[ANPPOM-L] Sintomas Musicais

Alexandre Negreiros alexandrenegreiros em yahoo.com.br
Sex Jul 27 10:55:27 BRT 2007




Trabalho de João Gabriel Marques Fonseca, da UFMG, aponta que  
técnicas musicais têm relação direta com a intensidade e o tipo de  
dor sofrida pelo pianista ao longo dos anos
Notícias

Sintomas musicais

27/07/2007

Por Thiago Romero

Agência FAPESP – As técnicas musicais empregadas na execução de  
determinada música ao piano têm relação direta com a intensidade e  
o tipo de dor que o pianista pode desenvolver com o passar dos anos.  
Em contrapartida, não existe relação entre dor e o tempo de  
experiência: quanto melhor as técnicas pianísticas forem  
executadas, menor são as chances de o paciente desenvolver os sintomas.

Esse é o principal resultado da tese de doutorado Freqüência dos  
problemas neuromusculares ocupacionais dos pianistas e sua relação  
com a técnica pianística, defendida no mês passado no Programa de  
Pós-Graduação em Clínica Médica da Universidade Federal de Minas  
Gerais, por João Gabriel Marques Fonseca, professor da Faculdade de  
Medicina e da Escola de Música da UFMG.

Fonseca analisou 93 pianistas profissionais e 51 pessoas leigas,  
usadas como grupo controle e que não tinham nenhuma atividade  
relacionada com a prática musical. O grupo de pianistas respondeu a  
um questionário específico sobre sintomas e dores relacionadas à  
prática musical e parte também foi submetida a uma avaliação sobre  
a técnica musical por meio de observações.

Auxiliado por estudantes das duas faculdades, o pesquisador filmou os  
pianistas executando músicas eruditas e criou um protocolo de  
análise das técnicas, em que foram verificados os movimentos e  
gestos mais freqüentes e feita a análise de como tais posturas  
poderiam gerar desconforto nos músculos e membros dos profissionais.

O grupo controle respondeu ao mesmo questionário dos pianistas, com  
exceção das perguntas técnicas sobre música. Com base nas  
respostas do questionário e na observação das filmagens, o  
pesquisador concluiu que 94% dos pianistas apresentaram algum tipo de  
desconforto durante a execução das músicas.

“A postura e a assimetria do tronco, a intensidade das tensões  
musculares do braço e o posicionamento das mãos nas teclas do piano  
são as variáveis mais comuns e que, se não executadas corretamente,  
podem gerar maior índice de fadiga e desconforto”, disse Fonseca à  
Agência FAPESP.

Segundo ele, o protocolo de análise gerado pelo estudo, que oferece  
15 diretrizes para a identificação de problemas enquanto o pianista  
executa uma música, pode servir de referência para os médicos não  
especializados no tratamento desse tipo de dor.

“Trata-se de um padrão de análise que oferece aos médicos  
alternativas para o tratamento da dor causada pela prática musical e  
que também oferece ferramentas para que pacientes consigam melhorar  
suas técnicas musicais e, conseqüentemente, diminuir a probabilidade  
de sentir dor”, explicou.

Mais informações: joaogabriel em medicina.ufmg.br





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