RES: RES: [ANPPOM-L] Area academica e area tecnica

gubernik gubernik em terra.com.br
Qua Abr 11 13:27:46 BRT 2007


Apoio a proposta da Heloisa de se montar uma mesa para debater o tema, levando em conta que o ponto de partida da discussão foi a mensagem do Rodolfo Caesar sobre sonoplastia e composição eletroacústica. 
Este tema inicial está ligado à area de sonologia e às implicações educacionais de atualização dos cursos de música de nível superior.  Mesmo se temas como cursos lato-senso, formação de técnicos e atendimento de ensino médio se desdobraram na discussão, é importante manter o foco da discussão. 

Um abraço, 
Carole
De:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br

Para:"Rubens Ricciardi" rrrr em usp.br,"ja.mannis" ja.mannis em uol.com.br, antunes em unb.br, anppom-l em iar.unicamp.br

Cópia:"Rodolfo Coelho de Souza" rcoelho em bighost.com.br

Data:Wed, 11 Apr 2007 12:20:00 -0300

Assunto:RES: RES: [ANPPOM-L] Area academica e area tecnica

Caríssimos,

Estou acompanhando as manifestações nesta lista. Esse assunto enquadra-se perfeitamente no tema do próximo congresso da Anppom. 
Penso que seria um bom momento para que se encaminhasse um pedido à Coordenação do evento para a realização de uma mesa de discussão acerca do tema. E , se não estiver ‘pensando  alto’, com poder de deliberação, através da Anppom.
Fica, aí, minha sugestão, 
Abraço, Heloísa
-----Mensagem original-----
De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Rubens Ricciardi
Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2007 13:07
Para: ja.mannis; antunes em unb.br; anppom-l em iar.unicamp.br
Cc: Rodolfo Coelho de Souza
Assunto: Re: RES: [ANPPOM-L] Area academica e area tecnica

> 
meus caros,
> 

> 
eis que a discussão se tornou agora ainda mais frutífera, pois o assunto passou a ser o papel da universidade na formação musical de crianças e adolescentes,
> 

> 
aliás, a música é aquela entre as atividades humanas em que o futuro profissional deve se tornar neófito e obter sua iniciação na mais tenra idade, disso não há a menor dúvida,
> 

> 
no caso da USP, - "o por que não?" do Prof. Jorge Antunes - há um problema intransponível de regimento da universidade (nós enquanto USP não podemos criar aqui cursos técnicos ou mesmo de iniciação musical oficialmente), pois o papel de ensino na universidade é a formação em cursos superiores (e não voltado a crianças e adolescentes),
> 

> 
assim sendo, venho propondo a parceria com a prefeitura Municipal de Ribeirão Preto desde 1993 (já junto a várias administrações do PT e do PSDB que se alternam no poder por aqui), e até hoje não foi possível realizar o projeto, mas tenho certeza que mais cedo ou mais tarde - em parceria agora com a USP - haveremos de criar uma Escola de Música para crianças e adolescentes junto à Secretaria Municipal de Educação (pois, ao contrário das secretárias de cultura, este setor municipal tem mais verbas garantidas pela constituição e abriga perfeitamente um empreendimento assim em seus estatutos, o que garante a continuidade do projeto, uma vez iniciado),
> 

> 
portanto, prosseguindo com a informação da Adriana em relação à Escola Municipal de Música de SP, a parceria universidade/prefeitura municipal (e isso em todo o Brasil) pode ser um caminho importante pra se viabilizar as atividades de extensão, pois assim teremos uma escola pública, gratuita e de qualidade: a universidade entra com a filosofia de trabalho e apóia os processos de contratação de professores e estagiários, e a prefeitura entra com o suporte financeiro e estrutura - esta seria talvez uma receita simples e eficiente para a proliferação de boas escolas de música pelo Brasil...
> 

> 
ou seja, um melhor caminho talvez não seja via governo federal nem via estados, mas sim a parceria das universidades públicas com as prefeituras municipais (pois "quem engorda o boi é o olho do dono": uma atividade municipal é controlada mais diretamente pela população que a longínqua e sempre corrupta e incompetente Brasília, ou mesmo as capitais estaduais que são ainda mais centralizadoras e que de um modo geral tratam muito mal o interior),
> 

> 
assim, dependendo do perfil de cada faculdade, os tais cursos de nível técnico - muito bem situados por sinal pelo Prof. Jorge Antunes - e em suas múltiplas possibilidades em torno da música, poderiam sim por bem proliferar por este Brasil a fora...
> 

> 
atenciosamente,
> 

> 
Prof. Rubens Ricciardi - USP
> 
----- Original Message ----- 
From: ja.mannis 
> 
To: antunes em unb.br ; anppom-l em iar.unicamp.br 
> 
Sent: Wednesday, April 11, 2007 10:15 AM
> 
Subject: RES: RES: [ANPPOM-L] Area academica e area tecnica
> 

Caro Jorge,

Creio que sua colocação seja referente ao fato de que ENSINO TECNICO seja ministrado numa instituição de ENSINO SUPERIOR.

Vc tem direito à sua posição quanto a esse aspecto e respeito sua opinião. Porém, pessoalmente, tenho outra maneira de ver a situação, de analisar o contexto e, assim, outra opinião.
> 

> 
Pessoalmente confesso que preferiria ver muitas instituições que assegurassem uma formação básica eficiente em música antes da universidade. Mas não acredito que isso venha a acontecer em breve. So sei que enquanto eu tiver energia e puder fazer alguma coisa, vou tentar fazer o que posso para melhorar o estado das coisas que me descontentam. Sei que posso de uma maneira ou de outra empreender ações dentro dos meios e das possibilidades que disponho.
> 

> 
O ENSINO TÉCNICO está nas instituições de ensino superior no Brasil. Isso é um fato constatado.
> 

Minhas colocações quanto à FORMAÇÂO MUSICAL partem desse fato evidente.

Porém, se o assunto é sobre o fato de ter ou não ensino técnico numa universidade, acho estamos abrindo um outro debate, distinto do anterior e paralelo.

A formação básica em música antes da universidade, ou seja, em nivel de segundo grau, não atende à demanda em quantidade e muitas vezes, mas nem sempre, em qualidade.

Lembro que nos dois primeiros anos de graduação os alunos tem matérias básicas.

Portanto, o ENSINO TÉCNICO já é feito atualmente na Universidade, não como tal, mas o conteudo é identico.

Não podemos deixar de reconhecer isso.

Não seria mais correto DESVINCULAR essa formação básica do ENSINO SUPERIOR?

Portanto, se é sobretudo na Universidade que esse ensino básico é ministrado (por falta de instituições que atendam à demanda em nivel técnico e de segundo grau), me parece pertinente que seja na Universidade (no lugar onde esse ensino é praticado) que ele possa passar por um processo de adequação e transformação. 

Cordial abraço,

José Augusto Mannis





De: Jorge Antunes [mailto:antunes em unb.br] 
Enviada em: terça-feira, 10 de abril de 2007 18:57
Para: ja.mannis em uol.com.br; anppom-l em iar.unicamp.br
Assunto: Re: RES: [ANPPOM-L] Area academica e area tecnica
Caro Zé Augusto: 
Porque não ter UM COLEGIO TECNICO EM MUSICA em uma universidade, ...? 
Essa sua pergunta me desmonta, me aturde, destrói totalmente meus sonhos, meus ideais, minhas convicções porque, com ela, você me leva a um triste banho de realidade brasileira. 
Quando nos USA ou na Inglaterra alguém faz pergunta "Why not?", tem-se logo respostas para argumentar por uma negativa. 
O mesmo acontece na França quando perguntam "Pourquoi pas?". Imediatamente aparecem argumentos que demovem o perguntador de suas propostas. 
No Brasil, quando alguém pergunta "Por que não?" ficamos totalmente sem argumentos. 
Grupos de adolescentes em algumas cidades do DF não têm lazer nos finais de semana: vivem em locais sem salas de cinema, sem teatros, sem campos de futebol, sem nada, sem playgrounds, sem shows, sem concertos, sem shoppings, sem dinheiro para virem ao Plano Piloto, sem zoológico. A única diversão então passa a ser o assalto, as pichações e as formações de gangs. Vivem em barracos sobre a lama e sob um teto de um pai desempregado e bêbado ou de uma mãe solteira desempregada ou prostituta. 
Próximo é criado um campus avançado da UnB. Que tal oferecer as dependências da Universidade, nos finais de semana, para eles se divertirem? Claro! Por que não? Que tal oferecer-lhes o campus, a piscina, nas madrugadas dos dias úteis? Claro! Por que não? 
Uns mórmons que passam vêem o alto índice de criminalidade dos jovens e começam a fazer trabalho de proselitismo, com encontros espiritualistas. Falta espaço coberto e confortável. Que tal oferecer-lhes uma sala da Universidade? Por que não? 
Grandes turmas de colégios se formam, e os pobres formandos, depois de tanto sacrifício não têm onde fazer seus bailes de formatura e suas cerimônias de diplomação. Coitados. Que tal oferecer-lhes o Theatro Municipal? Por que não? 
No carnaval, festa belíssima, a burguesia afrescalhada e os estilistas idem constróem, costuram, com paetês, lantejoulas e pedras preciosas, algumas belas fantasias para desfiles e concursos, mas não têm espaços para o certame. Que tal oferecer-lhes o Theatro Municipal? Por que não? 
Na Universidade de Brasília vivi recentemente experiência interessante. Um professor, nosso colega, começou a oferecer cursos de iniciação musical para crianças aos sábados. Todas as dependências do Departamento de Música ficam abarrotadas de crianças e de seus respectivos papais e mamães. De início eu senti um choque de preconceito acadêmico. Como era possível aquilo, em uma Universidade? Eu via o formigueiro de criancinhas de longe e não conhecia o trabalho de perto: dezenas de crianças. 
Até que um dia cheguei perto, entrei em uma sala. Meus olhos se encheram de lágrimas, fortemente emocionado. Vi cinco menininhos de uns 3 anos de idade esfregando pequenos arcos nas cordas de violininhos. O trabalho é lindo, emocionante. O professor se senta no chão, rodeado de criancinhas que batem ritmos, criam, improvisam, tocam tambores, objetos, sons, ruídos. Hoje o professor conta com 19 monitores e a meninada chega a centenas. Não dá para chegar perto, sem o risco de pisar num neném. Sim! Agora ele trabalha também com bebês. Dezenas e mais dezenas. 
Chorei, sim, porque fiz-me a seguinte pergunta: por que não? Ora, se o professor não fizer isso, na Universidade, onde fará? 
Se o professor não continuar nesse sacerdócio admirável, quem dará educação musical a essas centenas de crianças? 
Com esse raciocínio, essa humanidade, esse patriotismo, essa brasilidade, essa emoção, essa magnanimidade, essa compaixão, essa tolerância, conhecendo a triste realidade brasileira, claro, tudo deve ser feito para remendar lacunas e sanar atrocidades cometidas pelo poder constituído que não oferece condições de vida digna, não oferece emprego, nem educação de qualidade, nem saúde, nem lazer, nem cultura, etc. 
Assim, evidentemente, por que não? A Universidade, com suas salas confortáveis, seus aparelhos de ginástica, seus gramados, suas máquinas xerox, seus computadores, seus sistemas de som, seus centros esportivos, seus anfiteatros, seus pianos, pode, sim, abrigar cursos para DJs, técnicos, copistas, assistentes de som, garçons, lutiers, jardineiros, pedreiros, produtores, marceneiros, mestres de obras, técnicos em sonorização, costureiras, afinadores de piano, etc, etc. São poucas as vagas oferecidas nos Sesi e nos Sesc. 
Apesar de laica, a Universidade, nessa conjuntura de guerra civil, pode até mesmo oferecer seus espaços para que jovens abracem religiões e credos, e gritem, e se exorcizem, e orem em catarse, e rebolem em bailes funk, usando essas atividades como meio e terapia para abandonarem o consumo de drogas. 
Então, nesse Brasil em situação de guerra, de pobreza, de desemprego, de miséria, de injustiças, de escravidão, de falta de perspectivas futuras para as novas gerações e para todo esse povo sofrido e fodido, claro, deveríamos abrir os campi totalmente. 
Por que não? 
Abraço, 
Jorge Antunes 
  
  
  
  
  
"ja.mannis" wrote: 
  
> 
> 
Caro JORGE e Cara ADRIANA,
> 

Colegas da Anppom,
> 
Caro JORGE, sua iniciativa na UnB de oferecer aos estudantes atividades de ciência e tecnologia aplicadas à musica, bem como música em contexto multimeios é de fato muito boa.
> 
Também procuramos desenvolver essas práticas na Unicamp, de diversos aspectos.
> 
O que defendo não é ATENDER À DEMANDA DO MERCADO. Isso já fazem as inúmeras escolas e centros que TREINAM seus alunos. Eles aprendem rotinas, soluções padrão e muitas atividades fim são de escopo fechado.  Falta FORMAR ALUNOS que saibam se desenvolver e que tenham bagagem e ferramentas para isso. Os treinados repetem as soluções que aprenderam nas apostilas. FALTAM estruturas para FORMACÃO COMPLETA. Para treinamento já existem diversas opções.
> 
As praticas TÉCNICAS são, para mim, muito importantes. Eu mesmo formei minha maneira de trabalhar e minha abordagem da matéria sonora através de atividades técnicas. Agora é que estou formulando em formato ACADEMICO, com um Doutorado, o que desenvolvi. Se tivesse feito outro caminho nao teria descoberto muitas coisas importantes que descobri, justamente porque fiz outro trajeto. E acredito que as atividades técnicas tem muitos subsidios à dar à outras atividades, cientificas / artísticas.
> 
Contudo, está claro para mim que seria um equívoco MISTURAR métodos de ensino e pesquisa (desenvolvimento/criação) entre PERFIL TÉCNICO e PERFIL CIENTÍFICO (no cientifico incluo o ARTISTA NA UNIVERSIDADE). Mas seria também um equivoco ignorar e desprezar o FAZER ARTISTICO o FAZER TÉCNICO e todo tipo de KNOW HOW dos chamados `TÉCNICOS`.
> 
Já formei alunos que fizeram trabalhos de acústica em afinação de teclados. E foi de fato uma atividade excelente. Foram comparados diversos tipos de afinação e o aluno pode colocar como tal ou tal tipo de afinação se adequam a tal ou tal estilo de música. A afinação de um teclado pode mesmo suscitar uma tese de doutorado, dependendo da abordagem.
> 
OK. Não é porque uma tese é feita que já se pode implementar uma DISCIPLINA sobre a tese e mesmo... UM CURSO todo. Estou de acordo. Mas vejo que simplesmente o que em um momento é do DOMINIO TÉCNICO num outro pode estar envolvido em estágios avançados do dominio CIENTIFICO. 
> 
Ao mesmo tempo NÃO CABE fazer uma graduação para (por exemplo) AFINADOR DE PIANO, STAGE MANAGER, COPISTA... pois cada uma dessas atividades ainda não têm estofo suficiente para isso. Mas isso não significa que a ACADEMIA deva necessariamente ignorar o que eles fazem. Acho que há coisas muito importantes na atividade de COPISTA. Eu mesmo fui copista das editoras SALABERT na França. Aprendi muita coisa e tenho muitas facilidades em gerar material musical devido a isso. E treino meus alunos em COPIAS e preparação de material de orquestra. É uma produção bastante complexa.
> 
Portanto o CONHECIMENTO INERENTE a essas atividades TÉCNICAS não deve ser confundido com a ENVERGADURA DAS ATIVIDADES EM SÍ.
> 
As atividades de um simples pedreiro nunca foram desprezadas pelos cientistas, tecnologos, pesquisadores e estudantes de engenharia civil.
> 
Existem técnicas que foram desenvolvidas no canteiro de obras e que passaram ao dominio cientifico depois.
> 
Talhar pedras pode parecer primitivo, mas chega a ser uma arte quando esse TALHAR começa a se tornar expressivo.
> 
Contudo, não me parece sensato fazer uma GRADUAÇÃO para MESTRE DE OBRAS (por exemplo)
> 
Mas é muito importante UM ESTUDANTE de ENGENHARIA CIVIL ver e saber o que faz e como faz um MESTRE DE OBRAS.
> 
Se os Mestres de Obras no Brasil tivessem um mínimo de formação, a construção civil em nosso país seria diferente. A começar pelo desperdício inutil de material e pelos atropelos de planejamento em um canteiro de obras. De fato falta uma formação dessas!
> 
Porque a Universidade não poderia assegurar uma atividade dessas EM NIVEL TECNICO?
> 
Na Unicamp temos um Colegio Técnico que forma TECNICOS em nivel de SEGUNDO GRAU.
> 
Porque não ter UM COLEGIO TECNICO EM MUSICA em uma universidade, com o por exemplo faz a Pontifica Universidade Catoloca do Chile em Santiago. Os alunos podem entrar com 12 anos. E se passarem por todas as avaliações necessarias e exames etc. chegam ao Doutorado. Senão fazem o ingresso como todos os outros e entram no curso pela metade, mas em nivel superior.
> 
Acredito que a UNIVERSIDADE deva se preocupar com a FORMCAO TËCNICA EM NIVEL TÉCNICO.
> 
Mais uma vez: Não conjugar PERFIS DIFERENTES: TECNICO é TËCNICO, CIENTIFICO é CIENTIFICO. CONTUDO não ISOLAR os conhecimentos entre ambos, e sim integrá-los, de modo que UM SAIBA DO OUTRO.
> 
Assim, um AFINADOR DE PIANO poderia ser formado numa universidade. A Proposta da ADRIANA é muito boa: poderia ser uma atividade de EXTENSÃO. Algumas atividades técnicas poderiam ser um MESTRADO PROFISSIONALIZANTE, como por exemplo, ENGENHEIRO DE SOM. 
> 
E considero que a integração de um DJ seria muito importante. O FAZER do DJ é muito importante. Vem do fazer do RADIO, das tradicoes ORAIS. É o fazer sobre a MIDIA. É a poética que brota do suporte. Não cabe uma GRADUACAO em DJ. Por enquanto isso é óbvio. Mas gostaria muito de pensar em uma discplina onde os alunos possam saber quais são as bases da expressão de um DJ. E a partir daí poderem extrair metodos expressivo, tecnicas de ação, gestos de linguagem. De fato, os produtos de um DJs de modo geral são pertinentes a estilos e estietcias particulares. Mas se mudarmos o material e os objetivos, temos um novo instrumento (no sentido tradicional do termo e não no sentido schaefferiano).
> 
Considerando os CURSOS SUPERIORES DE MUSICA no Brasil há uma falta evidente de estruturas para assegurar formação solida em musica em nivel de segundo grau.
> 
Os alunos acabam tendo que fazer um CURSO SUPERIOR de 5 ANOS no qual os 2 primeiros são o CONSERVATORIO 'espremido'.
> 
A Universidade poderia assegurar a FORMACAO DE SEGUNDO GRAU especializada, associada `as escolas de sua cidade, e depois, pouco a pouco, a GRADUACÃO se reduziria de 5 anos para 3 anos. Nossos alunos estariam com Pos-Graduacao completa (Ms + Dr) aos 25 anos. Isso não ocorre muito agora.
> 
Assim, ao escolher um curso técnico em música, um estudante de segundo grau poderia OPTAR por TECNICO EM MUSICA em uma MODALIDADE "X" na qual ele possa adquirir conhecimentos para AFINADOR DE PIANO entre outros. Poderia também EVIDENTEMENTE fazer uma MODALIDADE TECNICA "Y" para INTERPRETE INSTRUMENTISTA. Ou Talvez "W" para COMPOSICAO. Ou mesmo "Z" para Etnomusicologia básica, etc. Há muitas possibilidades. Não estão todas aqui, somente algumas para exemplificar. Talvez nem sejam as denominações certas, pois estou pensando junto com Vcs. Mas seria algo nesse caminho o que vejo.
> 
Cordial abraço
> 
Mannis
> 

> 



De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Lopes Moreira 
Enviada em: terça-feira, 10 de abril de 2007 08:52 
Para: ANPPOM 
Assunto: Re: [ANPPOM-L] Area academica e area tecnica 
 
Caros colegas, Não seria papel da extensão universitária o oferecimento de cursos para a formação de Técnicos, Copistas, DJs, Técnicos em sonorização, Afinadores de Piano, Produtores, Redator de Release, Assistente de som, etc? Abraços a todos,Adriana Lopes Moreira (USP)
> 



De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Jorge Antunes 
Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2007 11:55 
Para: anppom-l em iar.unicamp.br 
Assunto: [ANPPOM-L] Area academica e area tecnica 
 
Caro Mannis: 
Acho que estamos quase de acordo. 
Mas existe um aspecto que, por ser comum em minha seara, pensei que fosse óbvio e também comum nas outras Universidades brasileiras. 
Aqui na UnB o estudante que faz o curso de Composição faz, além das disciplinas tradicionais (harmonia, contraponto, fuga, análise, instrumentação, orquestração, etc), estas outras: Prática de Gravação, Tecnologia Musical (síntese, análise, ressíntese, C-sound, softwares), Acústica Musical (a Física do som, Psicoacústica e Acústica de Salas), Música Eletroacústica (softwares de gravação, processamento, montagem, edição, mixagem). 
A penúltima vez que ministrei Estágio Supervisionado em Composição Musical (disciplina do último semestre, em que se prepara o concerto de formatura), fizemos realização conjunta com o Departamento de Comunicação: os formandos em Composição Musical compuseram as trilhas sonoro-musicais para os filmes dos formandos em Cinema. 
O que temo é, na Universidade, para atender à demanda do mercado, começarmos a abrir cursos de um e dois anos para formação de Técnicos, Copistas, DJs, Técnicos em sonorização, Afinadores de Piano, Produtores, Redator de Release, Assistente de som, etc. 
Profissionais nessas áreas, com excelência, devem ser formados. Mas não na Universidade. Técnicos na área musical, aqui em Brasília, são formados no Ensino Médio: na Escola de Música de Brasília. 
Em todas as Unidades da Federação deveria haver Ensino Médio e Técnico nessas áreas técnicas. 
Abraço, 
Jorge Antunes



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