[ANPPOM-L] Res: Contraponto sobre possbilidades dos testes específicos

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Qua Nov 24 18:11:10 BRST 2010


Guilherme,

O que me surpreende em sua mensagem não é seu conteúdo, mas sua cautela e
sua timidez. Os problemas da notação, da lutheria e do comentário musicais
já foi notado por Pierre Schaeffer no parágrafo “Situação histórica da
música”, do *Tratado dos objetos musicais*, onde ele trata dos “três becos
sem saída da musicologia”.



Um desses becos sem saída é o das *noções musicais*. Já não são apenas a
escala e a tonalidade que as músicas mais aventurosas de nossa época, bem
como as mais primitivas terminam por negar, mas a primeira dessas noções: a
de nota musical, arquétipo do objeto musical, fundamento de toda a notação,
elemento de toda a estrutura, melódica ou rítmica. Nenhum solfejo, nenhuma
harmonia, ainda que atonal, pode dar conta de certa generalidade de objetos
musicais, e principalmente daqueles utilizados pelas músicas africanas ou
asiáticas.



O segundo beco sem saída é o das *fontes instrumentais*. Apesar da tendência
dos musicólogos a referirem os instrumentos arcaicos ou exóticos a nossas
normas, eles se viram subitamente desarmados diante das fontes novas de sons
concretos ou eletrônicos que — ó, surpresa! — às vezes se davam bem com os
instrumentos africanos ou asiáticos. Mais inquietante ainda era a possível
desaparição da noção de instrumento. Instrumentos encaixáveis ou sintéticos,
tais seriam os ornamentos de nossas salas de concerto, a menos que um
despojamento total sancionasse a ausência de todo e qualquer instrumento.
Iríamos assistir ao desaparecimento da orquestra e do maestro, evidentemente
ameaçados pelo das partituras, em vias de substituição por fitas magnéticas
lidas por alto-falantes?



O terceiro beco sem saída é o do *comentário estético.* Em seu conjunto, a
abundante literatura consagrada às sonatas, aos quartetos e às sinfonias soa
oca. Só o hábito pode mascarar a pobreza e o caráter disparatado dessas
análises. Quando se descartam as considerações complacentes sobre o estado
de espírito do compositor ou do exegeta, de lá para cá e de cá para lá,
fica-se reduzido à mais seca enumeração, em termos de tecnologia musical, de
seus procedimentos de fabricação ou, na melhor das hipóteses, de sua
sintaxe. Mas nada de verdadeira explicação de texto. Talvez não haja razão
para espanto? Talvez a boa música, sendo ela mesma linguagem, e linguagem
específica, escape radicalmente a toda a descrição e a toda a explicação por
meio de palavras? De todo o modo, limitar-me-ei a reconhecer que o problema
é importante demais para ser camuflado, que a dificuldade não foi nem
resolutamente encarada nem claramente tratada.


A análise é severa, sem dúvida, mas um dia deveremos tomar consciência do
esgotamento da musicologia que ela expõe. Se toda a explicação, seja ela
nocional, instrumental ou estética se esquiva, mais vale confessar que,
afinal, *não sabemos grande coisa da música*. E, pior ainda, que aquilo que
sabemos é de natureza que nos desnorteia, ao invés de nos orientar. <#_ftn1>

(Pierre Schaeffer, *Traité des objets musicaux: essai interdisciplines*,
Paris, Seuil, 1966, pp 18–20.)

Nossos conservatórios universitários não tomaram consciência dessas
observações formuladas há quarenta e quatro anos, o que exemplifica a
relação dos mesmos com a tradição culta/européia/ocidental que pretendem
defender, da qual são o apêndice ou a apendicite. Não se trata de substituir
a colcheia e o violão pela tremefusa e o MAX/MSP. Não se trata de
aperfeiçoar as provas específicas de vestibular, mas de colocar radicalmente
em questão aquilo a que essas provas servem, como muitos já entenderam.

Um abraço,

Carlos



2010/11/24 Guilherme Castro <somba.guilherme em gmail.com>

> Car em s colegas,
>
> depois de acompanhar com bastante interesse a discussão, resolvi opinar,
> mesmo diante da minha pouca experiência de docência no ensino superior. Faço
> parte de uma instituição (Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix -
> BH) que não se utiliza de prova específica de música como forma de seleção
> de ingressantes ao curso de licenciatura em música. Após alguma experiência,
> ainda não tenho uma opinião formada e fechada, mas mesmo assim, há ainda
> fortes questionamentos em mim sobre a necessidade de provas específicas.
> Concordo em muitos pontos com o Prof. Palombini e o prof. André, e faço os
> mesmos questionamentos levantados pelo prof. Daniel. Penso que a prática
> musical atual pode nos dar muitos indícios sobre os caminhos para o ensino
> unversitário de música. Essa prática é diversa e multifacetada, como o
> próprio campo da música em si. Uma vez que a partitura (a as práticas que
> ela suscita) é uma forma de representação musical em meio a outras
> possíveis, mesmo que arraigada historicamente na cultura ocidental de
> influência européia, não vejo que tal quesito seja particularmente
> importante *como forma de seleção*, uma vez que, mesmo com os desafios
> didáticos que isso possa trazer ao ensino superior, noto que é possível
> conciliar seu ensino com outras questões importantes como senso crítico,
> compreensão histórico-cultural, prática musical em conjunto, auralidade e
> oralidade, etc, em um visão de ensino de música mais holistica.
>
> Isso não que dizer que tal requisito não seja importante. Para certas
> práticas musicais (orquestras, prática instrumental em concerto, entre
> outras), a leitura e prática musical a partir de partituras ou outras
> representações textuais são questões relevantes, pertinentes e próprias como
> pré-requisito para o exercício de tais práticas.
>
> No entanto, isso é apenas uma das áreas de atuação musical no contexto
> atual, onde práticas musicais em estúdio (mais norteadas por questões
> aurais), improvisação em música popular (sob as mais variadas formas), bem
> como os estudos musicológicos nas áreas de cognição, musicoterapia, práticas
> musicais sociais (manifestações folclóricas, por exemplo, entre outro sem
> número de manifestações), educação musical, entre outras, nos mostra como
> tal abordagem para seleção de ingressantes pode ser, de certa forma, um
> pouco excludente.
>
> Muitas vezes me deparo com alunos que, com a motivação certa,
> desenvolvem-se muito mais como músicos e educadores do que outros alunos com
> mais facilidade e mais bagagem. Ao mesmo tempo, por vezes a própria
> dificuldade que o conteúdo musical oferece (ainda mais com toda a carga
> mitificadora que por vezes é atribuída ao campo da música) seleciona já os
> alunos ao longo do curso.
>
> Dito isso tudo, só sei que, após mais de um século de representação musical
> fonográfica como a maior fonte de transmissão de valores musicais, o que
> acarretou mudanças em todas as formas de prática musical, penso que alguma
> reflexão mais aprofundada sobre o perfil do alunos, os conceitos,
> metodologias e os quesitos para o ensino superior de música precisam ser
> reavaliados, para que a própria área acadêmica de música de faça mais
> presente, forte, representativa e significativa, retomando o que o próprio
> campo da música tem sido tradicionalmente ao longo da história do
> conhecimento humano.
>
> sem mais, despeço-me
>
> Guilherme Castro
> Coordenador - Licenciatura em Música
> Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix - BH
>
> Em 24 de novembro de 2010 11:34, Daniel Lemos <dal_lemos em yahoo.com.br>escreveu:
>
>
>> Caros,
>>
>> A idéia do prof. Palombini justamente exibe esta necessidade de
>> reformulação do ensino universitário de Música, só não compactuo com a forma
>> como ela foi exposta. Os conhecimentos da "Música erudita européia" são
>> fundamentais sim para a formação de qualquer músico. O que precisamos
>> repensar é se nossos Cursos formam profissionais capacitados para inserir-se
>> numa sociedade em constante mutação. Algumas perguntas que podem nos guiar:
>>
>> "Quais os campos de atuação do músico atualmente?"
>> "Como a Universidade pode prover conhecimentos básicos necessários a este
>> exercício?"
>>
>> Precisamos não nos livrar dos conteúdos conservatoriais, mas das
>> CONCEPÇÕES conservatoriais.
>>
>>
>> Um abraço a todos,
>>
>>
>>
>>
>> Daniel Lemos
>> Professor Assistente I
>> Curso de Música - http://musica.ufma.br
>> Departamento de Artes (DEART)
>> Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
>>
>> --- Em *qua, 24/11/10, Eduardo Patricio <epatricio em yahoo.com>* escreveu:
>>
>>
>> De: Eduardo Patricio <epatricio em yahoo.com>
>> Assunto: [ANPPOM-L] Res: Contraponto sobre possbilidades dos testes
>> específicos
>> Para: "Carlos Palombini" <cpalombini em gmail.com>, anppom-l em iar.unicamp.br
>> Data: Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010, 10:27
>>
>>
>>
>>
>>
>> É. Pela mensagem do André Machado, me parece que a posição do Palombini
>> (e/ou reflexos dela) foi agora melhor captada.
>> A questão central seria menos sobre a existência ou não de testes
>> específicos e mais a respeito da necessidade de um questionamento acerca dos
>> objetivos e proposições dos cursos de música no Brasil - que apresentam sim
>> um certo descolamento da realidade (histórico-social), e, que fique claro,
>> não se trata aqui de uma questão puramente de mercado.
>>
>> Saudações
>>
>> Eduardo Patrício
>>
>>
>> _____________________________________
>> Eduardo Patrício
>> http://www.eduardopatricio.com.br
>> +55 41 8434-0480
>>
>>
>> ------------------------------
>> *De:* Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>
>> *Para:* anppom-l em iar.unicamp.br
>> *Enviadas:* Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010 1:02:13
>> *Assunto:* Re: [ANPPOM-L] Contraponto sobre possbilidades dos testes
>> específicos
>>
>> Voilà!
>>
>> 2010/11/24 André Luís Cardoso Machado <andrelcmac em ig.com.br<http://mc/compose?to=andrelcmac@ig.com.br>
>> >
>>
>> Olá, se me permitem
>>
>> O ensino superior em música é todo baseado na tradição européia que
>> culminou na música erudita contemporânea. Os jovens que ingressam nas
>> faculdades de música, como todos os outros, são um pouco
>> inconsequentes. Se julgam poderosos e pensam poder vencer a realidade
>> e se tornar grandes solistas ou reconhecidos compositores. Porém essas
>> possibilidades já não existem, já tem algum tempo. O máximo que se
>> pode conseguir é um reconhecimentozinho acadêmico. Não dá pra ganhar
>> dinheiro nem com a música tradicional nem com a contemporânea. A não
>> ser sob a égide do estado que não oferece(e nem deveria) vagas para
>> todos.
>> Em qualquer outra área a academia se veria obrigada a mudar seus
>> rumos. Mas em nossa área específica, amparada inclusive por uma
>> equivocada visão de toda a sociedade de que nossos valores são muito
>> diferentes do resto, mantem-se tudo como está.
>> Me parece que mudar o enfoque acadêmico vigente é como a reforma
>> política. Todos sabem que ela é necessária, mas quem tem poder para
>> realizá-la são os menos interessados.
>>
>> Abraço a todos
>> André Machado
>>
>> Em 23/11/10, Carlos Palombini<cpalombini em gmail.com<http://mc/compose?to=cpalombini@gmail.com>>
>> escreveu:
>> > É outra possibilidade. Infelizmente, muito pouco na política da Capes e
>> nada
>> > na política do CNPq aponta nesta direção.
>> >
>> > 2010/11/23 Flavio <flateb em gmail.com<http://mc/compose?to=flateb@gmail.com>
>> >
>> >
>> >> Pelo visto, pode-se mesmo dizer que nada do que se faz na tal "área
>> >> específica" de música presta ( "análises interpretativas",
>> >> "instrumentista-pesquisador que nem toca nem faz pesquisa",
>> >> "compositor-pesquisador cuja pesquisa é dizer o que quer que seja da
>> >> música
>> >> que só é ouvida por seus próprios colegas" etc.). Faltou apenas incluir
>> a
>> >> categoria de egrégios "pesquisadores" que não tocam, não cantam, não
>> >> compõem, não diferenciam uma colcheia de um violão, costumam fugir de
>> sala
>> >> de aula e de orientações, mas encontram-se muito bem instalados e pagos
>> >> em... Escolas de Música (vejam que coisa!). Enfim, acabemos com esse
>> tipo
>> >> também, pessoal, e assim podemos apagar todas as luzes de tão nefasta
>> >> área,
>> >> entregando os prédios (e principalmente a verba pública que alimenta,
>> por
>> >> exemplo, muitas bolsas de pesquisa) para a sociedade fazer de tudo isso
>> um
>> >> melhor uso.
>> >>
>> >>  Flavio Barbeitas.
>> >>
>> >>
>> >> 2010/11/23 Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com<http://mc/compose?to=cpalombini@gmail.com>
>> >
>> >>
>> >> Não, acabamos apenas com a prova de habilidades específicas, o que
>> >>> resultará no fim do Conservatório Universitário, e no fim também das
>> >>> intermináveis discussões sobre a "especificidade" da área, sobre
>> quantos
>> >>> artigos vale um concerto, sobre o número de artigos que substitui uma
>> >>> dissertação na pós-graduação em performance, acabamos com as "análises
>> >>> interpretativas" e tantos outros males, como o
>> instrumentista-pesquisador
>> >>> que nem toca nem faz pesquisa (ou faz de conta que faz, e se publica
>> >>> porque
>> >>> as revistas precisam de artigos para satisfazer as exigências de
>> >>> periodicidade da Capes), com o compositor-pesquisador cuja pesquisa é
>> >>> dizer
>> >>> o que quer que seja da música que só é ouvida por seus próprios
>> colegas,
>> >>> e
>> >>> poderemos pensar numa formação adequada e específica para
>> >>> instrumentistas,
>> >>> compositores, musicólogos, educadores etc. Não seria um benefício?
>> >>>
>> >>> 2010/11/23 Fernando Pereira Binder <fernandobinder em yahoo.com.br<http://mc/compose?to=fernandobinder@yahoo.com.br>
>> >
>> >>>
>> >>>> Muito bem,
>> >>>>
>> >>>> Primeiro acabamos com a prova de habilidades específicas para música.
>> >>>> Depois acabamos com a prova geral (português, história, etc...).
>> >>>> Daí acabamos com a alfabetização.
>> >>>> Re-instituímos a igreja como guardiã do conhecimento ocidental
>> (começada
>> >>>> na última eleição).
>> >>>> Pronto, voltamos todos à Idade Média em 4 etapas!
>> >>>>
>> >>>> Fernando Binder
>> >>>>
>> >>>>  Em 22/11/2010, às 10:07, Carlos Palombini escreveu:
>> >>>>
>> >>>>
>> >>>>
>> >>>>  2) Não exigir conhecimentos específicos desvaloriza a Lei
>> 11.769/2008,
>> >>>>> uma árdua conquista da área de Música que simboliza sua valorização,
>> >>>>> pois
>> >>>>> esta é comumente tratada de forma amadora pela sociedade.
>> Atualmente,
>> >>>>> há uma
>> >>>>> verdadeira "indústria educacional" em torno da Educação Básica, pois
>> >>>>> sua
>> >>>>> função mais comum é oferecer acesso à Universidade, desvalorizando
>> sua
>> >>>>> própria utilidade educacional. Nesse contexto, há o risco de muitos
>> se
>> >>>>> perguntarem: "pra que estudar Música se para entrar no Curso de
>> Música
>> >>>>> não é
>> >>>>> necessário estudar Música?";
>> >>>>>
>> >>>>
>> >>>> Há um erro básico aqui: supor que estudar música seja solfejar, tocar
>> um
>> >>>> instrumento (ou cantar), ou compor. Como é isso que a maioria de
>> nossos
>> >>>> colegas sabe fazer, esse erro não será democraticamente erradicado. A
>> >>>> prova
>> >>>> específica tem a função de perpetuá-lo.
>> >>>>
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