[ANPPOM-L] FW: Ricardo Tacuchian lança CD

Sonia Ray soniaraybrasil em gmail.com
Seg Nov 19 22:11:08 BRST 2007


Cara Sandra e colegas da Anppom,
A secretaria da Anppom está cuidando da regularização das anuidades pelo
e-mail
anppom em gmail.com
Grata,
Sonia


Em 19/11/07, Sandra Reis <sandramontreal em hotmail.com> escreveu:
>
>  Prezada Sônia, gostaria  de pagar duas anuidades atrasadas da
> ANPPOM, visto que não compareci aos dois últimos encontros de nossa
> Associação.
>
> Peço-lhe a gentileza de me informar o número da conta da ANPPOM e o
> montante da quantia  que devo depositar.
>
> Atenciosamente,
>
> Sandra Loureiro de Freitas Reis
>
> ------------------------------
> Date: Mon, 19 Nov 2007 12:44:45 -0200
> From: soniaraybrasil em gmail.com
> To: anppom-l em iar.unicamp.br
> Subject: [ANPPOM-L] Ricardo Tacuchian lança CD
>
>
> *Ricardo Tacuchian <rtacuchian em terra.com.br>* escreveu:
> Data: Sun, 18 Nov 2007 13:13:45 -0200
>
> Alô Sonia
> Espero que tudo esteja bem com você e sua nova tarefa de administrar a
> Anppom. Acaba de sair um CD dedicado à minha música... No
> anexo vai um Release deste CD....peço-lhe que o envie para a lista.
> Um abraço
> Ricardo Tacuchian
>
>
> *Ricardo Tacuchian lança CD com poemas musicados e outras obras*
>
>
>
> O poeta espanhol Federico García Lorca, cujos 110 anos de nascimento serão
> festejados em 2008, é evocado nas quatro canções que abrem o novo CD do
> compositor carioca Ricardo Tacuchian, intitulado "Terra dos Homens". O
> "Ciclo Lorca", composto em 1979 e só agora gravado, traz poemas de Carlos
> Drummond de Andrade, Alphonsus de Guimaraens Filho e Murilo Mendes
> consagrados à memória do poeta-mártir da Guerra Civil Espanhola. O lirismo
> de Drummond reaparece em outro ciclo de poemas musicados, "Três cantos de
> amor", de 2002. Já a faixa-título, "Terra dos Homens", tem versos inéditos
> do poeta Gerson Valle escritos por encomenda de Tacuchian. Composta em
> 2006, é a obra mais recente do disco, que também contém música instrumental
> de diferentes períodos criativos do autor. Mesmo nos momentos mais ousados,
> o apego à melodia e a elementos da tradição está presente em seus trabalhos.
> Com tiragem de 2.000 exemplares, o CD é o quinto este ano do selo ABM
> Digital, da Academia Brasileira de Música, que vem se firmando como
> principal plataforma de lançamento de artistas e compositores da música
> clássica nacional.
>
>
>
> Tacuchian explica a gênese do disco: "A motivação inicial veio do
> (clarinetista) Paulo Passos, que queria gravar obras minhas e me perguntou
> se eu tinha repertório suficiente para sustentar um CD inteiro." Após fazer
> um levantamento entre suas 200 composições, ele reuniu algumas em que a
> clarineta tem papel de destaque, criou uma nova ("Terra dos Homens") para
> clarone, que é uma clarineta com registro mais baixo, e ainda adaptou a
> esse instrumento uma sonatina para violoncelo e piano de 1963. "Um CD
> funciona para um artista clássico como seu cartão de visita", observa
> Tacuchian. Este, portanto, é o novo cartão dele, de Paulo Passos e de mais
> dois músicos que participaram do empreendimento: a pianista Sara Cohen e o
> barítono Marcelo Coutinho. A ABM não financia gravações, apenas cuida da
> fabricação industrial e da arte final. Geralmente, os intérpretes arcam
> com despesas de produção artística. Como este é um disco de compositor, foi
> este quem se encarregou disso.
>
>
>
> Com 68 anos recém-completos (dia 18 de novembro), Tacuchian é presidente
> da ABM, professor de composição na Uni-Rio e responsável pela parte musical
> do projeto de restauração da Catedral da Sé, que está sendo executado pela
> prefeitura do Rio. "Queremos fazer um grande centro histórico de turismo e
> cultura, com visitas guiadas", resume ele, que vem buscando patrocínios para
> a construção de um órgão moderno naquele local. Este é o quarto CD dedicado
> exclusivamente à sua música.
>
>
>
> O compositor comenta as obras:
>
>
>
> *Terra dos Homens* - Não queria um texto irônico ou folhetinesco. Recorri
> a Gerson Valle e lhe disse apenas que queria algo atual e filosófico. Uma
> semana depois, ele me entregou o poema, que era exatamente o que eu tinha em
> mente. Por sua vez, ele me disse que traduzi muito bem a poesia em música.
> Começa com uma longa passagem do clarone, até que a voz humana emerge,
> como vinda da terra. O texto fala da saga do homem, que começa e acaba na
> terra.
>
> *Sonatina para clarone e piano *- Tinha 24 anos, era aluno de composição
> na UFRJ e José Siqueira era meu professor. Esta sonatina, feita
> originalmente para violoncelo e piano, foi um trabalho de classe. É muito
> melódica e nacionalista. Sempre fui um melodista. Mesmo quando compunha
> música de vanguarda, experimental, na década de 1970, colocava um gancho
> melódico no meio da massa sonora. Não queria perder contato com o público.
> No fim daquela década, deixei de lado o experimentalismo. A primeira música
> que marcou uma nova fase foi o "Ciclo Lorca".
>
>
>
> *Ciclo Lorca* - Minha motivação foi política. O ano era 1979. Vivíamos na
> ditadura. Fui um ativista informal. A morte de García Lorca na Guerra Civil
> Espanhola, que foi a última guerra romântica da História, na qual
> voluntários de 53 nacionalidades lutaram conta o nazi-fascismo, serviu de
> metáfora para falar da falta de liberdade que vivíamos no Brasil. É quase
> uma ópera trágica. É um lamento, que termina com uma mensagem de esperança.
>
>
>
> *Três cantos de amor* - São três poemas que Drummond escreveu em épocas
> diferentes, e cada um trata o amor de uma forma. Tentei traduzir o clima de
> cada um com minha música. Ela está a serviço do texto. Numa das canções, por
> exemplo, repete-se a pergunta "Que barulho é esse na escada?". No fim, o
> poeta responde que é alguém abafando o rumor que salta do seu coração. Nessa
> parte, o piano reproduz a pulsação cardíaca. É uma coisa sutil, porque, na
> arte, nada pode ser óbvio. Esse ciclo foi uma encomenda de uma fundação
> alemã para um evento em comemoração ao centenário de nascimento de Drummond
> de Andrade em 2002. Estreou em Bayreuth.
>
>
>
> *Pimenta do reino* - Composta em 1995, é parte de uma série instrumental
> associada a temperos diversos. Já fiz "Manjericão", para piano,
> "Alcaparras", para flauta, "Manjerona", para clarone, "Alecrim", para
> trompete, e "Páprica", para violão.
>
>
>
> *Delaware Park Suite* - Em 1987, cheguei aos Estados Unidos, onde morei
> até 1990. No primeiro dia lá, participei de um programa de visita ao
> Delaware Park. Pela manhã, conheci um museu. Depois, foi feito um piquenique
> na grama do parque. À noite, vi um show de jazz ao ar livre. No ano
> seguinte, vivendo em Los Angeles, registrei em música aquelas primeiras
> impressões que tive dos Estados Unidos.
>
>
>
> Os intérpretes:
>
>
>
> *Paulo Passos* (clarineta, clarone e saxofone) - Catarinense de Itajaí, Paulo
> Passos é bacharel em clarineta pela Uni-Rio. Importantes compositores têm
> dedicado a ele obras para clarineta, clarone e saxofone. É membro de um duo
> com a pianista Sara Cohen e de outro com o percussionista Joaquim Abreu.
> Participa como convidado de outros grupos camerísticos e já atuou, como
> solista, em várias orquestras brasileiras. Tem se apresentado em quase todos
> os estados do Brasil e na Alemanha, França, Holanda, Argentina e Colômbia. É
> professor nos Seminários de Música Pró-Arte e na Escola de Música
> Villa-Lobos.
>
>
>
> *Sara Cohen* (piano) - Estudou piano com Esther Nailberger e Homero de
> Magalhães. Graduou-se em piano com medalha de ouro pela UFRJ em 1984 e
> recebeu o título de doutor em música pela Uni-Rio, em 2007. Ganhou diversos
> prêmios, em concursos no Brasil. Sua carreira, como recitalista e camerista,
> é voltada principalmente à música brasileira e à música contemporânea em
> geral. Participa, com a pianista Miriam Braga, do Duo FortePiano e do Duo
> Paulo Passos & Sara Cohen. É professora de música da UFRJ.
>
>
>
> *Marcelo Coutinho* - Começou a carreira musical em 1976, aos 8 anos, ao
> ingressar no coral "Canarinhos de Petrópolis", onde também estudou violino e
> viola. Graduou-se em canto na UFRJ, na classe da professora Diva Abalada,
> com o título magna cum laude. Fez seu aperfeiçoamento técnico em Linz, na
> Áustria, com Althea Bridges e, em música de câmara, com Thomas Kerbl. Em
> 1990, ganhou o concurso Villa-Lobos, em Vitória-ES, na categoria canto,
> levando ainda o prêmio de melhor intérprete do compositor. Tem atuado em
> várias óperas no cenário lírico brasileiro, além de concertos sinfônicos e
> camerísticos, com um repertório que vai da Renascença aos tempos atuais.
>
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> Cida Fernandes Assessoria de Imprensa  21.2527-3432  8624-3980
>
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SONIA RAY
Presidente da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em
Música
Escola de Música da UFG (Contrabaixo, Música de Câmara e Metodologia de
Pesquisa em Música)
Editora da Revista Musica Hodie (PPG-UFG)
ABC - Associação Brasileira de Contrabaixistas
Tel/Fax: 62-3091.1289 ou 9249.0911
São Paulo (11) 9369.5520
www.soniaray.com
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