[ANPPOM-Lista] Fotógrafo francês traça a geografia noturna dos bailes funk no Rio

Damián Keller musicoyargentino em gmail.com
Dom Nov 11 13:40:34 BRST 2012


Caro Gabriel, pessoal,

Tal vez valha a pena tomar um pouco de distância para não confundir o
objeto de pesquisa com a produção do pesquisador:

Em 10 de novembro de 2012 14:42, Gabriel Moreira <gfmoreira em ymail.com>escreveu:
> Não me disponho a ler todos os comentários, li alguns... mas a assinatura
> do prof. Palombini é testemunhada por mim nesse momento; vizinhos que ouvem
> proibidão a todo volume.

É claro que nós como pesquisadores colocamos a nossa bagagem cultural
na hora de escolher o objeto de pesquisa, os métodos e inclusive a
forma como apresentamos os resultados. Isso é o que pessoal da
antropologia chama de enfoque <emic>.

A ideia de uma análise <culturalmente neutra / objetiva> tem espaço em
discussões comparativas de manifestações culturais de contextos
diversos. É o que pessoal chama de enfoque <etic>. A combinação desses
enfoques permite identificar aspectos específicos da cultura local e
aspectos comuns a culturas diferentes.

De qualquer forma, para entender qualquer manifestação cultural é
necessário ter dados de primeira mão. Acho que essa é a contribuição
do Palombini e dos outros pesquisadores que estão trabalhando com
tendências recentes da música popular brasileira. Fica para as
gerações mais novas a discussão desses dados desde perspectivas
<etic>.

Abraços,
Damián


-- 
Dr. Damián Keller
NAP, Universidade Federal do Acre / Amazon Center for Music Research
(NAP), Federal University of Acre / http://ccrma.stanford.edu/~dkeller



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