[Carreirasespeciais-l] Folha de Hoje

ja.mannis ja.mannis em uol.com.br
Seg Fev 12 12:58:58 BRST 2007


Agora a Folha noticia que pensamos em transformar LIXO em COMBUSTIVEL...

 

  _____  

De: ja.mannis [mailto:ja.mannis em uol.com.br] 
Enviada em: segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007 11:54
Para: 'ombudsman em uol.com.br'
Assunto: Folha de Hoje

 

Prezada Senhora, Prezado Senhor,

 

Como saiu noticia hoje com destaque na FOLHA sobre pesquisador de
Universidade Pública Paulista tratando da transformação de bagaço de cana em
combustível, gostaria de aproveitar a oportunidade e enviar minha
manifestação em relação à Matéria de 03/Fev (Cotidiano) abaixo referida.

 

Acredito que é preciso ter consideração e respeito com aqueles que se
desdobram e tem feito das tripas coração para obter excelentes resultados de
produtividade e um verdadeiro impacto na sociedade atual, apesar das
desproporcionais condições que lhe são oferecidas.

 

Acho que passamos todo nosso tempo procurando soluções para tudo a partir de
quase nada e não nos dedicamos como se gostaria ao nosso marketing e
propaganda, pousando com tres canetas no bolso, óculos na ponta do nariz e
mostrando Erlenmeyers e Tubos de ensaio com líquidos e gelo seco dentro...

 

Será que não há como se ter uma percepção das coisas inferindo um pouco a
partir dos fatos, das noticias que são lidas, dos avanços que foram obtidos
nas últimas décadas?

 

Tem certas coisas que se apesar de não sentirmos quando estão presentes e
atuantes, imediatamente nos damos conta quando páram.

 

Não me refiro ao ruído de uma geladeira que só percebemos que está aí quando
bruscamente cessa de funcionar, mas ao abrir a torneira e sair água limpa.
Isso sempre me pareceu um milagre, assim como a chuva. 

 

Agradeço pela atenção a esta mensagem.

 

Atenciosamente,

 

José Augusto Mannis

 

 

-----Mensagem original-----
De: ja.mannis [mailto:ja.mannis em uol.com.br] 
Enviada em: sábado, 10 de fevereiro de 2007 15:02
Para: 'anppom-l em iar.unicamp.br'; 'Adriana Giarola Kayama'
Assunto: Artigo Folha SP 03/Fev/2007

 

Colegas da Anppom,

 

Foi publicado na FOLHA DE SP Cotidiano dia 03/Fev p.p. Artigo intitulado

 

“UNIVERSIDADES NÃO SÃO ILHAS”

 

No qual O Secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo, Aloysio Nunes
Ferreira e o Secretario do Ensino Superior José Aristodemo Pinotti declaram
insatisfação com o que consideram “isolamento” do meio universitário.

 

O Secretario do Ensino Superior ainda enfatizou que não existe integração
entre as unidades de ensino superior no Estado de São Paulo e que igualmente
“não existe preocupação com desemprego, a exclusão social, com o ensino
básico, com o desenvolvimento”.

 

Esses depoimentos demonstram um grave problema no sistema de informações. 

 

A Unicamp tem assegurado praticamente uma medida efetiva e de impacto no
máximo a cada 2 (dois) dias, com repercussão e desdobramentos na vida das
pessoas, desses 40 milhões de habitantes que sustentam as 3 universidades
com as parcelas do ICMS, conforme editorial da FOLHA de 06/Fev/2007, onde o
jornalista ainda compara o orçamento das universidades com o orçamento de
Transportes Metropolitanos... Nossas contribuições, bem como as de qualquer
universidade no país, não terminam quando expiram. Têm efeitos
multiplicadores, se desdobram, alimentam novas pesquisas, novos
empreendimentos, novas iniciativas, suscitam mudanças. Somos agentes de
transformação e isso parece que não está podendo ser visto.

 

Os pesquisadores não são pessoas de óculos, 3 canetas no bolso, trancados na
sala jogando xadrez e fazendo palavras cruzadas em grego antigo...

 

Muitas coisas que acontecem no quotidiano desses 40 milhoes de paulistas é
decorrente do que nós nas Universidades, neste caso especifico, na Unicamp
mais a Usp e a Unesp fazemos.

 

Estamos presentes todos os dias na vida das pessoas, em muitos momentos e
situações, e isso não está podendo ser visto.

 

Estamos presentes no que eles comem, nos alimentos que desenvolvemos, nos
novos fármacos, nas substâncias que isolamos e pesquisamos, nos sistemas de
comunicação onde criamos novos componentes, sistemas, procedimentos, nas
tecnologias que permitem melhor conservar o meio ambiente, nas expressões
artísticas e culturais que manifestamos e naquelas que revelamos,
descobrimos, mostramos outras facetas, nas doenças cujas curas estão
surgindo daqui, dos alertas que constantemente fazemos à sociedade seja
climatológica, econômica, tendências da sociedade, ambientais, dos novos
combustíveis que estudamos, enfim, estamos na vida das pessoas todos os
dias.

 

Diante de acusações injustas, pois desconsideram a efetiva participação que
temos tido, e os avanços, mesmo operacionais, que conseguimos
comparativamente maiores do que os aumentos desproporcionais que recebemos,
precisamos fazer saber quem somos e o que fazemos.

 

O que mais me surpreendeu é que isso tudo não tem sido considerado por
muitos que já estiveram conosco e viveram o que vivemos.

 

Sem duvida, podemos melhorar. Sempre podemos ser melhores cada um de nos e
todos nós juntos. Cada vez mais. 

 

Mas é preciso saber que sempre é possível conversar com todos e entrar em um
entendimento justo e razoável, evitando qualquer ação que, mesmo sem querer,
possa ser recebida e entendida por alguns como truculenta, sem ser
efetivamente o caso.

 

Em sinergia poderemos conseguir muitas coisas, melhorar muito nosso país,
nossa nação, as condições sociais e vencer as necessidades pelas quais temos
lutado. Mas é preciso querer estar junto e fazer os gestos necessários, pois
não só de palavras nos comunicamos e nos entendemos.

 

Talvez estejamos ofuscados por outras coisas e precisamos fazer com que
nossa luz se irradie mais forte.

 

Melhores saudações,

 

José Augusto Mannis

 

 

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Lista de discussões ANPPOM

http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l

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São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007 

 


 



 


 

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Bagaço pode virar álcool a partir de 2009 

Brasil entra na corrida para dominar a quebra química da celulose, o que
pode elevar a produção de etanol em até 50%

Segundo pesquisador da Unicamp, país tem situação privilegiada devido ao
baixo custo da matéria-prima e ao programa do álcool 

EDUARDO GERAQUE
DA REPORTAGEM LOCAL 

O Brasil disputa para valer a corrida tecnológica que decidirá quem vai
conseguir tirar etanol de celulose. A partir de 2009, o país poderá ter
dominado uma via de obtenção da energia contida no bagaço e na palha da
cana-de-açúcar, afirma um cientista da Unicamp.
Em tempos de aquecimento global, a obtenção do álcool de celulose -que pode
ser obtida até mesmo do papel e de parte do lixo orgânico- tem uma elevada
importância estratégica.
"No caso do Brasil, onde há uma situação privilegiada de custo de
matéria-prima, existem grandes chances de viabilizar a hidrólise ácida
comercialmente de dois a cincos anos" afirmou à Folha Carlos Rossell, do
Nipe (Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético) da Unicamp.
Para o especialista, todo o esforço feito nas últimas décadas com o etanol é
que coloca o Brasil na posição de liderança. "Hoje, por exemplo, estamos em
uma posição mais vantajosa do que os EUA na produção dos biocombustíveis."
A própria visita ao Brasil do presidente George W. Bush, marcada para 9 de
março -e cujo principal tema devem ser os biocombustíveis-, sustenta a
opinião do pesquisador.
Em São Paulo, representantes do governo americano disseram na semana passada
que a pesquisa e o desenvolvimento de biocombustíveis podem ser o "eixo
simbólico" de uma parceria "nova e mais forte" entre o Brasil e os Estados
Unidos.
Para o Rossell, que também faz consultorias para empresas do setor
sucroalcooleiro, o Brasil terá seu próprio modelo de hidrólise da celulose.
"Isso não é uma questão de nacionalismo. Teremos um modelo próprio, porque
nossas condições são especiais", explica.
Um das dificuldades hoje na fase da hidrólise da celulose é evitar o
surgimento de substâncias que depois vão dificultar o processo de
fermentação.

Guerra tecnológica
A hidrólise ácida (a quebra da longa molécula de celulose em açúcares por
meio de substâncias químicas) é uma das vias que estão sendo estudadas para
produzir álcool de celulose.
A outra é a chamada hidrólise enzimática. Por essa via, que imita a
natureza, o ataque à celulose é feito por enzimas (grandes biomoléculas).
"A hidrólise enzimática hoje é a que tem o maior potencial de conversão. O
problema é que não há enzimas disponíveis capazes de fazer a transformação",
explica Rossell.
Segundo o pesquisador, o histórico do processo de produção com a hidrólise
ácida é muito mais antigo. "Ele vem desde a 2ª Guerra Mundial. O que se faz
agora é tentar adaptar o processo para que essa produção possa ter escala
comercial, o que nunca foi feito".
Pelos cálculos de Rossell, a hidrólise poderá ajudar muito o país na sua
vontade de produzir etanol, sem ter de aumentar muito a área plantada. O
modelo dele emprega como base uma destilaria capaz de produzir de 1 milhão
de litros ao dia.
Desde que a geração de resíduos seja otimizada - hoje a palha, por exemplo,
é quase toda queimada no campo- haverá 240 toneladas de biomassa celulósica
para ser utilizada. Superadas as barreiras tecnológicas, esse total pode ser
convertido em quase 500 mil litros de álcool, calcula o cientista.
Apesar dessa aposta na hidrólise ácida, nada deve ser descartado, segundo
Rossell. Até mesmo a opção de alguns países da Europa e dos Estados Unidos,
que integraram a fase da quebra da celulose no mesmo processo da fermentação
(SSF, na sigla em inglês) merece atenção. "Na pesquisa científica, nós temos
que aproveitar o que é feito lá fora, e vice-versa", lembra Rossell.

 

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