[ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos

Rodolfo Caesar caesar em acd.ufrj.br
Qui Dez 28 12:15:12 BRST 2006


Bom 07 pra vc tambem, Rubens!, e para toda a lista!
So' queria teminar o ano dizendo que de ontem pra hoje sai pra comprar e 
li a Dialetica Negativa e a Aesthaetische Theorie do Adorno so' pra 
ficar sabendo que o Braguinha tambem... E esse, coitado... vai ainda 
mais depressa pro Infe-rrr-no!

abs,

Rodolfo



Rubens Ricciardi wrote:
> caro Prof. Wolff,
> agradeço a sua atenção,
> enfim, não obstante naturais e construtivas divergências acadêmicas, é 
> através de diálogos reflexivos assim, de respeito e reverência àqueles 
> que são diferentes e que pensam diferente - e eis a liberdade: "a 
> liberdade dos que pensam diferente" (Rosa Luxemburg) - que obtemos a 
> boa pluralidade pós-moderna,
> mas os tempos são sombrios,
> e haverá nestes tempos sombrios inclusive alguns que pretendem dizer 
> não à barbárie da indústria cultural...
> briga de David com Golias??? - talvez não, o adversário é forte 
> demais, está mesmo mais para a missão de um Sísifo...
> mas tudo bem, a perspectiva utópica da resistência ainda é mais 
> instigante para o processo criativo de alguns do que a resignação ou 
> enquadramento, temos que respeitar...
> por fim, em relação à "metafísica positivista", vc tem razão, ficou 
> confuso mesmo, eu pretendia afirmar antes "uma incompreensão empirista 
> e positivista da teoria do conhecimento" (Heidegger), melhor assim, 
> pelo menos em relação, hoje, a expressões como "cultura negra", 
> "cultura branca", "culturas extra-européias", "cultura gay", "mundo 
> ocidental", "mundo não ocidental" etc...
> abraços do Rubens a vc e ao bom Caesar e bom 2007 a todos!...
>
>     ----- Original Message -----
>     *From:* Marcus S. WOLFF <mailto:m_swolff em hotmail.com>
>     *To:* anppom-l em iar.unicamp.br <mailto:anppom-l em iar.unicamp.br> ;
>     palombini em terra.com.br <mailto:palombini em terra.com.br>
>     *Cc:* rrr em usp.br <mailto:rrr em usp.br>
>     *Sent:* Wednesday, December 27, 2006 9:44 PM
>     *Subject:* FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns conceitos
>
>
>     Prezados colegas da ANPPOM, caro prof Ricciardi,
>
>     Em primeiro lugar gostaria de lembrar aqui uma lição do meu velho
>     mestre Koellreutter: a necessidade de esclarecermos os conceitos
>     utilizados, especialmente quando partimos de pressupostos
>     distintos...Sendo assim devo esclarecer que minhas colocações não
>     partem de uma matriz de pensamento iluminista, com sua crença em
>     universais (tais como o Homem, a Razão, a Civilização). Para mim
>     (assim como para diversos historiadores, cientistas sociais e
>     musicólogos) o homem só existe no singular, contextualizado. Não
>     há uma única razão, nem uma única Civilização. Por isso, não sei
>     de que ser humano o prof. Ricciardi está falando quando afirma que
>
>     "todo ser humano tem o direito de se considerar descendente da
>     tragédia grega"...
>
>     Aliás, estou certo que meus colegas indianos e também os africanos
>     se surpreenderiam com essa afirmação eurocêntrica!!!
>
>     Também o termo “metafísica positivista”, (que aliás custo a
>     entender já que a metafísica não pode ser jamais positivista)
>     utilizado pelo prof. Ricciardi não se aplica às teodicéias
>     orientais, já que não situam o divino como separado do mundo ou
>     além dele. Em tais teodicéias, como observa Campbell, “presume-se
>     que o divino é imanente em todas as coisas e parte do mundo desde
>     a eternidade” ( ver em Colin Campbell. “A Orientalização do
>     Ocidente” 1997:7).
>
>     Mas é bom ver que concordamos quanto ao fato de que “qualquer
>     atividade humana sempre contempla delimitações imprecisas de
>     fronteiras, e, acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de
>     gerar transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...”,
>     como colocou o prof. Ricciardi. Sendo assim, não vejo necessidade
>     em discriminar-se o eudito do popular ou da música de
>     entretenimento, de modo a rotular algumas como boas e outras como
>     más ou descartáveis (para quem?! Não teriam uma função social?)
>     como já foi feito nessa lista! Esse discussão já foi superada
>     tanto na área da musicologia histórica quanto na etnomusicologia,
>     como aliás lembrou o colega Hugo Adrião(?) em sua resposta a prof.
>     Sandra. Desde os trabalhos de Merriam e Blacking que compreendemos
>     que “a música não pode ser definida como um fenômeno sonoro
>     separado, pois envolve o comportamento dos indivíduos e grupos de
>     indivíduos (...)” (Alan Merriam. The Anthropology of Music.
>     1964:27). E devemos a Blacking a compreensão da importância do
>     estudo da música na cultura (ou como cultura, como ele mesmo
>     formulou posteriormente). Portanto separar valores estéticos das
>     funções sociais da música e dos músicos significa, no mínimo,
>     ignorar completamente toda a contribuição desses pesquisadores,
>     respeitadíssimos nas mais prestigiadas universidades européias e
>     norte-americanas.
>
>     Outro ponto que devo esclarecer é que não fui eu quem demonstrou a
>     relação entre a música popular e os meios de comunicação de massa,
>     pois esse assunto foi tratado por vários pesquisadores
>     importantes, dentre os quais citei Peter Manuel, sem os
>     preconceitos das gerações precedentes dos anos 40 e 50. Peter
>     Manuel, inclusive, chegou a demonstrar como a tecnologia das fitas
>     cassete, nos anos 60 e 70, possibilitou uma diversificação dos
>     meios de produção musical e das formas musicais, citando o exemplo
>     das estilizações populares de canções folclóricas regionais.
>     Graças à nova tecnologia, que rompeu com o monopólio das grandes
>     gravadoras, foi possível produzir uma música local, sob controle
>     local, para um público mais diverso e fragmentado. Aqui está uma
>     “dinâmica surpreendente” !!! O multiculturalismo parece ser,
>     então, uma tendência que se contrapõe à igualmente forte tendência
>     à homogeneização promovida pela indústria cultural, tal como
>     apontou o prof. Ricciardi.
>
>     Mas vejo que não fui compreendido quando afirmei que estamos num
>     mundo pós-moderno e pós-colonial! Pois o mundo pós-moderno, tal
>     como analisaram vários cientistas sociais, implica um tipo de
>     mudança estrutural que afeta a produção cultural e “fragmenta
>     paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e
>     nacionalidade” (Stuart Hall. A Identidade cultural na
>     Pós-Modernidade 2003:9). Portanto, Hall afirmou que a situação
>     pós-moderna afeta as identidades pessoais e a produção cultural
>     provocando a fragmentação das identidades e a criação de processos
>     de identificação que transpõem as fronteiras dos Estados
>     nacionais. Longe de mim propor algum tipo de estética normativa
>     para a criação musical contemporânea!!! Apenas quis dizer que se
>     torna difícil sustentar determinadas posições elitistas e/ou
>     nacionalistas num mundo que se tornou uma aldeia global, num mundo
>     em que nem a noção de sujeito sociológico (do indivíduo formado na
>     interação com seus pares) consegue se sustentar.
>
>     Quanto ao pós-colonial, não se trata apenas de uma situação
>     político-econômica. O tema da pós-colonialidade vem ocupando um
>     enorme espaço na área da teoria literária e dos estudos culturais
>     desde os anos 80....mas parece que alguns músicos ainda não o
>     conhecem...Para não tornar essa minha mensagem muito extensa e
>     cansativa gostaria de sugerir a leitura de “Western Music and its
>     Others” da autoria de Georgina Born e D. Hesmondhalgh (University
>     of Califórnia Press, 2000), onde o tema é conectado à musicologia
>     crítica de modo a demonstrar como se estabelece uma relação
>     dialética entre os atos de comunicação musical e as relações
>     políticas, econômicas e culturais. Quer queiramos, quer não,
>     estamos vivendo num tempo em que o projeto colonial que
>     estabeleceu tantas relações assimétricas de poder e de produção
>     cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma
>     ação civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual
>     razão?! De qual interesse de Estado?!) .
>
>     saudações reflexivas a todos!
>
>     Marcus Wolff.
>
>     (Laboratório de Etnomusicologia, UFRJ)
>
>         ------------------------------------------------------------------------
>         From: /"Rubens Ricciardi" <rrrr em usp.br>/
>         To:
>         /<anppom-l em iar.unicamp.br>,<palombini em terra.com.br>,"Marcus S.
>         WOLFF" <m_swolff em hotmail.com>/
>         CC
>         caros colegas da ANPPOM,
>         caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com meu e-mail e
>         retribuo aqui a gentileza...
>         no lugar de aceitarmos passivamente a velha metafísica
>         positivista do "non-western world" (expressão que talvez até
>         contenha algum preconceito em relação ao "outro inferior"),
>         talvez seja melhor pensarmos que "todo ser humano tem o
>         direito de se considerar descendente da tragédia grega"...
>         não entendi bem o que o professor Wolff pretendia em relação
>         ao xadrez, pois se trata de um jogo inteligente, onde as peças
>         podem ser movidas com uma dinâmica surpreendente...
>         jamais me referi ao conceito de universo musical (erudito,
>         popular, entretenimento etc.) como estanco categorial, muito
>         pelo contrário, qualquer atividade humana sempre contempla
>         delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima de tudo, a
>         dinâmica da vida é sempre capaz de gerar transformações,
>         interfaces, caminhos os mais diversos...
>         mas temos aí sim ofícios diversos (e essencialmente diversos!)
>         na profissão do músico, vamos dar exemplos: Gilberto Mendes é
>         um compositor erudito, Chico Buarque é um cancionista popular
>         (talvez o último sobrevivente do gênero em nosso país) e o MC
>         Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só se viabiliza
>         como fonograma descartável da indústria cultural...
>         pra música erudita esta discussão pouco importa, pois o
>         processo criativo deste universo é centrado na grafia musical
>         e não no fonograma, e, graças hoje à universidade pública, sua
>         sobrevivência como ofício independe do agressivo marketing da
>         indústria cultural - mas as manifestações de música popular no
>         Brasil, por certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando
>         confundidas com atividades de grupos brasileiros que fazem
>         rock, funk, pop-music, techno-music, hip-hop, rap, djs em
>         festas rave, disco-music etc, pois todos estes gêneros, por
>         mais diversos que sejam, estão inseridos num mesmo universo
>         que pouco tem a ver com a música popular - lembrando que
>         universo musical é um conceito maior que gênero, forma, estilo
>         ou escola),
>         o prof. Wolff afirma que muitas músicas identificadas com
>         tradições musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido
>         disseminadas por meio de comunicação de massa...
>         é claro que sim, principalmente se nos referimos às
>         comunidades dos países proprietários dos satélites e da
>         indústria cultural multinacional (como os EUA)... até as
>         comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a
>         mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como
>         manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais
>         justamente a gestualidade musical própria, e sem esta
>         imprescindível essência de singularidade musical (pois os
>         exemplares são semelhantes em todo o mundo) nos interessa
>         talvez menos como estudo de criação artística, e quem sabe
>         mais como assunto de sociologia (as letras até podem expressar
>         algum anseio comunitário local, mas a estética como um todo
>         sempre já se consumiu como processo de colonização cultural)...
>         e em relação à última frase do Prof. Wolff:
>         afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial!
>         eu pergunto: quem afirmou que concepções pós-modernas nos
>         processos de criação artística correspondem a uma situação
>         político-econômica não colonialista?
>         perdão, mas tal redução categorial está à altura da Abertura
>         do Bispo!...
>         feliz natal a todos,
>         Rubens Ricciardi
>         __________________
>         meus caros colegas da ANPPOM,
>         segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta de Ribeirão há
>         alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que
>         se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos
>         talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o
>         que os alemães já há muito tempo chamam de
>         "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já morreu há
>         mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora,
>         ainda não lidamos bem com a situação),
>         abraços a todos e feliz 2007!
>         Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão Preto
>
>         *Os dois filhos de Francisco e o filho de Francisco*
>
>         Prof. Rubens Ricciardi (ECA-USP)
>
>         Recordemos dois fatos musicais de 2005: o filme /Os dois
>         filhos de Francisco/ e o concerto do violinista Luiz Filipe
>         Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O
>         que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como
>         Luiz Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama
>         Chico Coelho). E as afinidades param por aí. O filme foi
>         divulgado pelos meios de comunicação, obtendo platéias
>         repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil.
>         Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe – ele interpretou
>         magistralmente o /Concerto para violino/ de Brahms -
>         restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro
>         Pedro II naquela bela noite. Mas será que o abismo entre os
>         níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz Filipe
>         e da dupla (sei lá o que, “sertaneja”?) retrata de fato a
>         relevância artística de ambos? Digamos que há uma distorção
>         evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção por
>         excelência – é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma
>         entre as mais agressivas ideologias: a indústria cultural e
>         sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim
>         chamado “universo musical de entretenimento”. Não é a
>         criatividade deste ou daquele “artista” – eis o engodo do
>         filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing,
>         calculando-se previamente as vendas e a renovação dos
>         “produtos”. Daí a condição de efemeridade ser também essencial
>         ao sucesso comercial desta indústria. Hanns Eisler
>         (1898-1962), compositor alemão, afirmava que “a indústria de
>         entretenimento faz de povos de todos os continentes
>         verdadeiros analfabetos musicais”. Há muita verdade nisso. No
>         Brasil, a distorção se torna ainda maior, pois se confunde
>         ainda “entretenimento” com “popular”. A essência da nossa já
>         há muito moribunda música popular era outra. Lembremos do
>         frevo, maracatu, samba, samba-canção, samba-enredo de
>         carnaval, ponteio, chorinho, bossa-nova, moda de viola, das
>         velhas duplas caipiras etc. Ao contrário de Pixinguinha, Noel
>         Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a destes
>         filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do
>         México à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais
>         simulacros locais – basta lembrarmos das paisagens de Goiás
>         com cenas rurais típicas no filme. Aliás, faz parte deste
>         marketing difundir gêneros como o rock, funk, hip-hop ou rap,
>         impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que
>         aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos
>         os países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por
>         “artistas” locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a
>         homogeneidade do entretenimento irracional nas rádios: uma
>         verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por
>         baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: “a inteligência não
>         tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter – é ela, e não
>         a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo
>         que suas credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis”. É
>         por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para o
>         Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de
>         Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se tivessem
>         nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco
>         (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que
>         fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz
>         Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia,
>         quase passou desapercebido, não obstante sua superior
>         virtuosidade e competência, intérprete de uma grande arte que
>         fundamenta a história.
>
>         ____________________________
>
>             ----- Original Message -----
>             *From:* Marcus S. WOLFF <mailto:m_swolff em hotmail.com>
>             *To:* palombini em terra.com.br
>             <mailto:palombini em terra.com.br> ; anppom-l em iar.unicamp.br
>             <mailto:anppom-l em iar.unicamp.br>
>             *Sent:* Friday, December 22, 2006 11:41 PM
>             *Subject:* Re: [ANPPOM-L] música popular e música folclórica
>
>
>             Prezados(as) colegas,
>
>             Apenas gostaria de lembrar que para Peter Manuel, por ex.
>             (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford,
>             Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o
>             folclórico e o popular (que o próprio Bruno Nettl procurou
>             estabelecer seguindo uima longa tradição de
>             etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades
>             que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas
>             nao são fechadas, sendo em alguma medida também
>             arbitrárias" (Manuel 1988:4).
>
>             Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser
>             pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o
>             colega R. Riccardi está colocando...muitas músicas
>             identificadas com tradições musicais de um grupo /
>             comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de
>             comunicação de massa...afinal estamos num mundo
>             pós-moderno e pós-colonial!
>
>             abraços,
>
>             Marcus Wolff.
>
>                 ------------------------------------------------------------------------
>                 From: /"palombini" <palombini em terra.com.br>/
>                 To: /"anppom-l" <anppom-l em iar.unicamp.br>/
>                 Subject: /Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária?/
>                 Date: /Fri, 22 Dec 2006 18:48:37 -0300/
>
>                 Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas,
>                 mas sua aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente).
>                 *De:* 	"Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br
>
>                 *Para:* 	"carlos palombini"
>                 palombini em terra.com.br,"anppom-l" anppom-l em iar.unicamp.br
>
>                 *Cópia:* 	
>
>                 *Data:* 	Thu, 21 Dec 2006 16:04:56 -0200
>
>                 *Assunto:* 	Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária?
>
>                 > meus caros,
>                 > chamo a atenção para a insistente
>                 > confusão que se faz entre "música popular"
>                 (identificada com tradições de um
>                 > determinado povo ou comunidade) e "entretenimento"
>                 (caráter efêmero dos
>                 > fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de
>                 qualquer produção
>                 > articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer
>                 produção de fundo de
>                 > quintal - e produto multinacional são dois lados de
>                 uma mesma moeda),
>                 > Rubens Ricciardi
>                 >
>                 > ----- Original Message -----
>                 > From: "carlos palombini"
>                 > To: "anppom-l"
>                 > Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM
>                 > Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária?
>                 >
>                 >
>                 > >
>                 > >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a
>                 música "sertaneja"
>                 > >> comercial que, graças ao jabá pago por
>                 > > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV,
>                 nas prateleiras das lojas
>                 > > de disco, no Domingão do Faustão, nas
>                 > > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc.
>                 > >
>                 > > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do
>                 disco? Nas prateleiras
>                 > > das lojas de disco? Tenho a impressão
>                 > > de que vc não está muito bem informado sobre os
>                 processos de produção e
>                 > > divulgação da música popular.
>                 > >
>                 > > --
>                 > > cp
>                 > >
>                 > >
>                 > > ________________________________________________
>                 > > Lista de discussões ANPPOM
>                 > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>                 > > ________________________________________________
>                 > >
>                 > >
>                 > >
>                 > > --
>                 > > No virus found in this incoming message.
>                 > > Checked by AVG Free Edition.
>                 > > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 -
>                 Release Date:
>                 > > 20/12/2006
>                 > >
>                 > >
>                 >
>                 >
>
>                 >________________________________________________
>                 >Lista de discussões ANPPOM
>                 >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>                 >________________________________________________
>
>
>             ------------------------------------------------------------------------
>             MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que
>             você quiser. Clique aqui.
>             <http://g.msn.com/8HMBBR/2734??PS=47575>
>
>             ------------------------------------------------------------------------
>             ________________________________________________
>             Lista de discussões ANPPOM
>             http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>             ________________________________________________
>
>             ------------------------------------------------------------------------
>             No virus found in this incoming message.
>             Checked by AVG Free Edition.
>             Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/600 - Release
>             Date: 23/12/2006
>
>
>
>     ------------------------------------------------------------------------
>     MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. Encontre o que você
>     quiser. Clique aqui. <http://g.msn.com/8HMABR/2740??PS=47575>
>
>     ------------------------------------------------------------------------
>     ________________________________________________
>     Lista de discussões ANPPOM
>     http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>     ________________________________________________
>
>     ------------------------------------------------------------------------
>     No virus found in this incoming message.
>     Checked by AVG Free Edition.
>     Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/600 - Release Date:
>     23/12/2006
>
> ------------------------------------------------------------------------
>
> ________________________________________________
> Lista de discussões ANPPOM 
> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
> ________________________________________________





Mais detalhes sobre a lista de discussão Anppom-L