[ANPPOM-L] OMB

Graziela Bortz g_bortz em hotmail.com
Qui Jan 27 14:51:25 BRST 2011


Caros, 

Concordo plenamente com o fato da complexidade da profissão torná-la inordenável, mas não creio que a questão dos direitos profissionais seja simples, muito pelo contrário, como escrevi na discussão sobre a avaliação da OSB em outro email.

Abs.,

Graziela

> Date: Wed, 19 Jan 2011 18:21:06 -0200
> From: andrelcmac em ig.com.br
> To: rogeriobudasz em yahoo.com
> CC: anppom-l em iar.unicamp.br
> Subject: Re: [ANPPOM-L] OMB
> 
> Alô a todos,
> 
> Penso que Rael acertou na mosca, mas vou mudar um pouco a maneira de
> colocar as coisas,
> 
> Alguns colegas se equivocam ao pensar que as Ordens de qualquer
> profissão têm como missão primordial defender os direitos de seus
> afiliados. Isso é tarefa dos sindicatos e sua eficiência depende da
> participação da classe em questão. Na verdade, as Ordens são como
> corporações de ofício e atuam no sentido de regular o exerxício e
> restringir condutas ilegais ou moralmente reporváveis, ou até mesmo
> tentam controlar o mercado, como a OAB faz, tentando dificultar a
> validade de cursos por todo o país, tentando tomar para si as
> atribuições de órgãos competentes como o MEC.
> 
> Eu já trabalhei como músico contratado em bandas e peças de teatro e
> fui obrigado a me filiar à Ordem para poder trabalhar. Mas já fui
> impedido de trabalhar em minha própria área por não músicos e a
> gloriosa OMB nada fez para me defender, já que ela considera a todos
> que produzam qualquer som por qualquer meio como músico,
> conferindo-lhes prontamente a carteira de músico profissional.
> 
> Ou seja, a nossa área é inordenável por absoluta falta de parâmetros
> regulamentáveis. Então eu pergunto. Para que serve uma instituição que
> só existe para realizar uma tarefa irrealizável, colocar ordem onde
> não há ordem possível? Resposta: para beneficiar particulares.
> 
> Quanto a questão de nossos direitos profissionais é simples. Se você é
> contratado seus direitos estão no contrato. Se é autônomo, a sua
> garantia deveria ser o carnê do INSS que você paga todo mês,
> dinheirinho que o governo aceita de bom grado sem maiores
> questionamentos. Por que essa palhaçada de termos que provar que temos
> uma profissão para podermos ter direitos e pensão como autônomos pelo
> INSS já que pagamos o benefício?
> 
> Abraço
> André Machado
> 
> Em 19/01/11, Rogerio Budasz<rogeriobudasz em yahoo.com> escreveu:
> > Colegas,
> > Já tive as minhas desavenças com a OMB, inclusive um processo por falta de
> > pagamento das anuidades, que ficou rolando na justiça por 13 anos, sem eu
> > nunca ter dado satisfação, até ser arquivado. O processo foi iniciado
> > justamente quando o sujeito da OMB bateu na Escola de Música e Belas Artes e
> > pediu ao funcionário o nome e cpf dos professores... Como o funcionário da
> > OMB tem status de delegado (coisa muito esquisita), o funcionário passou as
> > informações. O curioso é que vários professores não tinham carteirinha e
> > eles processaram só os professores já inscritos na OMB (porque antes de
> > sermos professores já éramos músicos e a OMB fazia batidas frequentes nos
> > teatros).
> > Mas se a OMB for extinta não sei como ficariam as centenas de músicos
> > populares que dependem da carteira da ordem prá mostrar que estão empregados
> > ou que de alguma forma são trabalhadores autônomos--alguns bancos e lojas
> > pedem alguma documentação comprovando um vínculo regular quando o músico
> > quer abrir uma conta ou um crediário. Se só a filiação ao sindicato bastar
> > então talvez a OMB seja inútil mesmo, embora no fundo eu pense que o
> > problema não é a existência do órgão, mas a obrigatoriedade da filiação.
> > Rogério
> >
> > --- On Tue, 1/18/11, Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com> wrote:
> >
> > From: Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>
> > Subject: Re: [ANPPOM-L] OMB
> > To: anppom-l em iar.unicamp.br
> > Date: Tuesday, January 18, 2011, 12:45 PM
> >
> > Rael,
> > Concordo itegralmente com você. Sabemos muito bem que o que é música para
> > uns não é música para outros. A necessidade da própria OAB tem sido
> > questionada. A OMB é inteiramente inútil e, mais, danosa.
> > Carlos
> > 2011/1/17 Rael Bertarelli Gimenes Toffolo <rael.gimenes em gmail.com>
> > Caros colegas...
> >
> > Tenho acompanhado a discussão e vejo alguns pontos positivos e outros
> > negativos...
> >
> > Antes de avaliarmos se temos ou não que acabar com a ordem precisamos nos
> > perguntar:
> >
> > Que carreira queremos regulamentar?
> > Que habilidades um Músico deve demonstrar para obter uma "carteira" de uma
> > classe profissional?
> >
> > Pelo pouco que conheço, o registro de atores (DRT) tem provas específicas
> > que parecem realmente separar atores de não atores regulamentando e
> > normatizando uma "carreira".
> > Será que isso é possível de ser realizado em nossa profissão sem sermos
> > acusados de não democráticos e limitadores de determinadas expressões
> > artísticas que são por muitos consideradas importantes?
> >
> > Nesse sentido, se não é possível determinarmos qual são as habilidades
> > mínimas que um músico deve ter, fica patente que realmente não há a
> > necessidade de regulamentação e normatização da carreira.
> > Sendo assim continuo achando que a Ordem dos músicos para nada serve
> > mesmo...
> >
> > Abraços
> >
> > Rael Toffolo (UEM-PR)
> >
> > 2011/1/16 Marcio Pereira <marciopereira111 em gmail.com>
> > A OMB foi criada por uma lei no governo Juscelino Kubitschek (esqueci o
> > número da lei) que regulamentou a profissão de músico e deu status de curso
> > superior aos que fazem o tal exame da Ordem.
> > Os atores conseguiram isso só recentemente e antes tinham que assinar
> > carteira profissional como comerciários, caso contratados.
> > Por isso, é preciso tomar cuidado para não jogar fora o bebê junto com a
> > água do banho, ou seja, acabar a Ordem poderia também, por hipótese,
> > cancelar a tal lei do Juscelino, o que não seria bom para os músicos,
> > principalmente os populares.
> > Sei que quem manda na Ordem é uma turma de aproveitadores desonestos que
> > estão lá há anos.
> > Não seria o caso de moralizar a Ordem em vez de simplesmente acabar com ela?
> > Abs,
> > Marcio Pereira (UNIRIO)
> > ________________________________________________
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