[ANPPOM-L] Ainda sobre os tais concursos

Lilia de Oliveira Rosa liliarosa em iar.unicamp.br
Seg Set 24 03:17:13 BRT 2007


Prezado Iazzetta,

primeiramente, agradeço sua resposta,
o seu posicionamento ficou claro com relação aos concursos listados pelo Prof.
Budasz,
entendi que existem na USP os concursos para NOVOS docentes e para estes
professores mais antigos DA CASA (programa de apoio), daí o meu questionamento
se isto era uma prática comum, ou seja, uma vez que é público, aberto, qualquer
candidato poderia entender que ele poderia se inscrever, mesmo nestes do
programa, certo?

da polêmica:

sua resposta inicial a partir do email do Prof. Budasz é que de certa forma
polemizou a lista, ela não foi clara como esta última mensagem, tanto que
obteve várias interpretações de colegas, o que é muito natural, afinal, o
assunto é pertinente à lista (somos pesquisadores e/ou futuros professores
acadêmicos), inclusive a interpretação do Prof. Sílvio Ferraz deu a entender
que o "teu pensamento" tinha uma análise simples e que todo professor da casa
teria "vantagem" sobre os demais candidatos,

eu não respondi ao email dele porque NÃO compartilho deste tipo de pensamento,
(pode até acontecer, mas, eu não compartilho),
o que é público é público, e no edital não encontrei algum "peso" diferente p
quem é DA CASA, enfim, se alguém pensa e/ou age dessa forma é um outro tipo de
problema que não cabe aqui eu questionar, a natureza humana é complexa e não é
de simples análise,

então, fiquei aguardando a sua própria resposta, uma vez que eu me dirigi a VC,

já ouvi de alguns colegas acadêmicos, q não tinham graduação em música e que
entraram em universidades com parecer do MEC há 15 ou 20 anos atrás, algo
assim, e mais tarde fizeram mestrado e doutorado, e tb o concurso público,
normal eu penso, afinal, a titulação na área musical em nosso país era
relativamente recente se comparada com os profissionais da área de exatas no
período (por ex),

da minha parte não tive intenção alguma de criar polêmicas, estou tentando tirar
as minhas dúvidas que surgiram a partir de seu email inicial,
e como disse anteriormente: considero assunto de extrema importância e cabível
essa discussão na lista da ANPPOM,

ampliar o quadro de professores dentro das universidades através de concursos
públicos e transparentes é sempre muito importante para o próprio
desenvolvimento dos departamentos como da própria carreira de um docente,
a questão do "arejar" é interessante, pois, possibilita conviver entre os mais
diversos pensamentos,

fico contente em saber q VC pense assim,

Para finalizar:

Agradeço uma vez mais a sua resposta, como também a de Budasz e de Goldeberg
(dirigidas a mim),

achei m coerente tb as respostas de Antunes e Márcio,

desejo a todos uma boa semana,

Lilia Rosa

(educadora musical e doutoranda em música)




Citando Fernando Iazzetta <iazzetta em usp.br>:

> Colegas,
>
> Parece mesmo que a lista se alimenta da polêmica, o que tem também seu lado
> positivo. Então vamos lá...
>
> Em relação aos concursos, a questão é mais simples do que parece. Não se
> trata de contratos precários de professores temporários (como ocorre nas
> federais). Trata-se de professores que entraram nas Universidade Estaduais
> de SP por processo seletivo ao invés de concurso, possuem a função (por
> tempo indeterminado), mas não o cargo público. Os motivos podem ser os mais
> variados: por exemplo, professores sem doutorado não podem prestar concurso,
> portanto só entravam nas universidades estaduais por processo seletivo.
>
> O caso é que as Estaduais de SP proibiram terminantemente o ingressos por
> processo seletivo e estão obrigadas a regularizar as vagas dos docentes que
> estão nessa situação. A única maneira de fazê-lo é por concurso público e
> por isso implementaram esses ³Programas de apoio aos Concursos Públicos²
>
> Esses programas de regularização vêm sendo feitos há alguns anos pela USP,
> UNESP, e UNICAMP. Muitos colegas desta lista participaram desses concursos
> nos últimos anos, seja como candidatos, seja como membros da banca. Os
> professores que estão regularizando sua situação não são temporários recém
> contratados pelas Universidades, mas muitas vezes são professores da casa há
> mais de 10 ou 15 anos. Apenas como exemplo, há alguns anos participei da
> banca de um professor da Unesp que estava na casa há mais de 20 anos. Esses
> casos não são poucos: alguns departamentos chegam a ter metade de seus
> docentes nessa situação e todos têm que ser regularizados.
>
> Eu mesmo tive que fazer concurso depois de 6 anos na USP e repeti todos os
> rituais que havia cumprido no processo seletivo 6 anos antes: sorteio de
> pontos, provas públicas, bancas com membros externos à universidade, etc. e
> concorrendo com outros candidatos externos (Em tempo, mesmo sendo um
> concurso para regularização, ele foi divulgado em vários lugares, inclusive
> nesta lista).
>
> Se a situação é constrangedora para quem busca uma vaga na Universidade, ela
> é mais ainda para um docente que é obrigado a prestar esse tipo de concurso.
>
> Não sou porta-voz do departamento de música da USP e menos ainda da
> Universidade, mas posso assegurar que todo esse processo tem sido (e
> continuará sendo) conduzido com toda a transparência que pede, ao contrário
> do que, infelizmente, sugerem algumas das mensagens postadas nesta lista.
>
> No mais fico feliz que o depto de música da USP esteja oferecendo várias
> vagas novas. Além daquelas que estão sendo anunciadas, outras já estão
> programadas para o futuro próximo. Isso representa não apenas um processo de
> expansão dos cursos oferecidos, mas também de renovação e arejamento do
> quadro de docentes.
>
> Bom domingo a todos,
> fernando
>
>
>
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