[ANPPOM-Lista] VIII ENCONTRO DE MUSICOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO

Marcos Camara de Castro mcamara em usp.br
Ter Mar 19 08:17:59 -03 2019


Bom dia!

ERRATA:

Favor substituir o parágrafo seguinte:

*A música na universidade não pode deixar de ser música, arte. O erro é
achar que só a pesquisa garante a condição acadêmica da música. A
composição e a performance são atividades acadêmicas não menos importantes.
A pós-graduação em música deve ser profissional porque prioriza a atividade
artística em seu campo de trabalho. A música na USP, desde Olivier Toni,
foi pensada no modelo da **Hochschule** alemã cujo modelo preconiza uma
avaliação pelo ensino e pela atividade artística prioritariamente. *

*Obrigado!*

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Le lun. 18 mars 2019 à 10:19, Marcos Camara de Castro <mcamara em usp.br> a
écrit :

> Bom dia,
>
> Agradecemos a diculgação:
>
> *VIII ENCONTRO DE MUSICOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO*
>
> *Dias 22 (Qui) e 23 (Sex) de Agosto de 2019*
>
> *LOCAL*: Departamento de Música da FFCLRP (bloco 34 e Tulha)
>
> *APOIO*: FAPESP, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, Pró-reitoria de
> Pesquisa, Pró-reitoria de Pós-Graduação
>
> *PROMOÇÃO*: Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e
> Letras de Ribeirão da Universidade de São Paulo
>
> *Comissão Organizadora*: Marcos Câmara de Castro (USP/presidente) Cássia
> Carrascoza (USP), Fernando Corvisier (USP)
>
> *A MÚSICA E AS ARTES NA UNIVERSIDADE: PUBLISH OR PERISH?*
>
> *Keynote speakers: Aloysio Fagerlande (UFRJ) e John Rink (Cambridge)*
>
> *A música na universidade não pode deixar de ser música, arte. O erro é
> achar que só a pesquisa garante a condição acadêmica da música. A
> composição e a performance são atividades acadêmicas não menos importantes.
> O mestrado do DM FFCLRP, em implantação, será profissional porque
> priorizará a atividade artística profissional. A música na USP desde o
> Olivier Toni foi pensada no modelo da *Hochschule* alemã cujo modelo
> preconiza uma avaliação pelo ensino e pela atividade artística
> prioritariamente. O que não exclui que haja também atividade de pesquisa.
> Mas de modo algum deve haver uma hierarquia, colocando a pesquisa acima da
> atividade artística. Há que ser arte e/ou pesquisa. Uma faculdade de música
> só de "pesquisadores" e sem artistas será de pouca utilidade para a
> sociedade.*
>
> *Existe uma diferença fundamental entre o científico e o musical, que é a
> reprodutibilidade das experiências e dos resultados cuja experiência única
> e irrepetível extrapola a ação canônica do experimento científico. A
> criação científica constrói uma teoria que é o resultado de um novo invento
> e, por conseguinte pode ser refutada por outra nova descoberta. A criação
> artística (não científica) não é uma teoria nem produz uma nova descoberta
> em sua essência estética, portanto, não pode ser contestada por uma nova
> descoberta. A diferença essencial entre as criações científicas e
> artísticas é que as primeiras resultam em teorias que são o resultado de
> novas formulações e que podem ser refutadas, enquanto as criações não
> científicas não são teorias, logo não podem ser refutadas.*
>
> *A atividade artística e o artista não são absolutamente dispensáveis. E
> essa discussão é eminentemente política na universidade. Cientificismo
> (entendido aqui como uma falsa Ciência) é uma capa exteriormente revestida
> de argumentos pseudocientíficos cuja única função é manter uma argumentação
> incontestável, de maneira a manipular e se manter no poder. Os argumentos
> parecem ciência, mas não são. Talvez os verdadeiros cientistas da filosofia
> passem pelos mesmos problemas que passamos. Na Psicologia os problemas são
> os mesmos. A meta poderia ser juntar forças em todos os departamentos.*
>
> *Serão recebidas propostas de comunicação que discutam as questões do
> argumento acima e que narrem experiências de produções artístico-acadêmicas
> dentro dessa perspectiva.*
>
> *Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro*
>
> *Organizador do VIII EMRP*
>
> *ALOYSIO FAGERLANDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO*
>
> *A Pós-Graduação Profissional em Música: um novo (velho) caminho para a
> performance musical no Brasil e suas possibilidades de pesquisa*
>
> Newton Sucupira já salientava a necessária dupla modalidade que a
> pós-graduação haveria de ter no Brasil, tanto acadêmica como profissional:
> “de um lado a instrução científica e humanista para servir de base a
> qualquer ramo, e doutra parte teria por fim a formação profissional”.
> Sucupira concluía em seu parecer histórico: “o Mestrado tanto pode ser de
> pesquisa como profissional” (BRASIL apud FAGERLANDE, 1965, p.5).
>
> A partir de 1990, a política oficial da CAPES foi de estimular a expansão
> da pós-graduação profissional, e os Planos Nacionais de Pós-Graduação
> (PNPGs) começam “a atribuir cada vez mais valor a uma Pós-Graduação com
> outras ênfases além da formação para a pesquisa acadêmico-científica”
> (ROBATTO apud FAGERLANDE, 2015, p. 101).
>
> No caso especifico de nossa Área,
>
> [...] esta variedade de formatos se adequa bem à realidade do mundo de
> trabalho em Artes, que, se entendido em sua pluralidade, vai abarcar uma
> ampla variedade de abordagens às práticas e produtos artísticos, incluindo
> os seus processos de produção, gerenciamento, difusão e transmissão de
> conhecimentos. (ROBATTO, 2015, p.104)
>
>
>
> Borgdorff  “discorre sobre a transformação das práticas artísticas em
> pesquisa artística, e a consequente modificação da academia em um local que
> também proporcione espaço para formas não discursivas de conhecimento,
> métodos de pesquisa não tradicionais, além de novos formatos de
> apresentação e publicação.” (FAGERLANDE, 2018).
>
> As duas possibilidades mais aderentes, no caso da pós-graduação
> profissional, seriam as que Borgdorff define como Pesquisa para as artes (*Research
> for the arts*) e Pesquisa nas artes (*Research in the Arts*).
>
> Essa abordagem adequa-se inteiramente às propostas dos atuais mestrados
> profissionais em Artes, notadamente em Música. A primeira reflete
> claramente a produção de métodos, sites, processos e procedimentos. A
> segunda, poderá estar presente na descrição do desenvolvimento de uma
> prática artística, em que o autor/artista se envolve com a obra de arte por
> ele produzida, gerando uma pesquisa artística.
>
> Pretendemos apresentar alguns trabalhos finais produzidos no Programa de
> Pós-graduação Profissional em Música-PROMUS /UFRJ, como novas (e velhas)
> possibilidades de pesquisa na Área em nosso país.
>
> *Aloysio Fagerlande* – Doutor em Música com tese sobre Villa-Lobos
> (UniRio, 2008), realizou curso de aperfeiçoamento (*Cours de
> Perfectionnement*) na classe de Gilbert Audin no Conservatoire National
> de Region de Rueil-Malmaison, França, obtendo o “Prix de Virtuosité”
> (1986-1987). Como camerista e integrante do Quinteto Villa-Lobos já se
> apresentou nas principais salas de concerto do Brasil, América do Sul,
> Europa, África e Oriente Médio, além de ter registrado em CDs grande parte
> da produção camerística brasileira para fagote, com destaque para a obra de
> câmara para sopros de Heitor Villa-Lobos e de Francisco Mignone. Como
> professor já ministrou oficinas e aulas em diversos Festivais e Cursos no
> Brasil, América do Sul e Europa. Professor associado de fagote da Escola de
> Música da UFRJ, integra o Programa de Pós-graduação em Música (PPGM)-UFRJ
> além do Programa de Pós-graduação Profissional em Música-PROMUS/UFRJ, sendo
> atualmente seu Coordenador. Desde 2018 é secretário-executivo do Fórum
> Nacional dos Programas Profissionais- FOPROF.
>
>
>
> *JOHN RINK, UNIVERSITY OF CAMBRIDGE*
>
> *Entre teoria e prática: estudos sobre performance musical e/como pesquisa
> artística*
>
> Desde 2000, a quantidade de trabalho realizado no campo dos estudos de
> performance musical cresceu exponencialmente, graças à pesquisa realizada
> pelo CHARM (www.charm.rhul.ac.uk) e pelo CMPCP (www.cmpcp.ac.uk), além de
>  outras empresas individuais e coletivas. Permanece, no entanto,
> considerável potencial para desenvolver a “musicologia da performance” com
> que essas iniciativas são comprometidas, sobretudo buscando uma maior
> aproximação com o campo da pesquisa artística, que se desenvolveu
> rapidamente em paralelo. Este artigo oferecerá uma avaliação retrospectiva
> do que os estudos de desempenho musical e a pesquisa artística alcançaram
> nas últimas duas décadas, o que eles pretendem fazer e para quem, e para
> onde podem ir no futuro, seja em conjunto ou separadamente. Ao fazê-lo,
> responderei às conclusões problemáticas apresentadas por Ian Pace num
> recente artigo de revisão "O novo estado dos estudos da performance" (Music
> & Letters, 2017), considerando tanto as disputas e argumentos territoriais
> que têm uma impacto limitado sobre comunidades mais amplas de artistas ou
> ouvintes (como Pace gostaria que fosse) e, em contraste, os impactos
> positivamente retumbantes que eu acredito que o trabalho nessas áreas teve.
> Consideração será então dada ao que os estudos de performance musical e a
> pesquisa artística oferecem aos próprios performers em termos de percepção
> teórica por um lado e inspiração artística por outro.
>
> *Between practice and theory: musical performance studies and/as artistic
> research*
>
> *Since 2000 the amount of work undertaken in the field of musical
> performance studies has grown exponentially, thanks to the research carried
> out by CHARM (www.charm.rhul.ac.uk <http://www.charm.rhul.ac.uk>) and CMPCP
> (www.cmpcp.ac.uk <http://www.cmpcp.ac.uk>) along with other individual and
> collective enterprises. There nevertheless remains considerable potential
> to develop the 'musicology of performance' to which these initiatives have
> been committed, not least by seeking greater rapprochement with the field
> of artistic research, which has rapidly developed in parallel. This paper
> will offer a retrospective assessment of what both musical performance
> studies and artistic research have achieved over the past two decades, what
> they aim to do and for whom, and where they might head in the future,
> whether in conjunction or separately. In doing so, I will respond to the
> problematic conclusions advanced by Ian Pace in a recent review-article
> 'The new state of play in performance studies' (Music & Letters, 2017) by
> considering both 'the territorial disputes and arguments that have a
> limited impact upon wider communities of performers or listeners' (as Pace
> would have it) and, in contrast, the resoundingly positive impacts that I
> believe the work in these areas has had. Consideration will thus be given
> to what musical performance studies and artistic research offer performers
> themselves in terms of theoretical insight on the one hand and artistic
> inspiration on the other.*
>
> *JOHN RINK – *John Rink is Professor of Musical Performance Studies at
> the University of Cambridge, Fellow in Music at St John's College, and
> Director of Cambridge Digital Humanities and the Cambridge Centre for
> Musical Performance Studies. He works in the fields of Chopin studies,
> performance studies, music analysis, and digital musicology. He studied at
> Princeton University, King's College London, and the University of
> Cambridge, and he holds the Concert Recital Diploma and Premier Prix in
> piano from the Guildhall School of Music & Drama. The books that he has
> published with Cambridge University Press include The Practice of
> Performance (1995), Chopin: The Piano Concertos (1997), Musical Performance
> (2002) and Annotated Catalogue of Chopin's First Editions (with Christophe
> Grabowski; 2010); the last of these received the Oldman Prize in 2011 and
> the Duckles Award in 2012. John Rink is General Editor of a series of five
> books on musical performance which Oxford University Press published in
> 2017, one of which he co-edited (Musicians in the Making: Pathways to
> Creative Performance). He is also Editor in Chief of The Complete Chopin –
> A New Critical Edition (Edition Peters, London), in addition to directing
> the Online Chopin Variorum Edition and Chopin's First Editions Online (
> www.chopinonline.ac.uk). He also directed the AHRC Research Centre for
> Musical Performance as Creative Practice (CMPCP; www.cmpcp.ac.uk) from
> 2009 to 2015. He performs regularly as a pianist and lecture-recitalist,
> with a specialist interest in Pleyel pianos.
>
> *CHAMADA DE PROPOSTAS DE COMUNICAÇÕES*
>
> Esta chamada de trabalhos destina-se a pesquisadores de Iniciação
> Científica e equivalentes, mestrandos, doutorandos e professores
> universitários das mais diversas disciplinas. As propostas de comunicações
> deverão discutir e/ou narrar experiências de pesquisas artísticas no âmbito
> acadêmico, questões teóricas e métodos. São bem-vindas propostas nacionais
> e internacionais, inclusive numa perspectiva comparativa.
>
> As propostas deverão ser enviadas até o dia 10 de julho de 2019, para
> mcamara em usp.br , com cópia para ccbomfim em uol.com.br  e corvisier em usp.br
>  e deverão conter:
>
> - Autor (es/as)
>
> - Título
>
> - Afiliação/ Instituição
>
> - Disciplina
>
> - Endereço
>
> - e-mail
>
> -Título da Comunicação
>
>  -Sumário (entre 3000 e 4000 caracteres com espaços)
>
> - Palavras-chave
>
> - Referências bibliográficas
>
> *Respostas, após avaliação cega por pares serão divulgadas em 31 de julho.*
>
> --
> Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
> Chefe do Departamento de Música
> Editor-Gerente da Revista da Tulha
> Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
> Universidade de São Paulo
> (16) 33150102
> http://orcid.org/0000-0002-3059-9144
> http://portal.ffclrp.usp.br/pagpessoal/
> http://lattes.cnpq.br/8866596468646798
> http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397
> http://www.revistas.usp.br/revistadatulha
> <http://www.revistas.usp.br/revistadatulha>
> http://sites.ffclrp.usp.br/napcipem/
>


-- 
Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
Chefe do Departamento de Música
Editor-Gerente da Revista da Tulha
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo
(16) 33150102
http://orcid.org/0000-0002-3059-9144
http://portal.ffclrp.usp.br/pagpessoal/
http://lattes.cnpq.br/8866596468646798
http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397
http://www.revistas.usp.br/revistadatulha
<http://www.revistas.usp.br/revistadatulha>
http://sites.ffclrp.usp.br/napcipem/

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Livre
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