[ANPPOM-L] Sobre o CDMC

Mauricio Alves Loureiro mauricioloureiro em ufmg.br
Qui Mar 22 11:11:40 BRT 2007


Prezada Presidente da ANPPOM Adriana Kayama, 
queridos amigos e colegas da ANPPOM,

Em 2005, tive a oportunidade de trabalhar como membro 
Externo da avaliação institucional do CDMC por indicação 
da Pró-Reitoria que gerencia os Nucleos interdisciplinares 
da UNICAMP.
 
Primeiramente fiquei muito impressionado com a seriedade do 
sistema de avaliação, bem desenhado e criterioso. 

Mais impressionado ainda fiquei com os resultados da 
avaliação em quase todos seus indicadores, dos quais 
se destaca o estabelecimento (e a manutenção!) de um 
convênio institucional com o Ministério da Cultura da 
França, a Societé des Auteurs, Compositeurs et Editeurs 
de Musique e a Radio France (o CDMC francês), cuja 
contribuição para a documentação da música contemporânea 
brasileira e principalmente para sua prática, 
dispensa qualquer comentário.

Além deste importante laço institucional com a música 
contemporânea internacional, o relatório do CDMC listou 
uma impressionante produção científica, técnica e 
artística, tais como constituição de um acervo de música 
contemporânea no Brasil de volume e qualidade inéditos; 
desenvolvimento de metodologias de catalogação de 
documentação musical, com ênfase na música brasileira 
contemporânea; promoção de inúmeros intercâmbios entre 
músicos franceses e músicos e pesquisadores brasileiros, 
estendendo-se inclusive a outras cidades do Brasil; 
publicação do periódico on-line, cuja relevância  é bem 
conhecida por todos nós; publicação do famoso catálogo de 
instrumentistas, compositores, grupos e instituições de 
ensino, pesquisa e produção musical no Brasil. Tudo isso 
viabilizado por captação independente de recursos que 
complementa o magro quadro orçamentário disponibilizado 
pela UNICAMP.

Esta história, em grande parte desenvolvida sob a direção 
de José Augusto Mannis, está muito bem documentada na 
UNICAMP, no CDMC francês e nos periódicos veiculados pelo
Centro e nos mostra a pertinência da recondução do Mannis
à sua direção.

Acredito que a UNICAMP ainda se configura como a melhor 
opção para abrigar este núcleo, cuja complexidade 
administrativa e estatutária poderia encontrar obstáculos 
talvez intransponíveis nas universidade federais.

Por outro lado, não podemos deixar de reconhecer que o 
CDMC só pôde se estabelecer no Brasil a partir desta 
parceria com a UNICAMP, que possibilitou que o Centro 
conquistasse um espaço físico, hoje, de dimensões e 
qualidade adequadas a suas atividades e um quadro de 
pesquisadores(as), funcionários(as) e estagiários(as), 
que talvez seja hoje subdimensionado, mas que tem 
viabilizado os projetos do CDMC ao longo deste anos.

Atenciosamente

Mauricio Loureiro
Ex-presidente da ANPPOM, gestão 1999-2003
Professor titular da Escola de Música da UFMG
Membro do Comitê Assessor de Artes, Comunicação e Ciência da Informação do
CNPq      







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