[ANPPOM-Lista] música e antropologia:,ppgas museu nacional ufrj, 2017-ii

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Ter Jul 25 00:58:09 BRT 2017


​Olá,

Tomo a liberdade de divulgar aqui, na expectativa encontrar candidatos
interessados, o curso que Adriana Facina
<https://www.facebook.com/adriana.facina.3?fref=mentions> (PPGAS Museu
Nacional UFRJ), Bruno Muniz
<https://www.facebook.com/dubmuniz?fref=mentions> (idem), Dennis Novaes
<https://www.facebook.com/dennisnovaes1?fref=mentions> (idem) e eu
(PPGM-Unirio) oferecemos este semestre para mestrandos e doutorandos do
PPGAS-UFRJ e do PPGM-Unirio. Chama-se Música e Antropologia, e ocorrerá no
Museu Nacional, na Quinta da Boavista, às segundas-feiras, das 14:00 às
17:00. O PDF da ementa e do plano de aulas, com bibliografia e cronograma,
pode ser baixado do link ao final da postagem, mas seguem copiados no corpo
da mensagem.

Música e Antropologia

PPGAS Museu Nacional UFRJ, 2017-II, segundas-feiras, 14:00–17:00

*Adriana Facina*, *Bruno Muniz*, *Dennis Novaes*, *Carlos Palombini* e
convidados



*A massa é a matriz onde se engendra hoje a atitude nova frente à obra de
arte.*

(Benjamin 1936: 63)

Ementa

O curso tem como objetivo discutir em perspectiva interdisciplinar a
relação entre criação/produção musical, diáspora africana e tecnologias de
registro fonográfico em diferentes contextos históricos e territoriais
contemporâneos. As Américas produziram diversas manifestações dessas
músicas em diáspora e através de outros movimentos de um complexo chamado
Atlântico Negro — algumas delas, como o hip-hop, o *dancehall* e o funk
carioca, intrinsecamente associadas a sociabilidades juvenis. Dialogaremos
com autores clássicos que se voltaram para a relação entre música e
sociedade, e com etnografias e registros fonográficos. Analisaremos música
enquanto som organizado em suas relações com corpos, afetos e estruturas
sociais, e não apenas letra e contexto.



Encontros, leituras e filmes

Livros e monografias integralmente citados terão os capítulos ou seções
pertinentes especificados no decorrer do curso.



1. Apresentações (7 ago.)

2. Música em questão (14 ago.)

Born, Georgina. 2010. “For a Relational Musicology: Music and
Interdisciplinarity, Beyond the Practice Turn”. *Journal of the Royal
Musical Association* 135 (2): 205–243. DOI 10.1080/02690403.2010.506265.
Disponível em: <http://goo.gl/mSBMtE>.

Feld, Steven. 2015. “Simpósio sobre sociomusicologia comparativa: Estrutura
sonora como estrutura social”. Trad. Daniel C. Avila. *Sociedade e cultura*
18 (1): 177–194. Disponível em: <http://goo.gl/XFG8z6>.

———. 1985. “Sound Structure as Social Structure”. *Ethnomusicology* 28 (3):
383–409. DOI 10.2307/851232. [Portal Capes ou Scribd]

Lomax, Alan. 1962. “Song Structure and Social Structure”. *Ethnology* 1
(4): 425–451. DOI 10.2307/3772850. Disponível em: <http://goo.gl/A8gsgw>.

Seeger, Anthony. 2008. “Etnomusicologia/Antropologia da música —
disciplinas distintas?” In: Samuel Araújo, Gaspar Paz e Vincenzo Cambria
(org.), *Música em debate: perspectivas interdisciplinares*. Rio de
Janeiro: Mauad X e Faperj, 19–24. Disponível em: <http://goo.gl/Q1dbDx>.



3. Musica é reprodutibilidade técnica I (21 ago.)

Adorno, Theodor W. 1980. “O fetichismo na música e a regressão da audição”.
Trad. Luiz João Baraúna. In: *Benjamin, Adorno, Horkheimer, Habermas:
textos escolhidos*. São Paulo: Abril Cultural, 165–191. Disponível em: <
http://goo.gl/qfF9ec>.

Benjamin, Walter. 1985. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade
técnica”. In: *Obras escolhidas I*. Trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo:
Brasiliense, 165–196. Disponível em: <http://goo.gl/2CM39c>. [Primeira
versão alemã]

———. “A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução”. Trad. José
Lino Grünnewald. In: *Benjamin, Adorno, Horkheimer, Habermas: textos
escolhidos*. São Paulo: Abril Cultural, 3–28. Disponível em: <
http://goo.gl/QEFpVE>. [Segunda versão alemã]

———. 1936. “L’Œuvre d’art à l’époque de sa reproduction mécanisée”.
*Zeitschrift
für Sozialforschung* 5 (1): 40–68. Disponível em: <http://goo.gl/TPF8jB>.
[Versão francesa a partir da primeira versão alemã]

DeNora, Tia. 2003. “Adorno, ‘defended against his devotees?’”. *After
Adorno: Rethinking Music Sociology*. Cambridge: Cambridge University Press,
1–34. Disponível em: <http://goo.gl/LybW2s>.

Hennion, Antoine e Bruno Latour. 2003. “How to Make Mistakes on So Many
Things at Once — And Become Famous for It”. In: Hans Ulrich Gumbrecht e
Michael J. Marrinan (org.), *Mapping Benjamin: The Work of Art in the
Digital Age*. Redwood City: Stanford University Press, 91–97. Disponível
em: <http://goo.gl/Pr9Fn7>.

———. 1999. “L’art, l’aura et la technique selon Benjamin, ou comment
devenir célèbre en faisant tant d’erreurs à la fois...”. *Les Cahiers de
médiologie* 1: 235–241. DOI 10.3917/cdm.001.0235. Disponível em: <
http://goo.gl/QinEqn>.



4. Musica e reprodutibilidade técnica II (28 ago.)

Ingold, Tim. 2007. “Language, Music and Notation”. *Lines: A Brief History*.
Londres e Nova York: Routledge, 6–38. Disponível em: <http://goo.gl/PT1Erh>.

Katz, Mark. 2004. *Capturing Sound: How Technology Has Changed Music*.
Berkeley e Los Angeles: University of California Press, 1–7 e 137–157.
Disponível em: <http://goo.gl/qUCEZj>.

Palombini, Carlos. 2017. “Música do tempo presente e intenção de escuta”.
In: Adriana Lopes Moreira e Mónica Vermes (org.), *Ensino de música no
Brasil: teoria musical e história da Música*. Belo Horizonte: Anppom (no
prelo). Disponível em: <http://goo.gl/nR1CF5>.

Toni, Flavia Camargo. 2008. “Missão: as pesquisas folclóricas”. *Revista da
USP* 77: 24–33. Disponível em: <http://goo.gl/EZ5MtN>.



5. Mundos da arte (4 set.)

Becker, Howard S. 2010. *Mundos da arte*. Lisboa: Livros Horizonte.

———. 1982. *Art Worlds*. Berkeley e Los Angeles: University of California
Press. Disponível em: <http://goo.gl/ADTHML>.

Castro, Felipe, Janaina Marquesini, Luana Costa e Raquel Munhoz. 2017. *Quelé,
a voz da cor: biografia de Clementina de Jesus*. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira.

Elias, Norbert. 1995. *Mozart: sociologia de um gênio*. Trad. Sergio Goes
de Paula. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Disponível em: <http://goo.gl/YnWh2u
>.

Guerios, Paulo Renato. 2003. “Heitor Villa-Lobos e o ambiente artístico
parisiense: convertendo-se em um músico brasileiro”. *Mana* 9 (1): 81–108.
DOI 10.1590/S0104-93132003000100005. Disponível em: <http://goo.gl/Cne7uh>.



6. Música e diáspora africana I (11 set.)

Gilroy, Paul. 2010. “Troubadours, Warriors, and Diplomats”. *Darker than
Blue: On the Moral Economies of Black Atlantic Culture*. Cambridge: Harvard
University Press, 120–178.

Lopes, Nei. 2005. *Partido-alto: samba de bamba*. Rio de Janeiro: Pallas.

Martins, Leda M. 1997. *Afrografias da memória: o Reinado do Rosário no
Jatobá*. São Paulo e Belo Horizonte: Perspectiva e Mazza Edições.

Spirito Santo. 2016. *Do samba ao funk do Jorjão: ritmos, mitos e ledos
enganos no enredo de um samba chamado Brasil*. Rio de Janeiro: Escola Sesc
de Ensino Médio.



7. Música e diáspora africana II (18 set.)

Franceschi, Humberto M. 2010. *Samba de sambar do Estácio: 1928 a 1931*.
São Paulo: Instituto Moreira Salles.

Moura, Roberto. 1995. *Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro*. 2ª
ed. rev. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura. Disponível em: <
http://goo.gl/cWJK8y>.

Rodrigues Júnior, Luiz Rufino. 2017. “Exu e a pedagogia das encruzilhadas”.
Tese de doutorado em Educação. Rio de Janeiro: Uerj.

Sandroni, Carlos. 2001. *Feitiço decente: transformações do samba no Rio de
Janeiro (1917–1933)*. Rio de Janeiro: Jorge Zahar e UFRJ.



8. O *rhythm and blues* e sua prole I (25 set.)

Brackett, David. 2009. “Música soul”. Trad. Carlos Palombini. *Opus* 15
(1): 62–68. Disponível em: <http://goo.gl/LvDukH>.

Davis, Angela Y. 1998. “I Used to Be Your Sweet Mama: Ideology, Sexuality,
and Domesticity”. *Blues Legacies and Black Feminism: Gertrude “Ma” Rainey,
Bessie Smith, and Billie Holiday*. Nova York: Pantheon Books, 3–41.
Disponível em: <http://goo.gl/jh5cw7>.

Justman, Paul. 2002. *Standing in the Shadows of Motown*. Santa Monica:
Artisan Entertainment. Disponível em: <http://vimeo.com/150501920>.

Maultsby, Portia K. 2006. “Rhythm and Blues”. In: Mellonee V. Burnim e
Portia K. Maultsby (org.), *African American Music: An Introduction*. Nova
York e Londres: Routledge, 245–269.



9. O *rhythm and blues* e sua prole II (2 out.)

Barrow, Steve. 1993. “The Story of Jamaican Music: Tougher Than
Tough”. *Tougher
Than Tough: The Story of Jamaican Music*. Londres: Island Records, 6–29.

Katz, Mark. 2012. “The Breaks and the Bronx: 1973–1975”. *Groove Music: The
Art and Culture of the Hip-Hop DJ*. Nova York: Oxford University Press,
14–42.

Rose, Tricia. 1994. “Prophets of Rage: Rap Music and the Politics of Black
Cultural Expression”. *Black Noise: Rap Music and Black Culture in
Contemporary America*. Middletown: Wesleyan University Press, 99–145.
Disponível em: <http://goo.gl/DD6gxN>.

Vincent, Rickey. 1995. *Funk: The Music, The People, and the Rhythm of The
One*. Nova York: St. Martin’s Griffin, 3–46 e 267–324.

White, Garth. 1967. “Oh Rudie!”. *Caribbean Quarterly* 13 (3): 39–44.



10. Funk Brasil (9 out.)

Frias, Lena. 1976. “Black Rio: o orgulho (importado) de ser negro no
Brasil”. *Jornal do Brasil*, Caderno B, 17 jul., 1 e 4–6.

Cecchetto, Fátima. 1997. “As galeras *funk* cariocas: entre o lúdico e o
violento”. In: Hermano Vianna (org.), *Galeras cariocas: territórios de
conflitos e encontros sociais*. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 93–116.

Goldenberg, Sérgio. 1994. *Funk Rio*. Rio de Janeiro: Centro de Criação de
Imagem Popular (Cecip). Disponível em: <http://youtu.be/aM1-gRD3NfQ>.

Herschmann, Micael. 2000. *O funk e o hip-hop invadem a cena*. Rio de
Janeiro: Editora UFRJ. Disponível em: <http://goo.gl/M7eBHM>.

Vianna, Hermano. 1988. *O mundo funk carioca*. Rio de Janeiro: Zahar.

———. 1987. “O baile funk carioca: festas e estilos de vida metropolitanos”.
Dissertação de mestrado em Antropologia Social. Rio de Janeiro: UFRJ.
Disponível em: <http://goo.gl/jpmGFg>.

Yúdice, George. 1997. “A funkificação do Rio”. In: Micael Hershmann
(org.), *Abalando
os anos 90: funk e hip-hop, globalização, violência estilo cultural*. Rio
de Janeiro: Rocco, 22–49.



11. Aula baile (16 out.)

Essinger, Silvio. 2005. *Batidão: uma história do funk*. Rio de Janeiro e
São Paulo: Record, 99–182.

Muniz, Bruno Barboza. 2016. “Quem precisa de cultura? O capital existencial
do funk e a conveniência da cultura”. *Sociologia e antropologia* 6 (2):
447–467. DOI 10.1590/2238-38752016v626. Disponível em: <http://goo.gl/cq648U
>.



12. Mulheres no funk (23 out.)

Garcia, Denise. 2005. *Sou feia mas tô na moda*. Rio de Janeiro:
Toscographics. Disponível em: <http://youtu.be/NG8J8VkPsFI>.

Gomes, Mariana. 2015. “‘My Pussy é o Poder’. Representação feminina através
do funk: identidade, feminismo e indústria cultural”. Dissertação de
mestrado em Cultura e Territorialidades. Niterói: UFF. Disponível em: <
http://goo.gl/2p3gez>.

Lopes, Adriana Carvalho. 2011. “‘Vai descendo até o chão’: sexualidade e
gêneros no funk carioca”. *Funk-se quem quiser: no batidão negro da cidade
carioca*. Rio de Janeiro: Bom Texto, 151–194.

———. 2010. “Funk-se quem quiser: no batidão negro da cidade carioca”. Tese
de doutorado em Linguística. Campinas: Unicamp, 129–169. Disponível em: <
http://goo.gl/d5jjFZ>.

Moreira, Raquel. 2014. “Bitches Unleashed: Women in Rio’s Funk Movement,
Performances of Heterosexual Femininity, and Possibilities of Resistance”.
Tese de doutorado em Ciências Sociais. Denver: University of Denver.
Disponível em: <http://goo.gl/uD1g3d>.

Nalio, Izabela. 2016. “Entre ‘perifeminas’ e ‘minas de artilharia’:
participação e identidades de mulheres no hip hop e no funk”. Dissertação
de mestrado em Antropologia Social. São Paulo: USP. Disponível em: <
http://goo.gl/3UCDSu>.



13. Estética funk (30 out.)

Caceres, Guillermo, Lucas Ferrari e Carlos Palombini. 2014 “A era
Lula/Tamborzão: política e sonoridade”. *Revista do Instituto de Estudos
Brasileiros* 58: 157–207. DOI 10.11606/issn.2316-901X.v0i58p157-207.
Disponível em: <http://goo.gl/rsCrrk>.

Mizrahi, Mylene. 2010. “‘É o beat que dita’: criatividade e a
não-proeminência da palavra na estética funk carioca”. *Desigualdade e
diversidade* 7: 175–204. Disponível em: <http://goo.gl/cysQQb>.

Novaes, Dennis. 2016. “Funk proibidão: música e poder nas favelas
cariocas”. Dissertação de mestrado em Antropologia Social. Rio de Janeiro:
UFRJ. Disponível em: <http://goo.gl/xNimRE>.

Pereira, Alexandre Barbosa. 2014. “Funk ostentação em São Paulo:
imaginação, consumo e novas tecnologias da informação e da
comunicação”. *Revista
de estudos culturais* 1. Disponível em: <http://goo.gl/JMvS3G>.



14. Vida bandida (6 nov.)

Facina, Adriana e Carlos Palombini. 2017. “O Patrão e a Padroeira: festas
populares, criminalização e sobrevivências na Penha, Rio de Janeiro”. *Mana*
(no prelo).

Lopes, Gustavo e Carlos Palombini. 2013. “Entrevista com Gustavo Lopes, o
MC Orelha”. In: Carlos Bruce Batista (org.), *Tamborzão: olhares sobre a
criminalização do funk*. Rio de Janeiro: Revan, 13–28. Disponível em: <
http://goo.gl/fx9xCp>.

Mattos, Carla dos Santos. 2012. “Da valentia à neurose: criminalização das
galeras funk, ‘paz’ e (auto)regulação das condutas nas favelas”.*Dilemas* 5
(4): 653–680. Disponível em: <http://goo.gl/FR25iS>

Santos, Thiago Jorge Rosa dos (Praga). 2013. “A Guerra”. In: Carlos Bruce
Batista (org.), *Tamborzão: olhares sobre a criminalização do funk*. Rio de
Janeiro: Revan, 11–12.

Sneed, Paul. 2003. “Machine Gun Voices: Bandits, Favelas and Utopia in
Brazilian Funk”. Tese de doutorado em Português. Madison: University of
Wisconsin-Madison. Disponível em: <http://goo.gl/oC4abz>.



15. Encerramento (13 nov.)

Para abrir ou baixar PDF: https://www.academia.edu/34022323​


Mais detalhes sobre a lista de discussão Anppom-L