[ANPPOM-L] Ricardo Tacuchian lança CD

zchuekepiano em ufpr.br zchuekepiano em ufpr.br
Ter Nov 20 10:25:38 BRST 2007


>Caro Ricardo,

Obrigada pelo CD. Ouvimos e adoramos! Seu trabalho é excelente e os
intérpretes estão de parabéns!

Grande abraço,
Zélia e Isaac Chueke

> Prezado Ricardo,
>
> Parabéns por esta importante obra. Desejo-lhe um  enorme sucesso.
>
> Sugiro que envie o texto também em inglês ou francês para que possamos
> divulgar no Cercle de Musicologie de Montreal e em outros endereços
> internacionais.Um grande abraço  da colega e amiga
>
> Sandra Loureiro de Freitas Reis
>
>
> Date: Mon, 19 Nov 2007 12:44:45 -0200From: soniaraybrasil em gmail.comTo:
> anppom-l em iar.unicamp.brSubject: [ANPPOM-L] Ricardo Tacuchian lança CD
> Ricardo Tacuchian <rtacuchian em terra.com.br> escreveu:
> Data: Sun, 18 Nov 2007 13:13:45 -0200Alô SoniaEspero que tudo esteja bem
> com você e sua nova tarefa de administrar aAnppom. Acaba de sair um CD
> dedicado à minha música... Noanexo vai um Release deste CD....peço-lhe que
> o envie para a lista.
> Um abraçoRicardo Tacuchian
>
>
> Ricardo Tacuchian lança CD com poemas musicados e outras obras
>
> O poeta espanhol Federico García Lorca, cujos 110 anos de nascimento serão
> festejados em 2008, é evocado nas quatro canções que abrem o novo CD do
> compositor carioca Ricardo Tacuchian, intitulado "Terra dos Homens". O
> "Ciclo Lorca", composto em 1979 e só agora gravado, traz poemas de Carlos
> Drummond de Andrade, Alphonsus de Guimaraens Filho e Murilo Mendes
> consagrados à memória do poeta-mártir da Guerra Civil Espanhola. O lirismo
> de Drummond reaparece em outro ciclo de poemas musicados, "Três cantos de
> amor", de 2002. Já a faixa-título, "Terra dos Homens", tem versos inéditos
> do poeta Gerson Valle escritos por encomenda de Tacuchian. Composta em
> 2006, é a obra mais recente do disco, que também contém música
> instrumental de diferentes períodos criativos do autor. Mesmo nos momentos
> mais ousados, o apego à melodia e a elementos da tradição está presente em
> seus trabalhos. Com tiragem de 2.000 exemplares, o CD é o quinto este ano
> do selo ABM Digital, da Academia Brasileira de Música, que vem se firmando
> como principal plataforma de lançamento de artistas e compositores da
> música clássica nacional.
>
> Tacuchian explica a gênese do disco: "A motivação inicial veio do
> (clarinetista) Paulo Passos, que queria gravar obras minhas e me perguntou
> se eu tinha repertório suficiente para sustentar um CD inteiro." Após
> fazer um levantamento entre suas 200 composições, ele reuniu algumas em
> que a clarineta tem papel de destaque, criou uma nova ("Terra dos Homens")
> para clarone, que é uma clarineta com registro mais baixo, e ainda adaptou
> a esse instrumento uma sonatina para violoncelo e piano de 1963. "Um CD
> funciona para um artista clássico como seu cartão de visita", observa
> Tacuchian. Este, portanto, é o novo cartão dele, de Paulo Passos e de mais
> dois músicos que participaram do empreendimento: a pianista Sara Cohen e o
> barítono Marcelo Coutinho. A ABM não financia gravações, apenas cuida da
> fabricação industrial e da arte final. Geralmente, os intérpretes arcam
> com despesas de produção artística. Como este é um disco de compositor,
> foi este quem se encarregou disso.
>
> Com 68 anos recém-completos (dia 18 de novembro), Tacuchian é presidente
> da ABM, professor de composição na Uni-Rio e responsável pela parte
> musical do projeto de restauração da Catedral da Sé, que está sendo
> executado pela prefeitura do Rio. "Queremos fazer um grande centro
> histórico de turismo e cultura, com visitas guiadas", resume ele, que vem
> buscando patrocínios para a construção de um órgão moderno naquele local.
> Este é o quarto CD dedicado exclusivamente à sua música.
>
> O compositor comenta as obras:
>
> Terra dos Homens - Não queria um texto irônico ou folhetinesco. Recorri a
> Gerson Valle e lhe disse apenas que queria algo atual e filosófico. Uma
> semana depois, ele me entregou o poema, que era exatamente o que eu tinha
> em mente. Por sua vez, ele me disse que traduzi muito bem a poesia em
> música. Começa com uma longa passagem do clarone, até que a voz humana
> emerge, como vinda da terra. O texto fala da saga do homem, que começa e
> acaba na terra.
> Sonatina para clarone e piano - Tinha 24 anos, era aluno de composição na
> UFRJ e José Siqueira era meu professor. Esta sonatina, feita originalmente
> para violoncelo e piano, foi um trabalho de classe. É muito melódica e
> nacionalista. Sempre fui um melodista. Mesmo quando compunha música de
> vanguarda, experimental, na década de 1970, colocava um gancho melódico no
> meio da massa sonora. Não queria perder contato com o público. No fim
> daquela década, deixei de lado o experimentalismo. A primeira música que
> marcou uma nova fase foi o "Ciclo Lorca".
>
> Ciclo Lorca - Minha motivação foi política. O ano era 1979. Vivíamos na
> ditadura. Fui um ativista informal. A morte de García Lorca na Guerra
> Civil Espanhola, que foi a última guerra romântica da História, na qual
> voluntários de 53 nacionalidades lutaram conta o nazi-fascismo, serviu de
> metáfora para falar da falta de liberdade que vivíamos no Brasil. É quase
> uma ópera trágica. É um lamento, que termina com uma mensagem de
> esperança.
>
> Três cantos de amor - São três poemas que Drummond escreveu em épocas
> diferentes, e cada um trata o amor de uma forma. Tentei traduzir o clima
> de cada um com minha música. Ela está a serviço do texto. Numa das
> canções, por exemplo, repete-se a pergunta "Que barulho é esse na
> escada?". No fim, o poeta responde que é alguém abafando o rumor que salta
> do seu coração. Nessa parte, o piano reproduz a pulsação cardíaca. É uma
> coisa sutil, porque, na arte, nada pode ser óbvio. Esse ciclo foi uma
> encomenda de uma fundação alemã para um evento em comemoração ao
> centenário de nascimento de Drummond de Andrade em 2002. Estreou em
> Bayreuth.
>
> Pimenta do reino - Composta em 1995, é parte de uma série instrumental
> associada a temperos diversos. Já fiz "Manjericão", para piano,
> "Alcaparras", para flauta, "Manjerona", para clarone, "Alecrim", para
> trompete, e "Páprica", para violão.
>
> Delaware Park Suite - Em 1987, cheguei aos Estados Unidos, onde morei até
> 1990. No primeiro dia lá, participei de um programa de visita ao Delaware
> Park. Pela manhã, conheci um museu. Depois, foi feito um piquenique na
> grama do parque. À noite, vi um show de jazz ao ar livre. No ano seguinte,
> vivendo em Los Angeles, registrei em música aquelas primeiras impressões
> que tive dos Estados Unidos.
>
> Os intérpretes:
>
> Paulo Passos (clarineta, clarone e saxofone) - Catarinense de Itajaí,
> Paulo Passos é bacharel em clarineta pela Uni-Rio. Importantes
> compositores têm dedicado a ele obras para clarineta, clarone e saxofone.
> É membro de um duo com a pianista Sara Cohen e de outro com o
> percussionista Joaquim Abreu. Participa como convidado de outros grupos
> camerísticos e já atuou, como solista, em várias orquestras brasileiras.
> Tem se apresentado em quase todos os estados do Brasil e na Alemanha,
> França, Holanda, Argentina e Colômbia. É professor nos Seminários de
> Música Pró-Arte e na Escola de Música Villa-Lobos.
>
> Sara Cohen (piano) - Estudou piano com Esther Nailberger e Homero de
> Magalhães. Graduou-se em piano com medalha de ouro pela UFRJ em 1984 e
> recebeu o título de doutor em música pela Uni-Rio, em 2007. Ganhou
> diversos prêmios, em concursos no Brasil. Sua carreira, como recitalista e
> camerista, é voltada principalmente à música brasileira e à música
> contemporânea em geral. Participa, com a pianista Miriam Braga, do Duo
> FortePiano e do Duo Paulo Passos & Sara Cohen. É professora de música da
> UFRJ.
>
> Marcelo Coutinho - Começou a carreira musical em 1976, aos 8 anos, ao
> ingressar no coral "Canarinhos de Petrópolis", onde também estudou violino
> e viola. Graduou-se em canto na UFRJ, na classe da professora Diva
> Abalada, com o título magna cum laude. Fez seu aperfeiçoamento técnico em
> Linz, na Áustria, com Althea Bridges e, em música de câmara, com Thomas
> Kerbl. Em 1990, ganhou o concurso Villa-Lobos, em Vitória-ES, na categoria
> canto, levando ainda o prêmio de melhor intérprete do compositor. Tem
> atuado em várias óperas no cenário lírico brasileiro, além de concertos
> sinfônicos e camerísticos, com um repertório que vai da Renascença aos
> tempos atuais.
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