[ANPPOM-Lista] Avaliando a ANPPOM

Angela Lÿfffffchning angela_luehning em yahoo.com.br
Ter Set 5 08:18:00 BRT 2017


Martha, grata pelo ponta pé inicial e aos colegas, grata pelasreflexões, em especial Adriana, pela inspiração matinal, a contextualização  e as contribuições propositivas,que adorei. Acho que, além da importância dos encontros presenciais enquantoespaços de reflexão crítica e fortalecimento político enquanto área, um doscaminhos importantes é a inserção muito consciente de pesquisadores mais jovensem diversas funções, além das tantas outras questões e sugestões muito importantes levantadas por Adriana. 


Mas queria ir mais longe na minha reflexão, também um poucomais longa: No ano que vemteremos como data importante de reflexão os 30 anos de existência daANPPOM.  O que mudou ou não nestes 30anos, seja em relação ao perfil dos seus associados ou aos contextos diversos aonosso redor? E a final, qual a missão principal da ANPPOM e em quais aspectos elaseria diferente de outras associações da grande área de artes como a ABEM ou aABRACE ou, então, teria questões e problemas em comum?


A resposta óbvia seria, tratar de questões de pesquisa e/empós-graduação em música, já que foi para isso que ela foi fundada. Mas, se forisso mesmo, a maior parte dos docentes, discentes e ex-discentes não deveriadialogar com ela, de forma constante. E isso acontece? Analisando os números trazidospor Martha, não. Por que?  Pergunto-me, oque desmotivaria as pessoas a irem mais do que uma vez ou só eventualmente paraos encontros da ANPPOM. Não seria este o fórum para discutir a situação da pesquisae da Pós em música no Brasil?


Será que outras associações com históricos e propostasparecidos também têm problemas parecidos com os da nossa associação? Qual seriaa situação da ANPOCS, bem mais antiga, e a da ABRACE, bem mais nova? Ambas sãobem mais maiores do que nos, a primeira pelo número de programas na área e asegunda por fazer muitas trocas com profissionais da área das artes cênicas,algo parecido com a atuação da ABEM que inclui muitos profissionais da educaçãobásica. Mesmo assim, também há rotatividade de associados proporcionalmente? Hátantos problemas com inadimplência como nós temos?


Tem outro detalhe importante: diferente de 30 anos atráshoje tem um número crescente de outras associações na área de música que sedesdobraram da ANPPOM, pelo que parece. Foram os profissionais que as fundaram elevaram, provavelmente, seus alunos? Isso seria resultado do crescimento daárea, o número de pessoas não cabendo mais na ANPPOM, ou seria o contrário, aANPPOM não atendendo aos desejos e às necessidades das pessoas? Quantas associaçõesnovas são, afinal? Quantas pessoas pertencem só a elas, mas não (mais?) àANPPOM? 


Como último ponto, acho que é importante descobrir o que significapara as pessoas participar de um programa de pós-graduação, para docentes ediscentes? Entre interesses (pessoais e coletivos), direitos, possibilidades e compromissos?A pesquisa continua associada aos programas de pós-graduação ou já está emoutros níveis? Quais são os problemas atuais da Pós-graduação no Brasil, emgeral, e em nossa área, em especial? Estas questões certamente são importantespara serem discutidas e que estão “no ar” desde a ANPPOM de Vitória, a partir damesa com Samuel Araujo e Paulo Castagna que levou a uma discussão plenária muitointensa e foram retomadas de forma tão interessante na última mesa do nosso último encontro.  

 Logo minhas propostaspara a ANPPOM 2018 e até lá seriam:


1)     Fazer das questões colocadas por Adriana, bem como das colocadas acima,  o tema doencontro: quem somos, a final, e para onde queremos ou precisamos ir? 
2)     Convidar para a reflexão contextualizada pessoasde outras associações de pós-graduação como ANPOCS, ANPED e ABRACE (sugirovisitar as páginas destas)


3)     Convidar também representantes destas outrasassociações de música (a levantar) para pensarmos ações em conjunto e não de forma segmentada.


4)   Conseguir fazer algum levantamento ou uma reflexão sobre a visão da geração mais nova sobre a ANPPOM, algo que cada docente poderia fazer com suas turmas e ter representantes de música de um das associações de pós-graduandos/as no próximo encontro.   
5)     Rever a política dos valores de anuidades e inscrições:obrigatórias para todos os sócios (ver aviso no site da ANPOCS) e valores baixospara estudantes de graduação.


6)     Até lá fazer um levantamento prévio sobre outrasassociações que representam pós-graduações, seus perfis, problemas, associados,valores pagos


7)     Até lá fazer um levantamento prévio sobre asassociações na área de música, quantas são, desde quando existem, suas propostas, perfis, associados, anuidadesetc ....





Abcs

Angela Lühning

UFBA
 

    Em Segunda-feira, 4 de Setembro de 2017 18:43, Adriana Lopes da Cunha Moreira <adrianalopes em usp.br> escreveu:
 

 Obrigada, Martha, pela oportunidade.



Obrigada Palombini e Flávia pelas opiniões.



Acordei inspirada e redigi uma mensagem longuíssima. Preparem-se!



Inicio parabenizando tanto a atual diretoria como todas as anteriores. Esse
trabalho voluntário trabalhosíssimo das diretorias é de extrema importância
para que todos possamos ter garantidas oportunidades de nos conhecer e
reconhecer enquanto área, de maneira constante e presencial. Lembrando de
todas as atuações da ANPPOM, no que se refere ao congresso anual, ao
contato presencial anual com as diversas realidades dos diversos programas
de pós-graduação brasileiros, às publicações, às listas de discussões, à
interação com outras práticas artísticas via ARJ, à interação com
instituições governamentais etc.



Em relação aos congressos, penso que a soma dos contatos profissionais e
pessoais, estabelecidos tanto *online* como presencialmente, seja um
privilégio do nosso tempo. Acredito que os congressos presenciais,
concertos presenciais e aulas presenciais somados ao uso da tecnologia para
“contatos imediatos” sejam uma boa opção.



Nesses momentos de autoanálise, creio que a soma de pequenas ações possam
ter um resultado muito bom. Sendo assim e acreditando sempre a renovação
das estruturas já existentes, sem que novas precisem desnecessariamente ser
criadas do zero, seguem as minhas primeiras sugestões:



*1. Envolvimento dos recém-doutores nas atividades avaliativas,
organizativas e decisórias.*



Atualmente os membros experientes da Associação estão mais envolvidos nas
instâncias organizativas e os mais jovens participam como usuários.
Acredito que ambos os estratos precisem ser envolvidos em todas as
instâncias do congresso.



Testamos um formato na subárea de Teoria e Análise Musical deste ano. Os
pares de avaliadores foram organizados de maneira que havia um parecerista
recém-doutor e um experiente, sendo os eventuais desempates realizados por
um parecerista experiente. Em geral, os pareceres foram mais completos em
relação aos dos anos anteriores (na minha opinião), foram necessários
poucos desempates e não tivemos reclamações dos autores. Com isso, os
recém-doutores aos poucos vão entendendo como são feitos os trabalhos de
fundo da Associação, vão ocupando as funções mais organizativas e vamos nos
renovando.



Para que exista maior dinamismo nas comunicações, conferências e palestras
em mesas redondas, os recém-doutores poderiam ocupar a posição de
debatedores. Tivemos uma experiência muito positiva no EITAM4 do corrente
ano, quando contamos com 3 debatedores (recém-doutores ou doutorandos) por
conferência. Nos congressos da ANPPOM, os debatedores poderiam participar
da escolha dos temas e dos conferencistas, manter contato com os
palestrantes e debatedores durante os 2 meses que antecedem o congresso,
discutindo previamente os temas, e levar preparadas perguntas a serem
feitas aos convidados e autores durante suas apresentações no congresso. No
EITAM4 as conferências já se iniciaram no nível alto que queríamos, sem
exposições introdutórias desnecessárias, e as diversas interações com os
presentes foram muito dinâmicas.



*2. Os Grupos de Trabalho teriam uma função política, sendo mantido o
espaço das comunicações para a função científica.*



Esta sugestão foi trazida pelo GT5 deste ano, intitulado “Composição,
Teoria e Análise Musical”, consta no documento de conclusão dos trabalhos e
em breve estará no site da ANPPOM.



Essa instância da ANPPOM seria o espaço reservado para repensarmos
constantemente a própria associação, os programas e a área de Música,
propondo ações. Seria o espaço para que a troca de experiências entre os
membros da ANPPOM pudesse redundar em alguma (pelo menos esperança de)
atuação política estrutural. Acrescento aqui algumas sugestões de temas:



2.1 *“A CAPES somos nós: sugestões para a próxima versão do Documento da
Área de Música”*, seria voltado a discussões de cada ponto do documento,
incluindo sugestões que possam ser consideradas durante próxima a redação
do mesmo,  naturalmente sabendo-se que a área responde por uma parte do
documento, sendo a outra parte de responsabilidade de instâncias técnicas
da agência.



2.2 *“Repensando as áreas de concentração e linhas de pesquisa dos
Programas de Pós-Graduação em Música”*, em que seria trazida pelos
coordenadores do GT uma listagem das áreas de concentração e linhas de
pesquisa de todos os programas do Brasil, além de exemplos de outros
países, para que possamos pensar em transversalidades que acomodem com
maior eficiência as nossas pesquisas individuais.



2.3 *“Maior integração entre as Graduações e Pós-Graduações em Música”*, em
que problemas seriam diagnosticados e ações seriam propostas.



2.4 *“Subáreas e temas das seções de comunicação da ANPPOM”*, em que os
próprios membros da Associação levantariam sugestões para a constante
reelaboração das propostas para comunicações e painéis.



2.5 *“Desafios e proposições dos Coordenadores de Pesquisa dos
Departamentos de Música no Brasil”*. Já que temos reunidos os coordenadores
de pós-graduação e nem sempre os de pesquisa.



*3. Haveria espaços para Recitais-Palestras, Oficinas, bem como outras
atividades que venham a ser propostas pelos membros da ANPPOM.*



Esta sugestão também foi trazida pelo GT 5 deste ano, intitulado
“Composição, Teoria e Análise Musical”.



Questionados a respeito da legitimidade dos estudos de caso trazidos por
compositores, os presentes, ao invés de concordarem com sua extinção,
sugeriram sua ampliação para Recitais-Palestras, em que a narrativa sobre a
criação da obra seria seguida por sua audição. O mesmo talvez pudesse se
aplicar às narrativas sobre a preparação da performance. Propostas de
criação coletiva talvez pudessem estar abrigadas sob o espaço de Oficinas.



Assim, os diversos congressos focados que têm sido criados para tratar de
assuntos específicos da área de Música não ofuscariam a atuação do nosso
congresso pluri-trans-inter-disciplinar no interior da área de Música, e
cada membro poderia encontrar nos congressos da ANPPOM um espaço com o qual
se identifique.



Vida longa à ANPPOM!



Adriana Lopes Moreira (USP)




Profa. Dra. Adriana Lopes Moreira
Teoria, percepção e análise musical
Coordenadora da Graduação, CMU-ECA-USP



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*De: *"Martha Tupinambá de Ulhoa" <mulhoa em unirio.br>
*Enviada: *2017/09/03 12:27:08
*Para: *anppom-l em listas.unicamp.br
*Assunto: *[ANPPOM-Lista] Avaliando a ANPPOM

Prezados, terminado o congresso excelentemente organizado pelo PPG-MUS da
UNICAMP, seria bom se pudéssemos avaliar não somente o congresso como
também os rumos da ANPPOM.

Na função de secretária me incumbi de organizar o cadastro e os números que
tenho são meio desanimadores. Pouquíssimas pessoas consideram relevante ser
membros da ANPPOM a não ser que estejam publicando nos anais ou na OPUS,
quando é mandatória a filiação.

Isto me leva a pensar que está na hora de fazermos uma avaliação crítica da
atuação da associação e do que queremos dela. Sei que a diretoria atual
(estou saindo) está organizando várias ações no interesse de alavancar a
mesma, mas creio que os associados poderiam se manifestar...

O que achou do congresso? Sua estrutura? O que deve permanecer? O que deve
mudar?

E a ANPPOM enquanto instituição?

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Para sua informação:

ASSOCIADOS ANPPOM em 25 de agosto de 2017

1580 ASSOCIADOS ATIVOS – migrados de cadastros anteriores

1093 ANUIDADES PAGAS ENTRE 2015 E 2017

Em março de 2017 houve a migração para o novo sistema (registrando
anuidades desde 2015)


346 PAGAS EM 2017

477 PAGAS EM 2016 /1392 EM ABERTO

270 PAGAS EM 2015 / 641 EM ABERTO EM 2015 = 911 CADASTROS


Entre 2009 e 2017, num total de 665 nomes (total de associados), há 311
saídas, 42 permanências (anuidades pagas em 2017) e 312 entradas ou seja, a
permanência de apenas 6,3%. *

*Relatório solicitado por Sonia Albano e realizado por Renato Borges.

Att.
Martha Tupinambá de Ulhôa
PPGM - UNIRIO
Secretária, ANPPOM

+55 21 2287-3775 / cel: +55 21 99993-3775

http://lattes.cnpq.br/5378800627543781
https://unirio.academia.edu/MarthaUlhoa/Papers
________________________________________
anppom-l em listas.unicamp.br
Lista de Discussão dos Associados da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música
https://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l

Conforme deliberado na Assembleia Geral realizada em 24 de agosto de 2016, das 17 às 19 horas, no Auditório da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, B. Horizonte Não são veiculadas nesta lista mensagens contendo ANEXOS.


   


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