[ANPPOM-L] Ainda sobre os tais concursos

Fernando Iazzetta iazzetta em usp.br
Dom Set 23 22:37:59 BRT 2007


Colegas, 
 
Parece mesmo que a lista se alimenta da polêmica, o que tem também seu lado
positivo. Então vamos lá...
 
Em relação aos concursos, a questão é mais simples do que parece. Não se
trata de contratos precários de professores temporários (como ocorre nas
federais). Trata-se de professores que entraram nas Universidade Estaduais
de SP por processo seletivo ao invés de concurso, possuem a função (por
tempo indeterminado), mas não o cargo público. Os motivos podem ser os mais
variados: por exemplo, professores sem doutorado não podem prestar concurso,
portanto só entravam nas universidades estaduais por processo seletivo.
 
O caso é que as Estaduais de SP proibiram terminantemente o ingressos por
processo seletivo e estão obrigadas a regularizar as vagas dos docentes que
estão nessa situação. A única maneira de fazê-lo é por concurso público e
por isso implementaram esses ³Programas de apoio aos Concursos Públicos²
 
Esses programas de regularização vêm sendo feitos há alguns anos pela USP,
UNESP, e UNICAMP. Muitos colegas desta lista participaram desses concursos
nos últimos anos, seja como candidatos, seja como membros da banca. Os
professores que estão regularizando sua situação não são temporários recém
contratados pelas Universidades, mas muitas vezes são professores da casa há
mais de 10 ou 15 anos. Apenas como exemplo, há alguns anos participei da
banca de um professor da Unesp que estava na casa há mais de 20 anos. Esses
casos não são poucos: alguns departamentos chegam a ter metade de seus
docentes nessa situação e todos têm que ser regularizados.
 
Eu mesmo tive que fazer concurso depois de 6 anos na USP e repeti todos os
rituais que havia cumprido no processo seletivo 6 anos antes: sorteio de
pontos, provas públicas, bancas com membros externos à universidade, etc. e
concorrendo com outros candidatos externos (Em tempo, mesmo sendo um
concurso para regularização, ele foi divulgado em vários lugares, inclusive
nesta lista). 
 
Se a situação é constrangedora para quem busca uma vaga na Universidade, ela
é mais ainda para um docente que é obrigado a prestar esse tipo de concurso.
 
Não sou porta-voz do departamento de música da USP e menos ainda da
Universidade, mas posso assegurar que todo esse processo tem sido (e
continuará sendo) conduzido com toda a transparência que pede, ao contrário
do que, infelizmente, sugerem algumas das mensagens postadas nesta lista.
 
No mais fico feliz que o depto de música da USP esteja oferecendo várias
vagas novas. Além daquelas que estão sendo anunciadas, outras já estão
programadas para o futuro próximo. Isso representa não apenas um processo de
expansão dos cursos oferecidos, mas também de renovação e arejamento do
quadro de docentes.
 
Bom domingo a todos,
fernando






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