[ANPPOM-L] Qual a música que queremos em nossas Universidades?

silvio silvio.ferraz em terra.com.br
Sáb Out 13 11:26:41 BRT 2007


caro hugo

vc tema  referencia completa do livro?
é achável via submarino?

silvio

>Viva, alguém entendeu o que eu queria dizer... Obrigado Silvio.
>A questão é justamente essa.
>
>
>  "Que idéia de música queremos fazer nascer com nossos cursos?"
>
>Mas para isso é necessário que todos os 
>professores se disponham a refletir sobre isso, 
>discutir questões epistemológicas, e fazer um 
>esforço no sentido de contextualizar o ensino de 
>música nas instituições de ensino superior. 
>Aconselho a todos ler o capítulo escrito por 
>Manuel Veiga no recém lançado livro "Educação 
>Musical no Brasil", oganizado por Alda Oliveira 
>e Regina Cajazeira. É um belo capítulo no qual 
>ele descreve três momentos da Escola de Música 
>da UFBA e pergunta como será o quarto momento...
>
>Acho que está na hora de pensarmos nesse quarto momento.
>
>Hugo Ribeiro
>
>
>
>
>Em 12/10/07, silvio 
><<mailto:silvio.ferraz em terra.com.br> 
>silvio.ferraz em terra.com.br> escreveu:
>
>caro rubens e colegas
>
>realmente um livro de contraponto com o de De La 
>Motte nos ajuda bastante a pensar desta maneira.
>e dá a fux o seu real lugar na história, sendo q 
>o próprio e velho bach o conhecia e bem (a trad. 
>do gradus para o alemão foir realizada por um de 
>seus alunos).
>a grande importância de fux pode estar menos nos 
>contrapontistas q em mozart, beethoven e haydn 
>(vale pensar-se sobre isto?).
>
>mas a discussão da lista não é bem esta.
>discute-se pelo que estou acompanhando é a as 
>réstias de eurocentrismo entre nós.
>não q não sejamos descendentes de europeus 
>(ricciardis, notos, antunes, blancos, mellos).
>mas quando fala-se de eurocentrismo, diz-se de 
>uma posição em q o pensamento europeu é tomado 
>como medida de todas as coisas.
>em oposição a tal eurocentrismo o que se defende 
>é uma visão ampla, esta sim ligada ao conceito 
>de complexidade tal qual o encontramos nos 
>livros sobre sistêmica. E não a de complexidade 
>como sinônimo de "mais estruturado", "mais 
>formalizado".
>
>creio q o q defendem alguns dos colegas 
>debatendo na lista é justamente a necessidade 
>urgente de diversidade de leituras o que põe em 
>xeque se contraponto é ou não matéria 
>fundamental da música na questão "q música 
>estamos querendo trabalhar em nossas escolas?".
>
>ao q proponho a questão de outro modo: "q idéia 
>de música queremos fazer nascer com nossos 
>cursos?"
>
>abs
>silvio
>
>
>>meus caros...
>>
>
>
>onde estamos????
>
>
>
>"contraponto europeu"??? - que bobagem é esta???
>
>
>
>ha, então o futebol (invenção inglesa!) também 
>é europeu (aliás, não é o esporte mais popular 
>por lá também)????
>
>
>
>nossa senhora, por que será então que eu torço 
>aqui pro meu glorioso Comercial de Ribeirão 
>Preto???
>
>
>
>certamente uma postura eurocentrista e com 
>certeza politicamente incorreta (estes 
>corinthianos, estes flamenguistas, todos uns 
>vendidos à submissão eurocêntrica)...
>
>
>
>pois viva a nossa identidade, viva a nossa 
>verdadeira cultura, abaixo toda e qualquer forma 
>de inteligência estrangeira!!!...
>
>
>
>Rubens Ricciardi
>
>
>
>PS: caro Silvio Ferraz, concordo com vc que o 
>estudo dos contrapontos deve ser sempre 
>desenvolvido nos contextos das linguages, 
>porisso, já há alguns anos venho dando aulas do 
>contraponto da Polifonia Gótica em seus 
>primórdios, da Ars Antiqua (em especial 
>Perotinus) e da Ars Nova (em especial Machault e 
>Landini), até os primeiros polifonistas 
>franco-flamengos quando se inicia o 
>Renascimento, realmente é muito mais 
>enriquecedor que trabalhar só com as 5 espécies 
>do Fux ou com os recursos dos contrapontos em 
>meio aos diversos estilos e época do sistema 
>tonal...
>
>----- Original Message -----
>
>From: <mailto:carlos.sandroni em gmail.com>Carlos Sandroni
>
>To: <mailto:antunes em unb.br>antunes em unb.br
>
>Cc: 
><mailto:anppom-l em iar.unicamp.br>anppom-l em iar.unicamp.br 
>; <mailto:hugoleo75 em gmail.com> 
>hugoleo75 em gmail.com
>
>Sent: Friday, October 12, 2007 3:10 PM
>
>Subject: Re: [ANPPOM-L]Qual a música que queremos em nossas Universidades?
>
>
>Prezado Antunes e demais colegas,
>
>
>
>Citando:
>
>
>
>"A fuga nº 24 é bem complexa estruturalmente. A 
>lamentação de funeral das Ilhas Solomos é bem 
>menos complexa estruturalmente.
>O estudo da estrutura dos cantos a duas vozes 
>dessas lamentações não garante sucesso no estudo 
>da estrutura da fuga. Mas o estudo da estrutura 
>da fuga, garante o sucesso no estudo da 
>estrutura dos cantos a duas vozes das 
>lamentações fúnebres."
>
>
>Fim da citação.
>
>
>
>"Mais complexo" e "menos complexo", aqui, do 
>ponto de vista do contraponto europeu. A 
>harmonia de Wagner também é mais complexa que a 
>dos Beatles. Mas saber harmonia e contraponto 
>nao nos habilitam a compreender nem formalmente, 
>e muito menos estruturalmente, música vocal das 
>Ilhas Salomon ou rock. (No caso do rock saber 
>alguns acordes pode às vezes ajudar).
>
>
>
>Se voce analisa polifonias do Pacífico ou 
>dos pigmeus com instrumentos teóricos de 
>contraponto europeu, o resultado é a primeira e 
>a segunda frases citada acima. Esta é uma das 
>razões pelas quais a terceira e a quarta frases 
>citadas acima são, na opinião dos 
>etnomusicólogos, falsas (isto inclui Hugo Zemp, 
>que estudou a fundo as polifonias das Ilhas 
>Salomon).
>
>
>
>Abraços,
>
>Carlos
>
>
>
>On 10/12/07, Jorge Antunes <<mailto:antunes em unb.br>antunes em unb.br> wrote:
>
>Eduardo:
>
>Você está usando a palavra "forma", que nunca 
>utilizei. No escopo de nosso debate ela não cabe.
>Você fala em "complexidade formal" e em se 
>"compreender formalmente o contraponto".
>Nunca me referi a forma. Sempre estou me referindo a estrutura.
>Estou falando em complexidade estrutural.
>Também nunca disse que a análise se sustenta 
>unicamente pela abordagem estrutural e formal.
>As aspectos simbólicos e contextuais hão de vir, 
>numa boa análise, a ser estudados profundamente 
>após as análises estrutural e formal.
>Mas aquela ficará solta, descontextualizada e 
>superficial, se estas não se estabelecerem antes.
>A fuga nº 24 é bem complexa estruturalmente. A 
>lamentação de funeral das Ilhas Solomos é bem 
>menos complexa estruturalmente.
>O estudo da estrutura dos cantos a duas vozes 
>dessas lamentações não garante sucesso no estudo 
>da estrutura da fuga. Mas o estudo da estrutura 
>da fuga, garante o sucesso no estudo da 
>estrutura dos cantos a duas vozes das 
>lamentações fúnebres.
>
>Veja, estou falando em estrutura. Quanto à 
>forma, os níveis de complexidade são altos nos 
>dois casos. As lamentações fúnebres têm, em 
>geral, a forma ABAB CBCB. A fuga nº 24, segundo 
>caderno, tem forma de fuga tripla, com a 
>complexidade imposta pelo uso de três sujeitos.
>Para completar as análises, aí sim, seria 
>necesssário abordar as questões que você 
>menciona. Seria então preciso abordar a 
>religiosidade de Bach, suas construções 
>quiasmáticas, sua época, seu entorno, sua 
>fixação na cristologia e seu encantamento pelas 
>letras de seu próprio nome (b, a, c, h). Quanto 
>às Lamentações fúnebres das imediações da 
>Polinésia, seria necessário, na etapa final da 
>análise, considerar a coreografia da dança 
>ritual suahongi, as escalas usadas, suas 
>simbologias, ritmos, andamentos, textos, o 
>gestual da distribuição de alimentos durante o 
>velório, etc.
>Abraço,
>Jorge Antunes
>
>
>
>
>
>Carlos Sandroni
>Departamento de Música, UFPE
>Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB
>Setembro 2007/Fevereiro 2008:
>Pesquisador Associado ao Centre de Recherches en Ethnomusicologie
>CNRS - LESC UMR 7186 - Paris
>Endereço pessoal na França:
>Chez Duflo-Moreau
>199, rue de Vaugirard
>75015 - Paris
>Telefone profissional no Brasil
>(81) 2126 8596 (telefone e fax)
>(Recados com Anita)
>Endereço pessoal no Brasil:
>Rua das Pernambucanas, 264/501
>Graças - 52011-010
>Recife - PE
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