada por > convencimento da parte de pesquisadores comprometidos com a questão. O que > eu não gostaria é de me ver enredado em ofensas pessoais por defender tal > opinião, mesmo que tenha que discutir e reconhecer o erro de meu ponto de > vista. > > Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras > experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez ( > http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade de > ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de periferia > (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). Não sei se > Ferrez concordaria com minha mensagem, mas com certeza discutiria a questão > em outros termos. Sou levado a pensar que talvez ele discutisse a questão e > não a minha pessoa. E talvez, mesmo que concordasse comigo do ponto de > vista da crítica, apreciaria a qualidade artística das fotos, como eu > também apreciei. > > No entanto, o sr Carlos Palombini e o sr. Rafael Marin responderam como se > se quisessem pareceristas de um artigo acadêmico ao que deveria ter sido a > expressão livre de uma opinião. Ou seja, cientificizaram o rechaçamento de > minha pessoa, de minha capacidade de raciocínio (?O restante do raciocínio, > se é correto empregar este termo aqui?), rejeitaram minha experiência > possível e subestimaram minha capacidade de compreender argumentos > contrários que, acredito sinceramente, os senhores são perfeitamente > capazes de proferir. Nesses ?pareceres?, um verniz cientificista deslocado > trouxe a luz uma leitura rasa que atribui à minha pessoa posições que > absolutamente não defendo, além de me acusarem de ignorante sem sequer > conhecer a experiência que tenho como professor de projetos sociais. Nenhum > dos dois me conhece pessoalmente para justificar o seu juízo. > > Pergunto aos senhores onde está o argumento *ad hominem *na minha > mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha > primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente > deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para > mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao > fenômeno social que observa. Nas respostas, entretanto, faculdades > cognitivas foram mencionadas. Fui acusado, além de elitista e ignorante, > também de falacioso no ?abraço? com que sempre assino minhas mensagens > escritas a comunidade acadêmica de que faço parte, que amo e defendo, mesmo > discordando, exercendo minha liberdade de expressão e confiança de que > minhas opiniões possam ser acolhidas, compreendidas e refutadas sempre que > necessário. > > Se falei uma imensa bobagem, peço sinceras desculpas e me disponho a > pesquisar melhor os dados. Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e > estou realmente aberto a argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que > haja discussão dos pontos levantados. Mas eu, sinceramente, esperava uma > reação melhor dos senhores. > > > Grato pela atenção, > > Um abraço a quem aceitar. > Luciano Morais > > > > > --- Em *ter, 6/11/12, Carlos Palombini * escreveu: > > > De: Carlos Palombini > Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? > dos bailes funk no Rio > Para: anppom-l em iar.unicamp.br > Data: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012, 14:41 > > Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao *argumentum > ad hominem*, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se > de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O > restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é > tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência > reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, > ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por > falaciosos. > > cp > > Mensagem de Rafael Marin: > > Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de > perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que > deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas > etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do > funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, > lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de > longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de > um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se > proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que > distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do > não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre > ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso. > Rafael Marin > > > > 2012/11/6 > > Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: > alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma > insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o > o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a > apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a > pujança e a beleza das senzalas. > Abraço, > > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Thu Nov 8 20:41:34 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Thu, 8 Nov 2012 20:41:34 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Concurso_publico_na_=E1rea_de_flaut?= =?iso-8859-1?q?a_transversal_na_UFJF?= Message-ID: Boa noite! Gostaria de divulgar um concurso público para vaga de 40 DE, nível assistente 1 (titulação: mestrado) na UFJF, área de conhecimento: flauta transversal - na UFJF. inscrições de 9 a 26/11 mais informações no edital em anexo. Obrigado! -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Edital-51-JF-Concursos-nº-44-a-114-cronograma-57.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 387195 bytes Descrição: não disponível URL: From cpalombini em gmail.com Thu Nov 8 20:48:39 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Thu, 8 Nov 2012 20:48:39 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] a matter of taste (on elliott carter's music) Message-ID: A Matter of Taste By Isaac Schankleron November 7, 2012No Comment http://www.newmusicbox.org/articles/a-matter-of-taste/ After the news of Elliott Carter?s passing earlier this week, I was quite moved by the outpouring of tributes to the composer that I encountered through social media. Obviously my window to the world through social media is skewed toward new music nerds, but even so, I have to admit I was slightly surprised at the extent of the outpouring. Among many of my new music friends, Carter was a figure who was more begrudgingly admired than universally adored, though this seemed to be changing in recent years. It says something about Carter?s musical imagination that even those who professed to dislike his work had a favorite piece by him. It also got me thinking about the limits of what we can do as composers to advocate for our own music. When our music is poorly or (worse) indifferently received, we may perceive it as a failure of presentation, contextualization, education, or marketing. The audience just didn?t have the right frame of reference. Or, maybe we think the problem is the music itself. Maybe it was too intricate, too subtle, too esoteric. Maybe it was flawed, or just plain bad. Most of the discussion around what to do about the state of new music today seems to vacillate between these two proposals. Change the music, or change the stuff around the music. I should say that I?m an advocate of both of these plans in certain situations. But I also wonder if there is a natural limit to what these changes are capable of. Maybe it doesn?t come down to intelligence or education. Maybe it comes down to aesthetics, or to put it more bluntly, maybe it?s a matter of taste. For example, lots of people like spicy food, including me. But I wouldn?t call someone misinformed for not liking spicy food, and just because that person dislikes a particular spicy dish, doesn?t mean that it?s not well-made. Dissonance in music is similar?some like it mild, others want a jar of hot sauce on hand at all times. Maybe this seems obvious, but the difference is that dissonance still offends people in ways that spicy food doesn?t. No one insists that chefs should stop making spicy food, or that spicy food has ruined gourmet cuisine forever. The idea that some music is an ?acquired taste? is not exactly new, but I hope we can learn to avoid those annoyingly classist mistaken assumptions that often ride along with other acquired tastes. Not everyone will like Carter?s music, or mine, or yours, and that?s okay. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From guilhermebertissolo em gmail.com Fri Nov 9 08:23:23 2012 From: guilhermebertissolo em gmail.com (Guilherme Bertissolo) Date: Fri, 9 Nov 2012 08:23:23 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] a matter of taste (on elliott carter's music) In-Reply-To: References: Message-ID: Muito interessante, Palombini, Eu concordo com quase tudo no texto e reforço que o gosto é uma construção social, cultural e política. O que aconteceria se colocássemos uma peça de Carter na abertura da novela das 8? Abraços, Guilherme 2012/11/8 Carlos Palombini : > A Matter of Taste > > By Isaac Schankler on November 7, 2012No Comment > > http://www.newmusicbox.org/articles/a-matter-of-taste/ > > After the news of Elliott Carter?s passing earlier this week, I was quite > moved by the outpouring of tributes to the composer that I encountered > through social media. Obviously my window to the world through social media > is skewed toward new music nerds, but even so, I have to admit I was > slightly surprised at the extent of the outpouring. Among many of my new > music friends, Carter was a figure who was more begrudgingly admired than > universally adored, though this seemed to be changing in recent years. It > says something about Carter?s musical imagination that even those who > professed to dislike his work had a favorite piece by him. > > It also got me thinking about the limits of what we can do as composers to > advocate for our own music. When our music is poorly or (worse) > indifferently received, we may perceive it as a failure of presentation, > contextualization, education, or marketing. The audience just didn?t have > the right frame of reference. Or, maybe we think the problem is the music > itself. Maybe it was too intricate, too subtle, too esoteric. Maybe it was > flawed, or just plain bad. > > Most of the discussion around what to do about the state of new music today > seems to vacillate between these two proposals. Change the music, or change > the stuff around the music. I should say that I?m an advocate of both of > these plans in certain situations. But I also wonder if there is a natural > limit to what these changes are capable of. Maybe it doesn?t come down to > intelligence or education. Maybe it comes down to aesthetics, or to put it > more bluntly, maybe it?s a matter of taste. > > For example, lots of people like spicy food, including me. But I wouldn?t > call someone misinformed for not liking spicy food, and just because that > person dislikes a particular spicy dish, doesn?t mean that it?s not > well-made. Dissonance in music is similar?some like it mild, others want a > jar of hot sauce on hand at all times. Maybe this seems obvious, but the > difference is that dissonance still offends people in ways that spicy food > doesn?t. No one insists that chefs should stop making spicy food, or that > spicy food has ruined gourmet cuisine forever. > > The idea that some music is an ?acquired taste? is not exactly new, but I > hope we can learn to avoid those annoyingly classist mistaken assumptions > that often ride along with other acquired tastes. Not everyone will like > Carter?s music, or mine, or yours, and that?s okay. > > -- > carlos palombini > www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -- Guilherme Compositor guilhermebertissolo.wordpress.com From paulinyi em yahoo.com Fri Nov 9 09:30:29 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Fri, 9 Nov 2012 03:30:29 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] Fw: Postdoctoral research posts (one in musicology; one in theology/liturgical studies) at Bristol University In-Reply-To: <4696181118133028.WA.valerie.jamessas.ac.uk@jiscmail.ac.uk> References: <4696181118133028.WA.valerie.jamessas.ac.uk@jiscmail.ac.uk> Message-ID: <1352460629.70612.YahooMailNeo@web110512.mail.gq1.yahoo.com> ----- Forwarded Message ----- From: Valerie James To: MUSIC-TRAINING em JISCMAIL.AC.UK Sent: Wednesday, November 7, 2012 6:39 PM Subject: Postdoctoral research posts (one in musicology; one in theology/liturgical studies) at Bristol University Two post-doc positions available: one in musicology and the other in theology/liturgical studies. Fixed term, 4 years, working on the Old Hispanic Office at Bristol university. Please spread the word widely! Closing date 29 November. Please do contact me for further information. http://bristol.ac.uk/jobs/find/list.html?keywords=Old+Hispanic&jobnum&srcsubmit=Search&statlog=1&ID=Q50FK026203F3VBQBV7V77V83&mask=uobext&LG=UK ---------------------- EC Hornby muech em bristol.ac.uk -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From paulinyi em yahoo.com Fri Nov 9 09:30:48 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Fri, 9 Nov 2012 03:30:48 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] Fw: Two fully-funded PhD studentships at Bristol University (one medieval musuicology; one composition) In-Reply-To: <4913998703591546.WA.valerie.jamessas.ac.uk@jiscmail.ac.uk> References: <4913998703591546.WA.valerie.jamessas.ac.uk@jiscmail.ac.uk> Message-ID: <1352460648.69862.YahooMailNeo@web110508.mail.gq1.yahoo.com> ----- Forwarded Message ----- From: Valerie James To: MUSIC-TRAINING em JISCMAIL.AC.UK Sent: Wednesday, November 7, 2012 6:38 PM Subject: Two fully-funded PhD studentships at Bristol University (one medieval musuicology; one composition) Both studentships are part of an EU-funded research project on the Old Hispanic office. For further information, contact emma.hornby em bris.ac.uk -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From paulinyi em yahoo.com Fri Nov 9 09:43:22 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Fri, 9 Nov 2012 03:43:22 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] Fw: CFP: Exegesis In-Reply-To: References: Message-ID: <1352461402.4345.YahooMailNeo@web110503.mail.gq1.yahoo.com> Date:    Thu, 8 Nov 2012 09:01:28 -0800 From:    "J. P. E. Harper-Scott" Subject: CFP: Exegesis ****Forwarded message from Asaba, Yuiko (2012) < Yuiko.Asaba.2012 em live.rhul.ac.uk>**** Exegesis, the academic e-journal of the English Department at Royal Holloway, University of London, is now accepting submissions for the Spring 2013 edition on Testimonies and Confessions. In this issue we seek to generate discussion about the forms that testimonies and confessions have taken historically, theologically, and literarily from an interdisciplinary, cross-period perspective. Authors may choose to investigate this topic literally, metaphorically, or theoretically, and in terms of specific texts, authors, times, or places. Articles and creative pieces might address, but are not limited to, any of the following subjects: ·          Confessional/Testimonial literature as autobiographical, fictional, or sensationalized for humour ·          First person narratives, such as diaries or letters ·          Monologues (in Shakespeare, for example) ·        Literaryandtheologicalconfessions(e.g.ConfessionsofSt.Augustine,Rousseau?sConfessions) ·          False confessions ·          In a court of law, admitting guilt of a crime, or testifying as witness ·          Testifying on war, violence, social oppression, etc. ·          The meaning of ?truth?, how we find it, and what can be considered ?proof? ·          The role of confession to religion (sinning, absolution) ·          Confession as an interpretation of identity ·          Philosophical testimony (Kant, Hume, Ricoeur, and others) Submission deadline is 10th January 2013. Please submit via the following email addresses: to submit a critical work, critical em exegesisjournal.org;; to submit a creative work, creative em exegesisjournal.org;; to submit a book review, reviews em exegesisjournal.org. After peer review, refereed submissions will be selected and published in our April 2013 issue. Please take note of the Guidelines below. All submissions will be considered for Exegesis Writing Awards of £100 for one critical article and £100 for one creative piece, which will be granted on the basis of writing excellence. These awards are generously funded through Royal Holloway?s Student-Led Teaching Initiatives. SUBMISSIONS GUIDELINES: Exegesis invites submissions from postgraduate students and early career academics from the field of English Studies and beyond, multi- and cross- disciplinary researchers, and any scholar with interesting and relevant work. We welcome previously unpublished essays, short articles, reviews, and creative pieces on each issue?s theme, and encourage you to fully explore the meaning of exegesis. Essays and short articles should be between 4000-6000 words and reviews around 1000 words (including all references), and must adhere to the MHRA referencing and style guide. Creative pieces are welcomed of no more than 5000 words. A copy of the MHRA style guide can be found at: http://www.mhra.org.uk/Publications/Books/StyleGuide/download.shtml Your submission email should include your name, academic affiliation, the title of your submission, 5-7 keywords, and a 3-5 sentence abstract of the article or review piece. All attached submissions should be unnamed, to ensure impartiality during the selection process, and should be sent as Word documents (.doc format). http://www.exegesisjournal.org Submissions which do not follow these guidelines will not be considered. ****End of forwarded message**** -- Now Available: *The Quilting Points of Musical Modernism*, by J. P. E. Harper-Scott For more information see www.cambridge.org/9780521765213 Dr J. P. E. Harper-Scott | Reader in Musicology and Theory Department of Music, Royal Holloway, University of London Website: http://www.jpehs.co.uk/ Blog: http://www.jpehs.co.uk/blog Golden Pages: http://goldenpages.jpehs.co.uk/ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From paulinyi em yahoo.com Fri Nov 9 09:53:04 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Fri, 9 Nov 2012 03:53:04 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] Fw: School of Arts Doctoral Bursary in Music (Opera Studies) In-Reply-To: References: Message-ID: <1352461984.45042.YahooMailNeo@web110512.mail.gq1.yahoo.com> ----- Forwarded Message ----- From: Aidan Thomson To: Sent: Thursday, November 8, 2012 1:05 PM Subject: SMI circular - 8 November 2012: PhD bursary for opera studies at Oxford Brookes University The following may be of interest; please feel free to forward it to any interested parties: > >School of Arts Doctoral Bursary in Music (Opera Studies) >Faculty of Technology, Design and Environment >  > >The School of Arts at Oxford Brookes University is pleased to announce that it is able to offer a Doctoral Bursary to a new PhD student in Music for full time study commencing in January 2013. The successful applicant will have course fees waived and will be awarded a bursary of £10,000 per annum for three years (with no inflation increase). >  > >The PhD student will be supervised by Dr Alexandra Wilson, Reader in Musicology. Proposals are invited in any area of the discipline of opera studies. Dr Wilson has particular research interests in the following areas: > * 19th- and 20th-century Italian opera (especially Puccini) > * Opera?s social, political and aesthetic contexts (particularly in Italy and Britain) > * Reception studies > * Contemporary operatic culture > * Opera?s interaction with other art-forms, particularly film > * Gender > * National identities > * Singers and recording culture > * Staging issues >For full details of Alexandra Wilson?s research expertise visit: >http://arts.brookes.ac.uk/staff/details/a_wilson/ >  > >It is expected that the student will support the activities of the OBERTO opera research unit (Oxford Brookes: Exploring Research Trends in Opera) and the growth of the research culture in this field at Oxford Brookes University. For further information about OBERTO visit: http://arts.brookes.ac.uk/oberto/ >  > >The selection criteria will focus on academic excellence, suitability of the research environment for your project and references.  If you would like to apply you should submit a full research proposal together with a supporting statement of no more than 500 words summarising: > * Your reasons for undertaking this project > * Preparation undertaken and previous research experience > * The ways in which this bursary will make a difference to your research >  > >In addition, you will need to apply for a PhD at Oxford Brookes University through UKPASS and submit the following supporting documents to Jenny Heaton jheaton em brookes.ac.uk by 12pmon 5 December 2012. > * Full research proposal (together with the supporting statement outlined above) > > * Copy of Passport (if applicable) > * IELTS Certificate or equivalent (if applicable) > * Two academic references > * Degree Certificate(s) > * Transcript(s) >UKPASS >https://pgapp.ukpass.ac.uk/ukpasspgapp/login.jsp >Closing date: 5 December 2012(12pm) >Informal enquiries about this bursary should be addressed directly to Dr Alexandra Wilson: alexandra.wilson em brookes.ac.uk > >-- >OBERTO - Oxford Brookes Exploring Research Trends in Opera >Oxford Brookes University >School of Arts >Richard Hamilton Building >Oxford OX3 0BP >United Kingdom > >http://arts.brookes.ac.uk/oberto/ > > -- Dr Aidan Thomson Hon Secretary, Society for Musicology in Ireland Reviews Editor, Journal of the Society for Musicology in Ireland School of Creative Arts Queen's University Belfast Belfast BT7 1NN +44 (0)28 9097 5208 aidanjohnthomson em gmail.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From paulinyi em yahoo.com Fri Nov 9 10:09:28 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Fri, 9 Nov 2012 04:09:28 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] Fw: (1) CFP: What is Performance Philosophy? (2) Job opening: postDoc musicology, university of Klagenfurt In-Reply-To: References: Message-ID: <1352462968.17954.YahooMailNeo@web110513.mail.gq1.yahoo.com> ----- Forwarded Message ----- From: MUSICOLOGY-ALL automatic digest system To: MUSICOLOGY-ALL em JISCMAIL.AC.UK Sent: Thursday, November 8, 2012 12:03 AM Subject: MUSICOLOGY-ALL Digest - 5 Nov 2012 to 7 Nov 2012 (#2012-161) There are 5 messages totaling 642 lines in this issue. Topics of the day:   1. CFP: What is Performance Philosophy?   2. Colloquium on 'Patronage and music collecting'   3. ICONEA 2012 - provisional programme now available   4. Registration Open - Challenging Musical Ontologies: An RMA Study Day, 23rd     November, University of Nottingham   5. Job opening: postDoc musicology, university of Klagenfurt ---------------------------------------------------------------------- Date:    Wed, 7 Nov 2012 01:26:18 -0800 From:    "J. P. E. Harper-Scott" Subject: CFP: What is Performance Philosophy? ****Forwarded message from c.mark em surrey.ac.uk **** What is Performance Philosophy? Staging a new field University of Surrey, Guildford, UK 11-13th April 2013 Co-organized by Laura Cull (University of Surrey), Eve Katsouraki (University of East London) and Dan Watt (Loughborough University) Confirmed keynotes:  Professor Martin Puchner (Harvard) Professor Bojana Kunst (Giessen) What is Performance Philosophy? Staging a new field will be the inaugural conference of the new professional association, PERFORMANCE PHILOSOPHY. The aim of the conference is to explore the scope and diversity of research being undertaken by scholars and practitioners concerned with the relationship between performance and philosophy broadly construed. The organizers welcome proposals from researchers working with any discipline or definition of performance, including but not limited to: ? Art performance / Performance art / Live Art ? Dance and choreography ? Drama and dramatic literature ? Film, video and new media ? Music and sound ? Performativity and performance in/as everyday life ? Theatre and applied theatre Likewise, we invite proposals from researchers concerned with any aspect of or tradition within philosophy including but not limited to: ? The Continental and/or Analytic traditions, ? Eastern and/or Western modes of thought ? Theology ? Critical and/or Literary Theory ? Cultural Studies ? Phenomenology ? Post/structuralism What is Performance Philosophy? It could be: ? the application of philosophy to the analysis of performance; ? the philosophy of performance and/or the performance of philosophy; ? the study of how philosophers and philosophical ideas have been staged in performance or how ideas and images of performance have figured in philosophy; ? the theoretical or practical exploration of philosophy as performance and/or as performative; and likewise, experiments emerging from the idea that performance is a kind of philosophy or thinking or theorizing in itself. But it could also be much more besides. The ambition of the new association, PERFORMANCE PHILOSOPHY and this inaugural conference is to support the interrogation of this ?more?, to facilitate researchers to create and question the nature of this open field. In particular, the conference aims to address a series of key questions: ? Is Performance Philosophy a ?field?? If so, what are the parameters of the field ? how might the field define itself? ? What is the relationship between performance and philosophy? Is performance a kind of philosophy and philosophy a kind of performance? ? How have performance and philosophy engaged with one another in the past and how are they engaging with one another now? The conference organizers welcome proposals for: ? 500-word proposals for individual conference papers (20 mins + 10 mins discussion) ? 1500-word proposals for panels (eg. 3 x 20 mins presentations + 30 mins discussion) Alternatively, individuals and groups can submit proposals for: ? 1500-word proposals for 90 minute sessions in other formats, including but not limited to performances, participatory workshops, reading groups, roundtables, etc. The conference organizers would particularly like to encourage applicants to explore interdisciplinary collaborations, combining where possible contributions from researchers based in different disciplines. All presentations can include practical demonstration or performance, but please note that technical support will be limited. To discuss your requirements prior to submitting a proposal, please contact Laura Cull l.cull em surrey.ac.uk The deadline for proposals is December 15th 2012 Decisions by January 15th 2013 Please submit your proposal to Laura Cull l.cull em surrey.ac.uk NB: All contributing delegates will be required to finance their own travel, accommodation and registration fee (will be confirmed asap). PERFORMANCE PHILOSOPHY is not a profit making organization so registration fees will be kept as low as possible whilst still covering the costs of running the event and providing low cost postgraduate registration. You do not have to be a member of PERFORMANCE PHILOSOPHY to submit a proposal but it is free to do so and membership is open to all ? seehttp:// performancephilosophy.ning.com/ Dr. Laura Cull Senior Lecturer in Theatre Studies Director of PGR, School of Arts University of Surrey Guildford, UK l.cull em surrey.ac.uk ****End of forwarded message**** -- Now Available: *The Quilting Points of Musical Modernism*, by J. P. E. Harper-Scott For more information see www.cambridge.org/9780521765213 Dr J. P. E. Harper-Scott | Reader in Musicology and Theory Department of Music, Royal Holloway, University of London Website: http://www.jpehs.co.uk/ Blog: http://www.jpehs.co.uk/blog Golden Pages: http://goldenpages.jpehs.co.uk/ ------------------------------ Date:    Wed, 7 Nov 2012 10:59:05 +0100 From:    Jose Maria Dominguez Subject: Colloquium on 'Patronage and music collecting' Message from Jose Maria Dominguez. VI Coloquio de Musicología: ?Mecenazgo y coleccionismo musical? 6th Colloquium of Musicology ?Patronage and music collecting? 23 y 24 de noviembre de 2012 / 23-24 November 2012 Director: Juan José Carreras (Universidad de Zaragoza) Scientific committee: Tess Knighton (CSIC, Barcelona) and José María Domínguez (University of La Rioja) Coordination: Sonia Gonzalo (University of Zaragoza) Info: +34 976 28 88 78/79 // email: activ em ifc.dpz.es Venue: Edificio Paraninfo de la Universidad de Zaragoza, Plaza Basilio Paraíso 4 Sala Pilar Sinués Institución ?Fernando el Católico? (Zaragoza) Los estudios en torno al mecenazgo artístico tienen ya una amplia tradición en los diferentes campos de la literatura, las artes visuales, la arquitectura o la música. Asociado el término desde la Antigüedad a la República de las Letras, el Diccionario de Autoridades en 1732 entiende por mecenas ?el príncipe o caballero que favorece, patrocina y premia a los hombres de letras. Úsase de esta voz en las epístolas dedicatorias, llamando así al sujeto a quien se dirige o dedica el libro u obra, para que la patrocine y ampare.? Esta función protectora parece ser fundamental a lo largo del tiempo. En 1915, se quejaba el compositor Arnold Schönberg: ?Hoy en día ya no existen benefactores, mecenas, personas que son ricas y que a la vez comprenden que su maldita obligación y deber es ceder al arte algo de su inmensa fortuna.? Desde el siglo XVI y hasta hoy, la cuestión del apoyo o protección de las artes ha desempeñado un importante papel, no sólo en los modos de ganarse la vida de músicos y artistas, sino ?en el caso de la música? en aspectos fundamentales de la producción e interpretación. Research focusing on artistic patronage has already achieved a broad and established tradition in the fields of literature, visual arts, architecture and music. Since Antiquity, the term ?patronage? has been closely associated with the Republic of Letters. In 1732 the Spanish Dictionary of Autorities (Diccionario de Autoridades) defines a patron as ?the prince or gentleman who favours, sponsors and rewards men of letters. This word is used in letters of dedication, thus appealing to the man to whom the book is addressed or dedicated, in order to get it sponsored and protected?. This notion of sponsorship and protection has prevailed over the centuries. In 1915, Arnold Schönberg complained: ?Today there are no more benefactors, patrons, rich people who understand that their wretched obligation and duty is to assign part of their inmense fortune to the Arts?. From the sixteenth century until now, the concept of protecting and supporting the Arts has developed an important role, not only as regards the ways in which musicians and artists earn their salary but also ?especially in the case of music? involving basic aspects of production and performance. Schedule: Friday 23 November 2012 9.30    Registration 10.00    Juan José Carreras: ?El mecenazgo (musical): reflexiones previas? 10.30    Anna Tedesco (University of Palermo): ?Mecenazgo musical y distinción social: reflexiones y ejemplos (siglos XVII-XIX)?     Margaret Murata (UCLA): ?Survival ? Collection ? Recollection? 11.30    Debate 12.00    Break 12.30    Tess Knighton (CSIC): ?Perspectivas sobre el mecenazgo musical en el siglo XVI: la evidencia de una ensalada?     Ascensión Mazuela Anguita (CSIC): ?Función y formas del mecenazgo musical femenino en el mundo ibérico del siglo XVI? 13.30    Debate 16.30    José María Domínguez (University of La Rioja): ?Más allá del virrey: otros modelos de mecenazgo en la Nápoles virreinal de finales del siglo XVII?     Anne-Madeleine Goulet (CNRS-Centre de Musique Baroque de Versailles): ?Le patronage musical de Flavio Orsini et de Marie-Anne de la Tremoille a Rome (1675-1701): sources, choix artistiques et signification? 17.30    Debate 18.00    Break 18.30    Giulia A. R. Veneziano (University of Zaragoza-École Française de Rome): ?«Chi m?ascolta, chi mi vede? »: modelos de fruición de la cantata de cámara en la sociedad napolitana del siglo XVIII? 19.00    Debate Saturday 24 November 2012 9.00    Alberto Hernández (Juan March Foundation): ?Dos príncipes para un tratado: las ediciones italiana y española de Dell?origine delle regole della musica?     Miguel Ángel Marín (University of La Rioja): ?Del salón a la academia: los espacios interpretativos del cuarteto en Madrid a finales del siglo XVIII? 10.00    Debate 10.30    Juan José Carreras (University of Zaragoza): ?Modos y funciones del mecenazgo musical en el siglo XIX?     Pablo-L. Rodríguez (University of La Rioja): ?Erich Fiala y la recuperación de la música antigua en Viena (1934-1956)? 11.30    Debate 12.00    Break 12.30    Round table: El mecenazgo en las artes y la literatura     José María Domínguez (coordinador), Javier Ibáñez, Joseba Berrocal 13.30    Closing ------------------------------ Date:    Wed, 7 Nov 2012 11:46:02 +0000 From:    Valerie James Subject: ICONEA 2012 - provisional programme now available ICONEA Conference 2012: AEROPHONES IN THE ANCIENT WORLD: NEAR AND MIDDLE EAST, EGYPT AND THE MEDITERRANEAN NOVEMBER 22, 23 and 24, 2012 UNIVERSITY OF LONDON Senate House Malet Street London WC1E 7HU Provisional Programme Thursday 22 November 1400: Registration 1430: Speeches: Paul Archbold, Irving Finkel and Richard Dumbrill Chair: Irving Finkel 1445: Richard Dumbrill When is a pipe not a pipe? I shall investigate so-called pipes, flutes, etc., from Neanderthalians, Cro-Magnons, etc. and up to to the literate Ancient Mesopotamians and later Mediterraneans. 1545: Tea/coffee Break 1615: Barnaby Brown Problems playing a modern reproduction of the silver pipes of Ur 1715 ? 1800: Round table Friday 23 November Chair: Myriam Marcetteau 1000: Max Stern Shofar: Sound, Shape and Symbol. The shofar has always been considered a magical instrument associated with the revelation of God?s voice at Mount Sinai. Later, Joshua brought down the walls of Jericho with shofar blasts ? in the ancient world, sound was known to influence matter. The shofar is the oldest surviving instrument still used in Jewish ritual. Its sound, shape, and symbolism are integral to the High Holiday Season. This lecture-demonstration exhibits a variety of shofar types and discusses their origins from animal to instrument through visual aids. It demonstrates the traditional shofar blast and deals with historical and symbolical issues aroused by it strident sonority. It concludes with a DVD presentation of the shofar as an artistic instrument, integrated into a contemporary biblical work by the author. 1100: Tea Break 1130 : Malcolm Miller: The music of the Shofar: ancient symbols, modern meanings. The Shofar discussed in biblical and post-biblical literature, is associated with a rich nexus of metaphorical symbolism, which has evolved over the course of time, and includes such concepts as supernatural power, joy, freedom, victory, deliverance, national identity, moral virtue, repentance, and social justice. While modern definitions have focused on the instrument?s signalling, ?non-musical? character, there is evidence already in the ancient writings of its ?musical? function, whose potential to evoke a profound aesthetic response has led to multiple interpretations of its meanings. Composers in 20th-21st centuries have incorporated the shofar into their works as a powerfully eloquent musical resource, from Elgar?s The Apostles premiered in October 1903 to Jörg Widmann?s opera ?Babylon? premiered at the Munich Opera just a few weeks ago in October 2012. It is the purpose of this presentation to discuss these more recent uses of the shofar and the way composers interpret the shofar?s ancient symbolism in a contemporary context, thereby highlighting both its ceremonial/religious, and its musical/aesthetic qualities. 1230 : Lunch Break Chair : Richard Dumbrill 1400 : Bruno de Florence Shofar, Totemism and Voice: a Freudian-Lacanian Approach From a commentary by Jacques Lacan on a text by Theodor Reik, I shall attempt to outline how we can consider musical practices as incarnated thinking. Borrowing from the notions of perception (Merleau-Ponty), jouissance (Lacan) and libido (Freud), I shall propose a model of musical performance and its listening as a continuous path along a multidimensional Moebius strip, structured by the enigma of the real of the body. Shofar?. 1600: Tea/coffee Break 1630: Myriam Marcetteau: Wind instruments from the ancient near East to the Greco-Roman period. This presentation will investigate the evolution of two types of aeropohones from the Ancient Near East to the Greco-Roman period. I will focus on iconographic, philological, historical and sociological clues, for evidence of their affiliation. Some sources are easily traceable, such as the link  between the Mesopotamian hierodulae  and the female players of the abub-instrument. Some others, even though the affiliation is more hypothetical, are worth researching: I will attempt at giving possible origins for the ancient oriental roots of the qarnu and of the tibia/aulos. 1730 ? 1800: Round table Saturday 24 November Chair: Barnaby Brown 1000: Alan Prosser with the participation of Tansy Honey: The organology, musicology, theory and spirituality of the ney The construction which has remained the same for at least 800 years, as shown from extant examples in the museums in Konya. I will describe the type of reed used, where they are found; their treatment and preparation; the making of the ney; its playing; its pitch range and the reason for having a pitch set of 34 within an octave. I will further discuss the Pythagorean and Sufi use of Makams for a deeper musical experience; how the intervals make it possible to assist with this process and give examples. I will discuss the possible source of makam construction extracted from the Ney and micro-tonalism, with examples. 1130: Peter Strauven/Jan M.F. Van Reeth: The Organ on the Mosaic of the Musicians from Maryamin at the Museum of Hama, Syria. 1300: Lunch Break 1400: Nicholas Stylianou Diagrams, Cyclic Orderings and Aristoxenian Synthesis Despite difficulties surrounding the authenticity of writings on classical Greek music theory they have nonetheless been highly influential in subsequent theoretical developments. The broad polarisation of the domain into the Pythagorean and Aristoxenian traditions reflects the tension between their respective numerological and phenomenological approaches to music theory. Between these extremes Aristoxenus identifies the Harmonicists, commending them for their interest in musical reality whilst criticising their grasp of musical logic. Written some six centuries later, Claudius Ptolemy?s Harmonics also stands out in attempting to reconcile reasoning and perception. This paper employs contemporary diagrammatic representations of the various tetrachord species, as catalogued by Ptolemy, which form the building blocks of classical Greek musical structure. Particular attention is given to Aristoxenian criticisms of the Harmonicists? lack of attention to musical synthesis and consecution, specifically the katapyknosis (????????????) or close-packing of their diagrams and their use of cyclic orderings limited to a single genus in the range of an octave.  It is hoped that the materials from this study may form the basis of a systematic framework against which these classical Greek music-theoretical constructs may be better understood. 1530 Tea/coffee Break 1600: Concert lecture Omar Bashir and the Bashir school of ?ud in Baghdad and beyond. Munir Bashir who died in 1997 was one of the most famous Iraqi ?udists in the Middle-East during the 20th century and a recognised master of the Arabian maqam. Bashir?s music is characterised by a unique style of improvisation which is the consequence of his his study of Indian and European music in addition to Oriental forms. Omar Bashir  was born in 1970 in Hungary. At the age of five, he left Hungary with his parents to live in Iraq, where he was educated. The ?ud he plays in performance is in the same he had as a child. At the age of seven Omar studied at the Baghdad Music and Ballet School where he became a teacher in his late teens. He created his own ensemble of twenty-four musicians, specialising in classical Iraqi music. Omar?s performed with his father from the age of thirteen. The death of his father marked a turning point in his musical career. He won many awards and on the first Anniversary of 9/11 was invited to play in the USA to raise funds for the Iraqi Symphony Orchestra which had been flown over on that occasion. Omar is certainly the most innovative ?udist to date. A booking form for this conference is available at http://music.sas.ac.uk/events/conferences  Valerie James Consortium Administrative Manager, IGRS, IMR and IP Institute of Musical Research School of Advanced Study University of London Senate House Malet Street London WC1E 7HU www.music.sas.ac.uk Tel: 020 7664 4865 Fax: 020 7664 4867 The IMR's Offices are at Stewart House (32 Russell Square), 2nd floor, Room 277 The University of London is an exempt charity in England and Wales and a charity registered in Scotland (reg. no. SC041194) ------------------------------ Date:    Wed, 7 Nov 2012 16:33:27 +0000 From:    Alexander Kolassa Subject: Registration Open - Challenging Musical Ontologies: An RMA Study Day, 23rd November, University of Nottingham Dear all, Registration for the Challenging Musical Ontologies: An RMA Study Day, University of Nottingham, 23 November 2012 is open. It promises to be an exciting forum for dialogue on the subject and will be bringing together speakers of various fields. There will also be a lunchtime concert performed by SCAWDUO playing a selection of new works. Registration and further details can be found in the following link: http://www.nottingham.ac.uk/music/research/conferences/rma-day-call-for-papers.aspx Details from the original CFP are below. All the best, Alex Kolassa  CFP: Challenging Musical Ontologies: An RMA Study Day, University of Nottingham, 23 November 2012 This RMA Study Day seeks to engage with conflicting yet complimentary dialogues regarding the possibility (or even non-possibility) of an ontology of music. In recent years there has been lively debate between diverse positions rooted in musicology and both continental and analytical philosophy; the purpose of this Study Day is to highlight these differences, whilst emphasising shared ground and suggesting ways forward. To this end, the Study Day ? which is supported by the RMA Music and Philosophy Study Group ? will provide a platform for postgraduate students to present their research and to discuss challenges posed to, and possibilities inherent in, commonly held assumptions regarding musical ontology from an array of interdisciplinary viewpoints. Committee Members: Alexander Kolassa, James Cook, Jonathan Herrick, David Ingram, Dr Nanette Nielsen and Professor Stefano Predelli. Website: http://www.nottingham.ac.uk/music/research/conferences/rma-day-call-for-papers.aspx Follow us on: www.facebook.com/challengingmusicalontologies ------------------------------ Date:    Wed, 7 Nov 2012 21:32:54 +0100 From:    Simone Heilgendorff Subject: Job opening: postDoc musicology, university of Klagenfurt Die Alpen-Adria Universität Klagenfurt schreibt gem. § 107 Abs. 1 Universitätsgesetz 2002 folgende Stelle zur Besetzung aus: *Senior Scientist* (wissenschaftliche Angestellte/wissenschaftlicher Angestellter _mit_ Doktorat) am Institut für Kultur-, Literatur- und Musikwissenschaft, Abteilung Musikwissenschaft, Fakultät für Kulturwissenschaften, im Beschäftigungsausmaß von 100% (Basis Uni-KV: B1), befristet bis 30.4.2015. Das monatliche Mindestentgelt für diese Verwendung beträgt ? 3.381,70 brutto (14 x jährlich). Voraussichtlicher Beginn des Angestelltenverhältnisses ist der*6. Dezember 2012*. *Aufgabenbereich:* -Abhaltung von Lehrveranstaltungen (einschließlich Prüfungstätigkeiten) -Betreuung von Studierenden -Selbständige Forschung auf dem Gebiet der Musikwissenschaft, Mitarbeit an Forschungsprojekten der Abteilung (Schwerpunkt in der Musik der Gegenwart) -Mitarbeit im Studiengang "Angewandte Musikwissenschaft" -Mitarbeit bei Organisations- und Verwaltungsaufgaben -Mitarbeit bei Veranstaltungen der Abteilung sowie weiteren "angewandten" Projekten Im Rahmen der o.a. Aufgaben besteht die Möglichkeit, an einer facheinschlägigen Habilitation zu arbeiten. *Voraussetzungen:* -Abgeschlossenes Doktorat im Fach Musikwissenschaft -Ausbildung oder Erfahrung in einem musikpraktischen Bereich (Instrument, Komposition, Stimme) -Fundierte Kenntnisse 1) der historischen Musikwissenschaft und der europäischen Musikgeschichte mit einem Schwerpunkt in der Musik nach 1950 sowie 2) auf einem der folgenden Gebiete: Popularmusik-/Jazz-Forschung, Musik und Technik/Medien oder Musiksoziologie *Erwünscht:* -Ein Forschungsprojekt -Didaktische Fähigkeiten/Kompetenzen -Pädagogische Eignung, kommunikative Kompetenz und Teamfähigkeit -Erfahrung im Musik-Management oder bei Musikvermittlungsprojekten -Bereitschaft zur Pflege der Internetseiten der Abteilung Weitere Informationen: www.uni-klu.ac.at/muwi Die Universität strebt eine Erhöhung des Frauenanteils insbesondere beim wissenschaftlichen Personal an und fordert daher qualifizierte Frauen ausdrücklich zur Bewerbung auf. Frauen werden bei gleicher Qualifikation vorrangig aufgenommen. Menschen mit Behinderung oder chronischen Erkrankungen, die die geforderten Qualifikationskriterien erfüllen, werden ausdrücklich zur Bewerbung aufgefordert. Bewerbungen sind mit den üblichen Unterlagen bis zum *28. November 2012* unter der *Kennung* *964/12* an die Alpen-Adria-Universität Klagenfurt, Fachabteilung Personalentwicklung, ausschließlich über das Onlinebewerbungsformular unter http://www.aau.at/obfzu richten. Bewerberinnen und Bewerber haben keinen Anspruch auf Abgeltung von entstandenen Reise- und Aufenthaltskosten durch die Universität, die aus Anlass des Aufnahmeverfahrens entstehen. ------------------------------ End of MUSICOLOGY-ALL Digest - 5 Nov 2012 to 7 Nov 2012 (#2012-161) ******************************************************************* -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Fri Nov 9 10:57:25 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Fri, 9 Nov 2012 10:57:25 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> <1F3FEC2F-0081-4D83-A8DA-EB9D4C3AE524@gmail.com> Message-ID: Me impressiona o fato de doutores em música não conseguirem ter um olhar minimamente isento de seu preconceito de classe diante das imagens apresentadas por Palombini, no site de Vincent Rosenblatt. O patético é que esse preconceito vem revestido de um discurso de esquerda dos anos 60, que só acentua o lugar de onde esses senhores falam. O fotógrafo em questão realizou um trabalho de pesquisa guiado por uma expressão musical - o Funk no Rio de Janeiro. Este trabalho, pela extensão temporal e espacial, pela qualidade técnica (pois as imagens são impecáveis) e pela sua aguda inserção nas comunidades dificilmente é igualado por outros trabalhos realizados no âmbito acadêmico. Entretanto, só escutamos: alegoria de turismo sexual, dominação estrangeira, imperialismo, "não existe pecado ao sul do equador", música estrangeira... - ou seja, uma série de chavões acadêmicos. Me desculpem, mas isso tudo é muito pobre enquanto crítica. O trabalho de Vincent merece uma maior qualidade crítica. Em 8 de novembro de 2012 16:45, Carlos Palombini escreveu: > Silvio > > Conheço Vincent pessoalmente. Ele é meu amigo e sei perfeitamente de que > ponto de vista ele se coloca em relação ao que retrata. Creio que vc > deveria se ater a discutir objetos dos quais tem conhecimento, para evitar > expor-se ao ridículo. > > cp > > 2012/11/8 silvio ferraz > >> caros? >> >> desculpe-nos carlos? mas uma hora a coisa passa da conta? e o limite >> entre dogma e temática de estudo passa a não ser tão tênue e assim. >> a matéria enviada ha uns dias é tão tosca qto a posição dos senhores >> coronéis da PM paulistana. >> o olhar estrangeiro é mais que alegoria, é fato histórico não superado, >> daí o resultado: >> aquela matéria é eurocentrista, bem ao estilo "não existe pecado ao sul >> do equador"? aquele besteirol que vem se desenrolando desde as épocas do >> descobrimento? bem ao estilo: >> "le brésil c'est cool" >> "oh là là, il manque des fête punk au brésil a cause des UPPs? tu c'est >> qu'est-ce-que une UPP? ? ah! ce sont des choses que sont régulières en >> france? mais au brésil..." >> >> desculpem-me mas o artigo não passa de manifestação de turismo sexual >> barato? de um cara que é dono de agencia de fotografia e que deve de encher >> o rabo vendendo rabo fotografado?. >> ou de um fulano que realmente está por aqui mais é pra traçar do que >> realmente pra contribuir em alguma coisa. >> >> abs >> silvio >> >> On Nov 8, 2012, at 1:31 PM, luciano cesar wrote: >> >> Prezados senhores da lista, >> >> >> A ligeireza com que tratei o assunto a que se refere o título desta >> mensagem facilitou julgamentos ? esses sim, *ad hominem ? *a minha >> pessoa, diretamente. Não reclamo da divergência de opiniões, mas me senti >> ofendido e humilhado por ser associado a uma lente de olhar ?curioso?, >> ?preconceituoso?, ?elitista? do senso ?comum?, ?devoto e escravo dos >> ditames senhoriais? e por ter minha opinião sendo classificada como >> irrelevante, apesar de ter merecido a atenção dos senhores a partir de >> julgamentos que atingem a minha pessoa e não a opinião que emito a respeito >> de um gênero musical. Mas não recebi nenhum argumento. >> >> Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até >> irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se >> o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) >> um gênero musical legítimo como representação das classes populares >> associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção >> de estruturas sociais desiguais e estratificadas. O segundo ponto é, no >> caso de se considerar o funk como manutenção de estruturas estratificadas >> de poder, se o olhar estrangeiro laudatório não facilitaria a celebração >> dessa manutenção dominante. As questões são claras, e podem ser >> perfeitamente discutidas sem juízo do interlocutor e a partir de uma >> argumentação científica. Pode ser que frequentar e fotografar bailes >> realmente qualifique um fotógrafo a se dizer conhecedor ?por dentro e de >> perto?, como afirma o sr. Rafael Marin. Mas trabalhar em projetos sociais ? >> como é o meu caso ? talvez também ajude a alimentar um olhar mais >> aproximado sobre a representatividade que os moradores de comunidades de >> periferia efetivamente conferem a esse gênero musical. >> >> Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos >> (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, >> uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque >> não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação >> cultural de ?elite?. Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse >> preconceito, provavelmente, está na cabeça de quem leu. A defesa que faço - >> em minha vida privada e acadêmica - da política das cotas, por exemplo, >> leva em conta exatamente a intenção de desestratificar essas estruturas de >> poder exercido através da cultura. A meu ver, a apologia da cultura das >> classes subjugadas tem esse efeito ambíguo: por um lado celebra a vida >> cultural de uma comunidade, mas por outro, oculta a negação do livre acesso >> de outras expressões culturais a uma parcela desfavorecida da população num >> movimento de dominação implícita. >> >> Isso não é fruto de uma pesquisa científica, mas uma opinião (embasada) a >> que tenho direito, com toda a probabilidade de ser refutada por >> convencimento da parte de pesquisadores comprometidos com a questão. O que >> eu não gostaria é de me ver enredado em ofensas pessoais por defender tal >> opinião, mesmo que tenha que discutir e reconhecer o erro de meu ponto de >> vista. >> >> Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras >> experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez ( >> http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade de >> ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de periferia >> (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). Não sei se >> Ferrez concordaria com minha mensagem, mas com certeza discutiria a questão >> em outros termos. Sou levado a pensar que talvez ele discutisse a questão e >> não a minha pessoa. E talvez, mesmo que concordasse comigo do ponto de >> vista da crítica, apreciaria a qualidade artística das fotos, como eu >> também apreciei. >> >> No entanto, o sr Carlos Palombini e o sr. Rafael Marin responderam como >> se se quisessem pareceristas de um artigo acadêmico ao que deveria ter sido >> a expressão livre de uma opinião. Ou seja, cientificizaram o rechaçamento >> de minha pessoa, de minha capacidade de raciocínio (?O restante do >> raciocínio, se é correto empregar este termo aqui?), rejeitaram minha >> experiência possível e subestimaram minha capacidade de compreender >> argumentos contrários que, acredito sinceramente, os senhores são >> perfeitamente capazes de proferir. Nesses ?pareceres?, um verniz >> cientificista deslocado trouxe a luz uma leitura rasa que atribui à minha >> pessoa posições que absolutamente não defendo, além de me acusarem de >> ignorante sem sequer conhecer a experiência que tenho como professor de >> projetos sociais. Nenhum dos dois me conhece pessoalmente para justificar o >> seu juízo. >> >> Pergunto aos senhores onde está o argumento *ad hominem *na minha >> mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha >> primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente >> deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para >> mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao >> fenômeno social que observa. Nas respostas, entretanto, faculdades >> cognitivas foram mencionadas. Fui acusado, além de elitista e ignorante, >> também de falacioso no ?abraço? com que sempre assino minhas mensagens >> escritas a comunidade acadêmica de que faço parte, que amo e defendo, mesmo >> discordando, exercendo minha liberdade de expressão e confiança de que >> minhas opiniões possam ser acolhidas, compreendidas e refutadas sempre que >> necessário. >> >> Se falei uma imensa bobagem, peço sinceras desculpas e me disponho a >> pesquisar melhor os dados. Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e >> estou realmente aberto a argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que >> haja discussão dos pontos levantados. Mas eu, sinceramente, esperava uma >> reação melhor dos senhores. >> >> >> Grato pela atenção, >> >> Um abraço a quem aceitar. >> Luciano Morais >> >> >> >> >> --- Em *ter, 6/11/12, Carlos Palombini * escreveu: >> >> >> De: Carlos Palombini >> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? >> dos bailes funk no Rio >> Para: anppom-l em iar.unicamp.br >> Data: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012, 14:41 >> >> Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao *argumentum >> ad hominem*, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se >> de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O >> restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é >> tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência >> reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, >> ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por >> falaciosos. >> >> cp >> >> Mensagem de Rafael Marin: >> >> Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de >> perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que >> deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas >> etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do >> funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, >> lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de >> longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de >> um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se >> proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que >> distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do >> não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre >> ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso. >> Rafael Marin >> >> >> >> 2012/11/6 >> >> Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: >> alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma >> insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o >> o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a >> apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a >> pujança e a beleza das senzalas. >> Abraço, >> >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> > > > -- > carlos palombini > www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Nov 9 11:36:01 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 9 Nov 2012 11:36:01 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> <1F3FEC2F-0081-4D83-A8DA-EB9D4C3AE524@gmail.com> Message-ID: Tem razão, Alexandre, dir-se-ia que a pesquisa acadêmica consiste no alinhavo precário dos chavões de uma literatura mal digerida ou sequer lida para a análise de fenômenos com os quais o pesquisador não tem nenhuma familiaridade e cuja literatura desconhece completamente. É a realidade. Já participei de um encontro de pesquisadores de proibidão organizado por um grupo de Psicologia no qual se analisavam letras sem qualquer referência à música e, sobretudo, bem longe dos bailes e dos funkeiros. Como disse Mia Couto numa entrevista recente: Acredita-se que a periferia pode dar futebolista, cantor, dançarino. Mas, > poeta? No sentido que o poeta não produz só uma arte, mas pensamento. Isso > acho que é o grande racismo, a grande maneira de excluir o outro. É dizer: > o outro pode produzir o que quiser, até o bonito. Mas, pensamento próprio, > isso não. > O que temos ouvido aqui, contudo, é um forte indício de que o pensamento e a criatividade estejam alhures. Abraço, Carlos 2012/11/9 Ale Fenerich Me impressiona o fato de doutores em música não conseguirem ter um olhar > minimamente isento de seu preconceito de classe diante das imagens > apresentadas por Palombini, no site de Vincent Rosenblatt. O patético é que > esse preconceito vem revestido de um discurso de esquerda dos anos 60, que > só acentua o lugar de onde esses senhores falam. > > O fotógrafo em questão realizou um trabalho de pesquisa guiado por uma > expressão musical - o Funk no Rio de Janeiro. Este trabalho, pela extensão > temporal e espacial, pela qualidade técnica (pois as imagens são > impecáveis) e pela sua aguda inserção nas comunidades dificilmente é > igualado por outros trabalhos realizados no âmbito acadêmico. Entretanto, > só escutamos: alegoria de turismo sexual, dominação estrangeira, > imperialismo, "não existe pecado ao sul do equador", música estrangeira... > - ou seja, uma série de chavões acadêmicos. Me desculpem, mas isso tudo é > muito pobre enquanto crítica. O trabalho de Vincent merece uma maior > qualidade crítica. > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rafaelmarin7 em hotmail.com Fri Nov 9 02:35:46 2012 From: rafaelmarin7 em hotmail.com (Rafael Marin da Silva Garcia) Date: Fri, 9 Nov 2012 04:35:46 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?Rm90w7NncmFmbyBmcmFuY8OqcyB0cmHDp2EgYSA=?= =?utf-8?q?=E2=80=98geografia_noturna=E2=80=99_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> References: , <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Prezado Luciano, Acredito que a legitimidade do funk enquanto gênero musical representativo das classes associadas só possa ser dada por aqueles que compartilham entre si, com toda plenitude, as significações e os valores culturais e identitários que o gênero proporciona. Sendo um estrangeiro neste universo, talvez nem mesmo o etnógrafo mais criterioso em seu trabalho científico e pesquisa de campo, ainda que imergido culturalmente em seus símbolos e significações, tenha o direito de conferir tal legitimidade, embora façamos isso o tempo todo na academia (e ainda que tal pensamento nos tire a função e os propósitos que acreditamos cumprir dentro da universidade). Quanto a possibilidade de o funk ser uma licença dada pela classe dominante (uso o termo "classe dominante" por comodidade) para manutenção de estruturas sociais desiguais e estratificadas, acredito que as ressignificações que o gênero sofre dentro do grupo no qual está inserido para atender, entre outras coisas, propósitos coletivos de constituição da identidade, possui dimensões que a classe dominante nem sequer imagina. Como disse acima, tais significados dificilmente são capturados até mesmo por nós pesquisadores, pois mesmo inseridos no universo que pretendemos estudar estamos sendo mediados o tempo todo pela linguagem, pela subjetividade de nossos informantes, pelos conflitos entre valores culturais distintos etc., que dirá a classe dominante. Sobre a apologia a certas culturas (tidas por marginalizadas), penso que ela pode realmente ter o "efeito ambíguo" que você menciona e as consequências que descreve, mas o tem principalmente se a posição em que estamos é exterior a essas culturas. Digo isso pois, pensando dessa forma, poderíamos inverter a lógica e dizer que a cultura funk igualmente nos é negada pela mesma classe dominante. Ao negar o livre acesso a outras expressões culturais (e é isso, acima de tudo, o que a estratificação social proporciona), a classe dominante o nega tanto à parcela desfavorecida da população quanto à parcela favorecida. Ao afirmarmos que a cultura acadêmica, por exemplo, está sendo negada aos funkeiros, devemos afirmar que a cultura funk está igualmente nos sendo negada. Por fim, numa tentativa de me retificar, gostaria de dizer que ao esclarecer que seu posicionamento intenta desestratificar as aparentes estruturas de poder exercida através da cultura, você deixa mais claro qual era sua real intenção no primeiro comentário. O esclarecimento que você agora nos dá certamente teria evitado a parte desagradável da discussão. Minha expectativa era que a matéria enviada inicialmente por Carlos Pombalini suscitasse discussões sobre o tema, e não comentários com juízos de valor depreciativos e em tom de deboche, como equivocadamente interpretei seu comentário.Peço-lhe, portanto, sinceras desculpas pelo sentimento de ofensa e pelos infelizes termos utilizados.Espero que aceite.Abraço Rafael Marin Date: Thu, 8 Nov 2012 07:31:38 -0800 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br To: anppom-l em iar.unicamp.br; cpalombini em gmail.com Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? dos bailes funk no Rio Prezados senhores da lista, A ligeireza com que tratei o assunto a que se refere o título desta mensagem facilitou julgamentos ? esses sim, ad hominem ? a minha pessoa, diretamente. Não reclamo da divergência de opiniões, mas me senti ofendido e humilhado por ser associado a uma lente de olhar ?curioso?, ?preconceituoso?, ?elitista? do senso ?comum?, ?devoto e escravo dos ditames senhoriais? e por ter minha opinião sendo classificada como irrelevante, apesar de ter merecido a atenção dos senhores a partir de julgamentos que atingem a minha pessoa e não a opinião que emito a respeito de um gênero musical. Mas não recebi nenhum argumento. Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) um gênero musical legítimo como representação das classes populares associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção de estruturas sociais desiguais e estratificadas. O segundo ponto é, no caso de se considerar o funk como manutenção de estruturas estratificadas de poder, se o olhar estrangeiro laudatório não facilitaria a celebração dessa manutenção dominante. As questões são claras, e podem ser perfeitamente discutidas sem juízo do interlocutor e a partir de uma argumentação científica. Pode ser que frequentar e fotografar bailes realmente qualifique um fotógrafo a se dizer conhecedor ?por dentro e de perto?, como afirma o sr. Rafael Marin. Mas trabalhar em projetos sociais ? como é o meu caso ? talvez também ajude a alimentar um olhar mais aproximado sobre a representatividade que os moradores de comunidades de periferia efetivamente conferem a esse gênero musical. Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação cultural de ?elite?. Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse preconceito, provavelmente, está na cabeça de quem leu. A defesa que faço - em minha vida privada e acadêmica - da política das cotas, por exemplo, leva em conta exatamente a intenção de desestratificar essas estruturas de poder exercido através da cultura. A meu ver, a apologia da cultura das classes subjugadas tem esse efeito ambíguo: por um lado celebra a vida cultural de uma comunidade, mas por outro, oculta a negação do livre acesso de outras expressões culturais a uma parcela desfavorecida da população num movimento de dominação implícita. Isso não é fruto de uma pesquisa científica, mas uma opinião (embasada) a que tenho direito, com toda a probabilidade de ser refutada por convencimento da parte de pesquisadores comprometidos com a questão. O que eu não gostaria é de me ver enredado em ofensas pessoais por defender tal opinião, mesmo que tenha que discutir e reconhecer o erro de meu ponto de vista. Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez (http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade de ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de periferia (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). Não sei se Ferrez concordaria com minha mensagem, mas com certeza discutiria a questão em outros termos. Sou levado a pensar que talvez ele discutisse a questão e não a minha pessoa. E talvez, mesmo que concordasse comigo do ponto de vista da crítica, apreciaria a qualidade artística das fotos, como eu também apreciei. No entanto, o sr Carlos Palombini e o sr. Rafael Marin responderam como se se quisessem pareceristas de um artigo acadêmico ao que deveria ter sido a expressão livre de uma opinião. Ou seja, cientificizaram o rechaçamento de minha pessoa, de minha capacidade de raciocínio (?O restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui?), rejeitaram minha experiência possível e subestimaram minha capacidade de compreender argumentos contrários que, acredito sinceramente, os senhores são perfeitamente capazes de proferir. Nesses ?pareceres?, um verniz cientificista deslocado trouxe a luz uma leitura rasa que atribui à minha pessoa posições que absolutamente não defendo, além de me acusarem de ignorante sem sequer conhecer a experiência que tenho como professor de projetos sociais. Nenhum dos dois me conhece pessoalmente para justificar o seu juízo. Pergunto aos senhores onde está o argumento ad hominem na minha mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao fenômeno social que observa. Nas respostas, entretanto, faculdades cognitivas foram mencionadas. Fui acusado, além de elitista e ignorante, também de falacioso no ?abraço? com que sempre assino minhas mensagens escritas a comunidade acadêmica de que faço parte, que amo e defendo, mesmo discordando, exercendo minha liberdade de expressão e confiança de que minhas opiniões possam ser acolhidas, compreendidas e refutadas sempre que necessário. Se falei uma imensa bobagem, peço sinceras desculpas e me disponho a pesquisar melhor os dados. Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e estou realmente aberto a argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que haja discussão dos pontos levantados. Mas eu, sinceramente, esperava uma reação melhor dos senhores. Grato pela atenção, Um abraço a quem aceitar. Luciano Morais --- Em ter, 6/11/12, Carlos Palombini escreveu: De: Carlos Palombini Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? dos bailes funk no Rio Para: anppom-l em iar.unicamp.br Data: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012, 14:41 Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao argumentum ad hominem, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por falaciosos. cp Mensagem de Rafael Marin: Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso.Rafael Marin 2012/11/6 Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a pujança e a beleza das senzalas. Abraço, -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Nov 9 15:22:04 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 9 Nov 2012 15:22:04 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: > Acredito que a legitimidade do funk enquanto gênero musical representativo > das classes associadas só possa ser dada por aqueles que compartilham entre > si, com toda plenitude, as significações e os valores culturais e > identitários que o gênero proporciona. Sendo um estrangeiro neste universo, > talvez nem mesmo o etnógrafo mais criterioso em seu trabalho científico e > pesquisa de campo, ainda que imergido culturalmente em seus símbolos e > significações, tenha o direito de conferir tal legitimidade, embora façamos > isso o tempo todo na academia (e ainda que tal pensamento nos tire a função > e os propósitos que acreditamos cumprir dentro da universidade). > A ideia de discutir a legitimidade de uma cultura musical me parece um caso de autoritarismo levado ao absurdo. O fato de que isso se faça rotineiramente em nosso meio revela a incapacidade de conceber o próprio futuro da Universidade, para não falar do presente. Em outros termos, seu papel na manutenção da exploração de classe. > Quanto a possibilidade de o funk ser uma licença dada pela classe > dominante (uso o termo "classe dominante" por comodidade) para manutenção > de estruturas sociais desiguais e estratificadas, acredito que as > ressignificações que o gênero sofre dentro do grupo no qual está inserido > para atender, entre outras coisas, propósitos coletivos de constituição da > identidade, possui dimensões que a classe dominante nem sequer imagina. > Como disse acima, tais significados dificilmente são capturados até mesmo > por nós pesquisadores, pois mesmo inseridos no universo que pretendemos > estudar estamos sendo mediados o tempo todo pela linguagem, pela > subjetividade de nossos informantes, pelos conflitos entre valores > culturais distintos etc., que dirá a classe dominante. > Ressignificação e intertertualidade são de fato palavras chave na constituição da linguagem musical do funk carioca, e têm diversas origens: na tradição afro-americana do *signifyin(g)* (Henry Louis Gates, *The Signifying Monkey*, 1988); na musicalidade potencial do aparato de gravação e reprodução do som (Pierre Schaeffer, "Introduction à la musique concrète", 1950); na própria história do hip-hop, do qual o funk carioca é parte, com suas origens no dub jamaicano. Ela se expressa não apenas na música, mas também na linguagem, através de expressões como "cria", "viado", "dar o desenrole", "tô bandida!" etc. Os estereótipos sexuais da Putaria, de modo análogo, são matrizes para ressignifcações sucessivas. Por exemplo "A casa das primas", original machista, dá ensejo a "Casa dos machos", feminista, e finalmente, a uma versão gay: "A casa das tias". Sobre a apologia a certas culturas (tidas por marginalizadas), penso que > ela pode realmente ter o "efeito ambíguo" que você menciona e as > consequências que descreve, mas o tem principalmente se a posição em que > estamos é exterior a essas culturas. Digo isso pois, pensando dessa forma, > poderíamos inverter a lógica e dizer que a cultura funk igualmente nos é > negada pela mesma classe dominante. Ao negar o livre acesso a outras > expressões culturais (e é isso, acima de tudo, o que a estratificação > social proporciona), a classe dominante o nega tanto à parcela > desfavorecida da população quanto à parcela favorecida. Ao afirmarmos que a > cultura acadêmica, por exemplo, está sendo negada aos funkeiros, devemos > afirmar que a cultura funk está igualmente nos sendo negada. > Não é a cultura acadêmica que está sendo negada aos funkeiros, mas a própria educação básica, para não falar nas garantias individuais, cláusulas pétreas de nossa Constituição de 1988, aquelas mesmas que só poderiam ser modificadas ou revogadas por uma revolução, cotidiana e repetidamente desrespeitadas. O funk não está sendo negado a classe alguma: ele anda por aí, circulando onde não se quer ouvi-lo, a todo o volume. cp -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From pedrofilhoamorim em gmail.com Fri Nov 9 18:32:33 2012 From: pedrofilhoamorim em gmail.com (Pedro Filho) Date: Fri, 9 Nov 2012 18:32:33 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Gente... confesso que não tinha visto a matéria nem o site do Vincent Rosenblatt depois que li o primeiro email do Palombini. Mas depois de tanta polêmica - e algumas declarações abismáveis - resolvi dar uma olhada. Só serviu pra me apavorar com a ortodoxia, o puritanismo e a falta de tato com qualquer alteridade (o "outro", pois a gente sabe que prá maioria dos assinantes dessa lista o Funk é um "outro" quase alienígena). O pior é que, de fato: as fotos são belíssimas, a matéria é simples e inócua (quero dizer, não me soa como ofensiva a ninguém). As reações exageradas falam por si. Para além disso, as acusações de Eurocentrismo e sei lá o quê, neste caso específico, me soam bastante ingênuas. Qual é o critério para se deixar colonizar? A matriz antropofágica brasileira não garantiria anticorpos? E no mais, a visão/ação/intromissão até de um estrangeiro no Brasil vão ser agora reivindicadas? O que fez o moço Rosenblatt pra não ser tão bem aceito como um Pierre Verger, ou, mais no nosso metier, Koellreutter, ou um Smetak? Imagino mil petições de princípio, sobretudo de princípios hierárquicos de mérito, por eu ter com parado o Rosenblatt com lendas da cultura brasileira (SIC!). Reitero o acima dito: as reações exageradas falam por si. Eu não vi nada demais (no mau sentido), só um belo trabalho. Abraços a todos! Em 9 de novembro de 2012 02:35, Rafael Marin da Silva Garcia < rafaelmarin7 em hotmail.com> escreveu: > Prezado Luciano, > > Acredito que a legitimidade do funk enquanto gênero musical representativo > das classes associadas só possa ser dada por aqueles que compartilham entre > si, com toda plenitude, as significações e os valores culturais e > identitários que o gênero proporciona. Sendo um estrangeiro neste universo, > talvez nem mesmo o etnógrafo mais criterioso em seu trabalho científico e > pesquisa de campo, ainda que imergido culturalmente em seus símbolos e > significações, tenha o direito de conferir tal legitimidade, embora façamos > isso o tempo todo na academia (e ainda que tal pensamento nos tire a função > e os propósitos que acreditamos cumprir dentro da universidade). > > Quanto a possibilidade de o funk ser uma licença dada pela classe > dominante (uso o termo "classe dominante" por comodidade) para manutenção > de estruturas sociais desiguais e estratificadas, acredito que as > ressignificações que o gênero sofre dentro do grupo no qual está inserido > para atender, entre outras coisas, propósitos coletivos de constituição da > identidade, possui dimensões que a classe dominante nem sequer imagina. > Como disse acima, tais significados dificilmente são capturados até mesmo > por nós pesquisadores, pois mesmo inseridos no universo que pretendemos > estudar estamos sendo mediados o tempo todo pela linguagem, pela > subjetividade de nossos informantes, pelos conflitos entre valores > culturais distintos etc., que dirá a classe dominante. > > Sobre a apologia a certas culturas (tidas por marginalizadas), penso que > ela pode realmente ter o "efeito ambíguo" que você menciona e as > consequências que descreve, mas o tem principalmente se a posição em que > estamos é exterior a essas culturas. Digo isso pois, pensando dessa forma, > poderíamos inverter a lógica e dizer que a cultura funk igualmente nos é > negada pela mesma classe dominante. Ao negar o livre acesso a outras > expressões culturais (e é isso, acima de tudo, o que a estratificação > social proporciona), a classe dominante o nega tanto à parcela > desfavorecida da população quanto à parcela favorecida. Ao afirmarmos que a > cultura acadêmica, por exemplo, está sendo negada aos funkeiros, devemos > afirmar que a cultura funk está igualmente nos sendo negada. > > Por fim, numa tentativa de me retificar, gostaria de dizer que ao esclarecer > que seu posicionamento intenta desestratificar as aparentes estruturas de > poder exercida através da cultura, você deixa mais claro qual era sua real > intenção no primeiro comentário. O esclarecimento que você agora nos dá > certamente teria evitado a parte desagradável da discussão. Minha > expectativa era que a matéria enviada inicialmente por Carlos Pombalini > suscitasse discussões sobre o tema, e não comentários com juízos de valor > depreciativos e em tom de deboche, como equivocadamente interpretei seu > comentário. > Peço-lhe, portanto, sinceras desculpas pelo sentimento de ofensa e pelos > infelizes termos utilizados. > Espero que aceite. > Abraço > > Rafael Marin > > > ------------------------------ > Date: Thu, 8 Nov 2012 07:31:38 -0800 > From: lucianocesar78 em yahoo.com.br > To: anppom-l em iar.unicamp.br; cpalombini em gmail.com > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? > dos bailes funk no Rio > > > Prezados senhores da lista, > > > A ligeireza com que tratei o assunto a que se refere o título desta > mensagem facilitou julgamentos ? esses sim, *ad hominem ? *a minha > pessoa, diretamente. Não reclamo da divergência de opiniões, mas me senti > ofendido e humilhado por ser associado a uma lente de olhar ?curioso?, > ?preconceituoso?, ?elitista? do senso ?comum?, ?devoto e escravo dos > ditames senhoriais? e por ter minha opinião sendo classificada como > irrelevante, apesar de ter merecido a atenção dos senhores a partir de > julgamentos que atingem a minha pessoa e não a opinião que emito a respeito > de um gênero musical. Mas não recebi nenhum argumento. > > Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até > irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se > o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) > um gênero musical legítimo como representação das classes populares > associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção > de estruturas sociais desiguais e estratificadas. O segundo ponto é, no > caso de se considerar o funk como manutenção de estruturas estratificadas > de poder, se o olhar estrangeiro laudatório não facilitaria a celebração > dessa manutenção dominante. As questões são claras, e podem ser > perfeitamente discutidas sem juízo do interlocutor e a partir de uma > argumentação científica. Pode ser que frequentar e fotografar bailes > realmente qualifique um fotógrafo a se dizer conhecedor ?por dentro e de > perto?, como afirma o sr. Rafael Marin. Mas trabalhar em projetos sociais ? > como é o meu caso ? talvez também ajude a alimentar um olhar mais > aproximado sobre a representatividade que os moradores de comunidades de > periferia efetivamente conferem a esse gênero musical. > > Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos > (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, > uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque > não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação > cultural de ?elite?. Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse > preconceito, provavelmente, está na cabeça de quem leu. A defesa que faço - > em minha vida privada e acadêmica - da política das cotas, por exemplo, > leva em conta exatamente a intenção de desestratificar essas estruturas de > poder exercido através da cultura. A meu ver, a apologia da cultura das > classes subjugadas tem esse efeito ambíguo: por um lado celebra a vida > cultural de uma comunidade, mas por outro, oculta a negação do livre acesso > de outras expressões culturais a uma parcela desfavorecida da população num > movimento de dominação implícita. > > Isso não é fruto de uma pesquisa científica, mas uma opinião (embasada) a > que tenho direito, com toda a probabilidade de ser refutada por > convencimento da parte de pesquisadores comprometidos com a questão. O que > eu não gostaria é de me ver enredado em ofensas pessoais por defender tal > opinião, mesmo que tenha que discutir e reconhecer o erro de meu ponto de > vista. > > Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras > experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez ( > http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade de > ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de periferia > (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). Não sei se > Ferrez concordaria com minha mensagem, mas com certeza discutiria a questão > em outros termos. Sou levado a pensar que talvez ele discutisse a questão e > não a minha pessoa. E talvez, mesmo que concordasse comigo do ponto de > vista da crítica, apreciaria a qualidade artística das fotos, como eu > também apreciei. > > No entanto, o sr Carlos Palombini e o sr. Rafael Marin responderam como se > se quisessem pareceristas de um artigo acadêmico ao que deveria ter sido a > expressão livre de uma opinião. Ou seja, cientificizaram o rechaçamento de > minha pessoa, de minha capacidade de raciocínio (?O restante do raciocínio, > se é correto empregar este termo aqui?), rejeitaram minha experiência > possível e subestimaram minha capacidade de compreender argumentos > contrários que, acredito sinceramente, os senhores são perfeitamente > capazes de proferir. Nesses ?pareceres?, um verniz cientificista deslocado > trouxe a luz uma leitura rasa que atribui à minha pessoa posições que > absolutamente não defendo, além de me acusarem de ignorante sem sequer > conhecer a experiência que tenho como professor de projetos sociais. Nenhum > dos dois me conhece pessoalmente para justificar o seu juízo. > > Pergunto aos senhores onde está o argumento *ad hominem *na minha > mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha > primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente > deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para > mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao > fenômeno social que observa. Nas respostas, entretanto, faculdades > cognitivas foram mencionadas. Fui acusado, além de elitista e ignorante, > também de falacioso no ?abraço? com que sempre assino minhas mensagens > escritas a comunidade acadêmica de que faço parte, que amo e defendo, mesmo > discordando, exercendo minha liberdade de expressão e confiança de que > minhas opiniões possam ser acolhidas, compreendidas e refutadas sempre que > necessário. > > Se falei uma imensa bobagem, peço sinceras desculpas e me disponho a > pesquisar melhor os dados. Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e > estou realmente aberto a argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que > haja discussão dos pontos levantados. Mas eu, sinceramente, esperava uma > reação melhor dos senhores. > > > > Grato pela atenção, > > Um abraço a quem aceitar. > Luciano Morais > > > > > --- Em *ter, 6/11/12, Carlos Palombini * escreveu: > > > De: Carlos Palombini > Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? > dos bailes funk no Rio > Para: anppom-l em iar.unicamp.br > Data: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012, 14:41 > > Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao *argumentum > ad hominem*, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se > de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O > restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é > tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência > reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, > ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por > falaciosos. > > cp > > Mensagem de Rafael Marin: > > Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de > perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que > deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas > etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do > funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, > lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de > longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de > um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se > proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que > distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do > não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre > ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso. > Rafael Marin > > > > 2012/11/6 > > > Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: > alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma > insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o > o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a > apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a > pujança e a beleza das senzalas. > Abraço, > > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es > ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- Pedro Filho Amorim http://soundcloud.com/peofilho http://www.myspace.com/pedrofilho http://peofilho.wordpress.com/ (31)7502-3005 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From miriamcarpinetti em yahoo.com.br Sat Nov 10 08:28:22 2012 From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br (miriam carpinetti) Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=22Historiador=3F_S=F3_com_diploma?= =?iso-8859-1?q?=22_de_Fernando_Rodrigues?= Message-ID: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> alerta aos musicólogos brasileiros http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mbl em uol.com.br Sat Nov 10 11:16:52 2012 From: mbl em uol.com.br (Marcos Branda Lacerda) Date: Sat, 10 Nov 2012 11:16:52 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?Rm90w7NncmFmbyBmcmFuY8OqcyB0cmHDp2EgYSA=?= =?utf-8?q?=E2=80=98geografia_noturna=E2=80=99_dos_bailes_funk_no_R?= =?utf-8?q?io?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> <1F3FEC2F-0081-4D83-A8DA-EB9D4C3AE524@gmail.com> Message-ID: <509e53c48469_37544dd893029e@a4-weasel2.tmail> Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sat Nov 10 13:47:37 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sat, 10 Nov 2012 13:47:37 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: <509e53c48469_37544dd893029e@a4-weasel2.tmail> References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> <1F3FEC2F-0081-4D83-A8DA-EB9D4C3AE524@gmail.com> <509e53c48469_37544dd893029e@a4-weasel2.tmail> Message-ID: Mas Marcos,! os acadêmicos são os culpados. Chavões mal-analisados reaparecem e pululam no seu discurso, como pulgas. São parasitas do seu pensamento e eles nem se dão conta. Que posso fazer? Creio que a autocrítica irá nos salvar enquanto classe do risco de nossas ações e esforços serem completamente inócuos. Sim, talvez meu discurso soe maoísta. Não é: acabo de ler esta entrevista aqui: http://acertodecontas.blog.br/atualidades/entrevista-com-o-lider-do-pcc-marcola/ abraço saudoso, Marcos! Ale Em 10 de novembro de 2012 11:16, Marcos Branda Lacerda escreveu: > Ê, dr. Alê, > > Não acho correto atribuir aos "acadêmicos" os tais chavões. Eles estão > por aí, à procura de quem os quer e precisa usar, tipo produtores, > personalidades midiáticas (como jornalistas), empresários, donas de casa, > ferreiros, marceneiros, gregos, cipriotas, tecnólogos, cineastas etc etc... > Abraço, > Marcos > > ------------------------------ > Em 09/11/2012 10:57, *Ale Fenerich < fenerich em gmail.com >* escreveu: > > Me impressiona o fato de doutores em música não conseguirem ter um olhar > minimamente isento de seu preconceito de classe diante das imagens > apresentadas por Palombini, no site de Vincent Rosenblatt. O patético é que > esse preconceito vem revestido de um discurso de esquerda dos anos 60, que > só acentua o lugar de onde esses senhores falam. > > O fotógrafo em questão realizou um trabalho de pesquisa guiado por uma > expressão musical - o Funk no Rio de Janeiro. Este trabalho, pela extensão > temporal e espacial, pela qualidade técnica (pois as imagens são > impecáveis) e pela sua aguda inserção nas comunidades dificilmente é > igualado por outros trabalhos realizados no âmbito acadêmico. Entretanto, > só escutamos: alegoria de turismo sexual, dominação estrangeira, > imperialismo, "não existe pecado ao sul do equador", música estrangeira... > - ou seja, uma série de chavões acadêmicos. Me desculpem, mas isso tudo é > muito pobre enquanto crítica. O trabalho de Vincent merece uma maior > qualidade crítica. > > > > Em 8 de novembro de 2012 16:45, Carlos Palombini > > escreveu: > >> Silvio >> >> Conheço Vincent pessoalmente. Ele é meu amigo e sei perfeitamente de que >> ponto de vista ele se coloca em relação ao que retrata. Creio que vc >> deveria se ater a discutir objetos dos quais tem conhecimento, para evitar >> expor-se ao ridículo. >> >> cp >> >> 2012/11/8 silvio ferraz >> > >> >>> caros??? >>> >>> desculpe-nos carlos??? mas uma hora a coisa passa da conta??? e o limite >>> entre dogma e temática de estudo passa a não ser tão tênue e assim. >>> a matéria enviada ha uns dias é tão tosca qto a posição dos senhores >>> coronéis da PM paulistana. >>> o olhar estrangeiro é mais que alegoria, é fato histórico não superado, >>> daí o resultado: >>> aquela matéria é eurocentrista, bem ao estilo "não existe pecado ao sul >>> do equador"??? aquele besteirol que vem se desenrolando desde as épocas do >>> descobrimento??? bem ao estilo: >>> "le brésil c'est cool" >>> "oh là là, il manque des fête punk au brésil a cause des UPPs??? tu >>> c'est qu'est-ce-que une UPP? ??? ah! ce sont des choses que sont >>> réguliÃ?res en france??? mais au brésil..." >>> >>> desculpem-me mas o artigo não passa de manifestação de turismo sexual >>> barato??? de um cara que é dono de agencia de fotografia e que deve de >>> encher o rabo vendendo rabo fotografado???. >>> ou de um fulano que realmente está por aqui mais é pra traçar do que >>> realmente pra contribuir em alguma coisa. >>> >>> abs >>> silvio >>> >>> On Nov 8, 2012, at 1:31 PM, luciano cesar wrote: >>> >>> Prezados senhores da lista, >>> >>> >>> >>> A ligeireza com que tratei o assunto a que se refere o título desta >>> mensagem facilitou julgamentos ? esses sim, *ad hominem ? *a minha >>> pessoa, diretamente. Não reclamo da divergência de opiniões, mas me senti >>> ofendido e humilhado por ser associado a uma lente de olhar ?curioso?, >>> ?preconceituoso?, ?elitista? do senso ?comum?, ?devoto e escravo dos >>> ditames senhoriais? e por ter minha opinião sendo classificada como >>> irrelevante, apesar de ter merecido a atenção dos senhores a partir de >>> julgamentos que atingem a minha pessoa e não a opinião que emito a respeito >>> de um gênero musical. Mas não recebi nenhum argumento. >>> >>> Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até >>> irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se >>> o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) >>> um gênero musical legítimo como representação das classes populares >>> associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção >>> de estruturas sociais desiguais e estratificadas. O segundo ponto é, no >>> caso de se considerar o funk como manutenção de estruturas estratificadas >>> de poder, se o olhar estrangeiro laudatório não facilitaria a celebração >>> dessa manutenção dominante. As questões são claras, e podem ser >>> perfeitamente discutidas sem juízo do interlocutor e a partir de uma >>> argumentação científica. Pode ser que frequentar e fotografar bailes >>> realmente qualifique um fotógrafo a se dizer conhecedor ?por dentro e de >>> perto?, como afirma o sr. Rafael M arin. Mas trabalhar em projetos sociais >>> ? como é o meu caso ? talvez também ajude a alimentar um olhar mais >>> aproximado sobre a representatividade que os moradores de comunidades de >>> periferia efetivamente conferem a esse gênero musical. >>> >>> Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos >>> (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, >>> uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque >>> não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação >>> cultural de ?elite?. Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse >>> preconceito, provavelmente, está na cabeça de quem leu. A defesa que faço - >>> em minha vida privada e acadêmica - da política das cotas, por exemplo, >>> leva em conta exatamente a intenção de desestratificar essas estruturas de >>> poder exercido através da cultura. A meu ver, a apologia da cultura das >>> classes subjugadas tem esse efeito ambíguo: por um lado celebra a vida >>> cultural de uma comunidade, mas por outro, oculta a negação do livre acesso >>> de outras expressões culturais a uma parcela desfavorecida da população num >>> movimento de dominaçà £o implícita. >>> >>> Isso não é fruto de uma pesquisa científica, mas uma opinião (embasada) >>> a que tenho direito, com toda a probabilidade de ser refutada por >>> convencimento da parte de pesquisadores comprometidos com a questão. O que >>> eu não gostaria é de me ver enredado em ofensas pessoais por defender tal >>> opinião, mesmo que tenha que discutir e reconhecer o erro de meu ponto de >>> vista. >>> >>> Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras >>> experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez ( >>> http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade >>> de ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de >>> periferia (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). >>> Não sei se Ferrez concordaria com minha mensagem, mas com certeza >>> discutiria a questão em outros termos. Sou levado a pensar que talvez ele >>> discutisse a questão e não a minha pessoa. E talvez, mesmo que concordasse >>> comigo do ponto de vista da crítica, apreciaria a qualidade artística das >>> fotos, como eu também apreciei. >>> >>> No entanto, o sr Carlos Palombini e o sr. Rafael Marin responderam como >>> se se quisessem pareceristas de um artigo acadêmico ao que deveria ter sido >>> a expressão livre de uma opinião. Ou seja, cientificizaram o rechaçamento >>> de minha pessoa, de minha capacidade de raciocínio (?O restante do >>> raciocínio, se é correto empregar este termo aqui?), rejeitaram minha >>> experiência possível e subestimaram minha capacidade de compreender >>> argumentos contrários que, acredito sinceramente, os senhores são >>> perfeitamente capazes de proferir. Nesses ?pareceres?, um verniz >>> cientificista deslocado trouxe a luz uma leitura rasa que atribui à minha >>> pessoa posições que absolutamente não defendo, além de me acusarem de >>> ignorante sem sequer conhecer a experiência que tenho como professor de >>> projetos sociais. Nenhum dos dois me conhece pessoalmente para justificar o >>> seu juízo. >>> >>> Pergunto aos senhores onde está o argumento *ad hominem *na minha >>> mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha >>> primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente >>> deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para >>> mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao >>> fenÃ?meno social que observa. Nas respostas, entretanto, faculdades >>> cognitivas foram mencionadas. Fui acusado, além de elitista e ignorante, >>> também de falacioso no ?abraço? com que sempre assino minhas mensagens >>> escritas a comunidade acadêmica de que faço parte, que amo e defendo, mesmo >>> discordando, exercendo minha liberdade de expressão e confiança de que >>> minhas opiniões possam ser acolhidas, compreendidas e refutadas sempre que >>> necessário. >>> >>> Se falei uma imensa bobagem, peço sinceras desculpas e me disponho a >>> pesquisar melhor os dados. Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e >>> estou realmente aberto a argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que >>> haja discussão dos pontos levantados. Mas eu, sinceramente, esperava uma >>> reação melhor dos senhores. >>> >>> >>> Grato pela atenção, >>> >>> Um abraço a quem aceitar. >>> Luciano Morais >>> >>> >>> >>> >>> --- Em *ter, 6/11/12, Carlos Palombini >>> >* escreveu: >>> >>> >>> De: Carlos Palombini >>> > >>> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia >>> noturna? dos bailes funk no Rio >>> Para: anppom-l em iar.unicamp.br >>> Data: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012, 14:41 >>> >>> Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao *argumentum >>> ad hominem*, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se >>> de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O >>> restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é >>> tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência >>> reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, >>> ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por >>> falaciosos. >>> >>> cp >>> >>> Mensagem de Rafael Marin: >>> >>> Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de >>> perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que >>> deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas >>> etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do >>> funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, >>> lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de >>> longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de >>> um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se >>> proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que >>> distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do >>> não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre >>> ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso. >>> Rafael Marin >>> >>> >>> >>> 2012/11/6 >>> >>> Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: >>> alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma >>> insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o >>> o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a >>> apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a >>> pujança e a beleza das senzalas. >>> Abraço, >>> >>> >>> >>> -----Anexo incorporado----- >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >> >> >> -- >> carlos palombini >> www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.ufjf.br/tecartes/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sat Nov 10 14:26:27 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sat, 10 Nov 2012 14:26:27 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Fwd=3A_Concurso_publico_na_=E1rea_d?= =?iso-8859-1?q?e_flauta_transversal_na_UFJF?= In-Reply-To: References: Message-ID: ---------- Forwarded message ---------- From: Ale Fenerich Date: 2012/11/8 Subject: Concurso publico na área de flauta transversal na UFJF To: ANPPOM Boa noite! Gostaria de divulgar um concurso público para vaga de 40 DE, nível assistente 1 (titulação: mestrado) na UFJF, área de conhecimento: flauta transversal - na UFJF. inscrições de 9 a 26/11 mais informações no edital em anexo. Obrigado! -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Edital-51-JF-Concursos-nº-44-a-114-cronograma-57.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 387195 bytes Descrição: não disponível URL: From gfmoreira em ymail.com Sat Nov 10 14:42:39 2012 From: gfmoreira em ymail.com (Gabriel Moreira) Date: Sat, 10 Nov 2012 14:42:39 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Não me disponho a ler todos os comentários, li alguns... mas a assinatura do prof. Palombini é testemunhada por mim nesse momento; vizinhos que ouvem proibidão a todo volume. Dou-me o direito de cidadão de achar desrespeitoso tanto o volume assassino no que o escutam, quanto o conteúdo das letras, inclusive uma delas cantada por crianças de no máximo 10 anos, mandando chupar isso, chamando sicrano de filho da puta, evocando caralhos, enfim. Não hão de se escandalizar com a literalidade dos meus comentários, assim como não o fazem com a música que os emoldura na sua discursividade. Boa tarde. Gabriel Ferrão Moreira * * *Portal Sunrays Music * Em 9 de novembro de 2012 18:32, Pedro Filho escreveu: > Gente... > > confesso que não tinha visto a matéria nem o site do Vincent Rosenblatt > depois que li o primeiro email do Palombini. Mas depois de tanta polêmica - > e algumas declarações abismáveis - resolvi dar uma olhada. Só serviu pra me > apavorar com a ortodoxia, o puritanismo e a falta de tato com qualquer > alteridade (o "outro", pois a gente sabe que prá maioria dos assinantes > dessa lista o Funk é um "outro" quase alienígena). O pior é que, de fato: > as fotos são belíssimas, a matéria é simples e inócua (quero dizer, não me > soa como ofensiva a ninguém). > > As reações exageradas falam por si. > > Para além disso, as acusações de Eurocentrismo e sei lá o quê, neste caso > específico, me soam bastante ingênuas. Qual é o critério para se deixar > colonizar? A matriz antropofágica brasileira não garantiria anticorpos? > E no mais, a visão/ação/intromissão até de um estrangeiro no Brasil vão > ser agora reivindicadas? O que fez o moço Rosenblatt pra não ser tão bem > aceito como um Pierre Verger, ou, mais no nosso metier, Koellreutter, ou um > Smetak? > > Imagino mil petições de princípio, sobretudo de princípios hierárquicos de > mérito, por eu ter com parado o Rosenblatt com lendas da cultura brasileira > (SIC!). Reitero o acima dito: as reações exageradas falam por si. > > Eu não vi nada demais (no mau sentido), só um belo trabalho. > > Abraços a todos! > > Em 9 de novembro de 2012 02:35, Rafael Marin da Silva Garcia < > rafaelmarin7 em hotmail.com> escreveu: > >> Prezado Luciano, >> >> Acredito que a legitimidade do funk enquanto gênero musical >> representativo das classes associadas só possa ser dada por aqueles que >> compartilham entre si, com toda plenitude, as significações e os valores >> culturais e identitários que o gênero proporciona. Sendo um estrangeiro >> neste universo, talvez nem mesmo o etnógrafo mais criterioso em seu >> trabalho científico e pesquisa de campo, ainda que imergido >> culturalmente em seus símbolos e significações, tenha o direito de conferir >> tal legitimidade, embora façamos isso o tempo todo na academia (e ainda que >> tal pensamento nos tire a função e os propósitos que acreditamos cumprir >> dentro da universidade). >> >> Quanto a possibilidade de o funk ser uma licença dada pela classe >> dominante (uso o termo "classe dominante" por comodidade) para manutenção >> de estruturas sociais desiguais e estratificadas, acredito que as >> ressignificações que o gênero sofre dentro do grupo no qual está inserido >> para atender, entre outras coisas, propósitos coletivos de constituição da >> identidade, possui dimensões que a classe dominante nem sequer imagina. >> Como disse acima, tais significados dificilmente são capturados até mesmo >> por nós pesquisadores, pois mesmo inseridos no universo que pretendemos >> estudar estamos sendo mediados o tempo todo pela linguagem, pela >> subjetividade de nossos informantes, pelos conflitos entre valores >> culturais distintos etc., que dirá a classe dominante. >> >> Sobre a apologia a certas culturas (tidas por marginalizadas), penso que >> ela pode realmente ter o "efeito ambíguo" que você menciona e as >> consequências que descreve, mas o tem principalmente se a posição em que >> estamos é exterior a essas culturas. Digo isso pois, pensando dessa forma, >> poderíamos inverter a lógica e dizer que a cultura funk igualmente nos é >> negada pela mesma classe dominante. Ao negar o livre acesso a outras >> expressões culturais (e é isso, acima de tudo, o que a estratificação >> social proporciona), a classe dominante o nega tanto à parcela >> desfavorecida da população quanto à parcela favorecida. Ao afirmarmos que a >> cultura acadêmica, por exemplo, está sendo negada aos funkeiros, devemos >> afirmar que a cultura funk está igualmente nos sendo negada. >> >> Por fim, numa tentativa de me retificar, gostaria de dizer que ao esclarecer >> que seu posicionamento intenta desestratificar as aparentes estruturas de >> poder exercida através da cultura, você deixa mais claro qual era sua real >> intenção no primeiro comentário. O esclarecimento que você agora nos dá >> certamente teria evitado a parte desagradável da discussão. Minha >> expectativa era que a matéria enviada inicialmente por Carlos Pombalini >> suscitasse discussões sobre o tema, e não comentários com juízos de valor >> depreciativos e em tom de deboche, como equivocadamente interpretei seu >> comentário. >> Peço-lhe, portanto, sinceras desculpas pelo sentimento de ofensa e pelos >> infelizes termos utilizados. >> Espero que aceite. >> Abraço >> >> Rafael Marin >> >> >> ------------------------------ >> Date: Thu, 8 Nov 2012 07:31:38 -0800 >> From: lucianocesar78 em yahoo.com.br >> To: anppom-l em iar.unicamp.br; cpalombini em gmail.com >> Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? >> dos bailes funk no Rio >> >> >> Prezados senhores da lista, >> >> >> A ligeireza com que tratei o assunto a que se refere o título desta >> mensagem facilitou julgamentos ? esses sim, *ad hominem ? *a minha >> pessoa, diretamente. Não reclamo da divergência de opiniões, mas me senti >> ofendido e humilhado por ser associado a uma lente de olhar ?curioso?, >> ?preconceituoso?, ?elitista? do senso ?comum?, ?devoto e escravo dos >> ditames senhoriais? e por ter minha opinião sendo classificada como >> irrelevante, apesar de ter merecido a atenção dos senhores a partir de >> julgamentos que atingem a minha pessoa e não a opinião que emito a respeito >> de um gênero musical. Mas não recebi nenhum argumento. >> >> Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até >> irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se >> o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) >> um gênero musical legítimo como representação das classes populares >> associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção >> de estruturas sociais desiguais e estratificadas. O segundo ponto é, no >> caso de se considerar o funk como manutenção de estruturas estratificadas >> de poder, se o olhar estrangeiro laudatório não facilitaria a celebração >> dessa manutenção dominante. As questões são claras, e podem ser >> perfeitamente discutidas sem juízo do interlocutor e a partir de uma >> argumentação científica. Pode ser que frequentar e fotografar bailes >> realmente qualifique um fotógrafo a se dizer conhecedor ?por dentro e de >> perto?, como afirma o sr. Rafael Marin. Mas trabalhar em projetos sociais ? >> como é o meu caso ? talvez também ajude a alimentar um olhar mais >> aproximado sobre a representatividade que os moradores de comunidades de >> periferia efetivamente conferem a esse gênero musical. >> >> Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos >> (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, >> uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque >> não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação >> cultural de ?elite?. Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse >> preconceito, provavelmente, está na cabeça de quem leu. A defesa que faço - >> em minha vida privada e acadêmica - da política das cotas, por exemplo, >> leva em conta exatamente a intenção de desestratificar essas estruturas de >> poder exercido através da cultura. A meu ver, a apologia da cultura das >> classes subjugadas tem esse efeito ambíguo: por um lado celebra a vida >> cultural de uma comunidade, mas por outro, oculta a negação do livre acesso >> de outras expressões culturais a uma parcela desfavorecida da população num >> movimento de dominação implícita. >> >> Isso não é fruto de uma pesquisa científica, mas uma opinião (embasada) a >> que tenho direito, com toda a probabilidade de ser refutada por >> convencimento da parte de pesquisadores comprometidos com a questão. O que >> eu não gostaria é de me ver enredado em ofensas pessoais por defender tal >> opinião, mesmo que tenha que discutir e reconhecer o erro de meu ponto de >> vista. >> >> Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras >> experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez ( >> http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade de >> ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de periferia >> (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). Não sei se >> Ferrez concordaria com minha mensagem, mas com certeza discutiria a questão >> em outros termos. Sou levado a pensar que talvez ele discutisse a questão e >> não a minha pessoa. E talvez, mesmo que concordasse comigo do ponto de >> vista da crítica, apreciaria a qualidade artística das fotos, como eu >> também apreciei. >> >> No entanto, o sr Carlos Palombini e o sr. Rafael Marin responderam como >> se se quisessem pareceristas de um artigo acadêmico ao que deveria ter sido >> a expressão livre de uma opinião. Ou seja, cientificizaram o rechaçamento >> de minha pessoa, de minha capacidade de raciocínio (?O restante do >> raciocínio, se é correto empregar este termo aqui?), rejeitaram minha >> experiência possível e subestimaram minha capacidade de compreender >> argumentos contrários que, acredito sinceramente, os senhores são >> perfeitamente capazes de proferir. Nesses ?pareceres?, um verniz >> cientificista deslocado trouxe a luz uma leitura rasa que atribui à minha >> pessoa posições que absolutamente não defendo, além de me acusarem de >> ignorante sem sequer conhecer a experiência que tenho como professor de >> projetos sociais. Nenhum dos dois me conhece pessoalmente para justificar o >> seu juízo. >> >> Pergunto aos senhores onde está o argumento *ad hominem *na minha >> mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha >> primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente >> deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para >> mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao >> fenômeno social que observa. Nas respostas, entretanto, faculdades >> cognitivas foram mencionadas. Fui acusado, além de elitista e ignorante, >> também de falacioso no ?abraço? com que sempre assino minhas mensagens >> escritas a comunidade acadêmica de que faço parte, que amo e defendo, mesmo >> discordando, exercendo minha liberdade de expressão e confiança de que >> minhas opiniões possam ser acolhidas, compreendidas e refutadas sempre que >> necessário. >> >> Se falei uma imensa bobagem, peço sinceras desculpas e me disponho a >> pesquisar melhor os dados. Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e >> estou realmente aberto a argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que >> haja discussão dos pontos levantados. Mas eu, sinceramente, esperava uma >> reação melhor dos senhores. >> >> >> >> Grato pela atenção, >> >> Um abraço a quem aceitar. >> Luciano Morais >> >> >> >> >> --- Em *ter, 6/11/12, Carlos Palombini * escreveu: >> >> >> De: Carlos Palombini >> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia noturna? >> dos bailes funk no Rio >> Para: anppom-l em iar.unicamp.br >> Data: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012, 14:41 >> >> Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao *argumentum >> ad hominem*, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se >> de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O >> restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é >> tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência >> reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, >> ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por >> falaciosos. >> >> cp >> >> Mensagem de Rafael Marin: >> >> Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de >> perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que >> deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas >> etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do >> funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, >> lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de >> longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de >> um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se >> proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que >> distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do >> não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre >> ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso. >> Rafael Marin >> >> >> >> 2012/11/6 > >> >> Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: >> alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma >> insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o >> o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a >> apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a >> pujança e a beleza das senzalas. >> Abraço, >> >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ Lista de discuss?es >> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > Pedro Filho Amorim > > http://soundcloud.com/peofilho > http://www.myspace.com/pedrofilho > http://peofilho.wordpress.com/ > (31)7502-3005 > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From m_swolff em hotmail.com Sat Nov 10 15:48:08 2012 From: m_swolff em hotmail.com (Marcus S. Wolff) Date: Sat, 10 Nov 2012 17:48:08 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?=22Historiador=3F_S=C3=B3_com_diploma=22?= =?utf-8?q?_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Prezada Miriam e colegas,li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. Cordialmente,Marcus. Marcus S. Wolff Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br To: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues alerta aos musicólogos brasileiroshttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mbl em uol.com.br Sat Nov 10 15:50:07 2012 From: mbl em uol.com.br (Marcos Branda Lacerda) Date: Sat, 10 Nov 2012 15:50:07 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?Rm90w7NncmFmbyBmcmFuY8OqcyB0cmHDp2EgYSA=?= =?utf-8?q?=E2=80=98geografia_noturna=E2=80=99_dos_bailes_funk_no_R?= =?utf-8?q?io?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> <1F3FEC2F-0081-4D83-A8DA-EB9D4C3AE524@gmail.com> <509e53c48469_37544dd893029e@a4-weasel2.tmail> Message-ID: <509e93cf2e81d_64c7bdc313c156b@a4-weasel19.tmail> Um anexo em HTML foi limpo... URL: From paulinyi em yahoo.com Sat Nov 10 21:38:47 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Sat, 10 Nov 2012 15:38:47 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] Fw: CFP: Sixth Annual SMI Postgraduate Students' Conference In-Reply-To: References: Message-ID: <1352590727.95622.YahooMailNeo@web110511.mail.gq1.yahoo.com> Call For Papers: the Sixth Annual SMI Postgraduate Students? Conference   The Sixth Annual SMI Postgraduate Students' Conference will be hosted by the School of Music, University College Dublin, Friday 25 - Saturday 26 January 2013.   The conference committee invites proposals from potential contributors in all areas of musicological study for individual papers and lecture recitals. Each individual paper should be 20 minutes long, followed by 10 minutes' discussion. Proposals for individual papers/lecture recitals should be submitted in the form of an abstract of c. 250 words. In addition, all proposals should include: ·  Full title of each paper ·  The full name, contact details and institutional affiliation of each participant ·  Short curriculum vitae for all proposed speakers (maximum 150 words per speaker) ·  A full list of audiovisual and other requirements (data projector, CD/DVD player, VHS player, OHP, piano, etc.)   The deadline for receipt of proposals/abstracts is Monday 3 December 2012.   Proposals should be sent as e-mail attachments (.doc or .dox or .pdf) to smipostgrad2013 em gmail.com   The conference programme will be announced in January 2012.   Please direct any queries to smipostgrad2013 em gmail.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sun Nov 11 00:50:42 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sun, 11 Nov 2012 00:50:42 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Seremos nós moralistas do som ou estudiosos de fenômenos musicais? abraços! Em 10 de novembro de 2012 14:42, Gabriel Moreira escreveu: > Não me disponho a ler todos os comentários, li alguns... mas a assinatura > do prof. Palombini é testemunhada por mim nesse momento; vizinhos que ouvem > proibidão a todo volume. Dou-me o direito de cidadão de achar desrespeitoso > tanto o volume assassino no que o escutam, quanto o conteúdo das letras, > inclusive uma delas cantada por crianças de no máximo 10 anos, mandando > chupar isso, chamando sicrano de filho da puta, evocando caralhos, enfim. > Não hão de se escandalizar com a literalidade dos meus comentários, assim > como não o fazem com a música que os emoldura na sua discursividade. > Boa tarde. > > > Gabriel Ferrão Moreira > * > * > *Portal Sunrays Music > * > > > > Em 9 de novembro de 2012 18:32, Pedro Filho escreveu: > > Gente... >> >> confesso que não tinha visto a matéria nem o site do Vincent Rosenblatt >> depois que li o primeiro email do Palombini. Mas depois de tanta polêmica - >> e algumas declarações abismáveis - resolvi dar uma olhada. Só serviu pra me >> apavorar com a ortodoxia, o puritanismo e a falta de tato com qualquer >> alteridade (o "outro", pois a gente sabe que prá maioria dos assinantes >> dessa lista o Funk é um "outro" quase alienígena). O pior é que, de fato: >> as fotos são belíssimas, a matéria é simples e inócua (quero dizer, não me >> soa como ofensiva a ninguém). >> >> As reações exageradas falam por si. >> >> Para além disso, as acusações de Eurocentrismo e sei lá o quê, neste caso >> específico, me soam bastante ingênuas. Qual é o critério para se deixar >> colonizar? A matriz antropofágica brasileira não garantiria anticorpos? >> E no mais, a visão/ação/intromissão até de um estrangeiro no Brasil vão >> ser agora reivindicadas? O que fez o moço Rosenblatt pra não ser tão bem >> aceito como um Pierre Verger, ou, mais no nosso metier, Koellreutter, ou um >> Smetak? >> >> Imagino mil petições de princípio, sobretudo de princípios hierárquicos >> de mérito, por eu ter com parado o Rosenblatt com lendas da cultura >> brasileira (SIC!). Reitero o acima dito: as reações exageradas falam por si. >> >> Eu não vi nada demais (no mau sentido), só um belo trabalho. >> >> Abraços a todos! >> >> Em 9 de novembro de 2012 02:35, Rafael Marin da Silva Garcia < >> rafaelmarin7 em hotmail.com> escreveu: >> >>> Prezado Luciano, >>> >>> Acredito que a legitimidade do funk enquanto gênero musical >>> representativo das classes associadas só possa ser dada por aqueles que >>> compartilham entre si, com toda plenitude, as significações e os valores >>> culturais e identitários que o gênero proporciona. Sendo um estrangeiro >>> neste universo, talvez nem mesmo o etnógrafo mais criterioso em seu >>> trabalho científico e pesquisa de campo, ainda que imergido >>> culturalmente em seus símbolos e significações, tenha o direito de conferir >>> tal legitimidade, embora façamos isso o tempo todo na academia (e ainda que >>> tal pensamento nos tire a função e os propósitos que acreditamos cumprir >>> dentro da universidade). >>> >>> Quanto a possibilidade de o funk ser uma licença dada pela classe >>> dominante (uso o termo "classe dominante" por comodidade) para manutenção >>> de estruturas sociais desiguais e estratificadas, acredito que as >>> ressignificações que o gênero sofre dentro do grupo no qual está inserido >>> para atender, entre outras coisas, propósitos coletivos de constituição da >>> identidade, possui dimensões que a classe dominante nem sequer imagina. >>> Como disse acima, tais significados dificilmente são capturados até mesmo >>> por nós pesquisadores, pois mesmo inseridos no universo que pretendemos >>> estudar estamos sendo mediados o tempo todo pela linguagem, pela >>> subjetividade de nossos informantes, pelos conflitos entre valores >>> culturais distintos etc., que dirá a classe dominante. >>> >>> Sobre a apologia a certas culturas (tidas por marginalizadas), penso que >>> ela pode realmente ter o "efeito ambíguo" que você menciona e as >>> consequências que descreve, mas o tem principalmente se a posição em que >>> estamos é exterior a essas culturas. Digo isso pois, pensando dessa forma, >>> poderíamos inverter a lógica e dizer que a cultura funk igualmente nos é >>> negada pela mesma classe dominante. Ao negar o livre acesso a outras >>> expressões culturais (e é isso, acima de tudo, o que a estratificação >>> social proporciona), a classe dominante o nega tanto à parcela >>> desfavorecida da população quanto à parcela favorecida. Ao afirmarmos que a >>> cultura acadêmica, por exemplo, está sendo negada aos funkeiros, devemos >>> afirmar que a cultura funk está igualmente nos sendo negada. >>> >>> Por fim, numa tentativa de me retificar, gostaria de dizer que ao esclarecer >>> que seu posicionamento intenta desestratificar as aparentes estruturas de >>> poder exercida através da cultura, você deixa mais claro qual era sua real >>> intenção no primeiro comentário. O esclarecimento que você agora nos dá >>> certamente teria evitado a parte desagradável da discussão. Minha >>> expectativa era que a matéria enviada inicialmente por Carlos Pombalini >>> suscitasse discussões sobre o tema, e não comentários com juízos de valor >>> depreciativos e em tom de deboche, como equivocadamente interpretei seu >>> comentário. >>> Peço-lhe, portanto, sinceras desculpas pelo sentimento de ofensa e pelos >>> infelizes termos utilizados. >>> Espero que aceite. >>> Abraço >>> >>> Rafael Marin >>> >>> >>> ------------------------------ >>> Date: Thu, 8 Nov 2012 07:31:38 -0800 >>> From: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>> To: anppom-l em iar.unicamp.br; cpalombini em gmail.com >>> Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia >>> noturna? dos bailes funk no Rio >>> >>> >>> Prezados senhores da lista, >>> >>> >>> A ligeireza com que tratei o assunto a que se refere o título desta >>> mensagem facilitou julgamentos ? esses sim, *ad hominem ? *a minha >>> pessoa, diretamente. Não reclamo da divergência de opiniões, mas me senti >>> ofendido e humilhado por ser associado a uma lente de olhar ?curioso?, >>> ?preconceituoso?, ?elitista? do senso ?comum?, ?devoto e escravo dos >>> ditames senhoriais? e por ter minha opinião sendo classificada como >>> irrelevante, apesar de ter merecido a atenção dos senhores a partir de >>> julgamentos que atingem a minha pessoa e não a opinião que emito a respeito >>> de um gênero musical. Mas não recebi nenhum argumento. >>> >>> Há dois pontos que levantei em meu comentário que, pela leveza até >>> irresponsável do meu tratamento, foram ignorados. Primeiro, a questão de se >>> o funk é (entre muitas coisas diferentes que caracterizam o objeto social) >>> um gênero musical legítimo como representação das classes populares >>> associadas a ele, ou licença, dada pela classe dominante, para manutenção >>> de estruturas sociais desiguais e estratificadas. O segundo ponto é, no >>> caso de se considerar o funk como manutenção de estruturas estratificadas >>> de poder, se o olhar estrangeiro laudatório não facilitaria a celebração >>> dessa manutenção dominante. As questões são claras, e podem ser >>> perfeitamente discutidas sem juízo do interlocutor e a partir de uma >>> argumentação científica. Pode ser que frequentar e fotografar bailes >>> realmente qualifique um fotógrafo a se dizer conhecedor ?por dentro e de >>> perto?, como afirma o sr. Rafael Marin. Mas trabalhar em projetos sociais ? >>> como é o meu caso ? talvez também ajude a alimentar um olhar mais >>> aproximado sobre a representatividade que os moradores de comunidades de >>> periferia efetivamente conferem a esse gênero musical. >>> >>> Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos >>> (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, >>> uma reforçando a outra) seja a de uma ?mentalidade colonizada?, até porque >>> não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação >>> cultural de ?elite?. Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse >>> preconceito, provavelmente, está na cabeça de quem leu. A defesa que faço - >>> em minha vida privada e acadêmica - da política das cotas, por exemplo, >>> leva em conta exatamente a intenção de desestratificar essas estruturas de >>> poder exercido através da cultura. A meu ver, a apologia da cultura das >>> classes subjugadas tem esse efeito ambíguo: por um lado celebra a vida >>> cultural de uma comunidade, mas por outro, oculta a negação do livre acesso >>> de outras expressões culturais a uma parcela desfavorecida da população num >>> movimento de dominação implícita. >>> >>> Isso não é fruto de uma pesquisa científica, mas uma opinião (embasada) >>> a que tenho direito, com toda a probabilidade de ser refutada por >>> convencimento da parte de pesquisadores comprometidos com a questão. O que >>> eu não gostaria é de me ver enredado em ofensas pessoais por defender tal >>> opinião, mesmo que tenha que discutir e reconhecer o erro de meu ponto de >>> vista. >>> >>> Embaso essa discussão não só em minha opinião mas, entre outras >>> experiências, na ação pública do escritor, cantor e artista Ferrez ( >>> http://ferrez.blogspot.com.br/p/autor.html), a quem tive oportunidade >>> de ouvir renegando os bailes funk como representativos da cultura de >>> periferia (palestra dada ao programa Guri Santa Marcelina em 08/02/2012). >>> Não sei se Ferrez concordaria com minha mensagem, mas com certeza >>> discutiria a questão em outros termos. Sou levado a pensar que talvez ele >>> discutisse a questão e não a minha pessoa. E talvez, mesmo que concordasse >>> comigo do ponto de vista da crítica, apreciaria a qualidade artística das >>> fotos, como eu também apreciei. >>> >>> No entanto, o sr Carlos Palombini e o sr. Rafael Marin responderam como >>> se se quisessem pareceristas de um artigo acadêmico ao que deveria ter sido >>> a expressão livre de uma opinião. Ou seja, cientificizaram o rechaçamento >>> de minha pessoa, de minha capacidade de raciocínio (?O restante do >>> raciocínio, se é correto empregar este termo aqui?), rejeitaram minha >>> experiência possível e subestimaram minha capacidade de compreender >>> argumentos contrários que, acredito sinceramente, os senhores são >>> perfeitamente capazes de proferir. Nesses ?pareceres?, um verniz >>> cientificista deslocado trouxe a luz uma leitura rasa que atribui à minha >>> pessoa posições que absolutamente não defendo, além de me acusarem de >>> ignorante sem sequer conhecer a experiência que tenho como professor de >>> projetos sociais. Nenhum dos dois me conhece pessoalmente para justificar o >>> seu juízo. >>> >>> Pergunto aos senhores onde está o argumento *ad hominem *na minha >>> mensagem, já que não mencionei pessoas: o termo ?francês ver?, de minha >>> primeira frase, alegoriza um olhar estrangeiro, tradicionalmente >>> deslumbrável pelo exótico com que reveste o diferente, às vezes para >>> mostrar a beleza, mas às vezes para negar a injustiça social imanente ao >>> fenômeno social que observa. Nas respostas, entretanto, faculdades >>> cognitivas foram mencionadas. Fui acusado, além de elitista e ignorante, >>> também de falacioso no ?abraço? com que sempre assino minhas mensagens >>> escritas a comunidade acadêmica de que faço parte, que amo e defendo, mesmo >>> discordando, exercendo minha liberdade de expressão e confiança de que >>> minhas opiniões possam ser acolhidas, compreendidas e refutadas sempre que >>> necessário. >>> >>> Se falei uma imensa bobagem, peço sinceras desculpas e me disponho a >>> pesquisar melhor os dados. Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e >>> estou realmente aberto a argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que >>> haja discussão dos pontos levantados. Mas eu, sinceramente, esperava uma >>> reação melhor dos senhores. >>> >>> >>> >>> Grato pela atenção, >>> >>> Um abraço a quem aceitar. >>> Luciano Morais >>> >>> >>> >>> >>> --- Em *ter, 6/11/12, Carlos Palombini * escreveu: >>> >>> >>> De: Carlos Palombini >>> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a ?geografia >>> noturna? dos bailes funk no Rio >>> Para: anppom-l em iar.unicamp.br >>> Data: Terça-feira, 6 de Novembro de 2012, 14:41 >>> >>> Interessante como os ataques à matéria mostram uma forte propensão ao *argumentum >>> ad hominem*, isto é, atacam o oponente, e não seus argumentos. Trata-se >>> de uma falácia lógica ou, mais precisamente, de uma irrelevância. O >>> restante do raciocínio, se é correto empregar este termo aqui, é >>> tautológico. Não há qualquer sombra de elaboração teórica ou de experiência >>> reveladora do que quer que não seja preconceito de classe, isto é, >>> ignorância. Agradeço a gentileza dos "abraços", que não posso aceitar, por >>> falaciosos. >>> >>> cp >>> >>> Mensagem de Rafael Marin: >>> >>> Ao invés de uma celebração pela etnografia fotográfica que o olhar - de >>> perto e de dentro - de Vicent Rosenblatt nos traz (trabalho este que >>> deveria levar, em primeiro lugar, a uma discussão acerca das pesquisas >>> etnomusicológicas que têm como campo e objeto de pesquisa os espaços do >>> funk carioca e suas implicações sócio-culturais), o que tivemos foi, >>> lamentavelmente, um infeliz comentário que reflete um olhar - de fora e de >>> longe - ingênuo (cientificamente falando), preconceituoso e elitista de >>> um devoto e escravo dos ditames senhoriais que ainda insistem em se >>> proclamar, através de seus porta-vozes, detentores dos critérios que >>> distinguem o belo do não-belo, o artístico do não-artístico, o estético do >>> não-estético, quando na verdade a única distinção que fazem é entre >>> ciência e senso comum, entre pesquisador e curioso. >>> Rafael Marin >>> >>> >>> >>> 2012/11/6 > >>> >>> Cultura pra francês ver. Às "elites" interessa exatamente isso: >>> alienação, ignorância, superficialidade da classe popular. O funk não é uma >>> insurreição contra nenhuma estrutura social, pelo contrário. Até defendo o >>> o funk como expressão social e cultural de uma classe oprimida, mas a >>> apologia e a esteticização disso me parece a mesma coisa que elogiar a >>> pujança e a beleza das senzalas. >>> Abraço, >>> >>> >>> -----Anexo incorporado----- >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> ________________________________________________ Lista de discuss?es >>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> >> -- >> Pedro Filho Amorim >> >> http://soundcloud.com/peofilho >> http://www.myspace.com/pedrofilho >> http://peofilho.wordpress.com/ >> (31)7502-3005 >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sun Nov 11 00:52:24 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sun, 11 Nov 2012 00:52:24 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] postagem sobre concurso foi publicada? Message-ID: Boa noite! Enviei há dois dias uma mensagem divulgando um concurso na UFJF; gostaria de perguntar se esta foi ou não publicada. Obrigado! Atenciosamente, -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Nov 11 04:57:49 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 11 Nov 2012 04:57:49 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] a matter of taste (on elliott carter's music) In-Reply-To: References: Message-ID: Guilherme, Obrigado pelo comentário! Gosto muito da comparação e, em particular, da frase final, que coloco em itálico: For example, lots of people like spicy food, including me. But I wouldn?t > call someone misinformed for not liking spicy food, and just because that > person dislikes a particular spicy dish, doesn?t mean that it?s not > well-made. Dissonance in music is similar ? some like it mild, others want > a jar of hot sauce on hand at all times. Maybe this seems obvious, but the > difference is that dissonance still offends people in ways that spicy food > doesn?t. *No one insists that chefs should stop making spicy food, or > that spicy food has ruined gourmet cuisine forever.* > O artigo de Georgina Born que enviei há algum tempo à lista, "For a Relational Musicology: Music and Interdisciplinarity, Beyond the Practice Turn" (*Journal of the Royal Musical Association*, vol. 135, n. 2, 205-43), formula o problema em termos mais eruditos: [...] ethnomusicology has often joined musicology in contending that > research on music must be founded on aesthetic advocacy of the music to be > studied. As in musicology, this may entail a kind of entrancement by the > musical object; but it also occurs when music acts for the > ethnomusicologist as a synecdoche for a romanticized conception of the > ?people?, against any assumption of their cultural or musical inferiority. > In contrast ? and note here the tension between ethnomusicology and > anthropology ? anthropologists, despite adhering on occasion to a > similarly romanticized understanding of non-Western peoples, are commonly > *not* led to idealize their subjects since ethnographic fieldwork > invariably demands that they confront the full spectrum of human behaviour, > from the redemptive, creative and beautiful to the cruel, authoritarian and > ugly. So if aesthetic advocacy appears characteristic of the humanities (I > am always struck, for example, by the way colleagues in film studies will > study only films that they intend to valorize aesthetically or > politically), anthropology and sociology tend to start out when studying > music, art or media from a value agnosticism ? *start out* because, as is > apparent in my own work, this does not obviate a later return to questions > of value. > Abraço, Carlos 2012/11/9 Guilherme Bertissolo > Muito interessante, Palombini, > Eu concordo com quase tudo no texto e reforço que o gosto é uma > construção social, cultural e política. O que aconteceria se > colocássemos uma peça de Carter na abertura da novela das 8? > Abraços, > Guilherme > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Nov 11 05:11:30 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 11 Nov 2012 05:11:30 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] formalized music online Message-ID: Para quem procura ou procurou o livro de Iannis Xenakis, há um PDF da versão inglesa online: *Formalized Music: Thought and Mathematics in Composition*, Nova York, Pendragon, 1992, ed. rev. http://monoskop.org/images/7/74/Xenakis_Iannis_Formalized_Music_Thought_and_Mathematics_in_Composition.pdf -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From guilherme_goldberg em hotmail.com Sun Nov 11 12:15:35 2012 From: guilherme_goldberg em hotmail.com (Guilherme Goldberg) Date: Sun, 11 Nov 2012 14:15:35 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?FW=3A_Detalhes_do_Novo_Usu=C3=A1rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Caros, Acabo de receber a mensagem abaixo. Isto é sério? É para confiar?AbraçosLuiz Guilherme Goldberg > To: guilherme_goldberg em hotmail.com > Subject: Detalhes do Novo Usuário > Date: Sun, 11 Nov 2012 10:40:16 -0200 > From: atendimento em in2web.com.br > > Olá Luiz Goldberg, > > > Você foi adicionado como um usuário do ANPPOM por um administrador. > > Este e-mail cont?m o nome de usuário e senha para acessar o site http://anppom.in2web.com.br/ > > Nome de Usuário: lggoldberg > Senha: > > > Por favor, não responda esta mensagem pois foi gerada automaticamente e fim apenas informativo. > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From guilherme_goldberg em hotmail.com Sun Nov 11 15:57:36 2012 From: guilherme_goldberg em hotmail.com (Guilherme Goldberg) Date: Sun, 11 Nov 2012 17:57:36 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?FW=3A_Detalhes_do_Novo_Usu=C3=A1rio?= In-Reply-To: References: , , Message-ID: Caros todos, Recebi umas 8 mensagens informando que também receberam esse e-mail de 'Detalhe de Novo Usuário'. No entanto, enquanto não houver uma confirmação oficial da ANPPOM, manterei a desconfiança. Abraços Guilherme Caros, Acabo de receber a mensagem abaixo. Isto é sério? É para confiar? Abraços Luiz Guilherme Goldberg > To: guilherme_goldberg em hotmail.com > Subject: Detalhes do Novo Usuário > Date: Sun, 11 Nov 2012 10:40:16 -0200 > From: atendimento em in2web.com.br > > Olá Luiz Goldberg, > > > Você foi adicionado como um usuário do ANPPOM por um administrador. > > Este e-mail cont?m o nome de usuário e senha para acessar o site http://anppom.in2web.com.br/ > > Nome de Usuário: lggoldberg > Senha: > > > Por favor, não responda esta mensagem pois foi gerada automaticamente e fim apenas informativo. > ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- Pedro Filho Amorim http://soundcloud.com/peofilho http://www.myspace.com/pedrofilho http://peofilho.wordpress.com/ (31)7502-3005 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Nov 11 09:26:35 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 11 Nov 2012 09:26:35 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] postagem sobre concurso foi publicada? In-Reply-To: References: Message-ID: Chegou pra mim às 0:47 hoje, Alê, obrigado! 2012/11/11 Ale Fenerich > Boa noite! > > > Enviei há dois dias uma mensagem divulgando um concurso na UFJF; gostaria > de perguntar se esta foi ou não publicada. > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From guilhermebertissolo em gmail.com Sun Nov 11 12:48:55 2012 From: guilhermebertissolo em gmail.com (Guilherme Bertissolo) Date: Sun, 11 Nov 2012 12:48:55 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] a matter of taste (on elliott carter's music) In-Reply-To: References: Message-ID: Pois, foi isso que me chamou atenção no texto, Palombini, Justamente porque passa pela questão da "aesthetic advocacy", levantada pela Born no seu trecho. Daniel Chua (Chua, Daniel. 1999. Absolute music and the construction of meaning. Cambridge: Cambrigde University Press.) também aborda essa questão do julgamento e do gosto (até mesmo com metáforas alinhadas com o texto inicial): "One's judgement depended on which side of the *querelle* one was on: to become ancient was either to be classic or out of date; conversely, to be modern was either to be a passing fashion or to be a sign of future perfection [...]. Although taste shares the same tongue as rhetoric, its task is not to formulate opinion but to validate it. Taste is a sense that is both distinctly individual, in that it is subjective, and curiously communal, in that it is invariably right: not everyone will agree with a judgement of taste, but, as Immanuel Kant says, everyone should agree with it. The public tongue consists of individual taste buds that savour music with a kind of salival reaction that is shared by an *ideal* society. It is only by a free trafficking of individual style that the social ideal of public sphere could be reached" (p. 67-9). A querela dele aqui é entre o velho e o novo, em linhas gerais, mas pode ser vista para além disso (público e compositor, por exemplo). Sempre depende de que lado você está, não há isenção. O problema é maior do que levantado aqui e essa discussão é muito profícua e pertinente (enquanto compositor, pra mim é fundamental), embora seja saudável superarmos certas questões datadas na vanguarda da década de 1960-70. Abraço! Guilherme -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Nov 11 13:23:47 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 11 Nov 2012 13:23:47 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: <1352480462.73589.YahooMailClassic@web140802.mail.bf1.yahoo.com> References: <1352480462.73589.YahooMailClassic@web140802.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Luciano, (Não uso o "caro" porque acho que essas formalidades, significativas ou não, tendem a impregnar de cerimônia a discussão, que prefiro direta e sem perífrases). > Explique o absurdo então, quais são essas relações? Seria mais útil, ao > invés de afirmar um suposto desconhecimento que essa frase supostamente > mostra. Onde está a sua própria exigência de discutir com critérios > científicos se você mesmo simplesmente rechaça, censura e condena? Onde > está o argumento? Eu poderia discutir sua afirmação solta de que o Estado > realmente representa a classe dominante (principalmente no Brasil de alguns > anos), mas nem por isso me autorizo a desconsiderar o seu conhecimento. > Porque você se autoriza a taxar o meu de irrelevante? > > O "irrelevante" se aplicava ao argumento *ad hominem*. A consideração é absurda (hipérbole) na medida em que constitui uma generalização avassaladora, que não leva em conta os fatos e supõe que a música popular seja alienada caso não expresse o engajamento dos Chico, Milton, Caetano em suas catarses de classe (suponho, se me permite). Por outro lado, eu concordaria se você tivesse dito que determinado tipo de funk foi, até recentemente, uma licença dada no interesse da manutenção de uma expoliação. Não é possível falar aqui do funk carioca genericamente, porque mesmo no grupo social ao qual o associamos, há divergências a seu respeito. Elas vão da rejeição à aceitação como um modo de vida, uma identidade, e passam pela aceitação seletiva de um funk "do bem" contraposto a um "funk do mal" (ideia cara à mídia), pela nostalgia de um funk de raiz (o das duplas dos anos 1990), ideia cara às gerações mais antigas, pelo silêncio tácito acerca do Proibidão, útil aos políticos em campanha, para não falar da recusa estratégica de determinados aspectos em determinadas situações a fim de tornar o produto palatável quando a coisa em si seria pura e simplesmente deletada. Afora isso, há a questão dos sub-gêneros, cujas problemáticas, nesse aspecto, são distintas. As modalidades que me interessam são, sobretudo, duas: o Proibidão e a Putaria. Não vou entrar aqui numa discussão aprofundada das relações entre o funk carioca e a classe dominante, ou, mais especificamente, o grande capital inter ou transnacional. Existe uma literatura sobre o assunto, que não foi esgotado. De fato, tomar o Estado pela classe dominante é também um generalização grosseira, que não tenho como justificar agora. Para encurtar a discussão, limito-me a explicar de que modo o Proibidão foi licença dada. Como se torna a cada dia mais evidente, o comércio de substâncias ilícitas depende da cooperação de representantes do Estado, nos três poderes, e dos grandes interesses financeiros. Ele movimenta capitais enormes, somando-se cocaína e armas, que seriam drasticamente reduzidos se o comércio fosse legalizado. As políticas de segurança pública e os discursos presidenciais fornecem indicações claras do que a erradicação desse comércio não interesse aos chefes de executivo dos três últimos mandatos presidenciais. As UPPs não eliminaram nem têm o objetivo de eliminar o tráfico. Elas existem em função dos grandes capitais transnacionais que afluem ao Rio. Na medida em que uma das facções (precisamente aquela na qual floresce o Proibidão) é combatida, outras se fortalecem, sem certo discurso combativo, em alianças com a polícia, ou substituídas pelas milícias. É nesse sentido que o Proibidão foi, até recentemente, licença dada pela classe dominante, que simulou combatê-lo da mesma forma como simula combater o tráfico. > > > > > "Mas trabalhar em projetos sociais - como é o meu caso - talvez também > ajude a alimentar um olhar mais aproximado sobre a representatividade que > os moradores de comunidades de periferia efetivamente conferem a esse > gênero musical. > > > É evidente que o funk carioca não é o representante de comunidades e > favelas. Tampouco se propõe sê-lo. Quem se apresenta como tal são os MCs do > hip-hop" > > Ok, grato. Mas a defesa do funk enquanto gênero legítimo de > representatividade social é coisa que eu tenho ouvido por aí, especialmente > entre a mídia de classe média. Até Michel Teló tem sido vendido como > genuíno representante da música brasileira. Se você não concorda com isso, > me desculpe, estamos no mesmo lado em algumas questões, pelo menos. > > Como creio já ter dito, não me coloco facilmente no papel de julgar a legitimidade de uma manifestação musical, e se o fizesse, escolheria de preferência as manifestações de minha própria classe, de meu próprio grupo, e.g. as músicas acadêmicas. É evidente que o funk carioca é uma manifestação musical em interação com culturas, socidades, políticas, ideologias. Através dessa manifestação, desenvolveu-se um *know how* (uma técnica, uma arte). Ela movimenta um capital enorme e local. Se vc me desculpa a autocitação, no interesse da brevidade: According to FGV, in 2008 the earnings of the 164 MCs, 90 DJs, 67 *equipes*and 248 peddlers whose income depended on the > *bailes* added up to well over R$17,000,000 in the city o Rio alone (FGV > Opinião 2008, 79). > Aparte o interesse financeiro, existe o interesse musical (desculpe as assonâncias, não tenho tempo para me corrigir). Do ponto de vista do *ethos*, não há nada comparável aos melhores Proibidões na música brasileira. Que para muitos seja desejável que não houvesse, é manifestação de interesse de classe. Do ponto de vista acadêmico, os problemas que ele propõe à musicologia são de natureza a exigir o avanço da disciplina. Do ponto de vista das subjetividades envolvidas, ele fornece uma forma de reorganização. Trata-se de cultura no sentido mais fundamental do termo, sobre a qual talvez dissesse Walter Benjamin: > A luta de classes, que um historiador educado por Marx jamais perde de > vista, é uma luta pelas coisas brutas e materiais, sem as quais não existem > as refinadas e espirituais. Mas na luta de classes essas coisas espirituais > não podem ser representadas como despojos atribuídos ao vencedor. Elas se > manifestam nessa luta sob a forma da confiança, da coragem, do humor, da > astúcia, da firmeza, e agem de longe, do fundo dos tempos. > O fato de que essa confiança, essa coragem, esse humor, essa astúcia, e essa firmeza tenham-se desenvolvido sob o amparo de uma associação de comerciantes do varejo de substâncias ilícitas é talvez, das denúncias contra o sistema, o Estado, o regime ou o governo, a mais eloquente. > > > > "Não entendo como a crítica feita a partir desses dois pontos > (estratificação de estruturas de poder e apologia a uma cultura isolada, > uma reforçando a outra) seja a de uma "mentalidade colonizada", até porque > não aleguei em momento nenhum, comparação com qualquer manifestação > cultural de "elite". > > > "Em primeiro lugar, o termo "apologia", extraído de uma legislação > inconstitucional, já desqualifica seu texto, e mostra exatamente o lugar de > onde vc fala. Em segundo, falar de "estratificação de estruturas de poder" > em relação a subgêneros como o Proibidão ou a Putaria é desconhecê-los > enquanto linguagem musical." > > Essa foi dura de ler. Antes de mais nada, apologia é "louvor, elogio" > (dicionário Unesp, 2004). Agora me explique: como é que o uso de uma > palavra pode desqualificar meu texto? Como é que a associação desta palavra > com uma legislação inconstitucional (aliás, que legislação é essa, a qual > todos deveríamos associar a palavra "apologia"???) pode levar a > desqualificação de meu texto?! Que tipo de crítica é essa? Será que o > Silvio Ferraz, em sua argumentação violenta, tem razão ao te associar a um > dogmatismo radical? Quero crer que não, mas você realmente fala sério ao > pontuar o lugar social de minha fala a partir do uso de uma palavra? E, > pior ainda, me desqualificar como fez, a partir da conclusão (falsa, porque > eu é que sei de que classe social eu faço parte, posso te mandar meu > hollerite) sobre o lugar social a que você acha que pertenço? > > Usei a expressão "lugar de onde se fala" no sentido que lhe atribui Barthes, retomando Lacan. Não me refiro a classe social. E vc não usou o termo apologia uma, mas inúmeras vezes. As legislação (inconstitucional) contra a "apologia ao crime" é da Alerj, que, entre 1999 e 2008, gastou boa parte de seu tempo com ela. É digno de nota que a mais draconiana dessas leis, que joga os bailes nas mãos das polícias, foi proposta por um deputado hoje cassado por corrupção. Eis a lista: Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. 2009. "Lei 5544, de 22 de setembro". Rio de Janeiro: Alerj. < alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/e10aa060221680ff8325763c005ac9dc?OpenDocument>. ------. 2009. "Lei 5543, de 22 de setembro". Rio de Janeiro: Alerj. < alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/78ae3b67ef30f23a8325763a00621702?OpenDocument>. ------. 2008. "Lei 5265, de 18 de junho". Rio de Janeiro: Alerj. < alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/ede57aa198e6e98d8325746d00606539?OpenDocument >. ------. 2003. "Lei 4264, de 30 de dezembro". Rio de Janeiro: Alerj, < alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/bc008ecb13dcfc6e03256827006dbbf5/d61010f875507ee383256e14004fe90f?OpenDocument >. ------. 2000. "Lei 3410, de 29 de maio". Rio de Janeiro: Alerj. < alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/756831a75d413aa4032568ef005562d8?OpenDocument >. Sobre a inconstitucionalidade dessa legislação, veja a Constituição de 1988: Assembleia Nacional Constituinte. 1988. *Constituição da República Federativa do Brasil*. Brasília: Senado Federal, < www.senado.gov.br/legislacao/const>. Em particular, examine: Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais ( art. 5a art. 17) São, de acordo com o *Dicionário jurídico* de Maria Helena Diniz (Saraiva, 2008, 4 vv), cláusulas pétreas: não podem sofrer emenda e tornam inoperantes quaisquer leis que entrem em conflito com elas ou as limitem. Isto se aplica a todos os direitos e garantias individuais, entre eles: "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença"; e "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer". Para modificá-las ou removê-las seria necessária uma revolução. Se não confiar em mim (recomendo que não o faça), assita ainda a esta entrevista do jurista Nilo Batista: www.youtube.com/watch?v=xYjACv3LQXc Ou a esta, da socióloga Vera Malagutti Batista: www.youtube.com/watch?v=LcAe_iGvhc0 Nilo prepara um livro sobre o assunto. > > > > "Sequer falei da relação de belo-não belo. Esse preconceito, > provavelmente, está na cabeça de quem leu". > > > Falou sim: falou de "estetização" da "expressão social e cultural de uma > classe oprimida", como se, por ser de uma classe oprimida, não fosse arte, > e necessitasse ser "estetizada" por um estrangeiro pervertido. > > > Continuo dizendo que não abordei a questão de distinção entre belo e > não-belo para discutir o funk ou as fotos: a esteticização da expressão > social que estou criticando é a que está sendo feita através da produção > artística (muito bem realizada, de fato) do seu amigo fotógrafo. Eu NUNCA > PREGUEI QUE UMA CLASSE OPRIMIDA NÃO TEM PRODUÇÃO ARTÍSTICA E NÃO CONCORDO > COM ISSO. O que você está fazendo é tratar minha manifestação escrita (por > um acadêmico sim, para um grupo de acadêmicos nos quais você está incluído, > esse é o SEU lugar social também) com preconceito. E não sou eu quem > acredita ser necessário um estrangeiro (a palavra "pervertido" é sua e do > Silvio...) para esteticizar produção artística para que ela seja > considerada bela... Pra mim, se uma arte está sendo esteticizada, já tem > alguma coisa errada com o lugar social que ela ocupa... > > Tem razão, Vincent de fato mostra o bonito e o erótico. Ele tem fotos do terrível também, mas não as mostra para não colocar em risco aqueles a quem retrata. São fotos históricas. Vincent é o único a ter fotografado os bailes da Chatuba, o Maracanã do Funk. Não é o lugar que ele ocupa que está errado, mas o da opinião pública, tão bem representada e doutorada aqui. Quem dos distintos acusadores se deu ao trabalho de subir qualquer morro para saber do que está falando? Dos da classe de Vincent, poucos brasileiros, entre os quais Denise Garcia, para filmar *Sou feia mas tô na moda*. > > > > > Imaginei que você o conheceria, por isso o mencionei. Mas eu não > apresentei uma súmula genérica, nem propus discutir a opinião dele. Citei > um cara que está envolvido com a questão da arte de classes oprimidas (seu > esclarecimento acima desloca a questão, eu reconheço). Citei uma declaração > sua que eu testemunhei. Mas se o fato de eu estar discutindo questões no > meio acadêmico não basta para que você sequer respeite minha opinião, não > vejo porque iria respeitar minha menção. > > Não duvido do que vc diz. Mas não posso analisar a fala de Ferréz a partir de sua súmula. Eu conheço bem a hostilidade do hip-hop em relação ao funk. Mas há exceções. A primeira envolve o Racionais com o MC Felipe Boladão, provavelmente o mais brilhante dos MCs do funk paulista, executado pela polícia. http://www.youtube.com/watch?v=l9pLo1MgaPg A segunda combina o MC Mag (do hip-hop) e o MC Smith, astro máximo do proibidão no período compreendido entre a primeira (2007) e a segunda (2010) invasões do Complexo do Alemão. Letra, música e produção são de Mag. O clipe foi realizado no dia seguinte à libertação dos MCs Frank, Max, Tikão, Dido e Smith, ilegalmente detidos em 15 de dezembro de 2010. http://www.youtube.com/watch?v=qVqxSF3R9K8 > > > Essa avaliação é digna do AI5. A expressão se reporta sim, a um processo > de engano, mas não efetuado por essa ou aquela pessoa. Não é "esse" francês > que está sendo enganado, é a apreciação das fotos, muito mais pelo processo > de esteticização (agora sim) de uma cultura discutível enquanto tal (pois > toda a forma de cultura é discutível enquanto tal, essa é uma das coisas > que a define como cultura...). Esse processo independe até do autor das > fotos. Trata-se de um movimento ideoógico, que pode estar ou não consciente > na cabeça de quem o propaga. Reafirmo que no meu texto não há crítica a > pessoa nenhuma. São tendências de percepções que estou levantando e que > gostaria que fossem discutidas. Continuo perguntando onde está o parecer > "ad hominem". Talvez a sua amizade revelada agora possa ter exacerbado sua > suscetibilidade e isso é compreensível. Peço desculpas se ofendi de > qualquer maneira a você ou a seu grupo de amigos. As fotos são ótimas. Mas > os pontos continuam merecendo discussão, até por que, estamos em uma > comunidade de músicos... > > Digno do AI-5 é a situação que reportei acima, que vc não percebe e diante da qual não se indigna. Usei um argumento de interpretação de texto, mais nada. Minha amizade pelo Vincent não impede que eu entenda o que se critica no trabalho dele. Apenas, tenho a certeza de que ele está fazendo algo positivo pelas pessoas que retrata. E se vc me provar que não, ainda assim, ele está fazendo alguma coisa diante de uma situação extrema. Conheço pouquíssimos dispostos a arriscar seu prestígio na afronta do senso comum da maioria silenciosa e omissa, conquanto vocífera. > > > > Como acabo de dizer, manifestei uma opinião e estou realmente aberto a > argumentos que enriqueçam essa opinião, desde que haja discussão dos pontos > levantados. > > > Ei-la. > > Mais ou menos, né? Vou pensar melhor na questão dos lugares sociais que o > funk se pretende fazer parte. Enriqueceria minha experiência conhecer > melhor o seu trabalho. Mas insisto no cuidado em atacar e censurar. A sua > reação foi violenta e continua sendo. Se o Silvio se expôs ao ridículo > segundo o seu ponto de vista, você está se expondo como um autoritário raso > que sequer avalia quais questões estão sendo levantadas a partir de > comentários a cerca de processos sociais. > > Lamento não o ter satisfeito. Boa parte de meus textos sobre proibidão está aqui. www.proibidao.org No interesse da parte que falta, sou forçado a dar a discussão por encerrada. Violência intelectual é parte, como dizia Paulo Francis, "do make-up de minha desagradável personalidade". Abraço, cvp > > Luciano > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From musicoyargentino em gmail.com Sun Nov 11 13:40:34 2012 From: musicoyargentino em gmail.com (=?UTF-8?Q?Dami=C3=A1n_Keller?=) Date: Sun, 11 Nov 2012 11:40:34 -0400 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?Rm90w7NncmFmbyBmcmFuY8OqcyB0cmHDp2EgYSBn?= =?utf-8?q?eografia_noturna_dos_bailes_funk_no_Rio?= Message-ID: Caro Gabriel, pessoal, Tal vez valha a pena tomar um pouco de distância para não confundir o objeto de pesquisa com a produção do pesquisador: Em 10 de novembro de 2012 14:42, Gabriel Moreira escreveu: > Não me disponho a ler todos os comentários, li alguns... mas a assinatura > do prof. Palombini é testemunhada por mim nesse momento; vizinhos que ouvem > proibidão a todo volume. É claro que nós como pesquisadores colocamos a nossa bagagem cultural na hora de escolher o objeto de pesquisa, os métodos e inclusive a forma como apresentamos os resultados. Isso é o que pessoal da antropologia chama de enfoque . A ideia de uma análise tem espaço em discussões comparativas de manifestações culturais de contextos diversos. É o que pessoal chama de enfoque . A combinação desses enfoques permite identificar aspectos específicos da cultura local e aspectos comuns a culturas diferentes. De qualquer forma, para entender qualquer manifestação cultural é necessário ter dados de primeira mão. Acho que essa é a contribuição do Palombini e dos outros pesquisadores que estão trabalhando com tendências recentes da música popular brasileira. Fica para as gerações mais novas a discussão desses dados desde perspectivas . Abraços, Damián -- Dr. Damián Keller NAP, Universidade Federal do Acre / Amazon Center for Music Research (NAP), Federal University of Acre / http://ccrma.stanford.edu/~dkeller From cpalombini em gmail.com Sun Nov 11 13:58:16 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 11 Nov 2012 13:58:16 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fot=F3grafo_franc=EAs_tra=E7a_a_?= =?windows-1252?q?=91geografia_noturna=92_dos_bailes_funk_no_Rio?= In-Reply-To: References: <1352388698.20204.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Pedro, O Brasil sempre gostou de se ver pelos olhos do estrangeiro. Diogo Mainardi satirizou esse traço muito bem na ficção *Contra o Brasil*. Uma matéria como esta num jornal como o *Globo* é quase um milagre, explicável talvez por se tratar de um francês. Ou talvez seja necessário um francês para dizer o que ele diz ao *Globo*. Vincent já dera uma entrevista à Globo News. Nas duas ocasiões, nada foi modificado. Apenas algumas falas foram cortadas. Ambos os cortes incidiram no mesmo ponto. A Globo News removeu um trecho em que, perguntado sobre "o tráfico", ele respondeu que não estava lá para entregar traficantes, e tinha muito orgulho do fato de que ninguém jamais seria preso por uma foto sua. Na matéria em discussão, cortaram o trecho no qual ele falava da invasão de um baile pelo Bope em função do * arrego* não ter sido pago. Abraço, Carlos -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From paulinyi em yahoo.com Sun Nov 11 19:15:21 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Sun, 11 Nov 2012 13:15:21 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] Partituras coloniais brasileiras Message-ID: <1352668521.5634.YahooMailNeo@web110505.mail.gq1.yahoo.com> Partituras coloniais brasileiras (séc. XVIII-XIX) e respectivas partes gratuitamente disponíveis em http://biblioteca.Paulinyi.com Palavras-chaves são AMB-RDP e PAMM. Veja catálogo adicionado abaixo. Agradecimento especial à doação do musicólogo Dr. Paulo Castagna, que reúne zelosos trabalhos de vários pesquisadores brasileiros. CATALOG (additions) For previous donation, read at the link below. http://paulinyi.blogspot.com/2012/07/partituras-coloniais-brasileiras-na.html Mesquita, José Joaquim Emérico Lobo de (1746?-1805) Signatum est (Terceto ao Pregador) CT-MCRF [71]; CT-MIG 42 (três vozes, violinos I e II, baixo, flautas I e II, trompas I e II) Duração aproximada: 3 minutos Edição: Paulo Castagna Andante moderato / Allegro assai Mesquita, José Joaquim Emérico Lobo de (1746?-1805) Congratulamini mihi (Responsório de Nossa Senhora) (quatro vozes, violinos I e II, baixo, trompas I e II) Duração aproximada: 6 minutos Edição: Paulo Castagna Largo / Allegro / Adagio / Allegro Mesquita, José Joaquim Emérico Lobo de (1746?-1805) Beata Mater (Antífona do Magnificat) CT-MCRF [05]; CT-MIG 06 (quatro vozes, violinos I e II, viola, baixo, trompas I e II) Duração aproximada: 10 minutos Edição: Paulo Castagna Comodo / Allegro / Largo / Allegro Mesquita, José Joaquim Emérico Lobo de (1746?-1805) Veni sponsa Christi (Antífona de Santa Bárbara) CT-MIG 47 (quatro vozes, violinos I e II, baixo, trompas I e II) Duração aproximada: 2 minutos e 30 segundos Edição: Maria Inês Guimarães Mesquita, José Joaquim Emérico Lobo de (1746?-1805) Motetos e Miserere para a Procissão dos Passos CT-MCRF [55]; CT-MIG 15 (quatro vozes, baixo) Duração aproximada: 9 minutos Edição: Chiquinho de Assis e Paulo Castagna Mesquita, José Joaquim Emérico Lobo de (1746?-1805) Stabat Mater (Seqüência de Nossa Senhora das Dores) CT-MCRF [21]; CT-MIG 43 (quatro vozes, violinos I e II, viola, baixo) Duração aproximada: 6 minutos Edição: Chiquinho de Assis e Paulo Castagna 1 - Stabat Mater (Moderato) 2 - Eia Mater (Andante) 3 - Amen (Allegro) Mesquita, José Joaquim Emérico Lobo de (1746?-1805) Ladainha de Nossa Senhora CT-MCRF [24]; CT-MIG 26 (quatro vozes, violinos I e II, viola, baixo, trompas I e II) Duração aproximada: 15 minutos Edição: Carlos Alberto Figueiredo Mesquita, José Joaquim Emérico Lobo de (1746?-1805) Te Deum (Hino de Ação de Graças) CT-MCRF [73]; CT-MIG 45 (quatro vozes, violinos I e II, baixo) Duração aproximada: 12 minutos Edição: Marcelo Campos Hazan 1 - Te Deum (Andante) 2 - Tibi omnes (Andante) 3 - Sanctus (Andante) 4 - Te gloriosus (Andante) 5 - Te Martyrum (Andante) 6 - Patrem immensæ (Andante) 7 - Sanctum quoque (Andante) 8 - Tu Patris (Andante) 9 - Tu devicto (Adagio / Andante) 10 - Judex crederis (Andante) 11 - Salvum fac (Andante) 12 - Per singulos dies (Andante) 13 - Dignare Domine (Andante) 14 - Fiat misericórdia (Andante) Jerônimo de Sousa (fl.1721-1826) Salve Regina (Antífona de Nossa Senhora) (quatro vozes, violinos I e II, viola, baixo, flautas I e II, trompas I e II) Duração aproximada: 2 minutos e 30 segundos Edição: Paulo Castagna Moderato Jerônimo de Sousa (fl.1721-1826) Vide Domine, quoniam tribulor (Antífona para o Setenário das Dores) (quatro vozes, violinos I e II, viola, baixo, flautas I e II) Duração aproximada: 2 minutos e 30 segundos Edição: Paulo Castagna Moderato Jerônimo de Sousa (fl.1721-1826) Ladainha de Nossa Senhora CO-AC 16 (quatro vozes, violinos I e II, viola, baixo, flautas I e II, trompas I e II) Duração aproximada: 13 minutos Edição: Marcelo Campos Hazan Andante / Largo / Andante / Andante Jerônimo de Sousa (fl.1721-1826) Matinas de Santo Antônio CO-AC 18 (quatro vozes, violinos I e II, viola, baixo, flautas I e II, trompas I e II) Duração aproximada: 60 minutos Edição: Carlos Alberto Figueiredo Invitatório (Andante) Responsório I (Andante / Allegro / Moderato / Allegro) Responsório II (Andante / Allegro / Andantino / Allegro) Responsório III (Moderato / Allegro / Andantino / Allegro) Responsório IV (Andante moderato / Allegro / Andantino / Allegro)) Responsório V (Afetuoso / Allegro / Moderato / Allegro) Responsório VI (Moderato / Allegro / Andantino / Allegro) Responsório VII (Andante moderato / Allegro / Andante moderato / Allegro) Responsório VIII (Andante / Allegro / Larghetto / Allegro) Francisco Valle (1869-1906) Valse-Scherzo (Para Orquestra) C-FV 25 A Quintiliano Nery Ribeiro (1891) (flautas I e II, oboés I e II, clarinetas I e II em Si bemol, fagotes I e II, trompas I, II, III e IV em Fá, trompetes I e II em Fá, trombones tenor I, II e III, tímpanos em Mi bemol e Si bemol, violinos I e II, viola, violoncelo e contrabaixo) Duração aproximada: 10 minutos Edição: Paulo Castagna Allegro moderato Francisco Valle (1869-1906) Bailado na Roça (Peça Característica para Orquestra) C-FV 2b (1900/1906) (flautas I e II, oboés I e II, clarinetas I e II em Si bemol, fagotes I e II, trompas I, II, III e IV em Fá, trombetas I e II em Fá, pandeiro, pratos/bombo, tímpanos em Dó e Fá, violinos I e II, viola, violoncelo e contrabaixo) Duração aproximada: 10 minutos Edição: Paulo Castagna 1 - Os Garotos Fardados (Allegro); Os Camponeses (Più lento / Primeiro tempo) 2 - Os Caipiras ou Violeiros; Samba Francisco Valle (1869-1906) Telêmaco (Cenas Sinfônicas) C-FV 22 A Eugênio Fontainha (1891) (flautim, flautas I e II, oboés I e II, corne inglês, clarinetas I e II em Lá e Si bemol, fagotes I e II, contrafagote, trompas I, II, III e IV em Fá, cornetas I e II em Fá, trombones tenor I e II, trombone baixo, saxhorn baixo em Fá, tímpanos em Mi, Fá, Si, Dó, percussão, harpa, violinos I e II, viola, violoncelo e contrabaixo) Duração aproximada: 25 minutos Edição: Lúcius Mota Primeira parte (Allegro agitato) Segunda parte (Allegretto scherzando) Terceira parte [Allegro agitato] -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From denyscandarolli em yahoo.com.br Sun Nov 11 20:40:06 2012 From: denyscandarolli em yahoo.com.br (denise scandarolli) Date: Sun, 11 Nov 2012 14:40:06 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?=22Historiador=3F_S=C3=B3_com_diploma=22?= =?utf-8?q?_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: <1352673606.64266.YahooMailNeo@web39405.mail.mud.yahoo.com> Caros colegas, concordo com o Marcus em todos os pontos. A medida é para definir o campo de trabalho do historiador, principalmente no ensino fundamental, porque a prática atual permite que uma pessoa com qualquer formação dê aulas de história. O autor do texto publicado na Folha ignora que escrita da História é diferente de escrita de memórias. Qualquer um poderá escrever sobre "fatos" históricos, no entanto, o historiador tem base metodológica para tratar fontes históricas e pensar o passado. Acho que o musicólogo não perderá com isso. Na verdade, como historiadora e musicologa, acredito que se a musicologia e a história mantivessem um diálogo mais próximo favoreceria as duas áreas. A medida vai ajudar! att Denise ________________________________ De: Marcus S. Wolff Para: miriamcarpinetti em yahoo.com.br; lista ANPPOM ; etnomusicologia lista Enviadas: Sábado, 10 de Novembro de 2012 15:48 Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues Prezada Miriam e colegas, li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. Cordialmente, Marcus.    Marcus S. Wolff Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ   ________________________________ Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br To: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues alerta aos musicólogos brasileiros http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marceloliveirasouza em gmail.com Sun Nov 11 11:23:03 2012 From: marceloliveirasouza em gmail.com (MARCEL OLIVEIRA) Date: Sun, 11 Nov 2012 11:23:03 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=22Historiador=3F_S=F3_com_diploma?= =?iso-8859-1?q?=22_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Sugiro a leitura do texto de Benito Bisso Schimidt, presidente da ANPUH, em resposta ao artigo da Folha PROFISSÃO DE HISTORIADOR: MARCHA DA INSENSATEZ OU DO DESCONHECIMENTO? Nós, historiadores profissionais, sabemos que uma das regras básicas do nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e na crítica dos vestígios do passado, os documentos. Fernando Rodrigues, por não ter essa formação, talvez desconheça essa regra tão elementar e, por isso, não se deu ao trabalho de ler com atenção o documento que deveria balizar a sua análise (sic) publicada no jornal Folha de São Paulo de 10 de novembro de 2012: o Projeto de Regulamentação da Profissão de Historiador, aprovado no Senado Federal na última quarta-feira. Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa). Temos certeza que o Senador Cristovam Buarque, tão sensível aos problemas da educação brasileira, apóia esta idéia, pois ela possibilita um ensino mais qualificado. Temos certeza também que o Senador José Sarney, conhecedor do teor do projeto, está tranqüilo, pois sabe que não vai ser impedido, como nenhum cidadão brasileiro, de escrever sobre a história de seu estado, ou de qualquer período, indivíduo, localidade ou processo. Isso atentaria contra as liberdades democráticas, das quais os historiadores profissionais são grandes defensores. Fique tranqüilo senhor Fernando Rodrigues, o senhor também poderá escrever sobre história. Só sugerimos que leia os documentos necessários antes de o fazer. Benito Bisso Schmidt Presidente da Associação Nacional de História ? ANPUH-Brasil Em 10 de novembro de 2012 15:48, Marcus S. Wolff escreveu: > > Prezada Miriam e colegas, > li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de > corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar > um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias > sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do > diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá > a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros > cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. > Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm > defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. > Cordialmente, > Marcus. > > Marcus S. Wolff > Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) > Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) > Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia > da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ > > > ------------------------------ > Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 > From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues > > > alerta aos musicólogos brasileiros > > http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es > ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marceloliveirasouza em gmail.com Sun Nov 11 11:32:23 2012 From: marceloliveirasouza em gmail.com (MARCEL OLIVEIRA) Date: Sun, 11 Nov 2012 11:32:23 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=22Historiador=3F_S=F3_com_diploma?= =?iso-8859-1?q?=22_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Sugiro a leitura do texto de Benito Bisso Schimidt, presidente da ANPUH, em resposta ao artigo da Folha PROFISSÃO DE HISTORIADOR: MARCHA DA INSENSATEZ OU DO DESCONHECIMENTO? Nós, historiadores profissionais, sabemos que uma das regras básicas do nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e na crítica dos vestígios do passado, os documentos. Fernando Rodrigues, por não ter essa formação, talvez desconheça essa regra tão elementar e, por isso, não se deu ao trabalho de ler com atenção o documento que deveria balizar a sua análise (sic) publicada no jornal Folha de São Paulo de 10 de novembro de 2012: o Projeto de Regulamentação da Profissão de Historiador, aprovado no Senado Federal na última quarta-feira. Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa). Temos certeza que o Senador Cristovam Buarque, tão sensível aos problemas da educação brasileira, apóia esta idéia, pois ela possibilita um ensino mais qualificado. Temos certeza também que o Senador José Sarney, conhecedor do teor do projeto, está tranqüilo, pois sabe que não vai ser impedido, como nenhum cidadão brasileiro, de escrever sobre a história de seu estado, ou de qualquer período, indivíduo, localidade ou processo. Isso atentaria contra as liberdades democráticas, das quais os historiadores profissionais são grandes defensores. Fique tranqüilo senhor Fernando Rodrigues, o senhor também poderá escrever sobre história. Só sugerimos que leia os documentos necessários antes de o fazer. Benito Bisso Schmidt Presidente da Associação Nacional de História ? ANPUH-Brasil Em 10 de novembro de 2012 15:48, Marcus S. Wolff escreveu: > > Prezada Miriam e colegas, > li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de > corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar > um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias > sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do > diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá > a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros > cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. > Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm > defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. > Cordialmente, > Marcus. > > Marcus S. Wolff > Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) > Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) > Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia > da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ > > > ------------------------------ > Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 > From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues > > > alerta aos musicólogos brasileiros > > http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es > ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marceloliveirasouza em gmail.com Sun Nov 11 12:08:17 2012 From: marceloliveirasouza em gmail.com (MARCEL OLIVEIRA) Date: Sun, 11 Nov 2012 12:08:17 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=22Historiador=3F_S=F3_com_diploma?= =?iso-8859-1?q?=22_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Sugiro a leitura do texto de Benito Bisso Schimidt, presidente da ANPUH, em resposta ao artigo da Folha PROFISSÃO DE HISTORIADOR: MARCHA DA INSENSATEZ OU DO DESCONHECIMENTO? Nós, historiadores profissionais, sabemos que uma das regras básicas do nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e na crítica dos vestígios do passado, os documentos. Fernando Rodrigues, por não ter essa formação, talvez desconheça essa regra tão elementar e, por isso, não se deu ao trabalho de ler com atenção o documento que deveria balizar a sua análise (sic) publicada no jornal Folha de São Paulo de 10 de novembro de 2012: o Projeto de Regulamentação da Profissão de Historiador, aprovado no Senado Federal na última quarta-feira. Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa). Temos certeza que o Senador Cristovam Buarque, tão sensível aos problemas da educação brasileira, apóia esta idéia, pois ela possibilita um ensino mais qualificado. Temos certeza também que o Senador José Sarney, conhecedor do teor do projeto, está tranqüilo, pois sabe que não vai ser impedido, como nenhum cidadão brasileiro, de escrever sobre a história de seu estado, ou de qualquer período, indivíduo, localidade ou processo. Isso atentaria contra as liberdades democráticas, das quais os historiadores profissionais são grandes defensores. Fique tranqüilo senhor Fernando Rodrigues, o senhor também poderá escrever sobre história. Só sugerimos que leia os documentos necessários antes de o fazer. Benito Bisso Schmidt Presidente da Associação Nacional de História ? ANPUH-Brasil Em 10 de novembro de 2012 15:48, Marcus S. Wolff escreveu: > > Prezada Miriam e colegas, > li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de > corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar > um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias > sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do > diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá > a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros > cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. > Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm > defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. > Cordialmente, > Marcus. > > Marcus S. Wolff > Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) > Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) > Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia > da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ > > > ------------------------------ > Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 > From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues > > > alerta aos musicólogos brasileiros > > http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es > ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lacerda.lacerda em yahoo.com.br Mon Nov 12 10:09:14 2012 From: lacerda.lacerda em yahoo.com.br (Fernando Lacerda) Date: Mon, 12 Nov 2012 04:09:14 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?=22Historiador=3F_S=C3=B3_com_diploma=22?= =?utf-8?q?_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: <1352722154.83350.YahooMailNeo@web120003.mail.ne1.yahoo.com> Bom dia a todas e todos! Envio como arquivo anexo o texto do projeto de lei. Envio também um link para uma entrevista com o senador Paulo Paim, autor do projeto: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-conversa-cappuccino-8?id=1980410%3ABlogPost%3A462423&page=2  A meu ver, o projeto tem indubitáveis méritos, mas deixa algumas questões para discussão. O art. 3° diz que a profissão de historiador é privativa dos que possuem diplomas de graduação ou pós-graduação stricto sensu em História. A exigência do diploma ficou a cargo do art. 5°. No art. 4°, o legislador enumerou quais atribuições (privativas, portanto) dizem respeito ao trabalho do historiador. Vejamos: I ? magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior. II ? organização de informações para publicações, exposições e eventos em empresas, museus, editoras, produtoras de vídeo e de CD-ROM, ou emissoras de Televisão, sobre temas de História; III ? planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica; IV ? assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica; V ? assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação; VI ? elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos. Pois bem...  1. Não sei se existe a disciplina "História" pura e simples em algum curso do ensino superior, mas pode ser que exista. Penso que nos ensinos fundamental II e médio faça sentido. No ensino fundamental I, a disciplina sempre ficou a cargo do professor polivalente. Neste caso, se cada área tiver uma lei específica, talvez chegue uma hora em que o professor licenciado no curso de Pedagogia não tenha mais disciplinas no ensino fundamental I por falta de especificidade do curso. 2. Isto realmente me intriga: o que se define como história? História de...?! Se todas atividades listadas acima forem privativas, talvez precisemos de um historiador para escrever programas de concerto que tenham "informações sobre temas de História". Por outro lado, se os temas de história versarem especificamente sobre a metodologia da História, a lei talvez faça sentido, mas ainda assim favorecerá a separação entre as áreas do conhecimento. 3. Musicologia histórica é um serviço de pesquisa histórica que possui seus próprios métodos, porém em diálogo com uma série de outros campos. Como ficamos? Os arquivos e acervos em geral precisarão necessariamente ter um historiador ou um musicólogo sem formação específica em História poderá ser o profissional responsável? Isto inclui os incisos III a VI. 4. Destaco um trecho da entrevista (link acima) com o senador Paim: "CAFÉ HISTÓRIA - Alguns pesquisadores autônomos e pesquisadores de áreas co-relatas temem que a lei possa vir a ser prejudicial aos não-portadores de diploma em história. Isso é verdade? SENADOR PAULO PAIM - O reconhecimento da profissão vai exigir que as pessoas tenham diploma. Espero que a iniciativa não venha a trazer prejuízo para os pesquisadores que se debruçam sobre a História." É curioso como o Legislativo brasileiro é irresponsável!!! Aliás, sempre me pareceu um poder perfeitamente dispensável. Neste ponto, os países com sistema de Common Law me parecem mais sensatos, mas voltando à questão: a função do legislador não deveria ser apenas "esperar que...", mas garantir ferramentas para que não ocorra. Para não correr o risco de que a "providência" (venha ela de onde vier) se incumba das correções da lei, bastaria um artigo com uma ressalva para profissionais de áreas específicas possam trabalhar com os assuntos históricos de suas áreas. Não sei exatamente como redigir isto sem precisar de exemplos, mas não sou em quem precisaria redigir. Cordialmente, Fernando Lacerda S. Duarte ________________________________ De: MARCEL OLIVEIRA Para: Marcus S. Wolff Cc: etnomusicologia lista ; lista ANPPOM Enviadas: Domingo, 11 de Novembro de 2012 12:08 Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues Sugiro a leitura do texto de Benito Bisso Schimidt, presidente da ANPUH, em resposta ao artigo da Folha PROFISSÃO DE HISTORIADOR: MARCHA DA INSENSATEZ OU DO DESCONHECIMENTO? Nós, historiadores profissionais, sabemos que uma das regras básicas do nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e na crítica dos vestígios do passado, os documentos. Fernando Rodrigues, por não ter essa formação, talvez desconheça essa regra tão elementar e, por isso, não se deu ao trabalho de ler com atenção o documento que deveria balizar a sua análise (sic) publicada no jornal Folha de São Paulo de 10 de novembro de 2012: o Projeto de Regulamentação da Profissão de Historiador, aprovado no Senado Federal na última quarta-feira. Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa). Temos certeza que o Senador Cristovam Buarque, tão sensível aos problemas da educação brasileira, apóia esta idéia, pois ela possibilita um ensino mais qualificado. Temos certeza também que o Senador José Sarney, conhecedor do teor do projeto, está tranqüilo, pois sabe que não vai ser impedido, como nenhum cidadão brasileiro, de escrever sobre a história de seu estado, ou de qualquer período, indivíduo, localidade ou processo. Isso atentaria contra as liberdades democráticas, das quais os historiadores profissionais são grandes defensores. Fique tranqüilo senhor Fernando Rodrigues, o senhor também poderá escrever sobre história. Só sugerimos que leia os documentos necessários antes de o fazer. Benito Bisso Schmidt Presidente da Associação Nacional de História ? ANPUH-Brasil    Em 10 de novembro de 2012 15:48, Marcus S. Wolff escreveu: >Prezada Miriam e colegas, >li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. Cordialmente, >Marcus.    > >Marcus S. Wolff >Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) >Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) >Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia >da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ > >  > > >________________________________ >Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 >From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br >To: anppom-l em iar.unicamp.br >Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues > > > >alerta aos musicólogos brasileiros >http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml > > > >________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: PL_368_2009.PDF Tipo: application/pdf Tamanho: 62841 bytes Descrição: não disponível URL: From jean.rudess em gmail.com Mon Nov 12 10:45:40 2012 From: jean.rudess em gmail.com (Jean Menezes da Rocha) Date: Mon, 12 Nov 2012 10:45:40 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] The Naked and the TED Message-ID: O link que segue abaixo leva a um texto de Evgeny Morozov sobre as conferências TED, sua recente linha editorial e a divulgação de ideais tecnocráticos maquiados sob a máscara do "progresso" e do "avanço" (e de como estes termos são usados de forma genérica e pseudoinovadora). Embora não nos atinja frontalmente, vale a leitura pelo esclarecimento de questões políticas e técnicas que, essas sim, permeiam cada vez mais nossos fazeres e sua subsequente relação com o mundo (adotem aqui a escala de mjndo que seja mais conveniente). Abraços! The Naked and the TED http://rdd.me/klozf260 (Sent from Readability) -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mvermes em gmail.com Mon Nov 12 10:51:09 2012 From: mvermes em gmail.com (Monica Vermes) Date: Mon, 12 Nov 2012 10:51:09 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Fwd: Divulgando Chamada de trabalhos para revista Contexto (UFES) de 2013 In-Reply-To: References: Message-ID: Repassando... ---------- Mensagem encaminhada ---------- Olá. A Revista *Contexto*, publicação do Programa de Pós-Graduação em Letras, com área de concentração em Estudos Literários, da Universidade Federal do Espírito Santo, classificada como B-2 no Qualis Periódicos da Capes, está recebendo textos para os *números 23 *e* 24* referentes aos volumes de 2013/1 e 2013/2. A seção *Dossiê,* do número 23 (2013/1), receberá artigos sobre *POEMAS DO SÉCULO XXI*. Os trabalhos deverão ser enviados para o email revistacontexto.ppgl em gmail.com até o dia 15/02/2013. O parecer será divulgado até o dia 15/04/2013. A publicação está prevista para julho. A seção *Dossiê,* do número 24 (2013/2), receberá artigos sobre *ROMANCES DO SÉCULO XXI*. Os trabalhos devem ser enviados para o email revistacontexto.ppgl em gmail.com até o dia 15/02/2013. O parecer será divulgado até o dia 15/04/2013. A publicação está prevista para dezembro. Além dos dossiês, a seção *Clipe* receberá artigos, na área de Estudos Literários, de temática variada. Só serão publicados artigos inéditos, com autoria ou coautoria de professores e pesquisadores doutores, que sejam aprovados pelos pareceristas e que estejam de acordo com as Normas Editoriais. Por favor, divulgue a possíveis interessados. Comissão Editorial Mónica Vermes, Paulo Roberto Sodré e Wilberth Salgueiro -- Profa. Dra. Mónica Vermes mvermes em gmail.com Universidade Federal do Espírito Santo - UFES Vitória (ES) - Brasil Instituto de Artes - Unesp São Paulo (SP) - Brasil Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3806495173897941 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Chamada de trabalhos para revista Contexto de 2013.doc Tipo: application/msword Tamanho: 680448 bytes Descrição: não disponível URL: From whvalent em terra.com.br Mon Nov 12 12:14:01 2012 From: whvalent em terra.com.br (=?UTF-8?Q?Helo=C3=ADsa_e_Wagner_Valente?=) Date: Mon, 12 Nov 2012 12:14:01 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?RES=3A_=5Betnomusicologiabr=5D_Re=3A__?= =?utf-8?q?=22Historiador=3F_S=C3=B3_com_diploma=22_de_Fernando_Rod?= =?utf-8?q?rigues?= In-Reply-To: References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: <003f01cdc0df$f863ea30$e92bbe90$@terra.com.br> Olá, colegas, É o que dá querer enquadrar tudo... De outra parte, não percebo exigências de diploma de bacharel em música ou superior para sair tocando por aí... A Folha publicou notícia, hoje, apresentando o estranhamento de alguns dos atuais ?monstros sagrados? da nossa ?intelligentsia? atual. Vamos fazendo o que podemos... Boa semana a todos, abraço, Heloísa De: etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br [mailto:etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br] Em nome de Hugo Leonardo Ribeiro Enviada em: segunda-feira, 12 de novembro de 2012 12:09 Para: MARCEL OLIVEIRA Cc: Marcus S. Wolff; etnomusicologia lista; lista ANPPOM Assunto: [etnomusicologiabr] Re: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues O problema é quando alguém disser que, para ensinar história da música, tem que ser uma pessoa formada em história. Isso quase acontece em Sergipe, quando eu fui coordenador por um breve período, e eu tive que bater o pé para dizer que não. Provavelmente, o melhor seria um graduado em música com alguma formação a mais nos tratos históricos, como os musicólogos se pretendem. Mas, obviamente que há exceções, no caso de historiadores com excelente conhecimento em música, que podem muito bem tratar do assunto, discutindo, inclusive, questões estilísticas. Mas não acredito que esse tipo de reserva de mercado vá atingir a graduação em música... Hugo Em 11 de novembro de 2012 11:32, MARCEL OLIVEIRA escreveu: Sugiro a leitura do texto de Benito Bisso Schimidt, presidente da ANPUH, em resposta ao artigo da Folha PROFISSÃO DE HISTORIADOR: MARCHA DA INSENSATEZ OU DO DESCONHECIMENTO? Nós, historiadores profissionais, sabemos que uma das regras básicas do nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e na crítica dos vestígios do passado, os documentos. Fernando Rodrigues, por não ter essa formação, talvez desconheça essa regra tão elementar e, por isso, não se deu ao trabalho de ler com atenção o documento que deveria balizar a sua análise (sic) publicada no jornal Folha de São Paulo de 10 de novembro de 2012: o Projeto de Regulamentação da Profissão de Historiador, aprovado no Senado Federal na última quarta-feira. Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa). Temos certeza que o Senador Cristovam Buarque, tão sensível aos problemas da educação brasileira, apóia esta idéia, pois ela possibilita um ensino mais qualificado. Temos certeza também que o Senador José Sarney, conhecedor do teor do projeto, está tranqüilo, pois sabe que não vai ser impedido, como nenhum cidadão brasileiro, de escrever sobre a história de seu estado, ou de qualquer período, indivíduo, localidade ou processo. Isso atentaria contra as liberdades democráticas, das quais os historiadores profissionais são grandes defensores. Fique tranqüilo senhor Fernando Rodrigues, o senhor também poderá escrever sobre história. Só sugerimos que leia os documentos necessários antes de o fazer. Benito Bisso Schmidt Presidente da Associação Nacional de História ? ANPUH-Brasil Em 10 de novembro de 2012 15:48, Marcus S. Wolff escreveu: Prezada Miriam e colegas, li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. Cordialmente, Marcus. Marcus S. Wolff Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ _____ Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br To: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues alerta aos musicólogos brasileiros http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ __._,_.___ | através de email | Responder através da web | Adicionar um novo tópico Mensagens neste tópico (5) Atividade nos últimos dias: · Novos usuários 3 Visite seu Grupo ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) Utilize também o sítio do grupo: http://www.abetmusica.org.br Informações, inscrições e mensagens anteriores, além de outras informações sobre esta lista de discussões, no sítio http://br.groups.yahoo.com/group/etnomusicologiabr/ A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br Para enviar mensagem ao grupo utilize: etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br Se não conseguir cancelar a inscrição informe à moderação enviando um emeio para: etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o emeio com o qual está inscrito no grupo. 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Sempre vou acompanhado do Vincent. Como ele vai para fotografar, só entra com autorização da liderança máxima do local, obtida por diferentes tipos de mediação (DJs e MCs), e, mesmo assim, já passou por muitas situações incômodas (presenciei-as) e, ocasionalmente, potencialmente letais (conheço as narrativas). A hora mais arriscada é a da saída, por volta de 5:00 da manhã, quando a polícia tem o hábito de aparecer. Esses bailes *fortemente pesadões* (isto é, com grupos armados de pistolas, fuzis, fuzis de assalto, submetralhadoras) são em princípio seguros. Há várias regras quanto ao que se pode ou não fazer ali, mas no desconhecimento destas, bom senso e sensibilidade podem supri-las. Diferentemente de vc, em minha primeira visita, fiquei aterrorizado. Tanto que passei o baile todo diante da mesa do DJ com a seguinte ideia em mente: se algo acontecer, enfio-me embaixo e saio com a equipe. Evidentemente, nada aconteceu, tomei apenas um ou outro susto. O melhor baile de que participei foi no morro do Cantagalo. Já havia uma UPP, mas o capitão Nogueira, que havia estudado percussão e filosofia, permitia que o baile ocorresse, sem armas, com restrições ao repertório (seguidas de modo nada estrito), e determinações estritas sobre o final, às 2:30 da manhã (quando a festa está começando). Vincent também considera este o melhor baile dos inúmeros dos quais já participou desde 2004, como ele diz na entrevista. Ao final, um menino loiro de cabelo comprido, trajando bermuda e chinelo de dedo, com cerca de 13 anos se dirigiu a mim perguntando: "ô, coroa, tu é Comando ou tu é Terceiro?" Fui contar pro Vincent que, naquele momento, conversava com o DJ no meio da quadra, já quase vazia. Vincent comentou: "ele não perguntou se vc era da polícia!" Abraço, Carlos 2012/11/12 Hugo Leonardo Ribeiro > Oi Carlos e colegas, > sem entrar na discussão, somente um relato de experiência... > > > Tem razão, Vincent de fato mostra o bonito e o erótico. Ele tem fotos do >> terrível também, mas não as mostra para não colocar em risco aqueles a quem >> retrata. São fotos históricas. Vincent é o único a ter fotografado os >> bailes da Chatuba, o Maracanã do Funk. Não é o lugar que ele ocupa que está >> errado, mas o da opinião pública, tão bem representada e doutorada aqui. >> Quem dos distintos acusadores se deu ao trabalho de subir qualquer morro >> para saber do que está falando? Dos da classe de Vincent, poucos >> brasileiros, entre os quais Denise Garcia, para filmar *Sou feia mas tô >> na moda*. >> >> > Certa vez, mais ou menos e 2003, estava voltando de ônibus de um congresso > no centro do Rio, numa sexta feira à noite, em direção ao Andaraí, que onde > meus avós moravam, e percebi uma grande movimentação no ônibus, que desceu > logo após o maracanã. Depois disso, perguntei ao cobrador para onde aquelas > pessoas estavam indo, e ele disse que foram para uma festa na favela. > Fiquei super animado. Fui em casa, deixei todos os meus pertences e fui > para lá somente com uma carteira de identidade no bolso e dez reais, o > suficiente para beber uma água. > > Subi o morro a pé, e transitei pelo baile funk tranquilamente, super > curioso com o que era bastante exótico para mim em termos de comportamento > social. Vi que a polícia ficava no pé do morro e não se atrevia ou não > queria subir. Lá em cima, as pessoas passeavam tranquilamente com arma na > mão, pistolas e metralhadoras, mas tudo transcorria na maior paz. Não fui > incomodado por ninguém (também não filmei, fotografei nem gravei nada), e > não vi nda de anormal acontecer. Lá pelas quatro da manhã desci o morro e > fui a pé para casa. > > Quando contei para meus amigos cariocas o que fiz, todos faltaram me > internar, dizendo que eu era louco de ter me exposto a tal situação. alvez > sim, talvez não. Mas gostei tanto que sempre quis voltar com minha esposa, > mas ainda não encontrei oportunidade. Não pela música, mas por vivenciar um > Rio que eu nunca esperava ter visto... > > Hugo > -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 12 12:41:38 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 12 Nov 2012 12:41:38 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] a matter of taste (on elliott carter's music) In-Reply-To: References: Message-ID: Guilherme, Sei que o Antoine Hennion, do Centro de Sociologia da Inovação, Escola Nacional Superior de Minas de Paris, estuda a questão do gosto musical, mas ainda não pude lê-lo. As questões datadas vão sendo superadas, lentamente, embora exista uma afinidade intrínseca entre a academia e a vanguarda dos anos 1950. Quando Georgina Born publicou sua etnografia do IRCAM foi um rebuliço. (Em Paris, ainda há gente que a considere uma agente do capitalismo norte-americano). Há pouco dias coloquei no Facebook uma citação mais recente dela: IRCAM modernism effected a mobile stasis, a capacity to prolong the > governing aesthetic by resisting or repressing significant musical change. > Held up against IRCAM?s own philosophy of history (or temporal cosmology), > this is an ironic state of affairs, and one that might be termed > anti-inventive. (Georgina Born, 2010) > Vários compositores deram "like". Abraço, Carlos 2012/11/11 Guilherme Bertissolo > Pois, foi isso que me chamou atenção no texto, Palombini, > Justamente porque passa pela questão da "aesthetic advocacy", levantada > pela Born no seu trecho. Daniel Chua (Chua, Daniel. 1999. Absolute music > and the construction of meaning. Cambridge: Cambrigde University Press.) > também aborda essa questão do julgamento e do gosto (até mesmo com > metáforas alinhadas com o texto inicial): > > "One's judgement depended on which side of the *querelle* one was on: to > become ancient was either to be classic or out of date; conversely, to be > modern was either to be a passing fashion or to be a sign of future > perfection [...]. Although taste shares the same tongue as rhetoric, its > task is not to formulate opinion but to validate it. Taste is a sense that > is both distinctly individual, in that it is subjective, and curiously > communal, in that it is invariably right: not everyone will agree with a > judgement of taste, but, as Immanuel Kant says, everyone should agree with > it. The public tongue consists of individual taste buds that savour music > with a kind of salival reaction that is shared by an *ideal* society. It > is only by a free trafficking of individual style that the social ideal of > public sphere could be reached" (p. 67-9). > > A querela dele aqui é entre o velho e o novo, em linhas gerais, mas pode > ser vista para além disso (público e compositor, por exemplo). Sempre > depende de que lado você está, não há isenção. O problema é maior do que > levantado aqui e essa discussão é muito profícua e pertinente (enquanto > compositor, pra mim é fundamental), embora seja saudável superarmos certas > questões datadas na vanguarda da década de 1960-70. > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 12 16:26:44 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 12 Nov 2012 16:26:44 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Announcing: Women and Music: A Journal of Gender and Culture Volume 16, 2012 Message-ID: Women and Music: A Journal of Gender and Culture Volume 16, 2012 http://muse.jhu.edu/journals/women_and_music/toc/wam.16.html Table of Contents Complementarity and Cultural Ideals: Women's Roles in Contemporary Canadian Powwows Anna Hoefnagels "Between Death and Life": Mobility, War, and Marshallese Women's Songs of Survival Jessica A. Schwartz Female Singers and the maladie morale in Parisian Lyric Theaters, 1830-1850 Kimberly White Theorizing Gender, Culture, and Music Making Waves: Opening Keynote for the Twentieth Anniversary of the Feminist Theory and Music Conference Susan McClary Someday They Will Dance Julia Eklund Koza Resounding Chicana Music: Listening to Eva Garza Deborah R. Vargas Reflections on the Twenty-Fifth Anniversary of Women Making Music Judith Tick Reviews Dusty! Queen of the Postmods (review) Laurie Stras Songs in Black and Lavender: Race, Sexual Politics, and Women's Music (review) Monica Hairston O'Connell Sounding Out! (review) Paula Matthusen Changed for Good: A Feminist History of the Broadway Musical (review) Bradley Rogers Wagner and the Erotic Impulse (review) Holly Watkins Pink Noises: Women on Electronic Music and Sound (review) Betsey Biggs -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 12 19:36:43 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 12 Nov 2012 19:36:43 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?H=E9lio_Laurindo_da_Silva_=28mestre?= =?iso-8859-1?q?-sala_Delegado=29_1922-2012?= Message-ID: Sambista estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, com câncer de próstata Pablo Rebello Aydano Andre Motta Publicado: 12/11/12 - 14h02 Atualizado: 12/11/12 - 17h37 [image: Mestre Delegado em ensaio na quadra da Mangueira em 30/09/2010 Foto: Gustavo Pellizzon / O Globo] Mestre Delegado em ensaio na quadra da Mangueira em 30/09/2010 Gustavo Pellizzon / O Globo RIO ? Morreu na manhã desta segunda-feira, aos 90 anos, o mais famoso mestre-sala do carnaval carioca. Hélio Laurindo da Silva, conhecido como Delegado (por ?prender? as cabrochas na conversa), era presidente de honra da Mangueira e estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, com câncer. A notícia foi confirmada pelo presidente da escola de samba, Ivo Meirelles, em seu blog e na página que mantém no Facebook. ?Lamento, profundamente, informar que acaba de falecer o maior mestre-sala de todos os tempos e nosso presidente de honra, Mestre Delegado! (...) E que Deus possa receber em paz a alma deste que, para mim, foi o mais mangueirense dentre todos os mangueirenses?, escreveu Ivo Meirelles. O corpo do mestre-sala será velado a partir das 19h desta segunda-feira, na quadra da Mangueira, na Rua Visconde de Niterói 1072. Delegado será sepultado nesta terça-feira, às 10h, no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio. Em entrevista, no início da tarde desta segunda-feira, Ivo disse que a Mangueira perdeu seu mais ilustre ícone vivo, e que a escola vai preparar uma grande homenagem para seu velório: - Que todos venham vestidos a caráter, com as cores da Mangueira, para reverenciar essa lenda. Ele era a maior referência dessa escola. A Mangueira perdeu seu pai, e todos nós aqui ficamos órfãos com a morte do Delegado. Ele era o maior dançarino de todos os tempos da escola. Sempre dançou por amor, numa época em que não havia dinheiro. Delegado era o maior baluarte da escola vivo. Não havia ninguém com a história dele. Lembro do Nelson Cavaquinho, quando falava sobre o enorme talento de dançarino do Delegado, que nunca tirou nota abaixo de 10 nos desfiles da agremiação. Nos últimos três anos, mesmo lutando contra um câncer, ele participava de todos os eventos da Verde e Rosa. Atual mestre-sala da Mangueira, Raphael Rodrigues, de 28 anos, disse que sempre teve grande admiração por Delegado, com quem teve o primeiro contato há dez anos, época em que tinha aulas de dança no Projeto Mestre Dionísio. Mas foi no fim de 2009, quando foi chamado para atuar como mestre-sala na Verde e Rosa, que Raphael estreitou os laços de amizade com Delegado. - Delegado era um ícone do carnaval. Posso garantir que 80% do solo que apresento nos desfiles é feito com base nos passos de Delegado - disse Raphael, que esteve com seu mestre pela última vez no sábado, dia 3, na quadra da Mangueira. O jovem discípulo de Delegado lembra que, naquela noite, o mestre-sala permaneceu sentado a maior parte do ensaio e, contrariando o que sempre fazia, não evoluiu com a porta-bandeira Marcella Alves. - Sempre que ele chegava à quadra, como forma de reverência, nós o puxávamos para o meio da quadra. Naquela noite, ele disse que estava com dores nas pernas e não poderia evoluir como sempre fez. Estou muito triste com a morte dele - lamentou. Para a porta-bandeira da Beija Flor de Nilópolis, Selminha Sorriso, Delegado era um embaixador do samba, um apaixonado por sua arte e um grande mestre de todos os mestres-salas que atuam hoje: - Todos, sem exceção, tinham em Delegado um exemplo, todos tiveram inspiração nele e copiam seus passos, como o carrapeta, voleio, curupira e tantos outros. Sempre que eu tinha oportunidade de estar perto dele, aproveitava para aprender algo sobre a história e a inspiração de passos que ele criou. Graças a figuras como Delegado, Neide, Vilma e outros ícones do carnaval, que hoje somos tratados como artistas, recebemos convites para apresentações no exterior. Sempre que eu o encontrava não tinha como não reverenciá-lo. A arte fica, e o artista nunca morre. Ele criou, inovou e deixou sua arte para todos os apaixonados pelo samba e pelas escolas de samba. *Nasceu sabendo* Filho de um dançarino de valsa e de uma doceira, ele teve um irmão ritmista, responsável pelo surdo (instrumento-chave da bateria) e uma irmã, Suluca, da ala das baianas. Entre Cartola, Carlos Cachaça, Balalaica, Chico Porrão e outros mangueirenses que fizeram a história da escola, construiu a mais sólida amizade com Waldomiro, fundador e primeiro presidente da bateria Surdo 1, a orquestra verde e rosa. Chegou a flertar com a ala ? mangueirense que se preze é cevado no ritmo vigoroso dos tambores ?, mas, ainda adolescente, passou a observar Jorge Rasgado, o mestre-sala da época, até se enfeitiçar por completo. Imitava os passos, caía, levantava, repetia. Estreou dia 8 de fevereiro de 1948, na Praça Onze, a Sapucaí de então. A Mangueira cantou o Vale do São Francisco (samba de Cartola e Carlos Cachaça) e ficou em quarto lugar no carnaval, vencido pelo Império Serrano. Delegado e Nininha, seu primeiro par, ganharam nota 10. Nascia a lenda. O primeiro dos oito títulos no posto veio no ano seguinte, início de uma saga interrompida apenas por doença, como a contraída numa viagem à França, em pleno inverno. Não prestou. ? Aquela friagem me derrubou. Muito ruim ? reclamou, em entrevista à Revista O GLOBO, publicada em 7 de agosto de 2011. Segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, Delegado dez parte do Bloco Carnavalesco Unidos da Mangueira, que mais tarde, junto a outros blocos do morro, veio a formar a escola de samba Mangueira. Na escola fez parte da bateria tocando surdo e mais tarde chegou a diretor de harmonia e de bateria. Como mestre-sala fez dupla com as porta-bandeiras Neide e Mocinha, além de Mocinha, com as quais recebeu por 36 vezes a nota máxima nos desfiles da escola. O último ano como mestre-sala foi o predileto: 1984, inauguração do Sambódromo, do enredo "Yes, nós temos Braguinha". Foi também o primeiro desfile em dois dias (a Portela venceu domingo, e a Mangueira, segunda). No sábado seguinte, veio o desempate, e a verde e rosa acabou supercampeã, com a suprema apoteose de voltar pela Avenida, delírio jamais repetido na história da festa. ? Achei que era a hora. Minhas porta-bandeiras estavam se aposentando, não fazia mais sentido ? contou Delegado, no melhor modelo sambista, a sábia decisão de, como Seinfeld, os Beatles e mais uns poucos, parar no auge. Nos últimos desfiles, ele saía no carro dos baluartes, o mais esperado no sempre visceral desfile mangueirense, ao lado de bambas como Nelson Sargento, Ed Miranda, Raymundo de Castro. Mas ia aos ensaios técnicos de todas as escolas na Passarela, para curtir o samba e vigiar, com olho clínico, os casais da bandeira. http://oglobo.globo.com/rio/morre-grande-mestre-sala-delegado-da-mangueira-6704824#ixzz2C2wjUE6X -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From paulabujes em gmail.com Tue Nov 13 04:13:34 2012 From: paulabujes em gmail.com (Paula Bujes) Date: Tue, 13 Nov 2012 00:13:34 -0600 Subject: [ANPPOM-Lista] Viola - Bolsas de Mestrado e Doutorado na Louisiana State University Message-ID: Excelente professor de viola, Elias Goldstein, tem quatro vagas no seu estudio. Fico feliz em esclarecer quaisquer duvidas sobre a universidade. Louisiana State University, School of Music Positions: 4 anticipated graduate viola assistantships (MM or DMA) Assistantship Award Amount: Determined by audition Additionally, students from under-represented countries and minority Americans may be eligible for a 2-year waiver of tuition from the Graduate School. Over-represented countries include: Bangladesh, Canada, France, India, Iran, Kenya, Korea, Nepal, Nigeria, Sri Lanka, Taiwan, & Turkey and USA. If your nationality does not appear in this list you may likely qualify. For further information please visit: http://www.music.lsu.edu/Prospective/Graduate/Auditions.html Audition Repertoire: 1) Two contrasting movements of unaccompanied Bach. 2) The first movement of a standard 20th Century concerto (2 for DMA) 3) Two other short works of contrasting nature and style Elias Goldstein Assistant Professor of Viola Louisiana State University www.eliasgoldstein.com egoldstein em lsu.edu -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Tue Nov 13 15:34:38 2012 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Tue, 13 Nov 2012 15:34:38 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Fwd: Yamaha Music School - CONVITE References: <82e9025e0803473cb4e45baecca4c141@member.yamaha.com> Message-ID: <8EC7EF02-4EC5-40FF-8285-42C6EE01A08B@yahoo.com.br> A indústria se aproximando da Lei 11.769! Eles não perderiam uma oportunidade deste tamanho! Abçs! Alexandre Início da mensagem encaminhada: > De: do-not-reply em member.yamaha.com > Assunto: Yamaha Music School - CONVITE > Data: 13 de novembro de 2012 15:30:15 BRST > Para: "alexandrenegreiros em yahoo.com.br" > > > Clique aqui caso não esteja visualizando > > > > > YAMAHA MUSIC SCHOOL > > > > > > > A Yamaha Music School convida você, assinante do mailing Yamaha, para um Coffee Break exclusivo, onde serão apresentados os cursos infantis, sua proposta, filosofia e métodos de ensino. > > Esse evento tem o intuito de reunir pais de crianças com 4 e 5* anos que tenham interesse de proporcionar a seus filhos educação musical de qualidade. Com metodologia única, o curso de musicalização para crianças traz para o Brasil um cenário inovador, conciliando a relação familiar e os primeiros ensinamentos da criança. Conheça a metodologia do curso. > > * Crianças que completarão 4 ou 5 anos até fevereiro de 2013. > > > Preencha o formulário e garanta sua participação: > > 26/11 (Segunda) ? 9h > > Endereço: Rua Joaquim Floriano, 913, 2º andar (YDACC), Itaim Bibi - São Paulo / SP > Telefone: (11) 3704-1377 Ramal 134 > > > > > > Yamaha Music School > www.musicschool.yamaha.com.br > > > > > > > > > > Caso não queira mais receber, envie um e-mail para: remover_newsletter em yamaha.com.br > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From musicoyargentino em gmail.com Tue Nov 13 19:42:38 2012 From: musicoyargentino em gmail.com (=?UTF-8?Q?Dami=C3=A1n_Keller?=) Date: Tue, 13 Nov 2012 17:42:38 -0400 Subject: [ANPPOM-Lista] Digest Anppom-l, volume 91, assunto 27 In-Reply-To: References: Message-ID: Caro Jean, Obrigado pelo link. A intenção do Morozov parece boa, mas falta fundamentação. Ele está substituindo o discurso tecnocrático pelo discurso tecnofóbico. Destaco o parágrafo que nos atinge mais diretamente: > It is in the developing world where the limitations of TED?s techno-humanitarian mentality are most pronounced. In TED world, problems of aid and development are no longer seen as problems of weak and corrupt institutions; they are recast as problems of inadequate connectivity or an insufficiency of gadgets. According to the Khannas, ?centuries of colonialism and decades of aid haven?t lifted Africa?s fortunes the way technology can.? Hence the latest urge to bombard Africa with tablets and Kindles?even when an average African kid would find it impossible to repair a damaged Kindle. And the gadgets do drop from the sky?Nicholas Negroponte, having spectacularly failed in his One Laptop Per Child quest, now wants to drop his own tablets from helicopters, which would make it harder for the African savages to say ?no? to MIT?s (and TED?s) civilization. This is la mission civilatrice 2.0. O acesso a tecnologia não é por definição negativo. O problema está no acesso ao know-how. Como ele coloca, tecnologia simplesmente não resolve nossos problemas. Mas o acesso universal a recursos tecnológicos pode abrir algumas portas que antes ficavam fechadas. Pega como exemplo o acesso a partituras. Hoje qualquer professor de música pode disponibilizar uma versão em PDF e múltiplas interpretações de obras históricas e recentes. Isso é possível através de 3 ferramentas: internet, repositórios abertos e licenças não-comerciais. Te pergunto, quantos professores usam isso no dia-a-dia nas escolas? O exemplo do projeto OLPC (ProUCA aqui no Brasil) é relevante. A distribuição de computadores ou a instalação de telecentros não é suficiente para garantir o acesso ao uso criativo de tecnologia. O que tem que mudar é o sistema usuário-tecnologia. E essa mudança acontece a partir das demandas dos usuários, ou seja, nós. Abraços, Damián -- Dr. Damián Keller NAP, Universidade Federal do Acre / Amazon Center for Music Research (NAP), Federal University of Acre / http://ccrma.stanford.edu/~dkeller From rodcv2 em hotmail.com Wed Nov 14 10:17:04 2012 From: rodcv2 em hotmail.com (rodcv2) Date: Wed, 14 Nov 2012 12:17:04 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] Fwd: Yamaha Music School - CONVITE Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Wed Nov 14 12:14:05 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 14 Nov 2012 12:14:05 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?nossas_universidades_tornaram-se_f?= =?iso-8859-1?q?=E1bricas?= Message-ID: Há algum tempo, a universidade de Cambridge anunciou o lançamento de um plano de demissões voluntárias, e também, que a média de alunos em sala de aula passaria de seis para doze. No artigo abaixo, Gordon Campbell, da Academia Britânica, diz que começou sua carreira com uma média de dois alunos em sala de aula, hoje são treze. Não me queixo, pessoalmente: tenho trinta, e espera-se que eu passe para sessenta. Entendi finalmente o novo slogan de minha instituição: "além dos padrões". http://www.telegraph.co.uk/education/universityeducation/9675360/Our-universities-have-become-factories.html 'Our universities have become factories' A coalition of leading academics and peers gathered last night to launch the Council for the Defence of British Universities. Founding committee member Gordon Campbell explains what is at stake. [image: Council for the Defence of British Universities: universities have become 'enterprises analogous to factories'.] Council for the Defence of British Universities: universities have become 'enterprises analogous to factories'. Photo: Alamy By Gordon Campbell, Council for the Defence of British Universities 7:00AM GMT 14 Nov 2012 For many years I have worked at one of the 40 or so universities that describe themselves as a top-20 university. And when I entered the profession, universities ? though largely independent of government ? were part of the education sector. We are now, in the eyes of government, nationalised businesses that exist to serve the economy. The Universities Ministernow reports to the Business Secretary, not his counterpart in the Department for Education. - *Universities Minister David Willetts: 'Education is a great British export industry'* In that time, life has changed utterly for academics and students alike. The value of teaching has been downgraded without mercy, because it attracts no differential funding. When I arrived at my university, we taught our undergraduates in groups of two; the numbers have gradually increased, and now we teach them in groups of 13. This is an efficiency gain. But despite these larger classes, which are typical of the sector, standards have risen steadily: when I started we gave a first every other year, and now we give a substantial number of firsts every year. As at other universities, we are urged to give still more firsts in order to be competitive. We also receive weekly injunctions to apply for grants that those of us in the humanities do not need ? grants that will buy us out of teaching, which can be done by an increasingly casualised workforce. Our ability to procure grants is central to our survival as academics. In other words, the value of our research is assessed by the amount of taxpayers' money it has cost. So how has this happened? The inappropriate notion that we are businesses was first mooted in the Jarratt Report of 1985, in which we learned that our universities were enterprises analogous to factories and that academics were charged with 'delivering' education, and in that capacity subject to key performance indicators. Students were deemed to be the products of this manufacturing process, and these products were marketed to employers. At a later stage, when fees were introduced, students ceased to be products and became customers. As enterprises, our universities were expected to compete against each other. They were also expected to be properly led, and so Vice-Chancellors and Principals acquired executive powers, senates and councils were purged of troublesome academics, and large numbers of managers were hired. University councils were reformed to resemble boards of directors, mostly populated by people from a business background; they are people of good will who work pro bono, but apart from the chair and treasurer, the complexities of the modern university are beyond the understanding of most members, and they share a tendency to see universities as Mr Romney viewed the US ? as a business in need of downsizing. And the hand of government has become gradually heavier. Funding agencies, quality agencies and more recently the Office of Fair Access have been introduced to monitor all aspects of universities' activities. What, as Chernyshevsky and Lenin said, is to be done? It is not enough to cry shame on governments that tax knowledge and heap bureaucracy on academics, or indeed on Vice-Chancellors and Principals who describe themselves as CEOs, pack our universities with managers, and devote their energy to manipulating league tables and chasing brightly-coloured baubles. We need, in the first instance, to articulate what has gone wrong, to understand how one of the world's greatest systems of universities has come to be threatened by managerialism and oppressive layers of bureaucracy, a plight that puzzles and disconcerts our academic colleagues all over Europe and the Anglophone world. Then we will need policies to commend to this government and its successors, policies based on careful consideration and wide consultation, policies that will return the universities to academics and students, affirm the value of education for citizenship and proclaim the primacy of teaching and research. That is why this Council has been created. *Professor Gordon Campbell FBA is a member of the Council for the Defence of British Universities steering committee. He is Professor of Renaissance Studies at University of Leicester. * *PS Humor britânico: no trem entre Londres e Oxford, o professor A encontra o professor B, recém nomeado pela Universidade de Oxford, e pergunta: "Como vão as coisas?". O professor B responde: "Vão indo: tenho que dar uma aula, mas não é todos os anos". * -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marcelo.arcos2 em gmail.com Wed Nov 14 12:26:03 2012 From: marcelo.arcos2 em gmail.com (Marcelo Carneiro de Lima) Date: Wed, 14 Nov 2012 12:26:03 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Miroslav Spasov e Sarah Watts na UNIRIO Message-ID: Nesta sexta, dia 16: palestra as 16h e concerto as 19h. Abraços *CONCERTO * *19h, Sala Villa-Lobos, UNIRIO * * * *eMBODYments * *Music for bass clarinet and live multi-channel electronics*** * * *Celebrating 50 Years of Creativity at Keele University* & *Audio CD release by Centaur Records, USA* * * * * Brazil?s visit is supported by *Santander Bank* and *Keele University*, UK * * * * *Sarah Watts, Bass Clarinet (UK)* *Miroslav Spasov, Electronics (UK/Canada)* * * PROGRAMME: * * Sohrab Uduman * * *Penumbra** ** *for bass clarinet and live electronics (2008) (10?)* * * * Miroslav Spasov * * *Embodiments I, II** ** *for bass clarinet and live electronics (2008) (20?)* * * * Diego Garro * * *Más Claro** *for fixed media ? based on bass clarinet sounds (2012)* * (17?)* * * * Mike Vaughan * * *In Memoriam ? [tribute to Eric Dolphy] *** for bass clarinet and electronics (2001-2004) (14?) Rajmil Fischman * * *¡**A Que No Me Quemas!** *for bass clarinet and electronics (2009) (12?)* * *Palestra (16h, sala de Audiovisual) * * * *Interactive, Immersive, Instrumental, Audiovisual and Acousmatic Creation** * * * *Keele University (UK) ? 50 Years of Creativity*** * * * * *Dr Miroslav Spasov, *Composer (UK) (Sen. Lec.) Associate Professor Composition and Computer Music Techniques KEELE UNIVERSITY * * *Miroslav Spasov (*1964*)* is a Canadian/Macedonian composer who writes instrumental and interactive electroacoustic music. He graduated composition and conducting from the University of St. Cyril and Methodius (Skopje, R of Macedonia), continued his studies at the Hoschschule fur Musik in Vienna and earned his PhD in Music Composition form the University of Calgary in Canada. He is a Senior Lecturer in Composition, Electroacoustic Composition and Computer Music Techniques in the Music/Music Technology Programmes at Keele University, UK. His works have been performed in festivals and solo concerts both in Europe and North America. These include the International Festival Ostrava New Music Days, Czech Republic, the Bartok Seminar and Festival in Szombathely, Hungary, Ammermen Centre for Arts and Technology (USA), and others. He has received two grants for creative work from The Canada Council for The Arts (2004 and 2007-2008) and one from Alberta Arts Council (2003). Among other awards, his composition Metaanthropos/Evolutio I for flute and electronics, won the first prize in the Second International Computer Music Competition Pierre Schaeffer, 1999, and was subsequently performed in Italy, France, and Netherlands. His orchestra piece à gauche, à droite, en haut was awarded an honorable mention in the 10e Concours International de Composition Musicale de Besancon (2000), France. Recently his research focused on the development of software for interactive realtime performance ? *ENACTIV*, Interactive Multimodal Composing System and *Attractors Library* a collection of MAX/MSP/Jitter modules. Research Interests include: Electroacoustic Composition, in particular the interaction between acoustic instruments and computer platforms; Composition; Semiotics and Cognition applied to audiovisual creative processes. http://www.miroslavspasov.com** -- *Marcelo Carneiro* (21) 9382-3621 (21) 3497-0193 Skype: Carneiro3729 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From jean.rudess em gmail.com Wed Nov 14 14:50:39 2012 From: jean.rudess em gmail.com (Jean Menezes da Rocha) Date: Wed, 14 Nov 2012 14:50:39 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Digest Anppom-l, volume 91, assunto 27 In-Reply-To: References: Message-ID: <50A3CBDF.5010608@gmail.com> Em 13-11-2012 19:42, Damián Keller escreveu: > Caro Jean, > > Obrigado pelo link. A intenção do Morozov parece boa, mas falta > fundamentação. Ele está substituindo o discurso tecnocrático pelo > discurso tecnofóbico. > Certo, Damián. Concordo com sua constatação de que o tom do texto torna-se radical em alguns pontos, mas não sei se chega ao pico de uma tecnofobia. Talvez, no máximo, deslizes dramáticos devido ao "calor da discussão" que se evidencia no no linguajar e no frequente direcionamento _ad hominem_ contra o casal Khanna (que não deixa de ser um vício do discurso). Mas você ainda tem razão: textos assim requerem cuidado extra na leitura, pelo menos para que não se entre no clima beligerante. > O acesso a tecnologia não é por definição negativo. O problema está > no acesso ao know-how. Como ele coloca, tecnologia simplesmente > não resolve nossos problemas. Mas o acesso universal a > recursos tecnológicos pode abrir algumas portas que antes ficavam > fechadas. > Seu ponto de vista, mais uma vez, converge com o meu. Mas a crítica do texto me parece mais direcionada a outra faceta da proposta dos Khanna: o uso da tecnologia como meio de construção de um simulacro de capital intelectual e _status_ social. É como um discurso motivacional _high tech_ e, levando a metáfora ao exagero, soa como o procedimento daquelas igrejas neopentecostais, em que há o "endeusamento" de um ente ao mesmo tempo poderoso e fugidio, que provê salvação, proteção e autoconfiança em meio à sua sociedade, para aqueles que o adotam (adoram), custe o que custar (normalmente 10% ou mais do seu salário). Isto sem contar o interesse mal disfarçado de estabelecer liderança para aqueles que primeiro dominam os artifícios de sua linguagem, seus meandros e escrevem suas regras e especificações de _modus operandi_. > Pega como exemplo o acesso a partituras. Hoje qualquer professor de > música pode disponibilizar uma versão em PDF e múltiplas > interpretações de obras históricas e recentes. Isso é possível > através de 3 ferramentas: internet, repositórios abertos e licenças > não-comerciais. Te pergunto, quantos professores usam isso no > dia-a-dia nas escolas? > > O exemplo do projeto OLPC (ProUCA aqui no Brasil) é relevante. A > distribuição de computadores ou a instalação de telecentros não é > suficiente para garantir o acesso ao uso criativo de tecnologia. O > que tem que mudar é o sistema usuário-tecnologia. E essa mudança > acontece a partir das demandas dos usuários, ou seja, nós. > > Abraços, Damián > Exatamente. O ataque do texto é justamente àqueles que tentam engendrar um mecanismo de acesso à tecnologia já com as demandas devidamente dogmatizadas (com o perdão da aliteração). Demandas que surgem "de cima para baixo" são coisa que já deveria estar superada há tempos, e cabe a nós a reflexão e a disseminação de aplicações que realmente supram demandas genuínas daqueles a quem atendemos. Abraços! From antunes em unb.br Wed Nov 14 15:13:14 2012 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Wed, 14 Nov 2012 15:13:14 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?nossas_universidades_tornaram-se_f?= =?iso-8859-1?q?=E1bricas?= In-Reply-To: References: Message-ID: *Olá:* ** *Essas eram as consequências previstas por todos aqueles que criticaram e combateram a implantação do Reuni. No desespero do sucateamento, as Universidades acabaram aderindo.* *Entendo que agora mais alguma coisa é preciso ser ensinada na sala de aula: esclarecer aos educandos como é a política odiosa do governo federal, cujo objetivo é priorizar a quantidade em detrimeto da qualidade.* *Temos uma nova tarefa: conscientizar os estudantes com relação à política governamental que pretende investir na formação de mão de obra, evitando a formação de jovens cabeças pensantes e contestadoras.* *É preciso ensinar aos jovens a tramoia em que os países em desenvolvimento mergulharam a partir de 1989, com o Consenso de Washington: um conjunto de medidas - que se compõe de dez regras básicas - formulado em novembro1989 por economistas de instituições financeiras situadas em Washington D.C., como o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.* *O projeto em curso é o de fazer-nos meros compradores de tecnologia do primeiro mundo. Para tanto a mediocrização da educação é promovida, enchendo as salas de aula, massificando o aprendizado de ofícios, formando consumidores de tecnologia importada, acabando com a formação de intelectuais, de pensadores, de inovadores, de criadores.* ** *Resistamos!* *A luta continua. * *abraços,* *Jorge Antunes* 2012/11/14 Carlos Palombini > Há algum tempo, a universidade de Cambridge anunciou o lançamento de um > plano de demissões voluntárias, e também, que a média de alunos em sala de > aula passaria de seis para doze. > > No artigo abaixo, Gordon Campbell, da Academia Britânica, diz que começou > sua carreira com uma média de dois alunos em sala de aula, hoje são treze. > > Não me queixo, pessoalmente: tenho trinta, e espera-se que eu passe para > sessenta. Entendi finalmente o novo slogan de minha instituição: "além dos > padrões". > > > http://www.telegraph.co.uk/education/universityeducation/9675360/Our-universities-have-become-factories.html > > 'Our universities have become factories' A coalition of leading academics > and peers gathered last night to launch the Council for the Defence of > British Universities. Founding committee member Gordon Campbell explains > what is at stake. > [image: Council for the Defence of British Universities: universities > have become 'enterprises analogous to factories'.] > Council for the Defence of British Universities: universities have become > 'enterprises analogous to factories'. Photo: Alamy > > By Gordon Campbell, Council for the Defence of British Universities > > 7:00AM GMT 14 Nov 2012 > > For many years I have worked at one of the 40 or so universities that > describe themselves as a top-20 university. And when I entered the > profession, universities ? though largely independent of government ? were > part of the education sector. > > We are now, in the eyes of government, nationalised businesses that exist > to serve the economy. The Universities Ministernow reports to the Business Secretary, not his counterpart in the > Department for Education. > > - *Universities Minister David Willetts: 'Education is a great British > export industry'* > > In that time, life has changed utterly for academics and students alike. > The value of teaching has been downgraded without mercy, because it > attracts no differential funding. When I arrived at my university, we > taught our undergraduates in groups of two; the numbers have gradually > increased, and now we teach them in groups of 13. This is an efficiency > gain. > > But despite these larger classes, which are typical of the sector, > standards have risen steadily: when I started we gave a first every other > year, and now we give a substantial number of firsts every year. As at > other universities, we are urged to give still more firsts in order to be > competitive. > > We also receive weekly injunctions to apply for grants that those of us in > the humanities do not need ? grants that will buy us out of teaching, which > can be done by an increasingly casualised workforce. Our ability to procure > grants is central to our survival as academics. In other words, the value > of our research is assessed by the amount of taxpayers' money it has cost. > So how has this happened? The inappropriate notion that we are businesses > was first mooted in the Jarratt Report of 1985, in which we learned that > our universities were enterprises analogous to factories and that academics > were charged with 'delivering' education, and in that capacity subject to > key performance indicators. Students were deemed to be the products of this > manufacturing process, and these products were marketed to employers. > > At a later stage, when fees were introduced, students ceased to be > products and became customers. As enterprises, our universities were > expected to compete against each other. They were also expected to be > properly led, and so Vice-Chancellors and Principals acquired executive > powers, senates and councils were purged of troublesome academics, and > large numbers of managers were hired. > > University councils were reformed to resemble boards of directors, mostly > populated by people from a business background; they are people of good > will who work pro bono, but apart from the chair and treasurer, the > complexities of the modern university are beyond the understanding of most > members, and they share a tendency to see universities as Mr Romney viewed > the US ? as a business in need of downsizing. > > And the hand of government has become gradually heavier. Funding agencies, > quality agencies and more recently the Office of Fair Access have been > introduced to monitor all aspects of universities' activities. > > What, as Chernyshevsky and Lenin said, is to be done? It is not enough to > cry shame on governments that tax knowledge and heap bureaucracy on > academics, or indeed on Vice-Chancellors and Principals who describe > themselves as CEOs, pack our universities with managers, and devote their > energy to manipulating league tables and chasing brightly-coloured baubles. > > We need, in the first instance, to articulate what has gone wrong, to > understand how one of the world's greatest systems of universities has come > to be threatened by managerialism and oppressive layers of bureaucracy, a > plight that puzzles and disconcerts our academic colleagues all over Europe > and the Anglophone world. > > Then we will need policies to commend to this government and its > successors, policies based on careful consideration and wide consultation, > policies that will return the universities to academics and students, > affirm the value of education for citizenship and proclaim the primacy of > teaching and research. That is why this Council has been created. > > *Professor Gordon Campbell FBA is a member of the Council for the Defence > of British Universities steering committee. He is > Professor of Renaissance Studies at University of Leicester. * > *PS Humor britânico: no trem entre Londres e Oxford, o professor A > encontra o professor B, recém nomeado pela Universidade de Oxford, e > pergunta: "Como vão as coisas?". O professor B responde: "Vão indo: tenho > que dar uma aula, mas não é todos os anos". > * > -- > carlos palombini > www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Wed Nov 14 15:25:04 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 14 Nov 2012 15:25:04 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] echo: a music-centered journal 10 (1), 2012 Message-ID: *Echo: A Music-Centered Journal* is an interdisciplinary, peer-reviewed journal created and edited by graduate students in the Department of Musicology at the University of California, Los Angeles. Since our first issue in Fall 1999, we have published biannually and welcome submissions and project proposals throughout the year. Echo is an entirely Web-based journal, and can be accessed free of charge by any online visitor. *Echo*?s purpose is to create a forum for discussion about music and culture that includes voices from diverse backgrounds. To that end, we endeavor to make all work accessible to readers without formal musical training; the use of sound and film clips in our journal enables writers to discuss nuances of performance without relying solely on music notation. Articles address music in diverse social contexts, and are not confined to any geographically, historically, or methodologically bounded genre. Our design philosophy is to present articles in an attractive and visually stimulating layout that complements the ideas and subject matter discussed in the text. There are limitations to this practice, however, as reading text on a computer screen, no matter how intelligent the layout, is a very different experience than reading on paper. As a compromise, Echo creates full-text printer-friendly versions of all articles and review essays as Acrobat PDFs. We are supported by an advisory board of distinguished scholars from many disciplines, and we consult the expertise of the Center for Digital Humanities on a range of issues. Grants from the Graduate Students Association at UCLA make our work possible. Current Issue - Volume 10, Issue 1 (Spring 2012) - - Articles - Jennifer Cable - How a thrown shooe became a tragedy and other funny stories: a study of the Three Burlesque Cantatas (1741) by Henry Carey (1689-1743) - - Kip Pegley - Music and Memorializaton at the Canadian War Museum - - Reviews - Carlos Palombini - *I'm Ugly But Trendy*, directed by Denise Garcia - - Mark Van Tongeren - *Thresholds: Rethinking Spirituality Through Music*, by Marcel Cobussen - - Contributors -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From m_swolff em hotmail.com Wed Nov 14 22:51:49 2012 From: m_swolff em hotmail.com (Marcus S. Wolff) Date: Thu, 15 Nov 2012 00:51:49 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?nossas_universidades_tornaram-se_f=C3=A1?= =?utf-8?q?bricas?= In-Reply-To: References: Message-ID: Que felizardos esses britânicos com seus 12, 13 alunos...enquanto, eu que nunca fui súdito do Império, mas que trabalho nas suas margens distantes tenho nas minhas salas nunca menos de 40, com a certeza de que os tempos das elites coloniais já se foram...rsabsMarcus. Marcus S. Wolff Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ Date: Wed, 14 Nov 2012 12:14:05 -0200 From: cpalombini em gmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br; sonologia-l em listas.unicamp.br Subject: [ANPPOM-Lista] nossas universidades tornaram-se fábricas Há algum tempo, a universidade de Cambridge anunciou o lançamento de um plano de demissões voluntárias, e também, que a média de alunos em sala de aula passaria de seis para doze. No artigo abaixo, Gordon Campbell, da Academia Britânica, diz que começou sua carreira com uma média de dois alunos em sala de aula, hoje são treze. Não me queixo, pessoalmente: tenho trinta, e espera-se que eu passe para sessenta. Entendi finalmente o novo slogan de minha instituição: "além dos padrões". http://www.telegraph.co.uk/education/universityeducation/9675360/Our-universities-have-become-factories.html 'Our universities have become factories' A coalition of leading academics and peers gathered last night to launch the Council for the Defence of British Universities. Founding committee member Gordon Campbell explains what is at stake. Council for the Defence of British Universities: universities have become 'enterprises analogous to factories'. Photo: Alamy By Gordon Campbell, Council for the Defence of British Universities 7:00AM GMT 14 Nov 2012 For many years I have worked at one of the 40 or so universities that describe themselves as a top-20 university. And when I entered the profession, universities ? though largely independent of government ? were part of the education sector. We are now, in the eyes of government, nationalised businesses that exist to serve the economy. The Universities Minister now reports to the Business Secretary, not his counterpart in the Department for Education. Universities Minister David Willetts: 'Education is a great British export industry' In that time, life has changed utterly for academics and students alike. The value of teaching has been downgraded without mercy, because it attracts no differential funding. When I arrived at my university, we taught our undergraduates in groups of two; the numbers have gradually increased, and now we teach them in groups of 13. This is an efficiency gain. But despite these larger classes, which are typical of the sector, standards have risen steadily: when I started we gave a first every other year, and now we give a substantial number of firsts every year. As at other universities, we are urged to give still more firsts in order to be competitive. We also receive weekly injunctions to apply for grants that those of us in the humanities do not need ? grants that will buy us out of teaching, which can be done by an increasingly casualised workforce. Our ability to procure grants is central to our survival as academics. In other words, the value of our research is assessed by the amount of taxpayers' money it has cost. So how has this happened? The inappropriate notion that we are businesses was first mooted in the Jarratt Report of 1985, in which we learned that our universities were enterprises analogous to factories and that academics were charged with 'delivering' education, and in that capacity subject to key performance indicators. Students were deemed to be the products of this manufacturing process, and these products were marketed to employers. At a later stage, when fees were introduced, students ceased to be products and became customers. As enterprises, our universities were expected to compete against each other. They were also expected to be properly led, and so Vice-Chancellors and Principals acquired executive powers, senates and councils were purged of troublesome academics, and large numbers of managers were hired. University councils were reformed to resemble boards of directors, mostly populated by people from a business background; they are people of good will who work pro bono, but apart from the chair and treasurer, the complexities of the modern university are beyond the understanding of most members, and they share a tendency to see universities as Mr Romney viewed the US ? as a business in need of downsizing. And the hand of government has become gradually heavier. Funding agencies, quality agencies and more recently the Office of Fair Access have been introduced to monitor all aspects of universities' activities. What, as Chernyshevsky and Lenin said, is to be done? It is not enough to cry shame on governments that tax knowledge and heap bureaucracy on academics, or indeed on Vice-Chancellors and Principals who describe themselves as CEOs, pack our universities with managers, and devote their energy to manipulating league tables and chasing brightly-coloured baubles. We need, in the first instance, to articulate what has gone wrong, to understand how one of the world's greatest systems of universities has come to be threatened by managerialism and oppressive layers of bureaucracy, a plight that puzzles and disconcerts our academic colleagues all over Europe and the Anglophone world. Then we will need policies to commend to this government and its successors, policies based on careful consideration and wide consultation, policies that will return the universities to academics and students, affirm the value of education for citizenship and proclaim the primacy of teaching and research. That is why this Council has been created. Professor Gordon Campbell FBA is a member of the Council for the Defence of British Universities steering committee. He is Professor of Renaissance Studies at University of Leicester. PS Humor britânico: no trem entre Londres e Oxford, o professor A encontra o professor B, recém nomeado pela Universidade de Oxford, e pergunta: "Como vão as coisas?". O professor B responde: "Vão indo: tenho que dar uma aula, mas não é todos os anos". -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Wed Nov 14 23:20:49 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 14 Nov 2012 23:20:49 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?nossas_universidades_tornaram-se_f?= =?iso-8859-1?q?=E1bricas?= In-Reply-To: References: Message-ID: Veja a diferença entre a sexta e a sétima economias: Sexta economia (eu): 60 alunos durante 4 horas semanais, metade das 8 horas mínimas (nas demais 4 horas, de 30 alunos pra cima). Sétima economia (o reclamante): 13 alunos durante 1 hora semanal, um sexto das 6 horas máximas. Sem dúvida nenhuma, estou "além dos padrões". Vamos discutir a "universidade do futuro"? cvp 2012/11/14 Marcus S. Wolff > > > Que felizardos esses britânicos com seus 12, 13 alunos...enquanto, eu que > nunca fui súdito do Império, mas que trabalho nas suas margens > distantes tenho nas minhas salas nunca menos de 40, com a certeza de que os > tempos das elites coloniais já se foram...rs > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Thu Nov 15 15:59:52 2012 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Thu, 15 Nov 2012 15:59:52 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=22Historiador=3F_S=F3_com_diploma?= =?iso-8859-1?q?=22_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: <1352722154.83350.YahooMailNeo@web120003.mail.ne1.yahoo.com> References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> <1352722154.83350.YahooMailNeo@web120003.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Oi pessoal, Peço perdão pela longa opinião sobre esse PLS 368 (regulam. historiador), na íntegra abaixo. Pela recente atuação junto ao SindMusi-RJ no esforço (possível) para reformular "nossa" caquética OMB, venho me aproximando de conceitos como habilitação profissional, regulamentação, conselhos etc. e gostaria de dividir com todos o pouco que compreendi a esse respeito. Depois lembro da desobrigação da contratação de formados em música, nascida do veto presidencial a tal item quando sancionada a lei 11.769 e, finalmente, da recente tentativa da Federação dos Jornalistas de tornar os textos jornalísticos exclusivos dos diplomados em Comunicação Social. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através das Superintendências Regionais (SRTE) carimba na carteira (CTPS) o Registro Profissional, que confere a habilitação para o exercício de uma profissão. Ele pode fazer isso com as profissões reconhecidas por lei, e o fará em todos os locais onde não haja um Sindicato específico da categoria. Nem toda profissão reconhecida é também regulamentada; para tal deve haver lei que imponha limites específicos ao seu exercício (jornada máxima, espaço de trabalho, equipamentos, repouso etc.). Havendo um sindicato, caberá a ele esta habilitação, além da defesa do profissional em seu exercício. Dependendo do que diga a lei (geral - CLT, ou específica - regulamentação) em relação a uma certa carreira, a habilitação pode ser dada por diploma ou pelo reconhecimento do seu efetivo exercício. Se houver um conselho profissional da categoria, esta se dará somente a critério deste conselho. Os conselhos (como a nossa OMB) regulam e organizam a atividade de algumas profissões regulamentadas. Atuam para defender a sociedade de maus profissionais. Exigem que se cumpra a regulamentação estabelecida em lei. Todos os conselhos são autarquias, cuja criação ou modificação são de competência privativa da Presidência da República. Pois representam o próprio Estado, com suas funções típicas, mesmo que tenham certa autonomia. Para os fins específicos, exercem o poder de polícia e tem suas taxas com força de tributo. Há categorias COM e outras SEM conselhos porque o Estado reconhece ou não riscos maiores ou menores na atuação de seus maus profissionais. Em geral, há conselhos onde o mal exercício profissional possa causar danos irreparáveis à sociedade. (Ah, Juscelino...) O esforço da ANPUH para a regulamentação expresso nesse PLS, então, mostra a tentativa de definir claramente o "fazer" do historiador, seus limites e onde se imbricam com os limites de outros fazeres. Só que avançam pouco, e conduzem a tentativa por caminhos pouco precisos. Faço então algumas considerações, temendo mesmo que não haja outros ou maiores caminhos: 1) Quando o PLS cria para o historiador a "reserva de mercado" para o magistério, vejo-a adiante categoricamente atropelada, tal como se deu na tentativa equivalente da lei 11.769: uma lei federal como esta obrigaria sistemas tão desiguais que nossos gargalos centenários brotarão em cada esquina. Não lembro dos números exatos da Funarte/MinC, em debate no CBM ao final de 2010, mas as ordens de grandeza já contam: são hoje cerca de 60 mil escolas (de ensino básico e fundamental) para cerca de 10 mil músicos diplomados, crescendo a aprox. 5% ao ano. Para a disciplina História, que números teríamos? Além do limite pragmático, MEC e cantões, no mérito também não há como prever sucesso. Abaixo, a justificativa do veto à exigência de formação específica: Parágrafo único (vetado). O ensino da música será ministrado por professores com formação específica na área. Razões do veto: "No tocante ao parágrafo único do art. 62, é necessário que se tenha muita clareza sobre o que significa 'formação específica na área'. Vale ressaltar que a música é uma prática social e que no Brasil existem diversos profissionais atuantes nessa área sem formação acadêmica ou oficial em música e que são reconhecidos nacionalmente. Esses profissionais estariam impossibilitados de ministrar tal conteúdo na maneira em que este dispositivo está proposto. Adicionalmente, esta exigência vai além da definição de uma diretriz curricular e estabelece, sem precedentes, uma formação específica para a transferência de um conteúdo. Note-se que não há qualquer exigência de formação específica para Matemática, Física, Biologia etc. Nem mesmo quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define conteúdos mais específicos como os relacionados a diferentes culturas e etnias (art. 26, § 4º) e de língua estrangeira (art. 26, § 5º), ela estabelece qual seria a formação mínima daqueles que passariam a ministrar esses conteúdos." 2) Quando tenta reconhecer limites específicos para a atuação desse profissional, não vejo em nenhuma das suas atribuições, previstas no art. 4º, a necessidade de uma competência específica deste diplomado. No inciso I, já falei sobre as razões do magistério acima. No inciso II, a "organização de informações para publicações, exposições e eventos" deve contar necessariamente com a contribuição do especialista da área à qual a história (a ser retratada ou analisada) se devota e, havendo o viés historicista, também um historiador. Mas não exclusivamente, ou precisaríamos multiplicar (instantaneamente) os historiadores especializados na proporção dos assuntos em debate pela ciência. Se considerarmos ainda a categoria história do tempo presente, o que faríamos com a imprensa periódica, os documentaristas ou mesmo com os blogs da internet? Nas atividades de "planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica" (item III) e nas de "assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação" (item V) e "elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos" (item VI), creio que haja atividades típicas, embora outra vez não veja forma de tornar razoável proibir a atuação de especialistas das áreas às quais a história se dedique e, se necessário, como protagonistas. Em essência, apenas no item IV "assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica" creio ser possível vislumbrar uma atividade essencialmente típica, mas assim mesmo depois de um algum enfrentamento conceitual com bibliotecários, arquivologistas e museólogos, quiçá analistas de bancos de dados, que fugiria completamente ao meu alcance. Folgo em saber que o Cristóvão Buarque já admitiu a desatenção quanto ao parecer favorável ao PLS 368 que assinou, redigido por um assessor, e que pretende tomar providências em sentido contrário. Lembro então da decisão do STF, de 2009, que acabou com a pretensão da FENAJ de tornar restrito a jornalistas a função de "escrever em jornais". Segue a opinião do Gilmar Mendes, que foi o relator e que sintetiza o entendimento do plenário (que só não foi acompanhado pelo primo do Collor): ?O jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada? [...] ?O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada?. A íntegra do PLS 368: Art. 1º Esta Lei regulamenta a profissão de historiador, estabelece os requisitos para o exercício da atividade profissional e determina o registro em órgão competente. Art. 2º É livre o exercício da atividade profissional de historiador, desde que atendidas as qualificações e exigências estabelecidas nesta Lei. Art. 3º O exercício da profissão de historiador, em todo o território nacional, é privativo dos portadores de: I ? diploma de curso superior em História, expedido por instituição regular de ensino; II ? diploma de curso superior em História, expedido por instituição estrangeira e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação; III ? diploma de mestrado ou doutorado em História, expedido por instituição regular de ensino superior, ou por instituição estrangeira e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação. Art. 4º São atribuições dos historiadores: I ? magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior; II ? organização de informações para publicações, exposições e eventos sobre temas de História; III ? planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica; IV ? assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica; V ? assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação; VI ? elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos. Art. 5º Para o provimento e exercício de cargos, funções ou empregos de historiador, é obrigatória a apresentação de diploma nos termos do art. 3o desta Lei. Art. 6º As entidades que prestam serviços em História manterão, em seu quadro de pessoal ou em regime de contrato para prestação de serviços, historiadores legalmente habilitados. Art. 7º O exercício da profissão de historiador requer prévio registro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do local onde o profissional irá atuar. Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sou músico, tenho amigos jornalistas e historiadores, e respeito todos, mas acho essas reservas um exagero! Abçs! Alexandre Negreiros Em 12/11/2012, às 10:09, Fernando Lacerda escreveu: > Bom dia a todas e todos! > > Envio como arquivo anexo o texto do projeto de lei. Envio também um link para uma entrevista com o senador Paulo Paim, autor do projeto: > > http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-conversa-cappuccino-8?id=1980410%3ABlogPost%3A462423&page=2 > > A meu ver, o projeto tem indubitáveis méritos, mas deixa algumas questões para discussão. > > O art. 3° diz que a profissão de historiador é privativa dos que possuem diplomas de graduação ou pós-graduação stricto sensu em História. A exigência do diploma ficou a cargo do art. 5°. No art. 4°, o legislador enumerou quais atribuições (privativas, portanto) dizem respeito ao trabalho do historiador. Vejamos: > > I ? magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior. > II ? organização de informações para publicações, exposições e eventos em empresas, museus, editoras, produtoras de vídeo e de CD-ROM, ou emissoras de > Televisão, sobre temas de História; > III ? planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica; > IV ? assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica; > V ? assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação; > VI ? elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos. > > Pois bem... > > 1. Não sei se existe a disciplina "História" pura e simples em algum curso do ensino superior, mas pode ser que exista. Penso que nos ensinos fundamental II e médio faça sentido. No ensino fundamental I, a disciplina sempre ficou a cargo do professor polivalente. Neste caso, se cada área tiver uma lei específica, talvez chegue uma hora em que o professor licenciado no curso de Pedagogia não tenha mais disciplinas no ensino fundamental I por falta de especificidade do curso. > > 2. Isto realmente me intriga: o que se define como história? História de...?! Se todas atividades listadas acima forem privativas, talvez precisemos de um historiador para escrever programas de concerto que tenham "informações sobre temas de História". Por outro lado, se os temas de história versarem especificamente sobre a metodologia da História, a lei talvez faça sentido, mas ainda assim favorecerá a separação entre as áreas do conhecimento. > > 3. Musicologia histórica é um serviço de pesquisa histórica que possui seus próprios métodos, porém em diálogo com uma série de outros campos. Como ficamos? Os arquivos e acervos em geral precisarão necessariamente ter um historiador ou um musicólogo sem formação específica em História poderá ser o profissional responsável? Isto inclui os incisos III a VI. > > 4. Destaco um trecho da entrevista (link acima) com o senador Paim: > > > "CAFÉ HISTÓRIA - Alguns pesquisadores autônomos e pesquisadores de áreas co-relatas temem que a lei possa vir a ser prejudicial aos não-portadores de diploma em história. Isso é verdade? > > SENADOR PAULO PAIM - O reconhecimento da profissão vai exigir que as pessoas tenham diploma. Espero que a iniciativa não venha a trazer prejuízo para os pesquisadores que se debruçam sobre a História." > > É curioso como o Legislativo brasileiro é irresponsável!!! Aliás, sempre me pareceu um poder perfeitamente dispensável. Neste ponto, os países com sistema de Common Law me parecem mais sensatos, mas voltando à questão: a função do legislador não deveria ser apenas "esperar que...", mas garantir ferramentas para que não ocorra. Para não correr o risco de que a "providência" (venha ela de onde vier) se incumba das correções da lei, bastaria um artigo com uma ressalva para profissionais de áreas específicas possam trabalhar com os assuntos históricos de suas áreas. Não sei exatamente como redigir isto sem precisar de exemplos, mas não sou em quem precisaria redigir. > > Cordialmente, > > Fernando Lacerda S. Duarte > > > De: MARCEL OLIVEIRA > Para: Marcus S. Wolff > Cc: etnomusicologia lista ; lista ANPPOM > Enviadas: Domingo, 11 de Novembro de 2012 12:08 > Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues > > Sugiro a leitura do texto de Benito Bisso Schimidt, presidente da ANPUH, em resposta ao artigo da Folha > > > PROFISSÃO DE HISTORIADOR: > MARCHA DA INSENSATEZ OU DO DESCONHECIMENTO? > > Nós, historiadores profissionais, sabemos que uma das regras básicas do nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e na crítica dos vestígios do passado, os documentos. Fernando Rodrigues, por não ter essa formação, talvez desconheça essa regra tão elementar e, por isso, não se deu ao trabalho de ler com atenção o documento que deveria balizar a sua análise (sic) publicada no jornal Folha de São Paulo de 10 de novembro de 2012: o Projeto de Regulamentação da Profissão de Historiador, aprovado no Senado Federal na última quarta-feira. Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa). > > Temos certeza que o Senador Cristovam Buarque, tão sensível aos problemas da educação brasileira, apóia esta idéia, pois ela possibilita um ensino mais qualificado. > > Temos certeza também que o Senador José Sarney, conhecedor do teor do projeto, está tranqüilo, pois sabe que não vai ser impedido, como nenhum cidadão brasileiro, de escrever sobre a história de seu estado, ou de qualquer período, indivíduo, localidade ou processo. Isso atentaria contra as liberdades democráticas, das quais os historiadores profissionais são grandes defensores. > > Fique tranqüilo senhor Fernando Rodrigues, o senhor também poderá escrever sobre história. Só sugerimos que leia os documentos necessários antes de o fazer. > > Benito Bisso Schmidt > > Presidente da Associação Nacional de História ? ANPUH-Brasil > > > > Em 10 de novembro de 2012 15:48, Marcus S. Wolff escreveu: > > Prezada Miriam e colegas, > li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. Cordialmente, > Marcus. > > Marcus S. Wolff > Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) > Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) > Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia > da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ > > > Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 > From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues > > > alerta aos musicólogos brasileiros > http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml > > ____ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From apacheco em post.com Thu Nov 15 15:40:12 2012 From: apacheco em post.com (Alberto Pacheco) Date: Thu, 15 Nov 2012 12:40:12 -0500 Subject: [ANPPOM-Lista] Newsletter Caravelas Novembro Message-ID: <20121115174012.6410@gmx.com> Caros colegas: Venho informar que a Newsletter Caravelas do mês de novembro encontra-se on-line em: http://www.caravelas.com.pt/newsletter_caravelas_novembro_2012.pdf Todos os números do informativo podem ser vistos em: http://www.caravelas.com.pt/newsletter.html Com os melhores cumprimentos Alberto Pacheco CESEM/FCT Universidade Nova de Lisboa -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From caviolao em yahoo.com.br Thu Nov 15 17:35:59 2012 From: caviolao em yahoo.com.br (cristovam augusto de carvalho sobrinho augusto) Date: Thu, 15 Nov 2012 11:35:59 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?RXZvbHXDp8OjbyBkYSBlZHVjYcOnw6NvIGLDoXNp?= =?utf-8?q?ca_e_superior_no_Brasil?= Message-ID: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Gostaria de compartilhar o texto abaixo. Att. O novo imbecil coletivo Olavo de Carvalho Diário do Comércio, 30 de outubro de 2012          Quando entre os anos 80 e 90 comecei a redigir as notas que viriam a compor O Imbecil Coletivo, os personagens a que ali eu me referia eram indivíduos inteligentes, razoavelmente cultos, apenas corrompidos pela auto-intoxicação ideológica e por um corporativismo de partido que, alçando-os a posições muito superiores aos seus méritos, deformavam completamente sua visão do universo e de si mesmos. Foi por isso que os defini como ?um grupo de pessoas de inteligência normal ou mesmo superior que se reúnem com a finalidade de imbecilizar-se umas às outras?.           Essa definição já não se aplica aos novos tagarelas e opinadores, que atuam sobretudo através da internete que hoje estão entre os vinte e os quarenta anos de idade. Tal como seus antecessores, são pessoas de inteligência normal ou superior separadas do pleno uso de seus dons pela intervenção de forças sociais e culturais. A diferença é que essas forças os atacaram numa idade mais tenra e já não são bem as mesmas que lesaram os seus antecessores.           Até os anos 70, os brasileiros recebiam no primário e no ginásio uma educação normal, deficiente o quanto fosse. Só vinham a corromper-se quando chegavam à universidade e, em vez de uma abertura efetiva para o mundo da alta cultura, recebiam doses maciças de doutrinação comunista, oferecida sob o pretexto, àquela altura bastante verossímil, da luta pela restauração das liberdades democráticas. A pressão do ambiente, a imposição do vocabulário e o controle altamente seletivo dos temas e da bibliografia faziam com que a aquisição do status de brasileiro culto se identificasse, na mente de cada estudante, com a absorção do estilo esquerdista de pensar, de sentir e de ser ? na verdade, nada mais que um conjunto de cacoetes mentais.           O trabalho dos professores-doutrinadores era complementado pela grande mídia, que, então já amplamente dominada por ativistas e simpatizantes de esquerda, envolvia os intelectuais e artistas de sua preferência ideológica numa aura de prestígio sublime, ao mesmo tempo que jogava na lata de lixo do esquecimento os escritores e pensadores considerados inconvenientes, exceto quando podia explorá-los como exceções que por sua própria raridade e exotismo confirmavam a regra.           Criada e mantida pelas universidades, pelo movimento editorial e pela mídia impressa, a atmosfera de imbecilização ideológica era, por assim dizer, um produto de luxo, só acessível às classes média e alta, deixando intacta a massa popular.           A partir dos anos 80, a elite esquerdista tomou posse da educação pública, aí introduzindo o sistema de alfabetização ?socioconstrutivista?, concebido por pedagogos esquerdistas como Emilia Ferrero, Lev Vigotsky e Paulo Freire para implantar na mente infantil as estruturas cognitivas aptas a preparar o desenvolvimento mais ou menos espontâneo de uma cosmovisão socialista, praticamente sem necessidade de ?doutrinação? explícita.           Do ponto de vista do aprendizado, do rendimento escolar dos alunos, e sobretudo da alfabetização, os resultados foram catastróficos.           Não há espaço aqui para explicar a coisa toda, mas, em resumidas contas, é o seguinte. Todo idioma compõe-se de uma parte mais ou menos fechada, estável e mecânica ? o alfabeto, a ortografia, a lista de fonemas e suas combinações, as regras básicas da morfologia e da sintaxe -- e de uma parte aberta, movente e fluida: o universo inteiro dos significados, dos valores, das nuances e das intenções de discurso. A primeira aprende-se eminentemente por memorização e exercícios repetitivos. A segunda, pelo auto-enriquecimento intelectual permanente, pelo acesso aos bens de alta cultura, pelo uso da inteligência comparativa, crítica e analítica e, last not least, pelo exercício das habilidades pessoais de comunicação e expressão. Sem o domínio adequado da primeira parte, é impossível orientar-se na segunda. Seria como saltar e dançar antes de ter aprendido a andar. É exatamente essa inversão que o socio construtivismo impõe aos alunos, pretendendo que participem ativamente ? e até criativamente ? do ?universo da cultura? antes de ter os instrumentos de base necessários à articulação verbal de seus pensamentos, percepções e estados interiores.           O socioconstrutivismo mistura a alfabetização com a aquisição de conteúdos, com a socialização e até com o exercício da reflexão crítica, tornando o processo enormemente complicado e, no caminho, negligenciando a aquisição das habilidades fonético-silábicas elementares  sem as quais ninguém pode chegar a um domínio suficiente da linguagem.                   O produto dessa monstruosidade pedagógica são estudantes que chegam ao mestrado e ao doutorado sem conhecimentos mínimos de ortografia e com uma reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Na universidade aprendem a macaquear o jargão de uma ou várias especialidades acadêmicas que, na falta de um domínio razoável da língua geral e literária, compreendem de maneira coisificada, quase fetichista, permanecendo quase sempre insensíveis às nuances de sentido e incapazes de apreender, na prática, a diferença entre um conceito e uma figura de linguagem. Em geral não têm sequer o senso da ?forma?, seja no que lêem, seja no que escrevem.           Aplicado em escala nacional, o socioconstrutivismo resultou numa espetacular democratização da inépcia, que hoje se distribui mais ou menos equitativamente entre todos os jovens brasileiros estudantes ou diplomados, sem distinções de credo ou de ideologia. O novo imbecil coletivo, ao contrário do antigo, não tem carteirinha de partido. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From caviolao em yahoo.com.br Thu Nov 15 19:50:29 2012 From: caviolao em yahoo.com.br (cristovam augusto de carvalho sobrinho augusto) Date: Thu, 15 Nov 2012 13:50:29 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Para_nossa_reflex=E3o=2E=2E=2E?= Message-ID: <1353016229.77522.YahooMailClassic@web125106.mail.ne1.yahoo.com> Compartilhando. Att. Uma reflexão sobre a pesquisa em ciências humanas:     A proposta desta coletânea intitulada Sociedade, Educação e Pesquisa em Ciências Humanas se direciona àqueles que possuem interesse em desenvolver monografias na graduação ou pesquisas na pós-graduação stricto sensu nas diversas áreas das ciências humanas, especialmente a educação e, certamente, esta obra oferece contribuições significativas à formação de estudantes, professores e pesquisadores vinculados às diferentes áreas do conhecimento. Pelo fato de apresentar um conjunto de informações, em meio à diversidade de problemas humanos e sociais, pode auxiliar na escolha ou definição do recorte de um tema a ser aprofundado e desenvolvido. Em decorrência da amplitude de problemas que podem ser investigados e a necessidade de demarcar as possibilidades da pesquisa, faz-se necessário a percepção de que a questão não se encerra na definição da metodologia da pesquisa e na identificação da temática a ser pesquisada e sua delimitação, mas antes na compreensão preliminar do objeto a ser investigado.  Editora CRV. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From m_swolff em hotmail.com Thu Nov 15 21:08:15 2012 From: m_swolff em hotmail.com (Marcus S. Wolff) Date: Thu, 15 Nov 2012 23:08:15 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?=22Historiador=3F_S=F3_com_diplom?= =?windows-1252?q?a=22_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> <1352722154.83350.YahooMailNeo@web120003.mail.ne1.yahoo.com>, Message-ID: Caros colegas,como afirmou o presidente da ANPUH, prof Benito B. Scmidt, em sua defesa do projeto no senado no dia 06/11, aprovado no dia seguinte, "o que se pretende não é impedir ninguém de escrever ou se manifestar sobre o passado, mas sim assegurar a presença de historiadores profissionais, com formação específica, nas instituições que realizem pesquise e ensino de História. Além disso, pelo raciocínio do Senador (Aloysio Nunes Ferreira), não seria um problema a situação que, infelizmente, ocorre hoje, na qual, em diversos espaços profissionais, historiadores acabam tendo que lecionar Geografia, Sociologia, Artes, entre outras matérias, sem terem conhecimentos específicos para isso (e vice-versa), o que certamente prejudica a formação dos estudantes dos variados níveis de ensino. Também por analogia, poder-se-ia, caso a perspectiva do Senador fosse correta, pensar que grandes atletas teriam a possibilidade de lecionar Educação Física nas escolas, sem possuírem para isso conhecimentos de Anatomia, Fisiologia, Movimento Humano, Pedagogia, entre outros, apenas a sua prática em determinados esportes (não é à toa que muitos atletas percebem tal lacuna formativa e, em algum momento de sua carreira, ingressam em cursos de Educação Física). Por fim, nem é preciso dizer o quanto a ANPUH reconhece e admira o trabalho de estudiosos como Cabral de Mello e Costa e Silva e sua contribuição à historiografia brasileira, inclusive convidando-os a participar de eventos promovidos pela entidade". (trecho citado retirado do último informe da ANPUH, a qual sou associado).Dando , prosseguimento ao seu esclarecimento, o prof Benito observa que nós historiadores, que passamos por um longo aprendizado no tratamento com as fontes e em sua problematização, "sabemos que uma das regras básicas do nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e na crítica dos vestígios do passado, os documentos"(idem, ibidem). E acrescneta: Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa)". Aliás, a nova lei vem a impedir que situações como a que vivi recentemente na minha universidade, onde um arquiteto foi chamado pela coordenadora de comunicação para me substituir na disciplina de história contemporânea, embora ele não tenha formação na área . Como músico e historiador, creio que essa lei veio em boa hora, contribuindo para que a história da música passe a ser encarada com mais seriedade nas graduações em música, onde geralmente é vista como disciplina complementar, a serviço de uma boa performance. Talvez assim as aulas de história da música nos cursos de graduação comecem a lidar com as linguagens musicais e os discursos sobre música com maior grau de aprofundamento e autonomia e com as ferramentas necessárias para isso! Cordialmente,Marcus. Marcus S. Wolff Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ Subject: Re: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br Date: Thu, 15 Nov 2012 15:59:52 -0200 CC: marceloliveirasouza em gmail.com; m_swolff em hotmail.com; etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br; anppom-l em iar.unicamp.br To: lacerda.lacerda em yahoo.com.br Oi pessoal, Peço perdão pela longa opinião sobre esse PLS 368 (regulam. historiador), na íntegra abaixo. Pela recente atuação junto ao SindMusi-RJ no esforço (possível) para reformular "nossa" caquética OMB, venho me aproximando de conceitos como habilitação profissional, regulamentação, conselhos etc. e gostaria de dividir com todos o pouco que compreendi a esse respeito. Depois lembro da desobrigação da contratação de formados em música, nascida do veto presidencial a tal item quando sancionada a lei 11.769 e, finalmente, da recente tentativa da Federação dos Jornalistas de tornar os textos jornalísticos exclusivos dos diplomados em Comunicação Social. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através das Superintendências Regionais (SRTE) carimba na carteira (CTPS) o Registro Profissional, que confere a habilitação para o exercício de uma profissão. Ele pode fazer isso com as profissões reconhecidas por lei, e o fará em todos os locais onde não haja um Sindicato específico da categoria. Nem toda profissão reconhecida é também regulamentada; para tal deve haver lei que imponha limites específicos ao seu exercício (jornada máxima, espaço de trabalho, equipamentos, repouso etc.). Havendo um sindicato, caberá a ele esta habilitação, além da defesa do profissional em seu exercício. Dependendo do que diga a lei (geral - CLT, ou específica - regulamentação) em relação a uma certa carreira, a habilitação pode ser dada por diploma ou pelo reconhecimento do seu efetivo exercício. Se houver um conselho profissional da categoria, esta se dará somente a critério deste conselho. Os conselhos (como a nossa OMB) regulam e organizam a atividade de algumas profissões regulamentadas. Atuam para defender a sociedade de maus profissionais. Exigem que se cumpra a regulamentação estabelecida em lei. Todos os conselhos são autarquias, cuja criação ou modificação são de competência privativa da Presidência da República. Pois representam o próprio Estado, com suas funções típicas, mesmo que tenham certa autonomia. Para os fins específicos, exercem o poder de polícia e tem suas taxas com força de tributo. Há categorias COM e outras SEM conselhos porque o Estado reconhece ou não riscos maiores ou menores na atuação de seus maus profissionais. Em geral, há conselhos onde o mal exercício profissional possa causar danos irreparáveis à sociedade. (Ah, Juscelino...) O esforço da ANPUH para a regulamentação expresso nesse PLS, então, mostra a tentativa de definir claramente o "fazer" do historiador, seus limites e onde se imbricam com os limites de outros fazeres. Só que avançam pouco, e conduzem a tentativa por caminhos pouco precisos. Faço então algumas considerações, temendo mesmo que não haja outros ou maiores caminhos: 1) Quando o PLS cria para o historiador a "reserva de mercado" para o magistério, vejo-a adiante categoricamente atropelada, tal como se deu na tentativa equivalente da lei 11.769: uma lei federal como esta obrigaria sistemas tão desiguais que nossos gargalos centenários brotarão em cada esquina. Não lembro dos números exatos da Funarte/MinC, em debate no CBM ao final de 2010, mas as ordens de grandeza já contam: são hoje cerca de 60 mil escolas (de ensino básico e fundamental) para cerca de 10 mil músicos diplomados, crescendo a aprox. 5% ao ano. Para a disciplina História, que números teríamos? Além do limite pragmático, MEC e cantões, no mérito também não há como prever sucesso. Abaixo, a justificativa do veto à exigência de formação específica: Parágrafo único (vetado). O ensino da música será ministrado por professores com formação específica na área. Razões do veto: "No tocante ao parágrafo único do art. 62, é necessário que se tenha muita clareza sobre o que significa 'formação específica na área'. Vale ressaltar que a música é uma prática social e que no Brasil existem diversos profissionais atuantes nessa área sem formação acadêmica ou oficial em música e que são reconhecidos nacionalmente. Esses profissionais estariam impossibilitados de ministrar tal conteúdo na maneira em que este dispositivo está proposto. Adicionalmente, esta exigência vai além da definição de uma diretriz curricular e estabelece, sem precedentes, uma formação específica para a transferência de um conteúdo. Note-se que não há qualquer exigência de formação específica para Matemática, Física, Biologia etc. Nem mesmo quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define conteúdos mais específicos como os relacionados a diferentes culturas e etnias (art. 26, § 4º) e de língua estrangeira (art. 26, § 5º), ela estabelece qual seria a formação mínima daqueles que passariam a ministrar esses conteúdos." 2) Quando tenta reconhecer limites específicos para a atuação desse profissional, não vejo em nenhuma das suas atribuições, previstas no art. 4º, a necessidade de uma competência específica deste diplomado. No inciso I, já falei sobre as razões do magistério acima. No inciso II, a "organização de informações para publicações, exposições e eventos" deve contar necessariamente com a contribuição do especialista da área à qual a história (a ser retratada ou analisada) se devota e, havendo o viés historicista, também um historiador. Mas não exclusivamente, ou precisaríamos multiplicar (instantaneamente) os historiadores especializados na proporção dos assuntos em debate pela ciência. Se considerarmos ainda a categoria história do tempo presente, o que faríamos com a imprensa periódica, os documentaristas ou mesmo com os blogs da internet? Nas atividades de "planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica" (item III) e nas de "assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação" (item V) e "elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos" (item VI), creio que haja atividades típicas, embora outra vez não veja forma de tornar razoável proibir a atuação de especialistas das áreas às quais a história se dedique e, se necessário, como protagonistas. Em essência, apenas no item IV "assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica" creio ser possível vislumbrar uma atividade essencialmente típica, mas assim mesmo depois de um algum enfrentamento conceitual com bibliotecários, arquivologistas e museólogos, quiçá analistas de bancos de dados, que fugiria completamente ao meu alcance. Folgo em saber que o Cristóvão Buarque já admitiu a desatenção quanto ao parecer favorável ao PLS 368 que assinou, redigido por um assessor, e que pretende tomar providências em sentido contrário. Lembro então da decisão do STF, de 2009, que acabou com a pretensão da FENAJ de tornar restrito a jornalistas a função de "escrever em jornais". Segue a opinião do Gilmar Mendes, que foi o relator e que sintetiza o entendimento do plenário (que só não foi acompanhado pelo primo do Collor): ?O jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada? [...] ?O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada?. A íntegra do PLS 368: Art. 1º Esta Lei regulamenta a profissão de historiador, estabelece os requisitos para o exercício da atividade profissional e determina o registro em órgão competente.Art. 2º É livre o exercício da atividade profissional de historiador, desde que atendidas as qualificações e exigências estabelecidas nesta Lei.Art. 3º O exercício da profissão de historiador, em todo o território nacional, é privativo dos portadores de:I ? diploma de curso superior em História, expedido por instituição regular de ensino;II ? diploma de curso superior em História, expedido por instituição estrangeira e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação;III ? diploma de mestrado ou doutorado em História, expedido por instituição regular de ensino superior, ou por instituição estrangeira e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação.Art. 4º São atribuições dos historiadores:I ? magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior;II ? organização de informações para publicações, exposições e eventos sobre temas de História;III ? planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica;IV ? assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica;V ? assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação;VI ? elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos.Art. 5º Para o provimento e exercício de cargos, funções ou empregos de historiador, é obrigatória a apresentação de diploma nos termos do art. 3o desta Lei.Art. 6º As entidades que prestam serviços em História manterão, em seu quadro de pessoal ou em regime de contrato para prestação de serviços, historiadores legalmente habilitados.Art. 7º O exercício da profissão de historiador requer prévio registro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do local onde o profissional irá atuar.Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sou músico, tenho amigos jornalistas e historiadores, e respeito todos, mas acho essas reservas um exagero! Abçs!Alexandre Negreiros Em 12/11/2012, às 10:09, Fernando Lacerda escreveu:Bom dia a todas e todos! Envio como arquivo anexo o texto do projeto de lei. Envio também um link para uma entrevista com o senador Paulo Paim, autor do projeto: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-conversa-cappuccino-8?id=1980410%3ABlogPost%3A462423&page=2 A meu ver, o projeto tem indubitáveis méritos, mas deixa algumas questões para discussão. O art. 3° diz que a profissão de historiador é privativa dos que possuem diplomas de graduação ou pós-graduação stricto sensu em História. A exigência do diploma ficou a cargo do art. 5°. No art. 4°, o legislador enumerou quais atribuições (privativas, portanto) dizem respeito ao trabalho do historiador. Vejamos: I ? magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior.II ? organização de informações para publicações, exposições e eventos em empresas, museus, editoras, produtoras de vídeo e de CD-ROM, ou emissoras deTelevisão, sobre temas de História;III ? planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica;IV ? assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica;V ? assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação;VI ? elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos. Pois bem... 1. Não sei se existe a disciplina "História" pura e simples em algum curso do ensino superior, mas pode ser que exista. Penso que nos ensinos fundamental II e médio faça sentido. No ensino fundamental I, a disciplina sempre ficou a cargo do professor polivalente. Neste caso, se cada área tiver uma lei específica, talvez chegue uma hora em que o professor licenciado no curso de Pedagogia não tenha mais disciplinas no ensino fundamental I por falta de especificidade do curso. 2. Isto realmente me intriga: o que se define como história? História de...?! Se todas atividades listadas acima forem privativas, talvez precisemos de um historiador para escrever programas de concerto que tenham "informações sobre temas de História". Por outro lado, se os temas de história versarem especificamente sobre a metodologia da História, a lei talvez faça sentido, mas ainda assim favorecerá a separação entre as áreas do conhecimento. 3. Musicologia histórica é um serviço de pesquisa histórica que possui seus próprios métodos, porém em diálogo com uma série de outros campos. Como ficamos? Os arquivos e acervos em geral precisarão necessariamente ter um historiador ou um musicólogo sem formação específica em História poderá ser o profissional responsável? Isto inclui os incisos III a VI. 4. Destaco um trecho da entrevista (link acima) com o senador Paim: "CAFÉ HISTÓRIA - Alguns pesquisadores autônomos e pesquisadores de áreas co-relatas temem que a lei possa vir a ser prejudicial aos não-portadores de diploma em história. Isso é verdade? SENADOR PAULO PAIM - O reconhecimento da profissão vai exigir que as pessoas tenham diploma. Espero que a iniciativa não venha a trazer prejuízo para os pesquisadores que se debruçam sobre a História." É curioso como o Legislativo brasileiro é irresponsável!!! Aliás, sempre me pareceu um poder perfeitamente dispensável. Neste ponto, os países com sistema de Common Law me parecem mais sensatos, mas voltando à questão: a função do legislador não deveria ser apenas "esperar que...", mas garantir ferramentas para que não ocorra. Para não correr o risco de que a "providência" (venha ela de onde vier) se incumba das correções da lei, bastaria um artigo com uma ressalva para profissionais de áreas específicas possam trabalhar com os assuntos históricos de suas áreas. Não sei exatamente como redigir isto sem precisar de exemplos, mas não sou em quem precisaria redigir. Cordialmente, Fernando Lacerda S. Duarte De: MARCEL OLIVEIRA Para: Marcus S. Wolff Cc: etnomusicologia lista ; lista ANPPOM Enviadas: Domingo, 11 de Novembro de 2012 12:08 Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues Sugiro a leitura do texto de Benito Bisso Schimidt, presidente da ANPUH, em resposta ao artigo da Folha PROFISSÃO DE HISTORIADOR: MARCHA DA INSENSATEZ OU DO DESCONHECIMENTO? Nós, historiadores profissionais, sabemos que uma das regras básicas do nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e na crítica dos vestígios do passado, os documentos. Fernando Rodrigues, por não ter essa formação, talvez desconheça essa regra tão elementar e, por isso, não se deu ao trabalho de ler com atenção o documento que deveria balizar a sua análise (sic) publicada no jornal Folha de São Paulo de 10 de novembro de 2012: o Projeto de Regulamentação da Profissão de Historiador, aprovado no Senado Federal na última quarta-feira. Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa). Temos certeza que o Senador Cristovam Buarque, tão sensível aos problemas da educação brasileira, apóia esta idéia, pois ela possibilita um ensino mais qualificado. Temos certeza também que o Senador José Sarney, conhecedor do teor do projeto, está tranqüilo, pois sabe que não vai ser impedido, como nenhum cidadão brasileiro, de escrever sobre a história de seu estado, ou de qualquer período, indivíduo, localidade ou processo. Isso atentaria contra as liberdades democráticas, das quais os historiadores profissionais são grandes defensores. Fique tranqüilo senhor Fernando Rodrigues, o senhor também poderá escrever sobre história. Só sugerimos que leia os documentos necessários antes de o fazer. Benito Bisso Schmidt Presidente da Associação Nacional de História ? ANPUH-Brasil Em 10 de novembro de 2012 15:48, Marcus S. Wolff escreveu: Prezada Miriam e colegas, li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias sociais e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do diploma para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá a impedir que musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros cientistas sociais continuem a trabalhar com temáticas e objetos afins. Afinal, os próprios historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm defendido a interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. Cordialmente, Marcus. Marcus S. Wolff Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br To: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues alerta aos musicólogos brasileiroshttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml ____ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Nov 16 09:56:21 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 16 Nov 2012 09:56:21 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Evolu=E7=E3o_da_educa=E7=E3o_b=E1si?= =?iso-8859-1?q?ca_e_superior_no_Brasil?= In-Reply-To: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> References: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: De Olavo de Carvalho, disse José Colucci Jr.: "Devemos passar por cima das grosserias de Olavo de Carvalho e, cuidando para que elas não nos sujem a sola dos sapatos, levar a discussão para o terreno onde as suas deficiências são patentes: o das idéias". Será muito digno, para quem encontrasse ideias ali. Vejam esta: a falência do sistema educacional brasileiro é resultado do sucesso do socioconstrutivismo e, portanto, causada pelo PT. cvp 2012/11/15 cristovam augusto de carvalho sobrinho augusto < caviolao em yahoo.com.br> > > Gostaria de compartilhar o texto abaixo. > > Att. > > > *O novo imbecil coletivo > * > > Olavo de Carvalho > *Diário do Comércio**,* 30 de outubro de 2012 > > Quando entre os anos 80 e 90 comecei a redigir as notas que > viriam a compor *O Imbecil Coletivo*, os personagens a que ali eu me > referia eram indivíduos inteligentes, razoavelmente cultos, apenas > corrompidos pela auto-intoxicação ideológica e por um corporativismo de > partido que, alçando-os a posições muito superiores aos seus méritos, > deformavam completamente sua visão do universo e de si mesmos. Foi por isso > que os defini como ?um grupo de pessoas de inteligência normal ou mesmo > superior que se reúnem com a finalidade de imbecilizar-se umas às outras?. > > Essa definição já não se aplica aos novos tagarelas e > opinadores, que atuam sobretudo através da *internet*e que hoje estão > entre os vinte e os quarenta anos de idade. Tal como seus antecessores, são > pessoas de inteligência normal ou superior separadas do pleno uso de seus > dons pela intervenção de forças sociais e culturais. A diferença é que > essas forças os atacaram numa idade mais tenra e já não são bem as mesmas > que lesaram os seus antecessores. > > Até os anos 70, os brasileiros recebiam no primário e no ginásio > uma educação normal, deficiente o quanto fosse. Só vinham a corromper-se > quando chegavam à universidade e, em vez de uma abertura efetiva para o > mundo da alta cultura, recebiam doses maciças de doutrinação comunista, > oferecida sob o pretexto, àquela altura bastante verossímil, da luta pela > restauração das liberdades democráticas. A pressão do ambiente, a imposição > do vocabulário e o controle altamente seletivo dos temas e da bibliografia > faziam com que a aquisição do *status* de brasileiro culto se > identificasse, na mente de cada estudante, com a absorção do estilo > esquerdista de pensar, de sentir e de ser ? na verdade, nada mais que um > conjunto de cacoetes mentais. > > O trabalho dos professores-doutrinadores era complementado pela > grande mídia, que, então já amplamente dominada por ativistas e > simpatizantes de esquerda, envolvia os intelectuais e artistas de sua > preferência ideológica numa aura de prestígio sublime, ao mesmo tempo que > jogava na lata de lixo do esquecimento os escritores e pensadores > considerados inconvenientes, exceto quando podia explorá-los como exceções > que por sua própria raridade e exotismo confirmavam a regra. > > Criada e mantida pelas universidades, pelo movimento editorial e > pela mídia impressa, a atmosfera de imbecilização ideológica era, por assim > dizer, um produto de luxo, só acessível às classes média e alta, deixando > intacta a massa popular. > > A partir dos anos 80, a elite esquerdista tomou posse da > educação pública, aí introduzindo o sistema de alfabetização > ?socioconstrutivista?, concebido por pedagogos esquerdistas como Emilia > Ferrero, Lev Vigotsky e Paulo Freire para implantar na mente infantil as > estruturas cognitivas aptas a preparar o desenvolvimento mais ou menos > espontâneo de uma cosmovisão socialista, praticamente sem necessidade de > ?doutrinação? explícita. > > Do ponto de vista do aprendizado, do rendimento escolar dos > alunos, e sobretudo da alfabetização, os resultados foram catastróficos. > > Não há espaço aqui para explicar a coisa toda, mas, em resumidas > contas, é o seguinte. Todo idioma compõe-se de uma parte mais ou menos > fechada, estável e mecânica ? o alfabeto, a ortografia, a lista de fonemas > e suas combinações, as regras básicas da morfologia e da sintaxe -- e de > uma parte aberta, movente e fluida: o universo inteiro dos significados, > dos valores, das nuances e das intenções de discurso. A primeira aprende-se > eminentemente por memorização e exercícios repetitivos. A segunda, pelo > auto-enriquecimento intelectual permanente, pelo acesso aos bens de alta > cultura, pelo uso da inteligência comparativa, crítica e analítica e, *last > not least*, pelo exercício das habilidades pessoais de comunicação e > expressão. Sem o domínio adequado da primeira parte, é impossível > orientar-se na segunda. Seria como saltar e dançar antes de ter aprendido a > andar. É exatamente essa inversão que o socio construtivismo impõe aos > alunos, pretendendo que participem ativamente ? e até criativamente ? do > ?universo da cultura? antes de ter os instrumentos de base necessários à > articulação verbal de seus pensamentos, percepções e estados interiores. > > O socioconstrutivismo mistura a alfabetização com a aquisição de > conteúdos, com a socialização e até com o exercício da reflexão crítica, > tornando o processo enormemente complicado e, no caminho, negligenciando a > aquisição das habilidades fonético-silábicas elementares sem as quais > ninguém pode chegar a um domínio suficiente da linguagem. > > O produto dessa monstruosidade pedagógica são estudantes que > chegam ao mestrado e ao doutorado sem conhecimentos mínimos de ortografia e > com uma reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Na > universidade aprendem a macaquear o jargão de uma ou várias especialidades > acadêmicas que, na falta de um domínio razoável da língua geral e > literária, compreendem de maneira coisificada, quase fetichista, > permanecendo quase sempre insensíveis às nuances de sentido e incapazes de > apreender, na prática, a diferença entre um conceito e uma figura de > linguagem. Em geral não têm sequer o senso da ?forma?, seja no que lêem, > seja no que escrevem. > Aplicado em escala nacional, o socioconstrutivismo resultou numa > espetacular democratização da inépcia, que hoje se distribui mais ou menos > equitativamente entre todos os jovens brasileiros estudantes ou diplomados, > sem distinções de credo ou de ideologia. O novo imbecil coletivo, ao > contrário do antigo, não tem carteirinha de partido. > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Nov 16 12:52:01 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 16 Nov 2012 12:52:01 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Evolu=E7=E3o_da_educa=E7=E3o_b=E1si?= =?iso-8859-1?q?ca_e_superior_no_Brasil?= In-Reply-To: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> References: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Sobre "Olavo de Carvalho e a discussão de alto nível", há um texto no Centro de Mídia Independente: http://www.midiaindependente.org/pt/green/2003/07/259565.shtml 2012/11/15 cristovam augusto de carvalho sobrinho augusto < caviolao em yahoo.com.br> > > Gostaria de compartilhar o texto abaixo. > > Att. > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From andersonn.henrique em hotmail.com Fri Nov 16 13:13:24 2012 From: andersonn.henrique em hotmail.com (=?iso-8859-1?B?QW5kZXJzb25uIEhlbnJpcXVlIEFyYfpqbw==?=) Date: Fri, 16 Nov 2012 18:13:24 +0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Curso_superior_de_Produtor_de_m=FAs?= =?iso-8859-1?q?icos_e_Capta=E7=E3o_de_recursos_PETROBRAS?= Message-ID: Olá pessoal, Estou enviando reportagem voltada para o Produtor de Músicos de Rock, quando se lança profissionais na área música as vezes não se capacita responder essas questões do mercado. O professor de música acaba sendo produtor musical de seus alunos e aprende "apanhando" no cotidiano. Também acho importante serem pensadas ações voltadas especificamente para parte "burocrática" da música. Ex. Captação de recurso, licitações, etcs... como licitar figurino para a apresentação musical? Como licitar instrumentos de certa qualidade...na prática a gente acaba se deparando com isso com muita frequência. Vejo que até catedráticos universitários tem dificuldade na área de licitação e captação de recursos. http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/videos/t/edicoes/v/produtores-e-musicos-de-rock-integra/1765413/ Por fim, também deixo o link da PETROBRAS que está com edital aberto para seleção de projetos voltados para o DESENVOLVIMENTO E CIDADANIA. Tenho visto alguns projetos nesse sentido, vamos multiplica-los? Usar a música para o enfrentamento de questões voltadas para o combate ao risco, vulnerabilidade e constrangimento social na promoção do ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente são sempre bem vindos!!!! Até dia 13-12, ainda dá tempo. http://dec.petrobras.com.br/ T+Abraços Andersonn Araújo -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Fri Nov 16 13:27:31 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Fri, 16 Nov 2012 13:27:31 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Evolu=E7=E3o_da_educa=E7=E3o_b=E1si?= =?iso-8859-1?q?ca_e_superior_no_Brasil?= In-Reply-To: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> References: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Desculpe, meu caro, mas o texto de Olavo de Carvalho é tao raso em argumentaçao quanto aquilo que ele supoe ser o pensamento que critica. Em primeiro lugar, simplifica este pensamento até a caricatura. Além disso, sua crítica à suposta deficiência cognitiva das geraçoes pós-Freire (para sintetizar sua crítica em um ícone) baseia-se, nao em contataçoes concretas, mas em generalizaçoes. Sua comparaçao do aprendizado da linguagem com o aprender a andar é patética (aprende-se a andar e a falar intuitivamente; nao há, porém, uma notaçao do andar...). Nao gostaria de receber mais artigos de Olavo de Carvalho nesta lista (é um opinador homofóbico, grosseiro e tolo), mas como estamos numa democracia devo elevar meu espírito e aprender a ignorar os ignaros... Atenciosamente, Em 15 de novembro de 2012 17:35, cristovam augusto de carvalho sobrinho augusto escreveu: > > Gostaria de compartilhar o texto abaixo. > > Att. > > > *O novo imbecil coletivo > * > > Olavo de Carvalho > *Diário do Comércio**,* 30 de outubro de 2012 > > Quando entre os anos 80 e 90 comecei a redigir as notas que > viriam a compor *O Imbecil Coletivo*, os personagens a que ali eu me > referia eram indivíduos inteligentes, razoavelmente cultos, apenas > corrompidos pela auto-intoxicação ideológica e por um corporativismo de > partido que, alçando-os a posições muito superiores aos seus méritos, > deformavam completamente sua visão do universo e de si mesmos. Foi por isso > que os defini como ?um grupo de pessoas de inteligência normal ou mesmo > superior que se reúnem com a finalidade de imbecilizar-se umas às outras?. > > Essa definição já não se aplica aos novos tagarelas e > opinadores, que atuam sobretudo através da *internet*e que hoje estão > entre os vinte e os quarenta anos de idade. Tal como seus antecessores, são > pessoas de inteligência normal ou superior separadas do pleno uso de seus > dons pela intervenção de forças sociais e culturais. A diferença é que > essas forças os atacaram numa idade mais tenra e já não são bem as mesmas > que lesaram os seus antecessores. > > Até os anos 70, os brasileiros recebiam no primário e no ginásio > uma educação normal, deficiente o quanto fosse. Só vinham a corromper-se > quando chegavam à universidade e, em vez de uma abertura efetiva para o > mundo da alta cultura, recebiam doses maciças de doutrinação comunista, > oferecida sob o pretexto, àquela altura bastante verossímil, da luta pela > restauração das liberdades democráticas. A pressão do ambiente, a imposição > do vocabulário e o controle altamente seletivo dos temas e da bibliografia > faziam com que a aquisição do *status* de brasileiro culto se > identificasse, na mente de cada estudante, com a absorção do estilo > esquerdista de pensar, de sentir e de ser ? na verdade, nada mais que um > conjunto de cacoetes mentais. > > O trabalho dos professores-doutrinadores era complementado pela > grande mídia, que, então já amplamente dominada por ativistas e > simpatizantes de esquerda, envolvia os intelectuais e artistas de sua > preferência ideológica numa aura de prestígio sublime, ao mesmo tempo que > jogava na lata de lixo do esquecimento os escritores e pensadores > considerados inconvenientes, exceto quando podia explorá-los como exceções > que por sua própria raridade e exotismo confirmavam a regra. > > Criada e mantida pelas universidades, pelo movimento editorial e > pela mídia impressa, a atmosfera de imbecilização ideológica era, por assim > dizer, um produto de luxo, só acessível às classes média e alta, deixando > intacta a massa popular. > > A partir dos anos 80, a elite esquerdista tomou posse da > educação pública, aí introduzindo o sistema de alfabetização > ?socioconstrutivista?, concebido por pedagogos esquerdistas como Emilia > Ferrero, Lev Vigotsky e Paulo Freire para implantar na mente infantil as > estruturas cognitivas aptas a preparar o desenvolvimento mais ou menos > espontâneo de uma cosmovisão socialista, praticamente sem necessidade de > ?doutrinação? explícita. > > Do ponto de vista do aprendizado, do rendimento escolar dos > alunos, e sobretudo da alfabetização, os resultados foram catastróficos. > > Não há espaço aqui para explicar a coisa toda, mas, em resumidas > contas, é o seguinte. Todo idioma compõe-se de uma parte mais ou menos > fechada, estável e mecânica ? o alfabeto, a ortografia, a lista de fonemas > e suas combinações, as regras básicas da morfologia e da sintaxe -- e de > uma parte aberta, movente e fluida: o universo inteiro dos significados, > dos valores, das nuances e das intenções de discurso. A primeira aprende-se > eminentemente por memorização e exercícios repetitivos. A segunda, pelo > auto-enriquecimento intelectual permanente, pelo acesso aos bens de alta > cultura, pelo uso da inteligência comparativa, crítica e analítica e, *last > not least*, pelo exercício das habilidades pessoais de comunicação e > expressão. Sem o domínio adequado da primeira parte, é impossível > orientar-se na segunda. Seria como saltar e dançar antes de ter aprendido a > andar. É exatamente essa inversão que o socio construtivismo impõe aos > alunos, pretendendo que participem ativamente ? e até criativamente ? do > ?universo da cultura? antes de ter os instrumentos de base necessários à > articulação verbal de seus pensamentos, percepções e estados interiores. > > O socioconstrutivismo mistura a alfabetização com a aquisição de > conteúdos, com a socialização e até com o exercício da reflexão crítica, > tornando o processo enormemente complicado e, no caminho, negligenciando a > aquisição das habilidades fonético-silábicas elementares sem as quais > ninguém pode chegar a um domínio suficiente da linguagem. > > O produto dessa monstruosidade pedagógica são estudantes que > chegam ao mestrado e ao doutorado sem conhecimentos mínimos de ortografia e > com uma reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Na > universidade aprendem a macaquear o jargão de uma ou várias especialidades > acadêmicas que, na falta de um domínio razoável da língua geral e > literária, compreendem de maneira coisificada, quase fetichista, > permanecendo quase sempre insensíveis às nuances de sentido e incapazes de > apreender, na prática, a diferença entre um conceito e uma figura de > linguagem. Em geral não têm sequer o senso da ?forma?, seja no que lêem, > seja no que escrevem. > Aplicado em escala nacional, o socioconstrutivismo resultou numa > espetacular democratização da inépcia, que hoje se distribui mais ou menos > equitativamente entre todos os jovens brasileiros estudantes ou diplomados, > sem distinções de credo ou de ideologia. O novo imbecil coletivo, ao > contrário do antigo, não tem carteirinha de partido. > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Nov 16 22:01:20 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 16 Nov 2012 22:01:20 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Evolu=E7=E3o_da_educa=E7=E3o_b=E1si?= =?iso-8859-1?q?ca_e_superior_no_Brasil?= In-Reply-To: References: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Exatamente, o texto dele é a ilustração perfeita do "imbecil coletivo", só que velho. Olavo de Carvalho é um simulacro de "intelectual de direita". Se passássemos para Otto Maria Carpeaux, já seria um avanço. cvp 2012/11/16 Ale Fenerich > Desculpe, meu caro, mas o texto de Olavo de Carvalho é tao raso em > argumentaçao quanto aquilo que ele supoe ser o pensamento que critica. Em > primeiro lugar, simplifica este pensamento até a caricatura. Além disso, > sua crítica à suposta deficiência cognitiva das geraçoes pós-Freire (para > sintetizar sua crítica em um ícone) baseia-se, nao em contataçoes > concretas, mas em generalizaçoes. Sua comparaçao do aprendizado da > linguagem com o aprender a andar é patética (aprende-se a andar e a falar > intuitivamente; nao há, porém, uma notaçao do andar...). > Nao gostaria de receber mais artigos de Olavo de Carvalho nesta lista (é > um opinador homofóbico, grosseiro e tolo), mas como estamos numa democracia > devo elevar meu espírito e aprender a ignorar os ignaros... > Atenciosamente, > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From adelcio.camilo em gmail.com Fri Nov 16 22:29:10 2012 From: adelcio.camilo em gmail.com (Adelcio Camilo Machado) Date: Fri, 16 Nov 2012 22:29:10 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Primeiro_volume_de_M=FAsica_Popular?= =?iso-8859-1?q?_em_Revista_e_Chamada_para_Trabalhos?= Message-ID: Prezados senhores, * * Anunciamos a publicação do volume inaugural do periódico eletrônico *Música Popular em Revista* (ISSN: 2316-7858), disponível em http://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/muspop. Trata-se de uma publicação vinculada aos Programas de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes da UNICAMP e do Centro de Letras e Artes da UNIRIO. O objetivo da revista é estimular o debate intelectual e o intercâmbio de experiências entre pesquisadores de diversas áreas do conhecimento que elegem a música popular como objeto de estudos. * * Ademais, informamos que, até *10 de fevereiro de 2013*, estão abertas as submissões para o segundo volume da revista, cujo lançamento está previsto para abril de 2013. Assim, convidamos a todos para que colaborem com o periódico, submetendo seus trabalhos através de nosso site. * * Gratos por sua atenção, * * Prof. Dr. Rafael dos Santos e Prof. Dr. Luiz Otávio Braga (editores). -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From vonhart em hotmail.com Fri Nov 16 22:32:01 2012 From: vonhart em hotmail.com (Ernesto Hartmann) Date: Fri, 16 Nov 2012 22:32:01 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Digest Anppom-l, volume 91, assunto 37 In-Reply-To: References: Message-ID: Olá colegas. O texto de Olavo é no mínimo interessante sim. De qualquer forma, não sei sobre este texto do link enviado pelo prof. Palombini da querela com Sebastião Nery, existe sim uma prévia de xingamentos e impropérios que são até certo ponto ridículos de tão irônicos, mas, normalmente, seguidos sim de um raciocínio consistente. Contudo, a questão do diploma, me parece também um ataque pessoal, pois, afinal ... atualmente não precisamos dele para legitimar tantas coisas..... Saudações, Ernesto Hartmann From: anppom-l-request em iar.unicamp.br Subject: Digest Anppom-l, volume 91, assunto 37 To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Fri, 16 Nov 2012 21:00:07 -0200 Enviar submissões para a lista de discussão Anppom-l para anppom-l em iar.unicamp.br Para se cadastrar ou descadastrar via WWW, visite o endereço http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ou, via email, envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou corpo da mensagem para anppom-l-request em iar.unicamp.br Você poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista pelo endereço anppom-l-owner em iar.unicamp.br Quando responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será mais específica que "Re: Contents of Anppom-l digest..." --Forwarded Message Attachment-- From: apacheco em post.com To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Thu, 15 Nov 2012 12:40:12 -0500 Subject: [ANPPOM-Lista] Newsletter Caravelas Novembro Caros colegas: Venho informar que a Newsletter Caravelas do mês de novembro encontra-se on-line em: http://www.caravelas.com.pt/newsletter_caravelas_novembro_2012.pdf Todos os números do informativo podem ser vistos em: http://www.caravelas.com.pt/newsletter.html Com os melhores cumprimentos Alberto Pacheco CESEM/FCT Universidade Nova de Lisboa --Forwarded Message Attachment-- From: cpalombini em gmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Fri, 16 Nov 2012 09:56:21 -0200 Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Evolução da educação básica e superior no Brasil De Olavo de Carvalho, disse José Colucci Jr.: "Devemos passar por cima das grosserias de Olavo de Carvalho e, cuidando para que elas não nos sujem a sola dos sapatos, levar a discussão para o terreno onde as suas deficiências são patentes: o das idéias". Será muito digno, para quem encontrasse ideias ali. Vejam esta: a falência do sistema educacional brasileiro é resultado do sucesso do socioconstrutivismo e, portanto, causada pelo PT. cvp 2012/11/15 cristovam augusto de carvalho sobrinho augusto Gostaria de compartilhar o texto abaixo. Att. O novo imbecil coletivo Olavo de Carvalho Diário do Comércio, 30 de outubro de 2012 Quando entre os anos 80 e 90 comecei a redigir as notas que viriam a compor O Imbecil Coletivo, os personagens a que ali eu me referia eram indivíduos inteligentes, razoavelmente cultos, apenas corrompidos pela auto-intoxicação ideológica e por um corporativismo de partido que, alçando-os a posições muito superiores aos seus méritos, deformavam completamente sua visão do universo e de si mesmos. Foi por isso que os defini como ?um grupo de pessoas de inteligência normal ou mesmo superior que se reúnem com a finalidade de imbecilizar-se umas às outras?. Essa definição já não se aplica aos novos tagarelas e opinadores, que atuam sobretudo através da internete que hoje estão entre os vinte e os quarenta anos de idade. Tal como seus antecessores, são pessoas de inteligência normal ou superior separadas do pleno uso de seus dons pela intervenção de forças sociais e culturais. A diferença é que essas forças os atacaram numa idade mais tenra e já não são bem as mesmas que lesaram os seus antecessores. Até os anos 70, os brasileiros recebiam no primário e no ginásio uma educação normal, deficiente o quanto fosse. Só vinham a corromper-se quando chegavam à universidade e, em vez de uma abertura efetiva para o mundo da alta cultura, recebiam doses maciças de doutrinação comunista, oferecida sob o pretexto, àquela altura bastante verossímil, da luta pela restauração das liberdades democráticas. A pressão do ambiente, a imposição do vocabulário e o controle altamente seletivo dos temas e da bibliografia faziam com que a aquisição do status de brasileiro culto se identificasse, na mente de cada estudante, com a absorção do estilo esquerdista de pensar, de sentir e de ser ? na verdade, nada mais que um conjunto de cacoetes mentais. O trabalho dos professores-doutrinadores era complementado pela grande mídia, que, então já amplamente dominada por ativistas e simpatizantes de esquerda, envolvia os intelectuais e artistas de sua preferência ideológica numa aura de prestígio sublime, ao mesmo tempo que jogava na lata de lixo do esquecimento os escritores e pensadores considerados inconvenientes, exceto quando podia explorá-los como exceções que por sua própria raridade e exotismo confirmavam a regra. Criada e mantida pelas universidades, pelo movimento editorial e pela mídia impressa, a atmosfera de imbecilização ideológica era, por assim dizer, um produto de luxo, só acessível às classes média e alta, deixando intacta a massa popular. A partir dos anos 80, a elite esquerdista tomou posse da educação pública, aí introduzindo o sistema de alfabetização ?socioconstrutivista?, concebido por pedagogos esquerdistas como Emilia Ferrero, Lev Vigotsky e Paulo Freire para implantar na mente infantil as estruturas cognitivas aptas a preparar o desenvolvimento mais ou menos espontâneo de uma cosmovisão socialista, praticamente sem necessidade de ?doutrinação? explícita. Do ponto de vista do aprendizado, do rendimento escolar dos alunos, e sobretudo da alfabetização, os resultados foram catastróficos. Não há espaço aqui para explicar a coisa toda, mas, em resumidas contas, é o seguinte. Todo idioma compõe-se de uma parte mais ou menos fechada, estável e mecânica ? o alfabeto, a ortografia, a lista de fonemas e suas combinações, as regras básicas da morfologia e da sintaxe -- e de uma parte aberta, movente e fluida: o universo inteiro dos significados, dos valores, das nuances e das intenções de discurso. A primeira aprende-se eminentemente por memorização e exercícios repetitivos. A segunda, pelo auto-enriquecimento intelectual permanente, pelo acesso aos bens de alta cultura, pelo uso da inteligência comparativa, crítica e analítica e, last not least, pelo exercício das habilidades pessoais de comunicação e expressão. Sem o domínio adequado da primeira parte, é impossível orientar-se na segunda. Seria como saltar e dançar antes de ter aprendido a andar. É exatamente essa inversão que o socio construtivismo impõe aos alunos, pretendendo que participem ativamente ? e até criativamente ? do ?universo da cultura? antes de ter os instrumentos de base necessários à articulação verbal de seus pensamentos, percepções e estados interiores. O socioconstrutivismo mistura a alfabetização com a aquisição de conteúdos, com a socialização e até com o exercício da reflexão crítica, tornando o processo enormemente complicado e, no caminho, negligenciando a aquisição das habilidades fonético-silábicas elementares sem as quais ninguém pode chegar a um domínio suficiente da linguagem. O produto dessa monstruosidade pedagógica são estudantes que chegam ao mestrado e ao doutorado sem conhecimentos mínimos de ortografia e com uma reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Na universidade aprendem a macaquear o jargão de uma ou várias especialidades acadêmicas que, na falta de um domínio razoável da língua geral e literária, compreendem de maneira coisificada, quase fetichista, permanecendo quase sempre insensíveis às nuances de sentido e incapazes de apreender, na prática, a diferença entre um conceito e uma figura de linguagem. Em geral não têm sequer o senso da ?forma?, seja no que lêem, seja no que escrevem. Aplicado em escala nacional, o socioconstrutivismo resultou numa espetacular democratização da inépcia, que hoje se distribui mais ou menos equitativamente entre todos os jovens brasileiros estudantes ou diplomados, sem distinções de credo ou de ideologia. O novo imbecil coletivo, ao contrário do antigo, não tem carteirinha de partido. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 --Forwarded Message Attachment-- From: cpalombini em gmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Fri, 16 Nov 2012 12:52:01 -0200 Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Evolução da educação básica e superior no Brasil Sobre "Olavo de Carvalho e a discussão de alto nível", há um texto no Centro de Mídia Independente: http://www.midiaindependente.org/pt/green/2003/07/259565.shtml 2012/11/15 cristovam augusto de carvalho sobrinho augusto Gostaria de compartilhar o texto abaixo. Att. --Forwarded Message Attachment-- From: andersonn.henrique em hotmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Fri, 16 Nov 2012 18:13:24 +0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Curso superior de Produtor de músicos e Captação de recursos PETROBRAS Olá pessoal, Estou enviando reportagem voltada para o Produtor de Músicos de Rock, quando se lança profissionais na área música as vezes não se capacita responder essas questões do mercado. O professor de música acaba sendo produtor musical de seus alunos e aprende "apanhando" no cotidiano. Também acho importante serem pensadas ações voltadas especificamente para parte "burocrática" da música. Ex. Captação de recurso, licitações, etcs... como licitar figurino para a apresentação musical? Como licitar instrumentos de certa qualidade...na prática a gente acaba se deparando com isso com muita frequência. Vejo que até catedráticos universitários tem dificuldade na área de licitação e captação de recursos. http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/videos/t/edicoes/v/produtores-e-musicos-de-rock-integra/1765413/ Por fim, também deixo o link da PETROBRAS que está com edital aberto para seleção de projetos voltados para o DESENVOLVIMENTO E CIDADANIA. Tenho visto alguns projetos nesse sentido, vamos multiplica-los? Usar a música para o enfrentamento de questões voltadas para o combate ao risco, vulnerabilidade e constrangimento social na promoção do ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente são sempre bem vindos!!!! Até dia 13-12, ainda dá tempo. http://dec.petrobras.com.br/ T+ Abraços Andersonn Araújo -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Nov 16 23:09:18 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 16 Nov 2012 23:09:18 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Saving Britain's universities: The brains go into battle Message-ID: Saving Britain's universities: The brains go into battle Some of the country?s most brilliant and brightest minds set course this week to save our universities from the dead hand of interfering politicians and bureaucrats [image: Hats off: Britain has some of the finest universities in the world but is in danger of losing that status because of short-sighted political action] Hats off: Britain has some of the finest universities in the world but is in danger of losing that status because of short-sighted political action Photo: Getty Images By Melvyn Bragg 7:51PM GMT 16 Nov 2012 ww.telegraph.co.uk/education/universityeducation/9683079/Saving-Britains-universities-The-brains-go-into-battle.html This country has four great assets in the modern era. The first is our talent for inventions that take the world by surprise and change it. The World Wide Web is a good example. The second is a gift for what I call high-quality niche. We can see it in the whisky trade, now bolstering the north of Scotland, in the best of the City, in hi-tech and in heritage. Third is our skills, wonderfully exemplified in the double Olympics that gave us per capita the top results on the planet, and in our creative industries, again the biggest in the world for the size of country. But last and best is our universities, which are second only to America?s. Not only do they punch way above their weight in research and quality, they also have an unrivalled ability to attract the finest overseas graduates. Which is why a distinguished group of intellectuals gathered last Tuesday night in central London. Like a covert meeting of an ancient cabal, they had mustered to defend our universities, believing that they are in danger of losing ground, direction and clout. The scene, on a damp and misty evening, could have come straight out of a Conan Doyle story in which Mycroft, the brilliant brother of Sherlock Holmes, heaves himself from the Drones Club to meet the call of his country. The gathering would have featured well in Trollope and maybe George Eliot, too. Yet it would also have fed the prejudices of those who think that this country is still run by a largely invisible Establishment that meets amid grand semi-secrecy and changes the course of the nation. I hope it does this time. The initial call to arms had come from Sir Keith Thomas, Distinguished Fellow at All Souls, the archetypal Oxford college of dreaming spires and supreme scholars, a place where Cabinets have been created and high learning pursued for its own sake for centuries. In a letter, Sir Keith summoned 100 people to London to set up a Council for the Defence of British Universities. And they arrived bang on time for the six o?clock meeting in the magnificent Carlton House headquarters of the British Academy, a house that was once the private residence of William Gladstone. It overlooks the Mall, and has both Westminster Abbey and the Palace of Westminster in its sights. And so in they filed, the founding members. Some were our greatest scientists: Sir Paul Nurse, Nobel Prize winner and President of the Royal Society, Prof Sir Roger Penrose, Lord Rees of Ludlow, Prof Marcus du Sautoy, Prof Richard Dawkins, Lord May of Oxford and more. There were public figures, too: Lord Waldegrave, Lord Harries, former Bishop of Oxford, Sir John Tusa, A S Byatt, Claire Tomalin, Lady Warnock, Dame Jinty Nelson. All of us answering the call to stop the rot. Once this assembly had been wedged into a room in the British Academy and welcomed by its president, Prof Sir Adam Roberts, we set about shedding our Establishment skin and laying into the task of establishing a cross-party organisation that will, I think, bring to the attention of this Government what it has on its hands and what it is losing. Politicians in Britain have never been very keen on intellectuals or ?arty types?. For a while, neglect seemed to work. But now the intellectuals at the universities and the arty types in the creative world have achieved platforms of financial capability and world recognition that were once the preserve of heavy industries and our Armed Forces. Which is why they have become so ripe for plucking by the state. The meeting ? which lasted precisely one and a half hours, as it was billed to do ? was politely chaired, effortlessly unmelodramatic and spot on. Its consensus was that British universities are in danger of suffocating because of too much bureaucracy, too much government direction (or interference, as it might better be called) and too little recognition of the basic fact, brilliantly encapsulated by Prof Sir John Meurig Thomas, that ?planned discovery is impossible?. In short, the very greatest discoveries, many of them made at our universities, have often come by indirections. Most of the time, business targets and commercial constraints just don?t work in universities. Bureaucrats should be few and in the background, not many and increasingly in the foreground. Those who do the hands-on work should be given their heads. After all, it is their heads that matter. Universities are to do with knowledge and imagination. When asked for the most important thing about his work, Einstein replied ?imagination ? above all, imagination?. As we sail into the dark energy of the 21st century, what we need is to unleash the imagination as effectively as the Romans unleashed war in 400 years of victories. Just as we have done over centuries in industry, in the development of democracy and in the great dream of health provision for all. A secure, independent knowledge base is essential and British universities are noted worldwide for their rigour and success. It doesn?t do to boast, but why not in this case? Our universities are way ahead of any in Europe and are on the shortlist of the greatest universities of the world. It?s no accident that we?re also the only real challenge to America at the Oscars. And on the bestseller lists. And so the clarion call came out from All Souls, in one of the oldest universities in the world. The first aim of nine (I love the nine ? no fooling around to make it look neat or correct, with 10 or 12) is ?to defend and enhance the character of British universities as places where students can develop their capacities to the full, where research and scholarship are pursued at the highest level, and where intellectual activity can be freely conducted without regard to its immediate economic benefit?. Those who spoke did so as the guardians of something hard won, much treasured and in danger. It should be regarded as a quiet social miracle that our university system, which used to take about 6 per cent of young people when I went in 1958, now accepts upwards of 50 per cent, without busting the bounds of those universities. And, whatever the droning of naysayers, it often results in higher standards, better research and improved facilities. >From my own experience as Chancellor of Leeds University, which has grown apace like so many others, I see world-beating research in the medical sciences, extraordinary progress and leadership in the environmental sciences, groundbreaking work in textiles and literature. Those of us who gathered in Carlton House Terrace are determined that this should continue and not be diminished. But this is more than a British issue. We attract the best students from all over the world. How long will that trend continue? The clumsy, short-sighted and incomprehensible block on students coming to this country means that some of the cleverest and best young brains from China, India, the Middle East and Europe are swerving away from Britain into the open arms of Australia and America. These nations cannot believe their luck. Our stupidity is their opportunity. And they?re grabbing it. Take the example of Chinese students, who have come in numbers to Leeds University (and many others). They are now finding it harder and harder just to get into this country at all. But they not only bring income to the city in the form of fees, they also provide future contacts and relationships of immeasurable value in a world that is globalising faster by the day. We are not just turning down students, we are shutting out the future. And so, like a clan in the Highlands that has gathered in secret caves to defend its faith, the country, a way of life, those who turned up on a damp night in autumnal London came together to share a cause: to let this country?s young people achieve their full potential, magnetise the attention of the rest of the intellectual world, disturb government into positive action and to take these islands into another great chapter in our story. We have nothing to use but our brains. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Nov 17 09:13:03 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 17 Nov 2012 09:13:03 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] arsc conference 2013: upcoming deadlines Message-ID: The Outreach Committee of the Association for Recorded Sound Collections (ARSC) posts the following message. If you have any questions, please click on the links below. --- UPCOMING 2013 ARSC CONFERENCE DEADLINES --- The winter holidays are approaching. Before you become fully involved with the festive activities, please keep these conference-related deadlines in mind: -- ARSC Conference Travel Grants: Application Deadline -- December 7, 2012 -- ARSC Conference Presentations: Proposal Deadline -- January 4, 2013 If you want to apply for a Travel Grant, or wish to give a conference presentation, now is a great time to prepare and submit your application or proposal -- during the lull before the holidays. For information about the Travel Grants: http://www.arsc-audio.org/committees/grant-programs.html For the Call for Presentations: http://www.arsc-audio.org/conference/ Anna-Maria Manuel ARSC Outreach Committee Chair The Association for Recorded Sound Collections is a nonprofit organization dedicated to the preservation and study of sound recordings -- in all genres of music and speech, in all formats, and from all periods. ARSC is unique in bringing together private individuals and institutional professionals -- everyone with a serious interest in recorded sound. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marcelo.arcos2 em gmail.com Sat Nov 17 10:41:55 2012 From: marcelo.arcos2 em gmail.com (Marcelo Carneiro de Lima) Date: Sat, 17 Nov 2012 10:41:55 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Evolu=E7=E3o_da_educa=E7=E3o_b=E1si?= =?iso-8859-1?q?ca_e_superior_no_Brasil?= In-Reply-To: References: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Concordo com o Alê: texto raso. Ou talvez nem isso, já que o raso pressupõe um mínimo de profundidade; podemos dizer que é superficial tanto no sentido topográfico, quanto intelectual. Parece o velho ciclo vicioso, aquele em que voltamos a constatar o aparecimento público dos discursos de conteúdo fascista justamente quando a pretensa esquerda coloca na mesa de negociações nada mais, nada menos que os seus próprios princípios: um preço que se paga quando se pretende a ascensão [política] no terreno que lhe faz oposição (para dizer o mínimo). Mas deixando de lado o leste e o oeste, e os demais pontos cardeais, é um texto tolo, infundado, ao gosto dos que vêem na superficialidade da argumentação uma zona de conforto convidativa (e portanto, perigosa): imagino a dona Maricota e o seu Juvenal exclamando o velho "tá veeendo!", e deles pra toda a vizinhança. Daí para uma nova marcha da "família, tradição e propriedade" é um pulo... E lá vamos nós outra vez... abs Marcelo Em 16 de novembro de 2012 22:01, Carlos Palombini escreveu: > Exatamente, o texto dele é a ilustração perfeita do "imbecil coletivo", só > que velho. Olavo de Carvalho é um simulacro de "intelectual de direita". Se > passássemos para Otto Maria Carpeaux, já seria um avanço. > > cvp > > > 2012/11/16 Ale Fenerich > >> Desculpe, meu caro, mas o texto de Olavo de Carvalho é tao raso em >> argumentaçao quanto aquilo que ele supoe ser o pensamento que critica. Em >> primeiro lugar, simplifica este pensamento até a caricatura. Além disso, >> sua crítica à suposta deficiência cognitiva das geraçoes pós-Freire (para >> sintetizar sua crítica em um ícone) baseia-se, nao em contataçoes >> concretas, mas em generalizaçoes. Sua comparaçao do aprendizado da >> linguagem com o aprender a andar é patética (aprende-se a andar e a falar >> intuitivamente; nao há, porém, uma notaçao do andar...). >> Nao gostaria de receber mais artigos de Olavo de Carvalho nesta lista (é >> um opinador homofóbico, grosseiro e tolo), mas como estamos numa democracia >> devo elevar meu espírito e aprender a ignorar os ignaros... >> Atenciosamente, >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- *Marcelo Carneiro* (21) 9382-3621 (21) 3497-0193 Skype: Carneiro3729 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sat Nov 17 14:23:50 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sat, 17 Nov 2012 14:23:50 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Evolu=E7=E3o_da_educa=E7=E3o_b=E1si?= =?iso-8859-1?q?ca_e_superior_no_Brasil?= In-Reply-To: References: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Perto de Olavo Carpeaux é um Machado. Ou um Thomas Mann. Em 16 de novembro de 2012 22:01, Carlos Palombini escreveu: > Exatamente, o texto dele é a ilustração perfeita do "imbecil coletivo", só > que velho. Olavo de Carvalho é um simulacro de "intelectual de direita". Se > passássemos para Otto Maria Carpeaux, já seria um avanço. > > cvp > > > 2012/11/16 Ale Fenerich > >> Desculpe, meu caro, mas o texto de Olavo de Carvalho é tao raso em >> argumentaçao quanto aquilo que ele supoe ser o pensamento que critica. Em >> primeiro lugar, simplifica este pensamento até a caricatura. Além disso, >> sua crítica à suposta deficiência cognitiva das geraçoes pós-Freire (para >> sintetizar sua crítica em um ícone) baseia-se, nao em contataçoes >> concretas, mas em generalizaçoes. Sua comparaçao do aprendizado da >> linguagem com o aprender a andar é patética (aprende-se a andar e a falar >> intuitivamente; nao há, porém, uma notaçao do andar...). >> Nao gostaria de receber mais artigos de Olavo de Carvalho nesta lista (é >> um opinador homofóbico, grosseiro e tolo), mas como estamos numa democracia >> devo elevar meu espírito e aprender a ignorar os ignaros... >> Atenciosamente, >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Nov 17 16:52:57 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 17 Nov 2012 16:52:57 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Evolu=E7=E3o_da_educa=E7=E3o_b=E1si?= =?iso-8859-1?q?ca_e_superior_no_Brasil?= In-Reply-To: References: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Ale, Há uma disputa em torno de Otto [Maria Carpeaux/]Karpfen, originalmente baseada, por um lado, em suas ligações com o Partido Social Cristão austríaco, e, por outro, em seu engajamento contra a ditadura brasileira. Em artigo publicado nos *Anais do Vigésimo Sexto Simpósio Nacional de História*, no ano passado, Eduardo Gomes Silva escreve: [...] se não tivesse vivido os anos subsequentes ao Golpe de 1964, Carpeaux > possivelmente levaria o epíteto de reacionário túmulo adentro, até porque > ocuparia por muitos anos o posto de um dos principais redatores do matutino > carioca *Correio da Manhã*, sendo mesmo apontado como autor, ou um dos > autores, dos famosos editoriais ?Basta!? e ?Fora!? (de 31 de março e 1º de > abril de 1964, respectivamente), através dos quais aquele diário, conhecido > por sua identificação com a tradição liberal e com a peculiar (para não > dizer própria) concepção de democracia nutrida por esta tradição, > juntava-se em definitivo ao coro golpista. > > Todavia, seu ativo papel de oposição aos governos militares o tornaria > conhecido, já no final da vida, como um intelectual definitivamente ligado > ao espectro esquerdista no cenário político nacional. > Gomes Silva analisa a seguir o "resgate" (LOL!) de Otto Karpfen por Olavo de Carvalho: À medida que os anos passavam, ele [Carpeaux] se permitiu cada vez mais ser > afetado por uma atualidade política mesquinha, deixando dissolver-se em > parte, no ambiente de imediatismo brasileiro, a soberana concentração > espiritual que lhe permitira sair ileso das mais deprimentes experiências > europeias. (Carvalho apud Gomes Silva) > Enfim, este artigo permite saber quem seja a figura em questão, *videlicet*Olavo de Carvalho, sem sujar a sola do sapato, isto é, sem lê-lo. Quanto a Carpeaux, li, há décadas, *Uma nova história da música*, de 1958. Recordo ainda, e jamais esquecerei, os epítetos irritantes: a primeira Balada de Chopin é "autobiográfica"; a terceira, "mais brilhante que profunda". Não sei se vc viu, mas há uma página das Olavettes no Facebook, e entre elas se contam inclusive músicos (*surprise*, *surprise*!) Infelizmente, essas meninas, que vendem camisetas com o mote "O histérico acha que a intensidade do seu ódio prova a veracidade da sua crença", não estão à altura do homenageado, e não conhecem sequer conjugação verbal, eis que a página tem por distintivo: "enfureça os pentelhos, imbecis e puxa-sacos" (já ouvimos esse tipo de linguagem aqui, não?). As meninas falam como faveladas: "Olavettes é nóis!" Abraço, cvp Olavo de Carvalho enlista 2012/11/17 Ale Fenerich Perto de Olavo Carpeaux é um Machado. Ou um Thomas Mann. > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Nov 17 17:41:05 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 17 Nov 2012 17:41:05 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Saving Britain's universities: The brains go into battle In-Reply-To: References: Message-ID: Vc reduz a questão a um problema de números. No que não diz respeito ao salário, não me parece ser a medida adequada. Que tipo de educação se dá a 60 pessoas reunidas, sejam elas de classe A ou de classe D? O método e o conteúdo são os mesmos? E por que se trataria de tirar de quem ganha pouco para dar a quem ganha menos? 2012/11/17 Hugo Leonardo Ribeiro > > Acredito que é muito fácil a gente criticar que as universidades estão > cheias e que teríamos uma educação "melhor" com menos estudantes por sala. > Mas e aquelas pessoas que não podem ou não conseguem cursar uma > universidade, o que será do futuro delas? Serão sempre os peões braçais > sobre os quais os intelectuais irão explorar para ter a vida luxuosa que > têm. Se não houvesse tanta disparidade salarial entre aqueles que fizeram > curso superior e aqueles que fizeram escolas técnicas ou foram direto para > o campo de trabalho após o segundo grau, tenho certeza que os cursos > universitários não estariam tão cheios. Nem todos gostariam de ser > professores, pesquisadores, médicos etc... Também ninguém tem o sonho de > ser lixeiro, vendedor de lojas ou caixa de supermercado. Mas, atualmente > são profissões necessárias em nossa sociedade. Até mesmo a profissão de > empregada doméstica ainda faz parte de nossa organização social. Talvez > isso diminua, como é o caso dos Estados Unidos e alguns países europeus, > onde o salário de um(a) empregado(a) doméstico(a) é tão alto que nem todos > podem se dar o luxo de tê-los. > > Para mim é tudo uma questão financeira. > > Então façamos o seguinte, elevemos o salário mínimo para cerca de dois mil > reais e vamos diminuir os salários dos demais servidores públicos para, no > máximo, cinco vezes um salário mínimo. Quem está disposto a ganhar menos e > ter uma sociedade com uma distribuição de renda mais justa? > > Demagogia? Pode até ser, mas quem sabe assim nossas universidades seriam > menos procuradas. Afinal de contas, qual o objetivo de um curso superior > universitário? O objetivo real, atual, e o utópico, aquele que todos > gostaríamos que fosse? > > De minha parte, fico louco quando tenho que dar aula de graduação para > cinco pessoas. Sinto que meu dinheiro de contribuinte está sendo > péssimamente gasto. Sempre me questiono sobre minha utilidade social. > Principalmente quando ouço falar das tragédias como os furacões e > terremotos como o do Haiti. Fico pensando como eu seria capaz de contribuir > na reconstrução se aquilo acontecesse na minha cidade. Ora, sou um mero > músico, ou pior, um simples professor de música. Um pedreiro seria mais > útil do que eu... Às vezes me sinto um inútil em nossa sociedade. Mas esses > são só meus questionamentos pessoais, e como sei que sou voto vencido entre > meus pares, volto para minha vida hipócrita. > > Hugo Ribeiro > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Nov 17 17:55:58 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 17 Nov 2012 17:55:58 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?epistemus=2C_revista_da_saccom_=28s?= =?iso-8859-1?q?ociedad_argentina_para_las_ciencias_cognitivas_de_l?= =?iso-8859-1?q?a_m=FAsica=29?= Message-ID: *Epistemus* es una revista sobre conocimiento musical en general con énfasis en el estudio de la experiencia musical que pretende constituirse en un ámbito de planteo y debate de problemáticas desde una perspectiva multidisciplinaria e internacional. Atiende particularmente a los enfoques culturalistas, sin desestimar a priori ningún paradigma o perspectiva epistemológica con amplio reconocimiento en la comunidad académica. En tal sentido Epistemus se define como pluralista y abierta tanto al intercambio entre diferentes perspectivas y disciplinas musicales como en atención a disciplinas próximas o coadyuvantes. Incluye trabajos de indagación tanto empíricos como teóricos que ahondan en los procesos concernientes a la experiencia musical bajo sus múltiples modalidades de ejecución, audición, composición, etc. *Epistemus* busca asimismo llenar un vacío que la especialidad tiene en el ámbito hispanohablante, y difundir en dicho medio el amplio espectro de disciplinas que constituyen el campo de las ciencias cognitivas de la música. Cuenta con un prestigioso comité editorial internacional con reconocidos expertos de diversas especialidades. http://www.epistemus.org.ar/index.html -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marcelo.arcos2 em gmail.com Sun Nov 18 09:00:37 2012 From: marcelo.arcos2 em gmail.com (Marcelo Carneiro de Lima) Date: Sun, 18 Nov 2012 09:00:37 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Evolu=E7=E3o_da_educa=E7=E3o_b=E1si?= =?iso-8859-1?q?ca_e_superior_no_Brasil?= In-Reply-To: References: <1353008159.3505.YahooMailClassic@web125103.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Lamentável!! Em 17 de novembro de 2012 16:52, Carlos Palombini escreveu: > Ale, > > Há uma disputa em torno de Otto [Maria Carpeaux/]Karpfen, originalmente > baseada, por um lado, em suas ligações com o Partido Social Cristão > austríaco, e, por outro, em seu engajamento contra a ditadura brasileira. > Em artigo publicado nos *Anais do Vigésimo Sexto Simpósio Nacional de > História*, no ano passado, Eduardo Gomes Silva escreve: > > [...] se não tivesse vivido os anos subsequentes ao Golpe de 1964, >> Carpeaux possivelmente levaria o epíteto de reacionário túmulo adentro, até >> porque ocuparia por muitos anos o posto de um dos principais redatores do >> matutino carioca *Correio da Manhã*, sendo mesmo apontado como autor, ou >> um dos autores, dos famosos editoriais ?Basta!? e ?Fora!? (de 31 de março e >> 1º de abril de 1964, respectivamente), através dos quais aquele diário, >> conhecido por sua identificação com a tradição liberal e com a peculiar >> (para não dizer própria) concepção de democracia nutrida por esta tradição, >> juntava-se em definitivo ao coro golpista. >> >> Todavia, seu ativo papel de oposição aos governos militares o tornaria >> conhecido, já no final da vida, como um intelectual definitivamente ligado >> ao espectro esquerdista no cenário político nacional. >> > > Gomes Silva analisa a seguir o "resgate" (LOL!) de Otto Karpfen por Olavo > de Carvalho: > > À medida que os anos passavam, ele [Carpeaux] se permitiu cada vez mais >> ser afetado por uma atualidade política mesquinha, deixando dissolver-se em >> parte, no ambiente de imediatismo brasileiro, a soberana concentração >> espiritual que lhe permitira sair ileso das mais deprimentes experiências >> europeias. (Carvalho apud Gomes Silva) >> > > Enfim, este artigo permite saber quem seja a figura em questão, *videlicet > * Olavo de Carvalho, sem sujar a sola do sapato, isto é, sem lê-lo. > > Quanto a Carpeaux, li, há décadas, *Uma nova história da música*, de > 1958. Recordo ainda, e jamais esquecerei, os epítetos irritantes: a > primeira Balada de Chopin é "autobiográfica"; a terceira, "mais brilhante > que profunda". > > Não sei se vc viu, mas há uma página das Olavettes no Facebook, e entre > elas se contam inclusive músicos (*surprise*, *surprise*!) Infelizmente, > essas meninas, que vendem camisetas com o mote "O histérico acha que a > intensidade do seu ódio prova a veracidade da sua crença", não estão à > altura do homenageado, e não conhecem sequer conjugação verbal, eis que a > página tem por distintivo: "enfureça os pentelhos, imbecis e puxa-sacos" > (já ouvimos esse tipo de linguagem aqui, não?). As meninas falam como > faveladas: "Olavettes é nóis!" > > Abraço, > cvp > > Olavo de Carvalho enlista > > 2012/11/17 Ale Fenerich > > Perto de Olavo Carpeaux é um Machado. Ou um Thomas Mann. >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- *Marcelo Carneiro* (21) 9382-3621 (21) 3497-0193 Skype: Carneiro3729 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sun Nov 18 12:41:21 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sun, 18 Nov 2012 12:41:21 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Saving Britain's universities: The brains go into battle In-Reply-To: References: Message-ID: De minha parte, acredito que a qualidade da minha aula é inversamente proporcional ao número de alunos que a assistem. Com um número menor de alunos consigo estabelecer uma relação caso a caso, de modo a entender em cada um suas limitações ou talentos/vontades. Não se trata, de fato, de uma questão do "fim do elitismo", mas de qual qualidade de ensino gostaríamos de oferecer. Se o Brasil de hoje tem os tais recursos para universalizar a educação superior, deveria fazê-lo com qualidade. Na minha opinião, esse boom indiscriminado de vagas só acentua a visão (errônea - eu ganho muito menos numa universidade federal que ganharia dando aulas particulares e tocando numa grande cidade) de que "ter diploma" é sinônimo de bons salários. Vejam só... na minha instituição fala-se em abrir um curso para 60 ingressantes/ano. Algo totalmente irreal, tanto fisicamente quanto em termos de honestidade do ensino. Mas que esses músicos irão fazer na universidade? se aperfeiçoar? Não, vão ganhar diploma!! Mas se serve pra isso o tal ensino superior (maiores salários), que tenha ao menos um bom efeito colateral (educação digna). Mas creio que aqui está um ponto importante: até onde somos honestos no nosso ensino? uma classe de percepção com mais de 20 alunos é, pra mim, uma desonestidade. Porque permaneço na Universidade, se poderia dar aulas particulares a estudantes ricos, com muito mais retorno ao meu prestígio como professor? Pelo salário? Certamente não. Por acreditar que posso fazer ali um bom trabalho. Mas sou bobo, pois vejo essa possibilidade ser bandalhada e sabotada dia a dia pelo populismo, do governo, da reitoria, dos meus próprios colegas... um abraço! Em 17 de novembro de 2012 17:41, Carlos Palombini escreveu: > Vc reduz a questão a um problema de números. No que não diz respeito ao > salário, não me parece ser a medida adequada. Que tipo de educação se dá a > 60 pessoas reunidas, sejam elas de classe A ou de classe D? O método e o > conteúdo são os mesmos? E por que se trataria de tirar de quem ganha pouco > para dar a quem ganha menos? > > 2012/11/17 Hugo Leonardo Ribeiro > >> >> Acredito que é muito fácil a gente criticar que as universidades estão >> cheias e que teríamos uma educação "melhor" com menos estudantes por sala. >> Mas e aquelas pessoas que não podem ou não conseguem cursar uma >> universidade, o que será do futuro delas? Serão sempre os peões braçais >> sobre os quais os intelectuais irão explorar para ter a vida luxuosa que >> têm. Se não houvesse tanta disparidade salarial entre aqueles que fizeram >> curso superior e aqueles que fizeram escolas técnicas ou foram direto para >> o campo de trabalho após o segundo grau, tenho certeza que os cursos >> universitários não estariam tão cheios. Nem todos gostariam de ser >> professores, pesquisadores, médicos etc... Também ninguém tem o sonho de >> ser lixeiro, vendedor de lojas ou caixa de supermercado. Mas, atualmente >> são profissões necessárias em nossa sociedade. Até mesmo a profissão de >> empregada doméstica ainda faz parte de nossa organização social. Talvez >> isso diminua, como é o caso dos Estados Unidos e alguns países europeus, >> onde o salário de um(a) empregado(a) doméstico(a) é tão alto que nem todos >> podem se dar o luxo de tê-los. >> >> Para mim é tudo uma questão financeira. >> >> Então façamos o seguinte, elevemos o salário mínimo para cerca de dois >> mil reais e vamos diminuir os salários dos demais servidores públicos para, >> no máximo, cinco vezes um salário mínimo. Quem está disposto a ganhar menos >> e ter uma sociedade com uma distribuição de renda mais justa? >> >> Demagogia? Pode até ser, mas quem sabe assim nossas universidades seriam >> menos procuradas. Afinal de contas, qual o objetivo de um curso superior >> universitário? O objetivo real, atual, e o utópico, aquele que todos >> gostaríamos que fosse? >> >> De minha parte, fico louco quando tenho que dar aula de graduação para >> cinco pessoas. Sinto que meu dinheiro de contribuinte está sendo >> péssimamente gasto. Sempre me questiono sobre minha utilidade social. >> Principalmente quando ouço falar das tragédias como os furacões e >> terremotos como o do Haiti. Fico pensando como eu seria capaz de contribuir >> na reconstrução se aquilo acontecesse na minha cidade. Ora, sou um mero >> músico, ou pior, um simples professor de música. Um pedreiro seria mais >> útil do que eu... Às vezes me sinto um inútil em nossa sociedade. Mas esses >> são só meus questionamentos pessoais, e como sei que sou voto vencido entre >> meus pares, volto para minha vida hipócrita. >> >> Hugo Ribeiro >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Nov 18 14:20:42 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 18 Nov 2012 14:20:42 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Saving Britain's universities: The brains go into battle In-Reply-To: References: Message-ID: Que eu saiba, a proximidade da relação entre número de professores e número de alunos é um dos indicadores da qualidade do ensino. As instituições mais seletivas sempre anunciaram o número reduzido de alunos por professor como um de seus indicadores. Ensino para as chamadas classes populares é sinônimo de ensino para "a massa"? Se for, gostaria de conhecer as técnicas e os métodos do ensino de qualidade para grandes números por horários prolongados muito além da capacidade de atenção do aluno e do próprio professor. Tenho tido --- e não sou o único a tê-la -- a impressão que uma das piores formas de radicalização a que tenho assistido é a de um ativismo amador, que substitui a atividade intelectual, cujas formas de ser política são variadas, por grandes gestos e declarações vistosas, mas de resultados questionáveis. 2012/11/18 Ale Fenerich De minha parte, acredito que a qualidade da minha aula é inversamente > proporcional ao número de alunos que a assistem. Com um número menor de > alunos consigo estabelecer uma relação caso a caso, de modo a entender em > cada um suas limitações ou talentos/vontades. Não se trata, de fato, de uma > questão do "fim do elitismo", mas de qual qualidade de ensino gostaríamos > de oferecer. Se o Brasil de hoje tem os tais recursos para universalizar a > educação superior, deveria fazê-lo com qualidade. > > Na minha opinião, esse boom indiscriminado de vagas só acentua a visão > (errônea - eu ganho muito menos numa universidade federal que ganharia > dando aulas particulares e tocando numa grande cidade) de que "ter diploma" > é sinônimo de bons salários. Vejam só... na minha instituição fala-se em > abrir um curso para 60 ingressantes/ano. Algo totalmente irreal, tanto > fisicamente quanto em termos de honestidade do ensino. Mas que esses > músicos irão fazer na universidade? se aperfeiçoar? Não, vão ganhar > diploma!! Mas se serve pra isso o tal ensino superior (maiores salários), > que tenha ao menos um bom efeito colateral (educação digna). > > Mas creio que aqui está um ponto importante: até onde somos honestos no > nosso ensino? uma classe de percepção com mais de 20 alunos é, pra mim, uma > desonestidade. > > Porque permaneço na Universidade, se poderia dar aulas particulares a > estudantes ricos, com muito mais retorno ao meu prestígio como professor? > Pelo salário? Certamente não. Por acreditar que posso fazer ali um bom > trabalho. Mas sou bobo, pois vejo essa possibilidade ser bandalhada e > sabotada dia a dia pelo populismo, do governo, da reitoria, dos meus > próprios colegas... > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Nov 18 23:39:38 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 18 Nov 2012 23:39:38 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] ainda olavo de carvalho Message-ID: Para os fãs do pseudo-filósofo, é um bom momento para assistir à palestra "O Totalitarismo Islâmico: Herdeiro do Comunismo e do Nazismo", proferida no Clube Paulistano A Hebraica em 24 de maio de 2004, e recentemente postada no Youtube, com raro senso de opotunidade: http://www.youtube.com/watch?v=gXsVp2q1tjs cvp -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Mon Nov 19 11:20:05 2012 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Mon, 19 Nov 2012 11:20:05 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=28sem_assunto=29?= Message-ID: Olá; Saiu o resultado das bolsas IBERMUSICAS; http://ibermusicas.org/index.php/es/2012-2013 Cordialmente, Jorge Antunes -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 19 14:14:30 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 19 Nov 2012 14:14:30 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?15_milh=F5es_de_d=F3lares_para_site?= =?iso-8859-1?q?_de_letras_de_rap_criado_por_alunos_de_yale?= Message-ID: Yale Graduates Seek a Hip-Hop Degree Danny Ghitis for The New York Times The creators of Rap Genius, a hip-hop lyrics site, from left, Ilan Zechory, Tom Lehman and Mahbod Moghadam. By JOSHUA BRUSTEINPublished: November 9, 2012 IT started with confusion over a Cam?ron lyric. In 2009, Tom Lehman, a computer programmer, was puzzled by the line, ?80 holes in your shirt: there, your own Jamaican clothes? in the rap song ?Family Ties.? What were ?Jamaican clothes,? he wondered? A friend from Yale, Mahbod Moghadam, guessed that the lyric referred to the tattered clothing worn by impoverished Jamaicans. That turned out not to be true, but it was enough to inspire Mr. Lehman to build Rap Genius, a Web site that seeks to decipher every lyric in hip-hop. While rap lyric sites are not new, Rap Genius distinguished itself by adding a Wikipedia-esque twist, allowing anyone to annotate lyrics with words, photos and videos. More than 250,000 people have submitted explanations to date, with contributions vetted by 500 editors, many of them high school or college students. The result is a mélange of decoded slang, interpretations of varying plausibility and dorky jokes that has struck a chord. The site draws two million unique visitors a month, according to comScore, an independent analytics firm, and last month Ben Horowitz , a well-known venture capitalist in Silicon Valley with a soft spot for hip-hop, announced he was investing $15 million in the site. But the project has also been dogged by awkward questions about race and authenticity, including a recent dispute over conversations in a chat room that some call racist. Not helping matters is the sometimes-outlandish behavior of its three founders, Mr. Lehman, Mr. Moghadam and a third buddy from Yale, Ilan Zechory. Rap Genius is run out of two penthouse apartments in Williamsburg, Brooklyn, where the founders seem to fancy themselves as hip-hop personalities in their own right. Mr. Lehman, 28, sports an unkempt Afro of sorts, and seems to wear a different pair of sunglasses for every conversation. Friends noted a striking accumulation of skinny jeans in various colors after he received Mr. Horowitz?s check. Mr. Lehman is also a stickler for punctuation, which can be torture for someone who runs a crowd-sourced hip-hop Web site. Mr. Moghadam, 29, favors shirtlessness to show off a muscular upper body, and speaks in a unique patois that mixes phrases like ?we got bottles? and ?pop it for pimp? with graduate-school-level discussions of Orientalism and religious texts. He can come off as a star-struck fan, bragging about meeting Gucci Mane or Big Boi one moment, before drifting into hyperbolic claims about Rap Genius?s future the next. Mr. Zechory, 28, cuts a more modest figure. He says that his two friends are playing roles, and marvels at their ability to keep up the act. ?I?ve never seen him break character,? he said of Mr. Moghadam. Perhaps the site?s biggest claim to fame has been its ability to get several famous rappers, including Nas and 50 Cent, to explain their own lyrics on the site. GZA from the Wu-Tang Clan received a tutorial last month. He came away enthusiastic. ?This is a perfect site for me, because I love talking about hip-hop and lyrics,? he said. ?The way I write is like a puzzle, so most of it can be broken down and explained in detail.? But some critics suspect that Rap Genius?s founders are engaged in a sort of perpetual parody of the music they claim to be rhapsodizing. ?There?s a consciousness about what they?re doing ? we call it ?slumming,? ? said Camille Charles, a sociology professor at the University of Pennsylvania who studies race. The site has been plagued by other troubles. Many of the song transcripts are identical ? typos and all ? to those found on the Original Hip-Hop Lyrics Archive , a Web site that has existed in varying forms since 1992. And some explanations are cause for eye-rolling. ?It?s frequently incorrect, just straight up wrong, in the transcription and definitely in the interpretation,? said Adam Mansbach, the author of ?Go the ____ to Sleep,? a profane play on the bedtime storybook. Mr. Moghadam said that he is aware of how a hip-hop site created by three Yale graduates might raise suspicions. But he notes that Rap Genius is designed to weed out wrong answers, using as an example his own faulty explanation of ?Jamaican clothes,? which the site now says refers to ?mesh tank tops with a lot of little holes in them.? At the same time, Mr. Moghadam?s own actions have given critics plenty to work with. When Kool A.D., a rapper from the group Das Racist, referred to Rap Genius as ?white devil sophistry? in a song last year, Mr. Moghadam posted a response video, in which he raps about the color of Kool A.D.?s skin with a line that some took as racist. (Mr. Moghadam, who is Persian, insists he was making a reference to how he thought Kool A.D. looks sickly.) But the racial questions arose again a few weeks ago when Byron Crawford, a prominent hip-hop blogger, posted screen grabs from a Rap Genius chat room that showed users making jokes about slavery. In response, the founders denounced the jokes as racist, but added that the site could be not be held accountable for every comment, much like Twitter can?t be blamed for every offensive tweet. On his own, however, Mr. Moghadam went further and physically threatened Mr. Crawford in an online chat and on Twitter. Mr. Moghadam insists that the beef was largely tongue-in-cheek, and that the bluster is just part of the pugnacious hip-hop world. ?Dissing is their vocabulary,? he said. ?If they?re dissing you, they?re showing you respect.? This article has been revised to reflect the following correction: *Correction: November 13, 2012* Because of an editing error, a previous version of this article misstated the first name of a prominent hip-hop blogger. He is Byron Crawford, not Bryan. A version of this article appeared in print on November 11, 2012, on page ST8 of the New York edition with the headline: Yale Graduates Seek A Hip-Hop Degree. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Mon Nov 19 16:12:56 2012 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Mon, 19 Nov 2012 10:12:56 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?15_milh=C3=B5es_de_d=C3=B3lares_para_sit?= =?utf-8?q?e_de_letras_de_rap_criado_por_alunos_de_yale?= In-Reply-To: Message-ID: <1353348776.87225.YahooMailClassic@web110310.mail.gq1.yahoo.com> Enquanto isso, na Ilha, não temos nem 100 reais pra copiar nossos próprios CDs de funk carioca... Daniel Cerqueira http://musica.ufma.br --- Em seg, 19/11/12, Carlos Palombini escreveu: De: Carlos Palombini Assunto: [ANPPOM-Lista] 15 milhões de dólares para site de letras de rap criado por alunos de yale Para: "Pesquisadores em Sonologia (Música)" , anppom-l em iar.unicamp.br Data: Segunda-feira, 19 de Novembro de 2012, 14:14 Yale Graduates Seek a Hip-Hop DegreeDanny Ghitis for The New York Times The creators of Rap Genius, a hip-hop lyrics site, from left, Ilan Zechory, Tom Lehman and Mahbod Moghadam. By JOSHUA BRUSTEINPublished: November 9, 2012 IT started with confusion over a Cam?ron lyric. In 2009, Tom Lehman, a computer programmer, was puzzled by the line, ?80 holes in your shirt: there, your own Jamaican clothes? in the rap song ?Family Ties.? What were ?Jamaican clothes,? he wondered? A friend from Yale, Mahbod Moghadam, guessed that the lyric referred to the tattered clothing worn by impoverished Jamaicans. That turned out not to be true, but it was enough to inspire Mr. Lehman to build Rap Genius, a Web site that seeks to decipher every lyric in hip-hop. While rap lyric sites are not new, Rap Genius distinguished itself by adding a Wikipedia-esque twist, allowing anyone to annotate lyrics with words, photos and videos. More than 250,000 people have submitted explanations to date, with contributions vetted by 500 editors, many of them high school or college students. The result is a mélange of decoded slang, interpretations of varying plausibility and dorky jokes that has struck a chord. The site draws two million unique visitors a month, according to comScore, an independent analytics firm, and last month Ben Horowitz, a well-known venture capitalist in Silicon Valley with a soft spot for hip-hop, announced he was investing $15 million in the site. But the project has also been dogged by awkward questions about race and authenticity, including a recent dispute over conversations in a chat room that some call racist. Not helping matters is the sometimes-outlandish behavior of its three founders, Mr. Lehman, Mr. Moghadam and a third buddy from Yale, Ilan Zechory. Rap Genius is run out of two penthouse apartments in Williamsburg, Brooklyn, where the founders seem to fancy themselves as hip-hop personalities in their own right. Mr. Lehman, 28, sports an unkempt Afro of sorts, and seems to wear a different pair of sunglasses for every conversation. Friends noted a striking accumulation of skinny jeans in various colors after he received Mr. Horowitz?s check. Mr. Lehman is also a stickler for punctuation, which can be torture for someone who runs a crowd-sourced hip-hop Web site. Mr. Moghadam, 29, favors shirtlessness to show off a muscular upper body, and speaks in a unique patois that mixes phrases like ?we got bottles? and ?pop it for pimp? with graduate-school-level discussions of Orientalism and religious texts. He can come off as a star-struck fan, bragging about meeting Gucci Mane or Big Boi one moment, before drifting into hyperbolic claims about Rap Genius?s future the next. Mr. Zechory, 28, cuts a more modest figure. He says that his two friends are playing roles, and marvels at their ability to keep up the act. ?I?ve never seen him break character,? he said of Mr. Moghadam. Perhaps the site?s biggest claim to fame has been its ability to get several famous rappers, including Nas and 50 Cent, to explain their own lyrics on the site. GZA from the Wu-Tang Clan received a tutorial last month. He came away enthusiastic. ?This is a perfect site for me, because I love talking about hip-hop and lyrics,? he said. ?The way I write is like a puzzle, so most of it can be broken down and explained in detail.? But some critics suspect that Rap Genius?s founders are engaged in a sort of perpetual parody of the music they claim to be rhapsodizing. ?There?s a consciousness about what they?re doing ? we call it ?slumming,? ? said Camille Charles, a sociology professor at the University of Pennsylvania who studies race. The site has been plagued by other troubles. Many of the song transcripts are identical ? typos and all ? to those found on the Original Hip-Hop Lyrics Archive, a Web site that has existed in varying forms since 1992. And some explanations are cause for eye-rolling. ?It?s frequently incorrect, just straight up wrong, in the transcription and definitely in the interpretation,? said Adam Mansbach, the author of ?Go the ____ to Sleep,? a profane play on the bedtime storybook. Mr. Moghadam said that he is aware of how a hip-hop site created by three Yale graduates might raise suspicions. But he notes that Rap Genius is designed to weed out wrong answers, using as an example his own faulty explanation of ?Jamaican clothes,? which the site now says refers to ?mesh tank tops with a lot of little holes in them.? At the same time, Mr. Moghadam?s own actions have given critics plenty to work with. When Kool A.D., a rapper from the group Das Racist, referred to Rap Genius as ?white devil sophistry? in a song last year, Mr. Moghadam posted a response video, in which he raps about the color of Kool A.D.?s skin with a line that some took as racist. (Mr. Moghadam, who is Persian, insists he was making a reference to how he thought Kool A.D. looks sickly.) But the racial questions arose again a few weeks ago when Byron Crawford, a prominent hip-hop blogger, posted screen grabs from a Rap Genius chat room that showed users making jokes about slavery. In response, the founders denounced the jokes as racist, but added that the site could be not be held accountable for every comment, much like Twitter can?t be blamed for every offensive tweet. On his own, however, Mr. Moghadam went further and physically threatened Mr. Crawford in an online chat and on Twitter. Mr. Moghadam insists that the beef was largely tongue-in-cheek, and that the bluster is just part of the pugnacious hip-hop world. ?Dissing is their vocabulary,? he said. ?If they?re dissing you, they?re showing you respect.? This article has been revised to reflect the following correction:Correction: November 13, 2012Because of an editing error, a previous version of this article misstated the first name of a prominent hip-hop blogger. He is Byron Crawford, not Bryan. A version of this article appeared in print on November 11, 2012, on page ST8 of the New York edition with the headline: Yale Graduates Seek A Hip-Hop Degree. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 19 16:25:43 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 19 Nov 2012 16:25:43 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] ainda olavo de carvalho In-Reply-To: References: Message-ID: olavo de carvalho é sem dúvida um catalisador desse imbecil coletivo que ele só enxerga no extremo oposto de seu reduzido espectro, mas, dentro de israel mesmo, quem contesta suas afirmações é o prelado ortodoxo: "rabino dovid weiss fala sobre o roubo da imagem pública da religião judaica pelo sinistro movimento ateu, o sionismo, primeira fonte de anti-semitismo no mundo moderno" http://youtu.be/fBsemwK4DJc e, talvez mais eloquente porque mais racional e embasado na história, o próprio filho do general responsável pela iniciativa que destruiu o poder de fogo egípcio em 1967: "em israel não há nenhum abraão hoje" http://youtu.be/ToYDesW47Wc 2012/11/19 silvio ferraz pior de tudo são os comentários logo abaixo do vídeo? > dá-lhe neo-nazismo? a que pontos estamos voltando? > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 19 19:56:49 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 19 Nov 2012 19:56:49 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Timothy D. Taylor | The Sounds of Capitalism: Advertising, Music, and the Conquest of Culture | UCP Message-ID: The Sounds of Capitalism Advertising, Music, and the Conquest of Culture [image: The Sounds of Capitalism] Timothy D. Taylor 368 pages | 24 halftones, 5 tables | 6 x 9 | © 2012 >From the early days of radio through the rise of television after World War II to the present, music has been used more and more often to sell goods and establish brand identities. And since at least the 1920s, songs originally written for commercials have become popular songs, and songs written for a popular audience have become irrevocably associated with specific brands and products. Today, musicians move flexibly between the music and advertising worlds, while the line between commercial messages and popular music has become increasingly blurred. *The Sounds of Capitalism* is the untold story of this infectious part of our musical culture. Here, Timothy D. Taylor tracks the use of music in American advertising for nearly a century, from variety shows like *The Clicquot Club Eskimos* to the rise of the jingle, the postwar rise in consumerism and the more complete fusion of popular music and consumption in the 1980s and after. Taylor contends that today there is no longer a meaningful distinction to be made between music in advertising and advertising music. To make his case, he draws on rare archival materials, the extensive trade press, and hours of interviews with musicians ranging from Barry Manilow to unknown but unforgettable jingle singers. *The Sounds of Capitalism* is the first book to truly tell the history of music used in advertising in the United States, and an original contribution to this little-studied part of our cultural history. http://press.uchicago.edu/ucp/books/book/chicago/S/bo13040584.html -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From iazzetta em usp.br Mon Nov 19 18:25:09 2012 From: iazzetta em usp.br (Fernando Iazzetta) Date: Mon, 19 Nov 2012 18:25:09 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Alguns_coment=E1rios_sobre_o_proces?= =?iso-8859-1?q?so_de_avalia=E7=E3o_no_CNPq?= Message-ID: <8328C2F1-6A69-436A-A2FE-33CAE9DA934B@usp.br> Caros(as) pesquisadores(as), O processo de avaliação dos pedidos de Bolsa de Produtividade em Pesquisa, Bolsa Especiais/BE e Eventos Científicos/ARC deste semestre no CNPq está sendo finalizado. No último Congresso da ANPPOM eu havia dito a vocês que havia uma demanda reprimida muito grande para bolsas PQ e que a probabilidade de que recebêssemos novas bolsas era remota. Mas, contrariando todas as expectativas (inclusive dos técnicos do CNPq), recebemos algumas bolsas novas. Para área de Artes (que inclui Música, Artes Cênicas e Artes Plásticas) devem vir 4 bolsas PQ2 e 3 bolsas PQ1D novas. Além disso, algumas bolsas já implementadas não foram renovadas. Portanto, se tudo correr bem, deve haver alguma mudança no quadro de bolsas da nossa área. É pouco ainda, mas é mais do que estávamos esperando. Com já disse antes, reforço que a distribuição das bolsas pelo CNPq é função da demanda, então é importante que as solicitações continuem sendo feitas regularmente. É importante lembrar também que o CNPq tem enfatizado que os critérios de concessão e renovação das bolsas devem ser objetivos. Notamos que havia uma certa inércia no sistema de renovação de bolsas e que havia uma forte tendência de que as bolsas já concedidas fossem facilmente renovadas. Com a demanda crescente e com a elaboração de critérios mais objetivos para a avaliação da produção, as propostas estão sendo avaliadas com mais rigor. Isso significa que os bolsistas e os candidatos a bolsas devem manter um nível de produtividade de excelência e demonstrar a real existência de resultados de seus projetos de pesquisa financiados pelo CNPq para que façam jus à renovação das respectivas bolsas. Além disso, recebi a notícia (não-oficial ainda) de que no primeiro semestre de 2013 será feita uma reunião específica para avaliação da produção dos pesquisadores com bolsa em curso para realizar uma reclassificação de níveis (Pq2 e Pq1D, Pq1C, Pq1B, Pq1A). Para isso, peço que mantenham seus Currículos Lattes atualizados. Finalmente, quero comentar sobre os pareceres que têm sido solicitados aos pesquisadores com bolsas PQ. Esses pareceres são fundamentais para a realização de avaliações consistentes e justas. Devem portanto ser circunstanciados e claros. Sei da falta de tempo e problemas de agendas de todos vocês, mas lembro que esses pareceres são contrapartida obrigatória para os bolsistas PQ. Embora a maior parte dos pareceres seja muito bem realizada, temos recebido um número relativamente grande de pareceres lacônicos ou sem consistência o que tem prejudicado a avaliação adequada das solicitações. Peço a atenção de vocês a esse respeito, já que o próprio CNPq está nos cobrando em relação a isso. Um abraço a todos, Fernando Iazzetta _______________________________ Prof. Dr. Fernando Iazzetta Departamento de Música - ECA/USP www.eca.usp.br/prof/iazzetta www.eca.usp.br/mobile -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 19 19:46:17 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 19 Nov 2012 19:46:17 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] CFP: Music at the Margins, Interdisciplinary Graduate Conference, Harvard Univ., Cambridge, 23 Feb 2013 Message-ID: Music at the Margins: An Interdisciplinary Graduate Conference hosted by the Harvard University Graduate Music Forum The Harvard University Graduate Music Forum invites proposals for its upcoming interdisciplinary conference, ?Music at the Margins.? The conference will take place on February 23rd, 2013, at the Harvard Music Department in Cambridge, Massachusetts. The GMF is pleased to welcome Professor Kevin Korsyn of the University of Michigan as this year?s keynote speaker. The conference will also include a workshop led by Harvard professor Sindhumathi Revuluri. Twenty-minute papers are welcomed on a broad range of topics, including, but not limited to: ? Non-canonical or otherwise marginalized repertoires ? Non-traditional and interdisciplinary approaches to music ? Boundaries and affinities between sound, noise, and music ? Issues of genre and style ? Manuscript studies and marginalia We especially encourage proposals on repertoires and musical practices outside of the Western canon, and prior to the 20th century. Proposals may be submitted to HarvardGMF2013 at gmail.com until midnight on January 15, 2013. Proposals should consist of an email with the applicant?s name, email address, and institutional affiliation, with a PDF or Word attachment containing the paper?s title and an abstract of up to 500 words. Proposals may also include up to two pages of diagrams, the captions of which will not be counted against the 500-word limit. In order to facilitate anonymous review, please do not include names or contact information in the attachment. Accepted abstracts will be announced on or before February 1. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Nov 19 19:48:14 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 19 Nov 2012 19:48:14 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] CFP: Music in and of America, Graduate Musicology Conference, Boston Univ., 16 Feb 2013 Message-ID: The Sixth Annual Graduate Musicology Conference of the Graduate Music Society at Boston University "Music in and of America" To be held February 16th, 2013 from 9 AM to 5 PM in the Faculty Dining Room of the George Sherman Union at Boston University The Boston University Graduate Music Society, a student organization for academic research in the fields of Musicology, Ethnomusicology, and Music Theory, invites abstract submissions for our sixth annual graduate student conference. The theme for this year's conference is ?Music in and of America.? We welcome papers on topics related to any of the diverse strands of the musical heritage of the United States, ranging from popular musics, blues, jazz, hip-hop, classical traditions, and native traditions, as well as America's musical influence worldwide. Papers may take a variety of approaches, including, but not limited to, socio-cultural, analytical, historical, and interdisciplinary perspectives. Proposals for a lecture-recital format are welcome as well. Each presentation should be twenty minutes in length, to be followed by a ten-minute Q&A session. The conference will feature a keynote speaker, to be announced. Please send an abstract of no more than 250 words, along with a brief cover letter that includes your name, telephone number, university affiliation, and student status to Jeannette Jones, jonesj at bu.edu. Deadline for abstracts is December 5th, 2012. Notification of acceptance will occur by December 15th. Any questions should be directed to: musicsoc at bu.edu. -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Tue Nov 20 03:03:53 2012 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Tue, 20 Nov 2012 03:03:53 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Concerto de Live Electronics no MIS-SP Message-ID: Olá pessoal, meu curso de Live Electronics / Computação Musical está chegando ao fim e - nessa quarta feira, dia 21, às 21h - temos um encerramento com um concerto aberto ao público. Quem estiver em sampa de bobeira pode aparecer, é gratuito. A performance será coordenada e regida por mim e contará com a colaboração e improvisação dos alunos. Segue um eventozinho do facebook https://www.facebook.com/events/170861516391370/?fref=ts Obrigado Alexandre Torres Porres -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From janete.haouli em hotmail.com Tue Nov 20 11:18:21 2012 From: janete.haouli em hotmail.com (Janete El Haouli) Date: Tue, 20 Nov 2012 11:18:21 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?Fran=E7ois_Bayle=3A_=2750_ans_d?= =?windows-1252?q?=27acousmatique=27_=2815_CD=29?= In-Reply-To: References: <01c201cdc62c$365fa170$2201a8c0@7fc04bc8ebff42b>, Message-ID: François Bayle 50 ans d'acousmatique (INA G 6033/6047) En conmemoración del ochenta aniversario de François Bayle (1932, Tamatave, Madagascar), el Grupo de Investigaciones Musicales (GRM) del Instituto Nacional del Audiovisual de París (INA) presenta una espléndida edición antológica de la obra exclusivamente electroacústica de este compositor. Se trata de una caja con quince CDs que reúne un total de treinta y cinco composiciones realizadas entre 1963 y 2012. Esto es, cincuenta años de producción musical acusmática de quien sin duda ha sido una de las figuras más destacadas del citado GRM -grupo que además dirigió entre 1966 y 1997- y todavía sigue siendo un autor esencial en el ámbito de la creación experimental con sonidos fijados. Para la ocasión, se han incluido cinco trabajos del compositor nunca antes publicados ('Arc, pour Gérard Grisey', 'Univers nerveux', 'L'Oreille étonnée', 'Rien n'est réel', 'Déplacements') y, asimismo, versiones inéditas de otros siete que sí salieron a la luz en el pasado: 'Jeita, ou Murmure des eaux', 'Labyrinthe' (perteneciente a 'Camera oscura'), 'Les Couleurs de la nuit', 'La fin du bruit', 'Toupie dans le ciel', 'si loin, si proche' (perteneciente a 'La forme du temps es un cercle') y 'La forme de l'esprit est un papillon'. Además de los quince discos, la caja contiene un libreto bilingüe (en francés e inglés) de ciento sesenta páginas con algunas fotografías, dos notas editoriales de Mathieu Gallet y Christian Zanési, detalles biográficos, la transcripción de una breve entrevista al autor realizada por Thomas Baumgartner y una extensa presentación del repertorio a cargo de Régis Renouard Larivière. "50 ans d?acousmatique": CD-1: (1963-1971) 1. - 3 'Trois Rêves d?oiseau'; 4. ? 8. 'Espaces inhabitables'; 9. ? 25. 'Jeita, ou Murmure des eaux' (versión 2012, inédita). CD-2: (1969-1971, L'Expérience Acoustique I - II) 1. ? 5. 'thèmes-sons'; 6. ? 10. I. 'L'Aventure du cri'; 11. ? 19. II. 'Le Langage des fleurs'. CD-3: (1971-1972, L'Expérience Acoustique III ? IV ? V) 1. ? 8. III. 'La Preuve par le sens'; 9. ? 10. IV. 'L'Épreuve par le son'; 11. - 12. V. 'La Philosophie du nom'. CD-4: (1972, Divine Comédie) 1. ? 14. 'Purgatoire'; 15. - 18. 'Paradis terrestre'. CD-5: (1973-1974) 1. ? 9. 'Vibrations composées'; 10. ? 19. 'Grande polyphonie'. CD-6: (1976-1982) 1. ? 8. 'Camera oscura' (Labyrinthe; versión 2012, inédita); 9. ? 17. 'Les Couleurs de la nuit' (versión 2012, inédita). CD-7: (1978-1980, Erosphère) 1. ? 11. 'Tremblement de terre très doux'; 12. ? 15. 'La fin du bruit' (versión 2009, inédita); 16. ? 20. 'Toupie dans le ciel' (versión 2009, inédita). CD-8: (1980-1981, Son Vitesse-Lumière I - II) 1. - 2. I. 'Grandeur nature'; 3. - 5. II. 'Paysage, personnage, nuage'. CD-9: (1981-1983, Son Vitesse-Lumière III ? IV ? V) 1. - 4. III. 'Voyage au centre de la tête'; 5. ? 9. IV. 'Le sommiel d'Euclide'; 10. ? 12. V. 'Lumière ralentie'. CD-10: (1985-1988) 1. ? 3. 'Motion-Émotion'; 4. ? 10. 'Théâtre d'Ombres'. CD-11: (1989-1991) 1. ? 15. 'Fabulae I à IV'; 16. 'Mimaméta'. CD-12: (1994-1996) 1. ? 9. 'La Main Vide'; 10. ? 13. 'Morceaux de Ciels'. CD-13: (1999-2001) 1. ? 2. 'Arc pour Gérard Grisey' (inédita); 3. ? 17. 'La forme du temps est un cercle'. CD-14: (2003-2005) 1. ? 8. 'La forme de l'esprit est un papillon' (versión 2012, inédita); 9. ? 12. 'Univers nerveux (in memoriam K. Stockhausen)' (inédita). CD-15: (2006-2012) 1. ? 4. 'L'Oreille étonnée (in memoriam O. Messiaen)' (inédita); 5. ? 10. 'Rien n'est réel' (inédita); 11. ? 13. 'Déplacements' (inédita). 15CD / duración total: 951:50 / 66,00 EUR más gastos de envío Ferran Cuadras (arsonal) Apartat de correus 9500 08080 Barcelona Tel. 93 419 08 58 arsonal em arsonal.net http://www.arsonal.net -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: 50ansdacousmatique.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 35963 bytes Descrição: não disponível URL: From magali.kleber em gmail.com Tue Nov 20 12:19:36 2012 From: magali.kleber em gmail.com (Magali Kleber) Date: Tue, 20 Nov 2012 12:19:36 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Importante_=3A_resultado_da_reuni=C3=A3o?= =?utf-8?q?_sobre_a_matriz_curricular=5F_sobre_a_supress=C3=A3o_da_?= =?utf-8?q?disciplina_ARTE?= Message-ID: Car em s colegas, estamos no limite que impõe a drástica redução das aulas de ARTE na Matriz Curricular (im)proposta pela Secretaria Estadual de Educação de toda a rede escolar estadual do Paraná. Trata-se de um retrocesso, e sem participação dos profissionais da área, muito menos das instituições de formação dos licenciados. Transcrevo abaixo os encaminhamentos proposto pela Associação de Professores do Paraná - APP. Solicito que as entidades e pessoa física nos apoiem enviando para apoio ao movimento para a manutenção das aulas de ARTE na matriz curricular de 2013 e o envolvimento dos profissionais da área na discussão da reformulação em um segundo momento, com a devida convocação da área. Atenciosamente, Magali Kleber Presidente da ABEM Docente da UEL?Curso de Licenciatura em Música Diretora da Casa de Cultura/UEL Subject: Importante : resultado da reunião sobre a matriz curricular Date: Tue, 20 Nov 2012 05:07:38 +0300 Caros colegas *ARTE EDUCADORES* ** Nós reunimos hoje da APP sindicato para debater sobre a nova matriz curricular. *Articulações e propostas importantes que foram tomados nesta reunião:* - *Construção de documento questionando esta nova Matriz. *Este será postado através de um link no site da APP para assinatura e também enviaremos pra todos vocês para que façam uma impressão e coletem o máximo de assinaturas possíveis - alunos, professores, pais outros. *Este material será entregue por nós no dia do nosso ato público e depois encaminhados ao Fórum Permanente, mostrando a força de nossa mobilização. * - - Será realizado um *ato público no dia **26 de novembro ( 2ª feira ) às 9:00 *no calçadão de Londrina em frente a Pernambucana, com os professores de arte, filosofia , sociologia e todos os outros que aderirem ao movimento. Esta mobilização tem como objetivo fortalecer a discussão que será feita no dia 27 de novembro no Fórum Permanente em Curitiba sobre a MATRIZ CURRICULAR. - - Para tal mobilização estaremos nos reunindo *no dia 22 de novembro **( quinta- feira ) as 18: 00 hrs na APP Sindicato para organizar os detalhes.(necessário a presença de todos). Nós queremos mobilizar tb as áreas de teatro, musica, dança e outras entidades artísticas que não estão ligadas diretamente com a educação -a perda é real pra todos.* - O Governo do Paraná tem até o dia *15 de dezembro para apresentar uma Matriz Curricular *, a votação deste material será feito pelo Conselho Estadual de Educação , portanto precisamos agir rápido, e fazer com que o governo abra um pauta de discussões , pois nenhuma foi realizada até então.. *Como professora sei o quanto é difícil , mas neste momento não temos escolhas . Devemos fazer um enfrentamento, nos mobilizar, mostrar força. * *Devemos sair desta posição confortável (que supostamente estamos) deixar todas as desculpas de lado e agirmos como um grupo unido, pois mais discussões haverá neste Conselho de Educação e mais perdas poderemos ter. Não temos tempo, atitude agora, depois não adiante reclamar.* *Contamos com a presença de todos.* -- Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 Fone 55 43 3323 8562 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From jamannis em uol.com.br Tue Nov 20 22:54:06 2012 From: jamannis em uol.com.br (jamannis em uol.com.br) Date: Tue, 20 Nov 2012 22:54:06 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Chamada_11o_Congresso_de_Engenharia?= =?iso-8859-1?q?_de_=C1udio_da_AES_Brasil_=28Maio=2C_2013_-_SP=29?= Message-ID: <022701cdc782$b5b66d80$21234880$@com.br> http://aesbrasil.org/site/wp-content/uploads/2012/09/congresso13-1024x388.pn g Chamada de Trabalhos A AES Seção Brasil convida as comunidades científicas e tecnológicas das áreas de áudio, engenharias, música, acústica e computação a submeterem trabalhos originais de pesquisas, desenvolvimentos, inovações e propostas de oficinas para seu 11º Congresso de Engenharia de Áudio, a ser realizado com a 17ª Convenção Nacional da AES-Brasil de 7 a 9 de maio de 2013 no Expo Center Norte em São Paulo. Artigos devem ser submetidos em PDF via sistema JEMS/SBC em submissoes.sbc.org.br Baixar o TEMPLATE em Word Baixar o TEMPLATE em LaTex IDIOMAS ACEITOS: PORTUGUÊS, ESPANHOL e INGLÊS. ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DAS SUBMISSÕES Os artigos submetidos neste 11o Congresso de Engenharia de Áudio da AES-Brasil serão avaliados em duas etapas, conforme o calendário estabelecido. · Na primeira etapa (18/12/2012 – 14/01/2013), será avaliado um précis com 500 a 750 palavras. · Na segunda etapa (19/02/2013 – 18/03/2013), será avaliado o artigo completo concluído. · Uma vez aprovado o Artigo Completo na segunda etapa, cada autor deverá providenciar o DEPOSITO FINAL (CAMERA READY) fazendo um novo upload do seu artigo devidamente adequado e revisto atendendo as eventuais observações dos revisores. CATEGORIAS DE ARTIGOS · SHORT PAPER, com artigos até quatro páginas, está destinada a trabalhos de estudantes, aos quais uma sessão inteira lhes será dedicada após a qual poderão se reunir para um debate a ser definido e organizado pela Coordenação de Comunicação deste evento. · FULL PAPER segue, como nas edições precedentes, para artigos plenos. Questões para o comitê de organização podem ser enviadas para o endereço congresso em aesbrasil.org. Tópicos sugeridos para submissões (mas não restritos a): · Acústica de Ambiente · Amplificação de Áudio · Análise e Síntese de Voz e Música · Áudio Automotivo · Áudio em Alta Definição (HD Áudio) · Áudio em Medicina e Biologia · Áudio Espacial e Multicanal · Áudio na Educação · Áudio na Internet · Áudio para Cinema e TV Digital · Áudio para Jogos · Codificação e Compressão de Áudio · Computação Musical · Controle e Redução de Ruído · Efeitos, Transformação e Edição de Áudio · Eletrônica Aplicada a Áudio · Instrumentos Musicais · Marca d’Água em Áudio · Microfones e Captação Sonora · Processamento Analógico e Digital de Sinais de Áudio · Psicoacústica e Percepção Auditiva · Qualidade de Áudio · Restauração de Sinais de Áudio · Sistemas Audiovisuais · Sistemas Eletroacústicos · Técnicas de Gravação, Mixagem e Reprodução · Tecnologia de Alto-Falantes · Tecnologias Musicais Para acessar as Instruções aos Autores, clique aqui. Datas importantes: Abertura • Depósito Précis 05/11/2012 - 17/12/2012 1ª Avaliação: Précis 18/12/2012 – 14/01/2013 Notificação de Aceite de Précis 15/01/2013 Depósito de Artigo Completo 15/01/2013 – 18/02/2013 2ª Avaliação: Artigo Completo 19/02/2013 – 18/03/2013 Notificação de Aceite de Artigos 19/03/2013 Depósito Final / (Camera Ready) 19/03/2013 – 02/04/2013 Revisão Layout 02/04/2013 – 13/04/2013 Editoração 14/04/2013 – 19/04/2013 Publicação 30/04/2013 – 04/05/2013 Comitê de Organização: · Coordenação da Convenção José Carlos Giner (AES-Brasil) · Coordenação de Programa Técnico José Augusto Mannis (IA-UNICAMP) Sidnei Noceti Filho (LINSE-EEL-CTC-UFSC) · Coordenação de Artigos Márcio Brandão (UnB) Paulo R. A. Marins (UnB) · Coordenação Editorial Regis Rossi A. Faria (USP) · Coordenação de Infraestrutura Júlio C. Lucchi (USJT-IMT-FEI-ITA) · Coordenação de Comunicação Eric Brandão (UFSM) Tiago de Mello (IA-UNICAMP) Para consulta aos Anais do Congresso de Engenharia de Áudio da AES Brasil, clique aqui. LOCALIZAÇÃO Pavilhão Amarelo do EXPO CENTER NORTE link mapa Av. Otto Baumgart, 1000 – Vila Guilherme São Paulo, 02049-000 O evento tem localização privilegiada, próxima a duas estações do Metrô (Carandiru e Portuguesa-Tietê), do Terminal Rodoviário Tietê e ao lado da Marginal Tietê que conduz às principais rodovias estaduais e interestaduais. LINHAS DE ÔNIBUS Número / Descrição da linha / [Empresa] / Tarifa Autorizada (Nov/2012) · 217 Sao Bernardo do Campo (Conjunto Terra Nova Ii)/Sao Paulo (Terminal Rodov. Tiete) [Imigrantes] R$ 4,55 · 218 Sao Bernardo do Campo (Área Verde)/Sao Paulo (Terminal Rodoviario Tiete) [Imigrantes] R$ 4,55 · 271 Guarulhos (Terminal Metropolitanotaboao)/Sao Paulo (Terminal Rodoviario Tiete) [Internorte] R$ 4,00 · 314 Sao Bernardo do Campo (Jardim Las Palmas)/Sao Paulo (Terminal Rodov. Tiete) [Imigrantes] R$ 4,20 · 425 Diadema (Vila Paulina)/ Sao Paulo (Terminal Rodoviario Tiete) [Mobibrasil Transporte] R$ 4,55 http://aesbrasil.org/site/wp-content/uploads/2012/09/congresso13apoio.png http://aesbrasil.org/site/wp-content/uploads/2012/09/SOBRAC.jpg _____________________________ Prof. Dr. José Augusto Mannis Coordenador de Programa Técnico 11o Congresso de Eng. de Audio da AES Brasil Maio de 2013 - São Paulo, SP http://aesbrasil.org/site/congressos/ congresso em aesbrasil.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001.png Tipo: image/png Tamanho: 83739 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image002.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 29695 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image003.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 4246 bytes Descrição: não disponível URL: From magali.kleber em gmail.com Wed Nov 21 08:56:54 2012 From: magali.kleber em gmail.com (Magali Kleber) Date: Wed, 21 Nov 2012 08:56:54 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] Manifesto contra a Matriz Curricular unilateral_ menos ARTE na Escola! Message-ID: *Exmo. Secretário da Educação do Estado do Paraná* *Se. Flávio Arns.*** O Coletivo Pró-Arte Paraná posiciona-se CONTRÁRIO por meio deste manifesto à medida antidemocrática exposta na ?sugestão? da Matriz Curricular do Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná para 2013. A disciplina de Arte é de suma importância na construção do indivíduo como um todo, estimulando no alunado um senso crítico e estético, desenvolvendo potencialidades criativas, sociabilizando o ser humano e integrando-o culturalmente. Consideramos inaceitável fazer uma mudança que afeta diretamente toda a comunidade escolar sem consultar previamente, de modo claro e real, as partes diretamente envolvidas, levando somente em consideração questões do IDEB (de fundamentação injustificável, como já exposto no Manifesto do Coletivo de Professores/as de Filosofia e Sociologia do Norte do Paraná) e retrocedendo em avanços importantes e necessários que nossa disciplina já alcançou durante as últimas décadas no Brasil e principalmente neste Estado. Posicionamo-nos a favor de qualquer medida que venha a promover avanços na qualidade do ensino do Paraná, porém, é inconcebível que um órgão gestor como a SEED em uma postura arbitrária e desconstrutiva gere a um movimento de retrocesso nos avanços alcançados através de debates entre estado e profissionais da educação ocorridos presencialmente no solo da escola, onde grande parte da educação acontece ? nos parece que essa abertura democrática não se caracteriza neste atual governo. O que podemos dizer da busca por uma educação de qualidade que tenta ser alcançada a partir da ausência de debates PÚBLICOS com a categoria de professores, que ignora em suas medidas os princípios que primam por uma condição de equidade em todos os níveis de conhecimento? Por que não uma proposta de debate amplo, aberto e democrático? No momento em que a disciplina de Arte, bem como as de Filosofia e Sociologia, teve maior visibilidade dentro do pensamento acadêmico, exemplificada no Vestibular da UEL, nos chega um modelo de Matriz Curricular que construirá uma lacuna formativa na área de Arte. Também é importante destacar que existe uma Diretriz Curricular desta disciplina e reduzir sua jornada é interromper os avanços que a mesma já conquistou, como campo de formação de consciências em públicos jovens, retirando da marginalidade toda uma gama de saber que até então se colocava inacessível a grande parte da população, e restrito a camadas elitistas da sociedade. Reconhecemos a importância e legitimidade das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, mas no MESMO patamar das demais, nem menos e nem mais importante dentro do corpus disciplinar. Bem como, queremos deixar claro que não somos contrários à ampliação destas e de outras disciplinas. No entanto, isso não pode ocorrer em detrimento de outros conhecimentos como: Arte, Sociologia, Filosofia, Língua Estrangeira, História e Geografia. Como se suprimir algo cuja importância já foi comprovada resolvesse as necessidades da educação do país, bem como deste estado. Percebemos nesta medida uma PREGUIÇA imediatista que tende a encontrar caminhos ?fáceis? de soluções que revelam o caráter das movimentações que orientam as manobras educacionais, que claramente nos levará a uma volta contrária ao que queremos na continuidade da formação do cidadão como saber sensível, crítico, científico e inserido culturalmente. Afinal é isso que esperamos da Educação em/para Arte! Propomos, neste manifesto uma reflexão sobre estas mudanças estruturais na conjuntura educacional. Se for para se promover mudanças, que se corte na carne! Que debatamos a condição insalubre do espaço de sala de aula, o sucateamento dos recursos tecnológicos de apoio educacional, o dogmatismo de metodologias de ensino estáticas que refletem o despreparo de muitos profissionais de educação ? em todas as áreas, o grande número de alunos por sala de aula, a má utilização de recursos destinados à educação, reuniões pedagógicas que pouco refletem as reais necessidades de cada escola, e tantos outros problemas na estrutura da Educação deste Estado. Esperamos por meio deste manifesto, redirecionar a visão dos envolvidos nesta proposta, fazer pensar/refletir sobre o que realmente é importante: o educando ? sua formação, educação, aprendizagem e a possibilidade de acesso a conhecimentos imprescindíveis na sua vida pensados democraticamente e reflexivamente. Gratos pela atenção dispensada, *Coletivo Pró-Arte Paraná.* *?Libertar as pessoas é o objetivo da arte, portanto a arte para mim é a ciência da liberdade.?* (Joseph Beuys) -- Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 Fone 55 43 3323 8562 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Wed Nov 21 10:44:12 2012 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (=?utf-8?Q?Luciano_C=C3=A9sar?=) Date: Wed, 21 Nov 2012 10:44:12 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] [forumnacionaldemusica] Manifesto contra a Matriz Curricular unilateral_ menos ARTE na Escola! In-Reply-To: References: Message-ID: <25CA6D1D-9B70-4934-873B-EE3FF654EF13@yahoo.com.br> Prezados, Não só apoio irrestritamente este manifesto, como também o indico como modelo para manifestação contra a última declaração da ministra Marta Suplicy sobre o ECAD, atualmente em debate. Arte é trabalho humanista, não é sonho ou utopia. É uma realidade crucial no desenvolvimento da humanidade. Abraço! Luciano Em 21/11/2012, às 08:56, Magali Kleber escreveu: > > Exmo. Secretário da Educação do Estado do Paraná > > Se. Flávio Arns. > > > > O Coletivo Pró-Arte Paraná posiciona-se CONTRÁRIO por meio deste manifesto à medida antidemocrática exposta na ?sugestão? da Matriz Curricular do Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná para 2013. A disciplina de Arte é de suma importância na construção do indivíduo como um todo, estimulando no alunado um senso crítico e estético, desenvolvendo potencialidades criativas, sociabilizando o ser humano e integrando-o culturalmente. > > Consideramos inaceitável fazer uma mudança que afeta diretamente toda a comunidade escolar sem consultar previamente, de modo claro e real, as partes diretamente envolvidas, levando somente em consideração questões do IDEB (de fundamentação injustificável, como já exposto no Manifesto do Coletivo de Professores/as de Filosofia e Sociologia do Norte do Paraná) e retrocedendo em avanços importantes e necessários que nossa disciplina já alcançou durante as últimas décadas no Brasil e principalmente neste Estado. > > Posicionamo-nos a favor de qualquer medida que venha a promover avanços na qualidade do ensino do Paraná, porém, é inconcebível que um órgão gestor como a SEED em uma postura arbitrária e desconstrutiva gere a um movimento de retrocesso nos avanços alcançados através de debates entre estado e profissionais da educação ocorridos presencialmente no solo da escola, onde grande parte da educação acontece ? nos parece que essa abertura democrática não se caracteriza neste atual governo. O que podemos dizer da busca por uma educação de qualidade que tenta ser alcançada a partir da ausência de debates PÚBLICOS com a categoria de professores, que ignora em suas medidas os princípios que primam por uma condição de equidade em todos os níveis de conhecimento? Por que não uma proposta de debate amplo, aberto e democrático? > > No momento em que a disciplina de Arte, bem como as de Filosofia e Sociologia, teve maior visibilidade dentro do pensamento acadêmico, exemplificada no Vestibular da UEL, nos chega um modelo de Matriz Curricular que construirá uma lacuna formativa na área de Arte. Também é importante destacar que existe uma Diretriz Curricular desta disciplina e reduzir sua jornada é interromper os avanços que a mesma já conquistou, como campo de formação de consciências em públicos jovens, retirando da marginalidade toda uma gama de saber que até então se colocava inacessível a grande parte da população, e restrito a camadas elitistas da sociedade. > > Reconhecemos a importância e legitimidade das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, mas no MESMO patamar das demais, nem menos e nem mais importante dentro do corpus disciplinar. Bem como, queremos deixar claro que não somos contrários à ampliação destas e de outras disciplinas. No entanto, isso não pode ocorrer em detrimento de outros conhecimentos como: Arte, Sociologia, Filosofia, Língua Estrangeira, História e Geografia. Como se suprimir algo cuja importância já foi comprovada resolvesse as necessidades da educação do país, bem como deste estado. > > Percebemos nesta medida uma PREGUIÇA imediatista que tende a encontrar caminhos ?fáceis? de soluções que revelam o caráter das movimentações que orientam as manobras educacionais, que claramente nos levará a uma volta contrária ao que queremos na continuidade da formação do cidadão como saber sensível, crítico, científico e inserido culturalmente. Afinal é isso que esperamos da Educação em/para Arte! > > Propomos, neste manifesto uma reflexão sobre estas mudanças estruturais na conjuntura educacional. Se for para se promover mudanças, que se corte na carne! Que debatamos a condição insalubre do espaço de sala de aula, o sucateamento dos recursos tecnológicos de apoio educacional, o dogmatismo de metodologias de ensino estáticas que refletem o despreparo de muitos profissionais de educação ? em todas as áreas, o grande número de alunos por sala de aula, a má utilização de recursos destinados à educação, reuniões pedagógicas que pouco refletem as reais necessidades de cada escola, e tantos outros problemas na estrutura da Educação deste Estado. > > Esperamos por meio deste manifesto, redirecionar a visão dos envolvidos nesta proposta, fazer pensar/refletir sobre o que realmente é importante: o educando ? sua formação, educação, aprendizagem e a possibilidade de acesso a conhecimentos imprescindíveis na sua vida pensados democraticamente e reflexivamente. > > > > > > Gratos pela atenção dispensada, > > > > > > Coletivo Pró-Arte Paraná. > > ?Libertar as pessoas é o objetivo da arte, portanto a arte para mim é a ciência da liberdade.? (Joseph Beuys) > > -- > Drª Magali Kleber > > Diretora da Casa de Cultura > Universidade Estadual de Londrina > http://www.uel.br > Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM > http://www.abemeducacaomusical.org.br/ > Gestão 2011-2013 > Fone 55 43 3323 8562 > > __._,_.___ > | através de email | Responder através da web | Adicionar um novo tópico > Mensagens neste tópico (1) > ATIVIDADE NOS ÚLTIMOS DIAS: > Visite seu Grupo > Mais um Dia dos Namorados sozinho? Nada disso! Encontre companhia agora > Quem procura, acha. Encontre a pessoa ideal online > Trocar para: Só Texto, Resenha Diária ? Sair do grupo ? Termos de uso > . > > __,_._,___ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From iazzetta em usp.br Wed Nov 21 21:45:42 2012 From: iazzetta em usp.br (Fernando Iazzetta) Date: Wed, 21 Nov 2012 21:45:42 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?divulga=E7=E3o_n=E3o-oficial_de_con?= =?iso-8859-1?q?curso_para_professor_de_composi=E7=E3o_na_USP?= Message-ID: <31102A66-CD91-45E6-9EB1-FB8EFA5395E8@usp.br> Caros Colegas, Escrevo para dizer que possivelmente teremos um concurso para professor em regime de dedicação exclusiva na área de Composição para o Departamento de Música da USP. O edital do concurso precisa ser ainda aprovado pelas instâncias da Universidade, portanto, este não é um aviso oficial e nem mesmo posso assegurar a realização do concurso. Como não temos muito controle do andamento do processo pelas instâncias da USP, é possível que o edital seja aprovado ainda no final deste ano. Neste caso, o concurso seria divulgado no início de janeiro/2013 e ficaria aberto por um ou dois meses para inscrições. Como é uma época de férias, escrevo para que os eventuais interessados fiquem atentos. Assim que tivermos a confirmação do edital, faremos ampla divulgação do mesmo. Abraços a todos, Fernando From marciomattos em marciomattos.com Wed Nov 21 22:37:41 2012 From: marciomattos em marciomattos.com (=?UTF-8?B?OjogIE3DoXJjaW9NYXR0b3MuQ29tIDo6?=) Date: Wed, 21 Nov 2012 21:37:41 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Concurso para Professor Substituto Message-ID: *Concurso para Professor Substituto* *Curso de Música da Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri (Juazeiro do Norte)* http://www.progep.ufc.br/images/stories/arquivos/editais/2012/substituto/edital455_2012.pdf *MÁRCIO MATTOS* *Professor do Curso de Música da UFC - Campus Cariri* Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri / Juazeiro do Norte Coordenador do CEMUC [cemucufc.blogspot.com] / Tutor do PET MÚSICA UFC - Cariri *Site Profissional:* cariri.ufc.br / educacaomusical.cariri.ufc.br *Site Pessoal:* www.marciomattos.com Crato - Ceará - Brasil *MSN:* mmttos em gmail.com *SKYPE:* mmttos -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Thu Nov 22 00:00:10 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Thu, 22 Nov 2012 00:00:10 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Edital_Funda=E7=E3o_Biblioteca_Naci?= =?iso-8859-1?q?onal_2012_-_Apoio_a_Pesquisadores_Negros?= Message-ID: Edital Fundação Biblioteca Nacional 2012 - Apoio a Pesquisadores Negros Descrição Constitui objeto do Editala seleção de projetos de pesquisa para concessão de bolsas, propostos por pesquisadores e pesquisadoras negras, visando incentivar a produção de trabalhos originais, em território brasileiro, em qualquer uma das áreas e subáreas do conhecimento definidas pelo CNPq. A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), em parceria com a SEPPIR-PR poderá conceder até 23 bolsas, com desembolso mensal, por um período de um ano para pesquisadores negros brasileiros, natos ou naturalizados. Poderão ser inscritos projetos de pesquisa oriundos de todas as áreas do conhecimento, conforme indica a Tabela das Grandes Áreas do CNPq. Para o Edital se obedecerá aos critérios usados pelo IBGE para a definição do que seja ser negro, isto é, a autodeclaração de ser preto ou pardo. Data Limite Até 20 de março de 2013. Elegibilidade Os candidatos poderão ser brasileiros natos ou naturalizados que se identifiquem como negros. Valor Financiado As bolsas, divididas em três categorias, estão previstas com a seguinte configuração: a) Uma bolsa para pesquisador-doutor, no valor unitário de R$30 mil dividido em doze parcelas mensais de R$2.500,00; b) Duas bolsas para pesquisadores-mestres, no valor unitário de R$22.800,00, dividido em doze parcelas mensais de R$1.900,00; c) Vinte bolsas para pesquisadores-júniores, de iniciação científica, formandos ou recém-graduados, no valor unitário R$6.000,00, dividido em doze parcelas mensais de R$500,00. Duração da Bolsa As bolsas que serão concedidas aos autores dos projetos selecionados terão a duração de doze meses, a partir da assinatura do contrato de concessão da bolsa entre a FBN e o beneficiário, sem direito a renovação. Requisitos Na inscrição, os projetos deverão conter, obrigatoriamente, a indicação de uma das grandes áreas disciplinares do CNPq, o que orientará a remessa do projeto, para avaliação preliminar, ao Comitê da respectiva área na Comissão de Avaliação nomeada pela FBN especialmente para esse fim, de acordo com os artigos 1º, 22, 23 e 24 da Portaria MinC nº 29/2009. Os projetos deverão incluir em sua proposta a realização de pesquisa nos acervos da Fundação Biblioteca Nacional, sendo facultada a utilização de outros acervos, públicos ou privados. O projeto deverá ser original e de autoria do candidato, sendo de sua exclusiva responsabilidade atender, judicialmente ou não, a eventuais questionamentos sobre plágio ou qualquer apropriação indébita de trabalhos realizados anteriormente por outros autores. O bolsista deverá dedicar-se às atividades de pesquisa previstas no projeto o tempo mínimo equivalente a vinte horas semanais, em média. Critérios de Seleção A Comissão de Avaliação utilizará os seguintes critérios para seleção das propostas: 1. Clareza, coerência e qualidade textual do projeto; 2. Consistência teórico-metodológica; 3. Adequação das fontes ao desenvolvimento da pesquisa; 4. Currículo e experiência relativa do candidato no tema do projeto; 5. Relevância e mérito do projeto para a valorização e divulgação da ciência brasileira. Restrições São inelegíveis candidatos que tenham sido contemplados com qualquer modalidade de bolsa oferecida pela FBN nos últimos 24 meses, considerando-se o período da data de encerramento da referida bolsa e a da publicação do Edital. É vedada a inscrição de projeto cujo autor, na data da inscrição, seja bolsista de qualquer agência de fomento à pesquisa do Brasil ou do exterior. O bolsista não poderá acumular qualquer outra bolsa enquanto for bolsista contemplado pelo Edital. São inelegíveis os candidatos que estiverem em débito de qualquer natureza com a FBN ou com a Receita Federal no Brasil. É vedada a inscrição de projetos assinados por mais de um proponente. É vedada a participação de membros do Conselho Interdisciplinar de Pesquisa e Editoração (CIPE), bem como seus cônjuges, companheiros ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade até o terceiro grau, de servidores, funcionários, estagiários, prestadores de serviços terceirizados da Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultura e de qualquer unidade vinculada a esse Ministério, funcionários e prestadores de serviços da Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin) e da Fundação Miguel de Cervantes (FMC). Cada candidato poderá concorrer com apenas um projeto e em apenas uma categoria, de acordo com sua escolaridade no momento da inscrição Forma de Solicitação Documentos exigidos: 1. Ficha de inscrição (uma via) preenchida obrigatoriamente em forma legível e completa, assinado pelo candidato, conforme modelo disponível no anexo do Edital; 2. Cópia do currículo acadêmico, preferencialmente, o Lattes, atualizado, impressa e em formato digital (CD-R); 3. Projeto em três vias impressas e também uma cópia em formato digital. As cópias digitais devem preferencialmente ter as seguintes características: textos em formato PDF e imagens fixas em JPEG; imagem em movimento em formato MPEG; áudio em formato WAVE, e gravados em *Compact Disc* - CD ou DVD não regravável -, acondicionado em embalagem apropriada para postagem. O projeto deverá ser apresentado com, no máximo, quinze páginas, incluindo a bibliografia, em fonte Times New Roman, corpo 12, espaço 1,5, notas de rodapé em tamanho 10, espaçamento simples, não encadernado; capa com nome do candidato, título do projeto, título do Edital, data e declaração do candidato, em folha separada, que assegure a sua originalidade, quer em relação a trabalhos de outrem, quer a outros trabalhos já publicados, do próprio autor. O projeto de pesquisa deverá conter os seguintes itens, além do título e nome do autor: resumo (máximo de dez linhas), com até seis palavras-chave, seguido de introdução, justificativa, objetivos, fundamentos teórico-metodológicos para o desenvolvimento do projeto, bibliografia geral e cronograma de atividades para cada um dos meses de duração da bolsa. O projeto e a documentação deverão ser encaminhados em um único envelope, por via postal, entrega rápida, para o seguinte endereço: Fundação Biblioteca Nacional (FBN) Coordenação de Pesquisa Programa Nacional de Apoio à Pesquisa - PNAP Avenida Rio Branco, 219, 5º andar 20040-008 Rio de Janeiro - RJ Observações Cada candidato, antes de efetivar a inscrição, deverá estar ciente dos serviços oferecidos pela Fundação Biblioteca Nacional, regulamento e horários de atendimento das áreas de acervo. É de responsabilidade do candidato prever a viabilidade técnica do projeto, de acordo com o cronograma apresentado. Contatos Telefone: (21) 3095 3887 *E-mail*: pesquisa em bn.br Home Page http://www.bn.br/portal/index.jsp?nu_padrao_apresentacao=25&nu_item_conteudo=2353&nu_pagina=1 Fonte * As informações descritas acima foram obtidas na home page da Financiadora. * Última Revisão 20/11/2012 Financiadora 1. *Nome* Fundação Biblioteca Nacional 2. *Endereço* Avenida Rio Branco, 219 3. *Cidade* Rio de Janeiro 4. *Código* 20040-008 5. *Estado* Rio de Janeiro 6. *País* Brasil 7. *Telefone* (21) 3095 3879 8. *Fax* (21) 3095 3811 9. *Home Page* http://www.bn.br -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Thu Nov 22 00:40:29 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Thu, 22 Nov 2012 00:40:29 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Volume!_n=B0_9-1=3A_Countercultures?= =?iso-8859-1?q?=2C_Toronto_etc=2E?= Message-ID: Hello everyone, Some news concerning Volume! (to unsubscribe, please follow the link at the end of this email). 1. Countercultures The first issue of the French edition of "Popular Music and Countercultures" is now out and online. Table of contents (with texts by Sheila Whiteley, Andy Bennett, Simon Warner, Giovanni Vacca, etc.): http://www.cairn.info/revue-volume-2012-1.htm To purchase/subscribe from beyond France: http://volume.revues.org/1643 An English version of this issue will be published, with new papers, in 2013 by Ashgate. 2. Toronto Volume! is part of the Digital Publishing in the Humanities Conference in Toronto. I will be representing the journal there, from Wednesday to Saturday, if eventually anyone wanted to talk about a collaboration of any kind between Canada and France in the popular music studies field. More information here: http://resource.library.utoronto.ca/course_registration/course.cfm?affiliation=staffdev&course_id=1244 3. Call for papers: Popular Music and Politics in the XXIst century: Deadline for submissions is 31 December 2012. The CFP is here: http://volume.revues.org/3050 4. Sound Factory The Éditions Mélanie Seteun just published Sound Factory (ed. Stéphane Dorin), with texts by Simon Frith, David Hesmondhalgh, Jeremy Deller, Patrick Mignon, Vincent Arquillière etc. More information here: http://volume.revues.org/2986 Thanks for your interest and support! Best, Jedediah Sklower -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From guilhermebertissolo em gmail.com Thu Nov 22 10:45:24 2012 From: guilhermebertissolo em gmail.com (Guilherme Bertissolo) Date: Thu, 22 Nov 2012 09:45:24 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] [forumnacionaldemusica] Manifesto contra a Matriz Curricular unilateral_ menos ARTE na Escola! In-Reply-To: <25CA6D1D-9B70-4934-873B-EE3FF654EF13@yahoo.com.br> References: <25CA6D1D-9B70-4934-873B-EE3FF654EF13@yahoo.com.br> Message-ID: Gostaria também de manifestar o meu apoio. Como podemos proceder para uma ação concreta? Att., Guilherme -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alexandre_ficagna em yahoo.com.br Thu Nov 22 11:20:17 2012 From: alexandre_ficagna em yahoo.com.br (Alexandre Ficagna) Date: Thu, 22 Nov 2012 05:20:17 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] ainda olavo de carvalho In-Reply-To: References: Message-ID: <1353590417.78460.YahooMailNeo@web39305.mail.mud.yahoo.com> Não sei o que é pior: expor as barbaridades desse cara ou deixá-lo morrer no ostracismo. O que espanta é o tanto de gente que cai no canto da sereia doida. Abraço Alexandre   http://soundcloud.com/alexandre-ficagna www.myspace.com/alexandreficagna --------------------------------- Endereço: Avenida Juscelino Kubitschek, 3117, apto 603 Bairro: Vl. Ipiranga Londrina - PR CEP: 86010-540 ________________________________ De: Carlos Palombini Para: anppom-l em iar.unicamp.br Enviadas: Segunda-feira, 19 de Novembro de 2012 16:25 Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] ainda olavo de carvalho olavo de carvalho é sem dúvida um catalisador desse imbecil coletivo que ele só enxerga no extremo oposto de seu reduzido espectro, mas, dentro de israel mesmo, quem contesta suas afirmações é o prelado ortodoxo: "rabino dovid weiss fala sobre o roubo da imagem pública da religião judaica pelo sinistro movimento ateu, o sionismo, primeira fonte de anti-semitismo no mundo moderno" http://youtu.be/fBsemwK4DJc e, talvez mais eloquente porque mais racional e embasado na história, o próprio filho do general responsável pela iniciativa que destruiu o poder de fogo egípcio em 1967: "em israel não há nenhum abraão hoje" http://youtu.be/ToYDesW47Wc 2012/11/19 silvio ferraz pior de tudo são os comentários logo abaixo do vídeo? >dá-lhe neo-nazismo? a que pontos estamos voltando? ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariodasilvaoi em hotmail.com Thu Nov 22 11:38:07 2012 From: mariodasilvaoi em hotmail.com (=?utf-8?B?TcOhcmlvIFNpbHZh?=) Date: Thu, 22 Nov 2012 13:38:07 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Volume!_n=C2=B0_9-1=3A_Countercultures?= =?utf-8?q?=2C_Toronto_etc=2E?= In-Reply-To: References: Message-ID: Prezados Amigos da Anppom: Favor alterar meu email para mariodasilvaoi em gmail.com Esse email não funcionará mais. Abs Mário da Silva Date: Thu, 22 Nov 2012 00:40:29 -0200 From: cpalombini em gmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br; sonologia-l em listas.unicamp.br Subject: [ANPPOM-Lista] Volume! n° 9-1: Countercultures, Toronto etc. Hello everyone, Some news concerning Volume! (to unsubscribe, please follow the link at the end of this email). 1. Countercultures The first issue of the French edition of "Popular Music and Countercultures" is now out and online. Table of contents (with texts by Sheila Whiteley, Andy Bennett, Simon Warner, Giovanni Vacca, etc.): http://www.cairn.info/revue-volume-2012-1.htm To purchase/subscribe from beyond France: http://volume.revues.org/1643 An English version of this issue will be published, with new papers, in 2013 by Ashgate. 2. Toronto Volume! is part of the Digital Publishing in the Humanities Conference in Toronto. I will be representing the journal there, from Wednesday to Saturday, if eventually anyone wanted to talk about a collaboration of any kind between Canada and France in the popular music studies field. More information here: http://resource.library.utoronto.ca/course_registration/course.cfm?affiliation=staffdev&course_id=1244 3. Call for papers: Popular Music and Politics in the XXIst century: Deadline for submissions is 31 December 2012. The CFP is here: http://volume.revues.org/3050 4. Sound Factory The Éditions Mélanie Seteun just published Sound Factory (ed. Stéphane Dorin), with texts by Simon Frith, David Hesmondhalgh, Jeremy Deller, Patrick Mignon, Vincent Arquillière etc. More information here: http://volume.revues.org/2986 Thanks for your interest and support! Best, Jedediah Sklower -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariodasilvaoi em hotmail.com Thu Nov 22 11:39:11 2012 From: mariodasilvaoi em hotmail.com (=?utf-8?B?TcOhcmlvIFNpbHZh?=) Date: Thu, 22 Nov 2012 13:39:11 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?mudan=C3=A7a_de_email?= In-Reply-To: <25CA6D1D-9B70-4934-873B-EE3FF654EF13@yahoo.com.br> References: , <25CA6D1D-9B70-4934-873B-EE3FF654EF13@yahoo.com.br> Message-ID: Prezados Amigos da Anppom, Abem, Etno Favor alterar meu email para mariodasilvaoi em gmail.com Esse email não funcionará mais. Abs Mário da Silva From: lucianocesar78 em yahoo.com.br Date: Wed, 21 Nov 2012 10:44:12 -0200 To: forumnacionaldemusica em yahoogrupos.com.br CC: forumnacionaldemusica em yahoogrupos.com.br; faeb em yahoogrupos.com.br; diretoria-abem-2011-2013 em googlegroups.com; seminariocooperativismomusical em googlegroups.com; etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br; anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-Lista] [forumnacionaldemusica] Manifesto contra a Matriz Curricular unilateral_ menos ARTE na Escola! Prezados, Não só apoio irrestritamente este manifesto, como também o indico como modelo para manifestação contra a última declaração da ministra Marta Suplicy sobre o ECAD, atualmente em debate. Arte é trabalho humanista, não é sonho ou utopia. É uma realidade crucial no desenvolvimento da humanidade. Abraço!Luciano Em 21/11/2012, às 08:56, Magali Kleber escreveu: Exmo. Secretário da Educação do Estado do ParanáSe. Flávio Arns. O Coletivo Pró-Arte Paraná posiciona-se CONTRÁRIO por meio deste manifesto à medida antidemocrática exposta na ?sugestão? da Matriz Curricular do Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná para 2013. A disciplina de Arte é de suma importância na construção do indivíduo como um todo, estimulando no alunado um senso crítico e estético, desenvolvendo potencialidades criativas, sociabilizando o ser humano e integrando-o culturalmente. Consideramos inaceitável fazer uma mudança que afeta diretamente toda a comunidade escolar sem consultar previamente, de modo claro e real, as partes diretamente envolvidas, levando somente em consideração questões do IDEB (de fundamentação injustificável, como já exposto no Manifesto do Coletivo de Professores/as de Filosofia e Sociologia do Norte do Paraná) e retrocedendo em avanços importantes e necessários que nossa disciplina já alcançou durante as últimas décadas no Brasil e principalmente neste Estado. Posicionamo-nos a favor de qualquer medida que venha a promover avanços na qualidade do ensino do Paraná, porém, é inconcebível que um órgão gestor como a SEED em uma postura arbitrária e desconstrutiva gere a um movimento de retrocesso nos avanços alcançados através de debates entre estado e profissionais da educação ocorridos presencialmente no solo da escola, onde grande parte da educação acontece ? nos parece que essa abertura democrática não se caracteriza neste atual governo. O que podemos dizer da busca por uma educação de qualidade que tenta ser alcançada a partir da ausência de debates PÚBLICOS com a categoria de professores, que ignora em suas medidas os princípios que primam por uma condição de equidade em todos os níveis de conhecimento? Por que não uma proposta de debate amplo, aberto e democrático? No momento em que a disciplina de Arte, bem como as de Filosofia e Sociologia, teve maior visibilidade dentro do pensamento acadêmico, exemplificada no Vestibular da UEL, nos chega um modelo de Matriz Curricular que construirá uma lacuna formativa na área de Arte. Também é importante destacar que existe uma Diretriz Curricular desta disciplina e reduzir sua jornada é interromper os avanços que a mesma já conquistou, como campo de formação de consciências em públicos jovens, retirando da marginalidade toda uma gama de saber que até então se colocava inacessível a grande parte da população, e restrito a camadas elitistas da sociedade. Reconhecemos a importância e legitimidade das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, mas no MESMO patamar das demais, nem menos e nem mais importante dentro do corpus disciplinar. Bem como, queremos deixar claro que não somos contrários à ampliação destas e de outras disciplinas. No entanto, isso não pode ocorrer em detrimento de outros conhecimentos como: Arte, Sociologia, Filosofia, Língua Estrangeira, História e Geografia. Como se suprimir algo cuja importância já foi comprovada resolvesse as necessidades da educação do país, bem como deste estado. Percebemos nesta medida uma PREGUIÇA imediatista que tende a encontrar caminhos ?fáceis? de soluções que revelam o caráter das movimentações que orientam as manobras educacionais, que claramente nos levará a uma volta contrária ao que queremos na continuidade da formação do cidadão como saber sensível, crítico, científico e inserido culturalmente. Afinal é isso que esperamos da Educação em/para Arte! Propomos, neste manifesto uma reflexão sobre estas mudanças estruturais na conjuntura educacional. Se for para se promover mudanças, que se corte na carne! Que debatamos a condição insalubre do espaço de sala de aula, o sucateamento dos recursos tecnológicos de apoio educacional, o dogmatismo de metodologias de ensino estáticas que refletem o despreparo de muitos profissionais de educação ? em todas as áreas, o grande número de alunos por sala de aula, a má utilização de recursos destinados à educação, reuniões pedagógicas que pouco refletem as reais necessidades de cada escola, e tantos outros problemas na estrutura da Educação deste Estado. Esperamos por meio deste manifesto, redirecionar a visão dos envolvidos nesta proposta, fazer pensar/refletir sobre o que realmente é importante: o educando ? sua formação, educação, aprendizagem e a possibilidade de acesso a conhecimentos imprescindíveis na sua vida pensados democraticamente e reflexivamente. Gratos pela atenção dispensada, Coletivo Pró-Arte Paraná. ?Libertar as pessoas é o objetivo da arte, portanto a arte para mim é a ciência da liberdade.? (Joseph Beuys)-- Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 Fone 55 43 3323 8562 __._,_.___ | através de email | Responder através da web | Adicionar um novo tópico Mensagens neste tópico (1) Atividade nos últimos dias: Visite seu Grupo Mais um Dia dos Namorados sozinho? Nada disso! Encontre companhia agora Quem procura, acha. Encontre a pessoa ideal online Trocar para: Só Texto, Resenha Diária ? Sair do grupo ? Termos de uso . __,_._,___ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Nov 23 08:20:55 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 23 Nov 2012 08:20:55 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] ainda olavo de carvalho In-Reply-To: <1353590417.78460.YahooMailNeo@web39305.mail.mud.yahoo.com> References: <1353590417.78460.YahooMailNeo@web39305.mail.mud.yahoo.com> Message-ID: Acho que o pior é expô-las, quando mais não seja porque seria necessário lê-las: « En général, il est de droit naturel de se servir de sa plume comme de sa langue, à ses périls, risques et fortune. Je connais beaucoup de livres qui ont ennuyé, je n?en connais point qui aient fait de mal réel. [?] Mais paraît-il parmi vous quelque livre nouveau dont les idées choquent un peu les vôtres (supposé que vous ayez des idées), ou dont l?auteur soit d?un parti contraire à votre faction, ou, qui pis est, dont l?auteur ne soit d?aucun parti : alors vous criez au feu ; c?est un bruit, un scandale, un vacarme universel dans votre petit coin de terre. Voilà un homme abominable, qui a imprimé que si nous n?avions point de mains, nous ne pourrions faire des bas ni des souliers : quel blasphème ! Les dévotes crient, les docteurs fourrés s?assemblent, les alarmes se multiplient de collège en collège, de maison en maison ; des corps entiers sont en mouvement et pourquoi ? Pour cinq ou six pages dont il n?est plus question au bout de trois mois. Un livre vous déplaît-il, réfutez-le ; vous ennuie-t-il, ne le lisez pas. » (Voltaire, « Liberté d?imprimer », *Questions sur l?Encyclopédie*). cvp 2012/11/22 Alexandre Ficagna Não sei o que é pior: expor as barbaridades desse cara ou deixá-lo morrer > no ostracismo. > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Fri Nov 23 09:35:37 2012 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Fri, 23 Nov 2012 09:35:37 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Fwd=3A_Edital_de_Sele=E7=E3o_de_Pro?= =?iso-8859-1?q?fessor_Substituto_no_IAD?= In-Reply-To: <21683.1353669238@terra.com.br> References: <21683.1353669238@terra.com.br> Message-ID: ---------- Mensagem encaminhada ---------- De: Ricardo Cristofaro Data: 23 de novembro de 2012 09:13 Assunto: Edital de Seleção de Professor Substituto no IAD Para: arlindostephan em hotmail.com, cristofa em terra.com.br, sergpuccini em hotmail.com, paulo5rabelo em gmail.com, vrrmjf em yahoo.com.br, queirozj em gmail.com, cicero.silva em ufjf.edu.br, g.artes em hotmail.com, luisdourado em gmail.com, alesbrum em yahoo.com.br, fabriciotcarvalho em hotmail.com, ana.barbosa em ufjf.edu.br, bandeirata em gmail.com, fenerich em gmail.com, elianebettocchi em gmail.com, luisrochamelo em gmail.com, carlos.reyna em ufjf.edu.br, myrtes.raposo em ufjf.edu.br, rosane_preciosa em yahoo.com.br, eliezerisidoro em yahoo.com.br, adrgomes em ig.com.br, raquinet em acessa.com, raquelrenno em gmail.com, lecasteloes em gmail.com, edna.rezende em oi.com.br, val.f em terra.com.br, murilho em gmail.com, danielquaranta em gmail.com, isamonken em uol.com.br, pridadepaula em yahoo.com.br, holanda.k em gmail.com, secretaria.procultura em ufjf.edu.br, afonso.rodrigues em ufjf.edu.br, alsuppia em gmail.com, julianearq em uol.com.br, marialucia.bueno em gmail.com, guil_melich em hotmail.com, "pf em yahoo.com.br" , gleicelisboa em yahoo.com.br, ludmilacdc em gmail.com, julimar.franco em ufjf.edu.br, alexsmel2004 em hotmail.com, javervolpini em gmail.com, joana.fatima em ufjf.edu.br, josuecferreira em ig.com.br, felipe.palhares em ufjf.edu.br, mreginasc em hotmail.com, laravelloso em hotmail.com, renata.fogaca em ufjf.edu.br Prezados professores e Taes Solicito a todos uma ajuda na divulgação dos 02 Concurscos abertos para professores substitutos no IAD. Edital em anexo. att Ricardo Cristofaro Diretor do IAD INSTITUTO DE ARTES E DESIGN (Secretaria: Telefone: (32) 2102-3350) Seleção 86: Depto. de Artes e Design - Processo nº 23071.014620/2012-30 Nº Vaga(s): 01(uma) Regime de Trabalho: 20 horas semanais a) ÁREA DE CONHECIMENTO BÁSICO: Desenho geométrico e metodologia de pesquisa em Artes e Design. b) PROVAS: Títulos e Entrevista. c) TITULAÇÃO EXIGIDA: Graduação em Educação Artística, ou Artes, ou Design. d) REMUNERAÇÃO: R$ 2.130,33 Seleção 87: Depto. de Música - Processo nº 23071.014253/2012-74 Nº Vaga(s): 01(uma) Regime de Trabalho: 40 horas semanais a) ÁREA DE CONHECIMENTO BÁSICO: Canto ? Prática de Conjunto. b) PROVAS: Didática, Prática, Títulos e Entrevista. c) TITULAÇÃO EXIGIDA: Graduação em qualquer área com mestrado na área de avaliação da CAPES: Artes/Música. d) REMUNERAÇÃO: R$ 3.016,52 Edital nº 052-2012.doc (172.5 Kb) attached ----- Original Message ----- From: "cfap.prorh em ufjf.edu.br" cfap.prorh em ufjf.edu.br To: CRISTOFA em TERRA.COM.BR, MVCHEIN em GMAIL.COM, val.f em terra.com.br, paulo5rabelo em gmail.com, secretaria.iad em ufjf.edu.br, secretaria.direito em ufjf.edu.br Cc: Sent: Qua 14/11/12 11:33 Subject: Fwd: Edital Substituto /Temporário ****Edital nº 052-2012.doc (172.5 Kb) attached Prezados Diretores, Chefes de Departamento e Secretários de Unidade, Informamos que Processo Seletivo Simplificado para Professor Substituto/Temporário, Edital 52/2012 - Campus Juiz de Fora -, no qual consta sua respectiva seleção(Edital anexo) será publicado no DOU do dia 19/11/2012. O período de inscrições será de 19/11/2012 a 28/11/2012. Atenciosamente, Renata Mapelli GRST/CFAP/PRORH -- Kátia Maria Silva de Oliveira e Castro Coordenadora de Formação, Análise e Planejamento de Pessoal Pró-Reitoria de Recursos Humanos Universidade Federal de Juiz de Fora (32)2102-3932 FAX (32) 2102-3933 -- Coordenação de Formação, Análise e Planejamento de Pessoal Pró-Reitoria de Recursos Humanos Universidade Federal de Juiz de Fora (32)2102-3932 FAX (32) 2102-3933 -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.ufjf.br/tecartes/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Edital nº 052-2012.doc Tipo: application/octet-stream Tamanho: 176640 bytes Descrição: não disponível URL: From alicelumi em gmail.com Fri Nov 23 12:11:01 2012 From: alicelumi em gmail.com (Alice Lumi Satomi) Date: Fri, 23 Nov 2012 11:11:01 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] VI Enabet Message-ID: *VI ENABET - Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia* *?Música e sustentabilidade?* * * *João Pessoa, PB, 27 a 31 de maio de 2013* *DESTAQUES:* * * *Inscrições**: 22/11/2012 a 27/05/2013* *Submissões de resumos expandidos**: até 22/01/2013* *D**ivulgação** dos trabalhos selecionados**: 20/02/2013* *Envio dos resumos revisados ou artigos completos**: até 20/03/2013* *?Sustentabilidade? é uma palavra em evidência, que tem sido usado em muitos sentidos nos últimos tempos. Mas, como diz Jeff Todd Titon, etnomusicólogo norte-americano que fará nossa conferência de abertura, esta pode ser a marca de uma ideia poderosa: a possibilidade de traduzir e gerar controvérsias relevantes, vindo neste processo a significar, em diferentes contextos, muitas coisas, às vezes até opostas. Ao longo do VI **Enabet**, iremos explorar as várias relações que podemos estabelecer entre ?sustentabilidade? e música.* *Ao debater sobre ?Música e sustentabilidade? estaremos tratando de políticas públicas, estilos de interação, conflito, turismo, propriedade intelectual, publicidade, preservação, adaptabilidade, resiliência e muito mais. E como é de praxe nos encontros da ABET, faremos isso em diálogo as Ciências Sociais, a Musicologia, a Comunicação, os Estudos Culturais e demais áreas afins. Convidamos etnomusicólogos, pesquisadores de áreas afins e estudantes a enviar seus trabalhos para o VI **Enabet**, seja lidando com o tema geral do congresso em seus diversos ângulos, seja com os mais variados temas da pesquisa sobre ?música como cultura?.* *Aguardem INSTRUÇÕES PARA AS INSCRIÇÕES, em breve, no site *http:// www.ccta.ufpb.br/vienabet.** -- Alice Lumi Satomi UFPB - Universidade Federal da Paraíba Depto. de Educação Musical Programa de Pós-Graduação em Música (etnomusicologia) -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marciomattos em marciomattos.com Sat Nov 24 21:09:51 2012 From: marciomattos em marciomattos.com (=?UTF-8?B?OjogIE3DoXJjaW9NYXR0b3MuQ29tIDo6?=) Date: Sat, 24 Nov 2012 20:09:51 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Concurso_para_Professor_Substituto_-_Per?= =?utf-8?b?Y2Vww6fDo28gZSBTb2xmZWpv?= Message-ID: *Concurso para Professor Substituto* *Curso de Música da Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri (Juazeiro do Norte)* http://www.progep.ufc.br/images/stories/arquivos/editais/2012/substituto/edital455_2012.pdf *MÁRCIO MATTOS* *Professor do Curso de Música da UFC - Campus Cariri* Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri / Juazeiro do Norte Coordenador do CEMUC [cemucufc.blogspot.com] / Tutor do PET MÚSICA UFC - Cariri *Site Profissional:* cariri.ufc.br / educacaomusical.cariri.ufc.br *Site Pessoal:* www.marciomattos.com Crato - Ceará - Brasil *MSN:* mmttos em gmail.com *SKYPE:* mmttos -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Nov 27 13:23:00 2012 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 27 Nov 2012 13:23:00 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] CFP: Graduate Music Conference, Univ. of Calgary, May 2013 Message-ID: University of Calgary Graduate Music Conference Call for Papers and Lecture Recitals: Conference Title: Confounding Expectations: Themes and Variations of Interdisciplinary Musical Inquiry. Location: University of Calgary Dates: May 6-7, 2013 Submission Deadline: February 1, 2013 We are encouraging students from a wide range of academic backgrounds to present, and in addition to submissions in musicology and music theory, would like to involve performers, conductors, and composers who wish to present lecture recitals or have their works performed. An official call for papers and submission form can be found at http://music.ucalgary.ca/gradconference/ For any questions or clarification regarding the conference or the process, contact John Bouz: musicgradconference at gmail.com -- carlos palombini www.researcherid.com/rid/F-7345-2011 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From magali.kleber em gmail.com Tue Nov 27 13:52:43 2012 From: magali.kleber em gmail.com (Magali Kleber) Date: Tue, 27 Nov 2012 13:52:43 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Fwd=3A_Peti=C3=A7=C3=A3o_sobre_Matriz_Cu?= =?utf-8?q?rricular?= In-Reply-To: <1EAE7609-AC6A-45DE-BF7C-460E594B5828@gmail.com> References: <004301cdc8a9$207d4040$6177c0c0$@uel.br> <1EAE7609-AC6A-45DE-BF7C-460E594B5828@gmail.com> Message-ID: Vamos assinar para chegar a 2000 assinaturas... http://www.avaaz.org/po/petition/Manifesto_Contra_a_Proposta_de_mudanca_da_Matriz_Curricular_do_Estado_do_Parana/?fKZMDdb&pv=2 Obrigada Magali Enviado via iPhone Em 22/11/2012, às 10:01, "sergio arruda [uel]" escreveu: Colegas.**** Considerando que precisamos fazer o balanço dos gastos do PIBID 2011, e também considerando as férias, informo a todos que estaremos recebendo *solicitações de pagamentos do PIBID 2011 até no máximo dia 10/12/12*. A partir de 14 de fevereiro tudo volta ao normal.**** Att.**** Sergio Arruda.**** -- Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 Fone 55 43 3323 8562 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cafig1 em globo.com Tue Nov 27 15:49:57 2012 From: cafig1 em globo.com (Carlos Alberto) Date: Tue, 27 Nov 2012 15:49:57 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Jos=E9_Maur=EDcio_Nunes_Garcia?= Message-ID: <49249D0711C84788BB74C209427A0603@carlos0d45bf4f> Comunico que o verbete sobre José Maurício Nunes Garcia, escrito por mim para o Dicionário Biográfico do Núcleo Caravelas do CESEM da Universidade Nova de Lisboa, já está disponível on-line, no link http://www.caravelas.com.pt/dicionario_biografico_caravelas.html Carlos Alberto Figueiredo UNIRIO -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From pedropaulo.kohler em gmail.com Wed Nov 28 11:28:34 2012 From: pedropaulo.kohler em gmail.com (Pedro Paulo Santos) Date: Wed, 28 Nov 2012 11:28:34 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=22Historiador=3F_S=F3_com_diploma?= =?iso-8859-1?q?=22_de_Fernando_Rodrigues?= In-Reply-To: References: <1352543302.79636.YahooMailNeo@web125202.mail.ne1.yahoo.com> <1352722154.83350.YahooMailNeo@web120003.mail.ne1.yahoo.com> Message-ID: Ola, bom dia a todos! O projeto de lei pode ser bem intencionado, mas ao legislar sobre as exigencias para o ensino superior, por exemplo, vai criar um problema ou umas novas questões. Obrigara os cursos superiores de musica que contenham a disciplina Historia da Musica a contratar um historiador para a cadeira? Como ficam os professores que ja ensinam historia da musica? Pedro Paulo Kohler Em 15 de novembro de 2012 21:08, Marcus S. Wolff escreveu: > > > > > > > > > > Caros colegas, > como afirmou o presidente da ANPUH, prof Benito B. Scmidt, em sua defesa do > projeto no senado no dia 06/11, aprovado no dia seguinte, > > "o que se pretende não é impedir ninguém de escrever ou se manifestar sobre > o passado, mas sim assegurar a presença de historiadores profissionais, com > formação específica, nas instituições que realizem pesquise e ensino de > História. Além disso, pelo raciocínio do Senador (Aloysio Nunes Ferreira), > não seria um problema a situação que, infelizmente, ocorre hoje, na qual, em > diversos espaços profissionais, historiadores acabam tendo que lecionar > Geografia, Sociologia, Artes, entre outras matérias, sem terem conhecimentos > específicos para isso (e vice-versa), o que certamente prejudica a formação > dos estudantes dos variados níveis de ensino. Também por analogia, > poder-se-ia, caso a perspectiva do Senador fosse correta, pensar que grandes > atletas teriam a possibilidade de lecionar Educação Física nas escolas, sem > possuírem para isso conhecimentos de Anatomia, Fisiologia, Movimento Humano, > Pedagogia, entre outros, apenas a sua prática em determinados esportes (não > é à toa que muitos atletas percebem tal lacuna formativa e, em algum momento > de sua carreira, ingressam em cursos de Educação Física). Por fim, nem é > preciso dizer o quanto a ANPUH reconhece e admira o trabalho de estudiosos > como Cabral de Mello e Costa e Silva e sua contribuição à historiografia > brasileira, inclusive convidando-os a participar de eventos promovidos pela > entidade". (trecho citado retirado do último informe da ANPUH, a qual sou > associado). > > Dando , prosseguimento ao seu esclarecimento, o prof Benito observa que nós > historiadores, que passamos por um longo aprendizado no tratamento com as > fontes e em sua problematização, "sabemos que uma das regras básicas do > nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e > na crítica dos vestígios do passado, os documentos"(idem, ibidem). E > acrescneta: > > Em nenhum momento este projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem > formação alguma, escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. > Apenas estabelece que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa > de História contem com historiadores profissionais em seus quadros, por > considerar que, ao longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades > específicas como a crítica documental e historiográfica e a aquisição de > conhecimentos teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à > investigação científica do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode > evitar que continuem a se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis > de ensino, situações como a de o professor de História ser obrigado a > lecionar Geografia, Sociologia, Educação Artística, entre outras > disciplinas, sem ter formação específica para isso (e vice-versa)". > > > > Aliás, a nova lei vem a impedir que situações como a que vivi recentemente > na minha universidade, onde um arquiteto foi chamado pela coordenadora de > comunicação para me substituir na disciplina de história contemporânea, > embora ele não tenha formação na área . Como músico e historiador, creio que > essa lei veio em boa hora, contribuindo para que a história da música passe > a ser encarada com mais seriedade nas graduações em música, onde geralmente > é vista como disciplina complementar, a serviço de uma boa performance. > Talvez assim as aulas de história da música nos cursos de graduação comecem > a lidar com as linguagens musicais e os discursos sobre música com maior > grau de aprofundamento e autonomia e com as ferramentas necessárias para > isso! Cordialmente, > > Marcus. > > > Marcus S. Wolff > Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) > Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) > Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia > da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ > > ________________________________ > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando > Rodrigues > From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br > Date: Thu, 15 Nov 2012 15:59:52 -0200 > CC: marceloliveirasouza em gmail.com; m_swolff em hotmail.com; > etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br; anppom-l em iar.unicamp.br > To: lacerda.lacerda em yahoo.com.br > > > Oi pessoal, > > Peço perdão pela longa opinião sobre esse PLS 368 (regulam. historiador), na > íntegra abaixo. Pela recente atuação junto ao SindMusi-RJ no esforço > (possível) para reformular "nossa" caquética OMB, venho me aproximando de > conceitos como habilitação profissional, regulamentação, conselhos etc. e > gostaria de dividir com todos o pouco que compreendi a esse respeito. Depois > lembro da desobrigação da contratação de formados em música, nascida do veto > presidencial a tal item quando sancionada a lei 11.769 e, finalmente, da > recente tentativa da Federação dos Jornalistas de tornar os textos > jornalísticos exclusivos dos diplomados em Comunicação Social. > > O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através das Superintendências > Regionais (SRTE) carimba na carteira (CTPS) o Registro Profissional, que > confere a habilitação para o exercício de uma profissão. Ele pode fazer isso > com as profissões reconhecidas por lei, e o fará em todos os locais onde não > haja um Sindicato específico da categoria. Nem toda profissão reconhecida é > também regulamentada; para tal deve haver lei que imponha limites > específicos ao seu exercício (jornada máxima, espaço de trabalho, > equipamentos, repouso etc.). Havendo um sindicato, caberá a ele esta > habilitação, além da defesa do profissional em seu exercício. Dependendo do > que diga a lei (geral - CLT, ou específica - regulamentação) em relação a > uma certa carreira, a habilitação pode ser dada por diploma ou pelo > reconhecimento do seu efetivo exercício. Se houver um conselho profissional > da categoria, esta se dará somente a critério deste conselho. > > Os conselhos (como a nossa OMB) regulam e organizam a atividade de algumas > profissões regulamentadas. Atuam para defender a sociedade de maus > profissionais. Exigem que se cumpra a regulamentação estabelecida em lei. > Todos os conselhos são autarquias, cuja criação ou modificação são de > competência privativa da Presidência da República. Pois representam o > próprio Estado, com suas funções típicas, mesmo que tenham certa autonomia. > Para os fins específicos, exercem o poder de polícia e tem suas taxas com > força de tributo. Há categorias COM e outras SEM conselhos porque o Estado > reconhece ou não riscos maiores ou menores na atuação de seus maus > profissionais. Em geral, há conselhos onde o mal exercício profissional > possa causar danos irreparáveis à sociedade. (Ah, Juscelino...) > > O esforço da ANPUH para a regulamentação expresso nesse PLS, então, mostra a > tentativa de definir claramente o "fazer" do historiador, seus limites e > onde se imbricam com os limites de outros fazeres. Só que avançam pouco, e > conduzem a tentativa por caminhos pouco precisos. Faço então algumas > considerações, temendo mesmo que não haja outros ou maiores caminhos: > > 1) Quando o PLS cria para o historiador a "reserva de mercado" para o > magistério, vejo-a adiante categoricamente atropelada, tal como se deu na > tentativa equivalente da lei 11.769: uma lei federal como esta obrigaria > sistemas tão desiguais que nossos gargalos centenários brotarão em cada > esquina. Não lembro dos números exatos da Funarte/MinC, em debate no CBM ao > final de 2010, mas as ordens de grandeza já contam: são hoje cerca de 60 mil > escolas (de ensino básico e fundamental) para cerca de 10 mil músicos > diplomados, crescendo a aprox. 5% ao ano. Para a disciplina História, que > números teríamos? Além do limite pragmático, MEC e cantões, no mérito também > não há como prever sucesso. Abaixo, a justificativa do veto à exigência de > formação específica: > > Parágrafo único (vetado). O ensino da música será ministrado por professores > com formação específica na área. Razões do veto: "No tocante ao parágrafo > único do art. 62, é necessário que se tenha muita clareza sobre o que > significa 'formação específica na área'. Vale ressaltar que a música é uma > prática social e que no Brasil existem diversos profissionais atuantes nessa > área sem formação acadêmica ou oficial em música e que são reconhecidos > nacionalmente. Esses profissionais estariam impossibilitados de ministrar > tal conteúdo na maneira em que este dispositivo está proposto. > Adicionalmente, esta exigência vai além da definição de uma diretriz > curricular e estabelece, sem precedentes, uma formação específica para a > transferência de um conteúdo. Note-se que não há qualquer exigência de > formação específica para Matemática, Física, Biologia etc. Nem mesmo quando > a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define conteúdos mais > específicos como os relacionados a diferentes culturas e etnias (art. 26, § > 4º) e de língua estrangeira (art. 26, § 5º), ela estabelece qual seria a > formação mínima daqueles que passariam a ministrar esses conteúdos." > > 2) Quando tenta reconhecer limites específicos para a atuação desse > profissional, não vejo em nenhuma das suas atribuições, previstas no art. > 4º, a necessidade de uma competência específica deste diplomado. No inciso > I, já falei sobre as razões do magistério acima. No inciso II, a > "organização de informações para publicações, exposições e eventos" deve > contar necessariamente com a contribuição do especialista da área à qual a > história (a ser retratada ou analisada) se devota e, havendo o viés > historicista, também um historiador. Mas não exclusivamente, ou > precisaríamos multiplicar (instantaneamente) os historiadores especializados > na proporção dos assuntos em debate pela ciência. Se considerarmos ainda a > categoria história do tempo presente, o que faríamos com a imprensa > periódica, os documentaristas ou mesmo com os blogs da internet? Nas > atividades de "planejamento, organização, implantação e direção de serviços > de pesquisa histórica" (item III) e nas de "assessoramento voltado à > avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação" (item V) e > "elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos > sobre temas históricos" (item VI), creio que haja atividades típicas, > embora outra vez não veja forma de tornar razoável proibir a atuação de > especialistas das áreas às quais a história se dedique e, se necessário, > como protagonistas. Em essência, apenas no item IV "assessoramento, > organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação > histórica" creio ser possível vislumbrar uma atividade essencialmente > típica, mas assim mesmo depois de um algum enfrentamento conceitual com > bibliotecários, arquivologistas e museólogos, quiçá analistas de bancos de > dados, que fugiria completamente ao meu alcance. > > Folgo em saber que o Cristóvão Buarque já admitiu a desatenção quanto ao > parecer favorável ao PLS 368 que assinou, redigido por um assessor, e que > pretende tomar providências em sentido contrário. Lembro então da decisão do > STF, de 2009, que acabou com a pretensão da FENAJ de tornar restrito a > jornalistas a função de "escrever em jornais". Segue a opinião do Gilmar > Mendes, que foi o relator e que sintetiza o entendimento do plenário (que só > não foi acompanhado pelo primo do Collor): ?O jornalismo e a liberdade de > expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não > podem ser pensados e tratados de forma separada? [...] ?O jornalismo é a > própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma > contínua, profissional e remunerada?. > > A íntegra do PLS 368: > > Art. 1º Esta Lei regulamenta a profissão de historiador, estabelece os > requisitos para o exercício da atividade profissional e determina o registro > em órgão competente. > Art. 2º É livre o exercício da atividade profissional de historiador, desde > que atendidas as qualificações e exigências estabelecidas nesta Lei. > Art. 3º O exercício da profissão de historiador, em todo o território > nacional, é privativo dos portadores de: > I ? diploma de curso superior em História, expedido por instituição regular > de ensino; > II ? diploma de curso superior em História, expedido por instituição > estrangeira e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação; > III ? diploma de mestrado ou doutorado em História, expedido por instituição > regular de ensino superior, ou por instituição estrangeira e revalidado no > Brasil, de acordo com a legislação. > Art. 4º São atribuições dos historiadores: > I ? magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino > fundamental, médio e superior; > II ? organização de informações para publicações, exposições e eventos sobre > temas de História; > III ? planejamento, organização, implantação e direção de serviços de > pesquisa histórica; > IV ? assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de > documentação e informação histórica; > V ? assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de > preservação; > VI ? elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e > trabalhos sobre temas históricos. > Art. 5º Para o provimento e exercício de cargos, funções ou empregos de > historiador, é obrigatória a apresentação de diploma nos termos do art. 3o > desta Lei. > Art. 6º As entidades que prestam serviços em História manterão, em seu > quadro de pessoal ou em regime de contrato para prestação de serviços, > historiadores legalmente habilitados. > Art. 7º O exercício da profissão de historiador requer prévio registro na > Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do local onde o profissional > irá atuar. > Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. > > Sou músico, tenho amigos jornalistas e historiadores, e respeito todos, mas > acho essas reservas um exagero! > > Abçs! > Alexandre Negreiros > > Em 12/11/2012, às 10:09, Fernando Lacerda > escreveu: > > Bom dia a todas e todos! > > Envio como arquivo anexo o texto do projeto de lei. Envio também um link > para uma entrevista com o senador Paulo Paim, autor do projeto: > > http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-conversa-cappuccino-8?id=1980410%3ABlogPost%3A462423&page=2 > > A meu ver, o projeto tem indubitáveis méritos, mas deixa algumas questões > para discussão. > > O art. 3° diz que a profissão de historiador é privativa dos que possuem > diplomas de graduação ou pós-graduação stricto sensu em História. A > exigência do diploma ficou a cargo do art. 5°. No art. 4°, o legislador > enumerou quais atribuições (privativas, portanto) dizem respeito ao trabalho > do historiador. Vejamos: > > I ? magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino > fundamental, médio e superior. > II ? organização de informações para publicações, exposições e eventos em > empresas, museus, editoras, produtoras de vídeo e de CD-ROM, ou emissoras de > Televisão, sobre temas de História; > III ? planejamento, organização, implantação e direção de serviços de > pesquisa histórica; > IV ? assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de > documentação e informação histórica; > V ? assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de > preservação; > VI ? elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e > trabalhos sobre temas históricos. > > Pois bem... > > 1. Não sei se existe a disciplina "História" pura e simples em algum curso > do ensino superior, mas pode ser que exista. Penso que nos ensinos > fundamental II e médio faça sentido. No ensino fundamental I, a disciplina > sempre ficou a cargo do professor polivalente. Neste caso, se cada área > tiver uma lei específica, talvez chegue uma hora em que o professor > licenciado no curso de Pedagogia não tenha mais disciplinas no ensino > fundamental I por falta de especificidade do curso. > > 2. Isto realmente me intriga: o que se define como história? História > de...?! Se todas atividades listadas acima forem privativas, talvez > precisemos de um historiador para escrever programas de concerto que tenham > "informações sobre temas de História". Por outro lado, se os temas de > história versarem especificamente sobre a metodologia da História, a lei > talvez faça sentido, mas ainda assim favorecerá a separação entre as áreas > do conhecimento. > > 3. Musicologia histórica é um serviço de pesquisa histórica que possui seus > próprios métodos, porém em diálogo com uma série de outros campos. Como > ficamos? Os arquivos e acervos em geral precisarão necessariamente ter um > historiador ou um musicólogo sem formação específica em História poderá ser > o profissional responsável? Isto inclui os incisos III a VI. > > 4. Destaco um trecho da entrevista (link acima) com o senador Paim: > > > "CAFÉ HISTÓRIA - Alguns pesquisadores autônomos e pesquisadores de áreas > co-relatas temem que a lei possa vir a ser prejudicial aos não-portadores de > diploma em história. Isso é verdade? > > SENADOR PAULO PAIM - O reconhecimento da profissão vai exigir que as pessoas > tenham diploma. Espero que a iniciativa não venha a trazer prejuízo para os > pesquisadores que se debruçam sobre a História." > > É curioso como o Legislativo brasileiro é irresponsável!!! Aliás, sempre me > pareceu um poder perfeitamente dispensável. Neste ponto, os países com > sistema de Common Law me parecem mais sensatos, mas voltando à questão: a > função do legislador não deveria ser apenas "esperar que...", mas garantir > ferramentas para que não ocorra. Para não correr o risco de que a > "providência" (venha ela de onde vier) se incumba das correções da lei, > bastaria um artigo com uma ressalva para profissionais de áreas específicas > possam trabalhar com os assuntos históricos de suas áreas. Não sei > exatamente como redigir isto sem precisar de exemplos, mas não sou em quem > precisaria redigir. > > Cordialmente, > > Fernando Lacerda S. Duarte > > > ________________________________ > De: MARCEL OLIVEIRA > Para: Marcus S. Wolff > Cc: etnomusicologia lista ; lista > ANPPOM > Enviadas: Domingo, 11 de Novembro de 2012 12:08 > Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando > Rodrigues > > Sugiro a leitura do texto de Benito Bisso Schimidt, presidente da ANPUH, em > resposta ao artigo da Folha > > > PROFISSÃO DE HISTORIADOR: > MARCHA DA INSENSATEZ OU DO DESCONHECIMENTO? > > Nós, historiadores profissionais, sabemos que uma das regras básicas do > nosso ofício é a elaboração de um discurso de prova, assentado na pesquisa e > na crítica dos vestígios do passado, os documentos. Fernando Rodrigues, por > não ter essa formação, talvez desconheça essa regra tão elementar e, por > isso, não se deu ao trabalho de ler com atenção o documento que deveria > balizar a sua análise (sic) publicada no jornal Folha de São Paulo de 10 de > novembro de 2012: o Projeto de Regulamentação da Profissão de Historiador, > aprovado no Senado Federal na última quarta-feira. Em nenhum momento este > projeto veda que pessoas com outras formações, ou sem formação alguma, > escrevam sobre o passado e elaborem narrativas históricas. Apenas estabelece > que as instituições onde se realiza o ensino e a pesquisa de História contem > com historiadores profissionais em seus quadros, por considerar que, ao > longo de sua formação, eles desenvolvem habilidades específicas como a > crítica documental e historiográfica e a aquisição de conhecimentos > teóricos, metodológicos e técnicos imprescindíveis à investigação científica > do passado. Da mesma maneira, a regulamentação pode evitar que continuem a > se verificar, nos estabelecimentos de diversos níveis de ensino, situações > como a de o professor de História ser obrigado a lecionar Geografia, > Sociologia, Educação Artística, entre outras disciplinas, sem ter formação > específica para isso (e vice-versa). > > Temos certeza que o Senador Cristovam Buarque, tão sensível aos problemas da > educação brasileira, apóia esta idéia, pois ela possibilita um ensino mais > qualificado. > > Temos certeza também que o Senador José Sarney, conhecedor do teor do > projeto, está tranqüilo, pois sabe que não vai ser impedido, como nenhum > cidadão brasileiro, de escrever sobre a história de seu estado, ou de > qualquer período, indivíduo, localidade ou processo. Isso atentaria contra > as liberdades democráticas, das quais os historiadores profissionais são > grandes defensores. > > Fique tranqüilo senhor Fernando Rodrigues, o senhor também poderá escrever > sobre história. Só sugerimos que leia os documentos necessários antes de o > fazer. > > Benito Bisso Schmidt > > Presidente da Associação Nacional de História ? ANPUH-Brasil > > > > > Em 10 de novembro de 2012 15:48, Marcus S. Wolff > escreveu: > > > Prezada Miriam e colegas, > li a matéria mas discordo completamente que seja apenas uma questão de > corporativismo, já que a formação específica em história tende a propiciar > um conhecimento mais aprofundado das discussões da área, das teorias sociais > e das metodologias utilizadas pelos historiadores. A exigência do diploma > para o ofício de historiador não me parece, contudo, que virá a impedir que > musicólogos, antropólogos, sociólogos e outros cientistas sociais continuem > a trabalhar com temáticas e objetos afins. Afinal, os próprios > historiadores, desde Braudel até Peter Burke têm defendido a > interdisciplinaridade e as abordagens transdisciplinares. Cordialmente, > Marcus. > > Marcus S. Wolff > Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) > Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) > Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia > da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ > > > ________________________________ > Date: Sat, 10 Nov 2012 02:28:22 -0800 > From: miriamcarpinetti em yahoo.com.br > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-Lista] "Historiador? Só com diploma" de Fernando Rodrigues > > > alerta aos musicólogos brasileiros > http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/77070-historiador-so-com-diploma.shtml > > ____ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ From paulinyi em yahoo.com Wed Nov 28 16:29:12 2012 From: paulinyi em yahoo.com (Zoltan Paulinyi) Date: Wed, 28 Nov 2012 10:29:12 -0800 (PST) Subject: [ANPPOM-Lista] 2 concursos na Polonia Message-ID: <1354127352.25218.YahooMailNeo@web110501.mail.gq1.yahoo.com> Por favor, divulguem entre os jovens músicos. Concurso de música de câmara e de piano na Polônia: http://www.amuz.lodz.pl/en/ Cordialmente, Zoltan Paulinyi ---- Zoltan Paulinyi Research Fellow 2011/2012 - University of Évora http://Paulinyi.com Recordings at https://www.onerpm.com/#/ZoltanPaulinyi iTunes: http://itunes.apple.com/us/artist/zoltan-paulinyi/id455560682 Scores at http://Paulinyi.Musicaneo.com Videos at http://www.youtube.com/zpaulinyi -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From euridessantos em gmail.com Wed Nov 28 16:33:26 2012 From: euridessantos em gmail.com (eurides santos) Date: Wed, 28 Nov 2012 16:33:26 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] VI ENABET Message-ID: *Prezados (as)* ** *solicito divulgação do VI ENABET* *VI ENABET - Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia* *?Música e sustentabilidade?* *João Pessoa, PB, 27 a 31 de maio de 2013* *DESTAQUES:* *Inscrições: 22/11/2012 a 27/05/2013* *Submissões de resumos expandidos: até 22/01/2013* *Divulgação dos trabalhos selecionados: 20/02/2013* *Envio dos resumos revisados ou artigos completos: até 20/03/2013* *?Sustentabilidade? é uma palavra em evidência, que tem sido usada em muitos sentidos nos últimos tempos. Mas, como diz Jeff Todd Titon, etnomusicólogo norte-americano que fará nossa conferência de abertura, esta pode ser a marca de uma ideia poderosa: a possibilidade de traduzir e gerar controvérsias relevantes, vindo neste processo a significar, em diferentes contextos, muitas coisas, às vezes até opostas. Ao longo do VI **Enabet, iremos explorar as várias relações que podemos estabelecer entre ?sustentabilidade? e música.* *Ao debater sobre ?Música e sustentabilidade? estaremos tratando de políticas públicas, estilos de interação, conflito, turismo, propriedade intelectual, publicidade, preservação, adaptabilidade, resiliência e muito mais. E como é de praxe nos encontros da ABET, faremos isso em diálogo as Ciências Sociais, a Musicologia, a Comunicação, os Estudos Culturais e demais áreas afins. Convidamos etnomusicólogos, pesquisadores de áreas afins e estudantes a enviar seus trabalhos para o VI **Enabet, seja lidando com o tema geral do congresso em seus diversos ângulos, seja com os mais variados temas da pesquisa sobre ?música como cultura?.* *INSTRUÇÕES NO SITE:* * *http://www.ccta.ufpb.br/vienabet obrigada, -- *Eurides de Souza Santos*. Professora Associada - Música/UFPB. Presidente da Associação Brasileira de Etnomusicologia - ABET. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From m_swolff em hotmail.com Thu Nov 29 01:26:25 2012 From: m_swolff em hotmail.com (Marcus S. Wolff) Date: Thu, 29 Nov 2012 03:26:25 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Jos=C3=A9_Maur=C3=ADcio_Nunes_Garcia?= In-Reply-To: <49249D0711C84788BB74C209427A0603@carlos0d45bf4f> References: <49249D0711C84788BB74C209427A0603@carlos0d45bf4f> Message-ID: Prezado Carlos Alberto, parabéns por seu belo trabalho, que vou utilizar nas minhas aulas de história da música! Abraços,Marcus. Marcus S. Wolff Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ From: cafig1 em globo.com To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Tue, 27 Nov 2012 15:49:57 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] José Maurício Nunes Garcia Comunico que o verbete sobre José Maurício Nunes Garcia, escrito por mim para o Dicionário Biográfico do Núcleo Caravelas do CESEM da Universidade Nova de Lisboa, já está disponível on-line, no link http://www.caravelas.com.pt/dicionario_biografico_caravelas.html Carlos Alberto Figueiredo UNIRIO ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mlpascoal em gmail.com Thu Nov 29 11:24:22 2012 From: mlpascoal em gmail.com (Maria Lucia Pascoal) Date: Thu, 29 Nov 2012 11:24:22 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Jos=E9_Maur=EDcio_Nunes_Garcia?= In-Reply-To: References: <49249D0711C84788BB74C209427A0603@carlos0d45bf4f> Message-ID: Caro Carlos Alberto, Meus cumprimentos por trabalho tão importante q enriquece a todos nós!! Grande abraço, Maria Lúcia Em 29 de novembro de 2012 01:26, Marcus S. Wolff escreveu: > > Prezado Carlos Alberto, > parabéns por seu belo trabalho, que vou utilizar nas minhas aulas de > história da música! Abraços, > Marcus. > > > > Marcus S. Wolff > Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) > Mestre em História da Cultura (PUC/RJ) > Prof. das faculdades de Música, Comunicação e Pedagogia > da Universidade Candido Mendes, Nova Friburgo - RJ > > > ------------------------------ > From: cafig1 em globo.com > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Date: Tue, 27 Nov 2012 15:49:57 -0200 > Subject: [ANPPOM-Lista] José Maurício Nunes Garcia > > > > Comunico que o verbete sobre José Maurício Nunes Garcia, escrito por mim > para o Dicionário Biográfico do Núcleo Caravelas do CESEM da Universidade > Nova de Lisboa, já está disponível on-line, no link > http://www.caravelas.com.pt/dicionario_biografico_caravelas.html > > Carlos Alberto Figueiredo > UNIRIO > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es > ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Fri Nov 30 16:50:00 2012 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Fri, 30 Nov 2012 16:50:00 -0200 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Material_do_Curso_de_Computa=E7=E3o?= =?iso-8859-1?q?_Musical_com_exemplos_emPd=2C_licen=E7as=2C_publica?= =?iso-8859-1?q?=E7=E3o_e_copyleft?= Message-ID: Olá pessoal, no começo do ano divulguei um material didático em inglês, fruto de alguns workshops que andei dando mundo afora em alguns congressos/festivais. Pois bem, com o fim recente de um curso extenso que dei no MIS-SP, tenho uma versão atualizada disso tudo em português que gostaria de compartilhar com vocês. Ainda não a considero uma versão oficial. Deve haver ainda muitos erros de português ou coisas que eu ainda não traduzi direito. Acabou de sair do forno mesmo e eu precisava de algumas rodadas de revisão. Digamos que é uma versão "beta-test", e assim gostaria que dessem uma olhada e me apontassem possíveis erros/typos, bugs, etc... Segue o link, espero que consigam baixar: https://www.dropbox.com/s/63hicxb9xtz3nle/Computa%C3%A7%C3%A3oMusicalPD.zip O foco principal do conteúdo (O Filé Mignon, por assim dizer) é a FFT e alguns processamentos baseados nela, como Vocoder, Phase Vocoder. O objetivo é passar o conteúdo de forma acessível para músicos. Não há requisitos em ciência da computação ou engenharia e qualquer coisa do tipo. Os primeiros exemplos são bem básicos e de nível iniciante mesmo. O foco também não é a sintaxe do PD, mas sim o conteúdo teórico. O Pure Data aparece mais como uma ferramenta didática para expor o conteúdo teórico na prática. Claro que em meus cursos eu apresento ainda mais exemplos, conteúdos e patches. Também trabalho ainda com outros softwares, mas é isso que tenho para oferecer por agora. Aos poucos quero e devo incluir mais tópicos e elementos, é um trabalho a longo prazo que vem sendo atualizado constantemente. Comecei com esse trabalho em 2009 nos meus primeiros curso. Mas apesar de ainda focar nos mesmos tópicos, a forma como eles têm sido apresentados, o design dos patches, os textos, a ordem sempre muda, pois a cada momento que me volto ao material, encontro uma maneira mais fácil de abordar os temas, ou invento uma interface nova mais interessante e completa. Tenho também vontade de passar esse material para html/PDF e hospedar em algum lugar, ou também vender uma versão impressa e publicada no futuro, uma espécie de livro/apostila do curso. Na verdade, isso tudo começou como um livro/apostila, que eu logo abandonei e pensei em criar esse material completamente autônomo em forma de patches, de forma concisa. Em todo caso, o material impresso pode ser um bom complemento e forma de aprofundar e trazer mais informações. Em todo caso, preciso re-escrever tudo. Mantenho meus direitos autorais, mas a licença é "Copyleft". Sintam-se livres para usar como quiserem, tenho colegas como o Fenerich que disse que vai usar em seu curso na UFJF, adoraria saber de outros que acabariam usando por aí em universidades e escolas. Apesar de que, como disse, esse ainda não é um lançamento revisado/oficial. Aliás, gostaria de consultar os especialistas em licenças e publicações sobre como eu poderia oficializar a existência desse material didático como uma espécie de livro, ou um "Patch-Book", e assim colocar num lattes e tal? Como eu poderia publicar isso, ou necessitaria de um material impresso e um CD-Rom em anexo? Obrigado Alexandre Torres Porres