[Carreirasespeciais-l] Carreira de Pesquisador
ja.mannis
ja.mannis em uol.com.br
Qui Mar 9 15:36:56 BRT 2006
Caro Guilherme,
Se puder ter acesso à lista de e-mails eu enviarei certamente aos demais membros do CONSU.
Grato
Mannis
> Caro Mannis,
>
> tua opiniao deve ser enviada aos demais representantes docentes (da
> carreira MS) do Consu. Tenho a lista de e-mails.
>
> Alguns MS acham que todos os docentes deveriam ser MS, sem enxergar as
> particularidades das nossas carreiras. Isto se estendia tambem ao TPCT, e
> agora se estende aa carreira Pq (pra quem nao sabe, eh uma carreira de
> Pesquisadores, no corpo nao-docente, isto eh, funcionarios, ou "servidores
> tecnico-administrativos").
>
> Um abraco,
>
> Guilherme Wood
> Representante Docente (Demais Carreiras) Titular no Consu
>
> > Colegas,
> >
> >
> >
> > No que diz respeito à discussão sobre a Deliberação CAD A-02/2005 de
> > 06/10/2005 que criou a Carreira de Pesquisador em substituição à Carreira
> > TPCT, dedicada aos Pesquisadores de Centros e Núcleos, considerando que
> > essa
> > nova carreira transcende a abrangência original e estende-se igualmente às
> > unidades de ensino e pesquisa, o que gerou discussão sobre a contratação
> > de
> > pesquisadores não-docentes na universidade, sabe-se das posições
> > contrárias
> > à idéia de um pesquisador que não dissemine o conhecimento acumulado em
> > suas
> > atividades de investigação.
> >
> >
> >
> > Analisando o assunto, vemos que, finalmente, o que se está discutindo é um
> > perfil de agente de produção intelectual que não dissemina o conhecimento
> > adquirido. Ou melhor, que não é obrigado a disseminar o conhecimento
> > adquirido, pois não há nenhum impedimento na Deliberação supracitada de
> > que
> > o Pesquisador possa difundir seus conhecimentos e atuar na formação de
> > terceiros, o que é o caso do ensino. O parágrafo único do Artigo 18 da
> > referida Deliberação, ressalta que "É permitido ao Pesquisador o exercicio
> > de outras atividades,dentro da Unicamp, desde que relacionadas à sua área
> > de
> > atuação, mediante autorização da Comissão Central de Pesquisa". Além
> > disso,
> > o Artigo 19 da mesma esclarece que o Pesquisador "poderá dar pareceres
> > científicos, realizar conferências, palestras ou atividades relacionadas à
> > difusão de idéias e conhecimentos, prestar assessorias e consultorias em
> > Unidades ou òrgão internos ou externos à Unicamp, sem que prejudique o
> > exercício de suas funções".
> >
> >
> >
> > Não há portanto restrições a atividades relacionadas ao ensino.
> >
> >
> >
> > Consideremos a abrangência ampla de uma universidade, como ela deve ser,
> > com
> > razoável alteridade, permitindo que a idéia de um agente de produção
> > intelectual se dedicando prioritariamente à pesquisa possa ser necessário
> > para alguns dos nossos colegas exercendo as mais variadas e diversificadas
> > atividades em uma infinidade de áreas do conhecimento. Não me parece
> > absurdo
> > supor que um pesquisador docente, com todos os compromissos e atribuições
> > que normalmente tem na vida acadêmica, necessite da colaboração de um
> > agente
> > altamente capacitado com disponibilidade integral para acompanhar,
> > conduzir,
> > controlar os trabalhos de pesquisa. Podem haver atividades de pesquisa
> > exijindo a presença constante de uma pessoa, seja para observar, controlar
> > ou examinar.
> >
> >
> >
> > Por outro lado, pode tanto ser extraordinário quanto indispensável em
> > certos
> > casos, os pesquisadores-docentes contarem com um corpo qualificado de
> > agentes tocando adiante os trabalhos em tempo integral, evitando
> > sobrecarrega demasiada, o que o permite atuar na pesquisa numa posição
> > mais
> > elevada, controlando aspectos gerais, as linhas diretoras do trabalho, o
> > que
> > sua visao e seus conhecimentos o permitem enxergar, ao inves de ter que
> > ficar resolvendo detalhes que, se excessivos, acabam lhe levando à
> > exaustão.
> >
> >
> >
> > Porém, o Pesquisador não-docente, que tanto contribui com os
> > Pesquisadores-docentes, poderia também, na medida do possível, transmitir
> > os
> > conhecimentos adquiridos durante os processos pelos quais passou. Bem
> > entendido, sem prejudicar o desempenho nas atividades próprias à sua
> > função.
> > Dessa forma, o Pesquisador poderia, se o desejar, atuar na disseminação do
> > conhecimento que acumulou, apesar de não ser obrigado a isso. Ou seja, o
> > Pesquisador não-docente não seria prejudicado em sua avaliação se suas
> > atividades de ensino fosses baixas ou nulas. Ele poderá fazê-lo livremente
> > porém não seria obrigado a isso.
> >
> >
> >
> > Pessoalmente tenho a visão de que um agente com esse perfil poderia
> > contribuir significativamente para o trabalho de muitos dos meus colegas,
> > em
> > laboratório ou em campo, assumindo tarefas imprescindíveis à metodologia
> > ou
> > ao programa de pesquisa requerendo atuação e presença permanentes:
> > ecologia,
> > meio ambiente e oceanografia, que exigem estar longe do campus por grandes
> > periodos; os que trabalham com observação-análise-interpretação:
> > astronomia,
> > climatologia, comportamento de seres vivos; enfim é concebível uma
> > infinidade de casos onde a presença desse Pesquisador seja sensivelmente
> > produtiva, desejável, senão imprescindível, para muitos outros.
> >
> >
> >
> > Por essa razão, por reconhecer que outras áreas diferentes da minha tem
> > essa
> > necessidade, sou a favor da manutenção da Deliberação CAD A-02/2005 de
> > 06/10/2005, recomendando que no Artigo 19º fosse incluido, de forma
> > explicita, que o Pesquisador tem a liberdade de praticar o ensino mas não
> > a
> > obrigatoriedade.
> >
> >
> >
> > Agradeço aos colegas pela atenção a estas colocações e reitero meus
> > protestos de estima e consideração.
> >
> >
> >
> > Atenciosamente,
> >
> >
> >
> > José Augusto Mannis
> >
> > Professor MAIII-G
> >
> > DM/IA
> >
> >
> >
> > _______________________________________________
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> > Carreirasespeciais-l em listas.unicamp.br
> > http://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/carreirasespeciais-l
> >
>
>
> --
> eng. Guilherme Araujo Wood
> professor do DEPEEL - CTC - Unicamp
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