[ANPPOM-Lista] PRORROGADA a CHAMADA DE TRABALHOS - Revista ORFEU - Dossiê MÚSICAS DE BORDA (v.10, n.2, 2025)

Guilherme Sauerbronn guisauer em gmail.com
Sábado Março 29 17:17:03 -03 2025


> *A Revista ORFEU <https://revistas.udesc.br/index.php/orfeu> anuncia a
> PRORROGAÇÃO da chamada de trabalhos para o Dossiê: Músicas de Borda –
> Propostas para pensar a noção de centro e a periferia no campo da música
> contemporânea na academia
> <https://revistas.udesc.br/index.php/orfeu/announcement>, coordenado pelos
> editores convidados Daniel Quaranta
> <https://www.unirio.br/cla/ivl/corpo-docente/daniel-quaranta-1> (UNIRIO) e
> Flora Holderbaum <https://nusom.eca.usp.br/flora> (UDESC).*
>
> *Submissões até 30 de abril de 2025.*
> _____________________________________
>
> Convidamos pesquisadores/as e compositores/as a submeterem artigos para o
> nosso próximo dossiê, intitulado Músicas de Borda. Com o objetivo de criar
> um campo de pesquisa que mapeie e reflita sobre a produção de música
> experimental e eletroacústica latino-americana, e assim construir um acervo
> de bibliografias e materiais fonográficos disponíveis para as
> universidades, pretende-se promover uma integração regional e congregar
> visões e propostas artísticas que contribuam para reconstruir o olhar e a
> escuta sobre essas produções. Nesse sentido, esse dossiê forma parte de uma
> série de atividades que o grupo de pesquisa “Música Contemporâneas de
> Bordas. Formas de habitar o tempo no sul global” vem desenvolvendo através
> da publicação do livro “Seminários Dispersos em Criação Musical. Primeiras
> Conversas” (apoio Faperj, edital editoração 2023) e publicado em 2024.
> O conceito de "borda" abrange o concreto, o simbólico e o social. Pensar
> em termos de borda em sua dupla acepção é considerar a fronteira que é,
> evidentemente, uma borda, uma linha ou um muro que delimita e separa duas
> coisas. Mas "borda" também funciona no sentido metafórico do termo, ou
> seja, como algo que está, de alguma forma, afastado do centro. Veiculado
> como uma zona de indefinição, que pode ser tanto geográfica e física quanto
> simbólica, o ato de estar na borda é também estar em um lugar de potencial
> "desbordamento" ou transbordamento, de contágio, travessia e fronteira. A
> dimensão simbólica e histórica, assim como as condições materiais para
> sustentar certa estabilidade e senso comum, costumam estar atravessadas por
> algum tipo de disputa. As invasões começam pelas bordas e pelas fronteiras,
> mas também os intercâmbios e as conexões. “Come-se pelas bordas” e a pele é
> a borda de contato com o outro. O lado de cá ou o lado de lá de uma borda
> está definido pela dinâmica de encontros, identificações e intercâmbios
> expressados; no caso da música, naquilo que chamamos de “cena”. Uma borda
> nos define no sentido de lugar e ao mesmo tempo nos limita, mas, também nos
> contém. É aquilo que não é facilmente identificado e por diversas formas, é
> invisível e inaudível, todavia, se revela pelo contraste com o centro
> momentâneo, o modelo padrão e hegemônico. É algo que corta e separa
> territórios, línguas, pessoas e ideias, é também, limite de um tecido, de
> um bordado, algo que se afinca no concreto e no simbólico.
> Contornar a borda de uma pesquisa na composição experimental e
> eletroacústica na América Latina é tornar visíveis e audíveis compositoras
> e compositores em programas de concertos, bases de dados de pesquisa e
> currículos acadêmicos. Nesse sentido, o dossiê busca articular um
> transbordamento da realidade atual de escassez de repertório e referências
> históricas nesse campo, destacando a necessidade de sistematização e
> visibilidade dessas produções para incluir outras narrativas e enunciações
> nos espaços acadêmicos e culturais. A proposta também enfatiza o papel de
> intercâmbios culturais e a valorização da diversidade, enfrentando
> disparidades de gênero e representação.
> Este dossiê é um convite para repensar a noção de borda no mapeamento da
> produção musical experimental e eletroacústica no Brasil inserido em uma
> trama complexa de pensamento Latino-americano, propondo uma cartografia
> musical e acadêmica que inclua vozes e narrativas até então relegadas.
> Convidamos, então, autores e autoras a refletir sobre a criação de redes
> de colaboração, a promoção de espaços de formação, a valorização da
> produção artística na nossa região, através dos estudos de caso,
> cartografias, entrevistas com artistas, que busquem problematizar a criação
> e a análise musical neste campo e como a possibilidade de enunciação das
> minorias se manifestam as estruturas universitárias e culturais.
> __________________________________________________________________
>
> *Diretrizes para autores(as)*
>
> *Além de artigos originais, incentiva-se também a submissão de traduções
> de textos-chave nas temáticas delineadas, desde que sejam providenciadas as
> devidas autorizações de publicação.
>
> Os trabalhos devem ter entre 6.000 e 12.000 palavras, incluindo título,
> resumo, palavras-chave e referências. Podem ser escritos em inglês,
> espanhol ou em português. As diretrizes para autores estão disponíveis no
> seguinte link:
>
> https://periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/about/submissions
>
> Pesquisadoras e pesquisadores não devem citar seus próprios nomes nos
> documentos enviados. Os trabalhos submetidos serão avaliados por
> pareceristas ad-hoc e a versão final do documento deverá seguir as
> orientações e comentários sugeridos no processo de revisão.
>
> Data final para submissão de trabalhos ao Dossiê: 30 de abril de 2025
>
> Profa. Dra. Teresa Mateiro
> Prof. Dr. Guilherme Sauerbronn de Barros
> Editores da Revista ORFEU
>


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