From antunes em unb.br Sat Jun 1 09:26:39 2013 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 1 Jun 2013 09:26:39 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?novo_artigo_sobre_a_vaia_contra_And?= =?iso-8859-1?q?re_mehmari_-_entrando_tamb=E9m_na_quest=E3o_do_que_?= =?iso-8859-1?q?faz_=28e_deve_fazer=29_a_musicologia?= In-Reply-To: <859373517.30480521.1369973607400.JavaMail.root@usp.br> References: <1369926299.95789.YahooMailNeo@web162406.mail.bf1.yahoo.com> <859373517.30480521.1369973607400.JavaMail.root@usp.br> Message-ID: RELATO: Minha amiga, a professora Marli Guastavini, convidou-me para falar sobre música a seus alunos. São jovens de escola pública, de 10-12 anos, aqui perto de Brasília. Pedi a alguns músicos da Orquestra para irem comigo. Antes apresentou-se uma ótima banda. Junto com a banda se apresentou um grupo de palhaços muito engraçados e criativos. As crianças adoraram. Na segunda parte, a pedido da produção, entrei no palco, feliz da vida para falar de Stockhausen, Pierre Schaeffer, Flo Menezes e da música eletroacústica em geral. O silêncio era sepulcral. Fiquei impressionado com a disciplina das crianças. Nem um sussurro, nem um cochicho. Não havia sistema de som e, assim, não tinha como tocar as gravações que levei para ilustrar a palestra. A solução foi pedir aos músicos que me acompanhavam, para tocarem alguma coisa. Sussurrei no ouvido da violinista, pedindo que ele tocasse qualquer coisa, imitando um som eletrônico. Nossa! Logo me arrependi: ela começou a fazer uns glissandos ridículos, intermináveis. Ela tocava com os olhos fechados e, assim, não via meus gestos desesperados pedindo que parasse. Para minha surpresa, a plateia de crianças irrompeu em palmas frenéticas. Algumas crianças gritavam: ?Bravo! ?Bravo! Eu queria falar pra eles dessa coisa bonita de a Música de não ter fronteiras. Sussurrei no ouvido do oboista, pedindo que ele tocasse, bem forte, para encobrir os glissandos do violino. Eu lhe disse: -Toca o solo de oboé do 3º movimento da 3ª Sinfonia de Beethoven. Ele nunca tinha tocado a obra, mas conhecia de ouvido o trecho. Foi um desastre. Em vez de lá bequadro ele tocava lá bemol, deformando totalmente a frase. Mas as crianças adoraram. Gritos de ?bravo?, novamente: muitas palmas. A violinista, ao ouvir aquele som esquisito, se empolgou e tocou mais forte ainda os glissandos. Fiz sinal para o oboista, com a mão, pedindo para ele parar. Felizmente ele tocava de olhos abertos. Repetia continuamente o solo bemolthoviano. Mas ele entendeu mal meu gesto, e passou a tocar fortíssimo. Abaixei a cabeça e levei mecanicamente a apresentação até o final. O trompetista, meu amigo, se ofereceu para salvar a situação. Perguntou-me se poderia tocar um trecho do concerto de Haydn. Concordei. Uma trompetada forte poderia encobrir a vergonha sonora que acontecia. Ele começou. O salto fá-sib-fá saiu afinadíssimo. Mas, antes de ir ao sol, o desgraçado tocava lá bequado, em vez de lá bemol. Horrível! A plateia explodiu em palmas. As professoras que assistiam incentivavam os alunos a aplaudirem. Um menino sapeca, de uns 10 anos, fez menção de se levantar para sair. Um tia correu até ele, pegou na ponta de sua orelha, deu puxãozinho e, vermelha, falou, de modo ríspido, alguma coisa ao menino. Imediatamente ele voltou a seu lugar, quietinho. Sei bem que educação é sempre desafio, e que o Brasil encontra-se muito longe de ter estrutura e pessoal adequado. Meu apelo aqui fica para os educadores e pais. Não coloquem filhos no mundo se não estão aptos e dispostos a dar uma formação cuidadosa e crítica a esses novos seres. Estou farto desse discurso e essa educação que reprime a criança. Refiro-me a essa educação que enfia nas jovens cabecinhas a ideia de que protestos, reclamações, posicionamentos críticos, são coisas feias. Tudo, e até mesmo a merda, deve ser aplaudido. Olho esses jovens como nossos semelhantes que em poucos anos estarão votando e ocupando importantes cargos e funções, e fico apavorado. Fico imaginando que a educação de cabresto a que aquelas crianças se submetem, vai resultar em cidadãos que nunca criticarão coisa alguma. Domesticados, aplaudirão qualquer mentira, qualquer demagogo, qualquer lixo cultural imposto pelas grandes gravadoras e pelos meios de comunicação de massa. De qualquer maneira agradeço a oportunidade de me apresentar para esses jovens, mesmo tendo sofrido com a passividade deles, com a tolerância deles, com a falta de senso crítico deles. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From carlos.sandroni em gmail.com Sat Jun 1 16:14:49 2013 From: carlos.sandroni em gmail.com (Carlos Sandroni) Date: Sat, 1 Jun 2013 16:14:49 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= Message-ID: Prezado Daniel, prezados colegas, [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] PREFÁCIO Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que são suficientemente irrefletidos). Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em uma lista pública de uma associação científica. MENSAGEM Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. Mas trago aqui o trecho crítico: Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique). Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia). Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um professor universitário me parece lamentável. Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música popular internacional, inclusive européia. Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica e de tantos outros enfoques importantes. Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas indígenas etc). No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900. Estarei exagerando? Tomara que sim. Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta demora. E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria bem a todos os envolvidos. O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na segunda alternativa. O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". E se ainda não for, vamos fazê-la assim? Saudações, Sandroni 2013/5/30 Daniel Lemos > > Prezado professor Carlos Sandroni, > > Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos > da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas > alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos > a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde > políticas afirmativas estão em alta. > > Saudações, > > > Daniel Lemos Cerqueira > > http://musica.ufma.br > > > --- Em *qui, 30/5/13, Carlos Sandroni *escreveu: > > > De: Carlos Sandroni > Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari > Para: "Daniel Lemos" > Cc: "'anppom-l'" > Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 > > > Prezado Daniel, > > Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada > da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam > tão esdrúxula proposição? > Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e > pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? > Carlos Sandroni > > > 2013/5/29 Daniel Lemos > > > > > Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e > participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra > 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. > > É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve > ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de > Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída > da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias > e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é > pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir > morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. > > Abraço, > > Daniel Lemos Cerqueira > > http://musica.ufma.br > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From bmangelo em yahoo.com.br Sun Jun 2 19:24:10 2013 From: bmangelo em yahoo.com.br (Bruno Milheira Angelo) Date: Sun, 2 Jun 2013 19:24:10 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?narratividade_em_m=FAsica?= Message-ID: <20B1F1D7-083C-448D-83B1-232BD8883141@yahoo.com.br> Caros membros da lista da ANPPOM, Gostaria de saber se há algum colega atualmente interessado ou com trabalho em progresso referente ao tema narratividade em música. Me refiro particularmente a uma série de trabalhos publicados desde os anos 80 (Newcomb, Abbate, Nattiez, Maus, Kramer, Micznik, Grabócz, Klein, Meelberg, Almén, etc.), sendo que neste 2013 foi lançada uma coleção de textos bem instigante (Musical narrative since 1900, org. Michael Klein e Nicholas Reyland). Ficaria feliz em encontrar interlocutores no Brasil, pensando em trocar ideias ou mesmo em futuros trabalhos conjuntos. Sendo que essa mensagem não é propriamente uma discussão (relendo parece mais um anúncio de classificados), peço que quem quiser me responda em privado. Cordialmente, Bruno Angelo -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From magali.kleber em gmail.com Sun Jun 2 21:55:51 2013 From: magali.kleber em gmail.com (Magali Kleber) Date: Sun, 2 Jun 2013 21:55:51 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?ZGl2dWxnYcOnw6NvIGRhIGF1ZGnDqm5jaWEgcMO6?= =?utf-8?q?blica_sobre_ensino_da_M=C3=BAsica_com_CNE=2C_em_Bel?= =?utf-8?b?w6lt?= In-Reply-To: References: Message-ID: parabéns, pois o site ficou lindo! bj magali Em 2 de junho de 2013 11:03, Audiência Pública Música < audienciamusicanorte em gmail.com> escreveu: > Prezados, > > Solicitamos ampla divulgação da Audiência Pública sobre o ensino da > Música - Região Norte - com o CEB/CNE, no dia 24 de junho de 2013, em > Belém (PA). > > Programação e inscrição (gratuita) disponíveis em: > audienciamusicanorte.wordpress.com > > Contatos pelo e-mail: audienciamusicanorte em gmail.com > > Cordialmente, > > > > > > *Comitê Organizador:* > > > > Prof. Ms.Cláudio Trindade ? SEDUC/PA > > Prof.ª Dr.ª Cristina Owtake ? Coord. Lic. em Música / UFPA > > Prof.ª Dr.ª Lia Braga Vieira ? Vice-coord. PPGARTES / UFPA > > Prof.ª Ms. Raquel Veiga ? SEMEC Belém/PA > > Prof.ª Dr.ª Rosemara Staub ? Diretora Regional ABEM Norte > > Prof. Dr. Ruy Henderson ? Representante ABEM/PA > > Prof.ª Esp. Valdecíria Paulino ? Coord. Lic. em Música / UEPA > > > -- Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 Fone 55 43 3323 8562 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From celsocintra em gmail.com Sat Jun 1 11:34:28 2013 From: celsocintra em gmail.com (Celso Cintra) Date: Sat, 1 Jun 2013 11:34:28 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari In-Reply-To: References: <1369887526.11795.YahooMailClassic@web140902.mail.bf1.yahoo.com> <1BB1D65C-0FB5-4482-85A7-57D5D321C37C@me.com> <6F8B584C-27C4-4335-A70A-84EB43F53494@yahoo.com.br> Message-ID: Visão de um filósofo a respeito do tema: http://ghiraldelli.pro.br/ha-muito-negro-frances-na-escola-publica/ há braço celso 2013/5/30 Edilson Rocha > Luciano disse muito bem e com ele quero fazer coro, pois na academia > subsiste esse péssimo hábito de se tomar como ofensa pessoal o > contraditório: discordar sai do campo das ideias e vai para o campo das > paixões, vira algo pessoal. E arrisco a dizer que são raros os > departamentos de música que disso não padecem. Se minha ideia estiver > errada, ela está aí para ser discutida. > E o preconceito vem por todos os lados: de parte dos "doutos" (seja lá o > que isso queira dizer) em direção ao "populacho" (seja lá o que dizer > queira isso) e vice versa, nunca com resultados positivos. Nesse ponto eu > não posso deixar de lembrar da Educação Musical, uma das áreas > mais interessante tratadas na academia, que o que faz mais é levar, ou > tentar, algo diferente onde atua (seja música, seja reflexão). Ensinar > Beethoven na senzala e Luiz Gonzaga na casa grande não é invasivo, é > civilizatório (ou os educadores estão errados?). E vejam: evitei de usar o > *funk *(funque?) carioca, sertanejo (universitário?) ou outra música > presente na indústria cultural como exemplo porque esta mesma (a indústria) > já se encarrega de fazer entrar a música que quer na casa grande e na > senzala sem precisar dos educadores (a reflexão, essa já não leva > mesmo). Não estou muito certo se a vaia pura e simples seja algum tipo de > resistência, uma trincheira da identidade cultural (conforme a teoria de > alguns).Se de qualquer forma, no episódio com Mehmari as vaias não foram > por ignorância e sim por defesa, não consigo imaginar que um pianista e seu > piano sejam uma ameaça de tal monta, e claro, não acho que Ernesto Nazaré > seja tão perigoso assim. Isso é o mesmo que penso a respeito do último > batidão da moda. Perigoso mesmo é a intransigência, seja de crianças (que > alguns reputam sagazes) seja de acadêmicos (que alguns diriam: nem tanto). > > Atenciosamente, > Edilson Rocha > > > Acesse o site: > > http://edilsonarocha.vilabol.uol.com.br > > Pesquisa, regência, técnica vocal > > > ------------------------------ > From: lucianocesar78 em yahoo.com.br > Date: Thu, 30 May 2013 09:32:59 -0300 > To: danielpuig em me.com > CC: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari > > > Tenho que defender o Daniel, colegas. As idéias existem, estão ganhando > terreno, tem que ser discutidas. Podemos discutir ideias e não pessoas? > Quando as pessoas estiverem na nossa frente, a gente se manifestando > voluntariamente, discutimos diretamente com elas. Mas não acho nada leviano > separar a idéia e pó-lá em debate. Leviano é silenciar o interlocutor com > essa bronca. > Além disso, o que os senhores fariam se ele apontasse os nomes? > Cassariam o diploma dos cientistas sociais ou acusariam o dedo duro? > Debatamos a idéia. Eu já ouvi essa alegação dezenas de vezes e, se > quiserem, cito quem e onde. > > Abraço! > Luciano > > Em 30/05/2013, às 02:45, Daniel Puig escreveu: > > Prezado Daniel Lemos, > > acho também leviano da sua parte jogar aqui como preconceito, e > transferí-lo às atividades da ABEM (!!), *sua interpretação* das falas de > colegas seus. > > Saudações, > > Daniel Puig > > > Em 30/05/2013, às 06:18, Daniel Lemos escreveu: > > > Prezado professor Carlos Sandroni, > > Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos > da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas > alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos > a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde > políticas afirmativas estão em alta. > > Saudações, > > Daniel Lemos Cerqueira > > http://musica.ufma.br > > > --- Em *qui, 30/5/13, Carlos Sandroni *escreveu: > > > De: Carlos Sandroni > Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari > Para: "Daniel Lemos" > Cc: "'anppom-l'" > Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 > > Prezado Daniel, > > Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada > da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam > tão esdrúxula proposição? > Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e > pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? > Carlos Sandroni > > > 2013/5/29 Daniel Lemos > > > Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e > participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra > 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. > > É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve > ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de > Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída > da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias > e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é > pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir > morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. > > Abraço, > > Daniel Lemos Cerqueira > > http://musica.ufma.br > > > --- Em *ter, 28/5/13, Ale Fenerich * escreveu: > > > De: Ale Fenerich > Assunto: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari > Para: "ANPPOM" > Data: Terça-feira, 28 de Maio de 2013, 15:44 > > > > > > > > http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/plateia-infantil-hostiliza-musico-andre-mehmari > > mais um artigo do episodio de Andre Mehmari > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > > -----Anexo incorporado----- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > > -- > Carlos Sandroni > Departamento de Música, UFPE > Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFPE > Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB > Telefones: > (81) 2126 8596 / 8597 (UFPE) > (81) 9811 1473 (Celular) > Endereço: > Rua César Loureiro, 75/103 > Casa Forte - 52060-350 > Recife - PE > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ Lista de discuss?es > ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- Celso Cintra http://www.iarte.ufu.br/celsocintra -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Sat Jun 1 00:41:39 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Fri, 31 May 2013 20:41:39 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari In-Reply-To: Message-ID: <1370058099.83924.YahooMailClassic@web140902.mail.bf1.yahoo.com> Prezados colegas, Com relação a argumentações de artistas tentando justificar o porquê de seus projetos, realmente tendo a concordar com o Estevão e o prof. Palombini. Precisamos pensar melhor na retórica. Achar que a Música de Concerto vai "plantar uma semente" em uma criança pobre ou que ela vai "salvar a criminalidade" é um tanto genérico e pretensioso. Qualquer pessoa que deixa de roubar para fazer alguma coisa está saindo da criminalidade, mesmo se for pra jogar bolinhas de gude. Acredito que temos de desenvolver argumentos mais sólidos para defender nossa prática artística. A Música de Concerto existe porque ela é necessária perante os ideais de Pluralismo Cultural. Ela movimenta recursos, gera empregos, e por isso mesmo, pode ser considerado um sólido instrumento de inclusão social. Mas isto é apenas consequência; ela não precisa incluir ninguém. Deixe isso para a Educação. A Cultura tem outros objetivos. Abraço, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Sat Jun 1 00:47:00 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Fri, 31 May 2013 20:47:00 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=22M=FAsica_de_Elite=22?= In-Reply-To: <6961219bfb98496448ca91fe5d72eb0d@ufl.edu> Message-ID: <1370058420.36651.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Olá, Mensagem no blog sobre este tema que tem me incomodado ultimamente: http://audio-arte.blogspot.com.br/ Abraço a todos Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Jun 1 10:35:29 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 1 Jun 2013 10:35:29 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari In-Reply-To: <1369955818.46161.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> References: <1369955818.46161.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: 2013/5/30 Daniel Lemos Pelo jeito vou ter que fazer um levantamento bibliográfico sobre estes > defensores das chamadas "Teorias Sociais", que vêem a cultura europeia como > instrumento de dominação sobre suas colônias. Eles defendem que este tipo > de cultura deve ser negligenciado ou erradicado do Brasil, pois representam > uma ameaça à afirmação da "identidade nacional genuína". Particularmente > desconheço os autores cujo discurso possui teor semelhante a este, mas > gostaria muito de saber, pois quero publicar um artigo despejando esgoto > nos argumentos deles. Assim que tiver alguma resposta, retorno. Gostaria > que os colegas que possuem conhecimento na área de Sociologia, Antropologia > ou História que conheçam as referências possam dar sugestões. Sugiro começar pelo filósofo Olavo de Carvalho, que, ademais, também é especialista em despejar "esgoto nos argumentos" de autores que não leu. -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Sat Jun 1 17:48:10 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Sat, 1 Jun 2013 13:48:10 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: Message-ID: <1370119690.85112.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> Prezado prof. Sandroni e demais colegas da lista, Em primeiro lugar, agradeço seu posicionamento sóbrio e respeitoso para com o assunto. Confesso que sou muitas vezes enérgico ou até irônico em minha fala, e reconheço que preciso medir melhor meu discurso. Porém, creio que meu e-mail foi interpretado de uma forma relativamente descontextualizada do discurso que estava sendo feito. Pois bem, vou tratar sobre os ideais que tu levantaste. Em primeiro lugar, se tiver que definir uma "posição ideológica", afirmo que meu posicionamento é mais semelhante ao do prof. Sandroni. Convido-o, inclusive, para conhecer um pouco do meu trabalho, disponível aqui. Tenho questionado muito o dito "cânone musical dos Séculos XVIII e XIX", herdado dos Conservatórios. Porém, ao criticá-lo, tento sempre propor ideias que possam contribuir para que este cânone volte a dialogar com o nosso tempo, formando profissionais que saibam transitar (ou pelo menos respeitar) a diversidade cultural. Sou totalmente a favor da inclusão de manifestações culturais diversas na Academia, principalmente nos cursos de graduação em Música. Todavia, acredito que este seja um processo naturalmente vagaroso, e que as transformações sejam debatidas e encaminhadas de forma sóbria e responsável - até por razões que remetem às competências e ideais defendidos pelo corpo docente das instituições. Porém, reitero que este é um percurso necessário, e não pode ser deixado de lado. Com relação a afirmações pontuais: "Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI." - concordo plenamente. Entretanto: "Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado." - tendo a discordar. Talvez esta seja uma realidade em alguns locais, mas onde estou - o curso de Música é muito recente - ainda não existe este cânone musical dos séculos XVIII e XIX. Devido às críticas que tem sido feitas a este modelo - seja por pensadores da Educação, da Antropologia, da Filosofia, pelo governo, pelo povo, enfim, não importa - estamos encontrando severas resistências em estabelecê-lo aqui. Esta é uma ação extremanente necessária, inclusive para que possamos questionar este modelo e colocar em prática formas de atualizá-lo e agregá-lo a outros modelos. O resultado dessa resistência se reflete em questões administrativas: a abolição da prova de habilidades específicas, a exigência em formar grandes quantidades de alunos (o Bacharelado, com exceção das habilitações em Música Popular ou Musicoterapia, é incapaz disso), a falta de espaços físicos adequados e a dificuldade em comprar material específico como partituras e instrumentos de orquestra, entre outros. "O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone." - se eu puder falar em "atacar", será contra quem se posiciona de forma radical contra a manutenção do patrimônio cultural europeu. Em locais onde ele está consolidado, talvez uma postura mais enérgica seja necessária, justificando essa retórica. Mas onde estou, isto implica em erradicá-lo por completo das práticas culturais regionais. Seria uma atitude no mínimo irresponsável. "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". - mais uma vez, concordo plenamente. Sobre este discurso, reitero a importância da Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, da UNESCO (2002). É um documento que tenho utilizado bastante para defender todo e qualquer tipo de patrimônio cultural. Saudações Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Jun 1 17:59:56 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 1 Jun 2013 17:59:56 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=5Betnomusicologiabr=5D_Sobre_o_ema?= =?iso-8859-1?q?il_do_Daniel_que_me_tirou_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: 2013/6/1 Carlos Sandroni O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei > na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele > disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou > algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui > responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de > todas as músicas". > > E se ainda não for, vamos fazê-la assim? > Sim, vamos. Como contribuição, mando um exemplo de "projeto de inclusão social" que não recebe nenhum apoio do governo, muito antes pelo contrário. Tomei conhecimento dele hoje através, não da coluna do Wisnik no *Globo*, mas da capa e da terceira página inteira do tabloide *Expresso da Informação* ("só R$ 0,60"). Wisnik, aliás, torna ao caso Mehmari n'*O Globo* de hoje, de acordo com um colega da UFRJ: Em sua coluna no *O Globo* ele traçou uma certa linha de continuidade > entre: os xingamentos cometidos por crianças contra o Mehmari; a queima > do dentista em seu próprio consultório; o vizinho que matou o casal que > fazia barulho em Alphaville (ou escutava barulho); o espancamento que o > prefeito Eduardo Paes fez no músico Botika... > Trata-se do Bonde dos Novinhos, que passou a incluir, entre seus dançarinos, Emerson de Oliveira, de 22 anos, com síndrome de Down. Eles aparecem aqui, não no Roda Viva, mas no Programa da Xuxa. http://globotv.globo.com/rede-globo/tv-xuxa/v/os-novinhos-agitam-a-galera-com-o-som-faz-o-movimento/2555103/ http://youtu.be/egn6NOZoiKw Aliás, a formação original da Gaiola das Popozudas (antes do silicone da Valesca), incluía uma anã, e, no ano passado, o grupo organizou um concurso para selecionar uma integrante transexual. Aproveito para perguntar quem sabe como posso obter um exemplar do tabloide *Meia Hora* de domingo, 26 de maio: sob o título "O poeta da Vila Cruzeiro" há ali duas páginas sobre o mais importante letrista do funk, Praga, que tive o prazer de conhecer na última quinta-feira em São Gonçalo, na Roda de Funk do Parada Carioca. Abraços, Carlos -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Sat Jun 1 20:28:44 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Sat, 1 Jun 2013 16:28:44 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= Message-ID: <1370129324.24676.YahooMailClassic@web140906.mail.bf1.yahoo.com> Prezados, Volto à discussão, que pra mim ficará restrita à Lista da ANPPOM, pois não tenho acesso à lista de Etnomusicologia. Manifesto-me sobre o e-mail do prof. Márcio Mattos: "Não se trata de ridicularizar a tradição européia, mas de valorizar também o que temos de bom na música brasileira e, aí, não confundir música brasileira com música ruim e música européia com música boa." Naturalmente. Agora, por que não pensar em hibridismo? Qual a diferença entre música brasileira e música europeia? Por acaso serviria só como pretexto para polarização política? Agora seremos mais brasileiros e menos europeus, porque antes éramos mais europeus e menos brasileiros? "Você diz que associar a música de concerto com elite é coisa do século passado e associa a música popular com o que, quando diz que as pessoas "torram dinheiro aos monte nisso"? De que século é esse comentário?" Creio que você esteja se referindo à música popular midiática, essa que condiciona a experiência musical de milhões de pessoas através dos meios de comunicação em massa. Música popular é um termo muito amplo; nem todos os tipos de música popular são midiáticos. Portanto, esta distinção é necessária. Agora, se entendermos elite por uma minoria rica, poderosa e manipuladora, é óbvio que não podemos afirmar que a música de concerto é elitista, não é verdade? Basta ver quem são os músicos da atualidade que atuam nesta área. Ou você discorda disso? Acreditar que a Universidade é uma instituição européia e, por isso, deve ficar como está, é o mesmo que não questionar o que nos tomaram de assalto durante séculos. É lógico. Agora, do outro lado, não adianta acreditar que ela um dia deixará de ser europeia. "Você trata a música popular como lixo e a música de concerto como relíquia." Quero que você diga exatamente de onde tirou esta suposta afirmação minha. "O músico precisa do público, sim! Quem disse que não? A música é feita para quem? Portanto, precisamos que o público aceite a nossa música, sim (...) É o mesmo público que paga o seu salário na Universidade, pois ela é pública." Então quer dizer que pelo público estar "pagando meu salário", quer dizer que eu tenha que trabalhar para que ele aceite minha produção artística? A mídia venceu mais uma vez... O que tem de ruim no mato? Algo que os Europeus esqueceram de colonizar? Possivelmente sim. O mato está imune ao desmatamento, e à ação do homem branco. É um ótimo lugar para quem quer se desvencilhar por completo da cultura europeia (ou da "elite", como muitas pessoas acreditam). A desunião entre os músicos ainda é um dos nossos grandes problemas. Os médicos, os advogados e outros profissionais que você citou não ficam denegrindo as atividades dos seus colegas. Ao contrário, eles são corporativistas. Existe uma grande diferença entre discutir ideias e denegrir as atividades dos colegas. Você está querendo dar à minha afirmação um tom pessoal. Ao mesmo tenho, suponho que você vê um grande aspecto positivo em ser corporativista. Acreditar que o corporativismo torne os músicos mais unidos certamente não vai resolver este problema. O corporativismo ocorre justamente quando um grupo de profissionais monopoliza uma parte das ações que deveriam ser em benefício de todos. É ilusão pensar que advogar em causas próprias ou para determinados coleguinhas irá trazer contribuições para todos. "(...) já que você disse que não adianta dar nome aos bois." E não adianta mesmo. Vamos manter a discussão no campo das ideias. Daniel Lemos Cerqueira Universidade Federal do Maranhão -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariomarcaljr em gmail.com Sun Jun 2 02:00:23 2013 From: mariomarcaljr em gmail.com (Mario Cesar Marcal dos Santos Junior) Date: Sun, 2 Jun 2013 02:00:23 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Festival Internacional Musica na Serra Message-ID: <5E7F1DB2-0684-41D3-B152-CE383029364D@gmail.com> Olá Caros Colegas, Venho por meio desta divulgar o primeiro "Festival Internacional Musica na Serra", que se realizará em Lages SC, do dia 14 a 20 de Julho deste ano. Deste que saí de Santa Catarina para estudar violino, sempre tive esse anseio por retornar ao meu estado e trazer o que aqui nao havia. Hoje finalmente tenho orgulho de anunciar que meu sonho esta se realizando. O Festival conta com estes fantásticos musicos, que além de grandes professores são excelentes em sua performance de palco, cativando desde o publico musicalmente mais avançado como o publico leigo. Estamos agora trabalhando para obter apoio financeiro para oferecermos mais bolsas a estudantes que nao teriam condições de se manter por uma semana em outra cidade para estudar. Eu mesmo estarei "adotando" três alunos bolsistas (pagando diárias, almoço e janta durante a semana do festival) para que os possam vir vivenciar uma semana com professores de alto nível. Digo isso porque acredito que quase todos nós podemos contribuir, de uma forma ou de outra, e faço pois eu mesmo recebi tal ajuda quando iniciante e foi o que me deu o impulso necessário para decidir fazer da musica uma opçao de vida. Então fico muito agradecido pela contribuição que todos professores e colegas que passaram pela minha vida deram, e pelas contribuições que sei que ainda virão. Abraço a todos! www.scpianotrio.com www.twitter.com/SCPianoTrio www.facebook.com/SCTrio www.youtube.com/user/scpianotrio -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: assinaturamario.png Tipo: image/png Tamanho: 14296 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: apresentação professores.png Tipo: image/png Tamanho: 5026937 bytes Descrição: não disponível URL: From musicoyargentino em gmail.com Sat Jun 1 13:09:13 2013 From: musicoyargentino em gmail.com (=?UTF-8?Q?Dami=C3=A1n_Keller?=) Date: Sat, 1 Jun 2013 12:09:13 -0400 Subject: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari Message-ID: Cara Janete, Será que isso vale a pena? Tem tanta coisa interessante acontecendo, tanta pesquisa de ponta sendo produzida, tantas iniciativas com real impacto social. Criticar ou elogiar um pianista não é uma perda de tempo? Que tal discutir o impacto do trabalho em antropologia musical que está sendo feito na UFPE e na UFRJ, ou em performance musical na UFRGS e na UFMG, ou em paisagem sonora na UEL? Ou as iniciativas para sair do buraco nas universidades periféricas? Temos tanto potencial para deslanchar projetos efetivos no âmbito da Anppom, será que vale a pena investir nosso tempo (peço desculpas pelo termo) na fofoca? Grande abraço, Damián Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller NAP | sites.google.com/site/napmusica --- From: Janete El Haouli To: "anppom-l em iar.unicamp.br" Subject: Re: [ANPPOM-Lista] ?novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari - entrando também na questão do que faz (e deve fazer) a musicologia Message-ID: Content-Type: text/plain; charset="utf-8" Caros colegas, Li as mensagens referentes ao episódio André Mehmari em Campinas incluindo o texto de Wisnik publicado no Jornal O Globo .Se me permitem, gostaria de sugerir que esses comentários e críticas produzidos sejam enviados também a editorias culturais da imprensa e talvez mesmo aos envolvidos, pois desse modo essas análises e críticas eventualmente poderão contribuir para uma reflexão e um questionamento com efetivo impacto. Abraços,Janete From marciomattos em marciomattos.com Sat Jun 1 18:49:12 2013 From: marciomattos em marciomattos.com (=?UTF-8?B?OjogIE3DoXJjaW9NYXR0b3MuQ29tIDo6?=) Date: Sat, 1 Jun 2013 18:49:12 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?=5Betnomusicologiabr=5D_Sobre_o_email_do?= =?utf-8?q?_Daniel_que_me_tirou_do_s=C3=A9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Professor Carlos Sandroni. Esperava mesmo que alguém como o senhor pudesse responder a essa provocação. E, Daniel Lemos, a minha opinião é sobre suas colocações/comentários e não sobre você (já que você disse que não adianta dar nome aos bois). Neste caso, entenda como uma discussão na "lista de discussão", onde você realmente provocou. Isso é bom! ;) Então, vejamos: Acreditar que a Universidade é uma instituição européia e, por isso, deve ficar como está, é o mesmo que não questionar o que nos tomaram de assalto durante séculos. Sendo assim, segundo as palavras de Daniel Lemos devemos ir "morar no mato". Que comentário preconceituoso! O que tem no mato? Os índios (que foram massacrados)? O povo (que muitas vezes a Universidade não dá atenção)? A cultura popular (que não cabe na Universidade)? O que tem de ruim no mato? Algo que os Europeus esqueceram de colonizar? Prezado Daniel Lemos. O músico precisa do público, sim! Quem disse que não? A música é feita para quem? Portanto, precisamos que o público aceite a nossa música, sim. Porém, não estou dizendo que devemos fazer qualquer música para agradá-lo, mas precisamos da sua aceitação. É o mesmo público que paga o seu salário na Universidade, pois ela é pública. Para isso precisamos convencê-la de que a sua música é boa, como a Globo faz com o que ela quer. Como vamos fazer isso eu não sei. É realmente difícil. Você é livre. Pode exercer a sua atividade cultural como bem entender, como você mesmo disse, mas o público também é livre e, por isso mesmo ele pode vaiar se quiser, do mesmo modo que você usou as palavras que escolheu e os argumentos apresentados em seus emails. Você é livre para tocar o instrumento que quiser e da maneira que quiser, mas não espere o público que você deseja, com os argumentos que tenta manter. Não se trata de ridicularizar a tradição européia, mas de valorizar também o que temos de bom na música brasileira e, aí, não confundir música brasileira com música ruim e música européia com música boa. Uma coisa não tem nada a ver com outra. O que você tem contra o funk carioca e o sertanejo axé? Você trata a música popular como lixo e a música de concerto como relíquia. O que é isso? Seus professores lhe ensinaram isso? Você ensina isso para os seus alunos? Você diz que associar a música de concerto com elite é coisa do século passado e associa a música popular com o que, quando diz que as pessoas "torram dinheiro aos monte nisso"? De que século é esse comentário? Esses comentários repercutem também na discussão sobre o teste de Habilidade Específica nos Cursos de Música, sobre o que se ensina na Universidade, sobre quais instrumentos estão disponíveis para o estudo, sobre os temas das monografias e dissertações etc. Eu tenho um fusca 1980, lindo, que por onde eu passo as pessoas olham. Dizem que é um charme, que o fusca é um carro resistente, que é o xodó do Brasil, que o seu avó tinha um etc. etc. etc., mas também me perguntam porque eu não compro um carro, já que o fusca é desconfortável, não tem direção hidráulica, nem ar-condicionado, não tem injeção eletrônica, cheira a gasolina, não tem aerodinâmica e é barulhento. Ora, mas eu gosto do fusca. Também tenho outro carro, mas gosto do fusca. Pessoas gostam de Bach, outros de Chico Science. Pessoas gostam de Mozart e outros gostam de Ivete Sangalo. Pessoas gostam de Beethoven, já outras pessoas gostam de funk carioca. Pessoas gostam de Villa-Lobos, mas há pessoas que gostam de Chitãozinho e Chororó. O que seria do verde se todos gostassem do vermelho? O que seria do Guaraná Jesus do Maranhão se todos só tomassem a Coca-Cola? Enfim... O ruim disso tudo é que tem mais gente que gosta de Coca-Cola do que de cajuína. Tem mais gente que gosta do Corolla do que do meu fusca. Tem mais gente que gosta do toca CD Samsung que vende no Maganize Luiza do que o meu Tocadiscos Audio-tecnica. Tem bem mais pessoas que gostam do Aviões do Forró do que de Dominguinhos. Precisamos descobrir como valorizar a nossa música e não massacrá-la. Claro, não precisamos acabar com os pianos, os violinos para valorizarmos nossa sanfona e nossa rabeca. É importante que a gente descubra como fazer todo esse trabalho com a população, que é o nosso público. A desunião entre os músicos ainda é um dos nossos grandes problemas. Os médicos, os advogados e outros profissionais que você citou não ficam denegrindo as atividades dos seus colegas. Ao contrário, eles são corporativistas. Vamos descobrir, juntos, porque estudar Bach é bom e importante, da mesmo forma que podemos tentar entender porque estudar a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto do Crato também. Vamos em frente! Um abraço. *MÁRCIO MATTOS* *Professor do Curso de Música da UFC - Campus Cariri* Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri / Juazeiro do Norte Coordenador do CEMUC [cemucufc.blogspot.com] / Tutor do PET MÚSICA UFC - Cariri *Site Profissional:* cariri.ufc.br / musica.cariri.ufc.br *Site Pessoal:* www.marciomattos.com Crato - Ceará - Brasil *MSN:* mmttos em gmail.com *SKYPE:* mmttos Em 1 de junho de 2013 16:14, Carlos Sandroni escreveu: > ** > > > Prezado Daniel, prezados colegas, > > [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] > > PREFÁCIO > > Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige > ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que > se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio > rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever > artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, > isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que > estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que > quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos > emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que > são suficientemente irrefletidos). > > Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é > exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em > uma lista pública de uma associação científica. > > MENSAGEM > > Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de > Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco > sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não > leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. > Mas trago aqui o trecho crítico: > > europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas > "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira > coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a > Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra > abandonar a cultura europeia de fato.> > > Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de > universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma > "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O > que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores > universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e > suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos > sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. > Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique). > > Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem > de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de > teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar > criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as > teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização > musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André > Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia). > > Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um > fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir > exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos > atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma > marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta > também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente > não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um > professor universitário me parece lamentável. > > Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): > > Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história > da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre > música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; > proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música > popular internacional, inclusive européia. > > Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica > musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da > acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica > e de tantos outros enfoques importantes. > > Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos > instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos > da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de > instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, > como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão > europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas > indígenas etc). > > No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos > respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase > absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900. > > Estarei exagerando? Tomara que sim. > > Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem > ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, > contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso > tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da > música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns > exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores > na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos > seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como > nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de > Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) > > Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu > do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, > assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente > superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu > gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade > política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta > demora. > > E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja > excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro > imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas > faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções > exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo > (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia > dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria > bem a todos os envolvidos. > > O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, > através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas > universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na > segunda alternativa. > > O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei > na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele > disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou > algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui > responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de > todas as músicas". > > E se ainda não for, vamos fazê-la assim? > > Saudações, > Sandroni > > > > 2013/5/30 Daniel Lemos > >> >> Prezado professor Carlos Sandroni, >> >> Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em >> eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, >> mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos >> atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um >> contexto onde políticas afirmativas estão em alta. >> >> Saudações, >> >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> >> --- Em *qui, 30/5/13, Carlos Sandroni *escreveu: >> >> >> De: Carlos Sandroni >> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >> Para: "Daniel Lemos" >> Cc: "'anppom-l'" >> Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 >> >> >> Prezado Daniel, >> >> Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada >> da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam >> tão esdrúxula proposição? >> Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e >> pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? >> Carlos Sandroni >> >> >> 2013/5/29 Daniel Lemos >> > >> >> >> Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e >> participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra >> 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. >> >> É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve >> ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de >> Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída >> da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias >> e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é >> pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir >> morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. >> >> Abraço, >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> > __._,_.___ > > | através > de email| Responder > através da web| Adicionar > um novo tópico > Mensagens neste tópico( > 1) > Atividade nos últimos dias: > > - Novos usuários > 1 > > Visite seu Grupo > ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) > Utilize também o sítio do grupo: http://www.abetmusica.org.br > > Informações, inscrições e mensagens anteriores, além de outras informações > sobre esta lista de discussões, no sítio > http://br.groups.yahoo.com/group/etnomusicologiabr/ > > A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: > etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br > Para enviar mensagem ao grupo utilize: > etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br > O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: > etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br > Se não conseguir cancelar a inscrição informe à moderação enviando um > emeio para: > etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br > OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o > emeio com o qual está inscrito no grupo. Se utilizar um endereço diferente > o sítio não reconhecerá a operação. > Contato com a moderação: > etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br > > Associação Brasileira de Etnomusicologia > COMPORTAMENTO > São bem-vindos: dicas de livros, textos, sítios, cursos, palestras, > seminários etc, referentes ao tema. Não são bem-vindas e podem ocasionar a > exclusão do emitente, o envio de mensagens que não correspondam ao objetivo > do grupo, assim como termos ofensivos. > > FUNCIONAMENTO > A rede é moderada. > As mensagens fora do foco (puramente pessoais, agressões, fofocas), > repetidas, com HTML e assuntos relacionados a administração da rede não são > liberadas. Os participantes são leitores, correspondentes, comentaristas, > articulistas, divulgadores e etc. > Tem participantes de várias partes do Brasil e do exterior. > A rede não tem HTML nem anexos, as mensagens são leves e sem vírus. > [image: Yahoo! Grupos] > Trocar para: Só Texto, > Resenha Diária? Sair > do grupo? Termos > de uso > . > > __,_._,___ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Sat Jun 1 19:18:17 2013 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Sat, 1 Jun 2013 19:18:17 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Cr=EDticas_de_C=E9sar_Lattes_=E0_Ha?= =?iso-8859-1?q?wking_e_Einstein?= Message-ID: não conhecia as facetas do Lattes, achei curioso, quis compartilhar http://naturezadafisica.com/2011/03/02/stephen-hawking-e-albert-einstein-duas-fraudes/ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Sat Jun 1 20:32:58 2013 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Sat, 1 Jun 2013 20:32:58 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=5BSonologia-l=5D_Cr=EDticas_de_C?= =?iso-8859-1?q?=E9sar_Lattes_=E0_Hawking_e_Einstein?= In-Reply-To: References: Message-ID: Bom, a verdade é que o meio acadêmico é cheio dessas disputas de vaidade. Einstein e Hawking costumavam brigar muito inclusive. Eis um registro de um de seus duelos http://www.youtube.com/watch?v=zn7-fVtT16k Em 1 de junho de 2013 20:16, thelmo cristovam escreveu: > Oi Porres, > > Valeu pelo link. Só acho uma pena esse tipo de postura fixada em > entrevista. Só confunde e gera discórdia, sem contexto ou reflexão > mais profunda, o que as declarações mereceriam. Mas que também se > fossem feitas, dariam no minimo um livro, idealmente uma série deles. > > Nem o Einstein nem o Hawking são, ou era no caso do Einstein, doces de > coco, mas também nem o Cesar Lattes nem ninguem tem o cetro da verdade > absoluta, defeito cronico, e critico, da academia. Das ciencias então > ... > > A amargura é um troço sério, ainda mais quando ela é legitimada. > > De todo modo o cara era um gênio no que fazia mesmo, assim como seus > desafetos e também assim como os que admirava e defendia da "injustiça > gerada socialmente e através da mídia". Mas a academia faz os mesmos > jogos de poder, na verdade, acho que a academia é definida por isso > hoje em dia. > > Agora, seria melhor deixar deus resolver tudo, né não ? > > Abs > > Em 01/06/13, Alexandre Torres Porres escreveu: > > não conhecia as facetas do Lattes, achei curioso, quis compartilhar > > > > > http://naturezadafisica.com/2011/03/02/stephen-hawking-e-albert-einstein-duas-fraudes/ > > > > > -- > Thelmo Cristovam > > (81) 9649 7487 [TIM] > > http://www.thelmocristovam.net (em construção) > > > http://www.thelmocristovam.net/catimbau/ > > http://www.funarte.gov.br/conexaoartesvisuais/contemplados/pesquisa-mapeamento-sonoro-do-vale-do-catimbau/ > > http://vgerme.blogspot.com/ > http://www.fonofotografia.com/ > http://ambientessonoros.wordpress.com/ > > http://www.creativesourcesrec.com/artists/t_cristovam.html > http://triplebath.gr/artists/thelmo_cristovam.html > http://www.archive.org/search.php?query=thelmo%20cristovam > > http://soundcloud.com/thelmocristovam > http://soundcloud.com/thelmocristovamfieldrecs > http://soundcloud.com/vgerme > > http://memorialchicoscience.com/?tag=thelmo-cristovam > > http://exposicaoeco.wordpress.com/2011/05/20/desvioscontornos-thelmo-cristovam/ > http://www.youtube.com/user/ThelmoEscuta/videos > _______________________________________________ > sonologia-l mailing list > sonologia-l em listas.unicamp.br > https://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/sonologia-l > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From whvalent em terra.com.br Sat Jun 1 19:47:19 2013 From: whvalent em terra.com.br (=?iso-8859-1?Q?Helo=EDsa_e_Wagner_Valente?=) Date: Sat, 1 Jun 2013 19:47:19 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?9=BA_Encontro_MusiMid=3A_amanh=E3_?= =?iso-8859-1?q?=E9_o_=FAltimo_dia_para_envio_de_propostas_de_comun?= =?iso-8859-1?q?ica=E7=E3o!?= Message-ID: <019c01ce5f19$fa337320$ee9a5960$@terra.com.br> Caros colegas, Conforme já diz a mensagem, aguardamos suas propostas. Por ora, apenas o resumo. www.musimid.mus.br atenciosamente, Heloísa e equipe -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From thiagocolombo em hotmail.com Sat Jun 1 10:07:29 2013 From: thiagocolombo em hotmail.com (Thiago Colombo de Freitas) Date: Sat, 1 Jun 2013 13:07:29 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?=EF=BB=BFnovo_artigo_sobre_a_vaia_contra?= =?utf-8?q?_Andre_mehmari_-_entrando_tamb=C3=A9m_na_quest=C3=A3o_do_que_fa?= =?utf-8?q?z_=28e_deve_fazer=29_a_musicologia?= In-Reply-To: References: , , <6e423461b501db4f0805defe9c20c3e5@ufl.edu>, , <1369926299.95789.YahooMailNeo@web162406.mail.bf1.yahoo.com>, Message-ID: Após semanas vendo a reverberação do episódio Mehmari, só posso dizer que concordo com a resposta do Igor, sem ressalvas. Abçs, Thiago Colombo de Freitas Universidade Federal de Pelotas Centro de Artes http://thiagocolombo.blogspot.com.br/ From: janete.haouli em hotmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Fri, 31 May 2013 21:03:59 -0300 Subject: Re: [ANPPOM-Lista] ?novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari - entrando também na questão do que faz (e deve fazer) a musicologia Caros colegas, Li as mensagens referentes ao episódio André Mehmari em Campinas incluindo o texto de Wisnik publicado no Jornal O Globo .Se me permitem, gostaria de sugerir que esses comentários e críticas produzidos sejam enviados também a editorias culturais da imprensa e talvez mesmo aos envolvidos, pois desse modo essas análises e críticas eventualmente poderão contribuir para uma reflexão e um questionamento com efetivo impacto. Abraços,Janete Date: Thu, 30 May 2013 08:04:59 -0700 From: reynerpianista em yahoo.com.br To: anppom-l em iar.unicamp.br Subject: Re: [ANPPOM-Lista] ?novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari - entrando também na questão do que faz (e deve fazer) a musicologia Alguém já parou para pensar que essas crianças simplesmente acharam na "balbúrdia", nas "vaias" e nos "palavrões" a única maneira de tomarem uma decisão em relação às próprias histórias, aos próprios corpos e às próprias vidas? Algo me faz acreditar que Nazareth não significa nada para elas (e nem de longe pode ser considerado como suas raízes). E ainda, outro algo me faz acreditar que o Mehmari está se colocando (e sendo colocado) como o mártir infeliz (não de um tecido) de um projeto civilizatório que cansou de dar mostras de sua perniciosidade e incompetência ? autopromoção através de (falsa) piedade, bem ao gosto de certas... Oras, ninguém quer ter direito a escolher entre uma ou outra cultura musical, quando não se tem garantido, sequer, o direito à vida. Igor. De : "Ferraz,Gabriel A" À : anppom-l em iar.unicamp.br Envoyé le : Mercredi 29 mai 2013 18h11 Objet : Re: [ANPPOM-Lista] ?novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari - entrando também na questão do que faz (e deve fazer) a musicologia Oi pessoal. Eu conheci o André Mehmari na USP, quando fiz meu bacharelado lá. Apesar de não ter me tornado amigo dele, conversamos rapidamente algumas vezes. Além de ser um dos músicos mais talentosos de sua geração (talvez o mais talentoso que eu conheço), ele é realmente uma pessoa muito simples, e nem posso imaginar como ele se sentiu no palco ao ser vaiado por crianças. Um episódio realmente triste para a nossa música. Com relação ao motivo pelo qual as crianças vaiaram, menciona-se muito a questão da indústria cultural e do meio cultural onde essas crianças vivem, a maneira como elas são, de certa forma, condicionadas culturalmente a ouvir certos tipos de música. Esse argumento é totalmente válido e verdadeiro, mas a questão do "condicionamento" da escuta vai além do poder que o meio cultural exerce na formação do indivíduo. Pesquisas neurológicas recentes têm mostrado que quando o cérebro se condiciona a ouvir determinadas combinações de sons, esses sons passam a estimular áreas do cérebro sons causam prazer (as mesmas áreas que são estimuladas quando alguém come algo gostoso ou pratica sexo). Além disso, o córtex auditivo literalmente se molda para ouvir esses sons aos quais a pessoa é exposta mais constantemente, e combinações de sons que não se encaixam nesses padrões já apreendidos soam muito dissonantes (entenda-se "mal") para o indivíduo, e causam um enorme desconforto e, posteriormente, a rejeição desses sons "desagradáveis". Pesquisas australianas mostraram que quanto mais o indivíduo é treinado a ouvir determinadas combinações de sons, menos dissonantes elas soarão (mesmo que a teoria da música as classifique como dissonantes - pensem em uma 2a maior, por exemplo). Talvez essa seja a explicação científica para o que comumente chamamos "costume". Ou seja, o "costume" não é só um condicionamento social e cultural, mas, primeiramente, fisiológico. Sei que no caso do André as vaias começaram antes mesmo de ele começar a tocar, o que implica em um preconceito contra Nazareth (já que as crianças não haviam ouvido a música ainda), muito provavelmente desconhecido dessas crianças. Não quero aqui teorizar sobre os diversos porquês da atitude das crianças, que certamente também brotaram da sua falta de exposição ao compositor e, portanto, da sua falta de conhecimento da música, o que deve ter gerado a resistência antes mesmo do concerto começar. E sem querer especular demais, mas seguindo um raciocínio lógico, afirmaria que, provavelmente, essas crianças já haviam imaginado, antes mesmo da apresentação começar, todo o tipo de sons "do passado" - que talvez elas nem saibam exatamente o que são - associados a um compositor que elas não conheciam, o que causou o estranhamento, distanciamento, e finalmente, o repúdio. Seguindo as conclusões dos estudos dos neurologistas, acredito que ao ouvir aqueles sons, que elas realmente não conheciam, o cérebro dessas crianças deve ter percebido uma enorme "dissonância", mesmo que a música de Nazareth não seja dissonante de acordo com a nossa teoria musical, o que as levou a balbúrdia total. (E isso independe de condição social e cultural). Desculpem pelas digressões no caminho, mas meu ponto principal aqui é que em musicologia utiliza-se muito as teorias das ciências sociais e da antropologia para explicar comportamentos associados à música, e muitas vezes esquece-se de que muito do que se percebe e se apreende em uma experiência musical (seja ela com simples ruídos que ouvimos na rua ou em obras musicais complexas) deve-se à maneira como nosso cérebro processa essa informação. Não devemos deixar esse ponto de lado em nossas discussões. Pelo contrário, acredito que, em se tratando de tópicos que envolvem discussões sobre música e comportamento, o entendimento dos processos neurológicos da percepção da música é um componente fundamental, e que, talvez, deva ser entendido antes mesmo de utilizarmos teorias da sociologia e antropologia na tentativa de entendermos e explicarmos esses tópicos. Para quem quiser saber mais sobre as pesquisas que mencionei, tenho 3 tópicos que versam sobre o assunto no meu site: dois textos com comentários sobre pesquisas em música e neurologia, e um documentário interessantíssimo sobre o mesmo assunto, que todos os músicos e, principalmente, musicólogos, devem conhecer. Envio ainda o link para uma discussão estética da apreciação musical, que também se relaciona com o assunto. Como o objetivo é tratar os assuntos musicais de uma maneira mais "jornalística" e menos musicológica, para que um público mais geral leia e se interesse pelo que acontece no mundo da música que só os especialistas conhecem, os textos não seguem o padrão acadêmico, e eu não me proponho a dar respostas sobre os assuntos discutidos, mas tão somente transmitir informações e propor reflexão. As informações discutidas, entretanto, não são menos válidas ou menos "verdadeiras" por esse motivo. Os links seguem abaixo: Aprenda a gostar da música que você não gosta: http://www.zapmusico.com.br/blog/como-gostar-de-musica/ Boa música é ?tão bom quanto sexo?: http://www.zapmusico.com.br/blog/musica-boa-e-sexo/ O que é a música, afinal de contas?: The Music Instinct: Science & Song by Elena Mannes: http://www.zapmusico.com.br/blog/a-psicologia-da-musica/ Obrigado pela atenção. Espero que o comentário contribua para a discussão e que os textos do blog gerem discussões sobre o entendimento de assuntos ligados à música e comportamento. Abraços, Gabriel Ferraz, pianista e musicólogo On Wed, 29 May 2013 12:52:29 -0300, anppom-l-request em iar.unicamp.br wrote: > Enviar submissões para a lista de discussão Anppom-L para > anppom-l em iar.unicamp.br > > Para se cadastrar ou descadastrar via WWW, visite o endereço > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ou, via email, envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou > corpo da mensagem para > anppom-l-request em iar.unicamp.br > > Você poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista > pelo > endereço > anppom-l-owner em iar.unicamp.br > > Quando responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será > mais específica que "Re: Contents of Anppom-L digest..." > > > Tópicos de Hoje: > > 1. Re: Fim da Prova de Habilidade Específica em Música > (Luciano Morais) > 2. Re: [Sonologia-l] [etnomusicologiabr] "pontos de ruptura no > tecido civilizatório" (Carlos Palombini) > 3. Re: novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari > (Carlos Palombini) > 4. Re: Fim da Prova de Habilidade Específica em Música > (Estevão Moreira) > > > > ---------------------------------------------------------------------- > > Message: 1 > Date: Wed, 29 May 2013 08:41:44 -0300 > From: Luciano Morais > To: Daniel Lemos > Cc: "anppom-l em iar.unicamp.br" > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fim da Prova de Habilidade Específica em > Música > Message-ID: <730C22E0-FCB8-47D8-911A-75F968D58A05 em yahoo.com.br> > Content-Type: text/plain; charset="utf-8" > > Musicologia não precisa ser circunscrita a um "ramo" das > ciências humanas (um braço, um sub-item, um setor, sem > especificidade nem autonomia em relação às ciências humanas no > que > se refere a método tratamento e escolha dos objetos), mas também > (e, > para alguns, principalmente, porque engloba pesquisas voltadas > especificamente para a performance, processos de composição e > critica de obras de arte como tais, ao lado e além da consideração > delas enquanto dados sócio-histórico-culturais) o estudo > aprofundado > da música enquanto produção artística. Me perdoe, caro prof. Dr. > Didier, mas qualquer pesquisa séria nessa área exige formação > técnica e musical bem além do básico. Um musicólogo tem ter livre > acesso às "obras" ou objetos sonoros e musicais pela via da > leitura, > da escrita, da perspectiva da performance, ou seja, tem que ter tido > em algum momento da vida vivido a situação de musico, e dos bons, > capaz de ler, tocar, fazer musica de conjunto, discutir > interpretação, etc. Essa formação permite ao pesquisador acesso > às obras, seja de que origem social forem, vale as da tradição > oral, mas elas tem que poder ser comentadas e percebidas (vai uma > aula > de percepção aí ou não precisa saber distinguir intervalos pra > ser > musicólogo?) do ponto de vista musical, não só histórico-social. > Vale lembrar que José Ramos Tinhorão rejeitava ser chamado de > musicólogo dizendo: "Eu sou historiador, musicólogo é o Regis > Duprat!"). Gostem ou não dos dois, eles respeitavam as diferenças > de > área. > Duprat estreou obras do Cláudio Santoro, se for preciso lembrar. > Abraço! > Luciano > > Em 28/05/2013, às 12:09, Daniel Lemos > escreveu: > >> >> >> Mas o que seria a Musicologia sem um musicólogo capaz de ler >> partituras, conhecer o repertório, técnicas de composição, >> análise musical e situar a importância de seu trabalho em meio à >> produção musical? Um antropólogo, um sociólogo ou um historiador >> seriam capazes de fazer esse tipo de trabalho? >> >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> >> >> --- Em ter, 28/5/13, Didier Guigue >> escreveu: >> >> De: Didier Guigue >> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fim da Prova de Habilidade Específica >> em Música >> Para: "Daniel Lemos" >> Cc: "ANPPOM" >> Data: Terça-feira, 28 de Maio de 2013, 11:35 >> >> >> Mas o que seria "musicologia", lato sensu [estudos sobre música], >> senão um ramo das ciências humanas? >> >> Em 27 de maio de 2013 01:53, Daniel Lemos >> escreveu: >> >> Prezado Luciano, >> >> Bravíssimo! Excelente colocação. Destaco uma frase de seu >> discurso: >> >> "Para perspectivas interdisciplinares sem exigência de habilidades >> específicas, estão aí as áreas de ciências humanas." >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- > Um anexo em HTML foi limpo... > URL: > > > > ------------------------------ > > Message: 2 > Date: Wed, 29 May 2013 10:07:04 -0300 > From: Carlos Palombini > To: Pesquisadores em Sonologia (Música) > > Cc: Etnomusicologia Br Yahoo , > anppom-l > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] [Sonologia-l] [etnomusicologiabr] "pontos > de ruptura no tecido civilizatório" > Message-ID: > > Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1" > > Hugo, > > Enviei o texto por várias razões, que não caberiam num simples > "não > concordo". Há muita coisa errada ali, independente do que tenha > acontecido. > A primeira delas, e a principal, é que André Mehmari ser insultado > numa > apresentação apareça como "pontos de ruptura no tecido > civilizatório", um > clichê precioso (entre os vários clichês do texto) no qual os > Mehmari/Wisnik ofendidos (tenho em mente também a manifestação do > pianista > no Facebook) são o civilizatório rompido. A outra face da moeda é > seu > significado, o fio do qual esse civilizatório é tecido: são os > tiros com os > quais os não-Mehmari não-Wisnik são não só impedidos de realizar > seu > trabalho como também executados (no sentido criminal do termo) > impune, pura > e simplesmente --- em São Paulo mesmo. > > Não sei se você lê a *Piauí*, mas o último número tem um bom > artigo que se > intitula, na capa, "A praga modernista", e no interior, "Reféns da > modernistolatria": > > > http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-80/questoes-de-literatura-cultura/refens-da-modernistolatria > > Abraço, > > Carlos > > > 2013/5/28 Hugo Leonardo Ribeiro > > Palombini, >> >> Posso afirmar, com quase certeza, que você enviou esse texto mas >> não >> concorda com o autor. Nem eu concordo. Há muitos problemas básicos >> em seu >> discurso, entre os quais esse necessidade de uma ponte para ligar >> culturas >> distintas. Isso sempre é problemático. Principalmente quando se >> pensa que >> um grupo de indivíduos precisa ter acesso a determinados bens >> culturais >> para poder elevar seu status sociocultural. Espero que tal projeto >> seja >> mais do que o que o Wisnik descreveu. Senão, é, no mínimo, >> etnocêntrico... >> >> Hugo Ribeiro >> > -------------- Próxima Parte ---------- > Um anexo em HTML foi limpo... > URL: > > > > ------------------------------ > > Message: 3 > Date: Wed, 29 May 2013 12:10:09 -0300 > From: Carlos Palombini > To: ANPPOM > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre > mehmari > Message-ID: > > Content-Type: text/plain; charset="windows-1252" > > Este trecho aqui é uma joia: > > Vejamos: primeiramente, Nazareth não é dodecafônico, Nazareth não > foi um >> alienígena de difícil compreensão, ou um compositor nascido na >> Monróvia. >> Nazareth retirou o material de sua criação da música do povo >> brasileiro, >> das ruas, do choro, das valsas, do ambiente musical popular de sua >> época. >> Sendo assim, a aberração está não em mostrar Nazareth ao povo, >> mas no fato >> desse mesmo povo não ser capaz ? não de ?compreender? ? mas de se >> reconhecer minimamente em uma obra que se baseia na raiz de sua >> própria >> forma de expressão, a ponto de recusá-la com veemência. Se há >> algo de >> errado nesse enredo, o erro é esse! E, evidentemente a >> responsabilidade >> disso não está nas crianças! Algo tem que ter ocorrido no >> percurso de tempo >> de Nazareth até hoje, para fazer com que uma música que tenha >> vindo tão >> profundamente do povo não seja reconhecida por esse próprio povo >> como parte >> de sua simbologia. >> > > Ao fim e ao cabo, é o mesmo lero-lero: oferecer aos ignaros algo > melhor que > a lama em que chafurdam, algo de que necessitariam, se ao menos > pudessem > entender isso. Para corigi-lo, que o governo nos dê mais um > dinheirinho. > > "Colocar a semente de Nazareth no coração desses jovens..." Ave > Maria cheia > de graça! > > "Jovens oriundos de um ambiente socialmente degradado, tocando > Stravinsky > como gente grande na Sala São Paulo..." > > AD MAJOREM DEI GLORIAM INQUE HOMINUM SALUTEM > > Abraço, > > Carlos > > 2013/5/28 Ale Fenerich > > > http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/plateia-infantil-hostiliza-musico-andre-mehmari >> >> mais um artigo do episodio de Andre Mehmari >> > > -- > carlos palombini > pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio > ufmg.academia.edu/CarlosPalombini > proibidao.org > -------------- Próxima Parte ---------- > Um anexo em HTML foi limpo... > URL: > > > > ------------------------------ > > Message: 4 > Date: Wed, 29 May 2013 12:14:55 -0300 > From: Estevão Moreira > To: Daniel Lemos > Cc: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fim da Prova de Habilidade Específica em > Música > Message-ID: > > Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1" > > Caros, > > Se nossa área de pesquisa situa-se, a título de categorização, > dentro da > linguística, convém ampliar o q se quer chamar de campo de estudo > da > música. Ademais, a própria ideia de linguagem, sobre a qual se > aportam e se > apertam muitas teorias, práticas e querelas sobre a noção de > "linguagem > musical", são alheias ao campo estrito da música, tem sua origem > nas > ciências sociais. > > Isso certamente não seria um problema se houvesse consenso no uso > corriqueiro de termos tão polêmicos e polissêmicos. Afinal de > contas, um > dos requisitos da pesquisa científica é comunicabilidade e > objetividade. > > Estevão > > Enviado do tel > Em 29/05/2013 00:51, "Daniel Lemos" > escreveu: > >> >> Mas o que seria a Musicologia sem um musicólogo capaz de ler >> partituras, >> conhecer o repertório, técnicas de composição, análise musical >> e situar a >> importância de seu trabalho em meio à produção musical? Um >> antropólogo, um >> sociólogo ou um historiador seriam capazes de fazer esse tipo de >> trabalho? >> >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> >> --- Em *ter, 28/5/13, Didier Guigue * >> escreveu: >> >> >> De: Didier Guigue >> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fim da Prova de Habilidade Específica >> em Música >> Para: "Daniel Lemos" >> Cc: "ANPPOM" >> Data: Terça-feira, 28 de Maio de 2013, 11:35 >> >> >> Mas o que seria "musicologia", lato sensu [estudos sobre música], >> senão um >> ramo das ciências humanas? >> >> Em 27 de maio de 2013 01:53, Daniel Lemos >> >> > escreveu: >> >> >> Prezado Luciano, >> >> Bravíssimo! Excelente colocação. Destaco uma frase de seu >> discurso: >> >> *"Para perspectivas interdisciplinares sem exigência de habilidades >> específicas, estão aí as áreas de ciências humanas."* >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > -------------- Próxima Parte ---------- > Um anexo em HTML foi limpo... > URL: > > > > ------------------------------ > > _______________________________________________ > Anppom-L mailing list > Anppom-L em iar.unicamp.br > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > > Fim da Digest Anppom-L, volume 97, assunto 31 > ********************************************* ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From joanaholanda10 em yahoo.com.br Mon Jun 3 08:54:48 2013 From: joanaholanda10 em yahoo.com.br (Joana Holanda) Date: Mon, 3 Jun 2013 04:54:48 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?divulga=E7=E3o_lan=E7amento_de_cd_p?= =?iso-8859-1?q?iano_presente?= Message-ID: <1370260488.59102.YahooMailClassic@web163806.mail.gq1.yahoo.com> Caros colegas, Convido aqueles em São Paulo para o lançamento do cd Piano Presente. Música de: Alexandre Lunsqui, Bruno Ruviaro, Carlos Walter Soares, Gabriel Penido, Marcílio Onofre, Marisa Rezende, Rogério Constante, Rogério Vasconcelos Barbosa e Tatiana Catanzaro. LINKS: http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=248747 http://www.lojasescsp.org.br/index.cfm?area_loja=6&produto=372 Data:15 de junho, sábado. Local: Auditório do SESC Vila Mariana. Endereço: R. Pelotas, 141 - Vila Mariana, São Paulo, SP. 04012-000 Horário: 18:30 hrs. Telefone:(11) 5080-3000 ENTRADA FRANCA Grata, Joana Holanda UFPel Universidade Federal de Pelotas CA-CM- NuMC- Núcleo de Música Contemporânea http://joanaholanda.com.br/ From flateb em gmail.com Mon Jun 3 08:13:39 2013 From: flateb em gmail.com (Flavio Barbeitas) Date: Mon, 3 Jun 2013 12:13:39 +0100 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tirou_do_?= =?utf-8?b?c8Opcmlv?= In-Reply-To: References: Message-ID: Prezados colegas, São mesmo raríssimas as ocasiões em que intervenho nessa lista. O texto do Carlos Sandroni, no entanto, praticamente me obriga a agradecer-lhe o brilhantismo de uma síntese que limpa o terreno de mal-entendidos. E nos salva também da instrumentalização meio barulhenta que, infelizmente, é tão comum nessas discussões: tanto por parte de alguns retrógrados que querem os cursos superiores de música eternamente reféns do conservatório, quanto de um ou outro "boi", desavisado, que eventualmente desanda a reproduzir slogans da moda sem ter exata noção do que diz. Obrigado, Sandroni, por recolocar a discussão definitivamente em outro patamar. Flavio Barbeitas. Em 01/06/2013, às 20:14, Carlos Sandroni escreveu: > Prezado Daniel, prezados colegas, > > [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] > > PREFÁCIO > > Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que são suficientemente irrefletidos). > > Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em uma lista pública de uma associação científica. > > MENSAGEM > > Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. Mas trago aqui o trecho crítico: > > > > Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique). > > Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia). > > Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um professor universitário me parece lamentável. > > Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): > > Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música popular internacional, inclusive européia. > > Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica e de tantos outros enfoques importantes. > > Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas indígenas etc). > > No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900. > > Estarei exagerando? Tomara que sim. > > Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) > > Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta demora. > > E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria bem a todos os envolvidos. > > O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na segunda alternativa. > > O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". > > E se ainda não for, vamos fazê-la assim? > > Saudações, > Sandroni > > > > 2013/5/30 Daniel Lemos >> >> >> Prezado professor Carlos Sandroni, >> >> Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde políticas afirmativas estão em alta. >> >> Saudações, >> >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> >> >> --- Em qui, 30/5/13, Carlos Sandroni escreveu: >> >> De: Carlos Sandroni >> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >> Para: "Daniel Lemos" >> Cc: "'anppom-l'" >> Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 >> >> >> Prezado Daniel, >> >> Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam tão esdrúxula proposição? >> Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? >> Carlos Sandroni >> >> >> 2013/5/29 Daniel Lemos >> >> Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. >> >> É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. >> >> Abraço, >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marciomattos em marciomattos.com Mon Jun 3 10:16:38 2013 From: marciomattos em marciomattos.com (=?UTF-8?B?OjogIE3DoXJjaW9NYXR0b3MuQ29tIDo6?=) Date: Mon, 3 Jun 2013 10:16:38 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Livro=3A_AGRUPAMENTOS_DA_M=C3=9ASICA_TRA?= =?utf-8?q?DICIONAL_DO_CARIRI_CEARENSE?= Message-ID: Caros colegas. É com prazer que informamos que o livro AGRUPAMENTOS DA MÚSICA TRADICIONAL DO CARIRI CEARENSE já está pronto (capa anexada). O trabalho é fruto das pesquisas realizadas por mim e professora Carmen Coopat, através do *CEMUC* - Centro de Estudos Musicais do Cariri e do *Programa MAPEAMUS*-mapeando espaços e realizando ações musicais no cariri cearense. O trabalho teve a ajuda dos bolsistas do MAPEAMUS e do PET do Curso de Música. O livro apresenta um panorama da música tradicional do Cariri e algumas partes são traduzidas para o inglês e espanhol. Conta com artigos de pesquisadores da UFC (Fortaleza e Cariri), UECE (Fortaleza), UCLA (EUA), de instituições aqui da região e pesquisadores autônomos. Traz também uma tabela caracterizando os agrupamentos e uma relação com mais de 150 grupos da região, além de fotos. Acompanha o livro um DVD, com gravações realizadas durante a pesquisa de campo. O projeto também conta com um site que ainda está em atualização. Esperamos que possa ajudar aqueles que têm interesse pela música do Cariri cearense e pela música do Nordeste do Brasil. *MÁRCIO MATTOS* *Professor do Curso de Música da UFC - Campus Cariri* Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri / Juazeiro do Norte Coordenador do CEMUC [cemucufc.blogspot.com] / Tutor do PET MÚSICA UFC - Cariri *Site Profissional:* cariri.ufc.br / musica.cariri.ufc.br *Site Pessoal:* www.marciomattos.com Crato - Ceará - Brasil *MSN:* mmttos em gmail.com *SKYPE:* mmttos -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Livro_Capa.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 406592 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: sumário_livro_Agrupamentos_Musicais.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 56598 bytes Descrição: não disponível URL: From cgerling em ufrgs.br Mon Jun 3 10:30:25 2013 From: cgerling em ufrgs.br (Cristina Maria Pavan Capparelli Gerling) Date: Mon, 03 Jun 2013 10:30:25 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?ZGl2dWxnYcOnw6NvIGxhbsOnYW1lbnRvIGRlIGNk?= =?utf-8?q?_piano_presente?= In-Reply-To: <1370260488.59102.YahooMailClassic@web163806.mail.gq1.yahoo.com> References: <1370260488.59102.YahooMailClassic@web163806.mail.gq1.yahoo.com> Message-ID: <5fc112f027be2fd01b478336d21fa700@ufrgs.br> Parabéns Joana pelo belíssimo CD e pela iniciativa, Um abraço, Cristina Em 2013-06-03 08:54, Joana Holanda escreveu: > Caros colegas, > > Convido aqueles em São Paulo para o lançamento do cd Piano Presente. > Música de: Alexandre Lunsqui, Bruno Ruviaro, Carlos Walter Soares, Gabriel Penido, Marcílio Onofre, Marisa Rezende, Rogério Constante, Rogério Vasconcelos Barbosa e Tatiana Catanzaro. > > LINKS: > http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=248747 > > http://www.lojasescsp.org.br/index.cfm?area_loja=6&produto=372 > > Data:15 de junho, sábado. > Local: Auditório do SESC Vila Mariana. Endereço: R. Pelotas, 141 - Vila Mariana, São Paulo, SP. 04012-000 > Horário: 18:30 hrs. > Telefone:(11) 5080-3000 > ENTRADA FRANCA > > Grata, > > Joana Holanda > > UFPel Universidade Federal de Pelotas > CA-CM- NuMC- Núcleo de Música Contemporânea > http://joanaholanda.com.br/ > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -- Cristina Maria Pavan Capparelli Gerling cgerling em ufrgs.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From magali.kleber em gmail.com Mon Jun 3 11:29:48 2013 From: magali.kleber em gmail.com (Magali Kleber) Date: Mon, 3 Jun 2013 11:29:48 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?RGl2dWxnYcOnw6NvIGRhcyBhdWRpw6puY2lhcyBw?= =?utf-8?q?=C3=BAblicas_sobre_ensino_da_M=C3=BAsica_com_CNE=2C_em_B?= =?utf-8?q?el=C3=A9m=2C_Natal=2C_Brasilia_e_Londrina?= Message-ID: A ABEM, juntamente com instituições parceiras, vêm atender à solicitação posta no OFÍCIO nº 42/CEB/CNE/MEC/2013 expedido a assinado pela Conselheira Malvina Tutmann, em Brasília (DF), 10 de abril de 2013 para a presidência da ABEM: A Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação constituiu uma comissão que realiza estudos sobre o ensino da música nos currículos da Educação Básica, tendo em vista a Lei nº 11.769/ 2008, que alterou o art. 26 da Lei nº 9.394/96. .A fim de colher subsídios para seu trabalho, a comissão promoveu um simpósio, em dezembro de 2012, no Rio de Janeiro, que contou com a participação exitosa de entidades, associações, professores e especialistas no assunto. 3. Reconhecendo a importância da diversidade cultural e musical do Brasil, pretendemos organizar quatro audiências públicas nas diversas regiões brasileiras. A primeira audiência acontecerá no mês de maio, em Natal, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, cuja organização já está em andamento. As demais audiências deverão ocorrer, em parceria com a ABEM, nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, todas em junho e, em julho, no Estado do Paraná, onde se dará, na mesma época, o Festival de Música. 4. Esse movimento de escuta pública pauta-se nos princípios de liberdade de expressão, do respeito às diferenças e em ações dialógicas com e entre profissionais. 5. Esperando contar com a valiosa colaboração dessa Associação, colocamo-nos à disposição para efetivar tal parceria. Dessa forma, a Comissão da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CEB/CNE), responsável pela elaboração das *Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino da Música na Educação Básica*, tendo em vista o cumprimento do parágrafo 6º do Art. 26 da LDBEN 9.394/1996, em pareceria com a ABEM e 33º Festival de Música de Londrina (FML) realizará *Audiência Pública da Região Sul sobre o Ensino da Música na Educação Básica*, a fim de ouvir as situações e recomendações desta região para encaminhamentos visando à implementação da Lei 11.769/08. Serão realizadas as audiências: Região Norte Dia -6 de junho Local Nata, UFRN/ Departamento de Música Região Norte : Vide abaixo Região Centro-Oeste; DF, UnB, Data a confirmar Região Sul: Data: 14 e 15 de julho UEL/ Festival de Música de Lodrina Assim. esperamos a participação de tod em s os coleg em s e solicitamos a ampla divulgação dessas audiências que contribuirão para o envolvimento de tod em sos interessados nesse assunto Agradeço todo o empenho d em s coleg em s que tornaram possivel a realização dessas audiência em tão pouco tempo. Atenciosamente, Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 ________________________________________________________________________________ ---------- Mensagem encaminhada ---------- De: Audiência Pública Música Data: 2 de junho de 2013 11:03 Assunto: divulgação da audiência pública sobre ensino da Música com CNE, em Belém Prezados, Solicitamos ampla divulgação da Audiência Pública sobre o ensino da Música - Região Norte - com o CEB/CNE, no dia 24 de junho de 2013, em Belém (PA). Programação e inscrição (gratuita) disponíveis em: audienciamusicanorte.wordpress.com Contatos pelo e-mail: audienciamusicanorte em gmail.com Cordialmente, *Comitê Organizador:* Prof. Ms.Cláudio Trindade ? SEDUC/PA Prof.ª Dr.ª Cristina Owtake ? Coord. Lic. em Música / UFPA Prof.ª Dr.ª Lia Braga Vieira ? Vice-coord. PPGARTES / UFPA Prof.ª Ms. Raquel Veiga ? SEMEC Belém/PA Prof.ª Dr.ª Rosemara Staub ? Diretora Regional ABEM Norte Prof. Dr. Ruy Henderson ? Representante ABEM/PA Prof.ª Esp. Valdecíria Paulino ? Coord. Lic. em Música / UEPA -- Fone 55 43 3323 8562 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Mon Jun 3 13:33:27 2013 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (luciano cesar) Date: Mon, 3 Jun 2013 09:33:27 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: Message-ID: <1370277207.65254.YahooMailClassic@web140802.mail.bf1.yahoo.com> Prezado Prof. Flávio,   Obrigado por sua intervenção, realmente rara e, talvez por isso, sempre pertinente.   Gosto, nas discussões acadêmicas, da possibilidade do debate manter intactas as razões de cada parte em confronto especialmente quando há uma elevação do nível do debate, como você colocou. De fato, há que se chamar a atenção para o novo patamar em que o Sandroni colocou a discussão. Mas a questão, tal como está colocada pelo Daniel também tem seu mérito, ainda que este não esteja sendo focado corretamente.     Ele está na coordenação de um curso de música que tem sido alvo de problemas políticos motivados por questões acadêmicas. Desconstrui-las para revelar sua real pertinência ou a absoluta impertinência nas iniciativas acadêmicas, burocráticas e decisões institucionais dá trabalho. E no processo é muito mais fácil atacar e desqualificar o interlocutor (real ou imaginário, pessoal ou ideal) do que focar na questão que deveria estar em foco.     Acredito que as intenções tanto de um quanto de outro sejam as melhores. Se estivéssemos em um café ou juntos em uma reunião de alunos e/ou professores de pós-graduação, as discordâncias sobre a importância de uma democratização nos cursos das diversas possibilidades da música como um fruto pluri-cultural se revelariam muito menos antagônicas do que estão sendo vistas aqui. Duvido que o Daniel se oponha a oferta de um curso de ocarina ou cavaquinho. Mas o mesmo princípio que enxuga os entraves do acesso da população à universidade (acesso que muitos aqui concordam) pode ser usado para a extinção da prova específica ou da extinção de oferta de cursos de instrumento (coisa que nem todos aqui concordam). Talvez fosse mais importante entender o embate político contra o qual o Daniel se coloca, por que as ideias podem ser "usadas" e é necessário levar isto em conta no momento do debate acadêmico.     Enfim, fecho com sua observação e seu incentivo a elevarmos o nível do debate para o patamar que o Sandroni colocou. Só gostaria de ressaltar: os problemas que o Daniel levanta são reais e merecem um olhar para além da categorização de suas posturas como levianas e violentas, a despeito de seu vocabulário. A passagem abaixo leva a um menosprezo dessas questões: "O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone".    Acredito que o Daniel seria o primeiro a advogar em defesa da música não canônica. Mas há situações em que nos sentimos envergonhados por tocar piano, violino e violão clássico (ter que usar o complemento "clássico" já ilustra o problema), como se alguém já pudesse ser etnocêntrico de saída pela escolha de sua profissão ou objeto de estudo. Abraços, Luciano   --- Em seg, 3/6/13, Flavio Barbeitas escreveu: De: Flavio Barbeitas Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Sobre o email do Daniel que me tirou do sério Para: "Carlos Sandroni" Cc: "anppom-l" , "etnomusicologiabr" Data: Segunda-feira, 3 de Junho de 2013, 8:13 Prezados colegas, São mesmo raríssimas as ocasiões em que intervenho nessa lista. O texto do Carlos Sandroni, no entanto, praticamente me obriga a agradecer-lhe o brilhantismo de uma síntese que limpa o terreno de mal-entendidos. E nos salva também da instrumentalização meio barulhenta que, infelizmente, é tão comum nessas discussões: tanto por parte de alguns retrógrados que querem os cursos superiores de música eternamente reféns do conservatório, quanto de um ou outro "boi", desavisado, que eventualmente desanda a reproduzir slogans da moda sem ter exata noção do que diz.Obrigado, Sandroni, por recolocar a discussão definitivamente em outro patamar. Flavio Barbeitas. Em 01/06/2013, às 20:14, Carlos Sandroni escreveu: Prezado Daniel, prezados colegas, [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] PREFÁCIO Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que são suficientemente irrefletidos). Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em uma lista pública de uma associação científica. MENSAGEM Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. Mas trago aqui o trecho crítico: Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique).  Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia).  Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um professor universitário me parece lamentável.   Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música popular internacional, inclusive européia.  Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica e de tantos outros enfoques importantes. Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas indígenas etc).  No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900.  Estarei exagerando? Tomara que sim.  Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta demora.  E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria bem a todos os envolvidos. O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na segunda alternativa.  O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". E se ainda não for, vamos fazê-la assim? Saudações,Sandroni 2013/5/30 Daniel Lemos Prezado professor Carlos Sandroni, Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde políticas afirmativas estão em alta. Saudações, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br --- Em qui, 30/5/13, Carlos Sandroni escreveu: De: Carlos Sandroni Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari Para: "Daniel Lemos" Cc: "'anppom-l'" Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 Prezado Daniel, Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam tão esdrúxula proposição? Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas?Carlos Sandroni 2013/5/29 Daniel Lemos Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. Abraço, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Mon Jun 3 14:21:44 2013 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (luciano cesar) Date: Mon, 3 Jun 2013 10:21:44 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: Message-ID: <1370280104.70186.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Referente a este parágrafo específico do Prof. Sandroni: "O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas".    O estudante em questão sou eu.    A sua resposta realmente foi bonita, tanto aqui como na ocasião. Mas eu quero aproveitar a oportunidade para ressaltar que minha observação naquele contexto não pedia que se fechasse as portas da pós-graduação para a música outra que não esta, pelo contrário. Tinha como propósito reforçar que a, assim chamada, "música erudita" (que seria melhor identificada como esse repertório histórico, canônico, tão pacificamente apresentado no seu email, e que pode e deve ceder espaço em nossas universidades para estudo e pesquisa das outras músicas) encontra cada vez menos espaço na cultura geral e que a universidade parece ser cada vez mais um dos poucos lugares onde se pode submetê-la a uma consideração mais detida e profunda. Desde ajudar a tirar dela o rótulo de "música de elite" até fomentar uma escuta que independa do instrumento que se toca ou do repertório que se aborda para que se coloque ao lado dessa música outra, esses parecem ser papéis cada vez mais restritos aos cursos universitários e programas de pós-graduação.     Foi a isso que minha observação veio. Concordo que a Anppom é o lugar de todas as músicas, embora ache mais adequado dizer que é o lugar de todas as pesquisas em música. Mas ela é, também, cada vez mais um dos poucos lugares em que se pode saber ou pensar alguma coisa desse repertório canônico. Na esfera pública, aliás, esse repertório tem cada vez menos "canonicidade", isso para o bem e para o mal.    Gostaria de ter deixado isso claro na ocasião antes que eu ficasse na sua lembrança como um etnocêntrico ou sabe-se lá o que mais foi pensado (com razão, porque o comentário realmente levaria a isto). Peço sinceras desculpas. Espero que esta seja uma oportunidade de reparar o dito precipitado. Luciano Cesar Morais e Silva Doutorando em musica. Prezado Daniel, prezados colegas, [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] PREFÁCIO Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que são suficientemente irrefletidos). Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em uma lista pública de uma associação científica. MENSAGEM Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. Mas trago aqui o trecho crítico: Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique).  Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia).  Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um professor universitário me parece lamentável.   Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música popular internacional, inclusive européia.  Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica e de tantos outros enfoques importantes. Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas indígenas etc).  No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900.  Estarei exagerando? Tomara que sim.  Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta demora.  E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria bem a todos os envolvidos. O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na segunda alternativa.  O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". E se ainda não for, vamos fazê-la assim? Saudações,Sandroni 2013/5/30 Daniel Lemos Prezado professor Carlos Sandroni, Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde políticas afirmativas estão em alta. Saudações, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br --- Em qui, 30/5/13, Carlos Sandroni escreveu: De: Carlos Sandroni Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari Para: "Daniel Lemos" Cc: "'anppom-l'" Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 Prezado Daniel, Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam tão esdrúxula proposição? Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas?Carlos Sandroni 2013/5/29 Daniel Lemos Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. Abraço, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From son.bass em gmail.com Mon Jun 3 14:22:15 2013 From: son.bass em gmail.com (Son Melo) Date: Mon, 3 Jun 2013 14:22:15 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?narratividade_em_m=C3=BAsica?= In-Reply-To: <20B1F1D7-083C-448D-83B1-232BD8883141@yahoo.com.br> References: <20B1F1D7-083C-448D-83B1-232BD8883141@yahoo.com.br> Message-ID: <5F818C6E-73CE-465F-AF87-335424C165D0@gmail.com> Olá Bruno. Tudo bem? Tenho me dedicado à narrativa em música também. Juntamente com o Prof. Dr. Paulo Lima (UFBA), temos desenvolvido seminários e fóruns voltados para essa questão. Foi dai que minha pesquisa acabou (como um dos viés teóricos que estou abordando) desembocando na narratividade, assim como semiologia e afins. Este livro, que mencionou, é realmente instigaste. O primeiro capitulo, por exemplo, é um ótimo resumo sobre narratividade, mas que ao mesmo tempo nos provoca a criticar determinados pontos abordados. Estamos em contato com o Klein e o Hatten na intenção de fazer um intercâmbio de informação e, quem sabe, um seminário com eles. Este assunto muito me interessa. Cleisson Melo Son Melo son.bass em gmail.com Via iPad On 02/06/2013, at 07:24 PM, Bruno Milheira Angelo wrote: > Caros membros da lista da ANPPOM, > > Gostaria de saber se há algum colega atualmente interessado ou com trabalho em progresso referente ao tema narratividade em música. Me refiro particularmente a uma série de trabalhos publicados desde os anos 80 (Newcomb, Abbate, Nattiez, Maus, Kramer, Micznik, Grabócz, Klein, Meelberg, Almén, etc.), sendo que neste 2013 foi lançada uma coleção de textos bem instigante (Musical narrative since 1900, org. Michael Klein e Nicholas Reyland). > > Ficaria feliz em encontrar interlocutores no Brasil, pensando em trocar ideias ou mesmo em futuros trabalhos conjuntos. Sendo que essa mensagem não é propriamente uma discussão (relendo parece mais um anúncio de classificados), peço que quem quiser me responda em privado. > > Cordialmente, > Bruno Angelo > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From luisrsq em uol.com.br Mon Jun 3 15:28:41 2013 From: luisrsq em uol.com.br (Luis Ricardo) Date: Mon, 3 Jun 2013 15:28:41 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?=5Betnomusicologiabr=5D_Sobre_o_email_do?= =?utf-8?q?_Daniel_que_me_tirou_do_s=C3=A9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: <51ace059ae6d5_6fc213ff934926@a4-weasel9.tmail> Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Jun 4 01:06:49 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 4 Jun 2013 01:06:49 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari In-Reply-To: References: <1369887526.11795.YahooMailClassic@web140902.mail.bf1.yahoo.com> <1BB1D65C-0FB5-4482-85A7-57D5D321C37C@me.com> <6F8B584C-27C4-4335-A70A-84EB43F53494@yahoo.com.br> Message-ID: a questão não é nem machado nem chico xavier, visto que não se costuma estudar literatura para ser escritor nem para ler livros em voz alta, mas sim o que se tenha a dizer sobre eles. suponho que o vídeo em sua assinatura seja uma amostra grátis da boa música dos pequenos conglomerados de mídia. em nome da "indústria cultural", obrigado! 2013/5/31 Alvaro Henrique > Parece-me que parte do problema é entender a educação musical como > formação de mercado consumidor. Quem faz um tipo de música não apenas acha > que ela deva ser conhecida, mas legitimada pela escola, e todas as demais > devem ser exterminadas da face do planeta para que todos consumam a única > forma de fazer musical que, para aquele profissional, é a que merece ser > chamada de música. É a repetição da mesma idiotice que a (des)educação > religiosa teima em insistir. Hoje está na moda propôr que a música erudita > seja a música a ser exterminada. Mas sempre mudam as pessoas que sentam nas > cadeiras. Se esse for o padrão de comportamento, o alvo pode mudar a > qualquer momento... > > Também parece-me que parte do problema é usar como estratégia para a > educação musical a legitimação da indústria cultural, em especial da música > que os meios de alienação de massa mandam as pessoas gostar. Vejo nisso um > desserviço à população utilizar-se da sala de aula para dar valor a uma > produção que só à custa de muito jabá chega a ser conhecida. E o coitado do > professor nem recebe o seu. Além de ser lacaio dos grandes conglomerados de > mídia, o coitado nem ganha um cafézinho pra tornar os sócios da Warner e da > Globo mais ricos. > > Entendo a posição da ABEM em reconhecer valor em toda forma de fazer > musical, vejo que é a postura mais sensata, mas penso que a ousadia em dar > importância menor ao que a indústria cultural empurra ouvido abaixo dos > brasileiros seria bem-vinda. As aulas de literatura, a meu ver, estão > corretíssimas em não dar igual valor a livro "psicografado" de Chico Xavier > ou trilogia sado-erótica à que é dada a Machado de Assis ou Carlos Drummond > de Andrade. > > > > > Abraços, > Alvaro Henrique > > Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: > http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf > Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. > http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 > ---- > Tel.: +55(61) 9977 0535 > http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > > Em 30 de maio de 2013 23:22, Edilson Rocha escreveu: > > Luciano disse muito bem e com ele quero fazer coro, pois na academia >> subsiste esse péssimo hábito de se tomar como ofensa pessoal o >> contraditório: discordar sai do campo das ideias e vai para o campo das >> paixões, vira algo pessoal. E arrisco a dizer que são raros os >> departamentos de música que disso não padecem. Se minha ideia estiver >> errada, ela está aí para ser discutida. >> E o preconceito vem por todos os lados: de parte dos "doutos" (seja lá o >> que isso queira dizer) em direção ao "populacho" (seja lá o que dizer >> queira isso) e vice versa, nunca com resultados positivos. Nesse ponto eu >> não posso deixar de lembrar da Educação Musical, uma das áreas >> mais interessante tratadas na academia, que o que faz mais é levar, ou >> tentar, algo diferente onde atua (seja música, seja reflexão). Ensinar >> Beethoven na senzala e Luiz Gonzaga na casa grande não é invasivo, é >> civilizatório (ou os educadores estão errados?). E vejam: evitei de usar o >> *funk *(funque?) carioca, sertanejo (universitário?) ou outra música >> presente na indústria cultural como exemplo porque esta mesma (a indústria) >> já se encarrega de fazer entrar a música que quer na casa grande e na >> senzala sem precisar dos educadores (a reflexão, essa já não leva >> mesmo). Não estou muito certo se a vaia pura e simples seja algum tipo de >> resistência, uma trincheira da identidade cultural (conforme a teoria de >> alguns).Se de qualquer forma, no episódio com Mehmari as vaias não foram >> por ignorância e sim por defesa, não consigo imaginar que um pianista e seu >> piano sejam uma ameaça de tal monta, e claro, não acho que Ernesto Nazaré >> seja tão perigoso assim. Isso é o mesmo que penso a respeito do último >> batidão da moda. Perigoso mesmo é a intransigência, seja de crianças (que >> alguns reputam sagazes) seja de acadêmicos (que alguns diriam: nem tanto). >> >> Atenciosamente, >> Edilson Rocha >> >> >> Acesse o site: >> >> http://edilsonarocha.vilabol.uol.com.br >> >> Pesquisa, regência, técnica vocal >> >> >> ------------------------------ >> From: lucianocesar78 em yahoo.com.br >> Date: Thu, 30 May 2013 09:32:59 -0300 >> To: danielpuig em me.com >> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >> Subject: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >> >> >> Tenho que defender o Daniel, colegas. As idéias existem, estão ganhando >> terreno, tem que ser discutidas. Podemos discutir ideias e não pessoas? >> Quando as pessoas estiverem na nossa frente, a gente se manifestando >> voluntariamente, discutimos diretamente com elas. Mas não acho nada leviano >> separar a idéia e pó-lá em debate. Leviano é silenciar o interlocutor com >> essa bronca. >> Além disso, o que os senhores fariam se ele apontasse os nomes? >> Cassariam o diploma dos cientistas sociais ou acusariam o dedo duro? >> Debatamos a idéia. Eu já ouvi essa alegação dezenas de vezes e, se >> quiserem, cito quem e onde. >> >> Abraço! >> Luciano >> >> Em 30/05/2013, às 02:45, Daniel Puig escreveu: >> >> Prezado Daniel Lemos, >> >> acho também leviano da sua parte jogar aqui como preconceito, e >> transferí-lo às atividades da ABEM (!!), *sua interpretação* das falas >> de colegas seus. >> >> Saudações, >> >> Daniel Puig >> >> >> Em 30/05/2013, às 06:18, Daniel Lemos escreveu: >> >> >> Prezado professor Carlos Sandroni, >> >> Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em >> eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, >> mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos >> atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um >> contexto onde políticas afirmativas estão em alta. >> >> Saudações, >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> >> --- Em *qui, 30/5/13, Carlos Sandroni *escreveu: >> >> >> De: Carlos Sandroni >> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >> Para: "Daniel Lemos" >> Cc: "'anppom-l'" >> Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 >> >> Prezado Daniel, >> >> Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada >> da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam >> tão esdrúxula proposição? >> Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e >> pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? >> Carlos Sandroni >> >> >> 2013/5/29 Daniel Lemos >> >> >> Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e >> participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra >> 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. >> >> É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve >> ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de >> Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída >> da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias >> e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é >> pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir >> morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. >> >> Abraço, >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> >> --- Em *ter, 28/5/13, Ale Fenerich * escreveu: >> >> >> De: Ale Fenerich >> Assunto: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >> Para: "ANPPOM" >> Data: Terça-feira, 28 de Maio de 2013, 15:44 >> >> >> >> >> >> >> >> http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/plateia-infantil-hostiliza-musico-andre-mehmari >> >> mais um artigo do episodio de Andre Mehmari >> -- >> ------------------------------------------ >> Alexandre Sperandéo Fenerich >> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >> >> http://soundcloud.com/ale_fenerich >> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >> n-1.art.br >> http://soundcloud.com/n-1-1 >> http://www.ufjf.br/eimas/ >> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >> >> (55 32) 8481-8277 >> >> >> >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> >> -- >> Carlos Sandroni >> Departamento de Música, UFPE >> Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFPE >> Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB >> Telefones: >> (81) 2126 8596 / 8597 (UFPE) >> (81) 9811 1473 (Celular) >> Endereço: >> Rua César Loureiro, 75/103 >> Casa Forte - 52060-350 >> Recife - PE >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ Lista de discuss?es >> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Jun 4 01:15:45 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 4 Jun 2013 01:15:45 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Digest Anppom-L, volume 97, assunto 45 In-Reply-To: References: Message-ID: de minha parte, não propus discutir a vaia, mas as reações de mehmari e wisnik. 2013/5/31 Ernesto Hartmann Re. André Mehmari > > Eu perdi alguma parte da discussão ou todos esquecemos de perguntar aos > maiores interessados (as crianças) o motivo da vaia? Estamos só supondo > estes motivos fundamentados nas nossas visões particulares de mundo ou > efetivamente alguma afirmou categoricamente o motivo? > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Jun 4 04:29:51 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 4 Jun 2013 04:29:51 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?sobre_a_=22objetividade=22_cient=ED?= =?iso-8859-1?q?fica?= Message-ID: Esta é pra "elevar o tom". *Behavioral and Brain Science*, um journal da CUP, publicou em 1982 um artigo interessante: Peer-review practices of psychological journals: The fate of published articles, submitted againEis o resumo: Abstract A growing interest in and concern about the adequacy and fairness of modern peer-review practices in publication and funding are apparent across a wide range of scientific disciplines. Although questions about reliability, accountability, reviewer bias, and competence have been raised, there has been very little direct research on these variables. The present investigation was an attempt to study the peer-review process directly, in the natural setting of actual journal referee evaluations of submitted manuscripts. As test materials we selected 12 already published research articles by investigators from prestigious and highly productive American psychology departments, one article from each of 12 highly regarded and widely read American psychology journals with high rejection rates (80%) and nonblind refereeing practices. With fictitious names and institutions substituted for the original ones (e.g., Tri-Valley Center for Human Potential), the altered manuscripts were formally resubmitted to the journals that had originally refereed and published them 18 to 32 months earlier. Of the sample of 38 editors and reviewers, only three (8%) detected the resubmissions. This result allowed nine of the 12 articles to continue through the review process to receive an actual evaluation: eight of the nine were rejected. Sixteen of the 18 referees (89%) recommended against publication and the editors concurred. The grounds for rejection were in many cases described as ?serious methodological flaws.? A number of possible interpretations of these data are reviewed and evaluated. Keywords - bias; - evaluation; - journal review system; - manuscript review; - peer review; - publication practices; - ratings; - refereeing; - reliability; - science management -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Jun 4 10:54:43 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 4 Jun 2013 10:54:43 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=5BSonologia-l=5D_sobre_a_=22objeti?= =?iso-8859-1?q?vidade=22_cient=EDfica?= In-Reply-To: References: Message-ID: O *Behavioral and Brain Science* está disponível através do portal Capes, mas somente a partir de 1997. Você pode contudo comprar o artigo por U$5.99. O endereço é http://dx.doi.org.ez27.periodicos.capes.gov.br/10.1017/S0140525X00011213 2013/6/4 Luiz Casteloes esse artigo está acessível? por onde? > obrigado, > -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Jun 4 12:49:26 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 4 Jun 2013 12:49:26 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] baixando o tom Message-ID: O rapper Criolo concedeu, para o Canal Brasil, uma entrevista a Lázaro Ramos, que, me parece, tem algo a ver com a discussão sobre pesquisa aqui, ou pelo menos, tem tudo a ver com a minha própria concepção de pesquisa: http://canalbrasil.globo.com/programas/espelho/videos/2440806.html -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tiago.carvalho em yahoo.com.br Tue Jun 4 01:06:06 2013 From: tiago.carvalho em yahoo.com.br (Tiago de Quadros Maia Carvalho) Date: Tue, 4 Jun 2013 01:06:06 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_Submiss=F5es_de_Trabalhos_-_I?= =?iso-8859-1?q?_CIEMS?= Message-ID: Prezados, Em nome da equipe organizadora da I CIEMS - Conferência Internacional de Educação Musical de Sobral-CE, gostaria de agradecer a todos aqueles e aquelas que submeteram trabalhos ao nosso evento. Chegamos a um total de 103 propostas enviadas. Ficamos extremamente felizes com o resultado e contamos com a presença de todos em nosso evento. Em breve divulgaremos o resultado oficial. O blog oficial da Conferência vem sendo atualizado constantemente: ciems.wordpress.com Abraços, -- Tiago de Quadros Maia Carvalho Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral Doutorando em Música, área de concentração Etnomusicologia - UFBA Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0064848908794311 Academia.edu: http://ufba.academia.edu/TiagodeQuadrosMaiaCarvalho Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ Twitter: @tiagodequadros Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariojuniorrr em gmail.com Tue Jun 4 01:39:15 2013 From: mariojuniorrr em gmail.com (Mario Marochi) Date: Tue, 4 Jun 2013 01:39:15 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=5Betnomusicologiabr=5D_Sobre_o_ema?= =?iso-8859-1?q?il_do_Daniel_que_me_tirou_do_s=E9rio?= In-Reply-To: <51ace059ae6d5_6fc213ff934926@a4-weasel9.tmail> References: <51ace059ae6d5_6fc213ff934926@a4-weasel9.tmail> Message-ID: Caríssimos venho acompanhando essas discussões , e essa me deixou pasmo !!!!o que estamos discutindo afinal ?? Música , ou política ?? Todos nós somos artistas, e todos nós aprendemos música a partir das bases fundamentais da música dita "européia "o que é música européia ?? Consideremos que os grandes compositores ditos europeus antes de tudo são ocidentais !!!!!PORTANTO SE DEIXARMOS DE ENSINARMOS AOS NOSSOS ALUNOS AS BASES DA MÚSICA OCIDENTAL ESTAREMOS CRIANDO ANALFABETOS MUSICAIS QUE SEQUER TERÃO CONHECIMENTO SOBRE A HISTÓRIA DA NOSSA MÚSICA E SOBRE TODAS AS CORRENTES COMPOSICIONAIS E ESTÉTICAS QUE ESSA MÚSICA CRIOU !!!!PORTANTO NÃO ENSINAR MÚSICA DITA EUROPÉIA É NÃO ENSINAR A PRÓPRIA MÚSICA, É CORTAR O CORDÃO UMBILICAL DA NOSSA ARTE E COM ISSO FAZER COM QUE NOSSOS ALUNOS SE TORNEM SIM ANALFABETOS E ISSO SIM É MUITO GRAVE!!!!! Logicamente a universidade tem que se adaptar ao conhecimento popular e regional , mas jamais abrir mão da UNIVERSALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUE REALMENTE O PAPEL DE TODOS NÓS PROFESSORES !!!!NÃO MALTRATEM BRAHMS, BEETHOVEN MOZART BACH AO CHAMAREM ESSES COMPOSITORES DE EUROPEUS ESSES COMPOSIOTRES SÃO OCIDENTAIS E A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS ARTES E O CONHECIMENTO !!!! Em 3 de junho de 2013 15:28, Luis Ricardo escreveu: > Prezados, > Como a discussão migrou para outras listas, além da lista da ANPPOM, > encaminho a nota da ABEM sobre o assunto, já que a Associação foi citada no > e-mail do Daniel Lemos. > > Att., > > Luis Ricardo Queiroz > > > _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ > > Prezados Colegas, > > Em nome da Diretoria da ABEM, quero informar que a Associação considera > legítima qualquer prática musical e entende que todas as expressões da > música tem valor e importância dentro de seu universo cultural. Por > consequência, a ABEM repudia qualquer tipo de descriminação e não considera > válida nenhuma hierarquização valorativa da prática musical, sobretudo de > forma desvinculada do contexto de produção e significado de cada música. > Dessa forma, é leviano e inadequado citar o nome da Associação para > justificar uma fala sem fundamento e descontextualizada de qualquer > informação academicamente sustentável, principalmente, como já afirmado por > Sandroni, na lista de uma Associação de Pós-Praduação e Pesquisa em Música, > como é o caso da ANPPOM. > > Atenciosamente, > > Luis Ricardo Silva Queiroz > Secretario da ABEM > > > > ------------------------------ > Em 02/06/2013 21:01, *Felipe Trotta < trotta.felipe em gmail.com >* escreveu: > > Boa discussão essa! > > Márcio, aproveitando suas dicotomias de gosto, acrescentaria: > Há pessoas que gostam de Dominguinhos e ESSAS MESMAS pessoas gostam de > Aviões do Forró: eu, por exemplo! > O gosto é mais complicado do que essas distinções e mais ainda do que os > preconceitos e segregações que o cercam (vide email inicial da pendenga). > > E uma observação (importante) sobre grafia: Xororó é com "X", Chitãozinho > é com Ch; de onde tiraram o genial logo Ch&X, de uma obra que também não > seria exagero chamar de genial. > > Vamos em frente! > > Abs > > Felipe > > > Em 1 de junho de 2013 18:49, :: MárcioMattos.Com :: < > marciomattos em marciomattos.com > > escreveu: > >> >> >> >> Professor Carlos Sandroni. >> >> Esperava mesmo que alguém como o senhor pudesse responder a essa >> provocação. >> E, Daniel Lemos, a minha opinião é sobre suas colocações/comentários e >> não sobre você (já que você disse que não adianta dar nome aos bois). >> Neste caso, entenda como uma discussão na "lista de discussão", onde você >> realmente provocou. Isso é bom! ;) >> >> Então, vejamos: >> >> Acreditar que a Universidade é uma instituição européia e, por isso, deve >> ficar como está, é o mesmo que não questionar o que nos tomaram de assalto >> durante séculos. Sendo assim, segundo as palavras de Daniel Lemos devemos >> ir "morar no mato". Que comentário preconceituoso! >> O que tem no mato? Os índios (que foram massacrados)? O povo (que muitas >> vezes a Universidade não dá atenção)? A cultura popular (que não cabe na >> Universidade)? >> O que tem de ruim no mato? Algo que os Europeus esqueceram de colonizar? >> >> Prezado Daniel Lemos. O músico precisa do público, sim! Quem disse que >> não? A música é feita para quem? Portanto, precisamos que o público aceite >> a nossa música, sim. Porém, não estou dizendo que devemos fazer qualquer >> música para agradá-lo, mas precisamos da sua aceitação. É o mesmo público >> que paga o seu salário na Universidade, pois ela é pública. >> Para isso precisamos convencê-la de que a sua música é boa, como a Globo >> faz com o que ela quer. Como vamos fazer isso eu não sei. É realmente >> difícil. >> >> Você é livre. Pode exercer a sua atividade cultural como bem entender, >> como você mesmo disse, mas o público também é livre e, por isso mesmo ele >> pode vaiar se quiser, do mesmo modo que você usou as palavras que escolheu >> e os argumentos apresentados em seus emails. >> Você é livre para tocar o instrumento que quiser e da maneira que quiser, >> mas não espere o público que você deseja, com os argumentos que tenta >> manter. >> >> Não se trata de ridicularizar a tradição européia, mas de valorizar >> também o que temos de bom na música brasileira e, aí, não confundir música >> brasileira com música ruim e música européia com música boa. Uma coisa não >> tem nada a ver com outra. O que você tem contra o funk carioca e o >> sertanejo axé? Você trata a música popular como lixo e a música de concerto >> como relíquia. O que é isso? Seus professores lhe ensinaram isso? Você >> ensina isso para os seus alunos? Você diz que associar a música de concerto >> com elite é coisa do século passado e associa a música popular com o que, >> quando diz que as pessoas "torram dinheiro aos monte nisso"? De que século >> é esse comentário? >> >> Esses comentários repercutem também na discussão sobre o teste de >> Habilidade Específica nos Cursos de Música, sobre o que se ensina na >> Universidade, sobre quais instrumentos estão disponíveis para o estudo, >> sobre os temas das monografias e dissertações etc. >> >> Eu tenho um fusca 1980, lindo, que por onde eu passo as pessoas olham. >> Dizem que é um charme, que o fusca é um carro resistente, que é o xodó do >> Brasil, que o seu avó tinha um etc. etc. etc., mas também me perguntam >> porque eu não compro um carro, já que o fusca é desconfortável, não tem >> direção hidráulica, nem ar-condicionado, não tem injeção eletrônica, cheira >> a gasolina, não tem aerodinâmica e é barulhento. >> Ora, mas eu gosto do fusca. Também tenho outro carro, mas gosto do fusca. >> >> Pessoas gostam de Bach, outros de Chico Science. >> Pessoas gostam de Mozart e outros gostam de Ivete Sangalo. >> Pessoas gostam de Beethoven, já outras pessoas gostam de funk carioca. >> Pessoas gostam de Villa-Lobos, mas há pessoas que gostam de Chitãozinho e >> Chororó. >> O que seria do verde se todos gostassem do vermelho? >> O que seria do Guaraná Jesus do Maranhão se todos só tomassem a Coca-Cola? >> >> Enfim... >> >> O ruim disso tudo é que tem mais gente que gosta de Coca-Cola do que de >> cajuína. >> Tem mais gente que gosta do Corolla do que do meu fusca. >> Tem mais gente que gosta do toca CD Samsung que vende no Maganize Luiza >> do que o meu Tocadiscos Audio-tecnica. >> Tem bem mais pessoas que gostam do Aviões do Forró do que de Dominguinhos. >> >> Precisamos descobrir como valorizar a nossa música e não massacrá-la. >> Claro, não precisamos acabar com os pianos, os violinos para valorizarmos >> nossa sanfona e nossa rabeca. >> É importante que a gente descubra como fazer todo esse trabalho com a >> população, que é o nosso público. >> >> A desunião entre os músicos ainda é um dos nossos grandes problemas. >> Os médicos, os advogados e outros profissionais que você citou não ficam >> denegrindo as atividades dos seus colegas. Ao contrário, eles são >> corporativistas. >> >> Vamos descobrir, juntos, porque estudar Bach é bom e importante, da mesmo >> forma que podemos tentar entender porque estudar a Banda Cabaçal dos Irmãos >> Aniceto do Crato também. >> >> Vamos em frente! >> >> Um abraço. >> >> >> >> >> >> *MÁRCIO MATTOS* >> *Professor do Curso de Música da UFC - Campus Cariri* >> Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri / Juazeiro do Norte >> Coordenador do CEMUC [cemucufc.blogspot.com] / Tutor do PET MÚSICA UFC - >> Cariri >> *Site Profissional:* cariri.ufc.br / musica.cariri.ufc.br >> *Site Pessoal:* www.marciomattos.com >> Crato - Ceará - Brasil >> *MSN:* mmttos em gmail.com >> *SKYPE:* mmttos >> >> >> Em 1 de junho de 2013 16:14, Carlos Sandroni >> >escreveu: >> >> >>> >>> >>> Prezado Daniel, prezados colegas, >>> >>> [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] >>> >>> PREFÁCIO >>> >>> Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, >>> corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho >>> no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, >>> meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever >>> artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, >>> isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que >>> estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que >>> quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos >>> emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que >>> são suficientemente irrefletidos). >>> >>> Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é >>> exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em >>> uma lista pública de uma associação científica. >>> >>> MENSAGEM >>> >>> Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de >>> Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco >>> sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não >>> leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. >>> Mas trago aqui o trecho crítico: >>> >>> >>> >>> Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de >>> universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma >>> "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O >>> que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores >>> universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e >>> suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos >>> sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. >>> Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique). >>> >>> Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem >>> de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de >>> teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar >>> criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as >>> teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização >>> musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André >>> Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia). >>> >>> Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um >>> fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir >>> exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos >>> atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma >>> marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta >>> também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente >>> não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um >>> professor universitário me parece lamentável. >>> >>> Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): >>> >>> Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de >>> história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada >>> sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; >>> proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música >>> popular internacional, inclusive européia. >>> >>> Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica >>> musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da >>> acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica >>> e de tantos outros enfoques importantes. >>> >>> Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos >>> instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos >>> da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de >>> instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, >>> como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão >>> europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas >>> indígenas etc). >>> >>> No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos >>> respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase >>> absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900. >>> >>> Estarei exagerando? Tomara que sim. >>> >>> Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me >>> parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, >>> violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto >>> disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos >>> da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns >>> exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores >>> na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos >>> seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como >>> nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de >>> Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) >>> >>> Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu >>> do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, >>> assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente >>> superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu >>> gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade >>> política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta >>> demora. >>> >>> E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja >>> excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro >>> imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas >>> faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções >>> exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo >>> (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia >>> dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria >>> bem a todos os envolvidos. >>> >>> O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo >>> atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar >>> exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas >>> aposto na segunda alternativa. >>> >>> O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual >>> participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do >>> sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na >>> academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de >>> pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que >>> isso. Ela é de todas as músicas". >>> >>> E se ainda não for, vamos fazê-la assim? >>> >>> Saudações, >>> Sandroni >>> >>> >>> >>> 2013/5/30 Daniel Lemos >>> > >>> >>>> >>>> Prezado professor Carlos Sandroni, >>>> >>>> Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em >>>> eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, >>>> mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos >>>> atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um >>>> contexto onde políticas afirmativas estão em alta. >>>> >>>> Saudações, >>>> >>>> >>>> Daniel Lemos Cerqueira >>>> >>>> http://musica.ufma.br >>>> >>>> >>>> --- Em *qui, 30/5/13, Carlos Sandroni >>>> >* escreveu: >>>> >>>> >>>> De: Carlos Sandroni >>>> > >>>> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre >>>> mehmari >>>> Para: "Daniel Lemos" >>>> > >>>> Cc: "'anppom-l'" >>>> > >>>> Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 >>>> >>>> >>>> Prezado Daniel, >>>> >>>> Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser >>>> negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que >>>> fundamentariam tão esdrúxula proposição? >>>> Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e >>>> pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? >>>> Carlos Sandroni >>>> >>>> >>>> 2013/5/29 Daniel Lemos >>>> > >>>> >>>> >>>> Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e >>>> participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra >>>> 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. >>>> >>>> É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto >>>> deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de >>>> Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída >>>> da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias >>>> e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é >>>> pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir >>>> morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. >>>> >>>> Abraço, >>>> >>>> Daniel Lemos Cerqueira >>>> >>>> http://musica.ufma.br >>>> >>>> >>> >>> >> >> >> > > > > -- > Felipe Trotta > www.felipetrotta.com.br > __._,_.___ > | através de email| Responder > através da web| Adicionar > um novo tópico > Mensagens neste tópico( > 4) > Atividade nos últimos dias: > > - Novos usuários > 1 > > Visite seu Grupo > ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) > Utilize também o sítio do grupo: http://www.abetmusica.org.br > > Informações, inscrições e mensagens anteriores, além de outras informações > sobre esta lista de discussões, no sítio > http://br.groups.yahoo.com/group/etnomusicologiabr/ > > A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: > etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br > Para enviar mensagem ao grupo utilize: > etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br > O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: > etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br > Se não conseguir cancelar a inscrição informe à mod eração enviando um > emeio para: > etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br > OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o > emeio com o qual está inscrito no grupo. Se utilizar um endereço diferente > o sítio não reconhecerá a operação. > Contato com a moderação: > etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br > > Associação Brasileira de Etnomusicologia > COMPORTAMENTO > São bem-vindos: dicas de livros, textos, sítios, cursos, palestras, > seminários etc, referentes ao tema. Não são bem-vindas e podem ocasionar a > exclusão do emitente, o envio de mensagens que não correspondam ao objetivo > do grupo, assim como termos ofensivos. > > FUNCIONAMENTO > A rede é moderada. > As mensagens fora do foco (puramente pessoais, agressões, fofocas), > repetidas, com HTML e assuntos relacionados a administração da rede não são > liberadas. Os participantes são leitores, correspondentes, comentarista s, > articulistas, divulgadores e etc. > > Tem participantes de várias partes do Brasil e do exterior. > A rede não tem HTML nem anexos, as mensagens são leves e sem vírus. > [image: Yahoo! Grupos] > Trocar para: Só Texto, > Resenha Diária? Sair > do grupo? Termos > de uso > > . > __,_._,___ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From ptsalles em usp.br Tue Jun 4 09:45:48 2013 From: ptsalles em usp.br (ptsalles em usp.br) Date: Tue, 4 Jun 2013 09:45:48 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?narratividade_em_m=C3=BAsica?= In-Reply-To: <5F818C6E-73CE-465F-AF87-335424C165D0@gmail.com> Message-ID: <662340161.10453411.1370349948620.JavaMail.root@usp.br> Olá Bruno e Cleisson, estou organizando um congresso internacional de Semiótica em São Paulo, na USP, no ano que vem (outubro). Será a segunda edição do Congresso Raymond Monelle realizado no ano passado na Universidade de Edinburgh. Deverão vir: Robert Hatten, Eero Tarasti e Martha Grabósz, entre outros. Naturalmente as questões de narratividade e tópicas serão centrais nesse congresso. Convido-os e aos demais interessados a participar. atenciosamente, Paulo de Tarso Salles CMU-ECA/USP ----- Mensagem original ----- > De: "Son Melo" > Para: "Bruno Milheira Angelo" > Cc: anppom-l em iar.unicamp.br > Enviadas: Segunda-feira, 3 de Junho de 2013 14:22:15 > Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] narratividade em música > Olá Bruno. Tudo bem? > Tenho me dedicado à narrativa em música também. Juntamente com o > Prof. Dr. Paulo Lima (UFBA), temos desenvolvido seminários e fóruns > voltados para essa questão. Foi dai que minha pesquisa acabou (como > um dos viés teóricos que estou abordando) desembocando na > narratividade, assim como semiologia e afins.  > Este livro, que mencionou, é realmente instigaste. O primeiro > capitulo, por exemplo, é um ótimo resumo sobre narratividade, mas > que ao mesmo tempo nos provoca a criticar determinados pontos > abordados.  > Estamos em contato com o Klein e o Hatten na intenção de fazer um > intercâmbio de informação e, quem sabe, um seminário com eles.  > Este assunto muito me interessa.  > Cleisson Melo > Son Melo  > son.bass em gmail.com > Via iPad > On 02/06/2013, at 07:24 PM, Bruno Milheira Angelo < > bmangelo em yahoo.com.br > wrote: > > Caros membros da lista da ANPPOM, > > > Gostaria de saber se há algum colega atualmente interessado ou com > > trabalho em progresso referente ao tema narratividade em música. Me > > refiro particularmente a uma série de trabalhos publicados desde os > > anos 80 (Newcomb, Abbate, Nattiez, Maus, Kramer, Micznik, Grabócz, > > Klein, Meelberg, Almén, etc.), sendo que neste 2013 foi lançada uma > > coleção de textos bem instigante ( Musical narrative since 1900 , > > org. Michael Klein e Nicholas Reyland).  > > > Ficaria feliz em encontrar interlocutores no Brasil, pensando em > > trocar ideias ou mesmo em futuros trabalhos conjuntos. Sendo que > > essa mensagem não é propriamente uma discussão (relendo parece mais > > um anúncio de classificados), peço que quem quiser me responda em > > privado. > > > Cordialmente, > > > Bruno Angelo  > > > ________________________________________________ > > > Lista de discussões ANPPOM > > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From son.bass em gmail.com Tue Jun 4 10:12:50 2013 From: son.bass em gmail.com (Son Melo) Date: Tue, 4 Jun 2013 10:12:50 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?narratividade_em_m=FAsica?= In-Reply-To: <662340161.10453411.1370349948620.JavaMail.root@usp.br> References: <5F818C6E-73CE-465F-AF87-335424C165D0@gmail.com> <662340161.10453411.1370349948620.JavaMail.root@usp.br> Message-ID: Olá Prof. Paulo e demais, Caro Prof. Paulo, conversamos sobre esse congresso na ETAM3 e fico muito feliz que esse congresso possa ser realizado aqui no Brasil (2014). Por favor, quando abrirem as chamadas nos informe a respeito. Haverá agora em 2013? Onde? Ou ele é realizado a cada dois anos? Mando cordiais saudações do Prof. Paulo Lima, estamos ontem conversando exatamente sobre este congresso. Abraços CM 2013/6/4 > Olá Bruno e Cleisson, > > > > estou organizando um congresso internacional de Semiótica em São Paulo, na > USP, no ano que vem (outubro). Será a segunda edição do Congresso Raymond > Monelle realizado no ano passado na Universidade de Edinburgh. Deverão vir: > Robert Hatten, Eero Tarasti e Martha Grabósz, entre outros. Naturalmente as > questões de narratividade e tópicas serão centrais nesse congresso. > Convido-os e aos demais interessados a participar. > > atenciosamente, > > Paulo de Tarso Salles > CMU-ECA/USP > > ------------------------------ > > *De: *"Son Melo" > *Para: *"Bruno Milheira Angelo" > *Cc: *anppom-l em iar.unicamp.br > *Enviadas: *Segunda-feira, 3 de Junho de 2013 14:22:15 > *Assunto: *Re: [ANPPOM-Lista] narratividade em música > > > Olá Bruno. Tudo bem? > > Tenho me dedicado à narrativa em música também. Juntamente com o Prof. Dr. > Paulo Lima (UFBA), temos desenvolvido seminários e fóruns voltados para > essa questão. Foi dai que minha pesquisa acabou (como um dos viés teóricos > que estou abordando) desembocando na narratividade, assim como semiologia e > afins. > > Este livro, que mencionou, é realmente instigaste. O primeiro capitulo, > por exemplo, é um ótimo resumo sobre narratividade, mas que ao mesmo tempo > nos provoca a criticar determinados pontos abordados. > > Estamos em contato com o Klein e o Hatten na intenção de fazer um > intercâmbio de informação e, quem sabe, um seminário com eles. > > Este assunto muito me interessa. > > Cleisson Melo > > Son Melo > son.bass em gmail.com > > Via iPad > > On 02/06/2013, at 07:24 PM, Bruno Milheira Angelo > wrote: > > Caros membros da lista da ANPPOM, > > Gostaria de saber se há algum colega atualmente interessado ou com > trabalho em progresso referente ao tema narratividade em música. Me refiro > particularmente a uma série de trabalhos publicados desde os anos 80 > (Newcomb, Abbate, Nattiez, Maus, Kramer, Micznik, Grabócz, Klein, Meelberg, > Almén, etc.), sendo que neste 2013 foi lançada uma coleção de textos bem > instigante (*Musical narrative since 1900*, org. Michael Klein e Nicholas > Reyland). > > Ficaria feliz em encontrar interlocutores no Brasil, pensando em trocar > ideias ou mesmo em futuros trabalhos conjuntos. Sendo que essa mensagem não > é propriamente uma discussão (relendo parece mais um anúncio de > classificados), peço que quem quiser me responda em privado. > > Cordialmente, > Bruno Angelo > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > -- Son Melo -- Doutorando em Música - Composição - UFBA son.bass em gmail.com www.sonmelo.com www.myspace.com/sonmelo -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Tue Jun 4 12:30:20 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Tue, 4 Jun 2013 08:30:20 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: <1370280104.70186.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1370359820.80162.YahooMailClassic@web140902.mail.bf1.yahoo.com> Caros colegas, Bem, conforme o Luciano disse, mais uma vez, trata-se de uma afirmação que foi ouvida de forma descontextualizada. A discussão parece não estar sendo com relação ao popular, erudito, folclórico, massivo, etc, mas tão somente à língua portuguesa. Situação semelhante aconteceu comigo em discussão na lista de educadores (vejam aqui). É fato que a academia tem sido um dos poucos locais onde ainda há espaço para a Música Erudita (para alguns, um "refúgio"). Por parte dos músicos "eruditos", há cada vez mais diálogo com a Música Popular. Orquestras executam adaptações de músicas desse gênero (exemplo: "Suíte Renato Russo", tocada há alguns anos pela OSMG) e cursos de Bacharelado em Música Popular tem sido abertos em várias Universidades onde há histórico de práticas da Música de Concerto, a citar: UNICAMP (pioneira!), UFPB, UFRJ, UFMG, UFBA, UNIRIO e UFPel. Conclui-se, então, que a área de Música não só demonstra, mas concretiza a inclusão da Música Popular. Agora, deixo uma pergunta: há reciprocidade? Colegas da Música Popular, que atuam fora da academia, se preocupam com a causa da Música Erudita? Eles inserem em seu repertório uma ou outra obra da Música Erudita que contribua para aproximar esta linguagem da sociedade? Eles estão fazendo a parte deles pela área de Música como um todo, já que possuem mais proximidade com a sociedade e podem contribuir também? Outra questão: quando se critica certos aspectos da Música Popular - como o evidente privilégio que as mídias empresariais fazem com determinados estilos musicais, sem preocupações artísticas, mas meramente financeiras (e essa diferença é sentida até mesmo entre estilos dentro da própria Música Popular!) - logo aparece alguém para tachar os críticos de "etnocêntricos" ou "elitistas". O que é isso? É uma forma de desmoralizar a oposição? E, por favor, mudem o título deste tópico. Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br --- Em seg, 3/6/13, luciano cesar escreveu: De: luciano cesar Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Sobre o email do Daniel que me tirou do sério Para: "Carlos Sandroni" , "Flavio Barbeitas" Cc: "etnomusicologiabr" , "anppom-l" Data: Segunda-feira, 3 de Junho de 2013, 14:21 Referente a este parágrafo específico do Prof. Sandroni: "O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas".    O estudante em questão sou eu.    A sua resposta realmente foi bonita, tanto aqui como na ocasião. Mas eu quero aproveitar a oportunidade para ressaltar que minha observação naquele contexto não pedia que se fechasse as portas da pós-graduação para a música outra que não esta, pelo contrário. Tinha como propósito reforçar que a, assim chamada, "música erudita" (que seria melhor identificada como esse repertório histórico, canônico, tão pacificamente apresentado no seu email, e que pode e deve ceder espaço em nossas universidades para estudo e pesquisa das outras músicas) encontra cada vez menos espaço na cultura geral e que a universidade parece ser cada vez mais um dos poucos lugares onde se pode submetê-la a uma consideração mais detida e profunda. Desde ajudar a tirar dela o rótulo de "música de elite" até fomentar uma escuta que independa do instrumento que se toca ou do repertório que se aborda para que se coloque ao lado dessa música outra, esses parecem ser papéis cada vez mais restritos aos cursos universitários e programas de pós-graduação.     Foi a isso que minha observação veio. Concordo que a Anppom é o lugar de todas as músicas, embora ache mais adequado dizer que é o lugar de todas as pesquisas em música. Mas ela é, também, cada vez mais um dos poucos lugares em que se pode saber ou pensar alguma coisa desse repertório canônico. Na esfera pública, aliás, esse repertório tem cada vez menos "canonicidade", isso para o bem e para o mal.    Gostaria de ter deixado isso claro na ocasião antes que eu ficasse na sua lembrança como um etnocêntrico ou sabe-se lá o que mais foi pensado (com razão, porque o comentário realmente levaria a isto). Peço sinceras desculpas. Espero que esta seja uma oportunidade de reparar o dito precipitado. Luciano Cesar Morais e Silva Doutorando em musica. Prezado Daniel, prezados colegas, [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] PREFÁCIO Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que são suficientemente irrefletidos). Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em uma lista pública de uma associação científica. MENSAGEM Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. Mas trago aqui o trecho crítico: Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique).  Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia).  Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um professor universitário me parece lamentável.   Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música popular internacional, inclusive européia.  Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica e de tantos outros enfoques importantes. Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas indígenas etc).  No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900.  Estarei exagerando? Tomara que sim.  Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta demora.  E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria bem a todos os envolvidos. O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na segunda alternativa.  O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". E se ainda não for, vamos fazê-la assim? Saudações,Sandroni 2013/5/30 Daniel Lemos Prezado professor Carlos Sandroni, Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde políticas afirmativas estão em alta. Saudações, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br --- Em qui, 30/5/13, Carlos Sandroni escreveu: De: Carlos Sandroni Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari Para: "Daniel Lemos" Cc: "'anppom-l'" Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 Prezado Daniel, Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam tão esdrúxula proposição? Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas?Carlos Sandroni 2013/5/29 Daniel Lemos Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. Abraço, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Tue Jun 4 22:15:19 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Tue, 4 Jun 2013 18:15:19 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: Message-ID: <1370394919.45838.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Prezados, Respondendo ao prof. Hugo, creio que sim... perdoem-me a todos nesta lista, vejo que realmente não estou sendo feliz em levantar questões. Retirarei-me por um tempo, para assim trazer melhores ares para todos (especialmente para mim também). Saudações Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Wed Jun 5 00:21:00 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 5 Jun 2013 00:21:00 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?m=FAsica_soul_no_blog_da_new_york_p?= =?iso-8859-1?q?ublic_library?= Message-ID: Este mês é mês da música negra nos Estados Unidos, e o blog da New York Public Library traz um pequeno artigo sobre música soul escrito por Ann-Marie Nicholson, do Schomburg Center for Research in Black Culture: "*Música Soul*: The Soundtrack of the Black Power Movement in Brazil". http://www.nypl.org/blog/2013/06/03/m%C3%BAsica-soul-soundtrack-black-power-movement-brasil -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From adrimauricio em uol.com.br Wed Jun 5 09:34:24 2013 From: adrimauricio em uol.com.br (Adriana Lopes Moreira) Date: Wed, 5 Jun 2013 09:34:24 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] XXIII Congresso da ANPPOM: cartas de aceite Message-ID: <006101ce61e9$03f8e300$0beaa900$@uol.com.br> Prezados membros da ANPPOM, Na semana passada enviamos as cartas de aceite a todos os autores dos trabalhos escritos aceitos para serem apresentados durante o XXIII Congresso da ANPPOM. Conforme consta na carta de aceite, solicitamos a todos os autores que visitem a página eletrônica da ANPPOM (www.anppom.com.br/congressos.php), leiam o conteúdo do arquivo intitulado “Instruções finais aos autores” e interajam com as informações nele contidas. Lembramos que 07/06/2013, sexta-feira, é o prazo para a atualização dos metadados (com as informações que constarão no Caderno de Resumos: título do trabalho; nome, instituição e e-mail dos autores; resumo corrigido e palavras-chave corrigidas) e para o envio da versão final dos trabalhos (no formato que será publicada nos anais do congresso). Os autores com trabalhos aprovados que porventura não tenham recebido a carta de aceite devem verificar se a mensagem ficou retida pelo sistema de quarentena de seu provedor ou então solicitá-la a mim por e-mail (adrianalopes em usp.br); os autores que encontrarem alguma dificuldade relacionada ao uso do sistema devem entrar em contato com o Renato Mendes Rocha (mendesrocha em gmail.com). Seguem abaixo os índices do XXIII Congresso da ANPPOM: Quantidade de trabalhos submetidos a avaliação no Congresso: 461 Quantidade de trabalhos aprovados no Congresso: 302 (65.51%) Quantidade de avaliadores no Congresso: 266 Quantidade de cartas de aceite emitidas via sistema OCS: 449 Atenciosamente, Adriana Lopes Moreira (ANPPOM/USP) adrianalopes em usp.br ou adrimauricio em uol.com.br Coordenadora da Comissão Científica -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From carlos.sandroni em gmail.com Wed Jun 5 11:09:26 2013 From: carlos.sandroni em gmail.com (Carlos Sandroni) Date: Wed, 5 Jun 2013 11:09:26 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Continuando_a_discuss=E3o_-_M=FAsic?= =?iso-8859-1?q?a_erudita=2C_academia_e_sociedade?= Message-ID: [Mudei o "assunto" a pedido do Daniel] Prezado Luciano (e demais colegas), Obrigado por seu email. Fico contente de conhecer suas idéias de maneira um pouco mais detalhado do que é possível numa rápida intervenção de mesa-redonda. É verdade que a ANPPOM é um espaço privilegiado para se pensar sobre a posição da chamada "música erudita" na sociedade brasileira. Mas acho que ainda temos feito isso numa escala muito modesta. Tenho a impressão de que quem mais tem refletido sobre isso são nossas/nossos colegas da área de Educação Musical. Já entendi que você não pensa assim, mas a tua fala rápida lá em João Pessoa sugeriu algo que talvez não seja um fantasma, ou seja, a idéia de que "já que o espaço da música erudita se reduz ao mínimo na sociedade, é preciso reforçar seu espaço na academia, com as proporções invertidas, como compensação"; ou ainda, "fazer dos departamentos de Música a trincheira da música canônica (aliás, "erudita" ou não, "européia" ou não) negada pela mídia de massa". Gostaria de estar reagindo contra moinhos de vento, mas me parece que idéias assim afloram nestas intervenções meio irrefletidas que fazemos em debates de congressos e em emails em tom emocional. Como o do Mario Marochi, cheio de maiúsculas e pontos de exclamação (parece que a gente está ouvindo gritos). Dá pra notar que, como disse o Anthony Seeger numa conversa recente com meus alunos aqui em Recife, a música mexe mesmo com valores e convicções muito importantes para cada um de nós! Isso pode ser uma excelente base para o fazer musical (que certamente também vai muito além disso). Mas para a reflexão sobre o papel da música e da educação musical na sociedade, me parece obrigatório ter algum distanciamento em relação a estas convicções pessoais. Acontece que, fantasmáticas ou não, estas falas correspondem a uma realidade bastante concreta que procurei retratar em meu email anterior. Muitos, possivelmente a maioria, dos departamentos de música das universidades brasileiras funcionam, na prática, valorizando acima de tudo os compositores, repertórios, formações instrumentais e ideologias musicais cristalizadas na Europa de 1750 a 1900 aproximadamente. Mas nós da ANPPOM estamos entre os melhor situados no Brasil de hoje para refletir sobre esta situação e, transformando-a, propor novas posições para estas práticas e repertórios. Acredito que eles ganhariam em descer do seu pedestal cada vez mais periclitante, para dialogar com a sociedade e com as musicalidades efervescentes de um país imenso como o nosso, e de um tempo de incertezas e mudanças como o que vivemos. Não enquanto uma "verdade musical" que vem se anunciar esperando a adesão dos que ainda não sabem (o que só vai gerar decepções como a do André Mehmari). Mas como um conjunto valioso de recursos e possibilidades de expansão de horizontes sonoros, ao lado de outros. Um conjunto de possibilidades de construção, necessariamente dialógica se não quiser ser frustada, de vivências e expressões musicais. Com certeza é muito mais complicado do que isso, mas estou apenas escrevendo um email. E aproveito para dizer ao Daniel também: para fazer isso, precisamos, não direi de "teorias sociais", mas ao menos precisamos ler os musicólogos (não direi etnomusicólogos) que já estão nestas trilhas de reflexão, uma reflexão num "patamar mais elevado" do que é possível aqui, mas que é afinal o patamar que nos cabe enquanto professores de universidades públicas brasileiras. Musicólogos insuspeitos de preconceito contra a Europa, como Nattiez, Nicholas Cook, Lawrence Kramer e tantos outros, dariam gargalhadas (ou chorariam) com essa conversa sobre "música universal" que ainda teima em aparecer em um ou outro email desavisado. Certamente também há contribuições brasileiras nestes debates, nas nossas publicações acadêmicas e nos anais de nossos congressos. Saudações, Sandroni 2013/6/3 luciano cesar > Referente a este parágrafo específico do Prof. Sandroni: > > > "O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei > na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele > disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou > algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui > responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de > todas as músicas". > > O estudante em questão sou eu. > > A sua resposta realmente foi bonita, tanto aqui como na ocasião. Mas eu > quero aproveitar a oportunidade para ressaltar que minha observação naquele > contexto não pedia que se fechasse as portas da pós-graduação para a música > outra que não esta, pelo contrário. Tinha como propósito reforçar que a, > assim chamada, "música erudita" (que seria melhor identificada como esse > repertório histórico, canônico, tão pacificamente apresentado no seu email, > e que pode e deve ceder espaço em nossas universidades para estudo e > pesquisa das outras músicas) encontra cada vez menos espaço na cultura > geral e que a universidade parece ser cada vez mais um dos poucos lugares > onde se pode submetê-la a uma consideração mais detida e profunda. Desde > ajudar a tirar dela o rótulo de "música de elite" até fomentar uma escuta > que independa do instrumento que se toca ou do repertório que se aborda > para que se coloque ao lado dessa música outra, esses parecem ser papéis > cada vez mais restritos aos cursos universitários e programas de > pós-graduação. > > Foi a isso que minha observação veio. Concordo que a Anppom é o lugar > de todas as músicas, embora ache mais adequado dizer que é o lugar de todas > as pesquisas em música. Mas ela é, também, cada vez mais um dos poucos > lugares em que se pode saber ou pensar alguma coisa desse repertório > canônico. Na esfera pública, aliás, esse repertório tem cada vez menos > "canonicidade", isso para o bem e para o mal. > Gostaria de ter deixado isso claro na ocasião antes que eu ficasse na > sua lembrança como um etnocêntrico ou sabe-se lá o que mais foi pensado > (com razão, porque o comentário realmente levaria a isto). Peço sinceras > desculpas. Espero que esta seja uma oportunidade de reparar o dito > precipitado. > > Luciano Cesar Morais e Silva > Doutorando em musica. > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From porres em gmail.com Wed Jun 5 12:24:03 2013 From: porres em gmail.com (Alexandre Torres Porres) Date: Wed, 5 Jun 2013 12:24:03 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Bolsa_PhD_Ci=EAncia_Sem_Fronteiras_?= =?iso-8859-1?q?no_Birmingham_Conservatoire_UK?= Message-ID: Olá, o Diretor do Integra Lab, Jame Bullock, me escreveu perguntando quem teria interesse de ir pra lá. O lab é bem legal e eles trabalham com o desenvolvimento de um sistema para Live Elecronics que é tipo um "Ableton Live", mas roda Pd na base. É bem legal porque a interface facilita muito pra quem não programa nada, nem mesmo em Pd. Enfim, é um lab interdisciplinar, pra compositores, músicos, tecnólogos. Acho que vale a pena o intercâmbio. Segue mais sobre o Lab e o email dele. Ele pede contatos de professores a fim de mandar alunos, sintam-se à vontade pra falar com ele. Integra Lab Integra Lab is an interdisciplinary research lab based at Birmingham Conservatoire, with a focus on musician-computer interaction. The lab was created in 2009 as a spin-off from the international Integra Project - supported by the Culture 2007?2013 programme of the European Union. Integra Lab provides a unique opportunity for researchers in interactive music technology, user-centred design, and digital signal processing to collaborate directly with performers and composers in the creation of musically meaningful experiences. Being based at Birmingham Conservatoire enables the flow of ideas between disciplines needed to conduct research that addresses real-world problems encountered in artistic practice. ---------- Forwarded message ---------- From: James Bullock Date: 2013/6/5 Subject: UK PhD studentships To: Alexandre Porres The main reason I am writing is to find out if you know of anyone in Brazil, who might be interested in a funded PhD studentship in the UK at our music technology research lab at Birmingham Conservatoire ( http://www.bcu.ac.uk/pme/conservatoire/research/integra-lab). The studentship would be supported by the Science Without Borders programme. It would also be incredibly helpful if you could let me know the names / email addresses of any professors (e.g. at USP) who might be interested in sending students to our lab on placement. Many thanks, and all best wishes, Jamie Bullock -- http://jamiebullock.com ------------------------------ [image: Birmingham Conservatoire] [image: twitter-bird-light-bgs] [image: facebook-icon] Jamie Bullock Senior Researcher, Music Technology Birmingham Conservatoire | Paradise Place | B3 3HG Tel:* +44 (0)121 331 7296* -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From jfortunatof em gmail.com Wed Jun 5 17:05:02 2013 From: jfortunatof em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Jos=E9_Fortunato_Fernandes?=) Date: Wed, 5 Jun 2013 17:05:02 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?CONCURSO_PARA_LICENCIATURA_E_BACHAR?= =?iso-8859-1?q?ELADO_EM_M=DASICA_NA_UFMT?= Message-ID: Prezados colegas, Por favor, ajudem a divulgar o concurso para professor nos cursos de licenciatura em música (área de educação musical) e bacharelado em música (área de violino e clarineta). Segue abaixo o link para acessar o edital. Grato, Fortunato http://www.ufmt.br/ufmt/site/editais/detalhes/502/6/Cuiaba -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From andersonn.henrique em hotmail.com Tue Jun 4 14:21:39 2013 From: andersonn.henrique em hotmail.com (=?iso-8859-1?B?QW5kZXJzb25uIEhlbnJpcXVlIEFyYfpqbw==?=) Date: Tue, 4 Jun 2013 20:21:39 +0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=22pontos_de_ruptura_no_tecido_civi?= =?iso-8859-1?q?lizat=F3rio=22?= In-Reply-To: References: , , Message-ID: Olá professor.Como não ser opressor e ter um mecanismo infalível de punição? Bem essa é uma questão de tirar o sono de qualquer um, rsrsrs, pensando sobre eu cheguei a duas conclusões, vejamos:1-Se temos uma posição de não punição, talvez seja a maior ferramenta de punição. A ausência da punição, no sentido de deixar de corrigir, seria uma ferramenta altamente eficiente, culpando os sujeitos pela ausência de crescimento e pela ausência de correção. Entretanto, apesar de ser eficiente ainda não deixamos de ser opressores pois não permitimos que o sujeito-aluno se desenvolva. Oprimindo o aluno através da ausência da punição-correção não resolve o problema da punição nem tão pouco do opressor-oprimido. 2-A questão que acho válida é a superação dessa dicotomia oprimido-opressor. Quando os sujeitos estão envoltos a contextos não departamentalizantes, não segredados, não se sentirão oprimidos. Não é que eu queira tornar todos opressores, ao contrário o ideal seria a superação dessa dicotomia antagônica. Não sentir-se um oprimido, mas antes disso, sentir-se sujeitos de direitos dentro de uma sociedade pode ser um dos papéis principais da educação. Claro, o sentir-se deve vir agregado a efetividade da garantia de direitos, para não parecer mais uma ferramenta de uma ideologia torta de opressão. Essa superação transcendente, pode ser propiciada pela educação consciente. E onde fica a punição na superação da dicotomia?A punição, nesse sentido, não é dirigida aos sujeitos, e sim a própria dicotomia departamentalizante de opressor-oprimido. Corrigindo essa barreira categorizante que as pessoas podem ter. O vídeo que o sr. postou recentemente colabora para essa superação das departamentalizações opressor-oprimido, erudito-popular. A sociedade é muito mais plural que isso e encaixar tudo em duas categorias antagônicas é uma pretensão irreal. Quando Lázaro Ramos pergunta sobre a ascensão da classe C, Criolo fica perplexo e compara essas categorizações a caixinhas de leite... (fantástico). A sociedade, e a música não foge disso, é muito mais plural para ser categorizada em dicotomias antagônicas. Desculpe o texto grande, mas as vezes me empolgo, rsrs.Acertei?AbraçosAndersonn Henrique Date: Tue, 4 Jun 2013 00:38:35 -0300 Subject: Re: [ANPPOM-Lista] "pontos de ruptura no tecido civilizatório" From: cpalombini em gmail.com To: andersonn.henrique em hotmail.com Andersonn, Obrigado pela mensagem. Eu entendo isso perfeitamente: quase sempre, odiei ser aluno. Eu não gosto de me tornar um opressor, mas tenho um mecanismo infalível de punição. Vamos ver se você adivinha. Abraço, Carlos -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From musicoyargentino em gmail.com Wed Jun 5 08:06:02 2013 From: musicoyargentino em gmail.com (=?UTF-8?Q?Dami=C3=A1n_Keller?=) Date: Wed, 5 Jun 2013 07:06:02 -0400 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tirou_do_?= =?utf-8?b?c8Opcmlv?= Message-ID: Prezado Mario, > A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS ARTES E O CONHECIMENTO !!!! Por favor, vc poderia citar a(s) fonte(s) que vc está usando para afirmar que: (1) a música é uma linguagem; (2) a música (ocidental, segundo tua definição) é universal? A primeira afirmação é discutível. A segunda é insustentável. Abraço, Damián Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller NAP | sites.google.com/site/napmusica From musicoyargentino em gmail.com Wed Jun 5 09:51:11 2013 From: musicoyargentino em gmail.com (=?UTF-8?Q?Dami=C3=A1n_Keller?=) Date: Wed, 5 Jun 2013 08:51:11 -0400 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?sobre_a_=22objetividade=22_cient=C3=ADfi?= =?utf-8?q?ca?= Message-ID: Oi Carlos, > *Behavioral and Brain Science*, um journal da CUP, publicou em 1982 um artigo interessante: Peer-review practices of psychological journals: The fate of published articles, submitted again. Essa é uma boa contribuição para dar continuidade à discussão sobre métodos nas ciências humanas e na pesquisa em música. Cito abaixo a última troca sobre o assunto para não perder o fio. Vou arriscar um resumo da algumas ideias discutidas por VH e que são foco da polêmica na área de psicologia. A diferenciação dos métodos que VH propõe é: por um lado trabalhos embasados exclusivamente em aspectos conceituais e por outro trabalhos embasados em resultados e observações experimentais. A crítica que ele faz está dirigida diretamente aos trabalhos que excluem o método de observação sistemática e a coleta de resultados como base para a construção de teorias. O método experimental foi colocado em prática inicialmente por Galileo e, ao longo de 4 séculos, mostrou ser uma boa alternativa aos métodos introspectivos usados até a Renascença. Como a base do método científico é a refutabilidade, todo conhecimento é provisório. Portanto é possível que o método experimental seja substituído por outra técnica no futuro. Por enquanto, essa é a técnica que teve melhores resultados. Aí entra a pergunta do que significa . Do ponto vista teórico, a proposta precisa ser refutável. A crítica de VH enfoca justamente esse aspecto: para que serve uma proposta teórica se ela não pode ser testada na prática? A outra alternativa seria o conhecimento embasado puramente na tradição: nesse caso a teoria predominante é a usada pelo maior número pessoas em lugar de ser a que permite explicar o maior número de eventos. O outro aspecto levantado por VH, e que está no centro da polêmica atual na área de psicologia social, é a replicabilidade. Mostrar os resultados não é suficiente. Para que um estudo experimental tenha validade científica esses resultados precisam estar acompanhados de uma descrição que permita obter resultados similares em novos experimentos. Quer dizer, da mesma forma que a proposta precisa ser refutável do ponto vista teórico ela precisa ser replicável do ponto de vista empírico. Teoria e experimentação vão juntas. Dado esse contexto, o revisor de um artigo digamos, na revista Behavioral and Brain Sciences, deveria conferir se os resultados são replicáveis e se os conceitos teóricos podem ser testados através de observações ou experimentos. A outra opção seria olhar para o nome do autor e ver se ele trabalha numa boa universidade. Parece que no caso do estudo de Bartko o que aconteceu foi isso. Abraço, Damián Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller NAP | sites.google.com/site/napmusica ---------- Forwarded message ---------- From: Damián Keller Date: 2013/5/15 Subject: avaliação qualitativa To: "anppom-l em iar.unicamp.br" Prezado Carlos, Pelo visto a escolha do texto não foi afortunada. A partir dos comentários que você coloca sobre o texto do Vitor Haase, vejo que você não concorda com as colocações que ele faz. Para evitar confusões, coloco as iniciais do autor antes de cada citação. CP: > Ambos os textos, lado a lado, o excerto do Vitor e o meu, tinham o objetivo de indicar dois eventos muito diferentes, relacionando-os enquanto associados ao problema da qualidade da pesquisa em música no Brasil. A proposta de discutir os argumentos de pesquisadores das áreas de humanas para o nosso caso mais específico é muito boa. Os argumentos de VH são muito próximos aos de Sidarta Ribeiro e Suzana Herculano-Houzel e não estão distantes da longa discussão travada no campo da antropologia sobre os enfoques e . Do texto de VH se desprende que ele aceita a coexistência dos dois métodos. Levando em conta que neste momento existe um debate intenso sobre a replicabilidade dos métodos experimentais em psicologia (Abbott 2013), não vejo a postura dele como um caso isolado e sim como uma vertente de pensamento que propõe o método científico como uma (>>e não a única<<) forma de conhecimento replicável. Portanto não estou sozinho ao generalizar o problema para a área de humanas: CP: > Você generaliza muito rapidamente: ele está falando de psicologia, e não de ciências humanas. Eu acho que o uso de adjetivos como ou não ajuda a focalizar o problema. Estamos falando da qualidade nos métodos de pesquisa nas ciências humanas em geral (e em música em particular), como você menciona um dos problemas é a desqualificação através de adjetivos: CP: > Há críticas ideológicas e criíticas ideológicas. [?] Aquela da qual Vitor fala é a que dispara expletivos a torto e a direito: "indústria cultural", "essencialismo", "neopositivismo" etc. Por outro lado, eu não acredito que VH esteja defendendo alguma forma de reducionismo nas ciências humanas: CP: > Reduzir o "científico" à ciência experimental no campo da musicologia é mais uma demonstração do que chamei de infantilismo científico. DK: > Sinceramente, ao ler os argumentos de Vitor Haase ou de Sidarta > Ribeiro ou de Suzana Herculano-Houzel (pesquisadores da área de > humanas) não vejo nenhum apoio para a exclusão do método científico. > Inclusive, eles são altamente críticos das posturas que excluem o > método científico como ferramenta de conhecimento e sugerem (como no > parágrafo acima) que os métodos inferenciais podem conviver com outros > métodos. Destaco a palavra . Em nenhum momento foi colocado por VH ou por mim que a única forma de conhecimento é o método inferencial e muito menos o uso de estatística. Dados são só dados, e precisam ser interpretados. Os métodos qualitativos são tão válidos quanto os quantitativos. Eu acredito que o ponto de discordância está na refutabilidade e na replicabilidade das propostas. Abraços, Damián Abbott 2013. http://www.nature.com/news/disputed-results-a-fresh-blow-for-social-psychology-1.12902 From lucianocesar78 em yahoo.com.br Tue Jun 4 15:16:58 2013 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (Luciano Morais) Date: Tue, 4 Jun 2013 15:16:58 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari In-Reply-To: References: <1369887526.11795.YahooMailClassic@web140902.mail.bf1.yahoo.com> <1BB1D65C-0FB5-4482-85A7-57D5D321C37C@me.com> <6F8B584C-27C4-4335-A70A-84EB43F53494@yahoo.com.br> Message-ID: <9383B01E-4842-4501-8549-9FC2B99A7046@yahoo.com.br> Palombini, em nome da Xuxa, também muito obrigado! Abraço! Luciano Em 04/06/2013, às 01:06, Carlos Palombini escreveu: > > a questão não é nem machado nem chico xavier, visto que não se costuma estudar literatura para ser escritor nem para ler livros em voz alta, mas sim o que se tenha a dizer sobre eles. > > suponho que o vídeo em sua assinatura seja uma amostra grátis da boa música dos pequenos conglomerados de mídia. > em nome da "indústria cultural", obrigado! > > 2013/5/31 Alvaro Henrique >> Parece-me que parte do problema é entender a educação musical como formação de mercado consumidor. Quem faz um tipo de música não apenas acha que ela deva ser conhecida, mas legitimada pela escola, e todas as demais devem ser exterminadas da face do planeta para que todos consumam a única forma de fazer musical que, para aquele profissional, é a que merece ser chamada de música. É a repetição da mesma idiotice que a (des)educação religiosa teima em insistir. Hoje está na moda propôr que a música erudita seja a música a ser exterminada. Mas sempre mudam as pessoas que sentam nas cadeiras. Se esse for o padrão de comportamento, o alvo pode mudar a qualquer momento... >> >> Também parece-me que parte do problema é usar como estratégia para a educação musical a legitimação da indústria cultural, em especial da música que os meios de alienação de massa mandam as pessoas gostar. Vejo nisso um desserviço à população utilizar-se da sala de aula para dar valor a uma produção que só à custa de muito jabá chega a ser conhecida. E o coitado do professor nem recebe o seu. Além de ser lacaio dos grandes conglomerados de mídia, o coitado nem ganha um cafézinho pra tornar os sócios da Warner e da Globo mais ricos. >> >> Entendo a posição da ABEM em reconhecer valor em toda forma de fazer musical, vejo que é a postura mais sensata, mas penso que a ousadia em dar importância menor ao que a indústria cultural empurra ouvido abaixo dos brasileiros seria bem-vinda. As aulas de literatura, a meu ver, estão corretíssimas em não dar igual valor a livro "psicografado" de Chico Xavier ou trilogia sado-erótica à que é dada a Machado de Assis ou Carlos Drummond de Andrade. >> >> >> >> >> Abraços, >> Alvaro Henrique >> >> Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf >> Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 >> ---- >> Tel.: +55(61) 9977 0535 >> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU >> >> >> Em 30 de maio de 2013 23:22, Edilson Rocha escreveu: >> >>> Luciano disse muito bem e com ele quero fazer coro, pois na academia subsiste esse péssimo hábito de se tomar como ofensa pessoal o contraditório: discordar sai do campo das ideias e vai para o campo das paixões, vira algo pessoal. E arrisco a dizer que são raros os departamentos de música que disso não padecem. Se minha ideia estiver errada, ela está aí para ser discutida. >>> E o preconceito vem por todos os lados: de parte dos "doutos" (seja lá o que isso queira dizer) em direção ao "populacho" (seja lá o que dizer queira isso) e vice versa, nunca com resultados positivos. Nesse ponto eu não posso deixar de lembrar da Educação Musical, uma das áreas mais interessante tratadas na academia, que o que faz mais é levar, ou tentar, algo diferente onde atua (seja música, seja reflexão). Ensinar Beethoven na senzala e Luiz Gonzaga na casa grande não é invasivo, é civilizatório (ou os educadores estão errados?). E vejam: evitei de usar o funk (funque?) carioca, sertanejo (universitário?) ou outra música presente na indústria cultural como exemplo porque esta mesma (a indústria) já se encarrega de fazer entrar a música que quer na casa grande e na senzala sem precisar dos educadores (a reflexão, essa já não leva mesmo). Não estou muito certo se a vaia pura e simples seja algum tipo de resistência, uma trincheira da identidade cultural (conforme a teoria de alguns).Se de qualquer forma, no episódio com Mehmari as vaias não foram por ignorância e sim por defesa, não consigo imaginar que um pianista e seu piano sejam uma ameaça de tal monta, e claro, não acho que Ernesto Nazaré seja tão perigoso assim. Isso é o mesmo que penso a respeito do último batidão da moda. Perigoso mesmo é a intransigência, seja de crianças (que alguns reputam sagazes) seja de acadêmicos (que alguns diriam: nem tanto). >>> >>> Atenciosamente, >>> Edilson Rocha >>> >>> >>> Acesse o site: >>> >>> http://edilsonarocha.vilabol.uol.com.br >>> >>> Pesquisa, regência, técnica vocal >>> >>> >>> >>> From: lucianocesar78 em yahoo.com.br >>> Date: Thu, 30 May 2013 09:32:59 -0300 >>> To: danielpuig em me.com >>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br >>> Subject: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >>> >>> >>> Tenho que defender o Daniel, colegas. As idéias existem, estão ganhando terreno, tem que ser discutidas. Podemos discutir ideias e não pessoas? Quando as pessoas estiverem na nossa frente, a gente se manifestando voluntariamente, discutimos diretamente com elas. Mas não acho nada leviano separar a idéia e pó-lá em debate. Leviano é silenciar o interlocutor com essa bronca. >>> Além disso, o que os senhores fariam se ele apontasse os nomes? Cassariam o diploma dos cientistas sociais ou acusariam o dedo duro? Debatamos a idéia. Eu já ouvi essa alegação dezenas de vezes e, se quiserem, cito quem e onde. >>> >>> Abraço! >>> Luciano >>> >>> Em 30/05/2013, às 02:45, Daniel Puig escreveu: >>> >>> Prezado Daniel Lemos, >>> >>> acho também leviano da sua parte jogar aqui como preconceito, e transferí-lo às atividades da ABEM (!!), sua interpretação das falas de colegas seus. >>> >>> Saudações, >>> >>> Daniel Puig >>> >>> >>> Em 30/05/2013, às 06:18, Daniel Lemos escreveu: >>> >>> >>> Prezado professor Carlos Sandroni, >>> >>> Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde políticas afirmativas estão em alta. >>> >>> Saudações, >>> >>> Daniel Lemos Cerqueira >>> >>> http://musica.ufma.br >>> >>> >>> >>> --- Em qui, 30/5/13, Carlos Sandroni escreveu: >>> >>> De: Carlos Sandroni >>> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >>> Para: "Daniel Lemos" >>> Cc: "'anppom-l'" >>> Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 >>> >>> Prezado Daniel, >>> >>> Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam tão esdrúxula proposição? >>> Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? >>> Carlos Sandroni >>> >>> >>> 2013/5/29 Daniel Lemos >>> >>> Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. >>> >>> É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. >>> >>> Abraço, >>> >>> Daniel Lemos Cerqueira >>> >>> http://musica.ufma.br >>> >>> >>> >>> --- Em ter, 28/5/13, Ale Fenerich escreveu: >>> >>> De: Ale Fenerich >>> Assunto: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >>> Para: "ANPPOM" >>> Data: Terça-feira, 28 de Maio de 2013, 15:44 >>> >>> >>> >>> >>> >>> >>> http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/plateia-infantil-hostiliza-musico-andre-mehmari >>> >>> mais um artigo do episodio de Andre Mehmari >>> -- >>> ------------------------------------------ >>> Alexandre Sperandéo Fenerich >>> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >>> >>> http://soundcloud.com/ale_fenerich >>> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >>> n-1.art.br >>> http://soundcloud.com/n-1-1 >>> http://www.ufjf.br/eimas/ >>> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >>> >>> (55 32) 8481-8277 >>> >>> >>> >>> >>> -----Anexo incorporado----- >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> >>> -- >>> Carlos Sandroni >>> Departamento de Música, UFPE >>> Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFPE >>> Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB >>> Telefones: >>> (81) 2126 8596 / 8597 (UFPE) >>> (81) 9811 1473 (Celular) >>> Endereço: >>> Rua César Loureiro, 75/103 >>> Casa Forte - 52060-350 >>> Recife - PE >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > > > > -- > carlos palombini > pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio > ufmg.academia.edu/CarlosPalombini > proibidao.org > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Tue Jun 4 22:33:56 2013 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (Luciano Morais) Date: Tue, 4 Jun 2013 22:33:56 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tirou_do_?= =?utf-8?b?c8Opcmlv?= In-Reply-To: References: <1370280104.70186.YahooMailClassic@web140804.mail.bf1.yahoo.com> <1370359820.80162.YahooMailClassic@web140902.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1F5FEC64-827C-4926-877F-ABB1AFC51B35@yahoo.com.br> Ué, porque? Abraço! Luciano Em 04/06/2013, às 22:02, Hugo Leonardo Ribeiro escreveu: > Prezado Daniel, > > Eu fiquei sem acreditar no que você escreveu: > > "Agora, deixo uma pergunta: há reciprocidade? Colegas da Música Popular, que atuam fora da academia, se preocupam com a causa da Música Erudita? Eles inserem em seu repertório uma ou outra obra da Música Erudita que contribua para aproximar esta linguagem da sociedade? Eles estão fazendo a parte deles pela área de Música como um todo, já que possuem mais proximidade com a sociedade e podem contribuir também?" > > Acho que você estava brincando quando escreveu isso. Espero que sim, senão nada do que está sendo discutido aqui está tendo algum efeito... > > Hugo Ribeiro > > > > Em 4 de junho de 2013 12:30, Daniel Lemos escreveu: >> >> >> Caros colegas, >> >> Bem, conforme o Luciano disse, mais uma vez, trata-se de uma afirmação que foi ouvida de forma descontextualizada. A discussão parece não estar sendo com relação ao popular, erudito, folclórico, massivo, etc, mas tão somente à língua portuguesa. Situação semelhante aconteceu comigo em discussão na lista de educadores (vejam aqui). >> >> É fato que a academia tem sido um dos poucos locais onde ainda há espaço para a Música Erudita (para alguns, um "refúgio"). Por parte dos músicos "eruditos", há cada vez mais diálogo com a Música Popular. Orquestras executam adaptações de músicas desse gênero (exemplo: "Suíte Renato Russo", tocada há alguns anos pela OSMG) e cursos de Bacharelado em Música Popular tem sido abertos em várias Universidades onde há histórico de práticas da Música de Concerto, a citar: UNICAMP (pioneira!), UFPB, UFRJ, UFMG, UFBA, UNIRIO e UFPel. Conclui-se, então, que a área de Música não só demonstra, mas concretiza a inclusão da Música Popular. >> >> Agora, deixo uma pergunta: há reciprocidade? Colegas da Música Popular, que atuam fora da academia, se preocupam com a causa da Música Erudita? Eles inserem em seu repertório uma ou outra obra da Música Erudita que contribua para aproximar esta linguagem da sociedade? Eles estão fazendo a parte deles pela área de Música como um todo, já que possuem mais proximidade com a sociedade e podem contribuir também? >> >> Outra questão: quando se critica certos aspectos da Música Popular - como o evidente privilégio que as mídias empresariais fazem com determinados estilos musicais, sem preocupações artísticas, mas meramente financeiras (e essa diferença é sentida até mesmo entre estilos dentro da própria Música Popular!) - logo aparece alguém para tachar os críticos de "etnocêntricos" ou "elitistas". O que é isso? É uma forma de desmoralizar a oposição? >> >> E, por favor, mudem o título deste tópico. >> >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> >> >> --- Em seg, 3/6/13, luciano cesar escreveu: >> >> De: luciano cesar >> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Sobre o email do Daniel que me tirou do sério >> Para: "Carlos Sandroni" , "Flavio Barbeitas" >> Cc: "etnomusicologiabr" , "anppom-l" >> Data: Segunda-feira, 3 de Junho de 2013, 14:21 >> >> Referente a este parágrafo específico do Prof. Sandroni: >> >> >> "O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". >> >> O estudante em questão sou eu. >> >> A sua resposta realmente foi bonita, tanto aqui como na ocasião. Mas eu quero aproveitar a oportunidade para ressaltar que minha observação naquele contexto não pedia que se fechasse as portas da pós-graduação para a música outra que não esta, pelo contrário. Tinha como propósito reforçar que a, assim chamada, "música erudita" (que seria melhor identificada como esse repertório histórico, canônico, tão pacificamente apresentado no seu email, e que pode e deve ceder espaço em nossas universidades para estudo e pesquisa das outras músicas) encontra cada vez menos espaço na cultura geral e que a universidade parece ser cada vez mais um dos poucos lugares onde se pode submetê-la a uma consideração mais detida e profunda. Desde ajudar a tirar dela o rótulo de "música de elite" até fomentar uma escuta que independa do instrumento que se toca ou do repertório que se aborda para que se coloque ao lado dessa música outra, esses parecem ser papéis cada vez mais restritos aos cursos universitários e programas de pós-graduação. >> >> Foi a isso que minha observação veio. Concordo que a Anppom é o lugar de todas as músicas, embora ache mais adequado dizer que é o lugar de todas as pesquisas em música. Mas ela é, também, cada vez mais um dos poucos lugares em que se pode saber ou pensar alguma coisa desse repertório canônico. Na esfera pública, aliás, esse repertório tem cada vez menos "canonicidade", isso para o bem e para o mal. >> Gostaria de ter deixado isso claro na ocasião antes que eu ficasse na sua lembrança como um etnocêntrico ou sabe-se lá o que mais foi pensado (com razão, porque o comentário realmente levaria a isto). Peço sinceras desculpas. Espero que esta seja uma oportunidade de reparar o dito precipitado. >> >> Luciano Cesar Morais e Silva >> Doutorando em musica. >> >> >> >>> Prezado Daniel, prezados colegas, >>> >>> [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] >>> >>> PREFÁCIO >>> >>> Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que são suficientemente irrefletidos). >>> >>> Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em uma lista pública de uma associação científica. >>> >>> MENSAGEM >>> >>> Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. Mas trago aqui o trecho crítico: >>> >>> >>> >>> Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique). >>> >>> Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia). >>> >>> Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um professor universitário me parece lamentável. >>> >>> Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): >>> >>> Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música popular internacional, inclusive européia. >>> >>> Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica e de tantos outros enfoques importantes. >>> >>> Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas indígenas etc). >>> >>> No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900. >>> >>> Estarei exagerando? Tomara que sim. >>> >>> Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) >>> >>> Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta demora. >>> >>> E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria bem a todos os envolvidos. >>> >>> O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na segunda alternativa. >>> >>> O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". >>> >>> E se ainda não for, vamos fazê-la assim? >>> >>> Saudações, >>> Sandroni >>> >>> >>> >>> 2013/5/30 Daniel Lemos >>> >>> Prezado professor Carlos Sandroni, >>> >>> Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde políticas afirmativas estão em alta. >>> >>> Saudações, >>> >>> >>> Daniel Lemos Cerqueira >>> >>> http://musica.ufma.br >>> >>> >>> >>> --- Em qui, 30/5/13, Carlos Sandroni escreveu: >>> >>> De: Carlos Sandroni >>> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >>> Para: "Daniel Lemos" >>> Cc: "'anppom-l'" >>> Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 >>> >>> >>> Prezado Daniel, >>> >>> Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam tão esdrúxula proposição? >>> Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? >>> Carlos Sandroni >>> >>> >>> 2013/5/29 Daniel Lemos >>> >>> Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. >>> >>> É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. >>> >>> Abraço, >>> >>> Daniel Lemos Cerqueira >>> >>> http://musica.ufma.br >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> -----Anexo incorporado----- >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Wed Jun 5 12:25:30 2013 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (luciano cesar) Date: Wed, 5 Jun 2013 08:25:30 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Continuando_a_discuss=E3o_-_M=FAsic?= =?iso-8859-1?q?a_erudita=2C_academia_e_sociedade?= In-Reply-To: Message-ID: <1370445930.4532.YahooMailClassic@web140803.mail.bf1.yahoo.com> Caro Prof. Sandroni e demais professores e colegas,     Idem, obrigado por seu (s) email (s). Como vemos, as discordâncias são, muitas vezes, apenas aparentes, e muitas vezes motivadas pela inadequação dos meios de diálogo. Pode ser que muitos fantasmas estejam sendo criados, por isso as indicações dos autores é realmente valiosa e funcional. Mas me perdôe por ser repetitivo, os musicólogos insuspeitos de qualquer preconceito (exceto aqueles que são inevitáveis em qualquer pesquisa) talvez chorassem mais se soubessem da dificuldade em estabelecer critérios comuns para a formação dos músicos (pesquisadores e profissionais extra-academia, ambos formados na Universidade) no Brasil... A prova específica no Maranhão (assunto que ronda por aí, com pancada sendo distribuída por todos os lados) caiu e não há consenso aqui se esse gesto é o apocalipse ou a redenção.      Talvez as contradições se devam mais realmente a atitudes administrativas e políticas nas quais os participantes deste debate raramente tomariam partido no sentido de um fechamento para culturas outras, apesar de ser bem mais interessante, como colocou um colega, pensar o tal cânone como "ocidental", talvez um meio termo entre a classificação "européia" (excessivamente restritiva e etnocêntrica) e "universal" (excessivamente, bem, deixa pra lá). Realmente não vejo por aí uma recusa ou restrição das abordagens ao cânone de 1750 a 1900. Do ponto de vista teórico, há mais a ser dito sobre outras épocas e produções, mas um Marcos Lacerda, Um Lorenzo Mammi, um Edílson de Lima, um Celso Cintra, sempre falaram e divulgaram elementos musicais extremamente importantes e instigantes a partir de suas pesquisas a eventos musicais muito distintos de suas atividades na pesquisa de base (basicamente, as aulas e graduação, que giram em torno do tal cânone).     Se um colega grita diante de alguma restrição, da parte de ambos os lados, talvez devêssemos ouvir. Esse caos talvez seja maior, menor na discussão acadêmica e maior na parte forte das pesquisas (bolsas, temáticas, planos de ensino, currículos, etc.). Não vejo a hora de ver essa discussão no grupo de trabalho da Anppom sobre a pertinência do envolvimento da associação em questões de interesse público.      Muita coisa precisa ser repensada e conhecida, por tanto agradeço a sua intervenção.     E me perdôe, mais uma vez, pela precipitação do ano passado, espero que nossos próximos encontros me peguem mais "maduro"... Abraços, Luciano --- Em qua, 5/6/13, Carlos Sandroni escreveu: De: Carlos Sandroni Assunto: Continuando a discussão - Música erudita, academia e sociedade Para: "luciano cesar" Cc: "Flavio Barbeitas" , "anppom-l" , "etnomusicologiabr" Data: Quarta-feira, 5 de Junho de 2013, 11:09 [Mudei o "assunto" a pedido do Daniel] Prezado Luciano (e demais colegas), Obrigado por seu email. Fico contente de conhecer suas idéias de maneira um pouco mais detalhado do que é possível numa rápida intervenção de mesa-redonda. É verdade que a ANPPOM é um espaço privilegiado para se pensar sobre a posição da chamada "música erudita" na sociedade brasileira. Mas acho que ainda temos feito isso numa escala muito modesta. Tenho a impressão de que quem mais tem refletido sobre isso são nossas/nossos colegas da área de Educação Musical.  Já entendi que você não pensa assim, mas a tua fala rápida lá em João Pessoa sugeriu algo que talvez não seja um fantasma, ou seja, a idéia de que "já que o espaço da música erudita se reduz ao mínimo na sociedade, é preciso reforçar seu espaço na academia, com as proporções invertidas, como compensação"; ou ainda, "fazer dos departamentos de Música a trincheira da música canônica (aliás, "erudita" ou não, "européia" ou não) negada pela mídia de massa". Gostaria de estar reagindo contra moinhos de vento, mas me parece que idéias assim afloram nestas intervenções meio irrefletidas que fazemos em debates de congressos e em emails em tom emocional. Como o do Mario Marochi, cheio de maiúsculas e pontos de exclamação (parece que a gente está ouvindo gritos). Dá pra notar que, como disse o Anthony Seeger numa conversa recente com meus alunos aqui em Recife, a música mexe mesmo com valores e convicções muito importantes para cada um de nós! Isso pode ser uma excelente base para o fazer musical (que certamente também vai muito além disso). Mas para a reflexão sobre o papel da música e da educação musical na sociedade, me parece obrigatório ter algum distanciamento em relação a estas convicções pessoais. Acontece que, fantasmáticas ou não, estas falas correspondem a uma realidade bastante concreta que procurei retratar em meu email anterior. Muitos, possivelmente a maioria, dos departamentos de música das universidades brasileiras funcionam, na prática, valorizando acima de tudo os compositores, repertórios, formações instrumentais e ideologias musicais cristalizadas na Europa de 1750 a 1900 aproximadamente.  Mas nós da ANPPOM estamos entre os melhor situados no Brasil de hoje para refletir sobre esta situação e, transformando-a, propor novas posições para estas práticas e repertórios. Acredito que eles ganhariam em descer do seu pedestal cada vez mais periclitante, para dialogar com a sociedade e com as musicalidades efervescentes de um país imenso como o nosso, e de um tempo de incertezas e mudanças como o que vivemos. Não enquanto uma "verdade musical" que vem se anunciar esperando a adesão dos que ainda não sabem (o que só vai gerar decepções como a do André Mehmari). Mas como um conjunto valioso de recursos e possibilidades de expansão de horizontes sonoros, ao lado de outros. Um conjunto de possibilidades de construção, necessariamente dialógica se não quiser ser frustada, de vivências e expressões musicais. Com certeza é muito mais complicado do que isso, mas estou apenas escrevendo um email.  E aproveito para dizer ao Daniel também: para fazer isso, precisamos, não direi de "teorias sociais", mas ao menos precisamos ler os musicólogos (não direi etnomusicólogos) que já estão nestas trilhas de reflexão, uma reflexão num "patamar mais elevado" do que é possível aqui, mas que é afinal o patamar que nos cabe enquanto professores de universidades públicas brasileiras. Musicólogos insuspeitos de preconceito contra a Europa, como Nattiez, Nicholas Cook, Lawrence Kramer e tantos outros, dariam gargalhadas (ou chorariam) com essa conversa sobre "música universal" que ainda teima em aparecer em um ou outro email desavisado. Certamente também há contribuições brasileiras nestes debates, nas nossas publicações acadêmicas e nos anais de nossos congressos. Saudações,Sandroni 2013/6/3 luciano cesar Referente a este parágrafo específico do Prof. Sandroni: "O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas".    O estudante em questão sou eu.    A sua resposta realmente foi bonita, tanto aqui como na ocasião. Mas eu quero aproveitar a oportunidade para ressaltar que minha observação naquele contexto não pedia que se fechasse as portas da pós-graduação para a música outra que não esta, pelo contrário. Tinha como propósito reforçar que a, assim chamada, "música erudita" (que seria melhor identificada como esse repertório histórico, canônico, tão pacificamente apresentado no seu email, e que pode e deve ceder espaço em nossas universidades para estudo e pesquisa das outras músicas) encontra cada vez menos espaço na cultura geral e que a universidade parece ser cada vez mais um dos poucos lugares onde se pode submetê-la a uma consideração mais detida e profunda. Desde ajudar a tirar dela o rótulo de "música de elite" até fomentar uma escuta que independa do instrumento que se toca ou do repertório que se aborda para que se coloque ao lado dessa música outra, esses parecem ser papéis cada vez mais restritos aos cursos universitários e programas de pós-graduação.     Foi a isso que minha observação veio. Concordo que a Anppom é o lugar de todas as músicas, embora ache mais adequado dizer que é o lugar de todas as pesquisas em música. Mas ela é, também, cada vez mais um dos poucos lugares em que se pode saber ou pensar alguma coisa desse repertório canônico. Na esfera pública, aliás, esse repertório tem cada vez menos "canonicidade", isso para o bem e para o mal.    Gostaria de ter deixado isso claro na ocasião antes que eu ficasse na sua lembrança como um etnocêntrico ou sabe-se lá o que mais foi pensado (com razão, porque o comentário realmente levaria a isto). Peço sinceras desculpas. Espero que esta seja uma oportunidade de reparar o dito precipitado. Luciano Cesar Morais e Silva Doutorando em musica. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Wed Jun 5 12:31:05 2013 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (luciano cesar) Date: Wed, 5 Jun 2013 08:31:05 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: Message-ID: <1370446265.55223.YahooMailClassic@web140801.mail.bf1.yahoo.com>     Se esse "advogar" for lido como "diálogo", talvez não soe tão hilário. Poucas vezes vi gente como Tom Zé e o guitarrista dos Rolling Stones, que se reportavam de maneira séria à tradição da música dita "erudita" e de vanguarda. Mas a Osesp se orgulha de seu trabalho com a banda Mantiqueira, de seu Jobim Sinfônico, os recitais de violão ninguém nunca sabe se são de música erudita ou popular, o próprio Merhmari é um grande "third streamer", TODOS os membros da Camerata Aberta de São Paulo (super grupo de música de vanguarda) são vistos tocando choro, jazz... talvez a informação circule mais de um lado para outro do que de outro lado para um. Sinto falta de um Rogério Duprat, que punha tudo o que sabia (e como sabia...) nos arranjos de música dita "popular"...    Talvez o ponto levantado não seja coisa de rir na cara... Abraço, Luciano --- Em qua, 5/6/13, Hugo Leonardo Ribeiro escreveu: De: Hugo Leonardo Ribeiro Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Sobre o email do Daniel que me tirou do sério Para: "Luciano Morais" Cc: "Daniel Lemos" , "anppom-l" Data: Quarta-feira, 5 de Junho de 2013, 9:32 Oi Luciano, tudo depende se ele estava falando sério ou não. Mas advogar pela causa da música erudita nos meios da música popular é realmente hilário. Hugo Em 4 de junho de 2013 22:33, Luciano Morais escreveu: Ué, porque? Abraço!Luciano Em 04/06/2013, às 22:02, Hugo Leonardo Ribeiro escreveu: Prezado Daniel, Eu fiquei sem acreditar no que você escreveu: "Agora, deixo uma pergunta: há reciprocidade? Colegas da Música Popular, que atuam fora da academia, se preocupam com a causa da Música Erudita? Eles inserem em seu repertório uma ou outra obra da Música Erudita que contribua para aproximar esta linguagem da sociedade? Eles estão fazendo a parte deles pela área de Música como um todo, já que possuem mais proximidade com a sociedade e podem contribuir também?" Acho que você estava brincando quando escreveu isso. Espero que sim, senão nada do que está sendo discutido aqui está tendo algum efeito... Hugo Ribeiro Em 4 de junho de 2013 12:30, Daniel Lemos escreveu: Caros colegas, Bem, conforme o Luciano disse, mais uma vez, trata-se de uma afirmação que foi ouvida de forma descontextualizada. A discussão parece não estar sendo com relação ao popular, erudito, folclórico, massivo, etc, mas tão somente à língua portuguesa. Situação semelhante aconteceu comigo em discussão na lista de educadores (vejam aqui). É fato que a academia tem sido um dos poucos locais onde ainda há espaço para a Música Erudita (para alguns, um "refúgio"). Por parte dos músicos "eruditos", há cada vez mais diálogo com a Música Popular. Orquestras executam adaptações de músicas desse gênero (exemplo: "Suíte Renato Russo", tocada há alguns anos pela OSMG) e cursos de Bacharelado em Música Popular tem sido abertos em várias Universidades onde há histórico de práticas da Música de Concerto, a citar: UNICAMP (pioneira!), UFPB, UFRJ, UFMG, UFBA, UNIRIO e UFPel. Conclui-se, então, que a área de Música não só demonstra, mas concretiza a inclusão da Música Popular. Agora, deixo uma pergunta: há reciprocidade? Colegas da Música Popular, que atuam fora da academia, se preocupam com a causa da Música Erudita? Eles inserem em seu repertório uma ou outra obra da Música Erudita que contribua para aproximar esta linguagem da sociedade? Eles estão fazendo a parte deles pela área de Música como um todo, já que possuem mais proximidade com a sociedade e podem contribuir também? Outra questão: quando se critica certos aspectos da Música Popular - como o evidente privilégio que as mídias empresariais fazem com determinados estilos musicais, sem preocupações artísticas, mas meramente financeiras (e essa diferença é sentida até mesmo entre estilos dentro da própria Música Popular!) - logo aparece alguém para tachar os críticos de "etnocêntricos" ou "elitistas". O que é isso? É uma forma de desmoralizar a oposição? E, por favor, mudem o título deste tópico. Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br --- Em seg, 3/6/13, luciano cesar escreveu: De: luciano cesar Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Sobre o email do Daniel que me tirou do sério Para: "Carlos Sandroni" , "Flavio Barbeitas" Cc: "etnomusicologiabr" , "anppom-l" Data: Segunda-feira, 3 de Junho de 2013, 14:21 Referente a este parágrafo específico do Prof. Sandroni: "O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas".    O estudante em questão sou eu.    A sua resposta realmente foi bonita, tanto aqui como na ocasião. Mas eu quero aproveitar a oportunidade para ressaltar que minha observação naquele contexto não pedia que se fechasse as portas da pós-graduação para a música outra que não esta, pelo contrário. Tinha como propósito reforçar que a, assim chamada, "música erudita" (que seria melhor identificada como esse repertório histórico, canônico, tão pacificamente apresentado no seu email, e que pode e deve ceder espaço em nossas universidades para estudo e pesquisa das outras músicas) encontra cada vez menos espaço na cultura geral e que a universidade parece ser cada vez mais um dos poucos lugares onde se pode submetê-la a uma consideração mais detida e profunda. Desde ajudar a tirar dela o rótulo de "música de elite" até fomentar uma escuta que independa do instrumento que se toca ou do repertório que se aborda para que se coloque ao lado dessa música outra, esses parecem ser papéis cada vez mais restritos aos cursos universitários e programas de pós-graduação.     Foi a isso que minha observação veio. Concordo que a Anppom é o lugar de todas as músicas, embora ache mais adequado dizer que é o lugar de todas as pesquisas em música. Mas ela é, também, cada vez mais um dos poucos lugares em que se pode saber ou pensar alguma coisa desse repertório canônico. Na esfera pública, aliás, esse repertório tem cada vez menos "canonicidade", isso para o bem e para o mal.    Gostaria de ter deixado isso claro na ocasião antes que eu ficasse na sua lembrança como um etnocêntrico ou sabe-se lá o que mais foi pensado (com razão, porque o comentário realmente levaria a isto). Peço sinceras desculpas. Espero que esta seja uma oportunidade de reparar o dito precipitado. Luciano Cesar Morais e Silva Doutorando em musica. Prezado Daniel, prezados colegas, [Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] PREFÁCIO Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que são suficientemente irrefletidos). Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em uma lista pública de uma associação científica. MENSAGEM Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. Mas trago aqui o trecho crítico: Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique).  Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia).  Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um professor universitário me parece lamentável.   Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música popular internacional, inclusive européia.  Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica e de tantos outros enfoques importantes. Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas indígenas etc).  No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900.  Estarei exagerando? Tomara que sim.  Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta demora.  E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria bem a todos os envolvidos. O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na segunda alternativa.  O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". E se ainda não for, vamos fazê-la assim? Saudações,Sandroni 2013/5/30 Daniel Lemos Prezado professor Carlos Sandroni, Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde políticas afirmativas estão em alta. Saudações, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br --- Em qui, 30/5/13, Carlos Sandroni escreveu: De: Carlos Sandroni Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari Para: "Daniel Lemos" Cc: "'anppom-l'" Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 Prezado Daniel, Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam tão esdrúxula proposição? Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas?Carlos Sandroni 2013/5/29 Daniel Lemos Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. Abraço, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -----Anexo incorporado----- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From bholmesd em yahoo.com Tue Jun 4 17:41:55 2013 From: bholmesd em yahoo.com (Bryan Holmes) Date: Tue, 4 Jun 2013 13:41:55 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?=5Betnomusicologiabr=5D_Sobre_o_email_do?= =?utf-8?q?_Daniel_que_me_tirou_do_s=C3=A9rio?= In-Reply-To: References: <51ace059ae6d5_6fc213ff934926@a4-weasel9.tmail> Message-ID: <1370378515.62122.YahooMailNeo@web125005.mail.ne1.yahoo.com> Prezado Mario, Numa lista do nível desta (que já vem, contudo, perdendo alguma graça devido a certos conteúdos sem noção que se fazem mais e mais constantes), seria de bom tom evitar essas caixas altas, as extensas exclamações (!!!!!!!!!) e procurar inserir pontuações nos lugares necessários. Nada pessoal (não o conheço), apenas gostaria de lembrar que ANPPOM significa Associação de Pesquisa e Pós-graduação em Música. Há todo tipo de pesquisadores, docentes e discentes que o estão lendo. Deixemos o resto para o Facebook ou para os blogs pessoais. Um abraço,   Bryan Holmes ________________________________ From: Mario Marochi To: Luis Ricardo Cc: etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br; anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Tuesday, June 4, 2013 1:39 AM Subject: Re: [ANPPOM-Lista] [etnomusicologiabr] Sobre o email do Daniel que me tirou do sério Caríssimos venho acompanhando essas discussões , e essa me deixou pasmo !!!!o que estamos discutindo afinal ?? Música , ou política ?? Todos nós somos artistas, e todos nós aprendemos música a partir das bases fundamentais da música dita "européia "o que é música européia ?? Consideremos que os grandes compositores ditos europeus antes de tudo são ocidentais !!!!!PORTANTO SE DEIXARMOS DE ENSINARMOS AOS NOSSOS ALUNOS AS BASES DA MÚSICA OCIDENTAL ESTAREMOS CRIANDO ANALFABETOS MUSICAIS QUE SEQUER TERÃO CONHECIMENTO SOBRE A HISTÓRIA DA NOSSA MÚSICA E SOBRE TODAS AS CORRENTES COMPOSICIONAIS E ESTÉTICAS QUE ESSA MÚSICA CRIOU !!!!PORTANTO NÃO ENSINAR MÚSICA DITA EUROPÉIA É NÃO ENSINAR A PRÓPRIA MÚSICA, É CORTAR O CORDÃO UMBILICAL DA NOSSA ARTE E COM ISSO FAZER COM QUE NOSSOS ALUNOS SE TORNEM SIM ANALFABETOS E ISSO SIM É MUITO GRAVE!!!!! Logicamente a universidade tem que se adaptar ao conhecimento popular e regional , mas jamais abrir mão da UNIVERSALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUE REALMENTE O PAPEL DE TODOS NÓS PROFESSORES !!!!NÃO MALTRATEM BRAHMS, BEETHOVEN MOZART BACH AO CHAMAREM ESSES COMPOSITORES DE EUROPEUS ESSES COMPOSIOTRES SÃO OCIDENTAIS E A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS ARTES E O CONHECIMENTO !!!!    Em 3 de junho de 2013 15:28, Luis Ricardo escreveu: Prezados, >Como a discussão migrou para outras listas, além da lista da ANPPOM, encaminho a nota da ABEM sobre o assunto, já que a Associação foi citada no e-mail do Daniel Lemos. >Att., >Luis Ricardo Queiroz >_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ >Prezados Colegas, >Em nome da Diretoria da ABEM, quero informar que a Associação considera legítima qualquer prática musical e entende que todas as expressões da música tem valor e importância dentro de seu universo cultural. Por consequência, a ABEM repudia qualquer tipo de descriminação e não considera válida nenhuma hierarquização valorativa da prática musical, sobretudo de forma desvinculada do contexto de produção e significado de cada música.Dessa forma, é leviano e inadequado citar o nome da Associação para justificar uma fala sem fundamento e descontextualizada de qualquer informação academicamente sustentável, principalmente, como já afirmado por Sandroni, na lista de uma Associação de Pós-Praduação e Pesquisa em Música, como é o caso da ANPPOM. >Atenciosamente, >Luis Ricardo Silva Queiroz >Secretario da ABEM > > > >________________________________ > >Em 02/06/2013 21:01, Felipe Trotta < trotta.felipe em gmail.com > escreveu: >  >Boa discussão essa! > > >Márcio, aproveitando suas dicotomias de gosto, acrescentaria:  >Há pessoas que gostam de Dominguinhos e ESSAS MESMAS pessoas gostam de Aviões do Forró: eu, por exemplo! >O gosto é mais complicado do que essas distinções e mais ainda do que os preconceitos e segregações que o cercam (vide email inicial da pendenga). >  >E uma observação (importante) sobre grafia: Xororó é com "X", Chitãozinho é com Ch; de onde tiraram o genial logo Ch&X, de uma obra que também não seria exagero chamar de genial. >  >Vamos em frente! >  >Abs >  >Felipe > > > >Em 1 de junho de 2013 18:49, :: MárcioMattos.Com :: escreveu: > >  >>  >>Professor Carlos Sandroni. >>  >>Esperava mesmo que alguém como o senhor pudesse responder a essa provocação. >>E, Daniel Lemos, a minha opinião é sobre suas colocações/comentários e não sobre você (já que você disse que não adianta dar nome aos bois). >>Neste caso, entenda como uma discussão na "lista de discussão", onde você realmente provocou. Isso é bom! ;) >>  >>Então, vejamos: >>  >>Acreditar que a Universidade é uma instituição européia e, por isso, deve ficar como está, é o mesmo que não questionar o que nos tomaram de assalto durante séculos. Sendo assim, segundo as palavras de Daniel Lemos devemos ir "morar no mato". Que comentário preconceituoso! >>O que tem no mato? Os índios (que foram massacrados)? O povo (que muitas vezes a Universidade não dá atenção)? A cultura popular (que não cabe na Universidade)? >>O que tem de ruim no mato? Algo que os Europeus esqueceram de colonizar? >>  >>Prezado Daniel Lemos. O músico precisa do público, sim! Quem disse que não? A música é feita para quem? Portanto, precisamos que o público aceite a nossa música, sim. Porém, não estou dizendo que devemos fazer qualquer música para agradá-lo, mas precisamos da sua aceitação. É o mesmo público que paga o seu salário na Universidade, pois ela é pública. >>Para isso precisamos convencê-la de que a sua música é boa, como a Globo faz com o que ela quer. Como vamos fazer isso eu não sei. É realmente difícil. >>  >>Você é livre. Pode exercer a sua atividade cultural como bem entender, como você mesmo disse, mas o público também é livre e, por isso mesmo ele pode vaiar se quiser, do mesmo modo que você usou as palavras que escolheu e os argumentos apresentados em seus emails. >>Você é livre para tocar o instrumento que quiser e da maneira que quiser, mas não espere o público que você deseja, com os argumentos que tenta manter. >>  >>Não se trata de ridicularizar a tradição européia, mas de valorizar também o que temos de bom na música brasileira e, aí, não confundir música brasileira com música ruim e música européia com música boa. Uma coisa não tem nada a ver com outra. O que você tem contra o funk carioca e o sertanejo axé? Você trata a música popular como lixo e a música de concerto como relíquia. O que é isso? Seus professores lhe ensinaram isso? Você ensina isso para os seus alunos? Você diz que associar a música de concerto com elite é coisa do século passado e associa a música popular com o que, quando diz que as pessoas "torram dinheiro aos monte nisso"? De que século é esse comentário? >>  >>Esses comentários repercutem também na discussão sobre o teste de Habilidade Específica nos Cursos de Música, sobre o que se ensina na Universidade, sobre quais instrumentos estão disponíveis para o estudo, sobre os temas das monografias e dissertações etc. >>  >>Eu tenho um fusca 1980, lindo, que por onde eu passo as pessoas olham. Dizem que é um charme, que o fusca é um carro resistente, que é o xodó do Brasil, que o seu avó tinha um etc. etc. etc., mas também me perguntam porque eu não compro um carro, já que o fusca é desconfortável, não tem direção hidráulica, nem ar-condicionado, não tem injeção eletrônica, cheira a gasolina, não tem aerodinâmica e é barulhento. >>Ora, mas eu gosto do fusca. Também tenho outro carro, mas gosto do fusca. >>  >>Pessoas gostam de Bach, outros de Chico Science. >>Pessoas gostam de Mozart e outros gostam de Ivete Sangalo. >>Pessoas gostam de Beethoven, já outras pessoas gostam de funk carioca. >>Pessoas gostam de Villa-Lobos, mas há pessoas que gostam de Chitãozinho e Chororó. >>O que seria do verde se todos gostassem do vermelho? >>O que seria do Guaraná Jesus do Maranhão se todos só tomassem a Coca-Cola? >>  >>Enfim... >>  >>O ruim disso tudo é que tem mais gente que gosta de Coca-Cola do que de cajuína. >>Tem mais gente que gosta do Corolla do que do meu fusca. >>Tem mais gente que gosta do toca CD Samsung que vende no Maganize Luiza do que o meu Tocadiscos Audio-tecnica. >>Tem bem mais pessoas que gostam do Aviões do Forró do que de Dominguinhos. >>  >>Precisamos descobrir como valorizar a nossa música e não massacrá-la. >>Claro, não precisamos acabar com os pianos, os violinos para valorizarmos nossa sanfona e nossa rabeca. >>É importante que a gente descubra como fazer todo esse trabalho com a população, que é o nosso público. >>  >>A desunião entre os músicos ainda é um dos nossos grandes problemas. >>Os médicos, os advogados e outros profissionais que você citou não ficam denegrindo as atividades dos seus colegas. Ao contrário, eles são corporativistas. >>  >>Vamos descobrir, juntos, porque estudar Bach é bom e importante, da mesmo forma que podemos tentar entender porque estudar a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto do Crato também. >>  >>Vamos em frente! >>  >>Um abraço. >>  >>  >>  >>  >> >> >>MÁRCIO MATTOS >>Professor do Curso de Música da UFC - Campus Cariri >>Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri / Juazeiro do Norte >>Coordenador do CEMUC [cemucufc.blogspot.com] / Tutor do PET MÚSICA UFC - Cariri >>Site Profissional: cariri.ufc.br / musica.cariri.ufc.br >>Site Pessoal: www.marciomattos.com >>Crato - Ceará - Brasil >>MSN: mmttos em gmail.com >>SKYPE: mmttos >> >> >>Em 1 de junho de 2013 16:14, Carlos Sandroni escreveu: >> >> >>  >>>  >>>Prezado Daniel, prezados colegas, >>>  >>>[Esta mensagem ficou enorme, queiram desculpar. Tem até prefácio!] >>>  >>>PREFÁCIO >>>  >>>Debate por internet é uma coisa meio complicada. Quem é que relê, corrige ou reescreve seus próprios emails? (Confesso, fiz isso um pouquinho no que se segue... Mas não muito). Acaba saindo uma coisa meio irrefletida, meio rasa. Quando os temas são importantes mesmo, a gente devia é escrever artigos sobre eles, talvez até para postar na internet. Por outro lado, isto de ser "irrefletido" contribui para fazer aparecer temas e idéias que estão meio latentes, pensamentos sérios e importantes, tão importantes que quando pensamos duas vezes acabamos não falando sobre eles. Então nos emails eles aparecem... Aí vão os meus. (Não são tão sérios, mas acho que são suficientemente irrefletidos). >>>  >>>Daniel, não conheço você nem seu trabalho, portanto o que se segue é exclusivamente baseado no email que você postou, talvez num mau momento, em uma lista pública de uma associação científica. >>>  >>>MENSAGEM >>>  >>>Bom, ontem acabou o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Etnomusicologia, e hoje consigo arrumar um tempinho para pensar um pouco sobre a mensagem do colega Daniel Lemos que me tirou do sério. Pra quem não leu, ela está copiada abaixo, junto com a minha resposta e a tréplica dele. Mas trago aqui o trecho crítico: >>>  >>>  >>>  >>>Perguntei, na minha resposta, quem seriam esses "professores de universidade". Mas não é porque eu quisesse dar "nome aos bois". Era uma "pergunta retórica", como se diz. É evidente que estes bois não existem. O que existe, felizmente, é um questionamento por muitos professores universitários de música sobre o papel do cânone europeu do século XIX (e suas derivações) no ensino formal de música (e por tabela, nos projetos sociais financiados com dinheiro público, como no caso do vídeo com J. Carlos Martins postado aqui por Álvaro Henrique).  >>>  >>>Este questionamento não precisa, para ser feito, de teorias sociais, nem de teorias sobre colonização e descolonização. Mas muitos escritos de teóricos que falam sobre estes temas podem ajudar, e ajudam, a pensar criticamente sobre assuntos ligados à música e seu ensino. (Por exemplo, as teorias dos sociólogos Antoine Hennion e Tia DeNora sobre socialização musical de crianças ajudariam a entender o imbroglio das vaias ao André Mehmari. Mas isso é assunto pra outro email... um dia).  >>>  >>>Na sua mensagem, acredito que Daniel está tentando desqualificar, com um fraseado um tanto violento aliás ("esses caras deviam pedir exoneração"...), colegas, entre os quais me incluo, que veem na maioria dos atuais departamentos e escolas universitárias de música brasileiros uma marca ainda exagerada dos conservatórios europeus do século XIX. Tenta também desqualificar a importância de teorias sociais, que provavelmente não leu, para a formação de músicos universitários, o que partindo de um professor universitário me parece lamentável.   >>>  >>>Vamos a algumas constatações (me corrijam se eu estiver errado): >>> >>> >>>Nas cadeiras de história da música há um predomínio absoluto de história da música ocidental, quase nada sobre música africana, quase nada sobre música indígena, quase nada sobre músicas de outras partes do mundo; proporcionalmente pouco sobre história da música brasileira e da música popular internacional, inclusive européia.  >>>  >>>Nas demais cadeiras teóricas, há um predomínio exagerado de técnica musical em detrimento de reflexão sobre música do ponto de vista da acústica, da psicologia, da sociologia, dos estudos de gênero, da semiótica e de tantos outros enfoques importantes. >>>  >>>Nos instrumentos oferecidos, há um predomínio desproporcional dos instrumentos de orquestra, e ainda muito pouco de instrumentos eletrônicos da música popular (sintetizadores, samplers, guitarras elétricas etc), e de instrumentos acústicos populares e tradicionais (aliás na maioria europeus, como cavaquinho, sanfona, bandolim, pífanos, bateria; outros nem tão europeus, como percussão popular e tradicional brasileira, flautas indígenas etc).  >>>  >>>No repertório trabalhado nos cursos de bacharelado em instrumento, e nos respectivos concertos de formatura, até onde percebo há um predomínio quase absoluto de compositores europeus de 1750 a 1900.  >>>  >>>Estarei exagerando? Tomara que sim.  >>>  >>>Em todo caso, é claro que quando aponto criticamente para o que me parecem ser fatos evidentes, não é para "banir do nosso convívio" pianos, violinos, contrapontos, nem Bach nem Beethoven nem Brahms. Eu também gosto disso tudo, e da mesma forma gostam todos os etnomusicólogos e sociólogos da música que conheço, no Brasil e fora do Brasil. (Só pra dar alguns exemplos: Arom, Lortat-Jacob e o citado Hennion, que foram meus professores na França, deram muitas provas disso em aula. Nettl deixa isso claro nos seus livros. Nosso Manuel Veiga é pianista clássico de formação, assim como nossa colega portuguesa Salwa Castelo-Branco. Samuel Araújo foi aluno de Guerra-Peixe. Os citados não são neste ponto exceções, mas a regra.) >>>  >>>Podemos e devemos discutir qual o papel do cânone conservatorial europeu do século XIX no ensino de música no Brasil do século XXI. Minha posição, assim como a de muitos colegas, é a de que este papel está atualmente superdimensionado. Seu redimensionamento está em curso, felizmente. Eu gostaria que andasse mais rápido; mas não é só uma questão de "vontade política", como se diz. Muitos fatores complicados contribuem para esta demora.  >>>  >>>E não há o menor risco, também felizmente, de que este cânone seja excluído do nosso convívio acadêmico. Continuaremos em qualquer futuro imaginável a ensinar violino e piano, a tocar Beethoven e Mozart. Mas faremos um pouco mais de outras coisas também. (É claro que as proporções exatas sempre serão motivo de controvérsia, mas a vida é assim.) Sobretudo (são meus votos) faremos esta tão sólida tradição clássica européia dialogar um pouco mais com outras musicalidades. Suspeito que isso faria bem a todos os envolvidos. >>>  >>>O email do Daniel, ou está inventando fantasmas, ou está querendo atacar, através da caricatura, qualquer questionamento sobre o lugar exagerado, nas universidades brasileiras, do referido cânone. É pena, mas aposto na segunda alternativa.  >>>  >>>O email me lembrou o estudante que falou após uma mesa da qual participei na ANPPOM de João Pessoa ano passado, e que também me tirou do sério. Ele disse algo como: "A ANPPOM é o lugar da música erudita na academia", ou algo parecido. Fiquei chocado, mas após alguns segundos de pasmo consegui responder: "Você está errado. A ANPPOM é muito mais do que isso. Ela é de todas as músicas". >>>  >>>E se ainda não for, vamos fazê-la assim? >>>  >>>Saudações, >>>Sandroni >>> >>> >>> >>> >>>2013/5/30 Daniel Lemos >>> >>> >>>>Prezado professor Carlos Sandroni, >>>> >>>>Não direi o nome dos bois, mas uma coisa posso afirmar: vi isso em eventos da ABEM. Eu definitivamente não concordo com este ponto de vista, mas alerto todos os colegas da ANPPOM para manter seus olhares críticos atentos a isso. Estas pessoas estão ganhando coro, ainda mais em um contexto onde políticas afirmativas estão em alta. >>>> >>>>Saudações, >>>> >>>> >>>> >>>>Daniel Lemos Cerqueira >>>> >>>>http://musica.ufma.br >>>> >>>> --- Em qui, 30/5/13, Carlos Sandroni escreveu: >>>> >>>> >>>>>De: Carlos Sandroni >>>>>Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari >>>>>Para: "Daniel Lemos" >>>>>Cc: "'anppom-l'" >>>>>Data: Quinta-feira, 30 de Maio de 2013, 1:08 >>>>> >>>>> >>>>> >>>>>Prezado Daniel, >>>>>  >>>>>Quem são estes colegas que dizem que "a cultura européia deve ser negada da nossa vivência"? E que "Teorias Sociais" são essas, que fundamentariam tão esdrúxula proposição? >>>>>Como é que numa lista universitária, de uma associação de pesquisa e pós-graduação, se pode fazer atribuições tão levianas? >>>>>Carlos Sandroni >>>>> >>>>> >>>>> >>>>>2013/5/29 Daniel Lemos >>>>> >>>>> >>>>>>Cara, isso é absurdo... passei por isso também quando morava em Macaé e participei de um concerto beneficente para crianças carentes... isso lá pra 1996... vou fazer meu "coro" também a esse artigo. >>>>>> >>>>>>É mais um motivo pra acreditar hoje em dia que a Música de Concerto deve ser considerada um tipo de minoria. E já vi muitos professores de Universidade afirmando que a "cultura europeia" deve ser negada e excluída da nossa vivência, com base nas "Teorias Sociais" de dominação das colônias e do imperialismo... a primeira coisa que estes caras deveriam fazer é pedir exoneração (afinal, a Universidade é uma instituição europeia) e ir morar no mato. Só assim pra abandonar a cultura europeia de fato. >>>>>> >>>>>>Abraço, >>>>>> >>>>>> >>>>>>Daniel Lemos Cerqueira >>>>>> >>>>>>http://musica.ufma.br >>>  >>>  >>  >>  > > >  -- >Felipe Trotta >www.felipetrotta.com.br >__._,_.___ >| através de email | Responder através da web | Adicionar um novo tópicoMensagens neste tópico (4) >Atividade nos últimos dias: * Novos usuários 1 >Visite seu Grupo >ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia) >Utilize também o sítio do grupo: http://www.abetmusica.org.br > >Informações, inscrições e mensagens anteriores, além de outras informações sobre esta lista de discussões, no sítio http://br.groups.yahoo.com/group/etnomusicologiabr/ > >A inscrição também pode ser feita enviando um emeio em branco para: >etnomusicologiabr-subscribe em yahoogrupos.com.br >Para enviar mensagem ao grupo utilize: >etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br >O cancelamento é automático, basta enviar um emeio em branco para: >etnomusicologiabr-unsubscribe em yahoogrupos.com.br > Se não conseguir cancelar a inscrição informe à mod eração enviando um emeio para: > >etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br >OBS: Se você tiver mais de um emeio, ao enviar, utilize como emissor, o emeio com o qual está inscrito no grupo. Se utilizar um endereço diferente o sítio não reconhecerá a operação. >Contato com a moderação: >etnomusicologiabr-owner em yahoogrupos.com.br > >Associação Brasileira de Etnomusicologia >COMPORTAMENTO >São bem-vindos: dicas de livros, textos, sítios, cursos, palestras, seminários etc, referentes ao tema. Não são bem-vindas e podem ocasionar a exclusão do emitente, o envio de mensagens que não correspondam ao objetivo do grupo, assim como termos ofensivos. > >FUNCIONAMENTO >A rede é moderada. > As mensagens fora do foco (puramente pessoais, agressões, fofocas), repetidas, com HTML e assuntos relacionados a administração da rede não são liberadas. Os participantes são leitores, correspondentes, comentarista s, articulistas, divulgadores e etc. > >Tem participantes de várias partes do Brasil e do exterior. >A rede não tem HTML nem anexos, as mensagens são leves e sem vírus. > >Trocar para: Só Texto, Resenha Diária ? Sair do grupo ? Termos de uso >  >. >__,_._,___ >  >  >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Wed Jun 5 23:18:22 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Wed, 5 Jun 2013 19:18:22 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Continuando_a_discuss=E3o_-_M=FAsic?= =?iso-8859-1?q?a_erudita=2C_academia_e_sociedade?= In-Reply-To: <1370445930.4532.YahooMailClassic@web140803.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1370485102.34956.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> Olá meus caros, Respondendo à recente discussão "remodelada", gostaria de colocar alguns pontos. Reconheço que não li e não tenho conhecimento sobre os trabalhos de musicólogos mais recentes, entre eles o Nicholas Cook, onde vi rapidamente vários trabalhos interessantes ligados a temáticas variadas (inclusive a Improvisação, quando estava pesquisando isso). Infelizmente meu tempo tem sido muito escasso, nem pra estudar Piano, nem pra ler os autores da linha que trabalho, que é o Ensino da Performance Musical. Não poderia ter me manifestado dessa forma. Agora, com relação ao comentário que gerou a questão, vou descrever o cenário que entendi. Um professor da área de Filosofia, mencionando as tais "teorias sociais" - que em rápida pesquisa observei serem, na verdade, ideais com base no "Imperialismo Cultural", conceito da década de 1970, e no conceito de "Aculturação (ou seja: não eram "quaisquer teorias sociais"; me expressei mal desde o começo) -  estava defendendo que a Música Erudita não deveria ter espaço na academia justamente porque representa um resquício do imperalismo cultural que o Brasil viveu quando era colônia. Acredito que por este professor não ser da área de Cultura - e, por isso mesmo, não ter noção da condição delicada em que vive a Música Erudita hoje na sociedade (na academia, obviamente, é um pouco melhor, mas não de forma homogênea em todo o país) - ele não tem consciência das implicações que suas ideias, caso aplicadas, geram para a manutenção do patrimônio cultural. Se pararamos de ensinar Piano nas Universidades (por exemplo), onde ele será ensinado? A prática musical não é simples como pegar um livro e ler. Isso é bem diferente das áreas que trabalham basicamente com ideias: tanto que até hoje há releituras de autores da Grécia Antiga. Porém, na Música, grande parte das habilidades musicais é ensinada através da oralidade (e não sabemos como era a interpretação musical na época da Grécia Antiga!). Se isso acabar, não será tão simples (ou até impossível) reaver este conhecimento daqui a cem anos. Acredito muito na necessidade de renovar, agregar novas práticas, mas esta característica da Música não pode ser perdida. Posso dizer que esta é a minha maior e gigantesca preocupação com relação ao que acontece no meio acadêmico da Música. Espero ter sido um pouco mais claro na minha fala, e que isto possa prover alguma contribuição. Abraços, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Wed Jun 5 22:11:10 2013 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Wed, 5 Jun 2013 22:11:10 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Realmente na Musica nao há muito de universal. Mas, calma, nao estamos falando do Sudão, Brunei, ou de algum pais árabe radical. Villa-lobos, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, todos são músicos BRASILEIROS. Quando os sertanejos fazem versão em português de Musica County de autor americano ai temos uma legitima musica "do povo" brasileiro (direitos autorais warner). E preciso também citar as fontes de tal lógica de raciocínio. Em quarta-feira, 5 de junho de 2013, Damián Keller escreveu: > Prezado Mario, > > > A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS TRANSFORMÁ-LA > EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS ARTES E O > CONHECIMENTO !!!! > > Por favor, vc poderia citar a(s) fonte(s) que vc está usando para > afirmar que: (1) a música é uma linguagem; (2) a música (ocidental, > segundo tua definição) é universal? > > A primeira afirmação é discutível. A segunda é insustentável. > > Abraço, > Damián > > > Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller > NAP | napmusica > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- Abraços, Alvaro Henrique Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 ---- Tel.: +55(61) 9977 0535 http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Wed Jun 5 22:48:50 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 5 Jun 2013 22:48:50 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?windows-1252?q?CFP=3A_=93On_My_Video_Phone=94=3A?= =?windows-1252?q?_Popular_Music_on_Screens?= Message-ID: IASPM-US Website CFP: ?On My Video Phone?: Popular Music on Screens by Mike D'Errico on June 4, 2013 [image: iaspm typewriter] *?If you want me you can watch me on your video phone? ?Lady Gaga** * In his 1991 article ?The Computer for the Twenty-First Century,? Mark Weiser envisioned a future mediascape of ?ubiquitous computing,? in which computer screens would become so pervasive and commonplace that the technologies would become virtually indistinguishable from the fabric of everyday life. As he writes, ?we are in the personal computing era, person and machine staring uneasily at each other across the desktop. Next comes ubiquitous computing, or the age of calm technology, when technology recedes into the background of our lives.? In the two decades since the publication of this essay, we have witnessed the emergence and widespread use of pervasive portable computers, cell phones and other ?smart devices,? streaming movie and television services, the integration of digital video into live performances of popular music, and haptic interfaces for video games and mobile media. Together, these technologies have helped in shaping the audio-visual into a multimedia, multi-sensory experience. As various screen technologies merge with the multifarious forms of popular music, what happens to social, cultural, and political space in which these screens are enmeshed? The IASPM-US website seeks 1,000-1,500 word essays, performance reviews, or alternative multimedia submissions (interactive web projects, podcasts, short video documentaries or presentations, etc.), presenting and reflecting on the use of popular music in film, television, video games, mobile media, and other forms of interactive performance. Possible topics include, but are not limited to: - Popular music on TV - Experiencing popular music across media forms - Touch screen technology and sonic embodiment - Cinematic sound design - Popular music and advertising - Private vs. public experience in mobile media - Digital audio production (DAWs, smartphone apps, etc.) - Sonic experience in virtual worlds - Multimedia performances No matter the submission format or topic, including both text and multimedia (audio or video footage, SoundCloud or YouTube examples, images) is highly encouraged. *Deadline for proposals is 26 June 2013. *Please submit drafts and multimedia files as attachments to Mike D?Errico at theatticbat em gmail.com. Accepted submissions will appear on the IASPM-US website during July 2013. aspm-us.net/iaspm-us-website-cfp-on-my-video-phone-popular-music-on-screens/ -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From guilhermebertissolo em gmail.com Thu Jun 6 00:03:36 2013 From: guilhermebertissolo em gmail.com (Guilherme Bertissolo) Date: Thu, 6 Jun 2013 00:03:36 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Tese_dispon=EDvel?= Message-ID: Caros colegas, Minha tese está agora disponível no Repositório Institucional da UFBA. A pesquisa enfocou a relação entre música e movimento no universo da Capoeira Regional e sua articulação no compor. Seria ótimo ouvir comentários e estabelecer possíveis diálogos. Abraços, Guilherme From didierguigue em gmail.com Thu Jun 6 06:29:26 2013 From: didierguigue em gmail.com (Didier Guigue) Date: Thu, 6 Jun 2013 06:29:26 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tirou_do_?= =?utf-8?b?c8Opcmlv?= In-Reply-To: <1370394919.45838.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> References: <1370394919.45838.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <34B185C5-0A0C-44C0-BA36-C4F816FF05FF@gmail.com> Boa, Daniel. Você vai descobrir que existe vida fora da ANPPOM. Didier Guigue UFPB--Departamento de Música História da Música Contemporânea Programa de Pós-Graduação em Musica MUS3--Musicologia, Sonologia e Computação COMPOMUS Didier Guigue chez l'Editeur Harmattan Didier Guigue na Editora Perspectiva Discografia completa [Visite também Soundcloud e Facebook] Currículo LATTES Em 04/06/2013, às 22:15, Daniel Lemos escreveu: > > > Prezados, > > Respondendo ao prof. Hugo, creio que sim... perdoem-me a todos nesta lista, vejo que realmente não estou sendo feliz em levantar questões. Retirarei-me por um tempo, para assim trazer melhores ares para todos (especialmente para mim também). > > Saudações > > Daniel Lemos Cerqueira > > http://musica.ufma.br > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Thu Jun 6 14:03:43 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Thu, 6 Jun 2013 10:03:43 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Manifesto_pela_M=FAsica_nas_academi?= =?iso-8859-1?q?as?= Message-ID: <1370538223.70083.YahooMailClassic@web140904.mail.bf1.yahoo.com> http://audio-arte.blogspot.com.br/ Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Thu Jun 6 15:02:15 2013 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Thu, 6 Jun 2013 15:02:15 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Continuando_a_discuss=E3o_-_M=FAsic?= =?iso-8859-1?q?a_erudita=2C_academia_e_sociedade?= In-Reply-To: <1370485102.34956.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> References: <1370445930.4532.YahooMailClassic@web140803.mail.bf1.yahoo.com> <1370485102.34956.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Oi, Daniel: Para com isso, colega! Esta sua pergunta: *Se pararmos de ensinar Piano nas Universidades (por exemplo), onde ele será ensinado? * Tira isso do ar, urgente! Corre-se o risco de muitos responderem a essa pergunta. Abraço, Jorge Antunes * * * * Em 5 de junho de 2013 23:18, Daniel Lemos escreveu: > > Olá meus caros, > > Respondendo à recente discussão "remodelada", gostaria de colocar alguns > pontos. > > Reconheço que não li e não tenho conhecimento sobre os trabalhos de > musicólogos mais recentes, entre eles o Nicholas Cook, onde vi rapidamente > vários trabalhos interessantes ligados a temáticas variadas (inclusive a > Improvisação, quando estava pesquisando isso). Infelizmente meu tempo tem > sido muito escasso, nem pra estudar Piano, nem pra ler os autores da linha > que trabalho, que é o Ensino da Performance Musical. Não poderia ter me > manifestado dessa forma. > > Agora, com relação ao comentário que gerou a questão, vou descrever o > cenário que entendi. Um professor da área de Filosofia, mencionando as tais > "teorias sociais" - que em rápida pesquisa observei serem, na verdade, > ideais com base no "Imperialismo Cultural", conceito da década de 1970, e > no conceito de "Aculturação (ou seja: não eram "quaisquer teorias sociais"; > me expressei mal desde o começo) - estava defendendo que a Música Erudita > não deveria ter espaço na academia justamente porque representa um > resquício do imperalismo cultural que o Brasil viveu quando era colônia. > Acredito que por este professor não ser da área de Cultura - e, por isso > mesmo, não ter noção da condição delicada em que vive a Música Erudita hoje > na sociedade (na academia, obviamente, é um pouco melhor, mas não de forma > homogênea em todo o país) - ele não tem consciência das implicações que > suas ideias, caso aplicadas, geram para a manutenção do patrimônio cultural. > > Se pararamos de ensinar Piano nas Universidades (por exemplo), onde ele > será ensinado? A prática musical não é simples como pegar um livro e ler. > Isso é bem diferente das áreas que trabalham basicamente com ideias: tanto > que até hoje há releituras de autores da Grécia Antiga. Porém, na Música, > grande parte das habilidades musicais é ensinada através da oralidade (e > não sabemos como era a interpretação musical na época da Grécia Antiga!). > Se isso acabar, não será tão simples (ou até impossível) reaver este > conhecimento daqui a cem anos. Acredito muito na necessidade de renovar, > agregar novas práticas, mas esta característica da Música não pode ser > perdida. Posso dizer que esta é a minha maior e gigantesca preocupação com > relação ao que acontece no meio acadêmico da Música. > > Espero ter sido um pouco mais claro na minha fala, e que isto possa prover > alguma contribuição. > > Abraços, > > Daniel Lemos Cerqueira > > http://musica.ufma.br > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Thu Jun 6 15:23:42 2013 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Thu, 6 Jun 2013 15:23:42 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Continuando_a_discuss=E3o_-_M=FAsic?= =?iso-8859-1?q?a_erudita=2C_academia_e_sociedade?= In-Reply-To: <1370485102.34956.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> References: <1370445930.4532.YahooMailClassic@web140803.mail.bf1.yahoo.com> <1370485102.34956.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Ao que eu adicionaria o seguinte: se sair o ensino da música erudita, vai entrar no lugar a música da indústria cultural. Sai Beethoven e entram as canções com copyright da meia dúzia dos grandes conglomerados de mídia. Baseado num discurso revanchista contra um colonialismo passado (e põe passado nisso, já que nem Niemeyer o viveu), propõe-se a consolidação de um imperialismo presente e que toda a sociedade brasileira vive. Uma lógica esquizofrênica, pra dizer o mínimo. Mas permite a alguns sua vingancinha pessoal. Abraços, Alvaro Henrique Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 ---- Tel.: +55(61) 9977 0535 http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU Em 5 de junho de 2013 23:18, Daniel Lemos escreveu: > > Olá meus caros, > > Respondendo à recente discussão "remodelada", gostaria de colocar alguns > pontos. > > Reconheço que não li e não tenho conhecimento sobre os trabalhos de > musicólogos mais recentes, entre eles o Nicholas Cook, onde vi rapidamente > vários trabalhos interessantes ligados a temáticas variadas (inclusive a > Improvisação, quando estava pesquisando isso). Infelizmente meu tempo tem > sido muito escasso, nem pra estudar Piano, nem pra ler os autores da linha > que trabalho, que é o Ensino da Performance Musical. Não poderia ter me > manifestado dessa forma. > > Agora, com relação ao comentário que gerou a questão, vou descrever o > cenário que entendi. Um professor da área de Filosofia, mencionando as tais > "teorias sociais" - que em rápida pesquisa observei serem, na verdade, > ideais com base no "Imperialismo Cultural", conceito da década de 1970, e > no conceito de "Aculturação (ou seja: não eram "quaisquer teorias sociais"; > me expressei mal desde o começo) - estava defendendo que a Música Erudita > não deveria ter espaço na academia justamente porque representa um > resquício do imperalismo cultural que o Brasil viveu quando era colônia. > Acredito que por este professor não ser da área de Cultura - e, por isso > mesmo, não ter noção da condição delicada em que vive a Música Erudita hoje > na sociedade (na academia, obviamente, é um pouco melhor, mas não de forma > homogênea em todo o país) - ele não tem consciência das implicações que > suas ideias, caso aplicadas, geram para a manutenção do patrimônio cultural. > > Se pararamos de ensinar Piano nas Universidades (por exemplo), onde ele > será ensinado? A prática musical não é simples como pegar um livro e ler. > Isso é bem diferente das áreas que trabalham basicamente com ideias: tanto > que até hoje há releituras de autores da Grécia Antiga. Porém, na Música, > grande parte das habilidades musicais é ensinada através da oralidade (e > não sabemos como era a interpretação musical na época da Grécia Antiga!). > Se isso acabar, não será tão simples (ou até impossível) reaver este > conhecimento daqui a cem anos. Acredito muito na necessidade de renovar, > agregar novas práticas, mas esta característica da Música não pode ser > perdida. Posso dizer que esta é a minha maior e gigantesca preocupação com > relação ao que acontece no meio acadêmico da Música. > > Espero ter sido um pouco mais claro na minha fala, e que isto possa prover > alguma contribuição. > > Abraços, > > Daniel Lemos Cerqueira > > http://musica.ufma.br > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Thu Jun 6 15:00:23 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Thu, 6 Jun 2013 15:00:23 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Não sei não... com nível tão alto de discussão, vou passar a filtrar mensagens... Em 5 de junho de 2013 22:11, Alvaro Henrique escreveu: > Realmente na Musica nao há muito de universal. > > Mas, calma, nao estamos falando do Sudão, Brunei, ou de algum pais árabe > radical. Villa-lobos, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, todos são músicos > BRASILEIROS. > > Quando os sertanejos fazem versão em português de Musica County de autor > americano ai temos uma legitima musica "do povo" brasileiro (direitos > autorais warner). > > E preciso também citar as fontes de tal lógica de raciocínio. > > Em quarta-feira, 5 de junho de 2013, Damián Keller escreveu: > >> Prezado Mario, >> >> > A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS >> TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS >> ARTES E O CONHECIMENTO !!!! >> >> Por favor, vc poderia citar a(s) fonte(s) que vc está usando para >> afirmar que: (1) a música é uma linguagem; (2) a música (ocidental, >> segundo tua definição) é universal? >> >> A primeira afirmação é discutível. A segunda é insustentável. >> >> Abraço, >> Damián >> >> >> Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller >> NAP | napmusica >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > -- > Abraços, > Alvaro Henrique > > Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: > http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf > Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. > http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 > ---- > Tel.: +55(61) 9977 0535 > http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Thu Jun 6 15:04:48 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Thu, 6 Jun 2013 15:04:48 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Alguém me diga por aí porque raios sou obrigado a gostar de Villa-Lobos e Carlos Gomes ao invés de Elvis, Varèse e Mozart. Só porque sou brasileiro? Mas daí não estaremos discutindo música, mas política. Apesar de ser músico e acadêmico, sou do povo também... e no entanto prefiro Varèse a Villa; Mozart a José Maurício; Elvis (e Waldick Soriano) a Carlos Gomes. um abraço nacional! Em 6 de junho de 2013 15:00, Ale Fenerich escreveu: > Não sei não... com nível tão alto de discussão, vou passar a filtrar > mensagens... > > Em 5 de junho de 2013 22:11, Alvaro Henrique escreveu: > > Realmente na Musica nao há muito de universal. >> >> Mas, calma, nao estamos falando do Sudão, Brunei, ou de algum pais árabe >> radical. Villa-lobos, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, todos são músicos >> BRASILEIROS. >> >> Quando os sertanejos fazem versão em português de Musica County de autor >> americano ai temos uma legitima musica "do povo" brasileiro (direitos >> autorais warner). >> >> E preciso também citar as fontes de tal lógica de raciocínio. >> >> Em quarta-feira, 5 de junho de 2013, Damián Keller escreveu: >> >>> Prezado Mario, >>> >>> > A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS >>> TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS >>> ARTES E O CONHECIMENTO !!!! >>> >>> Por favor, vc poderia citar a(s) fonte(s) que vc está usando para >>> afirmar que: (1) a música é uma linguagem; (2) a música (ocidental, >>> segundo tua definição) é universal? >>> >>> A primeira afirmação é discutível. A segunda é insustentável. >>> >>> Abraço, >>> Damián >>> >>> >>> Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller >>> NAP | napmusica >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> -- >> Abraços, >> Alvaro Henrique >> >> Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: >> http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf >> Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. >> http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 >> ---- >> Tel.: +55(61) 9977 0535 >> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Fri Jun 7 09:38:45 2013 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Fri, 7 Jun 2013 09:38:45 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Ótimo questionamento. Você não é obrigado a gostar. Não está se propondo isso, no entanto. No máximo, diria que você tem o direito de conhecer a música de Villa-Lobos, bem como a de Mozart, e não se ater ao que os meios de alienação de massa te empurram ouvido abaixo pra controlar seu lazer com mais eficácia com que controlam seu trabalho. Veja que não é preciso máquina de ponto pra controlar o que mais de 120 milhões de brasileiros fazem de segunda a sexta, das 21:00 às 22:00. Já pra controlar o que essas mesmas pessoas fazem de segunda a sexta, das 09:00 às 12:00, sem máquina de ponto não dá. Isso não existe "porque é assim mesmo". Foi um processo educacional que levou a isso. É preciso um processo educional pra sair disso. É aí que seria bem-vinda uma postura da ABEM e de outros educadores musicais de não legitimar a indústria cultural e de dar maior importância a projetos como o que o Mehmari participou, bem como a projetos que incluem outras manifestações culturais presentes no Brasil e que não fazem parte dos interesses comerciais do Sr. Rupert Murdoch. Mas, voltando à mensagem anterior, o que quis apontar é que vende-se a música erudita como algo exclusivamente estrangeiro, europeu, colonizador, e isso não é verdade. Mas é muito importante seu questionamento. O quê é nacional? Se seguirmos a linha de que só é brasileiro o que é exclusivamente brasileiro, já fica complicado desenvolver essa discussão em língua portuguesa. Já se consideramos como brasileiro o que é presente na cultura brasileira, independente da sua "certidão de nascimento", dá até pra conversar dividindo uma pizza e tomando cerveja. Mas não acredito que estará tocando Varése, Elvis ou mesmo Waldick Soriano na pizzaria. Abraços, Alvaro Henrique Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 ---- Tel.: +55(61) 9977 0535 http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU Em 6 de junho de 2013 15:04, Ale Fenerich escreveu: > Alguém me diga por aí porque raios sou obrigado a gostar de Villa-Lobos e > Carlos Gomes ao invés de Elvis, Varèse e Mozart. Só porque sou brasileiro? > Mas daí não estaremos discutindo música, mas política. > > > Apesar de ser músico e acadêmico, sou do povo também... e no entanto > prefiro Varèse a Villa; Mozart a José Maurício; Elvis (e Waldick Soriano) a > Carlos Gomes. > > > um abraço nacional! > > > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From andrefadel em gmail.com Fri Jun 7 13:37:05 2013 From: andrefadel em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Andr=E9_Fadel?=) Date: Fri, 7 Jun 2013 13:37:05 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Parece que boa parte das indignações aqui expostas resulta da imaturidade de cada indivíduo de não aceitar que o outro não leve seu trabalho a sério. Sempre vai haver alguém que despreza justamente aquilo que você considera o tesouro mais precioso. Ha(ja)braço André -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Fri Jun 7 11:22:07 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Fri, 7 Jun 2013 07:22:07 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Continuando_a_discuss=E3o_-_M=FAsic?= =?iso-8859-1?q?a_erudita=2C_academia_e_sociedade?= In-Reply-To: Message-ID: <1370614927.82511.YahooMailClassic@web140905.mail.bf1.yahoo.com> Uma abordagem muito interessante de ensino da Harmonia a partir de estilos musicais tão variados quanto J. S. Bach ou Pixinguinha é "Harmonia: uma abordagem prática" de Marisa Ramires. Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Jun 7 12:55:38 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 7 Jun 2013 12:55:38 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] do orgulho negro ao orgulho de cria Message-ID: Do orgulho negro ao orgulho de cria ?E as raridades do apogeu do soul, os mais curiosos desdobramentos de um > fenômeno curioso ? trabalhos como o *Racional* de Tim Maia ? são > procurados e valorizados como chaves para entender um Brasil diferente, um > Brasil cujos contornos e mistérios mal se avistaram antes que > desaparecesse.? (Bryan McCann) > Coloquei na rede a tradução de uma entrevista com Ann-Marie Nicholson, do Schomburg Center for Research in Black Culture, New York Public Library. A entrevista trata de Soul e Hip-Hop brasileiros. http://www.proibidao.org/do-orgulho-negro-ao-orgulho-de-cria/ O original inglês se encontra aqui: http://www.proibidao.org/from-black-pride-to-favela-pride/ -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From lucianocesar78 em yahoo.com.br Fri Jun 7 09:54:38 2013 From: lucianocesar78 em yahoo.com.br (Luciano Morais) Date: Fri, 7 Jun 2013 09:54:38 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tirou_do_?= =?utf-8?b?c8Opcmlv?= In-Reply-To: References: Message-ID: Mas quem, raios, está dizendo isso, Ale? Abraço! Luciano Em 06/06/2013, às 15:04, Ale Fenerich escreveu: > Alguém me diga por aí porque raios sou obrigado a gostar de Villa-Lobos e Carlos Gomes ao invés de Elvis, Varèse e Mozart. Só porque sou brasileiro? Mas daí não estaremos discutindo música, mas política. > > > Apesar de ser músico e acadêmico, sou do povo também... e no entanto prefiro Varèse a Villa; Mozart a José Maurício; Elvis (e Waldick Soriano) a Carlos Gomes. > > > um abraço nacional! > > > > > Em 6 de junho de 2013 15:00, Ale Fenerich escreveu: >> Não sei não... com nível tão alto de discussão, vou passar a filtrar mensagens... >> >> Em 5 de junho de 2013 22:11, Alvaro Henrique escreveu: >> >>> Realmente na Musica nao há muito de universal. >>> >>> Mas, calma, nao estamos falando do Sudão, Brunei, ou de algum pais árabe radical. Villa-lobos, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, todos são músicos BRASILEIROS. >>> >>> Quando os sertanejos fazem versão em português de Musica County de autor americano ai temos uma legitima musica "do povo" brasileiro (direitos autorais warner). >>> >>> E preciso também citar as fontes de tal lógica de raciocínio. >>> >>> Em quarta-feira, 5 de junho de 2013, Damián Keller escreveu: >>>> Prezado Mario, >>>> >>>> > A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS ARTES E O CONHECIMENTO !!!! >>>> >>>> Por favor, vc poderia citar a(s) fonte(s) que vc está usando para >>>> afirmar que: (1) a música é uma linguagem; (2) a música (ocidental, >>>> segundo tua definição) é universal? >>>> >>>> A primeira afirmação é discutível. A segunda é insustentável. >>>> >>>> Abraço, >>>> Damián >>>> >>>> >>>> Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller >>>> NAP | napmusica >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>> >>> >>> -- >>> Abraços, >>> Alvaro Henrique >>> >>> Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf >>> Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 >>> ---- >>> Tel.: +55(61) 9977 0535 >>> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >> >> >> >> -- >> ------------------------------------------ >> Alexandre Sperandéo Fenerich >> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >> >> http://soundcloud.com/ale_fenerich >> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >> n-1.art.br >> http://soundcloud.com/n-1-1 >> http://www.ufjf.br/eimas/ >> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >> >> (55 32) 8481-8277 > > > > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sat Jun 8 00:55:58 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sat, 8 Jun 2013 00:55:58 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: "Esse papo seu tá qualquer coisa, você já está pra lá de Marraquesh" abraços Em 8 de junho de 2013 00:48, Mario Marochi escreveu: > Caríssimos . > > A principal questão que envolve o email do Daniel , e também toda essa > discussão em torno do tema é : qual o papel do curso de música na > Universidade ? Como devemos trabalhar os nosso projetos de ensino de um > modo que atenda as perspectivas dos alunos, e também de nós mesmos ? E o > que deve ser ensinado ? > > Em primeiro lugar obviamente a música , como toda e qualquer ciência ( já > que estamos falando academicamente) passou de uma atividade unicamente > prática , para depois chegar as universidades com todas as áreas e sub > áreas que a envolvem . > Ultimamente, porém, venho percebido que há por parte dos órgãos políticos, > e por uma certa corrente de professores que propõem uma mudança não só na > forma de ingresso de alunos nos cursos de música , como também em relação > ao modelo de como a música é ensinada nas universidades.Essas mudanças > passam desde o fim da prova de habilidade específica para ingressar nesses > cursos, passam pela inclusão de música popular nas universidades em que há > curso de música erudita, e também por fim , pelo fim das aulas individuais > de instrumento . Por favor me corrijam se eu estiver errado ) . > Acredito que qualquer uma dessas mudanças será um retrocesso para os > cursos de música , já que sempre que foi necessário a comprovação da > habilidade específica para a entrada dos alunos, observamos um bom nível ( > embora tenha caído nos últimos anos ) de instrumentistas e também de alunos > com um bom conhecimento teórico. O que torna nosso ensino mais proveitoso > ,além é claro de termos maiores probabilidades de colocarmos bons > profissionais no mercado de trabalho . > A inserção de música popular no lugar dos cursos de música erudita, também > é um grande atraso para o ensino de música, já que as bases dos elementos > musicais , assim os vários estilos musicais ,que surgiram no ocidente ( e > não no oriente médio como Sudào Butão Arábia Saudita rsrsrs ) a partir da > chamada música primitiva, medieval e etc. Essas bases deram lugar ao jazz > Bossa nova , Baião , música Concreta , Música eletro acústica e etc , > portanto não ensinarmos essas bases vai transformar os nossos alunos em > seres sem história e sem memória logo sem questionamentos, e também sem o > universo de fatores que envolve a música. O que irá transformar os nossos > alunos em escravos das nossas próprias vaidades, e também dos nossas > próprias frustrações como professores . Sabemos da infinidade do universo > musical e comprimirmos isso em torno dos nossos próprios ideais estéticos, > compromete o nosso ensino e o ensino da música na academia. > Logicamente acredito que a música popular deve ser apresentada sempre em > conjunto com a música erudita, mas nunca uma deve tomar o lugar da outra . > Já que Samba será sempre amba, em qualquer lugar do mundo, bossa nova > também sempre será bossa nova, no Brasil ou no sudão , Sonata será sempre > sonata. Enfim os estilos tem a sua estrutura específica independente do > lugar em que é composto . se um árabe quiser compor um samba ,ele nunca > terá que sair da estrutura formal de um samba , Bach executado ao piano > por um alemão árabe chines ou brasileiro sempre será Bach. essa é a > universalidade da música que jamais será extinta . > Por fim, a aula individual de instrumento nunca deve ser extinta, já que > grandes performers saem a partir das aulas individuais, ( embora que as > aulas de instrumento em conjunto também são importantes para a > aprendizagem , mas nunca isoladamente , sempre acompanhadas da aula > individual ) e a prática da performance é tão importante quanto a prática > de texto escrito ( embora eu tenha passado também por um mal entendido em > relação a esse assunto na amppom de 2011 em Uberlândia ) qual é o bom > músico que não executa bem o seu instrumento ? Acho que esse não existe > > > > Em 6 de junho de 2013 15:04, Ale Fenerich escreveu: > > Alguém me diga por aí porque raios sou obrigado a gostar de Villa-Lobos e >> Carlos Gomes ao invés de Elvis, Varèse e Mozart. Só porque sou brasileiro? >> Mas daí não estaremos discutindo música, mas política. >> >> >> Apesar de ser músico e acadêmico, sou do povo também... e no entanto >> prefiro Varèse a Villa; Mozart a José Maurício; Elvis (e Waldick Soriano) a >> Carlos Gomes. >> >> >> um abraço nacional! >> >> >> >> >> Em 6 de junho de 2013 15:00, Ale Fenerich escreveu: >> >> Não sei não... com nível tão alto de discussão, vou passar a filtrar >>> mensagens... >>> >>> Em 5 de junho de 2013 22:11, Alvaro Henrique escreveu: >>> >>> Realmente na Musica nao há muito de universal. >>>> >>>> Mas, calma, nao estamos falando do Sudão, Brunei, ou de algum pais >>>> árabe radical. Villa-lobos, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, todos são músicos >>>> BRASILEIROS. >>>> >>>> Quando os sertanejos fazem versão em português de Musica County de >>>> autor americano ai temos uma legitima musica "do povo" brasileiro (direitos >>>> autorais warner). >>>> >>>> E preciso também citar as fontes de tal lógica de raciocínio. >>>> >>>> Em quarta-feira, 5 de junho de 2013, Damián Keller escreveu: >>>> >>>>> Prezado Mario, >>>>> >>>>> > A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS >>>>> TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS >>>>> ARTES E O CONHECIMENTO !!!! >>>>> >>>>> Por favor, vc poderia citar a(s) fonte(s) que vc está usando para >>>>> afirmar que: (1) a música é uma linguagem; (2) a música (ocidental, >>>>> segundo tua definição) é universal? >>>>> >>>>> A primeira afirmação é discutível. A segunda é insustentável. >>>>> >>>>> Abraço, >>>>> Damián >>>>> >>>>> >>>>> Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller >>>>> NAP | napmusica >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>> >>>> >>>> -- >>>> Abraços, >>>> Alvaro Henrique >>>> >>>> Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: >>>> http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf >>>> Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. >>>> http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 >>>> ---- >>>> Tel.: +55(61) 9977 0535 >>>> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU >>>> >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>> >>> >>> >>> -- >>> ------------------------------------------ >>> Alexandre Sperandéo Fenerich >>> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >>> >>> http://soundcloud.com/ale_fenerich >>> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >>> n-1.art.br >>> http://soundcloud.com/n-1-1 >>> http://www.ufjf.br/eimas/ >>> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >>> >>> (55 32) 8481-8277 >>> >>> >>> >>> >> >> >> -- >> ------------------------------------------ >> Alexandre Sperandéo Fenerich >> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >> >> http://soundcloud.com/ale_fenerich >> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >> n-1.art.br >> http://soundcloud.com/n-1-1 >> http://www.ufjf.br/eimas/ >> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >> >> (55 32) 8481-8277 >> >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From magali.kleber em gmail.com Fri Jun 7 22:02:12 2013 From: magali.kleber em gmail.com (Magali Kleber) Date: Fri, 7 Jun 2013 22:02:12 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Audi=C3=AAncia_P=C3=BAblica_com_CNE/CEB_?= =?utf-8?q?para_discutir_a_Lei_11=2E769/08?= Message-ID: O CNE realizará quatro audiências públicas nas diversas regiões brasileiras. 07/06/2013 Fonte: A Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação constituiu uma comissão que realiza estudos sobre o ensino da música nos currículos da Educação Básica, tendo em vista a Lei nº 11.769/ 2008, que alterou o art. 26 da Lei nº 9.394/96...ver mais http://www.abemeducacaomusical.com.br/artsg.asp?id=43 -- Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 Fone 55 43 3323 8562 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariojuniorrr em gmail.com Sat Jun 8 00:48:46 2013 From: mariojuniorrr em gmail.com (Mario Marochi) Date: Sat, 8 Jun 2013 00:48:46 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Caríssimos . A principal questão que envolve o email do Daniel , e também toda essa discussão em torno do tema é : qual o papel do curso de música na Universidade ? Como devemos trabalhar os nosso projetos de ensino de um modo que atenda as perspectivas dos alunos, e também de nós mesmos ? E o que deve ser ensinado ? Em primeiro lugar obviamente a música , como toda e qualquer ciência ( já que estamos falando academicamente) passou de uma atividade unicamente prática , para depois chegar as universidades com todas as áreas e sub áreas que a envolvem . Ultimamente, porém, venho percebido que há por parte dos órgãos políticos, e por uma certa corrente de professores que propõem uma mudança não só na forma de ingresso de alunos nos cursos de música , como também em relação ao modelo de como a música é ensinada nas universidades.Essas mudanças passam desde o fim da prova de habilidade específica para ingressar nesses cursos, passam pela inclusão de música popular nas universidades em que há curso de música erudita, e também por fim , pelo fim das aulas individuais de instrumento . Por favor me corrijam se eu estiver errado ) . Acredito que qualquer uma dessas mudanças será um retrocesso para os cursos de música , já que sempre que foi necessário a comprovação da habilidade específica para a entrada dos alunos, observamos um bom nível ( embora tenha caído nos últimos anos ) de instrumentistas e também de alunos com um bom conhecimento teórico. O que torna nosso ensino mais proveitoso ,além é claro de termos maiores probabilidades de colocarmos bons profissionais no mercado de trabalho . A inserção de música popular no lugar dos cursos de música erudita, também é um grande atraso para o ensino de música, já que as bases dos elementos musicais , assim os vários estilos musicais ,que surgiram no ocidente ( e não no oriente médio como Sudào Butão Arábia Saudita rsrsrs ) a partir da chamada música primitiva, medieval e etc. Essas bases deram lugar ao jazz Bossa nova , Baião , música Concreta , Música eletro acústica e etc , portanto não ensinarmos essas bases vai transformar os nossos alunos em seres sem história e sem memória logo sem questionamentos, e também sem o universo de fatores que envolve a música. O que irá transformar os nossos alunos em escravos das nossas próprias vaidades, e também dos nossas próprias frustrações como professores . Sabemos da infinidade do universo musical e comprimirmos isso em torno dos nossos próprios ideais estéticos, compromete o nosso ensino e o ensino da música na academia. Logicamente acredito que a música popular deve ser apresentada sempre em conjunto com a música erudita, mas nunca uma deve tomar o lugar da outra . Já que Samba será sempre amba, em qualquer lugar do mundo, bossa nova também sempre será bossa nova, no Brasil ou no sudão , Sonata será sempre sonata. Enfim os estilos tem a sua estrutura específica independente do lugar em que é composto . se um árabe quiser compor um samba ,ele nunca terá que sair da estrutura formal de um samba , Bach executado ao piano por um alemão árabe chines ou brasileiro sempre será Bach. essa é a universalidade da música que jamais será extinta . Por fim, a aula individual de instrumento nunca deve ser extinta, já que grandes performers saem a partir das aulas individuais, ( embora que as aulas de instrumento em conjunto também são importantes para a aprendizagem , mas nunca isoladamente , sempre acompanhadas da aula individual ) e a prática da performance é tão importante quanto a prática de texto escrito ( embora eu tenha passado também por um mal entendido em relação a esse assunto na amppom de 2011 em Uberlândia ) qual é o bom músico que não executa bem o seu instrumento ? Acho que esse não existe Em 6 de junho de 2013 15:04, Ale Fenerich escreveu: > Alguém me diga por aí porque raios sou obrigado a gostar de Villa-Lobos e > Carlos Gomes ao invés de Elvis, Varèse e Mozart. Só porque sou brasileiro? > Mas daí não estaremos discutindo música, mas política. > > > Apesar de ser músico e acadêmico, sou do povo também... e no entanto > prefiro Varèse a Villa; Mozart a José Maurício; Elvis (e Waldick Soriano) a > Carlos Gomes. > > > um abraço nacional! > > > > > Em 6 de junho de 2013 15:00, Ale Fenerich escreveu: > > Não sei não... com nível tão alto de discussão, vou passar a filtrar >> mensagens... >> >> Em 5 de junho de 2013 22:11, Alvaro Henrique escreveu: >> >> Realmente na Musica nao há muito de universal. >>> >>> Mas, calma, nao estamos falando do Sudão, Brunei, ou de algum pais árabe >>> radical. Villa-lobos, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, todos são músicos >>> BRASILEIROS. >>> >>> Quando os sertanejos fazem versão em português de Musica County de autor >>> americano ai temos uma legitima musica "do povo" brasileiro (direitos >>> autorais warner). >>> >>> E preciso também citar as fontes de tal lógica de raciocínio. >>> >>> Em quarta-feira, 5 de junho de 2013, Damián Keller escreveu: >>> >>>> Prezado Mario, >>>> >>>> > A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS >>>> TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS >>>> ARTES E O CONHECIMENTO !!!! >>>> >>>> Por favor, vc poderia citar a(s) fonte(s) que vc está usando para >>>> afirmar que: (1) a música é uma linguagem; (2) a música (ocidental, >>>> segundo tua definição) é universal? >>>> >>>> A primeira afirmação é discutível. A segunda é insustentável. >>>> >>>> Abraço, >>>> Damián >>>> >>>> >>>> Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller >>>> NAP | napmusica >>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>> >>> >>> -- >>> Abraços, >>> Alvaro Henrique >>> >>> Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: >>> http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf >>> Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. >>> http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 >>> ---- >>> Tel.: +55(61) 9977 0535 >>> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> >> -- >> ------------------------------------------ >> Alexandre Sperandéo Fenerich >> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >> >> http://soundcloud.com/ale_fenerich >> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >> n-1.art.br >> http://soundcloud.com/n-1-1 >> http://www.ufjf.br/eimas/ >> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >> >> (55 32) 8481-8277 >> >> >> >> > > > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mariojuniorrr em gmail.com Sat Jun 8 01:13:33 2013 From: mariojuniorrr em gmail.com (Mario Marochi) Date: Sat, 8 Jun 2013 01:13:33 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: References: Message-ID: Ale Fenerich até agora não vi sua opinião real sobre o assunto Em 8 de junho de 2013 00:55, Ale Fenerich escreveu: > "Esse papo seu tá qualquer coisa, > > você já está pra lá de Marraquesh" > > > abraços > > Em 8 de junho de 2013 00:48, Mario Marochi escreveu: > > Caríssimos . >> >> A principal questão que envolve o email do Daniel , e também toda essa >> discussão em torno do tema é : qual o papel do curso de música na >> Universidade ? Como devemos trabalhar os nosso projetos de ensino de um >> modo que atenda as perspectivas dos alunos, e também de nós mesmos ? E o >> que deve ser ensinado ? >> >> Em primeiro lugar obviamente a música , como toda e qualquer ciência ( já >> que estamos falando academicamente) passou de uma atividade unicamente >> prática , para depois chegar as universidades com todas as áreas e sub >> áreas que a envolvem . >> Ultimamente, porém, venho percebido que há por parte dos órgãos >> políticos, e por uma certa corrente de professores que propõem uma mudança >> não só na forma de ingresso de alunos nos cursos de música , como também >> em relação ao modelo de como a música é ensinada nas universidades.Essas >> mudanças passam desde o fim da prova de habilidade específica para >> ingressar nesses cursos, passam pela inclusão de música popular nas >> universidades em que há curso de música erudita, e também por fim , pelo >> fim das aulas individuais de instrumento . Por favor me corrijam se eu >> estiver errado ) . >> Acredito que qualquer uma dessas mudanças será um retrocesso para os >> cursos de música , já que sempre que foi necessário a comprovação da >> habilidade específica para a entrada dos alunos, observamos um bom nível ( >> embora tenha caído nos últimos anos ) de instrumentistas e também de alunos >> com um bom conhecimento teórico. O que torna nosso ensino mais proveitoso >> ,além é claro de termos maiores probabilidades de colocarmos bons >> profissionais no mercado de trabalho . >> A inserção de música popular no lugar dos cursos de música erudita, >> também é um grande atraso para o ensino de música, já que as bases dos >> elementos musicais , assim os vários estilos musicais ,que surgiram no >> ocidente ( e não no oriente médio como Sudào Butão Arábia Saudita rsrsrs ) >> a partir da chamada música primitiva, medieval e etc. Essas bases deram >> lugar ao jazz Bossa nova , Baião , música Concreta , Música eletro acústica >> e etc , portanto não ensinarmos essas bases vai transformar os nossos >> alunos em seres sem história e sem memória logo sem questionamentos, e >> também sem o universo de fatores que envolve a música. O que irá >> transformar os nossos alunos em escravos das nossas próprias vaidades, e >> também dos nossas próprias frustrações como professores . Sabemos da >> infinidade do universo musical e comprimirmos isso em torno dos nossos >> próprios ideais estéticos, compromete o nosso ensino e o ensino da música >> na academia. >> Logicamente acredito que a música popular deve ser apresentada sempre em >> conjunto com a música erudita, mas nunca uma deve tomar o lugar da outra . >> Já que Samba será sempre amba, em qualquer lugar do mundo, bossa nova >> também sempre será bossa nova, no Brasil ou no sudão , Sonata será sempre >> sonata. Enfim os estilos tem a sua estrutura específica independente do >> lugar em que é composto . se um árabe quiser compor um samba ,ele nunca >> terá que sair da estrutura formal de um samba , Bach executado ao piano >> por um alemão árabe chines ou brasileiro sempre será Bach. essa é a >> universalidade da música que jamais será extinta . >> Por fim, a aula individual de instrumento nunca deve ser extinta, já que >> grandes performers saem a partir das aulas individuais, ( embora que as >> aulas de instrumento em conjunto também são importantes para a >> aprendizagem , mas nunca isoladamente , sempre acompanhadas da aula >> individual ) e a prática da performance é tão importante quanto a prática >> de texto escrito ( embora eu tenha passado também por um mal entendido em >> relação a esse assunto na amppom de 2011 em Uberlândia ) qual é o bom >> músico que não executa bem o seu instrumento ? Acho que esse não existe >> >> >> >> Em 6 de junho de 2013 15:04, Ale Fenerich escreveu: >> >> Alguém me diga por aí porque raios sou obrigado a gostar de Villa-Lobos e >>> Carlos Gomes ao invés de Elvis, Varèse e Mozart. Só porque sou brasileiro? >>> Mas daí não estaremos discutindo música, mas política. >>> >>> >>> Apesar de ser músico e acadêmico, sou do povo também... e no entanto >>> prefiro Varèse a Villa; Mozart a José Maurício; Elvis (e Waldick Soriano) a >>> Carlos Gomes. >>> >>> >>> um abraço nacional! >>> >>> >>> >>> >>> Em 6 de junho de 2013 15:00, Ale Fenerich escreveu: >>> >>> Não sei não... com nível tão alto de discussão, vou passar a filtrar >>>> mensagens... >>>> >>>> Em 5 de junho de 2013 22:11, Alvaro Henrique escreveu: >>>> >>>> Realmente na Musica nao há muito de universal. >>>>> >>>>> Mas, calma, nao estamos falando do Sudão, Brunei, ou de algum pais >>>>> árabe radical. Villa-lobos, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, todos são músicos >>>>> BRASILEIROS. >>>>> >>>>> Quando os sertanejos fazem versão em português de Musica County de >>>>> autor americano ai temos uma legitima musica "do povo" brasileiro (direitos >>>>> autorais warner). >>>>> >>>>> E preciso também citar as fontes de tal lógica de raciocínio. >>>>> >>>>> Em quarta-feira, 5 de junho de 2013, Damián Keller escreveu: >>>>> >>>>>> Prezado Mario, >>>>>> >>>>>> > A MÚSICA É UMA LINGUAGEM UNIVERSAL PORTANTO JAMAIS DEVEMOS >>>>>> TRANSFORMÁ-LA EM BANDEIRA POLÍTICA ESSE SIM É UM GRANDE CRIME CONTRA AS >>>>>> ARTES E O CONHECIMENTO !!!! >>>>>> >>>>>> Por favor, vc poderia citar a(s) fonte(s) que vc está usando para >>>>>> afirmar que: (1) a música é uma linguagem; (2) a música (ocidental, >>>>>> segundo tua definição) é universal? >>>>>> >>>>>> A primeira afirmação é discutível. A segunda é insustentável. >>>>>> >>>>>> Abraço, >>>>>> Damián >>>>>> >>>>>> >>>>>> Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller >>>>>> NAP | napmusica >>>>>> >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>>> ________________________________________________ >>>>>> >>>>> >>>>> >>>>> -- >>>>> Abraços, >>>>> Alvaro Henrique >>>>> >>>>> Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: >>>>> http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf >>>>> Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. >>>>> http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 >>>>> ---- >>>>> Tel.: +55(61) 9977 0535 >>>>> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU >>>>> >>>>> >>>>> ________________________________________________ >>>>> Lista de discussões ANPPOM >>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>>> ________________________________________________ >>>>> >>>> >>>> >>>> >>>> -- >>>> ------------------------------------------ >>>> Alexandre Sperandéo Fenerich >>>> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >>>> >>>> http://soundcloud.com/ale_fenerich >>>> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >>>> n-1.art.br >>>> http://soundcloud.com/n-1-1 >>>> http://www.ufjf.br/eimas/ >>>> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >>>> >>>> (55 32) 8481-8277 >>>> >>>> >>>> >>>> >>> >>> >>> -- >>> ------------------------------------------ >>> Alexandre Sperandéo Fenerich >>> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >>> >>> http://soundcloud.com/ale_fenerich >>> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >>> n-1.art.br >>> http://soundcloud.com/n-1-1 >>> http://www.ufjf.br/eimas/ >>> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >>> >>> (55 32) 8481-8277 >>> >>> >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> > > > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Sat Jun 8 20:24:52 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Sat, 8 Jun 2013 16:24:52 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_email_do_Daniel_que_me_tiro?= =?iso-8859-1?q?u_do_s=E9rio?= In-Reply-To: Message-ID: <1370733892.25331.YahooMailClassic@web140906.mail.bf1.yahoo.com> Caros colegas, Sintetizando a ideologia proposta pelo prof. Mário Marochi, podemos extrair algumas questões importantes: 1) Por mais que seja gigantesca a riqueza de repertórios e estilos variados da Música nas mais variadas práticas culturais, um curso de graduação nunca dará conta de contemplar toda esta variedade. Ele deverá contemplar habilidades e conhecimentos básicos de pelo menos algumas propostas delimitadas (uma graduação em Violino, Violão, Flauta, Trombone ou Composição, por exemplo, já tem "trabalho suficiente" para o aluno fazer em pelo menos 4 anos). Os alunos terão que correr atrás ao iniciar sua vida musical fora da instituição - isso partindo do pressuposto que todos querem realmente fazer um curso de Música, e não apenas ter um diploma ou um vínculo universitário. 2) Manter a estrutura administrativa dos cursos de Música adequada à proposta pedagógica é essencial, e não podemos perder este espaço junto à administração universitária. A aula individual tende a ser um empecilho para o MEC justamente porque ao invés de haver 40 alunos em uma sala, há apenas um. Se fizermos uma média de um aluno para cada disciplina de 15 horas (50 minutos ou 1 hora semanal), temos 4 alunos para cada 60 horas (4 horas semanais). Logo, 20 alunos são o máximo que um professor de instrumento em regime de 40 horas pode ter (20 horas em sala, mais 20 horas de planejamento). Isso é um grande problema para o MEC, que pressiona as Universidades para ter uma média de 18 alunos por docente. A média em 2008 era de 9 alunos por docente. 3) Creio ser fundamental contemplar a ideia da Diversidade Cultural em qualquer curso de Música. Muitos formandos de cursos de Bacharelado com ênfase na Música Erudita já tocaram ou tocam Música Popular. Inclusive, foi graças ao contato com a Música Popular que vários deles se motivaram a estudar Música. Porém, ainda creio ser difícil criar cursos muito abrangentes em termos de estilos musicais, pois acabamos na limitação do próprio corpo docente. Um professor que tem ampla carreira como pianista de Jazz e Bossa Nova, por exemplo, dificilmente terá conhecimento e segurança suficiente para ensinar outros estilos (como Música Contemporânea de Concerto, por exemplo). O mesmo poderia partir de um professor de violino da Música de Concerto, que provavelmente pouco conhece sobre o repertório de Violino na Música Popular. Portanto, é essencial observar também o perfil dos professores no Projeto Pedagógico dos cursos. Além disso, repertório e instrumento são dois elementos intimamente ligados entre si. A conclusão final é: as mudanças estão sendo muito rápidas, e em vários casos, estão passando por cima de muitas discussões e encaminhamentos por parte do corpo docente especializado para que as modificações ocorram de forma adequada. Com a extinção arbitrária da prova de habilidades específicas aqui, tive que criar um método de iniciação musical para quem não lê partituras, pois Piano Complementar está logo no primeiro semestre do curso (inclusive, esta cadeira tem sido um verdadeiro "front de batalha"). E o método ainda é muito fraco, pois não tive tempo de estabelecer um projeto de pesquisa para investigar qual a melhor forma de abordagem e aplicá-lo no ensino, obtendo um feedback e aprimorando-o. Além disso, objetivo da disciplina na lógica do Projeto Pedagógico se perde, pois acaba tratando de iniciação musical e passando por cima do objetivo principal, que é ensinar Teclado ou Piano funcional. Saudações Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sun Jun 9 09:40:04 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sun, 9 Jun 2013 09:40:04 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Gal autotunada Message-ID: Jogue a primeira pedra quem nunca bolou estratégia tão picareta para justificar o uso de autotuning: http://www.youtube.com/watch?v=ODH2izYn-5A bom dia e boa sorte! -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sun Jun 9 12:20:37 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sun, 9 Jun 2013 12:20:37 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Gal autotunada In-Reply-To: References: Message-ID: Em primeiro lugar, Alexandre, são "ferramentas tecnológicas atuais", e trata-se de "um comentário lírico". Em segundo, "autotune" e "autoerótico", já por si dão o título, antes mesmo da música, que, ainda no útero, já é nomeada. Em terceiro, é "quase convencional", mas muito "anticonvencional". Em quarto, e não por acaso, é como a cantora tem estado "no palco" (e ela mudou bastante): "tem um pouco desse comentário". Em quinto, "o jeito de Gal jogar o cabelo era [e continuaria sendo] muito *cool*!" Em sexto, há uma exuberância feita com sobriedade, mas muito vigor, à qual você parece insensível. E você não percebe também "a presença do cabelo com a nota", isto é, não alcança a própria essência de Gal Entenda, por favor, que "tem umas canções que eu improviso e faço, e o cabelo vem". Finalmente, você não alcança "algo histórico": a relação da cantora "com a história do cabelo na música popular". Trata-se realmente de "música de invenção", como diria o mestre. É um problema de performance e tecnologia. Abraço, Carlos 2013/6/9 Ale Fenerich Jogue a primeira pedra quem nunca bolou estratégia tão picareta para > justificar o uso de autotuning: > > > http://www.youtube.com/watch?v=ODH2izYn-5A > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Sun Jun 9 12:31:03 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Sun, 9 Jun 2013 12:31:03 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Gal autotunada In-Reply-To: References: Message-ID: Sim, eh a única forma possivel de exintencia de Sandy (no onicio) e claudia leite. agora, tb gal. Em domingo, 9 de junho de 2013, Hugo Leonardo Ribeiro escreveu: > Cada vez fico mais cansado de ouvir as baboseiras de Caetano. > Agora me fala uma coisa, é verdade que já existe Autotune para ser usado > ao vivo? > Hugo > > > 2013/6/9 Ale Fenerich 'fenerich em gmail.com');>> > >> Jogue a primeira pedra quem nunca bolou estratégia tão picareta para >> justificar o uso de autotuning: >> >> >> Autotune autoerótico >> >> >> bom dia e boa sorte! >> >> -- >> ------------------------------------------ >> Alexandre Sperandéo Fenerich >> prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ >> >> http://soundcloud.com/ale_fenerich >> http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm >> n-1.art.br >> http://soundcloud.com/n-1-1 >> http://www.ufjf.br/eimas/ >> http://www.limiares.com.br/duo-n1.html >> >> (55 32) 8481-8277 >> >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Tue Jun 11 09:58:23 2013 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 11 Jun 2013 09:58:23 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Livro derruba o mito Joseph Beuys Message-ID: Livro derruba o mito Joseph Beuys http://oglobo.globo.com/cultura/livro-derruba-mito-joseph-beuys-8636637 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Jun 10 14:14:37 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 10 Jun 2013 14:14:37 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Fraude_para_inflar_visualiza=E7=F5e?= =?iso-8859-1?q?s_de_clipes_cai_como_bomba_no_meio_musical?= Message-ID: A notícia não é nova, mas... (parece que alguém não pagou o serviço!) Para quem esteja interessado: http://www.comprarviews.com/ (este eu recomendo, ou não) 04/06/2013 00:30:00 Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio musical Esquema denunciado pelo DIA mostra que sites nacionais e internacionais vendem centenas de cliques por uma bagatela *Leandro Souto Maior* e *Ricardo Schott* ** Rio - Esquema tecnológico usado para fraudar número de visualizações de vídeos no YouTube ? através de acessos reais e não gerados por ferramenta automática ? foi denunciado ontem pelo colunista Leo Dias no DIA. Na reportagem, empresário conhecido no meio musical como Magalhães disse ser o responsável por fenômenos da internet, como clipes de artistas populares do sertanejo, entre eles Gusttavo Lima, Luan Santana, Munhoz & Mariano e Gabriel Gava, e afirmou que tentava ?falar com o escritório do Naldo?. Luan Santana, Gusttavo Lima, entre outros, foram citados como artistas que tiveram visualizações infladas por um esquema que vende até comentários em redes sociais. Eles Foto: Divulgação Procurada pelo jornal, a Som Livre, gravadora dos artistas citados, disse que não poderia esclarecer informações sobre as supostas fraudes dentro do prazo de fechamento desta edição. Já o delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Gilson Perdigão, irá analisar o caso e verificar se a situação constitui fraude. Numa rápida busca no Google, é possível encontrar sites que oferecem o serviço de venda de ?views?. Já o YouTube informou que o canal está sempre preocupado em evitar abusos contra seu sistema e ?usa diversas tecnologias para prevenir aumento artificial de visualizações por spambots, malware e qualquer outro programa? (veja nas páginas 6 e 7 como funcionam). Responsável pelas redes sociais de Luan Santana, um dos astros apontados como consumidor do serviço, Juliana Thomé diz que não conhece o especialista identificado como Magalhães, que comandaria o esquema. Thomé afirma que o sucesso de Luan é real: ?Uma vez uma pessoa ofereceu um recurso desses e a gente não aceitou. A gente sabe que o público do Luan é muito forte e muito natural, nem tem por que cogitar esse tipo de serviço. Existem, sim, mecanismos que aumentam as visualizações e esse cara parece que sabe bem do que fala, quando cita que são visitas diferentes, que consegue acessos de mobiles... Mas qualquer pessoa pode ver como o Luan mobiliza a internet?. Dos artistas citados por Magalhães, que afirmou cobrar R$ 7,5 mil a cada 1 milhão de visualizações no YouTube, o mais indignado é Luan Santana: ?Coloco os meus canais da internet para auditoria, que possa provar que a verdade é o que sustenta uma história, uma carreira, cujo sucesso é assinado junto com o público?. Em gravação, o empresário ouvido por Leo Dias contou ainda que tenta falar com Naldo e entrar no mundo do funk, mas ainda não havia conseguido. Ele afirmou que poderia ganhar qualquer premiação que angarie votos populares via internet. ?Hoje consigo ganhar o prêmio Multishow com qualquer artista?, disse. Representantes de Naldo teriam sido procurados para receberem proposta semelhante Foto: Divulgação Gerente de produtos e negócios do canal Multishow, Stella Amaral discorda: ?A Globosat emprega em seus sites de internet e processos de votação online práticas de segurança compatíveis com o mercado. A votação popular é muito importante no Prêmio Multishow, existe desde a primeira edição, e é baseada no envolvimento e no engajamento dos fãs, que se mobilizam para eleger seus artistas favoritos?. Diretor de marketing de Naldo, Mario Portella já espera a proposta com uma negativa. ?Nunca nos propuseram isso. E não adianta criar nenhum esquema baseado em fraudes. É possível criar fakes na internet para bombar determinado artista, mas não tenho como provar?, diz Portella, explicando que o trabalho realizado com seriedade envolve contato diário com fãs-clubes. ?Damos ferramentas para eles, fazemos promoções, para que comecem a divulgar. Eles criam o ?exército? de fãs a partir do momento em que os credenciamos como fãs-clubes oficiais. E um dissemina as informações para o outro. É algo que não tem custo e é espontâneo?, afirma. Criador do aplicativo musical Plaay (uma espécie de rede social de músicas), o programador João Pedro Motta conta que, no Brasil, tal procedimento ?serve mais para burlar o YouTube do que para fazer realmente uma fraude. Nos Estados Unidos, eles usam robôs, enquanto aqui são pessoas com vários perfis, muitos seguidores, que ganham pouco por não saberem o verdadeiro preço de mercado disso?, relata. ?E também não sabem o peso da propaganda na internet. Muitas vezes o que acontece é o link ser exibido até todo mundo enjoar. O próprio artista sai perdendo?. Newma Santiago, produtora da dupla Pepê & Neném, diz que foi procurada recentemente por uma pessoa oferecendo um serviço desses. ?A ideia deles é pegar os artistas que estão precisando bombar. Por isso, tem muita gente aí que não é famosa mas tem visualizações à beça?, ressalta. Também citada como cliente do esquema de Magalhães, a dupla Munhoz & Mariano descarta tais fraudes. ?Só podemos pensar que isso se trata de uma brincadeira de mau gosto. Por que razão um canal como o YouTube, conhecido no mundo inteiro por sua credibilidade, seria suscetível a um tipo de ?manobra???, disseram, através de sua assessoria. Pelo Twitter, o apresentador Danilo Gentili se manifestou sobre os esquemas denunciados, dizendo que não são novidade: ?Sempre soube disso!? http://odia.ig.com.br/diversao/2013-06-04/fraude-para-inflar-visualizacoes-de-clipes-nas-redes-sociais-cai-como-bomba-no-meio-musical.html -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Jun 10 15:08:18 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 10 Jun 2013 15:08:18 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=5BSonologia-l=5D_Fraude_para_infla?= =?iso-8859-1?q?r_visualiza=E7=F5es_de_clipes_cai_como_bomba_no_mei?= =?iso-8859-1?q?o_musical?= In-Reply-To: <1370885568.97271.YahooMailNeo@web162406.mail.bf1.yahoo.com> References: <1370885568.97271.YahooMailNeo@web162406.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Bem, não sei se o sertanejo universitário inspira a pesquisa universitária ou se a pesquisa inspira o sertanejo, mas constatei o fenômeno na pesquisa antes de ter informações d'*O Dia* sobre o Youtube. Ao colocar o texto do tabloide em relação com o de Bob Ostertag, divulgado na lista de Sonologia, fiz algumas constatações também. De modo a inflar meus índices e apresentá-los nas próximas provas para associado (ou não), passei a divulgar meus textos tanto através do Facebook quanto de nossas queridas listinhas. Não fiz estatísticas, mas, em termos muito gerais, que só valem para o site Proibidão.org, e não para o Academia.edu, já que só no primeiro utilizo o Google Analytics, não é difícil distinguir as visualizações por assim dizer "fraudulentas" das "de qualidade" (embora, certamente, a ciência possa emular estas): há visualizações de 00'00", como a há de 22'00". E por meio do Google Analytics, é possível saber de que cidade vieram, que sistema operacional foi utilizado, que navegador etc. Abraços, cv 2013/6/10 Igor Reis Reyner Não sabia que os sertanejos universitários serviam de inspiração > comportamental para certos acadêmicos. > -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Jun 10 16:24:06 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 10 Jun 2013 16:24:06 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] CFP (journal articles): Sounds of the Future: Musical and Sonic Anticipation in American Culture Message-ID: Call for Proposals ? Sounds of the Future: Musical and Sonic Anticipation in American Culture For more information: HTML: http://www.act.uni-bayreuth.de/en/cfp_7/index.html PDF-file: http://www.act.uni-bayreuth.de/resources/Act_ZfMuP_CFP_SoundsoftheFuture.pdf Potential contributors are asked to submit abstracts of no more than 500 words and a brief CV before August 30, 2013. Those selected for inclusion will be invited to submit full articles (5,000 to 7,000 words) by December 31, 2013. Please send inquiries or completed abstracts to either Jeanne Cortiel (jeanne.cortiel at uni-bayreuth.de) or Christian Schmidt (christian.schmidt at uni-bayreuth.de). We accept contributions in either English or German. All contributions will be peer-reviewed (double-blind). -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Mon Jun 10 21:49:46 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Mon, 10 Jun 2013 21:49:46 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?o_que_esperar_e_o_que_n=E3o_esperar?= =?iso-8859-1?q?_de_um_orientador?= Message-ID: Achei este texto muito bom. -- Autor: Adrian Sgarbi. Tempo estimado de leitura: 4',28'' Prometi a mim mesmo que não escreveria sobre esse assunto. Seria como um tabu. Afinal, o tema do blog é como a tecnologia pode ser útil na pesquisa. Mas recebi um tweet de @odeiomeuorientador perguntando como se faz para "deletar" um orientador. Engasguei com o café que estava bebendo. Realmente eu não tenho um aplicativo para isso. Tentarei de outro modo. * * * Já sei. Você gostaria que o seu orientador fosse como Mr. Miyagi, mas em sua opinião ele está mais para Darth Vader. Pelo visto, você não está sozinho. Na última vez em que busquei no *Google* Brasil pela frase "Eu odeio o meu orientador", encontrei quase 10.000 entradas. Isso faz alguns dias, mas não creio que essa realidade tenha melhorado.1 Talvez seja ingenuidade. Mas em minha opinião, saber o que é razoável esperar de um orientador e o que não é pode ajudar a melhorar o cenário. E quem sabe? É possível que de 10.000 o número chegue algum dia ao redor de 7.000 casos de puro ódio. Um começo, não? A relação entre orientador e orientando pode ser disfuncional de muitas formas. Por isso, ao tratar do tema, deixemos de complicá-lo com grandes expectativas. Caso estejamos de acordo nisso, já podemos passar às listas. O que esperar Em termos gerais, você tem razão ao querer que o seu orientador: - O auxilie na delimitação do tema com conselhos e técnicas de pesquisa; - Converse sobre referências bibliográficas importantes; - Encontre-o para tratar dos avanços da tese;2 - Que ele seja tão pontual quanto você nos encontros;3 - Que ele maneje encontros com o mínimo de interrupções externas;4 - Opine de forma franca sobre a qualidade de seu trabalho e informe como melhorá-lo; - Mantenha respeito recíproco no tratamento; - Que ele seja exigente quanto à qualidade de seu trabalho; - Estabeleça objetivos e prazos; - Que ele explique o ritual de defesa no seu devido tempo; - Que ele não esculhambe você no dia de sua defesa.5 O que não esperar Agora vamos ao que não esperar. Todos os itens abaixo, de um modo ou de outro, apareceram como queixas nos blogs cujo tema é "odeio o meu orientador". Sinceramente, acho que você tem grandes chances de se decepcionar se você deseja que o seu orientador: - Seja o seu terapeuta;6 - Seja seu amigo; - Responda a todas as suas perguntas;7 - Resolva os seus problemas com algum professor; - Tenha a responsabilidade de lembrar a você os prazos que você deve cumprir;8 - Trabalhe sábado, domingo, feriados ou nas férias na sua tese; - Considere uma emergência sua como se fosse uma emergência dele;9 - Fique satisfeito ao receber seus rascunhos ao invés de textos coerentes; - Fique satisfeito ao notar que você não segue suas instruções de pesquisa; - Espere por você para os encontros de discussão de tese; - Seja o revisor do seu texto.10 Alguns extras Antes de terminar, gostaria de dizer uma ou outra coisa sobre algumas situações bastante comuns que podem, ao final, também causar problemas. Considere-as como "extras". *Meu orientador orientou pouco em sua vida.* Veja por esse lado. Isso não é necessariamente um problema. Conheço professores em início de carreira que tiveram um resultado muito bom nas primeiras orientações. Além disso, sempre é possível considerar co-orientações. *Meu orientador não é uma estrela; ele é uma galáxia.* Caso o seu orientador seja tão cheio de si que considere que dedicar algum tempo para ler a sua tese é um desperdício para ele, você está encrencado. Neste caso, sugiro uma co-orientação com urgência, caso você não esteja disposto a mudar de orientador por alguma razão. *Meu orientador é famoso.* É errado pensar que a fama do seu orientador passará a você. O trabalho de escrever e de pesquisar continua sendo seu. Busque apenas manter um bom ritmo de encontros e discussão sobre o seu trabalho. Isso é crucial. *Meu orientador tem zilhões de orientandos.* Isso merece uma bandeira vermelha. É ruim para a instituição e também para você. Um orientador com muitos orientandos é um orientador sem tempo. Fuja desses casos. *Eu nunca fiz uma pesquisa antes.* Sempre há um começo. Isso valeu para o orientador inexperiente e vale para o pesquisador inexperiente também. Nesse caso, procure um modelo de profissional que você admira, leia os seus estudos e seja sincero com o seu orientador a respeito de suas dificuldades. Lembre-se de que se você já tivesse todas as qualidades prontas de um pesquisador, pouco sentido faria ingressar em um mestrado ou em um doutorado para aprendê-las.11 Assim, @odeiomeuorientador; espero que este *post* o ajude. E para aqueles que eu já orientei? Bem, vale a leitura da teoria Budista do Karma . ------------------------------ 1. Para surpresa minha há muitos blogs dedicados ao tema. ? 2. Normalmente, um encontro por mês como média. Estágios iniciais da tese podem demandar maior frequência e fase mais adiantada, menos. Portanto, caso ele nunca esteja disponível, isso é ruim. Muito ruim. ? 3. De todo modo, imprevistos acontecem. Mantenha os seus dados atualizados na secretaria do programa de pós-graduação. ? 4. Sem dúvida seu orientador pode ser atarefado mas interrupções constantes atrapalham a orientação. Caso inúmeras interrupções estejam ocorrendo pergunte (sem irritação) ao seu orientador se vocês deveriam marcar outro horário. ? 5. Eu já testemunhei orientadores criticando o trabalho do próprio orientando durante a defesa. Pessoalmente, acho isso descabido e feio. ? 6. Note a diferença: uma coisa é receber a informação - de você - que há alguns problemas externos à universidade que podem comprometer algum prazo anteriormente estabelecido (fato relevante que deve ser compartilhado com o seu orientador); outra é querer que ele escute e opine sobre questões pessoais suas (fato pessoal seu que ele dificilmente aceitará participar). ? 7. Parte do trabalho que você tem como pesquisador é pesquisar. Ademais, um bom sinal quando você está trabalhando em uma tese é tratar de algo que seja novo para o seu orientador e que ele considere interessante a ponto de merecer pesquisa. ? 8. Para isso você deve se informar na secretaria de seu programa e manter um calendário com essas informações. Recomendo que você crie um calendário *Google* e o deixe sincronizado com o seu telefone celular e computador. ? 9. Portanto, planeje e trabalhe buscando antecipar problemas. ? 10. Embora sejam esperáveis observações sobre estilo e sobre a qualidade de seu texto. ? 11. Mas peça essa ajuda logo no começo. Porque pouco o ajudará dizer ao seu orientador que você não sabe anotar um texto quando faltam seis meses para entregar a sua tese de doutoramento. ? http://pesquisatec.com/new-blog/2013/5/31/o-que-esperar-e-o-que-no-esperar-de-um-orientador -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Mon Jun 10 22:14:17 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Mon, 10 Jun 2013 18:14:17 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] Enc: CHAMADA REVISTA A TEMPO Message-ID: <1370913257.32422.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Encaminhando... Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br De: Gina Denise Assunto: CHAMADA REVISTA A TEMPO Data: Segunda-feira, 10 de Junho de 2013, 21:10 Encontra-se aberta a chamada do número 04 da Revista a tempo, da FACULDADE DE MÚSICA DO ESPÍRITO SANTO. As normas para submissão se encontram em anexo. Serão aceitos artigos inéditos de autores da área da música ou áreas afins. Na ocasião, solicitamos gentilmente, aos nossos amigos e parceiros, ampla divulgação desta chamada. Faculdade de Música do Espírito Santo "Maurício de Oliveira"Praça Américo Poli Monjardim, 60 Centro, Vitória -  ES, CEP 29.010-640. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Chamada a tempo.doc Tipo: application/msword Tamanho: 40448 bytes Descrição: não disponível URL: From reynerpianista em yahoo.com.br Mon Jun 10 14:32:48 2013 From: reynerpianista em yahoo.com.br (Igor Reis Reyner) Date: Mon, 10 Jun 2013 10:32:48 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?=5BSonologia-l=5D_=EF=BB=BFFraude_para_i?= =?utf-8?q?nflar_visualiza=C3=A7=C3=B5es_de_clipes_cai_como_bomba_no_meio_?= =?utf-8?q?musical?= In-Reply-To: References: Message-ID: <1370885568.97271.YahooMailNeo@web162406.mail.bf1.yahoo.com> Não sabia que os sertanejos universitários serviam de inspiração comportamental para certos acadêmicos. ________________________________ De : Carlos Palombini À : anppom-l em iar.unicamp.br; Pesquisadores em Sonologia (Música) Envoyé le : Lundi 10 juin 2013 14h14 Objet : [Sonologia-l] ?Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio musical A notícia não é nova, mas... (parece que alguém não pagou o serviço!) Para quem esteja interessado: http://www.comprarviews.com/ (este eu recomendo, ou não) 04/06/2013 00:30:00 Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio musical Esquema denunciado pelo DIA mostra que sites nacionais e internacionais vendem centenas de cliques por uma bagatela Leandro Souto Maior e Ricardo Schott Rio - Esquema tecnológico usado para fraudar número de visualizações de vídeos no YouTube ? através de acessos reais e não gerados por ferramenta automática ? foi denunciado ontem pelo colunista Leo Dias no DIA. Na reportagem, empresário conhecido no meio musical como Magalhães disse ser o responsável por fenômenos da internet, como clipes de artistas populares do sertanejo, entre eles Gusttavo Lima, Luan Santana, Munhoz & Mariano e Gabriel Gava, e afirmou que tentava ?falar com o escritório do Naldo?. Luan Santana, Gusttavo Lima, entre outros, foram citados como artistas que tiveram visualizações infladas por um esquema que vende até comentários em redes sociais. Eles Foto:  Divulgação Procurada pelo jornal, a Som Livre, gravadora dos artistas citados, disse que não poderia esclarecer informações sobre as supostas fraudes dentro do prazo de fechamento desta edição. Já o delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Gilson Perdigão, irá analisar o caso e verificar se a situação constitui fraude. Numa rápida busca no Google, é possível encontrar sites que oferecem o serviço de venda de ?views?. Já o YouTube informou que o canal está sempre preocupado em evitar abusos contra seu sistema e ?usa diversas tecnologias para prevenir aumento artificial de visualizações por spambots, malware e qualquer outro programa? (veja nas páginas 6 e 7 como funcionam). Responsável pelas redes sociais de Luan Santana, um dos astros apontados como consumidor do serviço, Juliana Thomé diz que não conhece o especialista identificado como Magalhães, que comandaria o esquema. Thomé afirma que o sucesso de Luan é real: ?Uma vez uma pessoa ofereceu um recurso desses e a gente não aceitou. A gente sabe que o público do Luan é muito forte e muito natural, nem tem por que cogitar esse tipo de serviço. Existem, sim, mecanismos que aumentam as visualizações e esse cara parece que sabe bem do que fala, quando cita que são visitas diferentes, que consegue acessos de mobiles... Mas qualquer pessoa pode ver como o Luan mobiliza a internet?. Dos artistas citados por Magalhães, que afirmou cobrar R$ 7,5 mil a cada 1 milhão de visualizações no YouTube, o mais indignado é Luan Santana: ?Coloco os meus canais da internet para auditoria, que possa provar que a verdade é o que sustenta uma história, uma carreira, cujo sucesso é assinado junto com o público?. Em gravação, o empresário ouvido por Leo Dias contou ainda que tenta falar com Naldo e entrar no mundo do funk, mas ainda não havia conseguido. Ele afirmou que poderia ganhar qualquer premiação que angarie votos populares via internet. ?Hoje consigo ganhar o prêmio Multishow com qualquer artista?, disse. Representantes de Naldo teriam sido procurados para receberem proposta semelhanteFoto:  Divulgação Gerente de produtos e negócios do canal Multishow, Stella Amaral discorda: ?A Globosat emprega em seus sites de internet e processos de votação online práticas de segurança compatíveis com o mercado. A votação popular é muito importante no Prêmio Multishow, existe desde a primeira edição, e é baseada no envolvimento e no engajamento dos fãs, que se mobilizam para eleger seus artistas favoritos?. Diretor de marketing de Naldo, Mario Portella já espera a proposta com uma negativa. ?Nunca nos propuseram isso. E não adianta criar nenhum esquema baseado em fraudes. É possível criar fakes na internet para bombar determinado artista, mas não tenho como provar?, diz Portella, explicando que o trabalho realizado com seriedade envolve contato diário com fãs-clubes. ?Damos ferramentas para eles, fazemos promoções, para que comecem a divulgar. Eles criam o ?exército? de fãs a partir do momento em que os credenciamos como fãs-clubes oficiais. E um dissemina as informações para o outro. É algo que não tem custo e é espontâneo?, afirma. Criador do aplicativo musical Plaay (uma espécie de rede social de músicas), o programador João Pedro Motta conta que, no Brasil, tal procedimento ?serve mais para burlar o YouTube do que para fazer realmente uma fraude. Nos Estados Unidos, eles usam robôs, enquanto aqui são pessoas com vários perfis, muitos seguidores, que ganham pouco por não saberem o verdadeiro preço de mercado disso?, relata. ?E também não sabem o peso da propaganda na internet. Muitas vezes o que acontece é o link ser exibido até todo mundo enjoar. O próprio artista sai perdendo?. Newma Santiago, produtora da dupla Pepê & Neném, diz que foi procurada recentemente por uma pessoa oferecendo um serviço desses. ?A ideia deles é pegar os artistas que estão precisando bombar. Por isso, tem muita gente aí que não é famosa mas tem visualizações à beça?, ressalta. Também citada como cliente do esquema de Magalhães, a dupla Munhoz & Mariano descarta tais fraudes. ?Só podemos pensar que isso se trata de uma brincadeira de mau gosto. Por que razão um canal como o YouTube, conhecido no mundo inteiro por sua credibilidade, seria suscetível a um tipo de ?manobra???, disseram, através de sua assessoria. Pelo Twitter, o apresentador Danilo Gentili se manifestou sobre os esquemas denunciados, dizendo que não são novidade: ?Sempre soube disso!? http://odia.ig.com.br/diversao/2013-06-04/fraude-para-inflar-visualizacoes-de-clipes-nas-redes-sociais-cai-como-bomba-no-meio-musical.html -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org _______________________________________________ sonologia-l mailing list sonologia-l em listas.unicamp.br https://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/sonologia-l -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Tue Jun 11 17:30:07 2013 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 11 Jun 2013 17:30:07 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Livro derruba o mito Joseph Beuys In-Reply-To: <1370971588900.1794385386@boxbe> References: <1370971588900.1794385386@boxbe> Message-ID: Oi, Pedro: Concordo. Uma coisa é a obra, outra coisa é o artista. Adoro e reverencio a obra do antissemita Richard Wagner e do anticomunista fanático Nelson Rodrigues. Abraço, Jorge Antunes 2013/6/11 Pedro Filho > [image: Boxbe] Pedro Filho ( > pedrofilhoamorim em gmail.com) added themselves to your Guest List| Remove > them| Block > them > > Importante postar isso aqui, Jorge, sobretudo porque muitos músico(logo)s > não conhecemos esse artista seminal do século XX. > > Vale a pena ler o livro, certamente. > > Mas antes vale a pena conhecer MESMO a obra de Beuys, pra ter base de > comparação e ver se as ações dele por si fazem mais sentido do que um > suposto envolvimento com nazistas. O cara fez muitas coisas (ações práticas > na sociedade, com conseqüências contundentes) que contradizem uma suposta > ideologia racista ou xenofóbica. > > Leiamos o livro e conheçamos sua obra. > > > > > 2013/6/11 Jorge Antunes > >> Livro derruba o mito Joseph Beuys >> >> http://oglobo.globo.com/cultura/livro-derruba-mito-joseph-beuys-8636637 >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > -- > Pedro Filho Amorim > > http://soundcloud.com/peofilho > http://www.myspace.com/pedrofilho > http://peofilho.wordpress.com/ > (31)7502-3005 > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Tue Jun 11 20:28:39 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Tue, 11 Jun 2013 16:28:39 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Enc=3A_=5BFAEB=5D_As_10_profiss=C3=B5es_?= =?utf-8?q?menos_promissoras?= Message-ID: <1370993319.93523.YahooMailClassic@web140904.mail.bf1.yahoo.com> Encaminhando Essa é pra rir... Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br De: PAULO R. C. BARROS Assunto: [FAEB] As 10 profissões menos promissoras   http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/pordentrodasprofissoes/as-10-profissoes-menos-promissoras/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesab#.Ubc1Sts3DHs.facebook   __._,_.___ | através de email | Responder através da web | Adicionar um novo tópico Mensagens neste tópico (1) Atividade nos últimos dias: Visite seu Grupo =*=*=*=*=*=*=*=*=*    [  FAEB - Federação de Arte Educadores do Brasil  ] Site da Faeb - http://www.faeb.art.br Enviar mensagem: faeb em yahoogrupos.com.br            Participar da comunidade: faeb-subscribe em yahoogrupos.com.br Cancelar assinatura: faeb-unsubscribe em yahoogrupos.com.br Trocar para: Só Texto, Resenha Diária ? Sair do grupo ? Termos de uso . __,_._,___ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Tue Jun 11 20:34:50 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Tue, 11 Jun 2013 20:34:50 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Estudante_=E9_internado_ap=F3s_inse?= =?iso-8859-1?q?rir_no_Curr=EDculo_Lattes_uma_participa=E7=E3o_em_q?= =?iso-8859-1?q?uermesse?= Message-ID: Deu no *Diário Pernambucano*: Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesseUma estranha psicopatologia vem tomando uma parcela dos universitários brasileiros e causando rebu entre os psiquiatras. Trata-se da Síndrome Lattes, cujo nome deriva da Plataforma Lattes: distinta entre os estudantes e professores universitários por ser a base do indispensável e burocrático Currículo Lattes. O Lattes, assim popularmente conhecido, é uma espécie de embarcação meritocrática que facilita a navegação no oceano universitário das vaidades. Considerada uma patologia de grau intenso, a Síndrome Lattes impele o adoentado a montar uma realidade paralela que costuma identificar ao seu currículo que passará a estar repleto de atividades não-acadêmicas, invencionices e ocupações excêntricas. Tudo isso sustentado por uma linguagem privada ou mesmo esquizofrênica. ?Quanto mais o infeliz atualiza o Currículo Lattes, seja participando de eventos estranhos ou escrevendo textos esquisitos, mais a contingência por atualizá-lo aumenta?, afirma o Dr. Carlos Aleiva, da USP. Foi o que aconteceu com Plínio Caldas da Silva, estudante de Ciência Política na UNIFESP da Baixada Santista. Ao passar uma tarde na Quermesse da Gota de Leite, tradicional em Santos, Carlos voltou até sua casa com um comportamento que deixara de ser inabitual. ?Carlinhos saiu dizendo que ia realizar um trabalho de campo para uma disciplina de Antropologia. Para mim, apenas uma quermesse. Chegou angustiado em casa, abriu o Currículo Lattes, atualizou, soltou um grito atemorizante e me deu um abraço forte. Semana passada, doou sangue no Hospital Beneficência Portuguesa e pôs no currículo que se tratou de uma participação em evento internacional. Não sabia mais o que fazer e acabei por interná-lo!?, afirmou Maria Neuza da Silva, mãe. http://www.diariopernambucano.com.br/noticias/estudante-e-internado-apos-inserir-no-curriculo-lattes-uma-participacao-em-quermesse/ -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From whvalent em terra.com.br Tue Jun 11 21:18:02 2013 From: whvalent em terra.com.br (=?iso-8859-1?Q?Helo=EDsa_e_Wagner_Valente?=) Date: Tue, 11 Jun 2013 21:18:02 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?R=E1dio_e_redes_digitais=3A_linguag?= =?iso-8859-1?q?ens_e_pol=EDticas_p=FAblicas=2E_Encontro_com_Jos=E9?= =?iso-8859-1?q?_Luis_Fern=E1ndez=3A_favor_divulgar!?= Message-ID: <001f01ce6702$52677330$f7365990$@terra.com.br> “Rádio e Redes Digitais: Linguagens e políticas públicas” é o tema do encontro promovido pelo Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura do Ouvir, pelo Musimid – Centro de Estudos em Música e Mídia (ECA-USP) e pelo Mestrado em Políticas Públicas da Universidade de Mogi das Cruzes, em 27 de junho. No evento o sociólogo argentino José Luis Fernández dialogará com pesquisadores(as) brasileiros(as) a respeito de suas pesquisas no universo da semiótica radiofônica. José Luis Fernández, professor da Universidade de Buenos Aires, lançou recentemente a obra “La captura de la audiencia radiofónica”, pela Líber Editores. O autor é um dos investigadores que impulsiona os estudos sobre a semiótica radiofônica na América Latina. Suas pesquisas mantém um diálogo construtivo com as teorias semióticas clássicas e exploram as relações com os meios e ambientes convergentes ao rádio. Dia 27 de junho, quinta-feira, das 14 às 16h00, na Cásper Líbero. Rádio e redes digitais: linguagens e políticas públicas. Encontro com José Luis Fernández Inscrições e informações: http://www.casperlibero.edu.br/noticias/index.php/,n=9362.html -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cmgabr em yahoo.com.br Thu Jun 13 09:07:44 2013 From: cmgabr em yahoo.com.br (Cristiane Almeida) Date: Thu, 13 Jun 2013 05:07:44 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?U2ltcMOzc2lvIFRlbcOhdGljbyAiTcO6c2ljYSwg?= =?utf-8?q?Antropologia_e_=EF=BB=BFHist=C3=B3ria=22?= In-Reply-To: <1370865992.5590.YahooMailNeo@web161601.mail.bf1.yahoo.com> References: <1370865992.5590.YahooMailNeo@web161601.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: <1371125264.43943.YahooMailNeo@web120305.mail.ne1.yahoo.com> Prezados(as), encaminho o email abaixo para divulgação, como solicitado pelo prof. Leandro de Oliveira. Att., Cristiane Almeida UFPE Prezado(a), Estou escrevendo para lhe solicitar uma gentileza. Sou professor da Universidade Regional do Cariri, e estarei em setembro próximo coordenando o simpósio "Música, Antropologia e História" (em parceria com uma etnomusicóloga do RJ) no Seminário Nacional História e Contemporaneidades, a ser realizado aqui na URCA. Por favor, ajudar a divulgar entre possíveis interessados (colegas e/ou alunos). Encaminho, logo abaixo, o resumo do simpósio temático. O Seminário ocorrerá de 17 a 20 de setembro deste ano, na cidade do Crato/ CE, e os STs estão programados para os dias 19/09 e 20/09. O requisito para inscrição e participação como expositor nos STs é ser graduado em qualquer área (mais informações em https://historiaecontemporaneidades.wordpress.com/inscricoes/). O prazo limite para inscrições (e envio do texto completo e/ou resumo, para publicação em cd-rom com ISBN) é dia 30 de junho. Grato desde já pela atenção, Leandro de Oliveira   Leandro de Oliveira Professor do dep. de Ciências Sociais, Universidade Regional do Cariri (DECISO/ URCA) Doutor em Antropologia Social PPGAS/ Museu Nacional/ UFRJ Grupos de Pesquisa no CNPQ: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=7922561640412148 Lattes:http://lattes.cnpq.br/7922561640412148 Universidade Regional do Cariri (Departamento de Ciências Sociais) Rua Cel. Antônio Luis, 1161. Bairro: Pimenta, CEP 63100-000. Crato, CE - Brasil Telefone: (88) 3102-1212 Ramal: 2519 ST03: Simpósio Temático "Música, antropologia e história: aproximações, diálogos e interfaces contemporâneas" Coordenação: Leandro de Oliveira (Doutor em Antropologia Social PPGAS/ Museu Nacional/ UFRJ)                       Maria Goretti Fernandes (Mestre em Etnomusicologia, PPGM/ UFRJ) ?Música? é, recorrentemente, um assunto discutido por historiadores e antropólogos ? circunscrevendo objetos plurais como o fazer musical; os documentos sonoros; as relações entre música e pertencimentos identitários; as relações entre música e política (dentre outros tópicos). No campo da etnomusicologia, abordagens históricas e etnográficas são também frequentemente mobilizadas ao lado da análise de eventos sonoros organizados, visando integrar aspectos técnicos e estéticos da prática musical ao contexto sociocultural. Logo, promover o encontro entre profissionais dedicados à produção de conhecimento sobre tais conexões reveste-se de significativa relevância para os campos disciplinares da história, das ciências sociais e da música. Este simpósio temático se propõe a congregar pesquisadores com produção situada nestas interfaces, com o objetivo de refletir sobre a ?música? enquanto uma forma de atividade histórica e culturalmente situada. Serão especialmente acolhidos estudos e pesquisas que reflitam sobre as relações entre música, subjetividade e sociedade; música, Estado e política; etnografias de práticas musicais; estudos históricos ou etnográficos sobre educação musical, canto coral e/ou flauta doce; estudos sobre situações de sociabilidade, festas e rituais envolvendo música; música e religião; música e emoção; música e identidade; música e regionalismo; música e classe social; música, masculinidades e feminilidades; música, juventude e gerações; música e grupos sociais marginalizados; música, preconceito e discriminação; estética e fruição musical; música e consumo; fronteiras e hibridizações entre musica ?erudita?, musica ?tradicional? e música ?de massa?; ?histórias de vida?, carreiras e trajetórias musicais. Desejamos, por meio do debate interdisciplinar entre profissionais interessados nestes eixos temáticos, fomentar a reflexão crítica sobre o modo como a música comparece na intersecção entre diferentes esferas e aspectos da vida social. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Wed Jun 12 15:36:52 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Wed, 12 Jun 2013 15:36:52 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Estudante_=E9_internado_ap=F3s_inse?= =?iso-8859-1?q?rir_no_Curr=EDculo_Lattes_uma_participa=E7=E3o_em_q?= =?iso-8859-1?q?uermesse?= In-Reply-To: References: Message-ID: eu sei, basta ler o subtítulo do jornal pra se dar conta disso: "falsiê, mas sem farsas". 2013/6/12 Fernando Rossit Essa notícia é fake. O "Diário Pernambucano" - > http://www.diariopernambucano.com.br - é como o "G17" - www.g17.com.br - > confira na seção "Quem somos": > http://www.diariopernambucano.com.br/quem-somos-2/ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Wed Jun 12 20:16:18 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Wed, 12 Jun 2013 16:16:18 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Estudante_=E9_internado_ap=F3s_inse?= =?iso-8859-1?q?rir_no_Curr=EDculo_Lattes_uma_participa=E7=E3o_em_quermess?= =?iso-8859-1?q?e?= In-Reply-To: Message-ID: <1371078978.39962.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Pois é... Já vi até professores colocando como apresentação artística que tocaram caixa de fósforo numa apresentação musical em um buteco copo sujo... o que os teóricos não fazem pra parecer músicos, não é? Isso que é Lattesmania! Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Wed Jun 12 22:29:55 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Wed, 12 Jun 2013 18:29:55 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] Cultura ou Sociedade? Message-ID: <1371086995.52416.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Prezados, Segue mais uma breve reflexão: Cultura e Sociedade: Cultura ou Sociedade? Abraços, Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From duanacs em gmail.com Wed Jun 12 15:04:31 2013 From: duanacs em gmail.com (Duana Castro) Date: Wed, 12 Jun 2013 15:04:31 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Chamada para inRevista Message-ID: Olá, ** ** Segue a chamada de artigos para a inRevista, assuntos ligados a área de Comunicação e Cultura. O prazo para recebimento d os artigos vai até o dia 01 de julho.**** ** ** Conto com vocês não apenas para enviar textos próprios, mas também para divulgar a oportunidade.**** ** ** Abraços**** -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: chamada revista 201301.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 136817 bytes Descrição: não disponível URL: From fhrossit em gmail.com Wed Jun 12 14:52:05 2013 From: fhrossit em gmail.com (Fernando Rossit) Date: Wed, 12 Jun 2013 14:52:05 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Estudante_=E9_internado_ap=F3s_inse?= =?iso-8859-1?q?rir_no_Curr=EDculo_Lattes_uma_participa=E7=E3o_em_q?= =?iso-8859-1?q?uermesse?= In-Reply-To: References: Message-ID: Carlos, Essa notícia é fake. O "Diário Pernambucano" - http://www.diariopernambucano.com.br - é como o "G17" - www.g17.com.br - confira na seção "Quem somos": http://www.diariopernambucano.com.br/quem-somos-2/ Abraços, Fernando Rossit 2013/6/11 Carlos Palombini > Deu no *Diário Pernambucano*: > Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em > quermesseUma estranha psicopatologia vem tomando uma parcela dos > universitários brasileiros e causando rebu entre os psiquiatras. Trata-se > da Síndrome Lattes, cujo nome deriva da Plataforma Lattes: distinta > entre os estudantes e professores universitários por ser a base do > indispensável e burocrático Currículo Lattes. O Lattes, assim popularmente > conhecido, é uma espécie de embarcação meritocrática que facilita a > navegação no oceano universitário das vaidades. Considerada uma patologia > de grau intenso, a Síndrome Lattes impele o adoentado a montar uma > realidade paralela que costuma identificar ao seu currículo que passará a > estar repleto de atividades não-acadêmicas, > invencionices e ocupações excêntricas. Tudo isso sustentado por uma > linguagem privada ou mesmo esquizofrênica. ?Quanto mais o infeliz atualiza > o Currículo Lattes, seja participando de eventos estranhos ou escrevendo > textos esquisitos, mais a contingência por atualizá-lo aumenta?, afirma o > Dr. Carlos Aleiva, da USP. Foi o que aconteceu com Plínio Caldas da Silva, > estudante de Ciência Política na UNIFESP da Baixada Santista. Ao passar uma > tarde na Quermesse da Gota de Leite, tradicional em Santos, Carlos voltou > até sua casa com um comportamento que deixara de ser inabitual. ?Carlinhos > saiu dizendo que ia realizar um trabalho de campo para uma disciplina de > Antropologia. Para mim, apenas uma quermesse. Chegou angustiado em casa, > abriu o Currículo Lattes, atualizou, soltou um grito atemorizante e me deu > um abraço forte. Semana passada, doou sangue no Hospital Beneficência > Portuguesa e pôs no currículo que se tratou de uma participação em evento > internacional. Não sabia mais o que fazer e acabei por interná-lo!?, > afirmou Maria Neuza da Silva, mãe. > > > http://www.diariopernambucano.com.br/noticias/estudante-e-internado-apos-inserir-no-curriculo-lattes-uma-participacao-em-quermesse/ > > -- > carlos palombini > pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio > ufmg.academia.edu/CarlosPalombini > proibidao.org > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- Fernando Rossit -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From gustavoangelod em gmail.com Thu Jun 13 00:57:15 2013 From: gustavoangelod em gmail.com (gustavo dias) Date: Thu, 13 Jun 2013 00:57:15 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Enc=3A_=5BFAEB=5D_As_10_profiss=F5e?= =?iso-8859-1?q?s_menos_promissoras?= In-Reply-To: <1370993319.93523.YahooMailClassic@web140904.mail.bf1.yahoo.com> References: <1370993319.93523.YahooMailClassic@web140904.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Pois é... menos promissoras em qual sentido? "Foram usados quatro critérios: salário dos recém formados, salários dos profissionais mais experientes, taxa de desemprego entre recém formados e taxa de desemprego entre profissionais mais experientes." Claro, claro, do ponto de vista financeiro. Como se fosse a única coisa interessante nessa vida. Para mim a minha profissão (músico, pesquisador, professor) é uma das mais promissoras de todas do ponto de vista humano, pois sem a arte, a pesquisa, o conhecimento eu me sentiria extremamente vazio. Ainda que ganhasse muito bem. Não consigo me imaginar trabalhando no escritório de uma empresa, por exemplo, fazendo planilhas com projeções de gastos etc etc (embora não tenho nada contra quem opte por isso). Tenho que dizer que se eu abandonasse o que eu amo fazer por melhores chances de ganhar grana eu seria acometido por uma tristeza nada promissora... Gustavo Dias. Em 11 de junho de 2013 20:28, Daniel Lemos escreveu: > > Encaminhando > Essa é pra rir... > > Daniel Lemos Cerqueira > > http://musica.ufma.br > > De: PAULO R. C. BARROS > Assunto: [FAEB] As 10 profissões menos promissoras > > > > > > http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/pordentrodasprofissoes/as-10-profissoes-menos-promissoras/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesab#.Ubc1Sts3DHs.facebook > > > __._,_.___ > > | através > de email| Responder > através da web| Adicionar > um novo tópico > Mensagens neste tópico( > 1) > Atividade nos últimos dias: > > > Visite seu Grupo > =*=*=*=*=*=*=*=*=* > > > [ FAEB - Federação de Arte Educadores do Brasil ] > > Site da Faeb - http://www.faeb.art.br > Enviar mensagem: > faeb em yahoogrupos.com.br > > Participar da comunidade: > faeb-subscribe em yahoogrupos.com.br > > Cancelar assinatura: > faeb-unsubscribe em yahoogrupos.com.br > [image: Yahoo! Grupos] > Trocar para: Só Texto, > Resenha Diária? Sair > do grupo? Termos > de uso > . > > __,_._,___ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rodrigocantos em hotmail.com Wed Jun 12 12:24:58 2013 From: rodrigocantos em hotmail.com (Rodrigo Cantos Savelli Gomes) Date: Wed, 12 Jun 2013 12:24:58 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Estudante_=C3=A9_internado_ap=C3=B3s_ins?= =?utf-8?q?erir_no_Curr=C3=ADculo_Lattes_uma_participa=C3=A7=C3=A3o_em_que?= =?utf-8?q?rmesse?= In-Reply-To: References: Message-ID: Oi Carlos, A informação não parece ser verdadeira, apesar de ser perfeitamente possível. Certamente, no facebook deve ter milhares de casos como este, mas no lattes, me pareceu meio estranho. Nunca ouvi falar de alguém que gostasse de atualizar o seu lattes. A imagem do site mostra uma mulher, mas a reportagem refere-se a um homem. Além disso, não há nenhum Plínio Caldas da Silva cadastrado no Lattes. Parece mais um desse boatos/mitos da internet. abraço Rodrigo Date: Tue, 11 Jun 2013 20:34:50 -0300 From: cpalombini em gmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br; sonologia-l em listas.unicamp.br Subject: [ANPPOM-Lista] Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesse Deu no Diário Pernambucano: Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesseUma estranha psicopatologia vem tomando uma parcela dos universitários brasileiros e causando rebu entre os psiquiatras. Trata-se da Síndrome Lattes, cujo nome deriva da Plataforma Lattes: distinta entre os estudantes e professores universitários por ser a base do indispensável e burocrático Currículo Lattes. O Lattes, assim popularmente conhecido, é uma espécie de embarcação meritocrática que facilita a navegação no oceano universitário das vaidades. Considerada uma patologia de grau intenso, a Síndrome Lattes impele o adoentado a montar uma realidade paralela que costuma identificar ao seu currículo que passará a estar repleto de atividades não-acadêmicas, invencionices e ocupações excêntricas. Tudo isso sustentado por uma linguagem privada ou mesmo esquizofrênica. ?Quanto mais o infeliz atualiza o Currículo Lattes, seja participando de eventos estranhos ou escrevendo textos esquisitos, mais a contingência por atualizá-lo aumenta?, afirma o Dr. Carlos Aleiva, da USP. Foi o que aconteceu com Plínio Caldas da Silva, estudante de Ciência Política na UNIFESP da Baixada Santista. Ao passar uma tarde na Quermesse da Gota de Leite, tradicional em Santos, Carlos voltou até sua casa com um comportamento que deixara de ser inabitual. ?Carlinhos saiu dizendo que ia realizar um trabalho de campo para uma disciplina de Antropologia. Para mim, apenas uma quermesse. Chegou angustiado em casa, abriu o Currículo Lattes, atualizou, soltou um grito atemorizante e me deu um abraço forte. Semana passada, doou sangue no Hospital Beneficência Portuguesa e pôs no currículo que se tratou de uma participação em evento internacional. Não sabia mais o que fazer e acabei por interná-lo!?, afirmou Maria Neuza da Silva, mãe. http://www.diariopernambucano.com.br/noticias/estudante-e-internado-apos-inserir-no-curriculo-lattes-uma-participacao-em-quermesse/ -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Thu Jun 13 12:28:07 2013 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Thu, 13 Jun 2013 12:28:07 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Enc=3A_=5BFAEB=5D_As_10_profiss=F5e?= =?iso-8859-1?q?s_menos_promissoras?= In-Reply-To: References: <1370993319.93523.YahooMailClassic@web140904.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Será que o Ministério da Cultura deve lançar uma campanha "sou feliz sendo artista"? Abraços, Alvaro Henrique Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 ---- Tel.: +55(61) 9977 0535 http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU Em 13 de junho de 2013 00:57, gustavo dias escreveu: > Pois é... menos promissoras em qual sentido? > > "Foram usados quatro critérios: salário dos recém formados, salários dos > profissionais mais experientes, taxa de desemprego entre recém formados e > taxa de desemprego entre profissionais mais experientes." > > Claro, claro, do ponto de vista financeiro. Como se fosse a única coisa > interessante nessa vida. Para mim a minha profissão (músico, pesquisador, > professor) é uma das mais promissoras de todas do ponto de vista humano, > pois sem a arte, a pesquisa, o conhecimento eu me sentiria extremamente > vazio. Ainda que ganhasse muito bem. > Não consigo me imaginar trabalhando no escritório de uma empresa, por > exemplo, fazendo planilhas com projeções de gastos etc etc (embora não > tenho nada contra quem opte por isso). Tenho que dizer que se eu > abandonasse o que eu amo fazer por melhores chances de ganhar grana eu > seria acometido por uma tristeza nada promissora... > > Gustavo Dias. > > Em 11 de junho de 2013 20:28, Daniel Lemos escreveu: > >> >> Encaminhando >> Essa é pra rir... >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> >> http://musica.ufma.br >> >> De: PAULO R. C. BARROS >> Assunto: [FAEB] As 10 profissões menos promissoras >> >> >> >> >> >> http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/pordentrodasprofissoes/as-10-profissoes-menos-promissoras/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesab#.Ubc1Sts3DHs.facebook >> >> >> __._,_.___ >> >> | através >> de email| Responder >> através da web| Adicionar >> um novo tópico >> Mensagens neste tópico( >> 1) >> Atividade nos últimos dias: >> >> >> Visite seu Grupo >> =*=*=*=*=*=*=*=*=* >> >> >> [ FAEB - Federação de Arte Educadores do Brasil ] >> >> Site da Faeb - http://www.faeb.art.br >> Enviar mensagem: >> faeb em yahoogrupos.com.br >> >> Participar da comunidade: >> faeb-subscribe em yahoogrupos.com.br >> >> Cancelar assinatura: >> faeb-unsubscribe em yahoogrupos.com.br >> [image: Yahoo! Grupos] >> Trocar para: Só Texto, >> Resenha Diária? Sair >> do grupo? Termos >> de uso >> . >> >> __,_._,___ >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Thu Jun 13 14:10:48 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Thu, 13 Jun 2013 14:10:48 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Estudante_=E9_internado_ap=F3s_inse?= =?iso-8859-1?q?rir_no_Curr=EDculo_Lattes_uma_participa=E7=E3o_em_q?= =?iso-8859-1?q?uermesse?= In-Reply-To: <1371078978.39962.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> References: <1371078978.39962.YahooMailClassic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: Tem toda a razão, vivemos num faz de conta do qual muito poucos escapam: teóricos fazendo de conta que são músicos, conheço poucos, embora conheça muitos músicos que não sobreviveriam no palco fazendo de conta que são professores de música, teóricos e administradores. E já que embarcamos na onda dos desabafos, que tal este aqui, do Jonathan Sterne, que me chegou no celular? We must eschew what a colleague of mine once called 'the uncritical use of > the critical', where the imperative to critique overtakes the critical > faculty itself. > Bye, Carlos 2013/6/12 Daniel Lemos -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Thu Jun 13 14:19:02 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Thu, 13 Jun 2013 14:19:02 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Estudante_=E9_internado_ap=F3s_inse?= =?iso-8859-1?q?rir_no_Curr=EDculo_Lattes_uma_participa=E7=E3o_em_q?= =?iso-8859-1?q?uermesse?= In-Reply-To: References: Message-ID: Rodrigo, Este jornal publica paródias de situações. Conheço as situações que ele parodia: 1. Trecho de manual de vestibular que vira "capítulo de livro". 2. Editoria de periódico, daqueles bem rasteiros (x escreve y) que vira "artigo em periódico científico". 3. Editor de periódico cujo periódico editado vira "livro organizado". 4. Artigo em anais de congresso que vira "artigo em periódico científico" Etc. etc. etc. Abraço, Carlos 2013/6/12 Rodrigo Cantos Savelli Gomes > > Oi Carlos, > A informação não parece ser verdadeira, apesar de ser perfeitamente > possível. Certamente, no facebook deve ter milhares de casos como este, mas > no lattes, me pareceu meio estranho. Nunca ouvi falar de alguém que > gostasse de atualizar o seu lattes. > A imagem do site mostra uma mulher, mas a reportagem refere-se a um homem. > Além disso, não há nenhum Plínio Caldas da Silva cadastrado no Lattes. > Parece mais um desse boatos/mitos da internet. > abraço > Rodrigo > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Thu Jun 13 14:27:23 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Thu, 13 Jun 2013 14:27:23 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Divulga=E7=E3o_do_EIMAS_2013?= Message-ID: Car em s colegas, Reintero a chamada de comunicações e obras musicais/sonoras para o EIMAS 2013, a ser realizado na UFJF - Juiz de Fora (MG), de 18 a 20 de Setembro. Contaremos com convidados como Raquel Stolfi e Nicolas Collins, que mistrarão oficinas, Mario Mary, João Pedro Oliveira e Rosane Yanpolschi, que estrearão obras e apresentarão palestras, e os intérpretes Eva Zollner, Stephan Kohmann, Felipe Amorim e Ana Cláudia Assis. Artigos selecionados pelo corpo editorial serão publicados na Revista do Eimas. A chamada é até 20/06. Segue o site do evento: http://www.ufjf.br/eimas/ Obrigado! Atenciosamente, Alexandre Fenerich -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Thu Jun 13 14:37:22 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Thu, 13 Jun 2013 14:37:22 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?ERRATA=3A_Divulga=E7=E3o_do_EIMAS_2?= =?iso-8859-1?q?013?= Message-ID: ERRATA: A data limite para o submissão ao EIMAS 2013 é 15/06! Obrigado! Em 13 de junho de 2013 14:27, Ale Fenerich escreveu: > Car em s colegas, > > > Reintero a chamada de comunicações e obras musicais/sonoras para o EIMAS > 2013, a ser realizado na UFJF - Juiz de Fora (MG), de 18 a 20 de Setembro. > Contaremos com convidados como Raquel Stolfi e Nicolas Collins, que > mistrarão oficinas, Mario Mary, João Pedro Oliveira e Rosane Yanpolschi, > que estrearão obras e apresentarão palestras, e os intérpretes Eva Zollner, > Stephan Kohmann, Felipe Amorim e Ana Cláudia Assis. > > Artigos selecionados pelo corpo editorial serão publicados na Revista do > Eimas. A chamada é até 20/06. Segue o site do evento: > > http://www.ufjf.br/eimas/ > > > Obrigado! > > > Atenciosamente, > > > Alexandre Fenerich > > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Thu Jun 13 14:52:31 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Thu, 13 Jun 2013 14:52:31 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] ERRATA2: EIMAS 2013 prazo 15/07 Message-ID: Car em s, nova errata: o prazo de submissão ao EIMAS é* 15 de JULHO!* Obrigado! Em 13 de junho de 2013 14:27, Ale Fenerich escreveu: > Car em s colegas, > > > Reintero a chamada de comunicações e obras musicais/sonoras para o EIMAS > 2013, a ser realizado na UFJF - Juiz de Fora (MG), de 18 a 20 de Setembro. > Contaremos com convidados como Raquel Stolfi e Nicolas Collins, que > mistrarão oficinas, Mario Mary, João Pedro Oliveira e Rosane Yanpolschi, > que estrearão obras e apresentarão palestras, e os intérpretes Eva Zollner, > Stephan Kohmann, Felipe Amorim e Ana Cláudia Assis. > > Artigos selecionados pelo corpo editorial serão publicados na Revista do > Eimas. A chamada é até 20/06. Segue o site do evento: > > http://www.ufjf.br/eimas/ > > > Obrigado! > > > Atenciosamente, > > > Alexandre Fenerich > > -- > ------------------------------------------ > Alexandre Sperandéo Fenerich > prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ > > http://soundcloud.com/ale_fenerich > http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm > n-1.art.br > http://soundcloud.com/n-1-1 > http://www.ufjf.br/eimas/ > http://www.limiares.com.br/duo-n1.html > > (55 32) 8481-8277 > > > > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From reynerpianista em yahoo.com.br Thu Jun 13 17:05:17 2013 From: reynerpianista em yahoo.com.br (Igor Reis Reyner) Date: Thu, 13 Jun 2013 13:05:17 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?b?77u/RXN0dWRhbnRlIMOpIGludGVybmFkbyBhcMOz?= =?utf-8?q?s_inserir_no_Curr=C3=ADculo_Lattes_uma_participa=C3=A7=C3=A3o_e?= =?utf-8?q?m_quermesse?= In-Reply-To: References: Message-ID: <1371153917.11319.YahooMailNeo@web162405.mail.bf1.yahoo.com> Carlos, Essa notícia é verdadeira. Eu conheço muita gente que sofre de Síndrome Lattes. Ouvi dizer de pessoas que lançam correspondência pessoal como publicação. Outras ainda lançam discurso de casamento como comunicação em congresso. Há aqueles que lançam receitas, manuais de vestibular, ofícios, portarias e até mesmo atas de reunião, tudo pelo bem da produtividade. Dizem, inclusive, que certa secretária até se gaba de ser hiper-produtiva aqui pelos lados de Minas. Só nunca tinha ouvido falar de gente sendo internada. Abraços, Igor. ________________________________ De : Fernando Rossit À : Carlos Palombini Cc : anppom-l em iar.unicamp.br Envoyé le : Mercredi 12 juin 2013 14h52 Objet : Re: [ANPPOM-Lista] ?Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesse Carlos, Essa notícia é fake. O "Diário Pernambucano" - http://www.diariopernambucano.com.br - é como o "G17" - www.g17.com.br - confira na seção "Quem somos": http://www.diariopernambucano.com.br/quem-somos-2/ Abraços, Fernando Rossit 2013/6/11 Carlos Palombini Deu no Diário Pernambucano: > >Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesseUma estranha psicopatologia vem tomando uma parcela dos universitários brasileiros e causando rebu entre os psiquiatras. Trata-se da Síndrome Lattes, cujo nome deriva da Plataforma Lattes: distinta entre os estudantes e professores universitários por ser a base do indispensável e burocrático Currículo Lattes. O Lattes, assim popularmente conhecido, é uma espécie de embarcação meritocrática que facilita a navegação no oceano universitário das vaidades. Considerada uma patologia de grau intenso, a Síndrome Lattes impele o adoentado a montar uma realidade paralela que costuma identificar ao seu currículo que passará a estar repleto de atividades não-acadêmicas, invencionices e ocupações excêntricas. Tudo isso sustentado por uma linguagem privada ou mesmo esquizofrênica. ?Quanto mais o infeliz atualiza o Currículo Lattes, seja participando de eventos estranhos ou escrevendo textos esquisitos, mais a contingência por atualizá-lo aumenta?, afirma o Dr. Carlos Aleiva, da USP. Foi o que aconteceu com Plínio Caldas da Silva, estudante de Ciência Política na UNIFESP da Baixada Santista. Ao passar uma tarde na Quermesse da Gota de Leite, tradicional em Santos, Carlos voltou até sua casa com um comportamento que deixara de ser inabitual. ?Carlinhos saiu dizendo que ia realizar um trabalho de campo para uma disciplina de Antropologia. Para mim, apenas uma quermesse. Chegou angustiado em casa, abriu o Currículo Lattes, atualizou, soltou um grito atemorizante e me deu um abraço forte. Semana passada, doou sangue no Hospital Beneficência Portuguesa e pôs no currículo que se tratou de uma participação em evento internacional. Não sabia mais o que fazer e acabei por interná-lo!?, afirmou Maria Neuza da Silva, mãe. > >http://www.diariopernambucano.com.br/noticias/estudante-e-internado-apos-inserir-no-curriculo-lattes-uma-participacao-em-quermesse/ > >-- > >carlos palombini >pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio >ufmg.academia.edu/CarlosPalombini >proibidao.org > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > -- Fernando Rossit ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rodrigocantos em hotmail.com Thu Jun 13 18:43:43 2013 From: rodrigocantos em hotmail.com (Rodrigo Cantos Savelli Gomes) Date: Thu, 13 Jun 2013 18:43:43 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Estudante_=C3=A9_internado_ap=C3=B3s_ins?= =?utf-8?q?erir_no_Curr=C3=ADculo_Lattes_uma_participa=C3=A7=C3=A3o_em_que?= =?utf-8?q?rmesse?= In-Reply-To: References: , Message-ID: OPs...devia ter desconfiado..desculpa minha ignorância..hehe ?? abraço Rodrigo From: rodrigocantos em hotmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br Date: Wed, 12 Jun 2013 12:24:58 -0300 Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesse Oi Carlos, A informação não parece ser verdadeira, apesar de ser perfeitamente possível. Certamente, no facebook deve ter milhares de casos como este, mas no lattes, me pareceu meio estranho. Nunca ouvi falar de alguém que gostasse de atualizar o seu lattes. A imagem do site mostra uma mulher, mas a reportagem refere-se a um homem. Além disso, não há nenhum Plínio Caldas da Silva cadastrado no Lattes. Parece mais um desse boatos/mitos da internet. abraço Rodrigo Date: Tue, 11 Jun 2013 20:34:50 -0300 From: cpalombini em gmail.com To: anppom-l em iar.unicamp.br; sonologia-l em listas.unicamp.br Subject: [ANPPOM-Lista] Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesse Deu no Diário Pernambucano: Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesseUma estranha psicopatologia vem tomando uma parcela dos universitários brasileiros e causando rebu entre os psiquiatras. Trata-se da Síndrome Lattes, cujo nome deriva da Plataforma Lattes: distinta entre os estudantes e professores universitários por ser a base do indispensável e burocrático Currículo Lattes. O Lattes, assim popularmente conhecido, é uma espécie de embarcação meritocrática que facilita a navegação no oceano universitário das vaidades. Considerada uma patologia de grau intenso, a Síndrome Lattes impele o adoentado a montar uma realidade paralela que costuma identificar ao seu currículo que passará a estar repleto de atividades não-acadêmicas, invencionices e ocupações excêntricas. Tudo isso sustentado por uma linguagem privada ou mesmo esquizofrênica. ?Quanto mais o infeliz atualiza o Currículo Lattes, seja participando de eventos estranhos ou escrevendo textos esquisitos, mais a contingência por atualizá-lo aumenta?, afirma o Dr. Carlos Aleiva, da USP. Foi o que aconteceu com Plínio Caldas da Silva, estudante de Ciência Política na UNIFESP da Baixada Santista. Ao passar uma tarde na Quermesse da Gota de Leite, tradicional em Santos, Carlos voltou até sua casa com um comportamento que deixara de ser inabitual. ?Carlinhos saiu dizendo que ia realizar um trabalho de campo para uma disciplina de Antropologia. Para mim, apenas uma quermesse. Chegou angustiado em casa, abriu o Currículo Lattes, atualizou, soltou um grito atemorizante e me deu um abraço forte. Semana passada, doou sangue no Hospital Beneficência Portuguesa e pôs no currículo que se tratou de uma participação em evento internacional. Não sabia mais o que fazer e acabei por interná-lo!?, afirmou Maria Neuza da Silva, mãe. http://www.diariopernambucano.com.br/noticias/estudante-e-internado-apos-inserir-no-curriculo-lattes-uma-participacao-em-quermesse/ -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From andrefadel em gmail.com Thu Jun 13 14:28:57 2013 From: andrefadel em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Andr=E9_Fadel?=) Date: Thu, 13 Jun 2013 14:28:57 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Estudante_=E9_internado_ap=F3s_inse?= =?iso-8859-1?q?rir_no_Curr=EDculo_Lattes_uma_participa=E7=E3o_em_q?= =?iso-8859-1?q?uermesse?= In-Reply-To: References: Message-ID: Senso de humor é privilégio de alguns. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From bernardogrings em yahoo.com.br Fri Jun 14 10:40:29 2013 From: bernardogrings em yahoo.com.br (Bernardo Grings) Date: Fri, 14 Jun 2013 10:40:29 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Bolsa Artista Message-ID: Prezados, divulgando o projeto de lei para apreciação e acompanhamento. http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/444988-COMISSAO-DE-CULTURA-APROVA-CRIACAO-DA-BOLSA-ARTISTA.html Att, Bernardo Bernardo Grings Mestre em Música Bacharel em Regência Licenciado em Música - Canto -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Fri Jun 14 11:01:05 2013 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Fri, 14 Jun 2013 11:01:05 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Professor_doutor_de_violoncelo_para?= =?iso-8859-1?q?_Ribeir=E3o_Preto_em_breve?= Message-ID: <004a01ce6907$9d924720$d8b6d560$@br> Caros colegas da ANPPOM, Em breve teremos concurso para professor de VIOLONCELO pela USP de Ribeirão Preto. O concurso será aberto a portadores de título de doutor, em tempo integral. Estou antecipando a informação porque como este tipo de edital geralmente fica pouco tempo aberto, já vou adiantando a notícia mesmo que de modo extra-oficial para que os possíveis interessados (violoncelistas com título de doutor) possam se organizar e viabilizar as respectivas inscrições, Agradeço a atenção de todos Prof. Dr. Rubens Russomanno Ricciardi Professor titular do Departamento de Música da FFCLRP-USP Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Ciências da Performance (NAP-CIPEM) Maestro da USP-Filarmônica Av. Bandeirantes, nº 3900 14040-901 Ribeirão Preto, SP / Brasil Tel: (55 16) 36023169 / 3136 E-mail: rrrr em usp.br -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Fri Jun 14 11:36:10 2013 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Fri, 14 Jun 2013 11:36:10 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] IN DEFENSE OF MACHINE Message-ID: *IN DEFENSE OF MACHINE* Label Pogus, New York, launches new CD with works by Jorge Antunes http://freemusicarchive.org/music/Jorge_Antunes/In_Defense_of_the_Machine/Mixolydia This new cd by Brazilian composer Jorge Antunes, one of the pioneers of electronic music in South America, consists of 7 works for instruments and tape, composed between 1965 and 2003. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Jun 15 07:27:58 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 15 Jun 2013 07:27:58 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?conselho_de_=E9tica_de_pesquisa_em_?= =?iso-8859-1?q?ci=EAncias_humanas_e_sociais?= Message-ID: Realizada reunião preliminar para criação de conselho de ética de pesquisa em ciências humanas e sociais *Reunião histórica das Associações de Ciências Humanas, Sociais e Aplicadas* [image: reuniao_conselho_etica] Mais de 20 representantes de Associações Científicas brasileiras reuniram-se no dia 11 de junho na Universidade de Brasília para encaminhar a proposta de formação de um Conselho de Ética em Pesquisa, no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que regule a ética na pesquisa em suas áreas. Na ocasião, formou-se um GT que amplia o anterior Comitê de Ética na Pesquisa formado pela ABA/ANPOCS para aperfeiçoar uma minuta apresentada e amplamente discutida na reunião (acesse aqui a minuta preliminar). O documento será posteriormente levado ao Ministro Marco Antonio Raupp, do MCTI. A reunião, coordenada pelos presidentes da ANPOCS e da ABA, decidiu também formar preliminarmente o Fórum de Associações das Ciências Humanas, Sociais e Ciências Sociais Aplicadas como espaço político de encontro e encaminhamento de propostas de interesse dessas áreas. A próxima reunião do Fórum ocorrerá em julho durante a SBPC, em Recife. *Entenda o processo.* No dia 22 de abril, os presidentes da ANPOCS, Gustavo Lins Ribeiro, e da ABA, Carmen Rial, tiveram uma proveitosa reunião com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação que recebeu, positivamente, algumas reivindicações históricas das ciências sociais e humanas. Dentre elas, destaca-se a disposição de criar um Conselho de Ética de Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais internamente ao MCTI. Na ocasião, o Ministro Raupp solicitou que fosse apresentada uma proposta concreta. Dessa forma, organizou-se uma ampla convocação de associações científicas da área de ciências sociais e humanas a fim de elaborar uma proposta de Conselho bem como de normatização específica que seja equivalente à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que rege a pesquisa envolvendo seres humanos. http://www.anpocs.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=825:realizada-reuniao-preliminar-para-criacao-de-conselho-de-etica-de-pesquisa-em-ciencias-humanas-e-sociais -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tiago.carvalho em yahoo.com.br Mon Jun 17 08:52:15 2013 From: tiago.carvalho em yahoo.com.br (Tiago de Quadros Maia Carvalho) Date: Mon, 17 Jun 2013 08:52:15 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET/I Encontro Regional Norte da ABET Message-ID: Caros, Informo que a estão disponíveis para download, no site oficial da ABET, os anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET / I Encontro Regional Norte da ABET. http://www.abetmusica.org.br/conteudo.php?&sys=downloads Abs, -- Tiago de Quadros Maia Carvalho Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral Doutorando em Música, área de concentração Etnomusicologia - UFBA Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0064848908794311 Academia.edu: http://ufba.academia.edu/TiagodeQuadrosMaiaCarvalho Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ Twitter: @tiagodequadros Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dal_lemos em yahoo.com.br Sun Jun 16 00:46:35 2013 From: dal_lemos em yahoo.com.br (Daniel Lemos) Date: Sat, 15 Jun 2013 20:46:35 -0700 (PDT) Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Fim_de_tr=EAs_grupos_musicais_na_Gr?= =?iso-8859-1?q?=E9cia?= Message-ID: <1371354395.58477.YahooMailBasic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Notícia lastimável: fim da Orquestra Nacional da Grécia, da Orquestra de Música Contemporânea e do Coral. http://willthatbeall.net/?p=319 Daniel Lemos Cerqueira http://musica.ufma.br From gustavopenha em terra.com.br Sun Jun 16 12:27:06 2013 From: gustavopenha em terra.com.br (Gustavo Penha) Date: Sun, 16 Jun 2013 12:27:06 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] PROGRAMA MAIS CULTURA NAS ESCOLAS References: Message-ID: A quem interessar possa. > > MINISTÉRIO DA CULTURA > > SECRETARIA DE POLÍTICAS CULTURAIS > > SCS Qd 09, Lote C, Ed. Parque Cidade Corporate, Torre B, 10º Andar ? CEP 70308-200, Brasília ? DF > > Telefone: (61) 2024 2227/2228 > > www.cultura.gov.br > > > > PROGRAMA MAIS CULTURA NAS ESCOLAS > > > > 1. O Ministério da Cultura e o Ministério da Educação lançaram no dia 21 de maio o Programa ?Mais Cultura nas Escolas?. > > 2. Mais Cultura nas Escolas é o encontro de iniciativas culturais e escolas públicas de todo o Brasil, para democratizar o acesso à cultura e contribuir à qualificação do ensino básico. Artistas, mestres das culturas populares, cinemas, pontos de cultura, museus, bibliotecas, arte educadores e outras iniciativas culturais podem elaborar Planos de Atividade Cultural em diálogo com projetos pedagógicos e eixos temáticos do Mais Cultura nas Escolas. > > 3. As atividades serão desenvolvidas dentro ou fora da escola por no mínimo 6 (seis) meses, valendo-se das mais diversas linguagens artísticas (música, teatro, audiovisual, literatura, circo, dança, contação de histórias, artes visuais, etc.) e manifestações da cultura (rádio, internet, jornal, culinária, mitologia, vestuário, mestre e saberes populares, etc.). > > 4. Poderão se inscrever 34mil escolas ativas nos Programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador (MEC) até 2012. As inscrições serão feitas por meio do SIMEC (Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação). Serão selecionados 5 mil projetos em 2013. > > 5. Os projetos contemplados receberão valores entre R$ 20 mil e R$ 22 mil, calculados conforme o número de alunos matriculados na escola, que poderão ser gastos também na contratação de serviços culturais necessários às atividades artísticas e pedagógicas. Os recursos serão pagos via PDDE/ FNDE (Programa Dinheiro Direto na Escola/ Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) sendo, portanto, repassados direto às escolas. Tanto iniciativas culturais como escolas poderão inscrever somente um único projeto, elaborado conjuntamente com um(a) único(a) parceiro(a). > > 6. Para maiores informações, acesse: > > Resolução FNDE n° 30 de 03/08/2012, disponível em http://www.fnde.gov.br/fnde/legislacao/decretos/item/3705-resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-n%C2%BA-30,-de-3-de-agosto-de-2012. > > Lista das escolas participantes na página virtual do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), www.fnde.gov.br. > > Outras informações em http://www.cultura.gov.br/, http://www.mec.gov.br/. Dúvidas podem ser encaminhadas ao e-mail maisculturanasescolas em cultura.gov.br > > > > Programa Mais Cultura nas Escolas > > Diretoria de Educação e Comunicação para a Cultura > > Secretaria de Políticas Culturais > > Ministério da Cultura > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 2575 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: folder-frente final.jpeg Tipo: image/jpeg Tamanho: 100275 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: folder-verso final.jpeg Tipo: image/jpeg Tamanho: 133489 bytes Descrição: não disponível URL: From muzikness em gmail.com Sun Jun 16 21:39:46 2013 From: muzikness em gmail.com (Marcelo Coelho) Date: Sun, 16 Jun 2013 21:39:46 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] VI Encontro Internacional do IRSA - International Rhythmic Studies Association Message-ID: Caros, O VI IRSA - Intl. Rhythmic Studies Association - será realizado de 14 a 17 Outubro - 2013 no Conservatório Pernambucano de Música - Recife - PE. O IRSA foi criado com o objetivo de fomentar a troca de informações acerca da aplicação da polirritmia em processos composicionais, improvisacionais e educacionais. A programação do encontro difere da maioria dos seminários, congressos e encontros por ter nas atividades práticas e experimentais o foco principal do evento. Todos os participantes tem a oportunidade de demonstrar, tocar, compor, improvisar e experimentar os trabalhos artísticos e acadêmicos dos outros participantes. O caráter prático-interativo deste encontro tem estimulado trabalhos de pesquisa individual e em conjunto através de concertos, gravações e produção de textos. Os encontros do IRSA tem viabilizado o acesso a diversos compositores, instrumentistas, pesquisadores e educadores que, de maneira isolada e individual, vem contribuindo para a consolidação de uma área de pesquisa muito abrangente. Para maiores informações, acessem o site http://www.rhythmicassociation.org Estou a disposição para maiores esclarecimentos - email: muzikness em gmail.com Atenciosamente, -- Marcelo Coelho www.coelho-music.com -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: cartaz_irsa_2013_net.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 148503 bytes Descrição: não disponível URL: From marciomattos em marciomattos.com Mon Jun 17 11:22:44 2013 From: marciomattos em marciomattos.com (=?UTF-8?B?OjogIE3DoXJjaW9NYXR0b3MuQ29tIDo6?=) Date: Mon, 17 Jun 2013 11:22:44 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] [bibliografia] Anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET/I Encontro Regional Norte da ABET In-Reply-To: References: Message-ID: Tiago. Está aparecendo a seguinte mensagem: "arquivo não encontrado." *MÁRCIO MATTOS* *Professor do Curso de Música da UFC - Campus Cariri* Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri / Juazeiro do Norte Coordenador do CEMUC [cemucufc.blogspot.com] / Tutor do PET MÚSICA UFC - Cariri *Site Profissional:* cariri.ufc.br / musica.cariri.ufc.br *Site Pessoal:* www.marciomattos.com Crato - Ceará - Brasil *MSN:* mmttos em gmail.com *SKYPE:* mmttos 2013/6/17 Tiago de Quadros Maia Carvalho > ** > > > Caros, > > Informo que a estão disponíveis para download, no site oficial da ABET, os > anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET / I Encontro Regional Norte > da ABET. > > http://www.abetmusica.org.br/conteudo.php?&sys=downloads > > Abs, > -- > Tiago de Quadros Maia Carvalho > > Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral > Doutorando em Música, área de concentração Etnomusicologia - UFBA > Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0064848908794311 > Academia.edu: http://ufba.academia.edu/TiagodeQuadrosMaiaCarvalho > Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ > Twitter: @tiagodequadros > Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho > Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros > > __._,_.___ > > | através > de email| Responder > através da web| Adicionar > um novo tópico > Mensagens neste tópico( > 1) > Atividade nos últimos dias: > > > Visite seu Grupo > ---------------------------------------------------------- > Comunidade Bibliografia em Música > ---------------------------------------------------------- > Para postar mensagem: bibliografia em yahoogrupos.com.br > Para inscrever-se: bibliografia-subscribe em yahoogrupos.com.br > Para retirar-se: bibliografia-unsubscribe em yahoogrupos.com.br > [image: Yahoo! Grupos] > Trocar para: Só Texto, > Resenha Diária? Sair > do grupo? Termos > de uso > . > > __,_._,___ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From magali.kleber em gmail.com Mon Jun 17 15:27:14 2013 From: magali.kleber em gmail.com (Magali Kleber) Date: Mon, 17 Jun 2013 15:27:14 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] [FAEB] Anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET/I Encontro Regional Norte da ABET In-Reply-To: References: Message-ID: Caro Tiago! Muito obrigada por essa disponibilização!! Parabéns à ABET!!! Abraços, Magali Em 17 de junho de 2013 08:52, Tiago de Quadros Maia Carvalho < tiago.carvalho em yahoo.com.br> escreveu: > ** > > > Caros, > > Informo que a estão disponíveis para download, no site oficial da ABET, os > anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET / I Encontro Regional Norte > da ABET. > > http://www.abetmusica.org.br/conteudo.php?&sys=downloads > > Abs, > -- > Tiago de Quadros Maia Carvalho > > Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral > Doutorando em Música, área de concentração Etnomusicologia - UFBA > Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0064848908794311 > Academia.edu: http://ufba.academia.edu/TiagodeQuadrosMaiaCarvalho > Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ > Twitter: @tiagodequadros > Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho > Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros > > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] > > __._,_.___ > > | através > de email| Responder > através da web| Adicionar > um novo tópico > Mensagens neste tópico( > 1) > Atividade nos últimos dias: > > > Visite seu Grupo > =*=*=*=*=*=*=*=*=* > > > [ FAEB - Federação de Arte Educadores do Brasil ] > > Site da Faeb - http://www.faeb.art.br > Enviar mensagem: > faeb em yahoogrupos.com.br > > Participar da comunidade: > faeb-subscribe em yahoogrupos.com.br > > Cancelar assinatura: > faeb-unsubscribe em yahoogrupos.com.br > [image: Yahoo! Grupos] > Trocar para: Só Texto, > Resenha Diária? Sair > do grupo ? Termos > de uso > . > > __,_._,___ > -- Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 Fone 55 43 3323 8562 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From marcoskc em gmail.com Mon Jun 17 20:22:16 2013 From: marcoskc em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Marcos_Kr=F6ning_Corr=EAa?=) Date: Tue, 18 Jun 2013 00:22:16 +0100 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Fim_de_tr=EAs_grupos_musicais_na_Gr?= =?iso-8859-1?q?=E9cia?= In-Reply-To: <1371354395.58477.YahooMailBasic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> References: <1371354395.58477.YahooMailBasic@web140903.mail.bf1.yahoo.com> Message-ID: uma boa notícia... vamos aguardar http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=659992&tm=7&layout=122&visual=61 Marcos Kroning Corrêa 2013/6/16 Daniel Lemos > Notícia lastimável: fim da Orquestra Nacional da Grécia, da Orquestra de > Música Contemporânea e do Coral. > > http://willthatbeall.net/?p=319 > > > Daniel Lemos Cerqueira > http://musica.ufma.br > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mulhoa1 em gmail.com Tue Jun 18 21:17:19 2013 From: mulhoa1 em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Martha_Ulh=F4a?=) Date: Tue, 18 Jun 2013 21:17:19 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Fwd=3A_R=E1dio_e_redes_digitais=3A_?= =?iso-8859-1?q?linguagens_e_pol=EDticas_p=FAblicas=2E_Encontro_com?= =?iso-8859-1?q?_Jos=E9_Luis_Fern=E1ndez=3A_favor_divulgar!?= In-Reply-To: <000f01ce6c1a$e9f5c270$bde14750$@szinfonet.com.ar> References: <008c01ce6773$975d30d0$c6179270$@terra.com.br> <000f01ce6c1a$e9f5c270$bde14750$@szinfonet.com.ar> Message-ID: Para quem estiver em São Paulo. Vale a pena... Estimad em s, sé que Brasil es un país muy grande pero les cuento que la semana del 24 de junio estaré en Sao Paulo e, invitado por Heloisa A. Duarte Valente, participaré en la siguiente actividad. Me gustaría que podamos vernos un rato. Un abrazo, José Luis ?Rádio e Redes Digitais: Linguagens e políticas públicas? é o tema do encontro promovido pelo Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura do Ouvir, pelo Musimid ? Centro de Estudos em Música e Mídia (ECA-USP) e pelo Mestrado em Políticas Públicas da Universidade de Mogi das Cruzes, em 27 de junho. No evento o sociólogo argentino José Luis Fernández dialogará com pesquisadores(as) brasileiros(as) a respeito de suas pesquisas no universo da semiótica radiofônica. José Luis Fernández, professor da Universidade de Buenos Aires, lançou recentemente a obra ?La captura de la audiencia radiofónica?, pela Líber Editores. O autor é um dos investigadores que impulsiona os estudos sobre a semiótica radiofônica na América Latina. Suas pesquisas mantém um diálogo construtivo com as teorias semióticas clássicas e exploram as relações com os meios e ambientes convergentes ao rádio.**** *Dia 27 de junho, quinta-feira, das 14 às 16h00, na Cásper Líbero.* **** *Rádio e redes digitais: linguagens e políticas públicas.***** *Encontro com José Luis Fernández***** Inscrições e informações: http://www.casperlibero.edu.br/noticias/index.php/,n=9362.html**** -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From gabrielferraz em ufl.edu Tue Jun 18 22:36:07 2013 From: gabrielferraz em ufl.edu (Ferraz,Gabriel A) Date: Tue, 18 Jun 2013 21:36:07 -0400 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Site_para_m=C3=BAsicos_e_p=C3=A1gina_com?= =?utf-8?q?_empregos=2C_concursos=2C_e_outras_oportunidades_remuneradas_pa?= =?utf-8?q?ra_m=C3=BAsicos?= In-Reply-To: References: Message-ID: Caros colegas da lista, Em uma outra lista da qual participo surgiu o assunto "emprego", e eu aproveitei o ensejo para convidar os membros daquela lista a conhecer o meu site, o www.zapmusico.com.br, uma plataforma feita exclusivamente para ajudar músicos a encontrar emprego, divulgar seus trabalhos, e serem achados por pessoas que procuram serviços musicais. Estendo o convite aos membros dessa lista também (já tem vários participantes da lista que estão cadastrados). O site oferece cadastro gratuito para músicos (lembro que não se trata de uma cooperativa), os quais podem ser encontrados por meio de um refinado mecanismo de busca, que permite achar músicos por cidade, especialidade profissional (professor, pianista, musicólogo, etc), e gênero musical. Tem muito músico conseguindo oportunidades por meio do site e me agradecendo por ter criado o Zap Músico (eles me comunicam pelo facebook ou e-mail). Para quem não procura oportunidades, o site ajuda a divulgar seu trabalho para o grande público (meu perfil, por exemplo, teve mais de 2.700 visitas). Além disso, há dois dias, implementamos uma página com anúncios de vagas de empregos, concursos, e outras oportunidades para trabalhos remunerados para músicos, e a página está sendo um verdadeiro sucesso; em apenas 2 dias, já tivemos mais de 1.000 visitas somente nessa página. No momento, temos 23 oportunidades postadas (em apenas 3 dias), e vamos continuar postando outras oportunidades regularmente (diariamente, se possível). Estou sempre "antenado" no que acontece aqui na lista, mas, caso seja do interesse dos participantes, gostaria de pedir se,poderiam contribuir enviando vagas de emprego, concursos e oportunidades de trabalho remunerado para músicos para mim, no e-mail contato em zapmusico.com.br (caso saibam de alguma coisa). Lembro que o site é uma iniciativa que foi bancada com fundos pessoais, e que eu faço praticamente todo o trabalho sozinho. O objetivo do site é fortalecer o lado prático da profissão (leia-se: ajudar músicos a conseguir trabalho). Além disso, no blog que faz parte do portal eu escrevo textos que buscam esclarecer aspectos importantes da música para um público mais amplo (alguns posts já tiveram mais de 5.000 leituras). Convido-os a "dar uma zapeada" para conhecer o site e, se for de seu interesse, montar um perfil gratuito (em menos de 5 minutos). O site já tem mais de 1.400 músicos cadastrados (inclusive diversos professores de universidades brasileiras e músicos importantes e reconhecidos, mas também músicos de grande talento que são desconhecidos do grande público), e uma média de 12.000 visitas por mês (agora que temos a página de emprego, acredito que essa média deve subir, ficando próxima dos 15.000). Caso seja de interesse de alguém da lista, deixo também um convite para quem quiser escrever para o blog. O site é super novo (tem 13 meses de existência), e está crescendo rapidamente. Estou reformulando várias páginas, e em breve diversas novas funções de interatividade entre usuários serão implementadas, e, se tudo der certo, o site será lançado internacionalmente dentro de 6 a 12 meses. O meu objetivo é transformar o site em uma espécie de Linkedin para músicos, onde os músicos podem fazer networking, conhecer o trabalho de outros músicos, e, de fato, arrumar trabalhos remunerados! Sei que é um projeto ambicioso, especialmente porque faço tudo praticamente sozinho até o momento, mas em pouco tempo de existência o site têm dado resultados excelentes, e tudo indica que continuará crescendo. Já que hoje em dia tudo acontece pela internet, e que as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas à rede, acho que nós também devemos colocar nossa "cara" no mundo virtual para sermos vistos e reconhecidos pelo que fazemos. Abaixo seguem os links para a página principal e para a página de empregos. Espero que gostem da iniciativa e que possam contribuir da melhor maneira que lhes for possível! Sua visita já será um grande reconhecimento do trabalho realizado. Obrigado pela atenção, Gabriel Ferraz, pianista, musicólogo e idealizador do Zap Músico Perfil Zap Músico: http://www.zapmusico.com.br/musico.php?idc=28 Home Page: www.zapmusico.com.br Página de Empregos: http://www.zapmusico.com.br/blog/empregos-para-musicos-concursos-de-musica-e-outras-oportunidades/#.UcBcm_bwJhc On Tue, 18 Jun 2013 08:58:41 -0300, anppom-l-request em iar.unicamp.br wrote: > Enviar submissões para a lista de discussão Anppom-L para > anppom-l em iar.unicamp.br > > Para se cadastrar ou descadastrar via WWW, visite o endereço > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ou, via email, envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou > corpo da mensagem para > anppom-l-request em iar.unicamp.br > > Você poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista > pelo > endereço > anppom-l-owner em iar.unicamp.br > > Quando responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será > mais específica que "Re: Contents of Anppom-L digest..." > > > Tópicos de Hoje: > > 1. Re: [bibliografia] Anais do III Encontro Regional Nordeste da > ABET/I Encontro Regional Norte da ABET > (marciomattos em marciomattos.com) > 2. Re: [FAEB] Anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET/I > Encontro Regional Norte da ABET (Magali Kleber) > 3. Re: Fim de três grupos musicais na Grécia (Marcos Kröning > Corrêa) > > > > ---------------------------------------------------------------------- > > Message: 1 > Date: Mon, 17 Jun 2013 11:22:44 -0300 > From: :: MárcioMattos.Com :: > To: bibliografia em yahoogrupos.com.br > Cc: professoresdemusicadobrasil em googlegroups.com, > > professoresmusicaufcsobral em googlegroups.com, faeb em yahoogrupos.com.br, > cecilia.mccallum em uol.com.br, etnomusicologiabr em yahoogrupos.com.br, > estudantes-ppgmus em googlegroups.com, lista da ANPPOM > , clarissabbraga em gmail.com > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] [bibliografia] Anais do III Encontro > Regional Nordeste da ABET/I Encontro Regional Norte da ABET > Message-ID: > > Content-Type: text/plain; charset="utf-8" > > Tiago. > Está aparecendo a seguinte mensagem: "arquivo não encontrado." > > *MÁRCIO MATTOS* > *Professor do Curso de Música da UFC - Campus Cariri* > Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri / Juazeiro do Norte > Coordenador do CEMUC [cemucufc.blogspot.com] / Tutor do PET MÚSICA > UFC - > Cariri > *Site Profissional:* cariri.ufc.br / > musica.cariri.ufc.br > *Site Pessoal:* www.marciomattos.com > Crato - Ceará - Brasil > *MSN:* mmttos em gmail.com > *SKYPE:* mmttos > > > 2013/6/17 Tiago de Quadros Maia Carvalho > > >> ** >> >> >> Caros, >> >> Informo que a estão disponíveis para download, no site oficial da >> ABET, os >> anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET / I Encontro >> Regional Norte >> da ABET. >> >> http://www.abetmusica.org.br/conteudo.php?&sys=downloads >> >> Abs, >> -- >> Tiago de Quadros Maia Carvalho >> >> Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral >> Doutorando em Música, área de concentração Etnomusicologia - >> UFBA >> Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0064848908794311 >> Academia.edu: http://ufba.academia.edu/TiagodeQuadrosMaiaCarvalho >> Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ >> Twitter: @tiagodequadros >> Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho >> Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros >> >> __._,_.___ >> >> >> | >> através >> de >> email| >> Responder >> através da >> web| >> Adicionar >> um novo >> tópico >> Mensagens neste >> tópico( >> 1) >> Atividade nos últimos dias: >> >> >> Visite seu >> Grupo >> ---------------------------------------------------------- >> Comunidade Bibliografia em Música >> ---------------------------------------------------------- >> Para postar mensagem: bibliografia em yahoogrupos.com.br >> Para inscrever-se: bibliografia-subscribe em yahoogrupos.com.br >> Para retirar-se: bibliografia-unsubscribe em yahoogrupos.com.br >> [image: Yahoo! >> Grupos] >> Trocar para: Só >> Texto, >> Resenha >> Diária? >> Sair >> do >> grupo? >> Termos >> de uso >> . >> >> __,_._,___ >> > -------------- Próxima Parte ---------- > Um anexo em HTML foi limpo... > URL: > > > > ------------------------------ > > Message: 2 > Date: Mon, 17 Jun 2013 15:27:14 -0300 > From: Magali Kleber > To: faeb > Cc: professoresdemusicadobrasil > , > professoresmusicaufcsobral em googlegroups.com, > bibliografia em yahoogrupos.com.br, cecilia.mccallum em uol.com.br, > Etnomusicologia , > "estudantes-ppgmus em googlegroups.com" > , lista da ANPPOM > , clarissabbraga em gmail.com > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] [FAEB] Anais do III Encontro Regional > Nordeste da ABET/I Encontro Regional Norte da ABET > Message-ID: > > Content-Type: text/plain; charset="utf-8" > > Caro Tiago! > Muito obrigada por essa disponibilização!! > Parabéns à ABET!!! > > Abraços, > Magali > > > Em 17 de junho de 2013 08:52, Tiago de Quadros Maia Carvalho < > tiago.carvalho em yahoo.com.br> escreveu: > >> ** >> >> >> Caros, >> >> Informo que a estão disponíveis para download, no site oficial da >> ABET, os >> anais do III Encontro Regional Nordeste da ABET / I Encontro >> Regional Norte >> da ABET. >> >> http://www.abetmusica.org.br/conteudo.php?&sys=downloads >> >> Abs, >> -- >> Tiago de Quadros Maia Carvalho >> >> Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral >> Doutorando em Música, área de concentração Etnomusicologia - >> UFBA >> Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0064848908794311 >> Academia.edu: http://ufba.academia.edu/TiagodeQuadrosMaiaCarvalho >> Blog: http://tiagodequadros.wordpress.com/ >> Twitter: @tiagodequadros >> Delicious: www.delicious.com/tiago.carvalho >> Diigo: http://www.diigo.com/user/tiagodequadros >> >> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] >> >> __._,_.___ >> >> >> | >> através >> de >> email| >> Responder >> através da >> web| >> Adicionar >> um novo >> tópico >> Mensagens neste >> tópico( >> 1) >> Atividade nos últimos dias: >> >> >> Visite seu >> Grupo >> =*=*=*=*=*=*=*=*=* >> >> >> [ FAEB - Federação de Arte Educadores do Brasil ] >> >> Site da Faeb - http://www.faeb.art.br >> Enviar mensagem: >> faeb em yahoogrupos.com.br >> >> Participar da comunidade: >> faeb-subscribe em yahoogrupos.com.br >> >> Cancelar assinatura: >> faeb-unsubscribe em yahoogrupos.com.br >> [image: Yahoo! >> Grupos] >> Trocar para: Só >> Texto, >> Resenha >> Diária? >> Sair >> do grupo >> ? Termos >> de uso >> . >> >> __,_._,___ >> > > > > -- > Drª Magali Kleber > > Diretora da Casa de Cultura > Universidade Estadual de Londrina > http://www.uel.br > Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM > http://www.abemeducacaomusical.org.br/ > Gestão 2011-2013 > Fone 55 43 3323 8562 > -------------- Próxima Parte ---------- > Um anexo em HTML foi limpo... > URL: > > > > ------------------------------ > > Message: 3 > Date: Tue, 18 Jun 2013 00:22:16 +0100 > From: Marcos Kröning Corrêa > To: Daniel Lemos > Cc: professoresdemusicadobrasil em googlegroups.com, > estudantes-ppgmus em googlegroups.com, anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fim de três grupos musicais na Grécia > Message-ID: > > Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1" > > uma boa notícia... vamos aguardar > > > http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=659992&tm=7&layout=122&visual=61 > > Marcos Kroning Corrêa > > > > > 2013/6/16 Daniel Lemos > >> Notícia lastimável: fim da Orquestra Nacional da Grécia, da >> Orquestra de >> Música Contemporânea e do Coral. >> >> http://willthatbeall.net/?p=319 >> >> >> Daniel Lemos Cerqueira >> http://musica.ufma.br >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > -------------- Próxima Parte ---------- > Um anexo em HTML foi limpo... > URL: > > > > ------------------------------ > > _______________________________________________ > Anppom-L mailing list > Anppom-L em iar.unicamp.br > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > > Fim da Digest Anppom-L, volume 98, assunto 40 > ********************************************* From magali.kleber em gmail.com Wed Jun 19 09:20:16 2013 From: magali.kleber em gmail.com (Magali Kleber) Date: Wed, 19 Jun 2013 09:20:16 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Fwd: CNE Centro Oeste In-Reply-To: References: Message-ID: Bom dia! A pedido da Professora Maria Isabel, divulgo o evento abaixo mencionado. Solicito ampla divulgação em suas listas! Grata, Magali Kleber ---------- Mensagem encaminhada ---------- De: maria isabel Montandon Data: 18 de junho de 2013 20:12 Assunto: CNE Centro Oeste Para: Magali Kleber Kleber Prezada profa. Magali, solicitamos a divulgação da Audiência Pública no Centro Oeste, a realizar-se nos dias 28 de junho, das 14 às 18h. no Auditório do Departamento de Música e no dia 01 de julho, no Auditório da Reitoria da Universidade de Brasília-UnB. Ambas as audiências serão transmitidas. No dia 01, poderemos ter também participação online. Contribuições e perguntas podem ser enviadas pelo email: gem.unb em gmail.com Visite o Blog do evento: http://audienciapublicacne-co-lei11769-08.blogspot.com/p/inicio.html Att. Maria Isabel Montandon UnB -- Drª Magali Kleber Diretora da Casa de Cultura Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br Presidente da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM http://www.abemeducacaomusical.org.br/ Gestão 2011-2013 Fone 55 43 3323 8562 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From liane.hentschke em portoweb.com.br Wed Jun 19 16:14:46 2013 From: liane.hentschke em portoweb.com.br (Liane Hentschke) Date: Wed, 19 Jun 2013 16:14:46 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] International Music Council In-Reply-To: References: Message-ID: <591B9D36-795E-4BE2-B202-2763F5711FAA@portoweb.com.br> Prezados colegas da ANPPOM. Abaixo vocês vão encontrar um anúncio do 5o. World Forum on Music do IMC. Como todos sabem, nós não temos um Conselho Nacional de Música ligado ao IMC. No passado o Marlos Nobre estava ligado mas agora temos que construir um conselho nacional como eu já havia comentado com vocês anteriormente. Falei com inúmeros profissionais, colegas nossos, mas todos parecem bastante ocupados. Faço também uma chamada para saber quem gostaria de ser indicado(a) para fazer parte do Board do IMC. Eu acho importante termos representantes do Brasil no Board. Estou preparada para indicar alguém que tenha tempo para participar. A eleição será em Brisbane este ano e as indicações devem ser feitas em breve. Permaneço à disposição para falar sobre isto em mais detalhes. Um abraço a todos, Liane Hentschke Membro do Board do IMC UFRGS From: World Forum on Music [mailto:wfm em imc-cim.org] Sent: jeudi 21 mars 2013 11:37 To: info em imc-cim.org Subject: 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos This newsflash contains graphics, if you don't see them >> view it online To ensure delivery of our email to your inbox, please add wfm em imc-cim.org to your email address book. 21-24 November 2013 Brisbane, Australia NewsFlash 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos While over a thousand music professionals are expected to gather in Brisbane from 21-24 November for the 5th IMC World Forum on Music, we know that many others won't be able to join us for a variety of reasons. To ensure that their ideas and opinions can feed into this important event, a dedicated YouTube channel has been created. Between now and November 2013, we hope to post '1001 Voices on Musical Futures', where, in no more than five minutes, interviewees summarise the key issues they identify as crucial to sustaining music and engaging communities as we approach 2020 and beyond. The first recordings are now live at http://www.youtube.com/user/1001voicesWFM5 Member organisations of the International Music Council, their affiliates across the world as well as other participants in WFM5 are now invited to identify and interview individuals across the globe with interesting views on the challenges and potential to music sustainability in their specific culture or area of activity, whether it be local or global. This may relate to creation, performance, community engagement, instrument making, archiving, copyright, censorship, event management, music criticism, audiences, funding, or any other area touching the lives of those passionately or professionally engaged in music. In addition to running as an independent YouTube channel and featuring prominently on the website of the organising partners, the 1001 voices will be part of a video-installation at WFM5 in Brisbane, and some of the most appealing and outspoken voices will be invited to share their views in a live and/or webcast debate in November 2013. In this way, the conference will embrace and disseminate the greatest possible diversity of voices from all cultures and strata of society, and resonate across the world of music. Submitting a video in five easy steps: Identify an individual in your organisation, community, or area of work who you feel has worthwhile views on the future of music related to the conference themes Find a well-lit, quiet place (with not too much background noise) and ask the interviewees to speak uninterruptedly for no more than five minutesexpressing their key ideas, preferably in English (or supply a translation in English) Record and keep in a separate recording the name, profession (or place in community/organisation) of the interviewee, as well as permission / any restrictions to use this video for '1001 Voices' For consistency, please record only the interviewee, from the waste up (so expressions and gestures are captured) with a digital handycam (or a high quality phone, preferably iPhone 3 or higher) Once you have recorded the video (and edited it down to a maximum of five minutes), please email 1001voices em griffith.edu.au and request a password to upload it to YouTube. In your email, please mention interviewee's name, email address, topics (to inform tags), any restrictions on permission to use the video (please keep a copy of the permission on video or in writing), as well as interviewer's name, date and location of the interview. You will then be sent a password and further assistance to submit your video. Frequently Asked Questions You have received this newsflash because you are on the mailing list of the IMC World Forum on Music. If you no longer wish to receive any further news about the forum, please send a message to wfm em imc-cim.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image004.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 14326 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image005.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 4207 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image006.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 4219 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image007.png Tipo: image/png Tamanho: 6836 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image008.png Tipo: image/png Tamanho: 168 bytes Descrição: não disponível URL: From cpalombini em gmail.com Thu Jun 20 05:05:28 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Thu, 20 Jun 2013 05:05:28 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Countercultures: Utopias, Dystopias, Anarchy Message-ID: *Please forgive us for crossposting? Link to unsubscribe to this mailing list (3 mails per year) at the end of this mail.* *Out now!* * * *Volume ! n°9-2, Sheila Whiteley (ed.), "Countercultures: Utopias, Dystopias, Anarchy"* *+ "Metal Studies" book reviews section* This second issue of *Volume!* deals with the sixties counterculture's its *modernist and utopian aspects*, as well as its *dystopian and apocalyptic* ones, with *Charles Manson*'s shadow and the ambivalent *Jesus Movement*. We then examine the era's musical *experimentations*, with the "*freak*" movement, *sonic anarchy*, the *Grateful Dead*'s improvizations and *Yoko Ono*'s voice. A big "*metal studies*" section assesses this "discipline's" recent contribution to the analysis of popular music. An English version of both "countercultures" issues will be published by * Ashgate*: Sheila Whiteley and Jedediah Sklower (eds.), Countercultures and Popular Music, May 2014. *Table of contents*, online version: http://www.cairn.info/revue-volume-2012-2.htm *Order the paper version* of the issue here: http://www.irma.asso.fr/Volume-La-revue-des-musiques,11064 *Volume! is an independent peer-reviewed journal - We need your support! Subscribe!* http://volume.revues.org/1643 In this issue, there is also a big "*metal studies*" book reviews section, with an article on black metal harmony, a presentation of the International Society for Metal Music Studies and 17 book reviews (everything but the article can be bought for 7 euros online). *Coming: * *Volume !* n° 10-1, Antoine Hennion & Jedediah Sklower (eds.), "Audiologies, listening to popular music", November 2013. We are currently starting the editorial process for the publication of the proceeds of the "*Changing the Tune: popular music and politics in the XXIst century" Strasbourg international conference*(Volume!/IASPM-bfe/ASPM/SEARCH). More info on the conference: volume.revues.org/3444 Best, Volume ! -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Thu Jun 20 10:11:37 2013 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Thu, 20 Jun 2013 10:11:37 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] International Music Council In-Reply-To: <591B9D36-795E-4BE2-B202-2763F5711FAA@portoweb.com.br> References: <591B9D36-795E-4BE2-B202-2763F5711FAA@portoweb.com.br> Message-ID: E o que e IMC? Por que deveríamos ter conselho nacional de Musica ligado a ele? Abraços, Alvaro Em quarta-feira, 19 de junho de 2013, Liane Hentschke escreveu: > > Prezados colegas da ANPPOM. > > Abaixo vocês vão encontrar um anúncio do 5o. World Forum on Music do IMC. > > Como todos sabem, nós não temos um Conselho Nacional de Música ligado ao > IMC. No passado o Marlos Nobre estava ligado mas agora temos que construir > um conselho nacional como eu já havia comentado com vocês anteriormente. > Falei com inúmeros profissionais, colegas nossos, mas todos parecem > bastante ocupados. > > Faço também uma chamada para saber quem gostaria de ser indicado(a) para > fazer parte do Board do IMC. Eu acho importante termos representantes do > Brasil no Board. Estou preparada para indicar alguém que tenha tempo para > participar. A eleição será em Brisbane este ano e as indicações devem ser > feitas em breve. > > Permaneço à disposição para falar sobre isto em mais detalhes. > > Um abraço a todos, > > Liane Hentschke > Membro do Board do IMC > UFRGS > > > * > * > * > * > * > * > *From:* World Forum on Music [mailto:wfm em imc-cim.org] > *Sent:* jeudi 21 mars 2013 11:37 > *To:* info em imc-cim.org > *Subject:* 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos**** > ** ** > This newsflash contains graphics, if you don't see them >> *view it online > * > **** > **** > To ensure delivery of our email to your inbox, please add wfm em imc-cim.org to > your email address book.**** > **** > **** > > [image: WFM logo emailsize]**** > > **** > > *21-24 November 2013 ***** > > *Brisbane, Australia***** > > [image: cid:a196f57e2d7d367c72a37601183b2803]**** > > **** > > [image: mca-logo1]**** > > **** > > [image: Griffith logo]**** > ****NewsFlash**** > 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos > **** > ** ** > While over a thousand music professionals are expected to gather in > Brisbane from 21-24 November for the 5th IMC World Forum on Music, we know > that many others won't be able to join us for a variety of reasons. To > ensure that their ideas and opinions can feed into this important event, a > dedicated YouTube channel has been created. Between now and November 2013, > we hope to post '1001 Voices on Musical Futures', where, in no more than > five minutes, interviewees summarise the key issues they identify as > crucial to sustaining music and engaging communities as we approach 2020 > and beyond. The first recordings are now live at > http://www.youtube.com/user/1001voicesWFM5 > **** > > ** ** > > Member organisations of the International Music Council, their affiliates > across the world as well as other participants in WFM5 are now invited to > identify and interview individuals across the globe with interesting views > on the challenges and potential to music sustainability in their specific > culture or area of activity, whether it be local or global. This may relate > to creation, performance, community engagement, instrument making, > archiving, copyright, censorship, event management, music criticism, > audiences, funding, or any other area touching the lives of those > passionately or professionally engaged in music.**** > > **** > > In addition to running as an independent YouTube channel and featuring > prominently on the website of the organising partners, the 1001 voices will > be part of a video-installation at WFM5 in Brisbane, and some of the most > appealing and outspoken voices will be invited to share their views in a > live and/or webcast debate in November 2013. In this way, the conference > will embrace and disseminate the greatest possible diversity of voices from > all cultures and strata of society, and resonate across the world of music. > **** > > **** > > *Submitting a video in five easy steps:***** > > **** > > 1. *Identify an individual in your organisation, community, or area of > work who you feel has worthwhile views on the future of music related to > the conference themes***** > 2. *Find a well-lit, quiet place (with not too much background noise) > and ask the interviewees to speak uninterruptedly for no more than > five minutesexpressing their key ideas, preferably in English (or > supply a translation in English)***** > 3. *Record and keep in a separate recording the name, profession (or > place in community/organisation) of the interviewee, as well as permission > / any restrictions to use this video for '1001 Voices'***** > 4. *For consistency, please record* > > -- Abraços, Alvaro Henrique Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 ---- Tel.: +55(61) 9977 0535 http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image004.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 14326 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image006.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 4219 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image007.png Tipo: image/png Tamanho: 6836 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image005.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 4207 bytes Descrição: não disponível URL: From jamannis em uol.com.br Thu Jun 20 12:17:45 2013 From: jamannis em uol.com.br (jamannis em uol.com.br) Date: Thu, 20 Jun 2013 12:17:45 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] RES: International Music Council In-Reply-To: References: <591B9D36-795E-4BE2-B202-2763F5711FAA@portoweb.com.br> Message-ID: <010101ce6dc9$545231d0$fcf69570$@com.br> Colegas Já participei de vários eventos do IMC tendo organizado sessões brasileiras para as Tribunas de Compositores. Me interessaria em conhecer melhor a organização que se pretende para o IMC-Brasil e saber como esta organizada a relação Brasil-IMC via Unesco no que se refere ao IMC até então então mantido no RJ. Em função da adequação dessa situação e dos tratos com o Presidente e a Secretaria Geral me interessaria em dar continuidade à atividades para o desenvolvimento da música de forma sustentável, a promoção da música brasileira no exterior e proporcionar subsídios e ações para políticas públicas nacionais e internacionais nesse setor. Atenciosamente J A Mannis De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Alvaro Henrique Enviada em: quinta-feira, 20 de junho de 2013 10:12 Para: Liane Hentschke Cc: ANPPOM-L Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] International Music Council E o que e IMC? Por que deveríamos ter conselho nacional de Musica ligado a ele? Abraços, Alvaro Em quarta-feira, 19 de junho de 2013, Liane Hentschke escreveu: Prezados colegas da ANPPOM. Abaixo vocês vão encontrar um anúncio do 5o. World Forum on Music do IMC. Como todos sabem, nós não temos um Conselho Nacional de Música ligado ao IMC. No passado o Marlos Nobre estava ligado mas agora temos que construir um conselho nacional como eu já havia comentado com vocês anteriormente. Falei com inúmeros profissionais, colegas nossos, mas todos parecem bastante ocupados. Faço também uma chamada para saber quem gostaria de ser indicado(a) para fazer parte do Board do IMC. Eu acho importante termos representantes do Brasil no Board. Estou preparada para indicar alguém que tenha tempo para participar. A eleição será em Brisbane este ano e as indicações devem ser feitas em breve. Permaneço à disposição para falar sobre isto em mais detalhes. Um abraço a todos, Liane Hentschke Membro do Board do IMC UFRGS From: World Forum on Music [mailto:wfm em imc-cim.org] Sent: jeudi 21 mars 2013 11:37 To: info em imc-cim.org Subject: 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos This newsflash contains graphics, if you don't see them >> view it online To ensure delivery of our email to your inbox, please add wfm em imc-cim.org to your email address book. WFM logo emailsize 21-24 November 2013 Brisbane, Australia cid:a196f57e2d7d367c72a37601183b2803 mca-logo1 Griffith logo NewsFlash 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos While over a thousand music professionals are expected to gather in Brisbane from 21-24 November for the 5th IMC World Forum on Music, we know that many others won't be able to join us for a variety of reasons. To ensure that their ideas and opinions can feed into this important event, a dedicated YouTube channel has been created. Between now and November 2013, we hope to post '1001 Voices on Musical Futures', where, in no more than five minutes, interviewees summarise the key issues they identify as crucial to sustaining music and engaging communities as we approach 2020 and beyond. The first recordings are now live at http://www.youtube.com/user/1001voicesWFM5 Member organisations of the International Music Council, their affiliates across the world as well as other participants in WFM5 are now invited to identify and interview individuals across the globe with interesting views on the challenges and potential to music sustainability in their specific culture or area of activity, whether it be local or global. This may relate to creation, performance, community engagement, instrument making, archiving, copyright, censorship, event management, music criticism, audiences, funding, or any other area touching the lives of those passionately or professionally engaged in music. In addition to running as an independent YouTube channel and featuring prominently on the website of the organising partners, the 1001 voices will be part of a video-installation at WFM5 in Brisbane, and some of the most appealing and outspoken voices will be invited to share their views in a live and/or webcast debate in November 2013. In this way, the conference will embrace and disseminate the greatest possible diversity of voices from all cultures and strata of society, and resonate across the world of music. Submitting a video in five easy steps: 1. Identify an individual in your organisation, community, or area of work who you feel has worthwhile views on the future of music related to the conference themes 2. Find a well-lit, quiet place (with not too much background noise) and ask the interviewees to speak uninterruptedly for no more than five minutesexpressing their key ideas, preferably in English (or supply a translation in English) 3. Record and keep in a separate recording the name, profession (or place in community/organisation) of the interviewee, as well as permission / any restrictions to use this video for '1001 Voices' 4. For consistency, please record -- Abraços, Alvaro Henrique Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es &id=42 ---- Tel.: +55(61) 9977 0535 http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 14326 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image002.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 4207 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image003.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 4219 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image004.png Tipo: image/png Tamanho: 6836 bytes Descrição: não disponível URL: From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Thu Jun 20 12:33:19 2013 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Thu, 20 Jun 2013 12:33:19 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] International Music Council In-Reply-To: References: <591B9D36-795E-4BE2-B202-2763F5711FAA@portoweb.com.br> Message-ID: <8052CF43-4C00-443F-813B-CB5DEC6A35BC@yahoo.com.br> Álvaro, O IMC é o organismo da UNESCO dedicado à promoção da música no mundo. A lista que eles mantém é excelente; monitoram inúmeras oportunidades relacionadas à área em todo o planeta. É mantida pelos australianos já há algum tempo e, provavelmente por isso, esse encontro será lá. Acho ótima a proposta da Liane, e torço que indiquemos um nome à altura da responsabilidade. Abçs! Alexandre Em 20/06/2013, às 10:11, Alvaro Henrique escreveu: > E o que e IMC? Por que deveríamos ter conselho nacional de Musica ligado a ele? > > Abraços, > Alvaro > > Em quarta-feira, 19 de junho de 2013, Liane Hentschke escreveu: > > Prezados colegas da ANPPOM. > > Abaixo vocês vão encontrar um anúncio do 5o. World Forum on Music do IMC. > > Como todos sabem, nós não temos um Conselho Nacional de Música ligado ao IMC. No passado o Marlos Nobre estava ligado mas agora temos que construir um conselho nacional como eu já havia comentado com vocês anteriormente. Falei com inúmeros profissionais, colegas nossos, mas todos parecem bastante ocupados. > > Faço também uma chamada para saber quem gostaria de ser indicado(a) para fazer parte do Board do IMC. Eu acho importante termos representantes do Brasil no Board. Estou preparada para indicar alguém que tenha tempo para participar. A eleição será em Brisbane este ano e as indicações devem ser feitas em breve. > > Permaneço à disposição para falar sobre isto em mais detalhes. > > Um abraço a todos, > > Liane Hentschke > Membro do Board do IMC > UFRGS > > > > > > From: World Forum on Music [mailto:wfm em imc-cim.org] > Sent: jeudi 21 mars 2013 11:37 > To: info em imc-cim.org > Subject: 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos > > This newsflash contains graphics, if you don't see them >> view it online > > To ensure delivery of our email to your inbox, please add wfm em imc-cim.org to your email address book. > > > > > 21-24 November 2013 > Brisbane, Australia > > > > > > > > NewsFlash > > 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos > > While over a thousand music professionals are expected to gather in Brisbane from 21-24 November for the 5th IMC World Forum on Music, we know that many others won't be able to join us for a variety of reasons. To ensure that their ideas and opinions can feed into this important event, a dedicated YouTube channel has been created. Between now and November 2013, we hope to post '1001 Voices on Musical Futures', where, in no more than five minutes, interviewees summarise the key issues they identify as crucial to sustaining music and engaging communities as we approach 2020 and beyond. The first recordings are now live at http://www.youtube.com/user/1001voicesWFM5 > > > Member organisations of the International Music Council, their affiliates across the world as well as other participants in WFM5 are now invited to identify and interview individuals across the globe with interesting views on the challenges and potential to music sustainability in their specific culture or area of activity, whether it be local or global. This may relate to creation, performance, community engagement, instrument making, archiving, copyright, censorship, event management, music criticism, audiences, funding, or any other area touching the lives of those passionately or professionally engaged in music. > > In addition to running as an independent YouTube channel and featuring prominently on the website of the organising partners, the 1001 voices will be part of a video-installation at WFM5 in Brisbane, and some of the most appealing and outspoken voices will be invited to share their views in a live and/or webcast debate in November 2013. In this way, the conference will embrace and disseminate the greatest possible diversity of voices from all cultures and strata of society, and resonate across the world of music. > > Submitting a video in five easy steps: > > Identify an individual in your organisation, community, or area of work who you feel has worthwhile views on the future of music related to the conference themes > Find a well-lit, quiet place (with not too much background noise) and ask the interviewees to speak uninterruptedly for no more than five minutesexpressing their key ideas, preferably in English (or supply a translation in English) > Record and keep in a separate recording the name, profession (or place in community/organisation) of the interviewee, as well as permission / any restrictions to use this video for '1001 Voices' > For consistency, please record > > > -- > Abraços, > Alvaro Henrique > > Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf > Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 > ---- > Tel.: +55(61) 9977 0535 > http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From liane.hentschke em portoweb.com.br Thu Jun 20 14:25:24 2013 From: liane.hentschke em portoweb.com.br (Liane Hentschke) Date: Thu, 20 Jun 2013 14:25:24 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] International Music Council In-Reply-To: <8052CF43-4C00-443F-813B-CB5DEC6A35BC@yahoo.com.br> References: <591B9D36-795E-4BE2-B202-2763F5711FAA@portoweb.com.br> <8052CF43-4C00-443F-813B-CB5DEC6A35BC@yahoo.com.br> Message-ID: <895A79EF-7048-488B-BE00-30BF9867199F@portoweb.com.br> Prezados colegas, Respondo a partir do último e-mail que recebi de vários colegas, incluindo colegas que já tem muito conhecimento do IMC como Jorge Antunes, com quem eu lembro ter conversado na Bahia em meados dos anos 90 durante um dos Encontros da ANPPOM. Nesta ocasião falávamos que o National Music Council deveria ser mais abrangente do que a gestão levada pelo Marlos. Eu fui convidada para concorrer ao Board da IMC, pois tinha sido Presidente da ISME que é uma das organizações membros do IMC. Alexandre, muito obrigada pela explicação abaixo. Só para atualizar, o escritório da IMC está localizado no Prédio da UNESCO em Paris e os Foruns são realizados conforme as propostas colocadas pelos países. Para concorrer a membro do Board, é necessário que o profissional em música seja sócio de uma Associação membro do IMC. Por favor visitem a página. Eu estou vendo para ver se existe a possibilidade de um brasileiro(a) concorrer como "co-opted member", que são membros escolhidos ao redor do mundo para garantir a representatividade regional. Aqui coloco alguns critérios para quem deseja enviar o seu nome para concorrer a co-opted ou concorrer via associação ligada ao IMC. 1) É necessário que o profissional em música (em qualquer sub-área) tenha alguma experiência em gestão; 2) Fluência em inglês, pois todas as reuniões são em inglês. 3) Tenha conhecimento da política internacional na área de música 4) Tenha tempo para participar de comissões que trabalham via skype, etc. 5) Tenham recursos financeiros via unis ou particular para participar das reuniões. Elas são realizadas ao redor do mundo 2 ou 3 vezes por ano. Enfim, quem quiser participar, eu sugiro que vocês enviem para mim a situação de vocês (sócios ou não de sociedades ligadas ao IMC), e também um CV resumido de 2 páginas em inglês com foto. É importante que participem do Forum em Brisbane em novembro, pois as eleições serão lá. Aproveito para dizer que os calls for papers estão abertos para a ISME 2014, e que a ISME trata de todas as áreas de música, não só música nas escolas, mas universidades, projetos sociais, etc. Falei com a Luciana para ir para a abertura da ANPPOM para falar da ISME 2014 e da IMC, mas ela explicou que o programa já está fechado. Fica para outra ocasião. Falamos por e-mail. Um abraço Liane Em 20/06/2013, às 12:33, Alexandre Negreiros escreveu: > Álvaro, > > O IMC é o organismo da UNESCO dedicado à promoção da música no mundo. > A lista que eles mantém é excelente; monitoram inúmeras oportunidades relacionadas à área em todo o planeta. > É mantida pelos australianos já há algum tempo e, provavelmente por isso, esse encontro será lá. > Acho ótima a proposta da Liane, e torço que indiquemos um nome à altura da responsabilidade. > > Abçs! > Alexandre > > > Em 20/06/2013, às 10:11, Alvaro Henrique escreveu: > >> E o que e IMC? Por que deveríamos ter conselho nacional de Musica ligado a ele? >> >> Abraços, >> Alvaro >> >> Em quarta-feira, 19 de junho de 2013, Liane Hentschke escreveu: >> >> Prezados colegas da ANPPOM. >> >> Abaixo vocês vão encontrar um anúncio do 5o. World Forum on Music do IMC. >> >> Como todos sabem, nós não temos um Conselho Nacional de Música ligado ao IMC. No passado o Marlos Nobre estava ligado mas agora temos que construir um conselho nacional como eu já havia comentado com vocês anteriormente. Falei com inúmeros profissionais, colegas nossos, mas todos parecem bastante ocupados. >> >> Faço também uma chamada para saber quem gostaria de ser indicado(a) para fazer parte do Board do IMC. Eu acho importante termos representantes do Brasil no Board. Estou preparada para indicar alguém que tenha tempo para participar. A eleição será em Brisbane este ano e as indicações devem ser feitas em breve. >> >> Permaneço à disposição para falar sobre isto em mais detalhes. >> >> Um abraço a todos, >> >> Liane Hentschke >> Membro do Board do IMC >> UFRGS >> >> >> >> >> >> From: World Forum on Music [mailto:wfm em imc-cim.org] >> Sent: jeudi 21 mars 2013 11:37 >> To: info em imc-cim.org >> Subject: 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos >> >> This newsflash contains graphics, if you don't see them >> view it online >> >> To ensure delivery of our email to your inbox, please add wfm em imc-cim.org to your email address book. >> >> >> >> >> 21-24 November 2013 >> Brisbane, Australia >> >> >> >> >> >> >> >> NewsFlash >> >> 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos >> >> While over a thousand music professionals are expected to gather in Brisbane from 21-24 November for the 5th IMC World Forum on Music, we know that many others won't be able to join us for a variety of reasons. To ensure that their ideas and opinions can feed into this important event, a dedicated YouTube channel has been created. Between now and November 2013, we hope to post '1001 Voices on Musical Futures', where, in no more than five minutes, interviewees summarise the key issues they identify as crucial to sustaining music and engaging communities as we approach 2020 and beyond. The first recordings are now live at http://www.youtube.com/user/1001voicesWFM5 >> >> >> Member organisations of the International Music Council, their affiliates across the world as well as other participants in WFM5 are now invited to identify and interview individuals across the globe with interesting views on the challenges and potential to music sustainability in their specific culture or area of activity, whether it be local or global. This may relate to creation, performance, community engagement, instrument making, archiving, copyright, censorship, event management, music criticism, audiences, funding, or any other area touching the lives of those passionately or professionally engaged in music. >> >> In addition to running as an independent YouTube channel and featuring prominently on the website of the organising partners, the 1001 voices will be part of a video-installation at WFM5 in Brisbane, and some of the most appealing and outspoken voices will be invited to share their views in a live and/or webcast debate in November 2013. In this way, the conference will embrace and disseminate the greatest possible diversity of voices from all cultures and strata of society, and resonate across the world of music. >> >> Submitting a video in five easy steps: >> >> Identify an individual in your organisation, community, or area of work who you feel has worthwhile views on the future of music related to the conference themes >> Find a well-lit, quiet place (with not too much background noise) and ask the interviewees to speak uninterruptedly for no more than five minutesexpressing their key ideas, preferably in English (or supply a translation in English) >> Record and keep in a separate recording the name, profession (or place in community/organisation) of the interviewee, as well as permission / any restrictions to use this video for '1001 Voices' >> For consistency, please record >> >> >> -- >> Abraços, >> Alvaro Henrique >> >> Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf >> Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 >> ---- >> Tel.: +55(61) 9977 0535 >> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alvaroguitar em gmail.com Thu Jun 20 14:20:01 2013 From: alvaroguitar em gmail.com (Alvaro Henrique) Date: Thu, 20 Jun 2013 14:20:01 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] International Music Council In-Reply-To: <895A79EF-7048-488B-BE00-30BF9867199F@portoweb.com.br> References: <591B9D36-795E-4BE2-B202-2763F5711FAA@portoweb.com.br> <8052CF43-4C00-443F-813B-CB5DEC6A35BC@yahoo.com.br> <895A79EF-7048-488B-BE00-30BF9867199F@portoweb.com.br> Message-ID: Obrigado Alexandre e Liane pelos esclarecimentos. Abraços, Alvaro Henrique Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 ---- Tel.: +55(61) 9977 0535 http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU Em 20 de junho de 2013 14:25, Liane Hentschke < liane.hentschke em portoweb.com.br> escreveu: > Prezados colegas, > > Respondo a partir do último e-mail que recebi de vários colegas, incluindo > colegas que já tem muito conhecimento do IMC como Jorge Antunes, com quem > eu lembro ter conversado na Bahia em meados dos anos 90 durante um dos > Encontros da ANPPOM. Nesta ocasião falávamos que o National Music Council > deveria ser mais abrangente do que a gestão levada pelo Marlos. > > Eu fui convidada para concorrer ao Board da IMC, pois tinha sido > Presidente da ISME que é uma das organizações membros do IMC. > > Alexandre, muito obrigada pela explicação abaixo. Só para atualizar, o > escritório da IMC está localizado no Prédio da UNESCO em Paris e os Foruns > são realizados conforme as propostas colocadas pelos países. > Para concorrer a membro do Board, é necessário que o profissional em > música seja sócio de uma Associação membro do IMC. Por favor visitem a > página. Eu estou vendo para ver se existe a possibilidade de um > brasileiro(a) concorrer como "co-opted member", que são membros escolhidos > ao redor do mundo para garantir a representatividade regional. > > Aqui coloco alguns critérios para quem deseja enviar o seu nome para > concorrer a co-opted ou concorrer via associação ligada ao IMC. > 1) É necessário que o profissional em música (em qualquer sub-área) tenha > alguma experiência em gestão; > 2) Fluência em inglês, pois todas as reuniões são em inglês. > 3) Tenha conhecimento da política internacional na área de música > 4) Tenha tempo para participar de comissões que trabalham via skype, etc. > 5) Tenham recursos financeiros via unis ou particular para participar das > reuniões. Elas são realizadas ao redor do mundo 2 ou 3 vezes por ano. > > Enfim, quem quiser participar, eu sugiro que vocês enviem para mim a > situação de vocês (sócios ou não de sociedades ligadas ao IMC), e também um > CV resumido de 2 páginas em inglês com foto. É importante que participem do > Forum em Brisbane em novembro, pois as eleições serão lá. > > Aproveito para dizer que os calls for papers estão abertos para a ISME > 2014, e que a ISME trata de todas as áreas de música, não só música nas > escolas, mas universidades, projetos sociais, etc. > > Falei com a Luciana para ir para a abertura da ANPPOM para falar da ISME > 2014 e da IMC, mas ela explicou que o programa já está fechado. Fica para > outra ocasião. Falamos por e-mail. > > Um abraço > Liane > > > Em 20/06/2013, às 12:33, Alexandre Negreiros escreveu: > > Álvaro, > > O IMC é o organismo da UNESCO dedicado à promoção da música no mundo. > A lista que eles mantém é excelente; monitoram inúmeras oportunidades > relacionadas à área em todo o planeta. > É mantida pelos australianos já há algum tempo e, provavelmente por isso, > esse encontro será lá. > Acho ótima a proposta da Liane, e torço que indiquemos um nome à altura da > responsabilidade. > > Abçs! > Alexandre > > > Em 20/06/2013, às 10:11, Alvaro Henrique > escreveu: > > E o que e IMC? Por que deveríamos ter conselho nacional de Musica ligado > a ele? > > Abraços, > Alvaro > > Em quarta-feira, 19 de junho de 2013, Liane Hentschke escreveu: > >> >> Prezados colegas da ANPPOM. >> >> Abaixo vocês vão encontrar um anúncio do 5o. World Forum on Music do IMC. >> >> Como todos sabem, nós não temos um Conselho Nacional de Música ligado ao >> IMC. No passado o Marlos Nobre estava ligado mas agora temos que construir >> um conselho nacional como eu já havia comentado com vocês anteriormente. >> Falei com inúmeros profissionais, colegas nossos, mas todos parecem >> bastante ocupados. >> >> Faço também uma chamada para saber quem gostaria de ser indicado(a) para >> fazer parte do Board do IMC. Eu acho importante termos representantes do >> Brasil no Board. Estou preparada para indicar alguém que tenha tempo para >> participar. A eleição será em Brisbane este ano e as indicações devem ser >> feitas em breve. >> >> Permaneço à disposição para falar sobre isto em mais detalhes. >> >> Um abraço a todos, >> >> Liane Hentschke >> Membro do Board do IMC >> UFRGS >> >> >> * >> * >> * >> * >> * >> * >> *From:* World Forum on Music [mailto:wfm em imc-cim.org] >> *Sent:* jeudi 21 mars 2013 11:37 >> *To:* info em imc-cim.org >> *Subject:* 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos**** >> ** ** >> This newsflash contains graphics, if you don't see them >> *view it >> online* >> **** >> **** >> To ensure delivery of our email to your inbox, please add >> wfm em imc-cim.org to your email address book.**** >> **** >> **** >> >> **** >> >> **** >> >> *21-24 November 2013 ***** >> >> *Brisbane, Australia***** >> >> **** >> >> **** >> >> **** >> >> **** >> >> **** >> **** NewsFlash**** >> 1001 Voices on Musical Futures: Call for Videos >> **** >> ** ** >> While over a thousand music professionals are expected to gather in >> Brisbane from 21-24 November for the 5th IMC World Forum on Music, we know >> that many others won't be able to join us for a variety of reasons. To >> ensure that their ideas and opinions can feed into this important event, a >> dedicated YouTube channel has been created. Between now and November 2013, >> we hope to post '1001 Voices on Musical Futures', where, in no more than >> five minutes, interviewees summarise the key issues they identify as >> crucial to sustaining music and engaging communities as we approach 2020 >> and beyond. The first recordings are now live at >> http://www.youtube.com/user/1001voicesWFM5 >> **** >> >> ** ** >> >> Member organisations of the International Music Council, their affiliates >> across the world as well as other participants in WFM5 are now invited to >> identify and interview individuals across the globe with interesting views >> on the challenges and potential to music sustainability in their specific >> culture or area of activity, whether it be local or global. This may relate >> to creation, performance, community engagement, instrument making, >> archiving, copyright, censorship, event management, music criticism, >> audiences, funding, or any other area touching the lives of those >> passionately or professionally engaged in music.**** >> >> **** >> >> In addition to running as an independent YouTube channel and featuring >> prominently on the website of the organising partners, the 1001 voices will >> be part of a video-installation at WFM5 in Brisbane, and some of the most >> appealing and outspoken voices will be invited to share their views in a >> live and/or webcast debate in November 2013. In this way, the conference >> will embrace and disseminate the greatest possible diversity of voices from >> all cultures and strata of society, and resonate across the world of music. >> **** >> >> **** >> >> *Submitting a video in five easy steps:***** >> >> **** >> >> 1. *Identify an individual in your organisation, community, or area >> of work who you feel has worthwhile views on the future of music related to >> the conference themes***** >> 2. *Find a well-lit, quiet place (with not too much background noise) >> and ask the interviewees to speak uninterruptedly for no more than >> five minutesexpressing their key ideas, preferably in English (or >> supply a translation in English)***** >> 3. *Record and keep in a separate recording the name, profession (or >> place in community/organisation) of the interviewee, as well as permission >> / any restrictions to use this video for '1001 Voices'***** >> 4. *For consistency, please record* >> >> > > -- > Abraços, > Alvaro Henrique > > Alvaro Henrique is a Price, Rubin & Partners artist. Info: > http://alvarohenrique.com/dossie_en.pdf > Alvaro Henrique plays Royal Classics guitar strings. > http://www.royalclassics.com/catalogo_artista_detalle.htm?idioma=es&id=42 > ---- > Tel.: +55(61) 9977 0535 > http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From claubell em terra.com.br Fri Jun 21 07:42:03 2013 From: claubell em terra.com.br (Claudia) Date: Fri, 21 Jun 2013 07:42:03 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?CNE_e_ABEM_realiza_Audi=C3=AAnciaPublca_?= =?utf-8?q?que_discutir=C3=A1_a_M=C3=BAsica_nas_Escolas_-_Londrina_?= =?utf-8?q?PR_-_14_e_15_de_julho?= Message-ID: <002a01ce6e6b$f8cc7cf0$ea6576d0$@com.br> Assunto: Convite para Audiência Pública com o Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica ? Região Sul Prezados e Prezadas Colegas Vimos informar que o Conselho Nacional de Educação (CNE), em parceria com a Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), realizará nos dias 14 e 15 de julho de 2013, na Universidade Estadual de Londrina, uma Audiência Pública para discutir a obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica, com o objetivo de levantar demandas, perspectivas e caminhos para a implementação do ensino de música nas escolas, com base nas definições da Lei 11.769/08 considerando especificidades da Região Sul. O evento está inserido na programação do 18º Simpósio Paranaense de Educação Musical e do 33º Festival de Música de Londrina Esse movimento de Audiências Públicas Regionais de escuta pública pauta-se nos princípios de liberdade de expressão, do respeito às diferenças e em ações dialógicas com e entre profissionais partindo. Considerando a importância deste evento para a área de Música e para as escolas da educação básica vimos convidar Secretários de Educação de Municípios e de Estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, bem como coordenadores de cursos de Graduação e Pós-graduação em Música, professores, alunos e demais interessados para discutirem e proporem diretrizes para o ensino de música nas escolas de educação básica. Pretendemos, nesta oportunidade, dialogar e registrar os desafios e perspectivas da Região Sul no que tange a implementação do ensino de música e a formação dos professores para atuar neste contexto. Destacamos a importância de que os participantes do evento, a partir da discussão com pares em cada localidade, se inscrevam no site http://www.fml.com.br/spem/cne.asp e tragam questões para embasar o debate a ser realizado. A intenção é que, a partir do diálogo com o CNE, possa ser elaborado um amplo documento que apresente as perspectivas e demandas da região como um todo. Atenciosamente, Profª Drª Magali Oliveira Kleber Presidente da ABEM Profª Drª Claudia Ribeiro Bellochio Diretora Regional Sul/ABEM Marco Antonio Almeida Diretor Artístico do 33º FML Programação do evento Local: Hotel Crystal (Londrina) DOMINGO - 14/07 SEGUNDA- FEIRA 15/07 9h - 12h30 Chegada em Londrina - PR Apresentação do CNE e síntese dos pontos elencados no dia anterior para amplo conhecimento dos presentes e do CNE DEBATE 13h - 14h Credenciamento Almoço 14h - 16h Apresentações dos relatos dos Estados PR, SC e RS (30 minutos) DEBATE 16h - 16h30 Cooffe Break 16h30 -18h DEBATE Mesa coordenadora: Magali Kleber (presidente da ABEM), Jusamara Souza (vice-presidente da ABEM), Luis Ricardo Queiroz (secretário da ABEM), Cláudia Ribeiro Bellochio (coordenadora ABEM-Região Sul), Cristina Wolffenbuttel (representante RS), Representante SC, Solange Maranhos (representante PR) Levantamento de pontos para discussão em plenária com o CNE e participantes Encaminhamentos finais da Audiência 18h30 Mesa de Abertura do 18º SPEM/CNE 20h30 Concerto Orquestra Sinfônica da UEL - Abertura do 33º Festival de Música de Londrina Local: Catedral Metropolitana -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sekruger em uol.com.br Fri Jun 21 09:21:41 2013 From: sekruger em uol.com.br (Susana Kruger) Date: Fri, 21 Jun 2013 09:21:41 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] Concurso UFT Message-ID: <51C44555.3050700@uol.com.br> Prezados(as), segue divulgação de concurso para a UFT (Tocantins). O Edital segue anexo, e outras informações podem ser obtidas no site da instituição. http://www.copese.uft.edu.br/index.php?option=com_content&task=view&id=157&Itemid=315. Dentre as outras áreas, há uma vaga para música, em um novo curso voltado à "Educação do Campo". Att, Susana -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: C2013_1_UFT_PROF_EDITAL_043_ABERTURA_-_009.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 992085 bytes Descrição: não disponível URL: From antunes em unb.br Fri Jun 21 11:23:43 2013 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Fri, 21 Jun 2013 11:23:43 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?VEJAM_NOTA_DO_MPL_SOBRE_OS_=DALTIMO?= =?iso-8859-1?q?S_ACONTECIMENTOS_-_MARCELO_SOUZA?= In-Reply-To: <1371823322401.976959552@boxbe> References: <1371823322401.976959552@boxbe> Message-ID: *O MPL (MOVIMENTO PASSE LIVRE), É MOVIMENTO DE JOVENS, BEM ANTIGO, COM BELA HISTÓRIA DE LUTA.* Conheça a música que fiz, em 2006, para o movimento. Aprenda a música, para coro popular, aqui: http://www.americasnet.com.br/antunes/corodopovo/ A partitura musical está no site: http://www.jorgeantunes.com.br/pula_a_catraca.pdf *PULA CATRACA Jorge Antunes * Transporte ruim e aos bagaços, por dentro parece cloaca. Viaja caindo aos pedaços e o seu preço tá alto paca. Conforto é tudo que falta, sem freio, cai roda, cai placa. O dono da empresa me assalta, a empresa me faz de babaca. Respeito ali nunca tive, meu bolso o empresário ataca. Lutamos pra ter passe-livre, por isso é que eu pulo a catraca. Pula a catraca, pula a catraca, chuta o pau da barraca. Pula a catraca, pula a catraca, chuta o pau da barraca. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Jun 21 17:34:38 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 21 Jun 2013 17:34:38 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] FWP: Ohio State University, Music Cognition Message-ID: Post-Doctoral Fellowship in Music Cognition School of Music, Ohio State University The School of Music at the Ohio State University is pleased to offer a Post-doctoral Fellowship in Music Cognition. The fellowship provides one year of support for full-time music research, with the possibility of renewal for a second year. Candidates may choose their own program of research, although the successful applicant is likely to also engage in one or more collaborative projects with OSU faculty and graduate students. Preference is given to studies in listening, performance, analysis, modeling, and cross-cultural phenomena. The fellowship is designed to further a candidate's training and research experience in music cognition and systematic approaches to music scholarship. Candidates must have completed a doctoral degree at the time the fellowship begins. The Fellowship is open to any individual who has been awarded a doctoral degree within the past seven years, and who did not receive an MFA or doctorate from the Ohio State University. Untenured faculty at other institutions are eligible to apply. The salary is in the range of $40,000 per annum. The deadline for receipt of applications is July 22, 2013. The fellowship begins September 1, 2013. Applications should include a covering letter and curriculum vitae. The covering letter should include (1) a description of the candidate's background, training, recent scholarly interests, and career goals, and (2) a research plan that specifies the candidate's proposed area of research. Two confidential letters of recommendation should be sent separately. All application materials should be sent to: Prof. David Huron huron.1 at osu.edu -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From tutifornari em gmail.com Sat Jun 22 01:30:40 2013 From: tutifornari em gmail.com (Tuti) Date: Sat, 22 Jun 2013 01:30:40 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] EVOMUSART 2014 Message-ID: ---------------------------------------------------------------------------- Please distribute (Apologies for cross posting) ---------------------------------------------------------------------------- CALL FOR PAPERS evomusart 2014 3rd International Conference on Evolutionary and Biologically Inspired Music, Sound, Art and Design April 2014, Baetha, Andalusia, Spain Part of evo* 2014 evo*: http://www.evostar.org ---------------------------------------------------------------------------- New this year: Special track on Artificial Neural Network applied to Music, Sound, Art and Design ---------------------------------------------------------------------------- Following the success of previous events and the importance of the field of evolutionary and biologically inspired (artificial neural network, swarm, alife) music, sound, art and design, evomusart has become an evo* conference with independent proceedings since 2012. Thus, evomusart 2014 is the twelfth European Event and the third International Conference on Evolutionary and Biologically Inspired Music, Sound, Art and Design. The use of biologically inspired techniques for the development of artistic systems is a recent, exciting and significant area of research. There is a growing interest in the application of these techniques in fields such as: visual art and music generation, analysis, and interpretation; sound synthesis; architecture; video; poetry; design; and other creative tasks. The main goal of evomusart 2014 is to bring together researchers who are using biologically inspired computer techniques for artistic tasks, providing the opportunity to promote, present and discuss ongoing work in the area. The event will be held in April, 2014 in Baetha, Andalusia, Spain, as part of the evo* event. ---------------------------------------------------------------------------- Publication Details ---------------------------------------------------------------------------- Submissions will be rigorously reviewed for scientific and artistic merit. Accepted papers will be presented orally or as posters at the event and included in the evomusart proceedings, published by Springer Verlag in a dedicated volume of the Lecture Notes in Computer Science series. The acceptance rate at evomusart 2013 was 30.5\% for papers accepted for oral presentation, or 44.4% for oral and poster presentation combined. The evomusart 2013 submissions received on average 3.4 reviews each. New this year: submitters are strongly encouraged to provide in all papers a link for download of media demonstrating their results, whether music, images, video, or other media types. Links should be anonymised for double-blind review, e.g. using a URL shortening service. ---------------------------------------------------------------------------- Topics of interest ---------------------------------------------------------------------------- Submissions should concern the use of biologically inspired computer techniques -- e.g. Evolutionary Computation, Artificial Life, Artificial Neural Networks, Swarm Intelligence, other artificial intelligence techniques -- in the generation, analysis and interpretation of art, music, design, architecture and other artistic fields. Topics of interest include, but are not limited to: -- Generation - Biologically Inspired Design and Art -- Systems that create drawings, images, animations, sculptures, poetry, text, designs, webpages, buildings, etc.; - Biologically Inspired Sound and Music -- Systems that create musical pieces, sounds, instruments, voices, sound effects, sound analysis, etc.; - Robotic-Based Evolutionary Art and Music; - Other related artificial intelligence or generative techniques in the fields of Computer Music, Computer Art, etc.; -- Theory - Computational Aesthetics, Experimental Aesthetics; Emotional Response, Surprise, Novelty; - Representation techniques; - Surveys of the current state-of-the-art in the area; identification of weaknesses and strengths; comparative analysis and classification; - Validation methodologies; - Studies on the applicability of these techniques to related areas; - New models designed to promote the creative potential of biologically inspired computation; -- Computer Aided Creativity and computational creativity - Systems in which biologically inspired computation is used to promote the creativity of a human user; - New ways of integrating the user in the evolutionary cycle; - Analysis and evaluation of: the artistic potential of biologically inspired art and music; the artistic processes inherent to these approaches; the resulting artefacts; - Collaborative distributed artificial art environments; -- Automation - Techniques for automatic fitness assignment; - Systems in which an analysis or interpretation of the artworks is used in conjunction with biologically inspired techniques to produce novel objects; - Systems that resort to biologically inspired computation to perform the analysis of image, music, sound, sculpture, or some other types of artistic object. ---------------------------------------------------------------------------- Important Dates (to be confirmed) ---------------------------------------------------------------------------- Submission: November 2013 Notification to authors: December 2013 Camera-ready deadline: January 2014 Evo*: April 2014 ---------------------------------------------------------------------------- Additional information and submission details ---------------------------------------------------------------------------- Submit your manuscript, at most 12 A4 pages long, in Springer LNCS format (instructions downloadable from http://www.springer.com/computer/lncs?SGWID=0-164-6-793341-0) no later than November 1, 2013 (date to be confirmed). Submission link: http://myreview.csregistry.org/evomusart14 page limit: 12 pages The reviewing process will be double-blind; please omit information about the authors in the submitted paper. ---------------------------------------------------------------------------- Programme committee ---------------------------------------------------------------------------- To be confirmed ---------------------------------------------------------------------------- Conference chairs ---------------------------------------------------------------------------- Juan Romero University of A Coruna, Spain jj(at)udc.es James McDermott University College Dublin, Ireland jmmcd(at)jmmcd.net Publication chair Joao Correia, University of Coimbra jncor(at)dei.uc.pt From diosnio em gmail.com Sat Jun 22 12:31:05 2013 From: diosnio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Di=F3snio_Machado_Neto?=) Date: Sat, 22 Jun 2013 12:31:05 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?V_Encontro_de_Musicologia_de_Ribeir?= =?iso-8859-1?q?=E3o_Preto?= Message-ID: Caros colegas, Os prazos de envio de propostas de comunicação do V Encontro de Musicologia de Ribeirão Preto foi prorrogado para o dia 05 de julho. O encontro ocorrerá entre os dias 14 e 16 de agosto. Na ocasião será encenda a ópera O Basculho da Chaminé, de Marcos Portugal. Envios pelo email *encontromusicologia em ffclrp.usp.br.* * * Reenvio anexo a chamada de trabalhos, em anexo Att, Diósnio Machado Neto Laboratório de Musicologia (LAMUS) Departamento de Música - FFCLRP/USP -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: V Encontro de Musicologia de Ribeirão Preto - divulgação.docx Tipo: application/vnd.openxmlformats-officedocument.wordprocessingml.document Tamanho: 19057 bytes Descrição: não disponível URL: From rafaelmarin7 em hotmail.com Fri Jun 21 20:18:43 2013 From: rafaelmarin7 em hotmail.com (Rafael Marin da Silva Garcia) Date: Fri, 21 Jun 2013 23:18:43 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?VEJAM_NOTA_DO_MPL_SOBRE_OS_=C3=9ALTIMOS_?= =?utf-8?q?ACONTECIMENTOS_-_MARCELO_SOUZA?= In-Reply-To: References: <1371823322401.976959552@boxbe>, Message-ID: Bela música prof. Jorge Antunes. A tragédia da música Pula Catraca e a atual guerra dos movimentos sociais já havia sido anunciada em 1929 na moda-de-viola Bonde Camarão, "composta" por Cornélio Pires e Mariano da Silva e interpretada pela dupla Mariano & Caçula (o Caçula é tio do tecladista Caçulinha, que toca num desses programas de tevê aos domingos) Jornalista, escritor, folclorista e etnógrafo da cultura caipira, Cornélio Pires foi o responsável pela gravação dos primeiros discos de música caipira. Em 1929, contrariando as gravadoras da época que não aceitaram investir na gravação de um gênero até então desconhecido no mercado fonográfico, como era a música caipira, Cornélio Pires financiou do próprio bolso o estúdio e a prensagem da primeira tiragem de discos de música caipira da história, pela gravadora Colúmbia. Ao todo foram seis discos com tiragem de cinco mil cópias cada, totalizando trinta mil discos de 78 rpm. Sobre a ?saga? de Cornélio Pires na gravadora Columbia em 1929, consultar: SEVERIANO, Jairo. Uma história da música popular brasileira: das origens à modernidade. (2008, p. 234-5); TINHORÃO, José Ramos. Cultura popular: temas e questões (2001, p. 206-7); VICENTE, Eduardo. Chantecler: uma gravadora popular paulista. (2010, p. 79) A quem interessar, a música está transcrita em partitura e comentada em minha dissertação de mestrado (pp. 177-80 e 239-46), disponível no link: http://www.ia.unesp.br/Home/Pos-graduacao/Stricto-Musica/dissertacao_rafael_marin_da_silva_garcia.pdf Vancêis iscuite a moda nu iutubi:http://www.youtube.com/watch?v=hAh9LSKeKsc O povo resorveu subi a serra... Vamo pulá a catraca!Rafael Marin Bonde camarão (Cornélio Pires / Mariano da Silva) Intérpretes: Mariano & Caçula Declamado:Vancêis que tivéro em São Paulo, decerto se arregalaro por lá.Home! São Paulo é lindo, é uma buniteza!Mas tem um tar Bonde de Camarão, prá chacoaiá o corpo da gente e dá tranco...Ô peste dos quinto, é pior do que carro de boi.Inté nóis fizemo uma moda-de-viola relaxiano ele.Vancê iscuite a moda. Cantado:1. Aqui em São Paulo o que mais me amola. É esses bonde que nem gaiola. Cheguei a abrir uma portinhola. Levei um tranco e quebrei a viola. Inda eu puis dinheiro na caxa da esmola. 2. Chegô um véio se faceirando. Levou um tranco e foi cambeteando. Beijô uma véia e saiu bufando. Sentô de um lado e agarrô suando. Prá mór de o vizinho tá catingando. 3. Entrô uma moça se arrequebrando. No meu colo ela foi sentando. Pra mór de o bonde que tava andando. Sem a tarzinha estar esperando. Eu falo claro, eu fiquei gostando. 4. Entrô um padre bem barrigudo. Levô um tranco dos bem graúdo. Deu um abraço num bigodudo. Protestante dos carrancudo. Que deu cavaco com o batinudo. 5. Eu vou-me embora para minha terra. Esta porquêra inda vira em guerra. Este povo inda sobe a serra. Pra mór de a Light que os dente ferra.Nos passageiro que grita a berra. Date: Fri, 21 Jun 2013 11:23:43 -0300 From: antunes em unb.br To: contato em marcelosouzarn.com.br; anppom-l em iar.unicamp.br; bauerguilherme01 em gmail.com; valle1944 em gmail.com; assom em yahoogrupos.com.br; estudantes-unb em googlegroups.com; fora-arruda-e-toda-mafia em googlegroups.com; saiagilmar em googlegroups.com; raimundo.ramalho em gmail.com; senadorchicosantanna501 em gmail.com; psol-df em yahoogrupos.com.br; mesdf em googlegroups.com; mes.psol em gmail.com; unbpravaler em googlegroups.com; adunb em e-groups.unb.br Subject: Re: [ANPPOM-Lista] VEJAM NOTA DO MPL SOBRE OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS - MARCELO SOUZA O MPL (MOVIMENTO PASSE LIVRE), É MOVIMENTO DE JOVENS, BEM ANTIGO, COM BELA HISTÓRIA DE LUTA. Conheça a música que fiz, em 2006, para o movimento. Aprenda a música, para coro popular, aqui: http://www.americasnet.com.br/antunes/corodopovo/ A partitura musical está no site: http://www.jorgeantunes.com.br/pula_a_catraca.pdf PULA CATRACA Jorge Antunes Transporte ruim e aos bagaços, por dentro parece cloaca. Viaja caindo aos pedaços e o seu preço tá alto paca. Conforto é tudo que falta, sem freio, cai roda, cai placa. O dono da empresa me assalta, a empresa me faz de babaca. Respeito ali nunca tive, meu bolso o empresário ataca. Lutamos pra ter passe-livre, por isso é que eu pulo a catraca. Pula a catraca, pula a catraca, chuta o pau da barraca. Pula a catraca, pula a catraca, chuta o pau da barraca. ________________________________________________ Lista de discuss?es ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From diosnio em gmail.com Sat Jun 22 15:47:41 2013 From: diosnio em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Di=F3snio_Machado_Neto?=) Date: Sat, 22 Jun 2013 15:47:41 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?V_Encontro_de_Musicologia_de_Ribeir?= =?iso-8859-1?q?=E3o_Preto?= In-Reply-To: <004101ce6f70$64b755c0$2e260140$@terra.com.br> References: <004101ce6f70$64b755c0$2e260140$@terra.com.br> Message-ID: Olá Heloísa, Pois é, mas não tinha outra data, já que estaremos com a montagem da ópera do Marcos Portugal que envolve muita gente do exterior. Aliás, essa é a primeira da série que pretendemos fazer como linha de atuação do Laboratório de Musicologia. Um abraço. Espero que possa comparecer. Em sábado, 22 de junho de 2013, Heloísa e Wagner Valente escreveu: > Oi, Neto, **** > > ** ** > > Legal!**** > > Só uma pena que está em cima da Anppom, na semana seguinte...**** > > abraço**** > > ** ** > > *De:* anppom-l-bounces em iar.unicamp.br 'anppom-l-bounces em iar.unicamp.br');> [mailto: > anppom-l-bounces em iar.unicamp.br 'anppom-l-bounces em iar.unicamp.br');>] *Em nome de *Diósnio Machado Neto > *Enviada em:* sábado, 22 de junho de 2013 12:31 > *Para:* anppom-l em iar.unicamp.br 'anppom-l em iar.unicamp.br');> > *Assunto:* [ANPPOM-Lista] V Encontro de Musicologia de Ribeirão Preto**** > > ** ** > > Caros colegas,**** > > Os prazos de envio de propostas de comunicação do V Encontro de > Musicologia de Ribeirão Preto foi prorrogado para o dia 05 de julho. O > encontro ocorrerá entre os dias 14 e 16 de agosto. Na ocasião será encenda > a ópera O Basculho da Chaminé, de Marcos Portugal.**** > > ** ** > > Envios pelo email *encontromusicologia em ffclrp.usp.br 'cvml', 'encontromusicologia em ffclrp.usp.br');>.***** > > ** ** > > Reenvio anexo a chamada de trabalhos, em anexo > **** > > Att,**** > > > Diósnio Machado Neto**** > > Laboratório de Musicologia (LAMUS)**** > > Departamento de Música - FFCLRP/USP**** > -- Diósnio Machado Neto História da Música e Música Brasileira Departamento de Música - FFCLRP/USP -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From antunes em unb.br Sat Jun 22 21:09:24 2013 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Sat, 22 Jun 2013 21:09:24 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=28sem_assunto=29?= Message-ID: Caras amigas, caros amigos: Minha ópera *OLGA* está programada no III Festival de Ópera de Brasília. Ela será apresentada na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, nos dias 3, 5 e 7 de julho. Nos papéis principais estarão: Martha Herr (OLGA); Adriano Pinheiro (PRESTES) e Homero Velho (FILINTO MÜLLER). A oportunidade de assistir ao espetáculo é ímpar. Assim, convido vocês a virem a Brasília. Para aqueles que não tiverem condições de aqui vir, informo que a ópera pode ser assistida, na íntegra, no Youtube: 1º Ato: http://www.youtube.com/watch?v=lOHQRjeWjRY 2º Ato: http://www.youtube.com/watch?v=cyqSlBTm52o 3º Ato: http://www.youtube.com/watch?v=txEYvB8paMc Abaixo incluo um depoimento sobre a história dessa minha ópera. Abracos, Jorge Antunes *ÓPERA OLGA* *RELATO DO COMPOSITOR* Jorge Antunes Compus a ópera Olga entre 1987 e 1997. O libreto é de Gerson Valle, escritor e poeta carioca. O livro base, para o libreto, foi o livro *Olga* de Ruth Werner, publicado na Alemanha em 1962. Ruth Werner foi companheira de Olga Benario no campo de concentração de Ravensbruck. A história de Olga foi-me sempre familiar, desde criança, porque minha mãe falava muito dela. Os nomes de Olga e Prestes eram, entre os anos 1950 e 1980, verdadeiros mitos, banidos da história oficial. Era perigoso mencionar seus nomes e contar suas histórias. Esse mistério me fascinava mais ainda. Minha mãe, quando solteira, morou em Caxambi, no Méier, bairro do Rio de Janeiro. A casa dela foi uma das invadidas no carnaval de 1936 pela polícia de Filinto Müller que caçava Prestes e Olga. Enfim, durante décadas acalentei a ideia de compor uma ópera contando a saga de Olga Benario. Quando a última ditadura militar no Brasil começou a dar indícios claros de sua derrocada, Fernando Morais começou a escrever o livro sobre Olga. Eu, ao mesmo tempo, já munido do livro de Ruth Werner, comecei a planejar a ópera e convidei meu amigo e ex-aluno, o poeta Gerson Valle, a escrever o libreto. O libreto passou a ser escrito ao mesmo tempo em que eu compunha. Eu e Gerson discutíamos muito. Após alguma relutância dele, consegui convencê-lo a, no segundo ato, fazer uma correspondência entre as duas histórias de amor: Prestes-Olga e Tristão-Isolda. O amor dos dois casais surgiu em uma viagem de navio. Tristão levava Isolda para o rei Mark, mas um filtro do amor, a bordo, acrescentou novos rumos à história. Prestes levava Olga para a revolução brasileira, mas um coquetel, a bordo, acrescentou novos rumos à história. Assim, no segundo ato uso muitas citações de Wagner. Após concluir o primeiro ato, em 1987, tive que deixar de lado a composição por causa dos outros compromissos profissionais que tomavam meu tempo. A continuação do trabalho aconteceu em 1989, quando a Fundação Vitae me concedeu uma bolsa para composição do segundo ato. O terceiro ato só veio a ser escrito entre 1995 e 1997, quando o CNPq concedeu-me uma bolsa de pós-doutorado para pesquisa história e musical. Eu precisava encontrar várias melodias e cantos revolucionários dos grupos de que Olga participou. Precisava também esclarecer vários pontos obscuros dos últimos sete anos de vida de Olga: o período em que ela passou por três campos de concentração. O fascínio por Olga, que sempre habitou minha mente, veio a ser um pouco explicado durante minha pesquisa nos arquivos de Bernburg: descobri que Olga havia sido assassinada, na câmara de gás, três semanas após a Páscoa. Nova pesquisa sobre essa festa móvel da igreja, naquele ano de 1942, me estarreceu. Olga morreu exatamente no dia em que eu nasci: 23 de abril de 1942. Em 1988 eu e Gerson visitamos Prestes que leu a sinopse e fez algumas sugestões. Anita Leocádia acompanhou meu trabalho durante dez anos. Ela fez críticas ao libreto e corrigiu rumos: por exemplo, pediu que não desse muito espaço ao Rodolfo Ghioldi que, segundo ela, foi quem dedurou Prestes e Olga contando a Filinto que o casal se escondia no Méier. No período compreendido entre 1993 e 2006 lutei intensamente buscando teatros, diretores, maestros, orquestras, empresas financiadoras, para a encenação. Não encontrei. Todos achavam que o libreto tratava de uma história de subversivos, exaltando Olga e Prestes comunistas, e eu com uma música contestadora e revolucionária. Em 2003 montei exposição na UnB, com cerca de 60 cartas recebidas de empresas e teatros, com negativas a meus pedidos. Ao mesmo tempo organizei um abaixo-assinado dirigido ao governador do DF, pedindo a programação do espetáculo no Teatro Nacional. Chegamos a mais de 10 mil assinaturas. O governador não queria conceder audiência, para a entrega do documento. Organizamos então uma carreata rumo ao Palácio do Buriti, com mais de 200 músicos: orquestra, banda de música, orquestra de flautas, coro sinfônico. Foi um espetáculo à parte. Na frente da carreata ia o carro de som do SINTFUB, tocando a gravação da Abertura da ópera. Mas não deu em nada: o governador recebeu o documento, e ficou tudo por aí mesmo. Em 2003/2004 a Globo Filmes fez o filme Olga. Então tudo ficou mais fácil. Todos começaram a pensar: "Ah! Se a Globo faz, então o tema não é mais subversivo". Enfim, minha ópera foi estreada no Theatro Municipal de São Paulo em outubro de 2006, 19 anos depois de ter sido sua composição iniciada, 13 anos depois de a ópera ter sido concluída. Agora, finalmente, nos 3, 5 e 7 de julho de 2013, a ópera será encenada em Brasília. A ópera OLGA usa uma linguagem musical moderna mas, de modo eclético, adota o uso de melodias e árias neotonais. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Jun 22 18:09:33 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 22 Jun 2013 18:09:33 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?VEJAM_NOTA_DO_MPL_SOBRE_OS_=DALTIMO?= =?iso-8859-1?q?S_ACONTECIMENTOS_-_MARCELO_SOUZA?= In-Reply-To: References: <1371823322401.976959552@boxbe> Message-ID: Meus 20 centavos: https://soundcloud.com/deejaymurilo-do-complexo-1/mcs-tchaca-caruru-ricardinho 2013/6/21 Rafael Marin da Silva Garcia Bela música prof. Jorge Antunes. > -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From ldelben em gmail.com Tue Jun 25 17:55:24 2013 From: ldelben em gmail.com (Luciana Del-Ben) Date: Tue, 25 Jun 2013 17:55:24 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Edital_de_Elei=E7=E3o_de_Diretoria_?= =?iso-8859-1?q?e_Conselho_Fiscal_-_Bi=EAnio_2013-2015?= Message-ID: Caros membros da lista, Já está disponível no site da ANPPOM (em Documentos, no menu à esquerda) o Edital de Eleição de Diretoria e Conselho Fiscal para o biênio 2013-2015. O prazo para a inscrição de candidaturas termina no dia 15 de julho. Para mais informações, acessem o Edital na íntegra, em http://www.anppom.com.br/docs/Edital_Eleicao_Diretoria_ConselhoFiscal.pdf Saudações, Luciana Del-Ben -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From iazzetta em usp.br Tue Jun 25 23:37:42 2013 From: iazzetta em usp.br (Fernando Iazzetta) Date: Tue, 25 Jun 2013 23:37:42 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Algumas_not=EDcias_sobre_as_=FAltim?= =?iso-8859-1?q?as_reuni=F5es_do_CNPq?= Message-ID: Colegas, Esta é provavelmente minha última mensagem com representante da subárea de Música no CNPq. Um novo representante deve ser indicado pelo CNPq em agosto ou setembro. Em primeiro lugar agradeço a todos pela confiança no período em que estive nesta representação. Gostaria da dar um balanço bastante resumido das duas últimas reuniões realizadas neste ano. A primeira foi no mês de março de 2013 para reavaliar a totalidade dos pesquisadores bolsistas PQ. A agência tem mais de 15.000 bolsistas (cerca de 110 deles na área de artes) e todos foram reavaliados com a intenção de detectar distorções nas classificações atuais. Após as análise, as diversas comissões realizaram pequenos pareceres para cada bolsista. Basicamente são 3 tipos de indicação: 1) que o bolsista, na comparação com área tem uma produção notavelmente superior ao nível em que ele está classificado atualmente e portanto deveria subir de classificação; 2) que o bolsista tem produção compatível com sua classificação atual; ou 3) que o bolsista apresenta uma produção (sempre em comparação com a área) que está aquém do esperado para aquele nível e, portanto, poderia ter seu nível de classificação abaixado. A agência ainda está processando esses dados, mas se comprometeu a enviar esses pareceres aos bolsistas. O mais importante é que eles sirvam de sinalizadores para que cada bolsista possa se situar (em termos de produção) em relação à área. No que diz respeito a medidas concretas, deve ocorrer o seguinte: 1) para os que tiveram indicação para subir de nível: a reclassificação poderá ocorrer ainda neste ano para os pesquisadores do nível 1, mas por razões orçamentárias não serão atendidos (neste momento) os que se encontram no nível 2; e 2) não haverá nenhum rebaixamento para os que eventualmente tenham recebido essa recomendação. A segunda reunião acaba de ser realizada e foi referente ao Edital Universal 2013. O processo ainda não foi finalizado e portanto pode haver algumas mudanças nos dados que estou apresentando. Houve um aumento de verba neste ano (de R$ 150 para R$ 170 milhões) acompanhado de um crescimento proporcional da demanda. A área de Artes solicitaram R$ 2.740.861,13 e receberam R$ 627.768,07 (aproximadamente 25% do que foi solicitado). Neste ano foram feitas algumas mudanças no Edital desta chamada, especialmente em relação à nova classificação dos projetos em 3 faixas diferentes. Aparentemente isso gerou alguma confusão e alguns de vocês se inscreveram em faixas nas quais não podiam concorrer. Tentamos reverter esses "enganos", mas a tendência do CNPq é que esses pedidos sejam desqualificados e não serão contemplados. Mais uma vez, ainda padecemos de pareceres pouco fundamentados. E o CNPq mais uma vez sinalizou que deverá tomar alguma atitude em relação a isso. Estou esboçando alguma conclusão sobre o desempenho da Área nestes 3 anos que estive na representação junto ao CNPq. Assim que eu tiver alguma coisa concreta, repasso a vocês. Abraços, Fernando From brsp em uol.com.br Wed Jun 26 21:19:10 2013 From: brsp em uol.com.br (Paulo Castagna) Date: Wed, 26 Jun 2013 21:19:10 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Convite=3A_eventos_comemorativos_do?= =?iso-8859-1?q?s_40_anos_do_Museu_da_M=FAsica_de_Mariana?= Message-ID: Colegas, Convido quem estiver em Minas Gerais, nessa ocasião, para os eventos comemorativos dos 40 anos do Museu da Música de Mariana (MG), que serão realizados nessa cidade nos dias 6 e 7 de julho próximos. O Museu da Música foi a primeira instituição criada especificamente para reunir e preservar manuscritos musicais brasileiros, de maneira ainda informal na década de 1960, mas oficializado em 6 de julho de 1973 pelo então Arcebispo de Mariana, Dom Oscar de Oliveira. Centro do maior projeto conjunto de edição e gravação de música antiga brasileira (o Projeto Acervo da Música Brasileira, patrocinado pela Petrobras entre 2001-2003), o Museu da Música de Mariana vem desenvolvendo vários projetos musicoógicos, artísticos e sociais, e recebeu, do Programa Memória do Mundo da UNESCO, em 2 de dezembro de 2011, o Registro Regional para a América Latina e o Caribe (MOWLAC), tornando-se, assim, a primeira instituição brasileira do gênero com esse tipo de distinção. Seguem, nos anexos, o folder dos eventos e, abaixo, texto publicado na revista portuguesa de música Glosas, sobre a história e as atividades atuais do Museu da Música: http://archive.org/details/Os40AnosEVariosSeculosDoMuseuDaMusicaDeMariana Abraço, Paulo Castagna brsp em uol.com.br http://paulocastagna.com/ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: 40 anos do MMM-2.JPG Tipo: image/jpeg Tamanho: 480608 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: 40 anos do MMM-1.JPG Tipo: image/jpeg Tamanho: 988646 bytes Descrição: não disponível URL: From didierguigue em gmail.com Thu Jun 27 11:47:38 2013 From: didierguigue em gmail.com (Didier Guigue) Date: Thu, 27 Jun 2013 11:47:38 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Algumas_not=C3=ADcias_sobre_as_=C3=BAlti?= =?utf-8?q?mas_reuni=C3=B5es_do_CNPq?= In-Reply-To: References: Message-ID: Ola Fernando Obrigado por essas informações e pelo trabalho realizado durante seu mandato. Em relação ao problema dos pareceres e suas fundamentações, gostaria de reiterar aqui uma sugestão que eu lhe tinha feito, de boca: que o Cnpq mandasse aos pareceristas algumas orientações sobre o que ele entende, de fato, por parecer " bem" ou " mal" fundamentado. Porque suponho que nenhum parecerista fundamenta " mal" por querer. Abç Didier Guigue UFPB--Departamento de Música História da Música Contemporânea Programa de Pós-Graduação em Musica MUS3--Musicologia, Sonologia e Computação COMPOMUS Didier Guigue chez l'Editeur Harmattan Didier Guigue na Editora Perspectiva Discografia completa [Visite também Soundcloud e Facebook] Currículo LATTES Em 25/06/2013, às 23:37, Fernando Iazzetta escreveu: > Colegas, > > Esta é provavelmente minha última mensagem com representante da subárea de Música no CNPq. Um novo representante deve ser indicado pelo CNPq em agosto ou setembro. Em primeiro lugar agradeço a todos pela confiança no período em que estive nesta representação. > > Gostaria da dar um balanço bastante resumido das duas últimas reuniões realizadas neste ano. > > A primeira foi no mês de março de 2013 para reavaliar a totalidade dos pesquisadores bolsistas PQ. A agência tem mais de 15.000 bolsistas (cerca de 110 deles na área de artes) e todos foram reavaliados com a intenção de detectar distorções nas classificações atuais. Após as análise, as diversas comissões realizaram pequenos pareceres para cada bolsista. Basicamente são 3 tipos de indicação: 1) que o bolsista, na comparação com área tem uma produção notavelmente superior ao nível em que ele está classificado atualmente e portanto deveria subir de classificação; 2) que o bolsista tem produção compatível com sua classificação atual; ou 3) que o bolsista apresenta uma produção (sempre em comparação com a área) que está aquém do esperado para aquele nível e, portanto, poderia ter seu nível de classificação abaixado. > > A agência ainda está processando esses dados, mas se comprometeu a enviar esses pareceres aos bolsistas. O mais importante é que eles sirvam de sinalizadores para que cada bolsista possa se situar (em termos de produção) em relação à área. No que diz respeito a medidas concretas, deve ocorrer o seguinte: 1) para os que tiveram indicação para subir de nível: a reclassificação poderá ocorrer ainda neste ano para os pesquisadores do nível 1, mas por razões orçamentárias não serão atendidos (neste momento) os que se encontram no nível 2; e 2) não haverá nenhum rebaixamento para os que eventualmente tenham recebido essa recomendação. > > A segunda reunião acaba de ser realizada e foi referente ao Edital Universal 2013. O processo ainda não foi finalizado e portanto pode haver algumas mudanças nos dados que estou apresentando. Houve um aumento de verba neste ano (de R$ 150 para R$ 170 milhões) acompanhado de um crescimento proporcional da demanda. A área de Artes solicitaram R$ 2.740.861,13 e receberam R$ 627.768,07 (aproximadamente 25% do que foi solicitado). > > Neste ano foram feitas algumas mudanças no Edital desta chamada, especialmente em relação à nova classificação dos projetos em 3 faixas diferentes. Aparentemente isso gerou alguma confusão e alguns de vocês se inscreveram em faixas nas quais não podiam concorrer. Tentamos reverter esses "enganos", mas a tendência do CNPq é que esses pedidos sejam desqualificados e não serão contemplados. > > Mais uma vez, ainda padecemos de pareceres pouco fundamentados. E o CNPq mais uma vez sinalizou que deverá tomar alguma atitude em relação a isso. > > Estou esboçando alguma conclusão sobre o desempenho da Área nestes 3 anos que estive na representação junto ao CNPq. Assim que eu tiver alguma coisa concreta, repasso a vocês. > > Abraços, Fernando > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From fenerich em gmail.com Thu Jun 27 20:22:37 2013 From: fenerich em gmail.com (Ale Fenerich) Date: Thu, 27 Jun 2013 20:22:37 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Algumas_not=EDcias_sobre_as_=FAltim?= =?iso-8859-1?q?as_reuni=F5es_do_CNPq?= In-Reply-To: References: Message-ID: Caro Didier, infelizmente, essa suposição talvez seja otimista demais. Um abraço! Em 27 de junho de 2013 11:47, Didier Guigue escreveu: > Ola Fernando > > Obrigado por essas informações e pelo trabalho realizado durante seu > mandato. Em relação ao problema dos pareceres e suas fundamentações, > gostaria de reiterar aqui uma sugestão que eu lhe tinha feito, de boca: que > o Cnpq mandasse aos pareceristas algumas orientações sobre o que ele > entende, de fato, por parecer " bem" ou " mal" fundamentado. Porque suponho > que nenhum parecerista fundamenta " mal" por querer. > > Abç > > Didier Guigue > UFPB--Departamento de Música > História da Música Contemporânea > Programa de Pós-Graduação em Musica > MUS3--Musicologia, Sonologia e Computação > COMPOMUS > Didier Guigue chez l'Editeur Harmattan > Didier Guigue na Editora Perspectiva > > Discografia completa > [Visite também Soundcloud e Facebook > ] > > Currículo LATTES > > > > Em 25/06/2013, às 23:37, Fernando Iazzetta escreveu: > > Colegas, > > Esta é provavelmente minha última mensagem com representante da subárea de > Música no CNPq. Um novo representante deve ser indicado pelo CNPq em agosto > ou setembro. Em primeiro lugar agradeço a todos pela confiança no período > em que estive nesta representação. > > Gostaria da dar um balanço bastante resumido das duas últimas reuniões > realizadas neste ano. > > A primeira foi no mês de março de 2013 para reavaliar a totalidade dos > pesquisadores bolsistas PQ. A agência tem mais de 15.000 bolsistas (cerca > de 110 deles na área de artes) e todos foram reavaliados com a intenção de > detectar distorções nas classificações atuais. Após as análise, as > diversas comissões realizaram pequenos pareceres para cada bolsista. > Basicamente são 3 tipos de indicação: 1) que o bolsista, na comparação com > área tem uma produção notavelmente superior ao nível em que ele está > classificado atualmente e portanto deveria subir de classificação; 2) que o > bolsista tem produção compatível com sua classificação atual; ou 3) que o > bolsista apresenta uma produção (sempre em comparação com a área) que está > aquém do esperado para aquele nível e, portanto, poderia ter seu nível de > classificação abaixado. > > A agência ainda está processando esses dados, mas se comprometeu a enviar > esses pareceres aos bolsistas. O mais importante é que eles sirvam de > sinalizadores para que cada bolsista possa se situar (em termos de > produção) em relação à área. No que diz respeito a medidas concretas, deve > ocorrer o seguinte: 1) para os que tiveram indicação para subir de nível: a > reclassificação poderá ocorrer ainda neste ano para os pesquisadores do > nível 1, mas por razões orçamentárias não serão atendidos (neste momento) > os que se encontram no nível 2; e 2) não haverá nenhum rebaixamento para os > que eventualmente tenham recebido essa recomendação. > > A segunda reunião acaba de ser realizada e foi referente ao Edital > Universal 2013. O processo ainda não foi finalizado e portanto pode haver > algumas mudanças nos dados que estou apresentando. Houve um aumento de > verba neste ano (de R$ 150 para R$ 170 milhões) acompanhado de um > crescimento proporcional da demanda. A área de Artes solicitaram R$ > 2.740.861,13 e receberam R$ 627.768,07 (aproximadamente 25% do que foi > solicitado). > > Neste ano foram feitas algumas mudanças no Edital desta chamada, > especialmente em relação à nova classificação dos projetos em 3 faixas > diferentes. Aparentemente isso gerou alguma confusão e alguns de vocês se > inscreveram em faixas nas quais não podiam concorrer. Tentamos reverter > esses "enganos", mas a tendência do CNPq é que esses pedidos sejam > desqualificados e não serão contemplados. > > Mais uma vez, ainda padecemos de pareceres pouco fundamentados. E o CNPq > mais uma vez sinalizou que deverá tomar alguma atitude em relação a isso. > > Estou esboçando alguma conclusão sobre o desempenho da Área nestes 3 anos > que estive na representação junto ao CNPq. Assim que eu tiver alguma coisa > concreta, repasso a vocês. > > Abraços, Fernando > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- ------------------------------------------ Alexandre Sperandéo Fenerich prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/ http://soundcloud.com/ale_fenerich http://sussurro.musica.ufrj.br/fghij/f/fenerichale/fenerichale.htm n-1.art.br http://soundcloud.com/n-1-1 http://www.ufjf.br/eimas/ http://www.limiares.com.br/duo-n1.html (55 32) 8481-8277 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Fri Jun 28 18:09:08 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Fri, 28 Jun 2013 18:09:08 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?est=FAdio_hist=F3rico_de_muscle_sho?= =?iso-8859-1?q?als_preservado?= Message-ID: Historic Muscle Shoals Studio Saved By PSN Staff 06.28.2013 [image: img]Sheffield, AL (June 28, 2013)?The Muscle Shoals Music Foundation has acquired the 3614 Jackson Highway building, which housed the Muscle Shoals Sound Studio from 1969 to 1979. During that period, the facility recorded The Rolling Stones; Paul Simon; The Staple Singers; Bob Seger; Bob Dylan; Lynyrd Skynyrd; Wilson Pickett; Rod Stewart and many others. Now the Foundation plans to restore the studio and make it a center of regional music tourism. Recently added to the national Register of Historic Places, the facility was sold by owner Noah Webster for an undisclosed amount to the Foundation, led by Rodney Hall. When the studio moved to 1000 Alabama Avenue in Sheffield in 1979, the building housed an AV company and later an appliance store. The Foundation now plans to renovate the studio to its original state and upgrade the facility with modern equipment. Partnering with both the current studio at 1000 Alabama Avenue and the nearby, well-known FAME Studios, which had its own high-profile run in the ?60s and ?70s, the Foundation plans to create tours of all three sites, with an aim to construct a museum dedicated to showcasing and preserving the Muscle Shoals music history through a variety of permanent and temporary exhibits. Having recorded a number of tracks there, including ?Wild Horses? and ?Brown Sugar,? Keith Richards refers to the facility as ?rock and roll heaven? in the upcoming documentary, *Muscle Shoals*, which hits theaters in September. Other artists who recorded at the studio include Boz Skaggs, Percy Sledge, Dr. Hook, Willie Nelson, Jimmy Cliff, Cher, Joe Cocker, J.J. Cale, Linda Ronstadt, Joe Tex, Eddie Floyd, Johnny Taylor, Art Garfunkel, Milie Jackson, Cat Stevens, Traffic and hundreds of others. Muscle Shoals Sound Studio https://www.facebook.com/pages/MUSCLE-SHOALS-SOUND-STUDIOS/89247053033 Muscle Shoals Music Foundation https://www.facebook.com/MuscleShoalsMusicFoundation - See more at: http://www.prosoundnetwork.com/article/historic-muscle-shoals-studio-saved/16479#sthash.3fLIiUMt.dpuf Historic Muscle Shoals Studio Saved By PSN Staff 06.28.2013 Sheffield, AL (June 28, 2013)?The Muscle Shoals Music Foundation has acquired the 3614 Jackson Highway building, which housed the Muscle Shoals Sound Studio from 1969 to 1979. During that period, the facility recorded The Rolling Stones; Paul Simon; The Staple Singers; Bob Seger; Bob Dylan; Lynyrd Skynyrd; Wilson Pickett; Rod Stewart and many others. Now the Foundation plans to restore the studio and make it a center of regional music tourism. Recently added to the national Register of Historic Places, the facility was sold by owner Noah Webster for an undisclosed amount to the Foundation, led by Rodney Hall. When the studio moved to 1000 Alabama Avenue in Sheffield in 1979, the building housed an AV company and later an appliance store. The Foundation now plans to renovate the studio to its original state and upgrade the facility with modern equipment. Partnering with both the current studio at 1000 Alabama Avenue and the nearby, well-known FAME Studios, which had its own high-profile run in the ?60s and ?70s, the Foundation plans to create tours of all three sites, with an aim to construct a museum dedicated to showcasing and preserving the Muscle Shoals music history through a variety of permanent and temporary exhibits. Having recorded a number of tracks there, including ?Wild Horses? and ?Brown Sugar,? Keith Richards refers to the facility as ?rock and roll heaven? in the upcoming documentary, Muscle Shoals, which hits theaters in September. Other artists who recorded at the studio include Boz Skaggs, Percy Sledge, Dr. Hook, Willie Nelson, Jimmy Cliff, Cher, Joe Cocker, J.J. Cale, Linda Ronstadt, Joe Tex, Eddie Floyd, Johnny Taylor, Art Garfunkel, Milie Jackson, Cat Stevens, Traffic and hundreds of others. Muscle Shoals Sound Studio https://www.facebook.com/pages/MUSCLE-SHOALS-SOUND-STUDIOS/89247053033 Muscle Shoals Music Foundation https://www.facebook.com/MuscleShoalsMusicFoundation - See more at: http://www.prosoundnetwork.com/article/historic-muscle-shoals-studio-saved/16479 Historic Muscle Shoals Studio Saved By PSN Staff 06.28.2013 [image: img]Sheffield, AL (June 28, 2013)?The Muscle Shoals Music Foundation has acquired the 3614 Jackson Highway building, which housed the Muscle Shoals Sound Studio from 1969 to 1979. During that period, the facility recorded The Rolling Stones; Paul Simon; The Staple Singers; Bob Seger; Bob Dylan; Lynyrd Skynyrd; Wilson Pickett; Rod Stewart and many others. Now the Foundation plans to restore the studio and make it a center of regional music tourism. Recently added to the national Register of Historic Places, the facility was sold by owner Noah Webster for an undisclosed amount to the Foundation, led by Rodney Hall. When the studio moved to 1000 Alabama Avenue in Sheffield in 1979, the building housed an AV company and later an appliance store. The Foundation now plans to renovate the studio to its original state and upgrade the facility with modern equipment. Partnering with both the current studio at 1000 Alabama Avenue and the nearby, well-known FAME Studios, which had its own high-profile run in the ?60s and ?70s, the Foundation plans to create tours of all three sites, with an aim to construct a museum dedicated to showcasing and preserving the Muscle Shoals music history through a variety of permanent and temporary exhibits. Having recorded a number of tracks there, including ?Wild Horses? and ?Brown Sugar,? Keith Richards refers to the facility as ?rock and roll heaven? in the upcoming documentary, *Muscle Shoals*, which hits theaters in September. Other artists who recorded at the studio include Boz Skaggs, Percy Sledge, Dr. Hook, Willie Nelson, Jimmy Cliff, Cher, Joe Cocker, J.J. Cale, Linda Ronstadt, Joe Tex, Eddie Floyd, Johnny Taylor, Art Garfunkel, Milie Jackson, Cat Stevens, Traffic and hundreds of others. Muscle Shoals Sound Studio https://www.facebook.com/pages/MUSCLE-SHOALS-SOUND-STUDIOS/89247053033 Muscle Shoals Music Foundation https://www.facebook.com/MuscleShoalsMusicFoundation - See more at: http://www.prosoundnetwork.com/article/historic-muscle-shoals-studio-saved/16479#sthash.3fLIiUMt.dpuf Historic Muscle Shoals Studio Saved By PSN Staff 06.28.2013 [image: img]Sheffield, AL (June 28, 2013)?The Muscle Shoals Music Foundation has acquired the 3614 Jackson Highway building, which housed the Muscle Shoals Sound Studio from 1969 to 1979. During that period, the facility recorded The Rolling Stones; Paul Simon; The Staple Singers; Bob Seger; Bob Dylan; Lynyrd Skynyrd; Wilson Pickett; Rod Stewart and many others. Now the Foundation plans to restore the studio and make it a center of regional music tourism. Recently added to the national Register of Historic Places, the facility was sold by owner Noah Webster for an undisclosed amount to the Foundation, led by Rodney Hall. When the studio moved to 1000 Alabama Avenue in Sheffield in 1979, the building housed an AV company and later an appliance store. The Foundation now plans to renovate the studio to its original state and upgrade the facility with modern equipment. Partnering with both the current studio at 1000 Alabama Avenue and the nearby, well-known FAME Studios, which had its own high-profile run in the ?60s and ?70s, the Foundation plans to create tours of all three sites, with an aim to construct a museum dedicated to showcasing and preserving the Muscle Shoals music history through a variety of permanent and temporary exhibits. Having recorded a number of tracks there, including ?Wild Horses? and ?Brown Sugar,? Keith Richards refers to the facility as ?rock and roll heaven? in the upcoming documentary, *Muscle Shoals*, which hits theaters in September. Other artists who recorded at the studio include Boz Skaggs, Percy Sledge, Dr. Hook, Willie Nelson, Jimmy Cliff, Cher, Joe Cocker, J.J. Cale, Linda Ronstadt, Joe Tex, Eddie Floyd, Johnny Taylor, Art Garfunkel, Milie Jackson, Cat Stevens, Traffic and hundreds of others. Muscle Shoals Sound Studio https://www.facebook.com/pages/MUSCLE-SHOALS-SOUND-STUDIOS/89247053033 Muscle Shoals Music Foundation https://www.facebook.com/MuscleShoalsMusicFoundation - See more at: http://www.prosoundnetwork.com/article/historic-muscle-shoals-studio-saved/16479#sthash.3fLIiUMt.dpuf -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From iazzetta em usp.br Sat Jun 29 13:42:41 2013 From: iazzetta em usp.br (Fernando Iazzetta) Date: Sat, 29 Jun 2013 13:42:41 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Algumas_not=EDcias_sobre_as_=FAltim?= =?iso-8859-1?q?as_reuni=F5es_do_CNPq?= In-Reply-To: References: Message-ID: OI Didier, Acho difícil que o CNPq faça uma orientação geral e formal para os pareceres, porque o teor do parecer depende muito da área do projeto e, especialmente, dos problemas e qualidades do mesmo. Mas depois de passar por tantos pareceres posso elencar algumas coisas positivas e negativas na composição de um parecer que são frequentemente apontadas nas reuniões de julgamento de processos. 1) Em princípio, não ajuda ter num parecer: - frases lacônicas, sem a devida explicação, como "Projeto adequado" ou "Pesquisador reconhecido na área" pois elas não oferecem subsídio nenhum para a avaliação; - excesso de adjetivos (positivos ou negativos), sem que se demonstre a razão deles. Por exemplo, escrever que um "projeto é excepcional" não diz nada além de uma "impressão" do assessor. Este tipo de frase significa que temos que confiar totalmente na autoridade, no bom senso e no conhecimento do assessor em relação á área. Nesse caso, o avaliador do CNPq tem que reler o projeto e verificar o "porquê" do parecer, ou seja, são dois trabalhos! Por outro lado, se lemos que um "projeto é excepcional porque dá continuidade à pesquisa anterior, apresentando um contribuição inovadora de de carater XYZ, e que se propõe a realizar tais e tais propostas, as quais terão este e aquele resultado" temos mais segurança para deliberar a partir do parecer e colocar o tal projeto na perspectiva de comparação com outros; - sugestões do assessor: o parecer não é lugar para dar sugestões! As decisões do projeto cabem ao proponente, não é papel do assessor interferir no projeto, apenas avaliar o seu mérito; - pareceres excessivamente críticos ou em tom pessoal, como se o assessor quisesse passar um "recado" ao proponente também não ajudam na avaliação. O que acontece é que esse recado raramente chega ao autor da proposta, pois geralmente são descartados no processo de avaliação. O parecer deve ater-se ao mérito da proposta. Pessoalmente, jamais deixo passar termos como "medíocre" ou "maravilhoso" e eles são suprimidos do parecer que chega ao proponente. O parecer recebido deve, antes de tudo, indicar ao proponente e de maneira objetiva, o porque da proposta ter sido bem ou mal avaliada; - observações contraditórias: é muito comum lermos frases como "o projeto é excelente, mas a fundamentação teórica é fraca"; ou "proponente é uma figura importante na área e com ótima produção acadêmica, embora não tenha publicado nos últimos 4 anos". Não preciso dizer que este tipo frase também não ajudam na avaliação. 2) Por outro lado, ajuda ter num parecer: - objetividade; - objetividade; - objetividade; - e bom senso! 3) O que deixa o avaliador muito feliz num parecer: - uma exposição clara e concisa do que levaria o assessor a recomendar ou não uma proposta. 4) Para aqueles que gostaria de um roteiro para tomar como base, é simples: a) Brevíssima exposição do que consiste a proposta; b) avaliação de mérito do projeto e dos resultados da proposta c) avaliação da capacidade e produção do proponente (e/ou da equipe) d) avaliação do contexto e viabilidade (qualidade da instituição, existência de grupo de pesquisa, laboratórios etc.) e) frase conclusiva recomendando ou não a proposta Não tem como errar. abraços, Fernando On Jun 27, 2013, at 11:47 AM, Didier Guigue wrote: > Ola Fernando > > Obrigado por essas informações e pelo trabalho realizado durante seu mandato. Em relação ao problema dos pareceres e suas fundamentações, gostaria de reiterar aqui uma sugestão que eu lhe tinha feito, de boca: que o Cnpq mandasse aos pareceristas algumas orientações sobre o que ele entende, de fato, por parecer " bem" ou " mal" fundamentado. Porque suponho que nenhum parecerista fundamenta " mal" por querer. > > Abç > > Didier Guigue > UFPB--Departamento de Música > História da Música Contemporânea > Programa de Pós-Graduação em Musica > MUS3--Musicologia, Sonologia e Computação > COMPOMUS > Didier Guigue chez l'Editeur Harmattan > Didier Guigue na Editora Perspectiva > > Discografia completa > [Visite também Soundcloud e Facebook] > > Currículo LATTES > > > > Em 25/06/2013, às 23:37, Fernando Iazzetta escreveu: > >> Colegas, >> >> Esta é provavelmente minha última mensagem com representante da subárea de Música no CNPq. Um novo representante deve ser indicado pelo CNPq em agosto ou setembro. Em primeiro lugar agradeço a todos pela confiança no período em que estive nesta representação. >> >> Gostaria da dar um balanço bastante resumido das duas últimas reuniões realizadas neste ano. >> >> A primeira foi no mês de março de 2013 para reavaliar a totalidade dos pesquisadores bolsistas PQ. A agência tem mais de 15.000 bolsistas (cerca de 110 deles na área de artes) e todos foram reavaliados com a intenção de detectar distorções nas classificações atuais. Após as análise, as diversas comissões realizaram pequenos pareceres para cada bolsista. Basicamente são 3 tipos de indicação: 1) que o bolsista, na comparação com área tem uma produção notavelmente superior ao nível em que ele está classificado atualmente e portanto deveria subir de classificação; 2) que o bolsista tem produção compatível com sua classificação atual; ou 3) que o bolsista apresenta uma produção (sempre em comparação com a área) que está aquém do esperado para aquele nível e, portanto, poderia ter seu nível de classificação abaixado. >> >> A agência ainda está processando esses dados, mas se comprometeu a enviar esses pareceres aos bolsistas. O mais importante é que eles sirvam de sinalizadores para que cada bolsista possa se situar (em termos de produção) em relação à área. No que diz respeito a medidas concretas, deve ocorrer o seguinte: 1) para os que tiveram indicação para subir de nível: a reclassificação poderá ocorrer ainda neste ano para os pesquisadores do nível 1, mas por razões orçamentárias não serão atendidos (neste momento) os que se encontram no nível 2; e 2) não haverá nenhum rebaixamento para os que eventualmente tenham recebido essa recomendação. >> >> A segunda reunião acaba de ser realizada e foi referente ao Edital Universal 2013. O processo ainda não foi finalizado e portanto pode haver algumas mudanças nos dados que estou apresentando. Houve um aumento de verba neste ano (de R$ 150 para R$ 170 milhões) acompanhado de um crescimento proporcional da demanda. A área de Artes solicitaram R$ 2.740.861,13 e receberam R$ 627.768,07 (aproximadamente 25% do que foi solicitado). >> >> Neste ano foram feitas algumas mudanças no Edital desta chamada, especialmente em relação à nova classificação dos projetos em 3 faixas diferentes. Aparentemente isso gerou alguma confusão e alguns de vocês se inscreveram em faixas nas quais não podiam concorrer. Tentamos reverter esses "enganos", mas a tendência do CNPq é que esses pedidos sejam desqualificados e não serão contemplados. >> >> Mais uma vez, ainda padecemos de pareceres pouco fundamentados. E o CNPq mais uma vez sinalizou que deverá tomar alguma atitude em relação a isso. >> >> Estou esboçando alguma conclusão sobre o desempenho da Área nestes 3 anos que estive na representação junto ao CNPq. Assim que eu tiver alguma coisa concreta, repasso a vocês. >> >> Abraços, Fernando >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From cpalombini em gmail.com Sat Jun 29 15:38:44 2013 From: cpalombini em gmail.com (Carlos Palombini) Date: Sat, 29 Jun 2013 15:38:44 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?=5BSonologia-l=5D__Algumas_not=EDci?= =?iso-8859-1?q?as_sobre_as_=FAltimas_reuni=F5es_do_CNPq?= In-Reply-To: References: Message-ID: Obrigado, Frenando. Não tinha me ocorrido que apresentar um resumo do projeto fosse útil, mas é, sobretudo quando frequentemente os proponentes mesmos não o fazem. Abraço, Carlos 2013/6/29 Fernando Iazzetta OI Didier, > > Acho difícil que o CNPq faça uma orientação geral e formal para os > pareceres, porque o teor do parecer depende muito da área do projeto e, > especialmente, dos problemas e qualidades do mesmo. Mas depois de passar > por tantos pareceres posso elencar algumas coisas positivas e negativas na > composição de um parecer que são frequentemente apontadas nas reuniões de > julgamento de processos. > -- carlos palombini pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio ufmg.academia.edu/CarlosPalombini proibidao.org -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From whvalent em terra.com.br Sun Jun 30 10:13:18 2013 From: whvalent em terra.com.br (=?utf-8?B?IEhlbG/DrXNhIGUgV2FnbmVyIFZhbGVudGU=?=) Date: Sun, 30 Jun 2013 13:13:18 +0000 Subject: [ANPPOM-Lista] =?utf-8?q?Algumas_not=C3=ADcias_sobre_as_=C3=BAlti?= =?utf-8?q?mas_reuni=C3=B5es_do_CNPq?= Message-ID: <50859.1372597998@terra.com.br> olá, Fernando, Didier e demais, agradeço os esclarecimentos.teria uma pergunta breve: há uns 2 anos atrás, as avaliações finais encaminhavam os pareceres e, ainda, a colocação na listagem dos contemplados (ou não) com financiamentos.agora somente aquelas menções de praxeTer uma boa avaliação, mesmo não obtendo financiamento é algo importante para o proponente, não apenas para 'justificar' aos empregadores, pares etc. mas também como um precedente na ocasião de encaminhar outra proposta.dá para mexer nisso?bom domingo a todos, abraçoHeloísa Heloísa de A. Duarte Valente www.musimid.mus.br/ www.musimid.blogspot.com On Sáb 29/06/13 13:42 , Fernando Iazzetta iazzetta em usp.br sent: OI Didier, Acho difícil que o CNPq faça uma orientação geral e formal para os pareceres, porque o teor do parecer depende muito da área do projeto e, especialmente, dos problemas e qualidades do mesmo. Mas depois de passar por tantos pareceres posso elencar algumas coisas positivas e negativas na composição de um parecer que são frequentemente apontadas nas reuniões de julgamento de processos. 1) Em princípio, não ajuda ter num parecer: - frases lacônicas, sem a devida explicação, como "Projeto adequado" ou "Pesquisador reconhecido na área" pois elas não oferecem subsídio nenhum para a avaliação;- excesso de adjetivos (positivos ou negativos), sem que se demonstre a razão deles. Por exemplo, escrever que um "projeto é excepcional" não diz nada além de uma "impressão" do assessor. Este tipo de frase significa que temos que confiar totalmente na autoridade, no bom senso e no conhecimento do assessor em relação á área. Nesse caso, o avaliador do CNPq tem que reler o projeto e verificar o "porquê" do parecer, ou seja, são dois trabalhos! Por outro lado, se lemos que um "projeto é excepcional porque dá continuidade à pesquisa anterior, apresentando um contribuição inovadora de de carater XYZ, e que se propõe a realizar tais e tais propostas, as quais terão este e aquele resultado" temos mais segurança para deliberar a partir do parecer e colocar o tal projeto na perspectiva de comparação com outros; - sugestões do assessor: o parecer não é lugar para dar sugestões! As decisões do projeto cabem ao proponente, não é papel do assessor interferir no projeto, apenas avaliar o seu mérito; - pareceres excessivamente críticos ou em tom pessoal, como se o assessor quisesse passar um "recado" ao proponente também não ajudam na avaliação. O que acontece é que esse recado raramente chega ao autor da proposta, pois geralmente são descartados no processo de avaliação. O parecer deve ater-se ao mérito da proposta. Pessoalmente, jamais deixo passar termos como "medíocre" ou "maravilhoso" e eles são suprimidos do parecer que chega ao proponente. O parecer recebido deve, antes de tudo, indicar ao proponente e de maneira objetiva, o porque da proposta ter sido bem ou mal avaliada;- observações contraditórias: é muito comum lermos frases como "o projeto é excelente, mas a fundamentação teórica é fraca"; ou "proponente é uma figura importante na área e com ótima produção acadêmica, embora não tenha publicado nos últimos 4 anos". Não preciso dizer que este tipo frase também não ajudam na avaliação. 2) Por outro lado, ajuda ter num parecer: - objetividade;- objetividade; - objetividade; - e bom senso! 3) O que deixa o avaliador muito feliz num parecer: - uma exposição clara e concisa do que levaria o assessor a recomendar ou não uma proposta. 4) Para aqueles que gostaria de um roteiro para tomar como base, é simples:a) Brevíssima exposição do que consiste a proposta;b) avaliação de mérito do projeto e dos resultados da propostac) avaliação da capacidade e produção do proponente (e/ou da equipe)d) avaliação do contexto e viabilidade (qualidade da instituição, existência de grupo de pesquisa, laboratórios etc.)e) frase conclusiva recomendando ou não a proposta Não tem como errar. abraços, Fernando On Jun 27, 2013, at 11:47 AM, Didier Guigue wrote: Ola Fernando Obrigado por essas informações e pelo trabalho realizado durante seu mandato. Em relação ao problema dos pareceres e suas fundamentações, gostaria de reiterar aqui uma sugestão que eu lhe tinha feito, de boca: que o Cnpq mandasse aos pareceristas algumas orientações sobre o que ele entende, de fato, por parecer " bem" ou " mal" fundamentado. Porque suponho que nenhum parecerista fundamenta " mal" por querer. Abç Didier Guigue [1] UFPB--Departamento de MúsicaHistória da Música Contemporânea [2]Programa de Pós-Graduação em Musica [3] MUS3--Musicologia, Sonologia e Computação [4] COMPOMUS [5] Didier Guigue chez l\'Editeur Harmattan [6]Didier Guigue na Editora Perspectiva [7] Discografia completa [8][Visite também Soundcloud [9] e Facebook [10]] Currículo LATTES [11] Em 25/06/2013, às 23:37, Fernando Iazzetta escreveu: Colegas, Esta é provavelmente minha última mensagem com representante da subárea de Música no CNPq. Um novo representante deve ser indicado pelo CNPq em agosto ou setembro. Em primeiro lugar agradeço a todos pela confiança no período em que estive nesta representação. Gostaria da dar um balanço bastante resumido das duas últimas reuniões realizadas neste ano. A primeira foi no mês de março de 2013 para reavaliar a totalidade dos pesquisadores bolsistas PQ. A agência tem mais de 15.000 bolsistas (cerca de 110 deles na área de artes) e todos foram reavaliados com a intenção de detectar distorções nas classificações atuais. Após as análise, as diversas comissões realizaram pequenos pareceres para cada bolsista. Basicamente são 3 tipos de indicação: 1) que o bolsista, na comparação com área tem uma produção notavelmente superior ao nível em que ele está classificado atualmente e portanto deveria subir de classificação; 2) que o bolsista tem produção compatível com sua classificação atual; ou 3) que o bolsista apresenta uma produção (sempre em comparação com a área) que está aquém do esperado para aquele nível e, portanto, poderia ter seu nível de classificação abaixado. A agência ainda está processando esses dados, mas se comprometeu a enviar esses pareceres aos bolsistas. O mais importante é que eles sirvam de sinalizadores para que cada bolsista possa se situar (em termos de produção) em relação à área. No que diz respeito a medidas concretas, deve ocorrer o seguinte: 1) para os que tiveram indicação para subir de nível: a reclassificação poderá ocorrer ainda neste ano para os pesquisadores do nível 1, mas por razões orçamentárias não serão atendidos (neste momento) os que se encontram no nível 2; e 2) não haverá nenhum rebaixamento para os que eventualmente tenham recebido essa recomendação. A segunda reunião acaba de ser realizada e foi referente ao Edital Universal 2013. O processo ainda não foi finalizado e portanto pode haver algumas mudanças nos dados que estou apresentando. Houve um aumento de verba neste ano (de R$ 150 para R$ 170 milhões) acompanhado de um crescimento proporcional da demanda. A área de Artes solicitaram R$ 2.740.861,13 e receberam R$ 627.768,07 (aproximadamente 25% do que foi solicitado). Neste ano foram feitas algumas mudanças no Edital desta chamada, especialmente em relação à nova classificação dos projetos em 3 faixas diferentes. Aparentemente isso gerou alguma confusão e alguns de vocês se inscreveram em faixas nas quais não podiam concorrer. Tentamos reverter esses "enganos", mas a tendência do CNPq é que esses pedidos sejam desqualificados e não serão contemplados. Mais uma vez, ainda padecemos de pareceres pouco fundamentados. E o CNPq mais uma vez sinalizou que deverá tomar alguma atitude em relação a isso. Estou esboçando alguma conclusão sobre o desempenho da Área nestes 3 anos que estive na representação junto ao CNPq. Assim que eu tiver alguma coisa concreta, repasso a vocês. Abraços, Fernando ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l [12] ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From ldelben em gmail.com Sun Jun 30 22:59:46 2013 From: ldelben em gmail.com (Luciana Del-Ben) Date: Sun, 30 Jun 2013 22:59:46 -0300 Subject: [ANPPOM-Lista] =?iso-8859-1?q?Informa=E7=F5es_-_XXIII_Congresso_d?= =?iso-8859-1?q?a_ANPPOM?= Message-ID: Caros membros da lista, Está disponível no site da ANPPOM o banner que dá acesso à página do XXIII Congresso da ANPPOM, criada pela UFRN: . Lá, vocês encontrarão a programação do evento e informações sobre hospedagem, entre outras. Saudações, Luciana Del-Ben -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: