[Dicasdeiluminacao-l] LUZ NA MEDIDA CERTA

Valmir Perez valmirperez em gmail.com
Seg Nov 30 10:56:17 BRST 2009


Prezado(a) assinante, bom dia,

Segue abaixo texto do lighting designer Paulo Oliveira, originalmente
publicado na revista Viver Bem (Unimed
Londrina)<http://www.unimedlondrina.com.br/index.php?dir=segmentos/revista/05-2009&file=pag09.php>

O texto que se encontra na coletânea de arquivos do Laboratório de
Iluminação, também poderá ser lido ou baixado em extensão pdf no endereço:

http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/artigos/Paulo%20Oliveira/luz_na_medida_certa.pdf

Abraços,

*LUZ NA MEDIDA CERTA***

* *

*DE NADA ADIANTA UMA GRANDE QUANTIDADE DE LUZ SE ELA NÃO ESTIVER BEM
DISTRIBUÍDA E NÃO FOR DE QUALIDADE. PEQUENOS DETALHES NA ILUMINAÇÃO DA CASA
FAZEM A DIFERENÇA E DEIXAM OS AMBIENTES MAIS AGRADÁVEIS. CONFIRA AS DICAS DE
UM ESPECIALISTA.***

* *

*Por Paulo Oliveira, lighting designer.***



  O aconchego de uma casa pode ser sentido através de um bom projeto de
iluminação, que deve considerar três fatores básicos: conforto visual,
luminotécnica e economia de energia. Achar que qualquer lâmpada irá produzir
o efeito desejável é um engano. É preciso saber onde e qual lâmpada colocar,
assim como optar pela luminária certa. Uma luz bem escolhida confere
funcionalidade, bem-estar e beleza ao lar.

Para criar um ambiente agradável, os profissionais especializados em
projetos na área conseguem efeitos exclusivos para cada ambiente, de acordo
com o uso do espaço no dia a dia e as exigências estéticas.

“A ideia de conforto é subjetiva, ou seja, cada pessoa tem suas próprias
necessidades e conceitos sobre o que é ou não confortável. Porém, existem
alguns critérios que se deve levar em conta para se sentir bem em um
ambiente numa visão geral. E a iluminação bem planejada é uma delas.
Elegante ou informal, com ela você pode conquistar uma atmosfera mais
charmosa ou um ambiente mais relaxante, lançando mão de diversos recursos”,
garante o lighting designer, Paulo Oliveira.

Ele lembra que a iluminação natural é um ponto de partida importante, mas
não elimina a necessidade da luz artificial que, com pequenas regras melhora
as condições de luminosidade em um ambiente que solicita lâmpadas acesas
durante o dia.

“Já está bem difundido que as lâmpadas incandescentes consomem mais energia
que as fluorescentes. Mas, se você souber escolher o conjunto – lâmpada,
luminária e acessórios – correto para cada tipo de aplicação, terá um
resultado melhor, além de racionalizar o consumo e usufruir da qualidade da
luz. Um projeto de iluminação pode mesclar focos de luz diretos, que incidem
especificamente sobre algo, e focos indiretos, que é uma luz ‘rebatida’ como
no caso dos abajures, arandelas, etc.

A luz indireta também é produzida pelas sancas (built-in) e embutidas em
móveis, apenas como secundária e nunca como principal, assim como as luzes
de efeito, aquelas mais decorativas. Arandelas e spots sempre conferem
efeitos contrastantes. Lustres pendentes e o emprego de luzes em nichos
também dão excelentes resultados. A luz indireta valoriza a decoração e pode
ser uma solução simples para alguns ambientes, pois o resultado é uma luz de
preenchimento, re letida de forma mais suave. É possível também eliminar a
sensação monótona da iluminação homogênea, utilizando luminárias periféricas
e variedades de lâmpadas que permitem combinações para o efeito desejado”,
indica Oliveira.

O mercado oferece inúmeros produtos e a escolha, segundo o designer, depende
muito das funções que serão cumpridas no ambiente. “Uma boa iluminação pode
criar sensações. Cada detalhe dá um toque diferenciado com a incidência de
luzes compatíveis para cada cômodo. Quanto mais amarelada for a tonalidade
da luz, mais aconchegante e tranquilo será o clima, especialmente em alguns
cômodos da residência como sala de estar, de jantar, copas, dormitórios,
corredores, banheiros, etc. Já a luz mais branca é recomendada para
ambientes mais ativos, onde se pretende estimular a produtividade, tais como
cozinhas, áreas de serviço, de trabalho e de estudo na casa. E é possível
misturar as duas num mesmo espaço”, orienta.

Compor a iluminação, utilizando as várias formas e equipamentos, garante
cenografias diferentes para momentos diferentes. Efeito cênico, intensidade
e temperatura, de acordo com Oliveira, são as ferramentas de um bom
planejamento de lighting design. “Focos de luz em quadros, arranjos lorais,
esculturas e objetos de decoração são usados para valorizar as peças. Porém
é preciso salientar que cada tipo de material tem características e
sensibilidades próprias, além de re lexões específicas, que devem ser
consideradas no projeto para reproduzir cores, texturas e brilhos do objeto
com fidelidade e não causar nele danos irrecuperáveis.  É bom lembrar que
todas as lâmpadas têm emissão de raios ultravioletas e infravermelhos, em
maior ou menor proporção, mas todas têm. E isto pode implicar em
desbotamento, despigmentação, ressecamento e queima do objeto, sem falar do
aumento da temperatura no ambiente pelo efeito do calor emitido por fontes
artificiais de luz. Aconselho ter muito cuidado no uso de lâmpadas
Dicróicas, AR 111 e PAR, pois elas têm especificidades técnicas para cada
situação e oferecem grande emissão de calor. O ideal é que estas sejam
usadas com seus acessórios, como filtros bloqueadores de radiação, por
exemplo”, informa o designer.

Uma forma de evitar isto, diz Oliveira, é conferir as características da
lâmpada na embalagem, como o IRC (Índice de Reprodução de Cor) e potência.
Também é indicado verificar se a lâmpada já vem com filtro antirradiação e
dissipação de calor.

A tecnologia ganha força no mercado da iluminação. Os diodos emissores de
luz, chamados de LED, conquistam cada vez mais espaço nos ambientes
residenciais. “Os Leds, assim como a fibra ótica, transmitem a sensação de
contemporaneidade e leveza, pois permitem novas concepções de iluminação com
sua variedade de cores e versatilidade. Por suas dimensões favorecem a
criação de luminárias menores e mais discretas”, sugere.

O designer lembra ainda que a iluminação, especialmente na área externa da
casa, também pode ser uma aliada da segurança, através da instalação de
dispositivos como o relê fotoelétrico, acionado automaticamente na ausência
de luz natural, e o sensor de presença, que acende a luz quando alguém se
aproxima dele. “Outra dica de segurança importante: quando você liga várias
lâmpadas ou aparelhos numa mesma fonte, sempre existe o risco de sobrecarga
e eventual curto-circuito”, finaliza



-- 
Valmir Perez Lighting Designer
Laboratório de Iluminação Unicamp
www.iar.unicamp.br/lab/luz
http://valmirperez.blogspot.com/
http://imprensanaprensa.blogspot.com/
Skype: lablux
Fones: 55(19) 35212444 55(19) 92229355
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