[ANPPOM-Lista] RES: sobre o manifesto em resposta ao editorial de O Estado de S. Paulo

Alvaro Henrique alvaroguitar em gmail.com
Qui Fev 7 19:34:11 BRST 2013


Cadê os diretamente afetados por essa medida? Os psô-dotô? Os diretô? Os
coordenadô? Os psô? Os pós-graduandos?

A decisão da ANPPOM em ficar calada me parece em total acordo com a opinião
predominante dos afetados.

Abraços,
Alvaro Henrique
www.alvarohenrique.com
----
http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU


Em 6 de fevereiro de 2013 18:32, Daniel Lemos <dal_lemos em yahoo.com.br>escreveu:

>
> Prezados colegas,
>
> Sabe o que me deixa mais estarrecido nessa situação?
>
> É o fato de que vários colegas insistem em querer provar pras demais áreas
> que a Música é uma legítima área de pesquisa (que é desnecessário, pois já
> provamos isso) até mesmo sob o risco de simplesmente colocar a produção
> artística em segundo plano (ou em plano algum)...
>
> ... e vem o governo federal e nos dá uma facada "sem fronteira" pelas
> costas.
>
> Acho que temos mesmo é de fazer o que NÓS queremos, e não o que o
> Ministério da Educação, a CAPES e seus capangas querem.
>
> Daniel Lemos Cerqueira
>
> Coordenador do Curso de Música
>
> Coordenador do PIBID de Artes
>
> Membro da Comissão Permanente de Vestibular
>
> Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
> http://musica.ufma.br <http://musica.ufma.br>
>
>
> --- Em *qua, 6/2/13, luciano cesar <lucianocesar78 em yahoo.com.br>*escreveu:
>
>
> De: luciano cesar <lucianocesar78 em yahoo.com.br>
> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] RES: sobre o manifesto em resposta ao
> editorial de O Estado de S. Paulo
> Para: "'Luciana Del-Ben'" <ldelben em gmail.com>, "'ANPPOM'" <
> anppom-l em iar.unicamp.br>, jamannis em uol.com.br
> Data: Quarta-feira, 6 de Fevereiro de 2013, 11:38
>
>
> Prezados, prezadas, Profa. Luciana,
>
>    Concordo com o Prof. Mannis e fecho minha opinião com a dele. Acho
> importante uma manifestação como instituição. Mas a Profa. Luciana também
> tem razão em considerar a necessidade de um debate mais amplo. O Prof.
> Jorge Antunes defende a tomada de uma posição mais "direta" pela diretoria,
> mas isso pode virar uma atitude não representativa, porque poucos membros
> estão realmente participando da discussão: eu contei 7 pessoas que
> diretamente contribuíram no texto... Teríamos que ter pelo menos um "sim,
> concordo" de mais de 50 por cento dos membros da lista para autorizar uma
> manifestação da ANPPOM. Caso ela, como presidente, ache inadequado assinar
> em nome de uma instituição um documento elaborado e acatado por uma
> minoria, creio que devamos respeitar.
>    A declaração de solidariedade à divulgação do texto, no entanto, me
> parece um meio termo entre a necessidade de ampliar o debate e a agilidade
> que o ocorrido pede. Não é questão de impor uma reforma ampla na maneira
> como o governo vê a ciência. Trata-se, a meu ver, de alguns passos atrás
> disto: uma manifestação de classe que se pretende (ou pede apoio para que
> seja) um pouco mais assertiva do que meia duzia de cartas endereçadas ao
> jornal, coisa que, inclusive, podemos fazer individualmente, a qualquer
> momento.
>    Mas eu não gostaria de pressionar a presidente. Se pedimos o apoio
> "dela", ela como presidente precisa do apoio "nosso" e sobre esse assunto,
> a lista tem se mantido silenciosa.
> Segue o link com o famigerado artigo, para contemplação dos colegas e
> professores
>
>
> http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-ciencia-sem-fronteiras-,986117,0.htm
>
>
>    Em tempo: pelo que me lembro do debate ocorrido na ANPPOM de João
> Pessoa,  a a música, como pesquisa ou produção ser passível de se
> caracterizar como ciência era algo em acordo, pois estamos inseridos nas
> Universidades, mas era também um problema de diálogo formal. Lembro do
> Prof. Iazetta admoestando que não basta que a produção artística dos
> professores seja inserida como pesquisa, ela tem que gerar uma reflexão,
> deixar um lastro conceitual, se apoiar em outras pesquisas, dialogar com
> projetos de longo prazo. Se há essa dificuldade de compreensão formal, em
> termos de conteúdo, me parecia evidente que há ciência sendo feita nas
> áreas de humanas e artes, só precisam ser formatadas para tal direção, o
> que, inclusive, diferenciaria essas pesquisas da produção para o mercado
> livre de música. Mas deixar a área de artes e humanidades às moscas não me
> parece contribuir com isso. É preciso inclusive informar professores,
> pesquisadores e orientadores sobre os processos através dos quais uma
> composição ou um recital, por exemplo, pode se tornar interessante do ponto
> de vista da formalidade científica e isso requer tempo, verba, etc. A
> UFRGS, por exemplo, tem um programa nota 7 e tem núcleos de produção de
> programas de concertos...
>     Se as verbas do "ciência sem fronteiras" não reconhecem isso, então é
> necessário uma proposição política de alcance mais amplo. Isso dá razão a
> ponderabilidade da presidente, mas também pede uma certa rapidez de
> manifestação.
>     Há também a questão que o Marcus Wolff colocou: o programa tem
> fronteiras inclusive geográficas bastante claras e acho que isso não é uma
> mera questão de rótulo. É consequencia de uma visão de mundo e de ciência
> que precisa ser meditada para decidirmos se é o que queremos. Me parece
> cada vez mais clara uma intervenção política e econômica na pesquisa
> científica, começando pela definição de "ciência" contemplada no programa.
> Essa observação pode ser simplesmente caracterizada como corporativista?
> Por que é isso o que o editorial do Estado afirma...
>    Vamos começar pelo começo do artigo: um governo, seja qual for, tem
> direito de estabelecer as prioridades que entende em matéria de ensino e
> pesquisa? Podemos esperar de um governo militar que dirija as verbas de
> financiamento públicas (porque é o governo, não é a Votorantim) para
> fabricação de armamentos, ou de um governo comunista uma formação marxista
> massificada nas escolas? Um governo do PP podería demonizar Antonio
> Conselheiro, um estado religioso poderia banir o ensino do evolucionismo? O
> nosso governo pode decidir, sozinho, o que priorizar na pesquisa e ensino
> acadêmicos?
>
>
> http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-ciencia-sem-fronteiras-,986117,0.htm
>
> Está havendo na ANPPOM um microcosmos dessa discussão mais ampla, matizado
> em sua versão mais democrática: a Profa. Luciana, com toda razão, não quer
> agir despoticamente (como o governo federal parece estar agindo no caso da
> decisão do TRF do Ceará), e nós, enquanto maioria de membros da ANPPOM,
> estamos demorando a nos manifestar...
> Um abraço!
> Luciano
>
>
> --- Em *ter, 5/2/13, jamannis em uol.com.br <jamannis em uol.com.br>* escreveu:
>
>
> De: jamannis em uol.com.br <jamannis em uol.com.br>
> Assunto: [ANPPOM-Lista] RES: sobre o manifesto em resposta ao editorial de
> O Estado de S. Paulo
> Para: "'Luciana Del-Ben'" <ldelben em gmail.com>, "'ANPPOM'" <
> anppom-l em iar.unicamp.br>
> Data: Terça-feira, 5 de Fevereiro de 2013, 17:25
>
> Senhoras, Senhores,
>
>
>
> Conforme a Presidente da ANPPOM a associação só pode assumir a
> responsabilidade por aquilo que aprova, o que exige uma consulta ampla que,
> neste momento talvez seja de difícil operacionalidade.
>
>
>
> Me parece mesmo difícil que uma pessoa jurídica (como a Anppom) subscreva
> um abaixo assinado que em principio reúne pessoas físicas. Contudo, a
> ANPPOM, e outras associações podem *SE SOLIDARIZAR com o conteúdo do
> manifesto RECONHECENDO-O como PERTINENTE e SUSCITANDO UMA ANALISE MAIS
> APROFUNDADA de sua implementação no âmbito das políticas públicas
> brasileiras.* Para emitir um documento deste teor, ou seja de
> reconhecimento de uma iniciativa justa e plausível, sem subscrevê-lo, a
> ANPPOM não teria que proceder à uma ampla consulta, pois estaria dentro das
> prerrogativas da Presidência. O mesmo poderia ocorrer com outras
> associações.  Os documentos de SOLIDARIEDADE poderiam ser curtos, diretos,
> e veiculados juntamente com o Manifesto.
>
>
>
> De minha parte, sugiro que, neste momento o documento seja veiculado,
> tendo anexo uma mensagem de reconhecimento das associações que se prestarem
> a fazê-lo.
>
>
>
> Penso que, como RESPOSTA, a divulgação do manifesto não deveria tardar
> muito mais, para não diminuir demasiadamente seu impacto da resposta (e o
> nosso tempo de reação – o que não deixa de ser um indicador do grau de
> organização e de potencial do grupo que assina o documento).
>
>
>
> Abraços
>
>
>
> Mannis
>
>
>
> *De:* anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:
> anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] *Em nome de *Luciana Del-Ben
> *Enviada em:* terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 10:27
> *Para:* ANPPOM
> *Assunto:* [ANPPOM-Lista] sobre o manifesto em resposta ao editorial de O
> Estado de S. Paulo
>
>
>
> Caro Luciano, caros demais membros da lista,
>
> O documento, inicialmente, tramitou na lista e recebeu a colaboração de
> alguns associados, na condição de documento de autoria desses associados.
> Não foi discutido se este seria um documento representativo da ANPPOM.
> Assim, para que a Associação assuma a responsabilidade de encaminhá-lo,
> precisa da anuência dos associados, formalmente. Como a lista não é um
> fórum deliberativo da ANPPOM (mesmo porque nem todos os sócios participam
> da lista), é preciso fazer uma consulta a todos os associados para se
> manifestarem sobre se entendem que seja papel da ANPPOM assumir a
> responsabilidade de encaminhar o documento.
>
> Caso os associados (em prazo a ser estabelecido) se manifestem a favor da
> iniciativa de encaminhamento do documento pela ANPPOM, a diretoria então
> assume a tarefa de revisar o documento, tendo em vista discussões
> anteriores sobre o tema realizadas tanto na lista quanto no último
> Congresso promovido pela Associação, especialmente na mesa-redonda
> “Diretrizes para a pesquisa e a formação pós-graduada na área de música”.
>
> Obviamente, tudo isso poderá ser feito, mas tomará um tempo maior do que
> o, acredito, desejado pelos associados que elaboraram o documento. Diante
> disso, pensamos na possibilidade de, neste momento, o documento ser
> divulgado por seus próprios autores e a Associação se responsabilizar não
> pelo seu encaminhamento, mas pela continuidade do debate. Isso seria feito
> por meio da criação de um espaço específico no próximo Congresso (um novo
> Grupo de Trabalho) para discutir as atuais políticas de pesquisa e formação
> no país, procedimento já adotado no Congresso de 2012, em relação a outras
> temáticas e que, acreditamos, trouxe-nos um retorno significativo, no
> sentido de apresentar algumas proposições não somente para a Associação,
> mas também para a área de música.
>
> Assim sendo, aguardaremos o posicionamento dos autores do documento sobre
> os encaminhamentos aqui sugeridos.
>
> Saudações,
>
> Luciana Del-Ben
>
> -----Anexo incorporado-----
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> ________________________________________________
> Lista de discussões ANPPOM
> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
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-------------- Próxima Parte ----------
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