[ANPPOM-L] homenagem a Koellreutter no IA-UFRGS
Carlos Palombini
palombini em terra.com.br
Seg Set 12 09:41:41 BRT 2005
Homenagem aso 90 anos de H. J. Koellreutter
Prezado Palombine,
Solicito a gentileza de divulgar os evento que estamos realizando em
Homenagem aos 90 anos de Koellreutter.
Muito Obrigado,
Cunha
+++
Homenagem aos 90 anos de Koellreutter
Dia 19 de setembro (segunda-feira)
Concerto com a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro
21h - Theatro São Pedro
Dia 22 de setembro (quinta-feira)
19h - Mesa-redonda com Antônio Carlos Borges Cunha, Fernando Mattos e
Rogério Vasconcelos Barbosa
20h - Recital com o pianista Sérgio Villafranca
Local: Auditorium Tasso Corrêa
Concerto Pós-Pós-Moderno em Homenagem aos 90 de Koellreutter
Dia 19 de setembro de 2005 – 21horas
Theatro São Pedro
Regente: Antônio Carlos Borges Cunha
A Orquestra de Câmara Theatro São Pedro apresenta um concerto Pós-Pós
Moderno em Homenagem aos 90 anos de H. J. Koellreutter, completados no
dia 02 de setembro. O programa integra o vanguardismo de Koellreutter, o
expressionismo de Schoenberg, uma seleção da Arte da Fuga de Bach o
Concerto para Violino do jovem compositor Vagner Cunha, recém escrito
para ser estreado nesta ocasião. O concerto terá a participação especial
dos pianistas Celso Loureiro Chaves, Paulo Bergmann, Sérgio
Villafrancada e da flautista Júlia Simões, além da solista Eliane
Tokeshi que fará a estréia do Concerto para Violino de Vagner Cunha
H. J. Koellreutter Concretion (1960)
J. S. Bach A Arte da Fuga (seleção)
A. Schoenberg Sechs Kleine Klavierstücke, Op. 19
Celso Loureiro Chaves, piano
H. J. Koellreutter Acronon (1978-79)
Solista: Sérgio Villafranca, piano
Vagner Cunha Concerto para Violino e Orquestra(primeira
audição)
Solista: Eliane Tokeshi
Regente: Antônio Carlos Borges Cunha
Koellreutter contribuiu de forma peculiar para o desenvolvimento da
inteligência musical brasileira, através do questionamento estético e
atualização da técnica. Desde 1937, quando chegou ao Brasil,
Koellreutter (Freiburg, Alemanha, 1915) ocupa lugar único no panorama da
música brasileira. Conforme o musicólogo José Maria Neves, “sua chegada
e a conquista de real liderança no meu musical coincidem com os últimos
anos de ação de Mário de Andrade, parecendo significar que cabia a
Koellreutter ocupar, na área da música, o espaço deixado vago com o
desaparecimento do líder modernista”. Desde o início, a atuação e
Koellreutter vai contribuindo para a renovação da inteligência musical
brasileira, com recolocação dos princípios técnicos e estéticos.
Koellreutter criou em 1939 o movimento “Música Viva”, integrado por
compositores e intérpretes, com os quais realizou intensa atividade
cultural até 1952. Koellreutter criou o Curso Internacional de Férias da
Pró-Arte, a Escola Livre de Música de São Paulo, Seminário de Música da
Bahia (hoje Escola de Música da Universidade Federal da Bahia.
Em 1963, Koellreutter deixa o Brasil para assumir a direção do Instituto
Goethe em Munique e posteriormente em Nova Delhi, Tóquio e Rio de
Janiero. Em 1975, Koellreutter retorna ao Brasil e passa a realizar
cursos, seminários e conferências em diversas regiões pais, estimulando
reflexões sobre estética e função da arte na sociedade pós-moderna.
O Maestro Antônio Carlos Borges Cunha é um de seus principais discípulos
desta fase, tendo convivido como aluno e amigo do mestre na década de 80.
A contribuição de Koellreutter e do Grupo Música Viva (1932-1952) tem
sido amplamente investigada através de dissertações, teses e publicações
de livros. No entanto, o seu trabalho realizado no Brasil após 1975 tem
sido pouco investigado, assim como, suas idéias estéticas e produção
composicional desenvolvidas após o ano de 1960.
Como compositor, Koellreutter contribui com sua estética relativistas
de impreciso e paradoxal e técnica de composição que denominou de
planimetria.
A OCTSP apresenta pela primeira vez em Porto Alegre duas de suas
composições planimétricas: Concretion (1960) e Acronon (1978-1979).
Uma de suas mais peculiares composições é ACONON para piano e orquestra
é uma de suas mais puculiares composições. A partitura esférica e
multidirecional permite infinitas possibilidades de leituras e
esperiências estéticas.
Koellreutter foi professor e mentor intelectual de diversas gerações de
compositores, intérpretes e educadores. Entre seus alunos, apenas para
citar alguns nomes, estão:
Compositores: Edino Krieger, Cláudio Santoro, Guerra-Peixe, L. C.
Vinholes, Eunice Catunda, Esther Scliar, Marlos Nobre, Tato Taborda, Tim
Rescala, Antônio C. Borges Cunha.
Regentes: Issac Karabtchevsky, David Machado, Arlindo Teixeira, Julio
Medalha, Roberto Schnorrenberg, Olivier Toni, Benito Juarez.
Músicos populares: Tom Jobim, Tom Zé, Severino Araújo, Nelson Ayres,
Paulo Moura,
Vagner Cunha
Concerto para Violino e Orquestra de Câmara
O Concerto para Violino e Orquestra de Vagner Cunha foi composto entre
Maio e Julho de 2005 por encomenda da violinista Eliane Tokeshi para ser
estreado em homenagem aos 90 de Koellreutter A obra foi livremente
inspirada no filme Laranja Mecânica de S. Kubrick, alternando estados de
tensão, alívio, dramaticidade, beleza e agressividade presentes nos três
movimentos: Moloko-Plus, Milonga-Synthemesc e Drencom .
Conforme declarações de Vagner Cunha, “a sonoridade, a musicalidade e as
atitutes artísticas e corajosas de Eliane Tokeshi foram minha grande
motivação para compor o Concerto para Violino. Tive a oportunidade de
ouvi-la como solista da Sonata para Violino e Orquestra de Alf. Sch. e
também como interprete de inúmeros solos para violino que inclui nos
arranjos de música popular que escrevi em 2004, quando Eliane Tokeshi
atuava com spalla da OCTSP. Desde então pensei em escrever algo
original para violino e orquestra que pudesse incluí-la como solista.
Foi em conversas informais nos bastidores que surgiu a idéia de um
Concerto para Violino. Posso afirmar que a personalidade artística de
Eliane Tokeshi e sua competência técnica foram de fundamental
importância na concepção sonora técnicos da obra.”
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