[ANPPOM-Lista] POR UM RADIO RENOVADO - CRIATIVO - ATIVO

J A Mannis jamannis em unicamp.br
Qui Set 1 09:33:17 BRT 2016


Obrigado Marcus 
Este GT só aconteceu por forças da Janete que deu a ideia e estimulou o tempo todo para que acontecesse. Valeu a pena e está iniciada uma nova frente de trabalho 
Grato por seu entusiasmo e apoio 
Mannis 

Enviado do meu iPhone

> Em 31 de ago de 2016, às 23:18, Marcus S. Wolff <m_swolff em hotmail.com> escreveu:
> 
> Parabéns Mannis e Janete pelo GT maravilhoso, pela troca de ideias e pela disponibilização de um material tão fantástico! Espero estar com vcs nos próximos e que as rádios universitárias possam se espalhar e constituir espaços para a produção de trabalhos criativos, além de difundirem as pesquisas acadêmicas para a sociedade. abraços
> Marcus Wolff. 
> 
> 
> Pesquisador PNPD
> PPGM UNI-RIO
> Doutor em Semiótica e Comunicação (PUC/SP)
> Mestre em História Social da Cultura (PUC/RJ)
> 
> 
> From: jamannis em unicamp.br
> To: anppom-l em iar.unicamp.br
> Date: Wed, 31 Aug 2016 10:51:03 -0300
> Subject: [ANPPOM-Lista] POR UM RADIO RENOVADO - CRIATIVO - ATIVO
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> POR UM RADIO RENOVADO - CRIATIVO - ATIVO
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> RESULTADO DO GT02 na ANPPOM 2016
> 
> GT02 - Políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação no Brasil
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> Rádios Universitárias como disseminadoras da produção musical nas IES e como veículos para integração com a sociedade
> 
> Coord.: José Augusto Mannis e Janete El Haouli
> 
> Durante o XXVI Congresso da Anppom 11 pesquisadores se reuniram para refletir e discutir uma proposta de rádio universitária como disseminadora de uma produção musical renovada e como veículo para integração com a sociedade, como uma ação de políticas públicas, não do Estado em benefício das universidades, mas das universidades em benefício da sociedade, compartilhando seus conhecimentos e sua produção de ciência, tecnologia e inovação com as comunidades que a sustentam, no caso das universidades públicas. Nos perguntamos por que os músicos e pesquisadores em músicas não estão atuando regularmente nas radio emissoras.
> 
> Justificativa: Enquanto pesquisadores em música nossas vozes têm atingido poucos ouvidos, nossos artigos e textos poucos leitores, e também, paradoxalmente, nossas músicas poucos ouvintes, através dos meios de comunicação especializados que temos empregado para disseminar nossa produção. Além disso, nos encontramos extremamente limitados para expressar nossas propostas e anseios, bem como para agir politicamente em defesa de nossos princípios e ideais. Constata-se que no âmbito dos pesquisadores de música no Brasil, o meio de comunicação radiofônico não tem sido explorado em toda sua potência de mídia sonora, como meio de expressão para músicos que, por definição, praticam a arte dos sons. 
> Contudo, desde os anos 1920, o Radio tem sido utilizado como mídia criativa por poetas, literatos, dramaturgos, músicos, cineastas etc. (Dziga Vertov, Walter Ruttman, Orson Welles, Antonin Artaud, John Cage, Luciano Berio, Glen Gould, Pierre Schaeffer, Mauricio Kagel, Murray Schafer entre muitos outros mais). 
> Diversos trabalhos acadêmicos, dissertações, teses, artigos, livros, têm sido dedicados ao estudo e à reflexão acerca da arte radiofônica. Dentre os países possuindo forte tradição em Radio Arte temos: Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Áustria, Espanha, Finlândia, Canadá, Estados Unidos. Países emergentes em Radio Arte: México, Colômbia, Venezuela, Argentina e Brasil.
> 
> Objetivos: O trabalho conduzido neste Grupo de Trabalho teve por objetivos:
> 
> (1) sensibilizar pesquisadores em música a empreenderem atividades de produção e disseminação em meio radiofônico;
> 
> (2) apresentar as possibilidades e os tipos de produções possíveis em rádio;
> 
> (3) instrumentar os participantes com referências e material básico prático para iniciarem um planejamento de ações no âmbito do público e dos meios na área de sua abrangência acadêmica e social;
> 
> (4) destacar o potencial do rádio também enquanto meio de expressão artística e como uma mídia que requer muito mais ideias a serem veiculadas do que produtos a serem passivamente consumidos.
> 
> Resultados: As reflexões e discussões produzidas nas três sessões deste Grupo de Trabalho apontam para os seguintes aspectos, ideias, princípios e propostas:
> 
> • O Rádio, como veículo de comunicação de massa, como linguagem e como instrumento, deve ser valorizado também como mídia sonora criativa, inventiva, que transmite ideias;
> 
> • O Rádio possui um importante aspecto laboratorial como espaço de experimentação, de investigação de linguagem (estúdios domésticos, de universidades e ou instituições que possibilitem essa investigação e produção);
> 
> • É preciso inserir estudos e práticas de Rádio, como mídia sonora, nos cursos de música e teatro das universidades e galerias de arte que fazem uso do som como suporte expressivo artístico;
> 
> • É necessário que músicos atuem nas emissoras de Rádios educativas, culturais e universitárias enquanto responsáveis e líderes de programação e produção musical, uma vez que a competência de conhecimentos musicais é própria dos músicos;
> 
> • Identificamos em nosso levantamento:
> 
> o Aproximadamente 300 emissoras de rádio educativas no Brasil, das quais 50 emissoras (17%) são universitárias;
> 
> o 60 IES no Brasil mantendo cursos de Música (3% das 2mil IES do Brasil);
> 
> o 20 emissoras educativas implantadas em IES mantendo cursos de Música (1/3 das IES mantendo cursos de Música), abrangendo 11 UF (ES – GO – MG – MS – MT – PE – PR – RN – RS – SC – SP);
> 
> o oito docentes de cursos de música como produtores de rádio, ativos neste momento, em todo o país.
> 
> • Gêneros de programas radiofônicos apresentados, discutidos, ouvidos:
> 
> o Audição musical: por repertório; por temática; por outros critérios;
> o Documentário: assuntos musicais; outros assuntos; documentário poético;
> o Programa temático: apresentação de temas discutidos, ilustrados, com convidados e participação de ouvintes; 
> o Entrevista: artistas; pesquisadores; profissionais;
> o Depoimento: artistas; pesquisadores; profissionais;
> o Debate: artistas; pesquisadores; profissionais;
> o Agenda cultural: divulgação de eventos anunciados;
> o Cobertura de eventos: divulgação de eventos que aconteceram ou estão acontecendo;
> o Rádio drama: peças de teatro; radio novela; narrativas épicas;
> o Leituras interpretadas: poemas; contos; romances; 
> o Rádio Arte: composições de peças radiofônicas, de arte sonora; hörspiel e neue hörspiel; 
> o Programa educacional: rádio aula; programas de apoio didático;
> o Além de outros gêneros: feature; poesia sonora; electro clips; audio-collage; text-sound etc.
> 
> • Foram abordados aspectos técnicos de produção e realização como gravação, edição, montagem, mixagem, inteligibilidade, especificidade da narrativa radiofônica;
> 
> • Foram apresentados exemplos de roteiros incluindo um Modelo básico de roteiro para programas radiofônicos além de bibliografia, discografia e sitiografia específicos;
> 
> • Os participantes demonstraram grande interesse em empreender atividades musicais em rádios nas suas regiões de origem e estão engajados em prosseguir na reflexão iniciada neste Grupo de Trabalho, razão pela qual foi estabelecido um mailing dos mesmos para que permaneçam em contato e possam seguir trocando experiências e questionamentos.
> 
> Belo Horizonte, 26 de agosto de 2016
> 
> José Augusto Mannis e Janete El Haouli
> 
> 
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